controle de doenças e pragas do gladíolo (palma-de

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CONTROLE DE DOENÇAS E PRAGAS
DO GLADÍOLO
(PALMA-DE-SANTA-RITA)
Simone Novaes Reis1
Patrícia Duarte de Oliveira Paiva2
Mário Lúcio Vilela de Resende3
Jair Campos Moraes4
I Introdução
O gladíolo, mais conhecido como palma-de-Santa-Rita, é
uma importante flor de corte, de fácil condução, e que não requer
cuidados especias, como outras ornamentais, sendo também
utilizada em arranjos florais.
O gladíolo tem uma boa aceitação no mercado nacional de
flores, que vem crescendo muito nos últimos anos. Além disso, o
surgimento do MERCOSUL pode favorecer as exportações no
setor de floricultura, tanto de flores de corte e vaso quanto de
sementes e bulbos. Para tanto, é preciso que o produto brasileiro
________________________
1 Engenheira Agrônoma, Mestre em Fitopatologia – UFLA, Lavras/MG.
2 Professora do Departamento de Agricultura da UFLA.
3 Professor do Departamento de Fitopatologia da UFLA.
4 Professor do Departamento de Entomologia da UFLA.
seja de ótima qualidade para atender às exigências tanto do
mercado interno quanto externo.
Dentre
os
fatores
que
podem
prejudicar
o
bom
desenvolvimento do gladíolo, pode-se citar as doenças e as
pragas. Entre as doenças, os principais problemas ocorrem pelo
ataque de patógenos como Fusarium, Curvularia, e outros.
Dentre as pragas, a principal é o trips.
II Doenças
Doenças
de
plantas
são
causadas
pelo
mau
funcionamento de células e tecidos, tendo como causa um
agente
patogênico
ou
um
fator
ambiental,
levando
ao
aparecimento de sintomas, que podem levar a um dano ou até
mesmo à morte da planta.
O uso de medidas de controle visa a impedir ou reduzir os
danos ou prejuízos causados por uma doença. De forma geral,
os princípios de controle são:
•
Exclusão: prevenir a entrada do patógeno em uma área
onde ele não existe, usando material vegetal sadio
(bulbos, sementes, mudas);
•
Erradicação: impedir que o patógeno se estabeleça em
um local onde foi introduzido através de sua eliminação
6
(eliminando-se plantas doentes, outros hospedeiros e
restos de cultura);
•
Proteção: prevenir o contato do hospedeiro com o
patógeno,
realizado
geralmente
com
o
uso
de
defensivos;
•
Imunização: procura impedir que o contato entre
patógeno e planta leve à ocorrência da doença;
•
Terapia: procura a cura da planta doente pela
eliminação
do
patógeno
ou
recuperação
do
hospedeiro, sendo o último princípio a ser utilizado;
•
Outros princípios:
− Regulação: prevenção da doença por meio do controle
ambiental;
− Escolha de área de plantio isenta do patógeno;
− Época de plantio;
− Modificação de práticas culturais.
a) Doenças Causadas por Fungos
1 Fusariose ou Podridão de Bulbos
Causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. gladioli, é
considerada a doença mais séria do gladíolo nas condições do
Brasil, e constitui fator limitante pela freqüência e severidade com
que afeta a cultura.
7
Embora seja caracterizada em princípio pela podridão de
bulbos, verifica-se que raízes, folhas e flores também são
afetados.
Além
de
causar
grandes
perdas
durante
o
armazenamento, o desenvolvimento da doença no campo causa
grandes prejuízos.
A Fusariose pode ser transmitida:
− pelo solo (onde o patógeno pode sobreviver por anos,
mantendo sua capacidade de infectar novas plantas);
− pelos bulbos, onde o fungo pode permanecer latente, e
ser transmitido do bulbo-mãe para os bulbos-filhos.
A infecção latente ocorre quando o fungo está presente
nos bulbos, mas permanece inativo, sem causar sintomas e
podendo causar problemas mais tarde. A ocorrência dessa
infecção latente causa sérios problemas no campo, pois quando
bulbos aparentemente sadios são plantados, as plantas podem
apresentar severos sintomas da doença.
