ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 100 mg cápsulas 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada cápsula contém 100 mg de atazanavir (sob a forma de sulfato) Excipiente: 54,79 mg de lactose por cápsula. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Cápsula. Cápsula opaca, azul e branca, impressa com tinta branca e azul, com "BMS 100 mg" numa metade e "3623" na outra metade. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas REYATAZ está indicado para o tratamento de doentes adultos infectados pelo VIH-1 em associação com outros medicamentos anti-retrovirais. A demonstração da eficácia nos doentes previamente tratados com medicamentos anti-retrovirais baseia-se num estudo que comparou REYATAZ 300 mg, uma vez por dia, associado a 100 mg de ritonavir, uma vez por dia, com o lopinavir/ritonavir, e ambos os regimes em associação com tenofovir (ver secções 4.8 e 5.1). Com base nos dados clínicos e virológicos disponíveis, não se espera benefício em doentes com estirpes resistentes a múltiplos inibidores da protease (≥ 4 mutações a inibidores da protease). A escolha de REYATAZ no tratamento de doentes previamente tratados deve ser baseada nos testes de resistência viral individual e na história de tratamento do doente (ver secção 5.1). 4.2 Posologia e modo de administração A terapêutica deve ser iniciada por um médico com experiência no tratamento da infecção pelo VIH. Adultos: a dose recomendada de REYATAZ é de 300 mg uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia e com alimentos. O ritonavir é utilizado como potenciador da farmacocinética do atazanavir (ver secções 4.5 e 5.1). Se REYATAZ com ritonavir for co-administrado com didanosina, recomenda-se que a didanosina seja tomada 2 horas após a administração de REYATAZ e ritonavir. REYATAZ com ritonavir tem de ser administrado com alimentos (ver secção 4.5). Lactentes, bébés até aos dois anos, crianças e adolescentes: a segurança e eficácia de REYATAZ em doentes pediátricos não foi estabelecida (ver secção 5.2). Doentes com compromisso renal: não é necessário acerto posológico. REYATAZ com ritonavir não é recomendado em doentes a fazer hemodiálise (ver secções 4.4 e 5.2). Doentes com compromisso hepático: REYATAZ com ritonavir não foi estudado em doentes com compromisso hepático. REYATAZ com ritonavir deve ser usado com precaução em doentes com 2 compromisso hepático ligeiro. REYATAZ não deve ser usado em doentes com compromisso hepático moderado a grave (ver secções 4.3, 4.4 e 5.2). Modo de administração: para administração oral. As cápsulas devem ser deglutidas inteiras. REYATAZ pó oral está disponível para doentes que não são capazes de engolir as cápsulas (ver o Resumo das Características do Medicamento de REYATAZ pó oral). 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes (ver secção 6.1). Doentes com insuficiência hepática moderada a grave (ver secções 4.2 e 4.4). Está contra-indicada a administração concomitante da associação terapêutica rifampicina e REYATAZ com uma dose baixa de ritonavir (ver secção 4.5). REYATAZ com ritonavir não pode ser utilizado em associação com medicamentos que sejam substratos da isoforma CYP3A4 do citocromo P450 e cujo intervalo terapêutico seja estreito (por ex. astemizol, terfenadina, cisaprida, pimozida, quinidina, bepridilo, triazolam, midazolam administrados por via oral (para precaução com o midazolam parentérico, ver secção 4.5) e alcalóides da cravagem do centeio, nomeadamente ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina) (ver secção 4.5). REYATAZ não pode ser utilizado em associação com produtos que contenham Hipericão (Hypericum perforatum) (ver secção 4.5). 