cultura do lírio

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CULTURA DO LÍRIO
Chrystiane Borges Fráguas1
Edvan Alves Chagas1
Enoque Fernandes da Silva1
Moacir Pasqual2
Patrícia Duarte de Oliveira3
1 INTRODUÇÃO
O lírio é uma planta muito apreciada pela beleza de suas flores,
sendo comercializado em vaso ou como flores de corte, as quais
tradicionalmente, são muito utilizadas na decoração de ambientes.
A grande importância dessa cultura para o mercado de flores está no
fácil manejo, baixo custo de produção, ciclo curto e retorno econômico
rápido, além da possibilidade de produção comercial de bulbos para o
mercado interno e, ainda, para exportação.
2 BOTÂNICA
Os lírios pertencem ao gênero Lilium e família Liliaceae. As flores
podem ser de formato plano ou trompete e de cores branca, amarela, roxoalaranjada até púrpura. A planta cresce a partir de um bulbo escamoso
perene. Esse possui uma gema central que ao se desenvolver origina um
caule com folhas que culminarão em flores. Na base do bulbo,
desenvolvem-se uma ou mais gemas que originam os bulbilhos e esses
_______________________
1
Engenheiro Agrônomo, mestrando em Fitotecnia – DAG/UFLA
2
Prof. Titular, Dr. Depto de Agricultura/UFLA, Lab. Cultura de tecidos. Cx.P. 37, CEP
37200-000 Lavras-MG. e-mail: < [email protected] >
3
Profa. Adjunta, Dra. Depto de Agricultura/UFLA, Setor de Floricultura e Paisagismo,
Cx.P. 37, CEP 37200-000 Lavras-MG. e-mail: < [email protected] >
6
produzem raízes grossas que persistem por longo tempo. Os bulbilhos serão
responsáveis pela propagação de novas plantas.
3 FISIOLOGIA DA PLANTA
Os lírios são reproduzidos convencionalmente por meio de bulbos.
Esses são do tipo escamoso, com folhas modificadas e ricas em reservas
apresentando-se superpostas e com formas de escamas. As escamas têm a
função de proteção contra o ataque de pragas e desidratação. As folhas são
lanceoladas, estreitas e carnudas. As gemas são distribuídas em espiral ao
longo do prato, na base das folhas modificadas. As raízes crescem no verão,
tornando-se perenes.
A maior parte dos lírios floresce de novembro a março. As plantas
são quiescentes ou dormentes no inverno e requerem vernalização, com
resfriamento e ligeira umidade. Artificialmente, requer um mínimo de 6
semanas a 5 °C, mas o frio natural úmido no inverno é também adequado
para quebra de dormência.
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Figura 1 – Esquema de desenvolvimento da planta de Lírio.
4 VARIEDADES
São quatro os tipos de híbridos de maior importância comercial no
Brasil:
HIBRIDOS LONGIFLORUM: são nativos do Japão e apresentam-se
com coloração branca. A florada ocorre entre os meses de setembro e
novembro. São conhecidos como flor de finados.
L.A. HÍBRIDOS: resultado do cruzamento entre o lírio nativo
brasileiro e os híbridos asiáticos. Produzem plantas com formato muito
parecido ao dos híbridos asiáticos, mas o tamanho do botão floral é grande,
semelhante ao do lírio oriental.
HÍBRIDOS ORIENTAIS: são originários do Japão e apresentam
botões florais maiores que os produzidos pelos híbridos asiáticos. Possui
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folhas mais largas e menos numerosas. Podem apresentar flores de
coloração branca e rosa e produzem um aroma bastante acentuado. As
variedades mais cultivadas são: Star Gazer, Siberia, Muscadet e Casa
Blanca.
HÍBRIDOS ASIÁTICOS: são muito populares no cultivo comercial
e apresentam flores e folhas menores. A coloração das flores é bastante
variada: amarela, laranja, rosa, salmão e vinho. As variedades mais
cultivadas são: Brunelo, Navona, Gran Paradiso, Monte Negro, Romano,
Menton, Chiant e Orange Pixie.
5 PROPAGAÇÃO VEGETATIVA
O método natural de propagação vegetativa é a produção de
pequenos bulbos (bulbilhos) no solo, na base do caule, que não somente se
formam durante o período de crescimento, mas chegam a produzir pequenas
raízes e folhas iniciais antes que a planta inicie o processo de senescência.