Sintomas:
a) Bulbos:
− apresentam lesões descoloridas na parte central, com
escurecimento dos vasos circundantes (quando o
ataque
é
intenso);
superficialmente,
verificam-se
manchas pardo-avermelhadas sob a casca, no terço
inferior do bulbo.
Quando os bulbos apresentam
manchas externas, em condições inadequadas de
8
armazenamento, há o estímulo para que essas
aumentem
de
tamanho,
ficando
irregularmente
circulares, escuras e profundas, em conseqüência da
seca dos tecidos;
− quando o ataque nos bulbos é mais severo, esses
podem desintegrar-se totalmente, ou, se chegam a
germinar,
produzem
plantas
raquíticas
que
não
florescem.
Podem ser distinguidas 3 formas de podridão, de acordo
com seus efeitos no bulbo:
− forma vascular: cortando-se os bulbos, podemos
visualizar uma descoloração de cor castanha no
núcleo, com os feixes escurecidos.
avançado,
a
infecção
atinge
Em estádio
a
superfície,
desenvolvendo lesões de cor castanha nos nós;
− forma de podridão parda: lesões de cor parda,
castanha ou preta aparecem em qualquer lugar no
bulbo (mais comumente na base); o tecido podre se
espalha por toda extensão do bulbo, mas não ocorre
descoloração vascular;
− forma de podridão seca basal: as lesões ocorrem
somente na base do bulbo; sendo evidentes quando os
bulbos são retirados do solo, e não aumentam de
tamanho após a colheita; o tecido doente fica marrom,
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firme e áspero e, em geral, ocorre descamação.
A
área afetada é depressiva, e existe uma divisão bem
clara entre tecido doente e saudável.
Quando os bulbos são armazenados sem pré-tratamento,
em condições inadequadas, amontoados em locais quentes e
úmidos ou expostos ao tempo, o patógeno encontra condições
ótimas para o seu desenvolvimento.
b) Parte aérea
Na parte aérea ocorre amarelecimento das extremidades
foliares, murcha e morte lenta das plantas. Em ataques severos,
as folhas amarelecem a partir das pontas até o pecíolo, ficando
os tecidos marrom-pálidos ou palha-escuros, ocorre podridão
seca e as folhas se destacam facilmente do bulbo.
c) Flores
Diferentes sintomas podem ser observados. As pétalas
podem-se apresentar mais escuras que o normal (em variedades
coloridas), podem apresentar tamanho reduzido e as flores não
se abrem como aquelas formadas em plantas sadias.
Controle:
10
Os meios de controle baseiam-se no plantio de material
vegetal sadio, uso de fungicidas, tratamento com água quente e
correta secagem e armazenamento dos bulbos.
a) Fungicidas
Para controle de fusariose em gladíolo, somente o
fungicida Thiabendazole é recomendado para tratamento de
bulbos. Mas apesar de registrado para a cultura, não apresenta
mais a eficiência esperada.
Algumas empresas produtoras de bulbos têm utilizado o
fungicida Prochloraz no pré-tratamento dos bulbos, mas ainda
assim ocorrem infecções nos bulbos.
Mesmo não sendo registrados para a cultura, os fungicidas
à base de Benomyl e Captan têm sido usados por produtores
para controle da Fusariose quando do aparecimento dos
sintomas no campo.
b) Tratamento com água quente
Este
tratamento
é
utilizado
tanto
para
eliminar
enfermidades fúngicas latentes, como para assegurar uma
germinação homogênea.
Pode ser utilizado isoladamente ou em conjunto com
fungicidas como benomyl, captan ou prochloraz.
A temperatura para tratamento deve ser entre 55 e 57ºC,
por um período de 30 a 60 minutos.
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c) Variedades resistentes
Não
existem
no
mercado
variedades
resistentes
disponíveis, mas segundo alguns pesquisadores, a cultivar
“florida-flame” pode ser utilizada em programas de melhoramento
de variedades vermelhas.
d) Outras medidas de controle
− eliminar plantas e bulbos doentes;
− fazer a cura dos bulbos adequadamente;
− selecionar os bulbos antes do armazenamento;
− arrancar os bulbos evitando ferimentos;
− fazer rotação de cultura.
A cura nada mais é do que um período de secagem antes
do armazenamento. Os bulbos devem ser colocados em local
seco e sombreado, por aproximadamente 20 dias antes do
armazenamento em câmara fria
2 Ferrugem
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Causada por Uromyces transversalis, a doença ataca
folhas, pedúnculo floral e sépalas. As flores produzidas tem
qualidade inferior e a formação de bulbos é prejudicada.