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Os doentes devem ser avisados que a terapêutica anti-retroviral actual não provou impedir o risco de transmissão do VIH a outros através do sangue ou de contacto sexual. Devem continuar a ser utilizadas as precauções apropriadas. Não foi avaliada clinicamente a co-administração de REYATAZ com o ritonavir em doses superiores a 100 mg uma vez por dia. A utilização de doses superiores de ritonavir pode alterar o perfil de segurança do atazanavir (efeitos cardíacos, hiperbilirrubinemia) e, consequentemente, não é recomendada. Doentes com condições clínicas co-existentes O atazanavir é metabolizado principalmente por via hepática e foram observadas concentrações plasmáticas aumentadas nos doentes com disfunção hepática (ver secções 4.2 e 4.3). A segurança e a eficácia de REYATAZ não foram estabelecidas em doentes com afecções hepáticas significativas subjacentes. Os doentes com hepatite B ou C crónica e tratados com terapêutica anti-retroviral combinada estão em risco aumentado para reacções adversas hepáticas graves e potencialmente fatais. Em caso de terapêutica antiviral concomitante para a hepatite B ou C, consultar o Resumo das Características do Medicamento para estes medicamentos (ver secção 4.8). Os doentes com uma disfunção hepática pré-existente, incluindo hepatite activa crónica, apresentam uma frequência maior de alterações da função hepática durante a terapêutica anti-retroviral combinada e devem ser monitorizados de acordo com a prática habitual. Se houver evidência de agravamento da doença hepática em tais doentes, deverá ser considerada a interrupção ou descontinuação do tratamento. Não é necessário acerto posológico em doentes com compromisso renal. No entanto, REYATAZ com ritonavir não é recomendado em doentes a fazer hemodiálise (ver secções 4.2 e 5.2). Em estudos clínicos foram observados prolongamentos assintomáticos no intervalo PR relacionados com a dose de REYATAZ. Deverá ter-se precaução com medicamentos que se sabe que induzem 3 prolongamentos no intervalo PR. Em doentes com problemas pré-existentes de condução (bloqueio auriculoventricular ou de ramo, de segundo grau ou superior), REYATAZ deverá ser utilizado com precaução e apenas se os benefícios excederem o risco (ver secção 5.1). Deverá ter-se precaução especial na prescrição de REYATAZ em associação com medicamentos que tenham potencial para aumentar o intervalo QT e/ou em doentes com factores de risco pré-existentes (bradicardia, QT longo congénito, desequilíbrio electrolítico (ver secções 4.8 e 5.3)). Em doentes hemofílicos tipo A e B tratados com inibidores da protease foram relatados casos de aumento de hemorragia, incluindo o aparecimento espontâneo de hematomas cutâneos e hemartroses. Nalguns casos foi administrado adicionalmente factor VIII. Em mais de metade dos casos relatados foi possível manter o tratamento com os inibidores da protease ou re-introduzir o tratamento nos casos em que tinha sido interrompido. Foi sugerida uma relação de causalidade embora o mecanismo de acção não tenha sido esclarecido. Consequentemente, os doentes hemofílicos devem estar informados da possibilidade de aumento de hemorragias. Redistribuição da gordura corporal e doenças do metabolismo A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada à redistribuição de gordura corporal (lipodistrofia) em doentes infectados pelo VIH. As consequências destes acontecimentos a longo prazo são, de momento, desconhecidas. O conhecimento sobre o mecanismo está incompleto. Foi colocada uma hipótese sobre uma relação entre a lipomatose visceral e os inibidores da protease e a lipoatrofia e os análogos nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa. Foi associado um maior risco de lipodistrofia a factores individuais, tais como, uma idade superior, e a factores relacionados com o fármaco, tais como a maior duração da terapêutica anti-retroviral e perturbações do metabolismo associadas. O exame clínico deve incluir a avaliação de sinais físicos de redistribuição da gordura. A terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), incluindo associações de REYATAZ (com ou sem ritonavir) com outros anti-retrovirais está associada a dislipidemia. Deverá considerar-se a determinação dos lípidos séricos e glicemia em jejum. As afecções lipídicas devem ser tratadas como clinicamente adequado (ver secção 4.8). Em estudos clínicos, o REYATAZ (com ou sem ritonavir) mostrou induzir dislipidemia numa menor extensão do que os comparadores. O impacto clínico de tais dados não foi demonstrado dada a ausência de estudos específicos no risco cardiovascular. A selecção da terapêutica anti-retroviral tem de