Eles
também
necessitam
de
vernalização
antes
que
cresçam
satisfatoriamente durante o plantio. Esses bulbilhos podem ser separados e
cultivados ao ar livre.
5.1 Multiplicação de bulbos
Um método artificial para aumentar o número de bulbos é por meio
da escamação. As escamas são individualizadas, destacando-as dos bulbos.
Em seguida, coloca-se em vermiculita e deixa-se por um período de 12
semanas a 23 ºC para que haja a formação dos bulbilhos. Recomenda-se
9
realizar a aplicação de Captan ou Thiram para o controle de fungos.
Posteriormente, retira-se da vermiculita e mantém-se em ambiente
controlado a 17º C por 4 semanas. Esse tratamento proporciona a formação
da haste para produzir a flor. Depois, retiram-se os bulbos desse ambiente e
transferem-se para câmara fria por um período de 4 semanas a 5º C para
uniformizar a emissão das hastes florais. Sem esse tratamento, as hastes
florais, geralmente em número de duas, são emitidas de forma desuniforme
e, conseqüentemente, afetam a qualidade comercial das futuras plantas.
Após 10 meses
Colheita – abril/maio
12 semanas em
vermiculita 23 ºC
Após, 17 ºC
por 4 semanas
Escamação
fev/março
Plantio do
bulbilho
Replantio
julho/agosto
julho/agosto
8 semanas
3 - 5 ºC
Bulbo adulto
Figura 2 – Estádios de desenvolvimento de bulbos de lírios a partir da
reprodução de bulbos por escamas.
Após esses tratamentos, o bulbilho está pronto para ser plantado no
campo. Após um ciclo no campo (10 meses), o bulbo é colhido, agora com
tamanho um pouco maior, porém ainda sem apresentar um tamanho
satisfatório comercialmente, pelo fato de não produzir flores com padrões
comerciais.
O bulbilho também pode ser aproveitado para iniciar um novo ciclo.
Ele é plantado com 10 cm de profundidade e na colheita seguinte retiram-se
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os bulbos adultos e os bulbilhos laterais, os quais proporcionam o início de
um novo ciclo.
Depois de colhidos, os bulbos adultos são mantidos em câmara fria
por 8 semanas a 3–5 ºC para finalizar a diferenciação da gema floral. Após
esse período, os bulbos são mantidos em câmaras frias a uma temperatura de
–1 ºC para o lírio asiático e –2 ºC para o lírio oriental, com o objetivo de
paralisar o crescimento dos bulbos e, dessa forma, permitir a uniformização
para o plantio dos mesmos com intervalos regulares.
O bulbo de lírio apresenta um ciclo de 10 meses no campo, sendo
necessários 2 anos para se produzir um novo bulbo adulto.
O tamanho do bulbo depende da variedade. O asiático pode ser
menor, produzindo uma flor de qualidade; ao passo que o oriental necessita
de bulbos maiores para produzir flores de qualidade comercial.
6 IMPLANTAÇÃO DA CULTURA
6.1 Solo
Os lírios podem ser cultivados em quase todos os tipos de solos.
Entretanto, é importante utilizar aqueles com boa estrutura e boa drenagem
durante todo o ciclo de cultivo da cultura. Solos argilosos e pesados são
menos adequados para o cultivo, mas também podem ser usados.
11
6.2 Preparo do solo
O preparo do solo para o plantio deve ser constituído de aração
seguido de gradagem para destorroamento do terreno.
Se o solo for muito argiloso do tipo ‘pesado’, recomenda-se misturar
húmus ou esterco nos primeiros 30 cm; com isso, a camada superficial
ficará mais arejada e permitirá a retenção de oxigênio e água para a planta.
Além da água e nutrientes, o oxigênio proporcionará um saudável
crescimento do sistema radicular e, conseqüentemente, um bom
desenvolvimento da planta.
Em solos muito infestados com plantas daninhas, recomenda-se a
aplicação de herbicidas. Se o solo apresentar uma topografia irregular, devese realizar o preparo em nível.
6.3 Adubação
A adubação deve ser recomendada por um engenheiro agrônomo,
mediante a realização prévia da análise química do solo.