Sintomas:
− manchas pequenas, descoloridas, que se tornam
salientes, formando pústulas amarelo-alaranjadas de
aproximadamente 1 mm de comprimento;
− as manchas podem se juntar formando manchas
maiores que, com o desenvolvimento das pústulas,
ficam com coloração pardo-ferruginosa;
− quando as plantas são severamente atacadas, são
produzidas flores de baixa qualidade e a produção de
bulbos filhos fica prejudicada, pois esses não chegam
à maturação.
Controle:
O controle deve ser feito eliminando-se as plantas doentes
e
aplicando-se
fungicidas
como
Bitertanol,
Triadimenol,
Triadimefon, Clorotalonil, Clorotalonil, Tebuconazole e Folpet.
3 Podridão de Curvularia
Causada pelo fungo Curvularia lunata, causa a podridão
do bulbo, destruindo-o.
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Sintomas:
− afeta principalmente os bulbos, onde ocorrem lesões
escuras e deprimidas, de tamanho variável;
− em hastes e folhas ocorrem manchas ovais de cor
parda ou escura;
− ocorre podridão do bulbo, que fica destruído;
− a planta amarelece e seca, e quando a infecção é
intensa, as flores não se abrem.
Controle:
− eliminar plantas e bulbos doentes;
− colher os bulbos evitando-se ferimentos;
− realizar cura adequada;
− armazenar em local com boa ventilação e baixa
temperatura;
− tratamento com fungicidas à base de Mancozeb.
4 Mofo-Cinzento (Botrytis sp)
De ocorrência menos freqüente que outras doenças, mas
de grande importância, pois afeta as flores, diminuindo o valor do
produto.
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Sintomas:
− podridão de bulbos: podridão mole ou seca, de acordo
com as condições de armazenamento. Manchas de
cor palha com bordos mais escuros; o bulbo pode se
desintegrar totalmente (é uma podridão esponjosa,
mole, de cor marrom-escura);
− desintegração da parte central sem afetar os tecidos
superficiais que ficam secos (sintoma conhecido como
coração-oco);
− folhas: manchas grandes, de cor parda, que se tornam
cor de palha;
− flores: pétalas/botões ficam cobertos
por massa
pulverulenta de cor cinza; a flor não abre, murcha e cai.
Controle:
− tratamento de bulbos com fungicida à base de benomyl
ou captan (antes do armazenamento);
− pulverizações com fungicidas como Tiofanato metílico,
Oxicloreto de cobre, Clorotalonil e Tiofanato metílico.
5 Outras Doenças Fúngicas
− Podridão de esclerócio (Sclerotium sp): apodrecimento
do bulbo, amarelecimento e seca da parte aérea.
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Controle: tratamento de solo com produtos à base de
brometo de metila;
− Podridão do colo e da haste (Rhizoctonia sp): causa
apodrecimento da base da planta, as pontas das folhas
amarelecem,
ocorre
apodrecimento
das
raízes,
podendo causar morte da planta. Controle: fungicidas
à base de brometo de metila.
b) Doença Bacteriana
1 Podridão-de-Sarna ou Necrose-do-Pedúnculo
Causada por Pseudomonas marginata, apresenta os
seguintes sintomas:
− folhas da base da planta se apresentam recobertas por
manchas
avermelhadas
que,
com
seu
desenvolvimento, formam podridões enegrecidas;
− folhas e caule são os primeiros a apodrecer e, em
geral, ocorre tombamento;
− no bulbo ocorrem manchas redondas, marrons, de
bordos delineados recobertos com um exsudato.
Controle:
− eliminar plantas e bulbos doentes;
− armazenar os bulbos em local arejado, em baixas
temperaturas;
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− fungicidas cúpricos podem ser utilizados. Exemplos:
Oxicloreto de cobre, Hidróxido de cobre.
c) Viroses
Várias doenças causadas por vírus já foram identificadas
no gladíolo, sendo a maioria transmitida por pulgão.