ser orientada principalmente pela eficácia antiviral. Recomenda-se a consulta de normas orientadoras para o controlo da dislipidemia. Hiperglicemia Em doentes medicados com inibidores da protease foi notificado o aparecimento de novos casos de diabetes mellitus, hiperglicemia, e exacerbação de diabetes mellitus pré-existente. Nalguns destes casos, a hiperglicemia foi grave e, por vezes, foi também associada a cetoacidose. Muitos doentes apresentavam situações clínicas mistas, algumas requerendo terapêutica com medicamentos que foram associados ao desenvolvimento de diabetes ou hiperglicemia. Hiperbilirrubinemia Em doentes medicados com REYATAZ ocorreram elevações reversíveis da bilirrubina indirecta (não conjugada) relacionadas com a inibição da UDP-glucuronosil transferase (UGT) (ver secção 4.8). As elevações da transaminase hepática que ocorrem com a bilirrubina elevada em doentes medicados com REYATAZ devem ser avaliadas quanto a etiologias alternativas. Pode ser considerada uma terapêutica anti-retroviral alternativa ao REYATAZ se a icterícia, ou a icterícia escleral não forem aceitáveis para um doente. A redução da dose de atazanavir não é recomendada porque poderá causar perda de efeito terapêutico e desenvolvimento de resistência. O indinavir está também associado com hiperbilirrubinemia indirecta (não conjugada) devido à inibição da UGT. As associações de REYATAZ e indinavir não foram estudadas e não é recomendada a co-administração destes medicamentos (ver secção 4.5). Nefrolitíase 4 Foi notificada nefrolitíase em doentes a receber REYATAZ (ver secção 4.8). Se ocorrerem sinais ou sintomas de nefrolitíase, pode ser considerada a interrupção temporária ou a suspensão do tratamento. Síndrome de reactivação imunológica Em doentes infectados pelo VIH com deficiência imunológica grave à data da instituição da terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), pode ocorrer uma reacção inflamatória a infecções oportunistas assintomáticas ou residuais e causar várias situações clínicas graves, ou o agravamento dos sintomas. Tipicamente, estas reacções foram observadas durante as primeiras semanas ou meses após início da TARC. São exemplos relevantes a retinite por citomegalovírus, as infecções micobacterianas generalizadas e/ou focais e a pneumonia por Pneumocystis carinii. Qualquer sintoma de inflamação deve ser avaliado e, quando necessário, instituído o tratamento. Osteonecrose Foram notificados casos de osteonecrose, particularmente em doentes com doença por VIH avançada e/ou exposição prolongada a terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), apesar da etiologia ser considerada multifactorial (incluindo a utilização de corticosteróides, o consumo de álcool, a imunossupressão grave, um índice de massa corporal aumentado). Os doentes devem ser instruídos a procurar aconselhamento médico caso sintam mal-estar e dor articular, rigidez articular ou dificuldade de movimentos. Interacções com outros medicamentos A co-administração de REYATAZ com sinvastatina ou lovastatina não é recomendada (ver secção 4.5). A co-administração de REYATAZ com nevirapina ou efavirenz não é recomendada (ver secção 4.5). Se for necessário a co-administração de REYATAZ com um NNRTI (análogo não nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa), pode ser considerado um aumento na dose de REYATAZ e ritonavir para 400 mg e 200 mg, respectivamente, em combinação com efavirenz, com rigorosa vigilância clínica. O atazanavir é metabolizado principalmente pela CYP3A4. A co-administração de REYATAZ com ritonavir e medicamentos que induzam a CYP3A4 não é recomendada (ver secções 4.3 e 4.5). A utilização concomitante de REYATAZ e contraceptivos orais deve ser evitada (ver secção 4.5). A co-administração de voriconazol e REYATAZ com ritonavir não é recomendada, a não ser que a avaliação do benefício/risco justifique a utilização de voriconazol (ver secção 4.5). Não se recomenda a utilização concomitante de REYATAZ com fluticasona ou outros glucocorticóides que são metabolizados pelo CYP3A4, a não ser que o benefício potencial do tratamento supere o risco dos efeitos sistémicos dos corticosteróides, incluindo síndrome