Antes do plantio, recomenda-se que seja incorporado ao solo
calcário e NPK, conforme necessidade determinada pela análise de solo.
Dependendo da condição nutritiva do solo, pode-se adubá-lo (um bom
tempo antes do plantio) com 1 m3 de esterco bovino por 100 m2 de solo.
A manutenção do pH ideal do solo tem como papel principal
disponibilizar nutrientes do solo para que sejam absorvidos pelas raízes. Em
geral, para os lírios asiáticos, o pH ideal deve estar entre 6 e 7, ao passo que
para os orientais, 5,5 a 6,5.
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6.4 Época de plantio
Os bulbos podem ser plantados em qualquer época do ano, desde
que haja disponibilidade de material propagativo, que somente é possível
mesclando épocas de bulbos importados com os nacionais. Entretanto, a
época mais indicada de plantio é no início da primavera, pois a possibilidade
de geadas é menor.
O plantio no início do outono só pode ser realizado se não houver
risco de danos aos bulbos devido à ocorrência de baixas temperaturas, uma
vez que a emissão de hastes ocorre na primavera. Em solos secos, até
mesmo uma temperatura abaixo de –1 ºC pode causar danos às brotações.
Assim, deve-se manter o solo úmido e irrigado durante o período de
temperaturas mais baixas (noturno). Os danos serão maiores se a cultura não
estiver sendo irrigada e a temperatura for inferior a –5 ºC.
6.5 Plantio
Antes do plantio, é aconselhável a desinfecção do solo com vapor de
água ou eventualmente com Brometo de metila. Outra medida seria a
desinfecção com Terrazole (4-8 g.m-2), a fim de prevenir a infecção por
Pythium e Phytophtora. Nesse caso, misturar bem o produto aos 10 cm
superiores do solo.
Os bulbos congelados devem ser descongelados lentamente, em
local sombreado, um dia antes do plantio.
Os bulbos devem ser plantados em sulcos em posição vertical, a uma
profundidade de 6-8 cm no inverno e de 8-10 cm no verão. Cobrir o solo
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depois do plantio com palha ou similar para diminuir a incidência do sol, a
dessecação da camada superior do solo e a deterioração da estrutura do
mesmo. Outra forma é o plantio em canteiros de 1,20 x 48 m, podendo ser
realizado também em estufas. Finalmente, é preciso irrigar bem e com
freqüência, para manter a estrutura do solo adequada e fazer com que a água
alcance as raízes.
7 OUTRAS MEDIDAS DE CULTIVO
Os lírios, além do cultivo no campo, podem ser cultivados em vasos,
casas-de-vegetação ou em caixas. O cultivo em ambiente controlado
proporciona colheitas de melhor qualidade por causa do maior controle das
condições climáticas adversas, ao passo que o cultivo ao ar livre só é
possível em regiões onde o clima é favorável durante todo o ciclo da cultura.
Locais de incidência de ventos fortes, períodos com temperaturas muito
baixas e umidade alta podem trazer grandes riscos à cultura, principalmente
em conseqüência do aparecimento de doenças. O cultivo ao ar livre exige,
particularmente, uma boa retenção de umidade de solo, um bom sistema de
irrigação e sombreamento e barreiras contra vento.
Para o plantio em vaso, recomenda-se pré-enraizar os bulbos a uma
temperatura adequada, baseando-se em algum desses métodos:
• Pré-enraizamento em caixas: Colocam-se os bulbos em caixas
contendo vermiculita ou areia, cobre-se com plástico e deixa-se em câmara
fria a temperatura de 10-14 oC por 7 dias. Assim, as primeiras raízes se
formarão a uma temperatura adequada, favorecendo a posterior formação de
um forte sistema radicular.
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• Pré-enraizamento e desenvolvimento inicial em caixas: Adiciona-se
1 cm de terra no fundo das caixas e, em seguida, colocam-se os bulbos em
posição vertical, cobrindo-os com uma camada de terra. As caixas ficam a
uma temperatura de 8-12 ºC, até que os brotos atinjam 5-10 cm de
comprimento. Em seguida, deve-se transplantá-los das caixas para o solo, no
inverno.
8 DENSIDADE
Uma densidade de plantio alta é aconselhada nos meses em que a
temperatura e intensidade luminosa forem elevadas. Em épocas de menor
intensidade luminosa (inverno), deverá ser utilizada uma densidade mais
baixa. Em solos onde o crescimento é mais vigoroso, o espaçamento entre
plantas pode ser maior.