As principais viroses encontradas na cultura são as
causadas pelo vírus-do-mosaico-do-tomate, vírus-do-mosaico-dotabaco e vírus-do-amarelo-do-feijão. Os sintomas causados por
esses vírus são bem parecidos, e o mais importante é o
aparecimento de mosaico nas folhas, ou seja, áreas verde-claras
ao lado de áreas normais, sendo sua intensidade variável. Outro
ponto em comum é a forma de transmissão: os três vírus citados
podem ser transmitidos pelo pulgão (Myzus persicae).
Controle:
− evitar plantio em áreas onde já ocorreu o mosaico ou
próximas a um local onde tenha ocorrido a doença;
− utilização de plantas sadias;
− eliminar as plantas infectadas;
− evitar o contato com plantas doentes;
− evitar a entrada do vírus na cultura;
− controle do pulgão.
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d) Nematóides
Os nematóides que infectam plantas de gladíolo são:
Meloidogyne (principalmente), Trichodorus, e Pratylenchus.
O controle deve ser feito previnindo-se a entrada do
nematóide na área, utilizando material vegetal sadio ou
escolhendo uma área de plantio isenta. Eles afetam raízes e
bulbos, e devem ser controlados mediante desinfecção do solo,
utilizando produtos à base de brometo de metila.
III Pragas
As pragas também têm grande importância para a cultura
do gladíolo, já que podem causar injúrias desde os bulbos até as
flores.
1 Thrips (Taeniothrips simplex)
Reconhecimento:
− coloração pardo-escura, base da asa tem cor branca
(quando em repouso, forma uma faixa branca sobre o
tórax);
− adulto mede de 1,2 a 1,5 mm;
− seu ciclo se completa em 10-12 dias.
Injúrias/danos:
18
− atacam folhas, brotos, botões, flores e bulbos;
− as lesões são reconhecidas pelo colorido prateado das
folhas;
− quando afeta na fase de botões, pode causar aborto da
floração ou pétalas deformadas;
− flores: manchas descoradas ou esbranquiçadas;
− pode atacar bulbos no armazenamento, formando
áreas deformadas de cor parda – comprometendo o
desenvolvimento normal da planta no campo;
− no campo, atacam raízes e brotações novas.
Controle:
a) Cultural
− rotação de cultura com plantas não hospedeiras da
praga;
− destruição de resto de cultura;
− atraso ou antecipação da época de plantio (quando
possível), isso pode diminuir a intensidade de ataque
de uma praga;
− manejo adequado da adubação e irrigação tornam a
planta mais sadia e mais resistente ao ataque de
pragas;
− preventivo: limpeza e desinfecção dos bulbos na
colheita.
19
b) Químico
− no campo: uso de inseticidas como: Acephate,
Deltamethrin,
Paration
metílico,
Dissulfoton
e
Fenitrothion.
2 Pulgão
3
a) Aphis gossypii
Reconhecimento:
− tamanho pequeno, coloração variável (amarelo-claro
ao verde-escuro);
Injúrias/danos:
− vivem sob folhas e brotos novos da planta, sugando a
seiva;
− tem grande capacidade de reprodução;
b) Pulgão verde (Myzus persicae)
Reconhecimento:
− tamanho pequeno, cor verde
Injúrias/danos:
− atacam bulbos, brotos e folhas;
− sugam
a
seiva
do
bulbos,
desenvolvimento de novos bulbos;
20
impedindo
o
− pode
afetar
o
desenvolvimento
das
radículas,
causando, assim, a morte dos bulbos, ou as plantas
tornam-se raquíticas;
Controle:
a) Cultural
− rotação de cultura com plantas não hospedeiras da
praga;
− destruição de resto de cultura;
− atraso ou antecipação da época de plantio (quando
possível), isso pode diminuir a intensidade de ataque
de uma praga;
− manejo adequado da adubação e irrigação tornam a
planta mais sadia e mais resistente ao ataque de
pragas;
− preventivo: limpeza e desinfecção dos bulbos na
colheita.
b) Químico
− Podem ser utilizados os inseticidas: Dissulfoton e
Fenitrothion.
3 Cochonilha-Branca (Pseudococcus maritimos)
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Reconhecimento:
− inseto com 4-5 mm de comprimento;
− coberto com substância pulverulenta branca.
Injúrias/danos:
− sugam a seiva dos bulbos, que ficam enfraquecidos.