de Cushing e supressão adrenal (ver secção 4.5). A absorção de atazanavir pode ser reduzida nas situações em que o pH gástrico esteja aumentado, independentemente da causa. Não se recomenda a co-administração de REYATAZ com inibidores da bomba de protões (ver secção 4.5). Se a associação de REYATAZ com um inibidor da bomba de protões for considerada indispensável, é recomendada monitorização clínica cuidadosa juntamente com um aumento na dose de REYATAZ para 400 mg com 100 mg de ritonavir; não devem ser excedidas doses de inibidores da bomba de protões comparáveis a 20 mg de omeprazol. Lactose Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência lactase de Lapp, ou malabsorção glucose-galactose, não devem tomar este medicamento. 5 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Quando REYATAZ e ritonavir são co-administrados, o perfil de interacção metabólico do ritonavir pode ser predominante porque o ritonavir é um inibidor mais potente da CYP3A4 do que o atazanavir. O Resumo das Características do Medicamento do ritonavir deve ser consultado antes do início da terapêutica com REYATAZ e ritonavir. O atazanavir é metabolizado no fígado pela CYP3A4. Inibe a CYP3A4. Consequentemente, REYATAZ com ritonavir estão contra-indicados com medicamentos que sejam substratos da CYP3A4 e tenham índice terapêutico estreito: astemizol, terfenadina, cisaprida, pimozida, quinidina, bepridilo, triazolam, midazolam administrado por via oral e alcalóides da cravagem do centeio, nomeadamente ergotamina e di-hidroergotamina (ver secção 4.3). Outras interacções As interacções entre o atazanavir/ritonavir e inibidores da protease, fármacos anti-retrovirais não inibidores da protease, e outros medicamentos não anti-retrovirais estão apresentadas nos quadros abaixo (aumento está indicado como “↑”, diminuição como “↓”, sem alteração como “↔”, duas vezes ao dia como “BID” e uma vez ao dia como “QD”). Se disponível, os intervalos de confiança de 90% (IC) apresentam-se entre parentesis. Os estudos apresentados no Quadro 1 foram realizados em indivíduos saudáveis, a não ser que outra informação seja dada. De realçar, muitos estudos foram realizados com o atazanavir não potenciado, o qual não é o regime aprovado do atazanavir. Quadro 1: Interacções entre REYATAZ e outros medicamentos Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração ANTI-INFECCIOSOS Anti-retrovirais Inibidores da protease: Não foi estudada a co-administração de REYATAZ/ritonavir e outros inibidores da protease mas é espectável que aumente a exposição a outros inibidores da protease. Consequentemente, esta co-administração não é recomendada. Ritonavir 100 mg uma Ritonavir 100 mg QD (atazanavir 300 mg QD) ↑3,50* ↑2,20* ↑8,13* vez ao dia é usado atazanavir (2,44 - 5,03) (1,56 - 3,11) (4,59 - 14,39) estudos realizados em doentes como um potenciador da farmacocinética do infectados pelo VIH * Numa análise combinada, atazanavir 300 mg e ritonavir 100 mg atazanavir. (n=33) foi comparado a atazanavir 400 mg sem ritonavir (n=28). O mecanismo da interacção entre atazanavir e ritonavir é a inibição CYP3A4. Indinavir Indinavir está associado com hiperbilirrubinemia indirecta não Não é recomendada a conjugada devido à inibição da UGT. co-administração de REYATAZ/ritonavir e indinavir (ver secção 4.4). Análogos nucleosídeo/nucleotídeo inibidores da transcriptase reversa (NRTIs) Lamivudina 150 mg BID + Com base nestes dados zidovudina 300 mg BID e não sendo espectável Não foi observado efeito significativo nas concentrações de lamivudina e (atazanavir 400 mg QD) que ritonavir tenha um zidovudina. impacto significativo na farmacocinética dos NRTIs, não se espera que a co-administração de REYATAZ /ritonavir com estes medicamentos altere significativamente a exposição dos fármacos coadministrados. Abacavir Não se espera que a co-administração de REYATAZ/ ritonavir com abacavir altere significativamente a exposição do abacavir. Didanosina (comprimidos A didanosina deve ser tamponados) 200 administrada sem 6 Medicamentos coadministrados (dose em mg) mg/estavudina 40 mg, ambos dose única (atazanavir 400 mg dose única) Medicamento avaliado atazanavir, administração simultânea