Na Tabela 1 verifica-se a densidade mínima e máxima por m2 para
os vários tipos de bulbos, classificados segundo o tamanho de cada grupo.
15
Tabela 1: Densidade mínima e máxima por m2 segundo os vários grupos de
lírios.
Número de bulbos por m2 de superfície de solo ou caixa,
dependendo do grupo, variedade e tamanho do bulbo.
1
1
1
1
1
2
>
Grupos
0-12 2-14 4-16 6-18 8-20 0-22
22
Híbridos
6
5
5
4
Asiáticos
0-70 5-65 0-60 0-50
Híbridos
5
4
4
4
Orientais
5-65 5-55 0-50 0-50
Tipo a) Star
Gazer
Híbridos
4
3
3
2
Orientais
0-50 5-45 0-40 5-35
2
Tipo b) Casa
5-35
Blanca
5
4
4
3
Híbridos
5-65 5-55 0-50 5-45
Longiflorum
5
4
4
L.A. Híbridos
0-60 0-50 0-50
Fonte: Technical information of bulb flowers, 2002.
9 TRATOS CULTURAIS
9.1 Capinas
Devem ser realizadas quando necessário, sendo importante manter a
cultura livre da concorrência com plantas invasoras, principalmente no
início do desenvolvimento.
A limpeza da área de cultivo pode ser realizada também pelo
controle químico com a utilização de herbicidas seletivos.
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9.2 Irrigação
O lírio não possui um sistema radicular profundo; entretanto,
necessita de que o solo seja bem drenado, principalmente nos 40 cm
superficiais. O cultivo ao ar livre exige, particularmente, uma boa retenção
de umidade de solo, com um bom sistema de irrigação. A falta de umidade
pode antecipar o ciclo, ao passo que o excesso pode causar o retardamento
do ciclo e até o apodrecimento dos bulbos.
10 DOENÇAS
As doenças mais comuns na cultura do lírio são:
10.1 Vírus-do-mosaico-do-pepino:
Sintomas: a infecção caracteriza-se pela ocorrência de folhas
superiores retorcidas e manchas verde-escuras. O crescimento é lento em
relação às plantas sadias. Além da transmissão por propagação vegetativa,
as viroses são transmitidas pelos pulgões.
Tratamento: não existe tratamento para as doenças causadas por
vírus. A melhor medida é o monitoramento e controle dos insetos
transmissores de vírus, como os pulgões e trips. Embora o ataque de vírus
não seja tão comum na cultura do lírio, recomenda-se a eliminação imediata
das plantas atacadas.
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10.2 Podridão-de-Pythium (Pythium sp.)
Sintomas:
iniciam
no
sistema
radicular,
apresentando
as
extremidades escurecidas e necrosadas evoluindo em direção ao caule da
planta. Os sintomas reflexos são amarelecimento e murcha de folhas,
culminando na morte da planta.
Tratamento: depois do solo totalmente desinfectado e pouco antes do
plantio, misturar aos 10 cm superiores de solo 4-8 g.m-2 de Terrazole
(Etridiazole). Depois do plantio, se houver infestação por Pythium,
pulverizar a planta com 10 g.m-2 de Aliette (Fosetyl).
10.3 Podridão-de-Rizoctonia (Rhizoctonia sp.)
Sintomas: murcha, clorose e queda de folhas, em conseqüência da
necrose da região do colo da planta.
Tratamento: desinfecção do solo com aplicação de fungicida antes
e/ou
periodicamente
após
o
plantio.
Recomendam-se
aplicações
combinando-se Captan (Captan) com Maneb (Maneb) ou Thiram (Thiram).
10.4 Podridão-de-Botrytis (Botrytis cinerea)
Sintomas: geralmente os sintomas manifestam-se em botões e flores
não totalmente abertos. Em períodos úmidos e frios, a planta atacada pelo
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fungo apresenta, no início, pontos e manchas brancas, e, após 48 a 72 horas,
o botão fica totalmente tomado pela podridão-cinzenta.
Tratamento: pulverizações semanais com 2 g.L-1 Benlate (Benomyl),
Mancozeb (Mancozeb) ou Tiofanato (Tiofanato). Recomenda-se utilizar
alternadamente os produtos, evitando que o patógeno adquira resistência ao
produto.