Controle:
a) Cultural
− rotação de cultura com plantas não-hospedeiras da
praga;
− destruição de resto de cultura;
− manejo adequado da adubação e irrigação tornam a
planta mais sadia e mais resistente ao ataque de
pragas;
− preventivo: limpeza e desinfecção dos bulbos na
colheita;
− tratamento pré-armazenamento dos bulbos com água
quente a 50 ºC por 15 minutos.
b) Químico
− no campo, uso de inseticidas, como, por exemplo,
Paration metílico;
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− tratamento pré-armazenamento: fumigação do bulbo
com fosfina (24 horas).
Na fumigação, o produto passa por um processo de
decomposição, onde ocorre a formação de gases que tem efeito
biocida. Os produtos fumigantes apresentam 3 tipos de
formulação: pastilha fumigante, microgranulado e gás (líquido
sob pressão).
23
24
25
IV Cuidados na Aplicação dos Defensivos Agrícolas
− seguir corretamente as instruções do rótulo do produto;
− utilizar equipamentos de aplicação sem vazamento e
não desentupir o bico com a boca;
−
manter o defensivo fora do alcance de crianças,
animais domésticos, alimentos ou de rações animais;
− evitar contato com nariz e boca;
− usar o equipamento de proteção individual (EPI)
quando
do preparo da
calda e aplicação dos
defensivos – macacão de mangas compridas, avental
impermeável,
chapéu
de
aba
larga,
máscara
apropriada, luvas impermeáveis e botas de borracha;
− não comer ou fumar durante a aplicação do defensivo;
− manter crianças, animais domésticos e pessoas
desprotegidas afastadas do local onde será realizada a
aplicação;
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− próximo ao campo deve haver água e sabão para
lavagem das mãos após a aplicação;
− após aplicação do produto, retirar o EPI e tomar banho
frio de preferência;
− evitar o máximo possível o contato de pessoas e
animais no local onde foi realizada a aplicação
− os
produtos
devem
permanecer
na
embalagem
original, sendo armazenados em local seco, ventilado e
longe do fogo;
− embalagens vazias não devem ser reutilizadas; devem
ser destruídas e enterradas;
− em caso de acidente, procurar assistência médica,
levando a embalagem (ou rótulo) do produto.
V Coleta e Envio de Material para Diagnóstico
Para o correto diagnóstico do agente causal de uma
doença, é necessário que o material doente seja corretamente
coletado e enviado o mais rápido possível para o local de análise.
Para que a coleta seja feita corretamente, devemos seguir
algumas recomendações, como:
a) coletar a planta inteira (com raízes e solo, sempre que
possível);
27
b) não coletar plantas mortas, pois podem apresentar
microorganismos que podem interferir na correta
identificação do agente causal;
c) no caso de envio imediato do material, este pode ser
acondicionado em sacos plásticos; caso contrário, o
material deve ser envolvido em jornal e, só então,
colocado em sacos plásticos;
d) não colocar água no material coletado;
e) não colocar amostras de materiais diferentes no
mesmo saco plástico;
f) se o material for enviado pelo correio, esse deve ser
acondicionado em caixa de papelão ou caixa de isopor;
g) junto com a amostra para análise, o produtor deve
enviar o maior número de informações sobre sua
pessoa inclusive endereço pra contato, com o objetivo
de auxiliar sua identificação.
A seguir, encontra-se uma ficha utilizada pela Clínica
Fitossanitária da Universidade Federal de Lavras.
28
29
VI Referências Bibliográficas
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A.; KIMATI, H.; AMORIM, L. Manual de fitopatologia: princípios
e conceitos. São Paulo: Agronômica Ceres, 1995. v. 1, p. 309324.
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Imprensa Universitária, 1994. 13 p.
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cultivos florales e ornamentales. Madrid: Mundi-Prensa, 1990.
233 p.
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CARDOSO, E. J. B. N. Doenças das plantas ornamentais. In:
GALLI, F. (Coord.) Manual de fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. São Paulo: Agronômica Ceres, 1980. V. 2, p. 418442.
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30
FORSBERG, J. L. Disease of ornamental plants. University of
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GALLO, D. et al. Manual de entomologia agrícola. São Paulo:
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LOPES, L. C.; BARBOSA, J. G.; FILHO, J. C.; ALMEIDA, J. S.
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31
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