com ddI+d4T (sem alimentos) AUC (IC de 90%) ↓0,13 (0,08 - 0,21) Cmax (IC de 90%) ↓0,11 (0,06 - 0,18) Cmin (IC de 90%) ↓0,16 (0,10 - 0,27) atazanavir, administrado 1 ↔1,03 ↑1,12 ↔1,03 (0,67 - 1,18) (0,61 - 1,73) hora após ddI+d4T (0,64 - 1,67) (sem alimentos) As concentrações de atazanavir diminuíram muito quando co-administrado com didanosina (comprimidos tamponados) e estavudina. O mecanismo da interacção é uma solubilidade reduzida do atazanavir com o aumento do pH relacionado com a presença de agentes antiácidos nos comprimidos tamponados de didanosina. Não foram observados efeitos significativos nas concentrações de didanosina e estavudina. Didanosina (cápsulas Didanosina (com ↓0,66 ↓0,62 ↑1,25 revestimento entérico) 400 mg alimentos) (0,59 - 0,73) (0,52 - 0,74) (0,92 - 1,69) dose única (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) Não foram observados efeitos significativos nas concentrações de atazanavir quando administrado com a didanosina com revestimento entérico, mas a administração com os alimentos diminuiu as concentrações de didanosina. ↓0,78 * ↓0,84 * ↓0,77 * Tenofovir disoproxil fumarato Atazanavir (0,65 - 0,94) (0,70 - 1,00) (0,57 - 1.02) 300 mg QD (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) * Numa análise combinada de vários estudos clínicos, o estudos realizados em doentes atazanavir/ritonavir 300/100 mg co-administrado com tenofovir infectados com VIH disoproxil fumarato 300 mg (n=39) foi comparado a atazanavir/ritonavir 300/100 mg (n=33). Recomendações relativas a coadministração alimentos 2 horas depois de REYATAZ /ritonavir tomado com alimentos. Não é espectável que a coadministração de REYATAZ /ritonavir com estavudina altere significativamente a exposição à estavudina. A eficácia de REYATAZ /ritonavir em combinação com tenofovir em doentes previamente tratados foi demonstrada no estudo clínico 045 e em doentes sem tratamento prévio no estudo clínico 138 (ver secções 4.8 e 5.1). O mecanismo da interacção entre atazanavir e tenofovir é desconhecido. Tenofovir disoproxil fumarato 300 mg QD (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) tenofovir disoproxil fumarato ↑1,37 (1,30 - 1,45) ↑1,34 (1,20 - 1,51) ↑1,29 (1,21 - 1,36) Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para as reacções adversas associadas ao tenofovir, incluindo alterações renais. Análogos não nucleosídeo inibidores da transcriptase reversa (NNRTIs) Efavirenz 600 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ritonavir 100 mg QD) Efavirenz 600 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 200 mg QD) Nevirapina 200 mg BID (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) estudo realizado em doentes infectados com VIH atazanavir (pm): todos ↔1,00* ↑1,17* ↓0,58* (0,91 - 1,10) (1,08 - 1,27) (0,49 - 0,69) administrados com alimentos atazanavir (pm): ↔1,06*/** ↔1,09*/** ↔1,12*/** todos (0,90 - 1,26) (0,95 - 1,26) (0,84 - 1,49) administrados com alimentos * Quando comparado ao REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg uma vez dia à noite sem efavirenz. Esta diminuição na Cmin atazanavir pode afectar negativamente a eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção efavirenz/atazanavir é a indução CYP3A4. ** baseado na comparação histórica. Não é recomendada a co-administração de efavirenz com REYATAZ / ritonavir (ver secção 4.4). ↑1,26 ↑1,21 ↑1,35 (1,17 - 1,36) (1,11 - 1,32) (1,25 - 1,47) ↓0,81* ↔1,02* ↓0,41* Atazanavir (0,65 - 1,02) (0,85 - 1,24) (0,27 - 0,60) * Quando comparado ao REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg sem Não é recomendada a co-administração de nevirapina com REYATAZ/ritonavir (ver secção 4.4). Nevirapina 7 Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração nevirapina. Esta diminuição na Cmin do atazanavir pode afectar negativamente a eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção nevirapine/atazanavir é a indução CYP3A4. Antibióticos Claritromicina 500 mg BID (atazanavir 400 mg QD) claritromicina 14-OH claritromicina ↑1,94 (1,75 - 2,16) ↑1,50 (1,32 - 1,71) ↑2,60 (2,35 - 2,88) ↓0,30 (0,26 - 0,34) ↓0,28 (0,24 - 0,33) ↓0,38 (0,34 - 0,42) ↑1,28 ↔1,06 ↑1,91 (1,16 - 1,43) (0,93 - 1,20) (1,66 - 