10.5 Podridão de raízes (Phytophthora sp.)
Sintomas: os caules são atacados pelo fungo logo abaixo da
superfície do solo. As partes infectadas ficam ressecadas e escurecidas; as
plantas murcham, tombam e morrem. Em geral, os bulbos não são afetados.
Tratamento: Preventivamente, o solo deve ser bem drenado,
evitando-se excessos de umidade. Pode-se proteger as plantas que emergem
com aplicação de fungicidas cúpricos. O controle cultural é feito pela
retirada de todas as plantas doentes. O químico pode ser realizado
utilizando-se Metalaxil (Metalaxil) ou Folio (Metalaxil + chlorotalonil).
11 PRAGAS
11.1 Pulgões
Sintomas: as folhas superiores começam a enrolar na fase inicial de
desenvolvimento, deformado-as. O ataque de pulgões geralmente não afeta
as folhas localizadas mais abaixo da planta, permitindo que as mesmas
desenvolvam-se normalmente. Os pulgões se mantêm nas folhas jovens,
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particularmente no lado inferior. Os brotos jovens também podem ser
danificados, resultando no aparecimento de manchas verdes e flores também
com deformação parcial.
Tratamento: o controle de ervas daninhas ajuda no combate de
pulgões. O controle dos pulgões pode ser realizado preventivamente com
pulverizações com inseticidas (Assist), mediante de monitoramento ou
curativo após o ataque dos mesmos com produtos seletivos e préselecionados. Alternar o inseticida utilizado no controle de pulgões, a fim de
se evitar que os mesmos apresentem resistência ao produto.
11.2 Thrips Simplex (Taeniothrips gladioli)
Sintomas: esta praga ataca diversas partes da planta, dificultando a
sua produção e o seu desenvolvimento. O inseto pode ser encontrado
atacando as flores, bulbos, brotos e botões. Nas plantas atacadas, observa-se
um colorido prateado, principalmente nas folhas, botões e flores,
acompanhado de manchas esbranquiçadas. Esses ataques impedem a
abertura dos botões, provocam o aborto da floração, além de
comprometerem o desenvolvimento normal da planta.
Tratamento: Realizar pulverizações com inseticidas Cefanol
(Cefanol) e Orthene (Acephate).
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12 COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO
Antes da floração, o crescimento do caule é rápido, devendo,
assim, manter um programa regular de colheita. As hastes são cortadas
quando o primeiro botão estiver se abrindo.
Os lírios do grupo dos híbridos orientais são comercializados
em maços de 10 botões. As hastes devem ser retas e tanto as folhas como as
flores não devem apresentar-se danificadas. A durabilidade das flores pode
atingir 10 dias se as hastes forem mantidas mergulhadas em água. Os lírios
do grupo asiático são comercializados utilizando-se as hastes como
referência, em vez de maços. Comercializam-se oito hastes medindo entre
50 e 90 cm, contendo um número mínimo de 20 botões.
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13 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CARDOSO, E.J.B.N. Doenças das plantas ornamentais. In:. GALLI, F.
(coord). Manual de fitopatologia. São Paulo: Agronômica Ceres, 1980. v.
2, p.418-442.
BARBOSA, J.G. Produção comercial de lírios, gladíolos e amaryllis.
Viçosa: CPT, 1999. 34p.
GELMINI, G.A. Agrotóxicos: legislação básica. Campinas: Fundação
Cargill, 1991. v.1, 398p.
CALDARI JUNIOR, P.; FREITAS, J.C. de F.; REZENDE, J.A.M. Doenças
das plantas ornamentais. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN
FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.; REZENDE, J.A.M. Manual de
fitopatologia. São Paulo: Agronômica Ceres. 1977. v. 2, p. 594-615.
Ministério
da
Agricultura,
Pecuária
e
Abastecimento.
http://www.agricultura.gov.br. Acesso em 05 de julho de 2002.
SALINGER, J.P. Producción comercial de flores. Zaragoza: Acríbia,
1991. p. 181-189.
CENTRO INTERNACIONAL DE BULBOS DE FLOR. Technical
information of bulb flowers. Disponível em <www.spain.bulb.com.>
Acesso em 05 de jun. de 2002.
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