XVII Encontro de Iniciação Científica XIII Mostra de Pós-graduação VII Seminário de Extensão IV Seminário de Docência Universitária 16 a 20 de outubro de 2012 INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável EPH1546 RACIONALIDADE COMO CAUSA DO PENSAMENTO EM O MITO DE SÍSIFO BRUNNO CARTEGNI ANTUNES [email protected] FILOSOFIA NOTURNO UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ ORIENTADOR(A) FABRINA MOREIRA SILVA UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ RESUMO RACIONALIDADE COMO CAUSA DO PENSAMENTO EM O MITO DE SÍSIFO Autor: Brunno Cartegin Antunes Orientador: Prof. Ms. Fabrina Moreira Silva Como bem sabemos “O mito de Sísifo” do filosofo Albert Camus nos apresenta o absurdo, seja ele da vida ou do mundo; sua visão de uma existência na qual não existe propósito, onde para o homem só existe a rotina de seu cotidiano, fora isso , religião e até algumas formas filosóficas como o existencialismo, são suicídios filosóficos por não apresentarem um caminho claro para o seu objetivo tem do que dar, nas palavra de Camus, um salto, ou seja, a conclusão de um raciocínio no qual não se pode chegar por meios lógicos e claro, para justificar sua própria existência. Desta forma só resta ao homem o conforto do Hedonismo, uma vez que tudo se resume ao aqui e agora no qual o homem, semelhante ao rei Sísifo que foi condenado a realizar um trabalho sem propósito pela eternidade, só encontrará a forma mais alta de liberdade em aceitar a rotina a qual está preso, uma vez que fora dela nada existe. O único problema no qual sua teoria falha é no sentido de ser universal, uma vez que o que ele expressa é sua visão de realidade, mas o que é realidade senão a forma com que interpretamos o que acontece em nossas vidas de acordo com nossas experiências. Neste sentido sua tese falha, uma vez que recusa a razão como falha entra-se em um paradoxo do qual é impossível escapar tornando teorias por ele chamada de suicídio filosófico tão validas quanto a que ele apresenta. A causa de tal problema não está só em Camus, uma vez que equiparamos sua tese a todas, mas na própria racionalidade. Uma vez que a mesma é resultado de nosso conforto, homens anteriores a isso, em época primitivas tinham preocupações reais ligadas diretamente a sua sobrevivência só vemos o surgimento de reflexões existenciais por assim dizer quando atingem um certo nível de conforto, e o crescimento deste pensamento se torna proporcional ao crescimento deste conforto. Podemos ver isso na própria afirmação de Camus quando ele diz que o absurdo surge do fato do homem tentar humanizar o mundo, humanizar no sentido de tornar racional, entende-lo; logo torna-se evidente que a razão cria tais problemas. O homem é um animal e não sabemos se é o melhor dos animais, disse Aristóteles em sua ética, nos achamos superiores pelo fato de pensar, mas essa é apenas uma qualidade de nossa espécie assim como voar é a dos pássaross o problema surge quando tentamos adaptar o mundo a nossa mente, que na verdade é um reflexo do próprio mundo e por isso mesmo somos levados a paradoxos como o enfrentado pro Camus. Isso não nos deve desencorajar a buscar novos conhecimentos ou a reflexões filosóficas, mas buscar atingi-los reconhecendo nossas limitações e cientes de termos apenas representações e nunca a verdade em si. Palavraschave: Absurdo, Realidade, Razão.