2,21) Uma redução da dose de claritromicina pode produzir concentrações subterapêuticas de 14-OH claritromicina. O mecanismo da interacção claritromicina/atazanavir é a inibição CYP3A4. atazanavir Antifúngicos Cetoconazol 200 mg QD (atazanavir 400 mg QD) Itraconazol Não foi observado efeito significativo nas concentrações de atazanavir. O itraconazol, tal como o cetoconazol, é um inibidor potente assim como um substracto de CYP3A4. Com base em dados obtidos com outros IPs potenciados e cetoconazol, em que a AUC de cetoconazol aumentou 3 vezes, é esperado que REYATAZ/ritonavir aumente as concentrações de cetoconazol ou itraconazol. Voriconazol A co-administração de REYATAZ/ritonavir e voriconazol não foi estudada. O efeito da co-administração de voriconazol oral e de uma dose baixa de ritonavir oral (100 mg) foi investigada em voluntários saudáveis. Doses baixas de ritonavir (100 mg BID) diminuiram a Cmax e AUC de voriconazol (IC de 90%) em média 24% (↓9% a ↓36%) e 39% (↓22% a ↓52%), respectivamente. A administração de voriconazol produziu uma redução menor, no estado estacionário, da Cmax e AUC de ritonavir (IC de 90%) com uma média de 24% (↓6% a ↓39%) e 14% (↓26% a ↑1%), respectivamente. Fluconazol 200 mg QD (atazanavir 300 mg/ ritonavir 100 mg QD) Antimicobacterianos Rifabutina 150 mg QD (atazanavir 400 mg QD) Rifabutina 150 mg QD (atazanavir 600 mg QD) Esta não é a dose terapêutica recomendada de atazanavir. As concentrações de atazanavir e fluconazol não são modificadas significativamente quando REYATAZ /ritonavir foi co-administrado com fluconazol. atazanavir ↑1,15 (0,98 - 1,34) ↑1,34 (1,14 - 1,59) ↑1,13 (0,68 - 1,87) ↑2,10 ↑1,18 ↑3,43 (1,57 - 2,79) (0,94 - 1,48) (1,98 - 5,96) 25-O-desacetil↑22,01* ↑8,20* ↑75,6* rifabutina (15,97- 30,34) (5,90 - 11,40) (30,1 - 190,0) * Quando comparado com rifabutina 300 mg QD. O mecanismo da interacção de rifabutina e atazanavir é a inibição CYP3A4 rifabutina 8 Não se pode fazer recomendação de redução da dose; como tal, recomenda-se precaução se REYATAZ /ritonavir for co-administrado com claritromicina. Cetoconazol e itraconazol devem ser usados com precaução com REYATAZ /ritonavir. Não são recomendadas doses altas de cetoconazol e itraconazol (>200 mg/dia). Não é recomendada a co-administração de voriconazol e REYATAZ/ritonavir, a não ser que uma avaliação do benefício/risco para o doente justifique o uso de voriconazol (ver secção 4.4). Os doentes devem ser monitorizados para reacções adversas e/ou perda de eficácia durante a coadministração de voriconazol e REYATAZ/ritonavir. Não são necessários ajustes da dose para REYATAZ /ritonavir e fluconazol. É recomendada uma redução da dose de rifabutina até 75% (por ex. 150 mg em dias alternados ou 3 vezes por semana) quando a rifabutina é administrada com REYATAZ /ritonavir. Não é necessário ajuste de dose para REYATAZ /ritonavir. Medicamentos coadministrados (dose em mg) Rifampicina Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) A rifampicina é um indutor potente da CYP3A4 e foi demonstrado que provoca uma diminuição de 72 % na AUC do atazanavir, o que pode resultar em falência virológica e desenvolvimento de resistências. Durante as tentativas para ultrapassar a diminuição de exposição através do aumento da dose de REYATAZ ou de outros inibidores da protease com ritonavir, verificou-se uma frequência elevada de reacções hepáticas. FÁRMACOS REDUTORES DOS ÁCIDOS Antagonistas dos receptores H2 Famotidina 40 mg BID ↓ 0,82 ↓0,86 ↓0,72 atazanavir (atazanavir 300 mg QD/ (0,75 - 0,89) (0,79 - 0,94) (0,64 - 0,81) ritonavir 100 mg QD) Apesar de não estudada, são esperados resultados semelhantes com outros antagonistas dos receptores H2. A relevância destes dados para os doentes infectados pelo VIH é desconhecida, dado que nesta população o pH intragástrico pode ser mais elevado. Consequentemente, a magnitude deste efeito pode ser mais pronunciada. O mecanismo da interacção é a solubilidade reduzida do atazanavir uma vez que o pH intragástrico aumenta com os bloqueadores H2. Inibidores da bomba de protões Omeprazol 40 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) Omeprazol 20 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) atazanavir (am): 2 horas após omeprazol ↓0,39 (0,35 - 0,45) ↓0,44 (0,38 - 0,51) ↓0,35 (0,29 - 0,41) atazanavir (am): 1 hora após omeprazol ↓0,70* (0,57 - 0,86) ↓0,69* (0,58 - 0,83) ↓0,69* (0,54 - 0,88) * Quando comparado ao atazanavir 300 mg QD com ritonavir 100 mg QD A diminuição na AUC, Cmax, e Cmin não foi mitigada quando uma dose aumentada de REYATAZ/ritonavir (400/100 mg uma vez ao dia) foi temporariamente separada do omeprazol por 12 horas. Apesar de não estudada, são esperados resultados semelhantes com outros inibidores da bomba de protões. Esta redução na exposição do atazanavir pode ter impacto negativo na eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção é diminuída solubilidade do atazanavir, porque o pH intragástrico aumenta com os inibidores da bomba de protões. Antiácidos Antiácidos e medicamentos contendo tampões As concentrações plasmáticas reduzidas de atazanavir podem ser consequência do pH gástrico aumentado, se os antiácidos, incluindo medicamentos tamponados, são administrados com REYATAZ /ritonavir. 9 Recomendações relativas a coadministração Está contra-indicada a administração concomitante da associação terapêutica rifampicina e REYATAZ com uma dose baixa de ritonavir (ver secção 4.3). Não é necessário ajuste da dose de REYATAZ /ritonavir quando coadministrado com antagonistas dos receptores-H2, todos como uma dose diária única com alimentos. As reduções nas concentrações de atazanavir podem ser evitadas pela separação temporal de REYATAZ e um antagonista dos receptores H2 como segue: REYATAZ 300 mg /ritonavir 100 mg uma vez ao dia com alimentos, 2 horas antes e pelo menos 10 horas após administração de um antagonista dos receptores H2. Não é recomendada a co-administração de REYATAZ /ritonavir com inibidores da bomba de protões. Se a associação de REYATAZ /ritonavir com um inibidor da bomba de protões é considerada inevitável, recomenda-se monitorização clínica em combinação com aumento da dose de REYATAZ para 400 mg com 100 mg de ritonavir; não devem ser excedidas doses de inibidores da bomba de protões comparáveis a 20 mg de omeprazol (ver secção 4.4). REYATAZ /ritonavir deve ser administrado 2 horas antes ou 1 hora após os antiácidos ou Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração medicamentos tamponados. ANTICOAGULANTES Varfarina A co-administração com REYATAZ /ritonavir tem potencial para produzir uma redução ou, menos frequentemente, um aumento no INR (Razão Normalizada Internacional). ANTINEOPLÁSICOS E IMUNOSSUPRESSORES Antineoplásicos Irinotecano O atazanavir inibe UGT e pode interferir com o metabolismo do irinotecano, resultando no aumento da toxicidade do irinotecano. Imunossupressores Ciclosporina Tacrolimus Sirolimus As concentrações destes imunossupressores podem estar aumentadas quando são co-administradas com REYATAZ com ritonavir devido a inibição CYP3A4. MEDICAMENTOS CARDIOVASCULARES Antiarrítmicos Amiodarona, As concentrações destes antiarrítmicos podem estar aumentadas quando Lidocaína sistémica, co-administrados com REYATAZ /ritonavir. O mecanismo da Quinidina interacção amiodarona ou lidocaína sistémica/atazanavir é a inibição CYP3A. A quinidina tem um intervalo terapêutico estreito e está contraindicada devido à inibição potencial da CYP3A pelo REYATAZ /ritonavir. Bloqueadores dos canais do cálcio Bepridilo Diltiazem 180 mg QD (atazanavir 400 mg QD) REYATAZ /ritonavir não deve ser usado em combinação com medicamentos que são substractos da CYP3A4 e que têm um intervalo terapêutico estreito. diltiazem desacetyldiltiazem Verapamilo ↑2,5 (2,09 - 2,41 ↑2,65 (2,45 - 2,87) ↑1,98 (1,78 - 2,19) ↑2,72 (2,44 - 3,03) ↑2,42 (2,14 - 2,73) ↑2,21 (2,02 - 2,42) Não foi observado efeito significativo nas concentrações de atazanavir. Houve um aumento no intervalo PR máximo comparado com atazanavir em monoterapia. Não foi estudada a co-administração de diltiazem e REYATAZ/ritonavir. O mecanismo da interacção de diltiazem/atazanavir é a inibição CYP3A4. As concentrações séricas de verapamilo podem ser aumentadas pelo REYATAZ/ritonavir devido a inibição CYP3A4. . 10 Recomenda-se que o INR seja cuidadosamente monitorizado durante o tratamento com REYATAZ/ ritonavir, especialmente no início da terapêutica. Se REYATAZ /ritonavir for co-administrado com irinotecano, os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para as reacções adversas relacionadas com o irinotecano. Recomenda-se a monitorização mais frequente das concentrações terapêuticas destes medicamentos até estarem estabilizados os níveis plasmáticos. Recomenda-se precaução e, quando disponível, monitorização da concentração terapêutica. A utilização concomitante de quinidina está contraindicada (ver secção 4.3). Está contra-indicada a co-administração com bepridilo (ver secção 4.3). É recomendada uma redução da dose inicial de diltiazem em 50% , com titulação subsequente conforme necessário, e monitorização do ECG. Deverá ter-se precaução quando o verapamilo for coadministrado com REYATAZ/ritonavir. Medicamentos coadministrados (dose em mg) CORTICOSTERÓIDES Propionato de fluticasona intranasal 50 µg 4 vezes ao dia durante 7 dias (ritonavir 100 mg cápsules BID) DISFUNÇÃO ERÉCTIL Inibidores PDE5 Sildenafil PRODUTOS À BASE DE PLANTAS Hipericão (Hypericum perforatum) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração Os níveis plasmáticos de propionato de fluticasona aumentaram significativamente, enquanto que os níveis de cortisol intrinseco decresceram aproximadamente 86% (intervalo de confiança de 90% 8289%). Pode esperar-se uma exacerbação dos efeitos quando o propionato de fluticasona é inalado. Foram notificados efeitos sistémicos dos corticosteróides, incluindo síndrome de Cushing e supressão adrenal em doentes a fazer tratamento com ritonavir e propionato de fluticasona, administrado por via inalatória ou nasal; estes efeitos podem igualmente verificar-se com outros corticosteróides metabolizados via P450 3A, como por ex., a budesonida. Ainda não se conhecem os efeitos da elevada exposição sistémica da fluticasona nos níveis plasmáticos do ritonavir. O mecanismo da interacção é a inibição CYP3A4. Não é recomendada a co-administração de REYATAZ /ritonavir e estes glucocorticóides , a não ser que o benefício potencial do tratamento ultrapasse o risco dos efeitos sistémicos dos corticosteróides (ver secção 4.4). Uma redução da dose do glucocorticóide deve ser considerada com rigorosa monitorização dos efeitos locais e sistémicos ou uma mudança para um glucocorticóide, que não seja um substracto para CYP3A4 (por ex., beclometasona). Além disso, no caso de suspensão dos glucocorticóides, a redução progressiva da dose poderá ter de realizar-se por um período de tempo mais longo. Sildenafil é metabolizado pelo CYP3A4. A co-administração com REYATAZ/ritonavir pode produzir concentrações aumentadas de sildenafil e um aumento nos acontecimentos adversos associados ao sildenafil, incluindo hipotensão, alterações visuais e priapismo. O mecanismo da interacção sildenafil/atazanavir é a inibição CYP3A4. Os doentes devem ser advertidos sobre estes possíveis efeitos secundários. Da utilização concomitante de hipericão com REYATAZ/ritonavir pode esperar-se que resulte uma redução significativa dos valores plasmáticos de atazanavir. Este efeito pode ser devido à indução da CYP3A4. Há um risco de perda de efeito terapêutico e de desenvolvimento de resistência (ver secção 4.3). Está contra-indicada a co-administração de REYATAZ/ritonavir com produtos contendo hipericão. CONTRACEPTIVOS HORMONAIS Etinilestradiol 35 μg + noretisterona (atazanavir 400 mg QD) A concentração dos contraceptivos orais aumentou devido à inibição da UGT. Por outro lado, o ritonavir pode diminuir as concentrações de etinilestradiol. Não foram estudados os efeitos da co-administração de contraceptivos orais e REYATAZ/ritonavir. MEDICAMENTOS ANTIDISLIPIDÉMICOS Inibidores da reductase da HMG-CoA Sinvastatina A sinvastatina e a lovastatina dependem grandemente da Lovastatina CYP3A4 para o seu metabolismo e a co-administração com REYATAZ/ritonavir pode aumentar as suas concentrações. 11 Deve ser evitada a coadministração de REYATAZ/ritonavir e contraceptivos orais (ver secção 4.4). Devem ser considerados métodos de contracepção fiáveis alternativos. Não é recomendada a co-administração de sinvastatina ou lovastatina com REYATAZ/ritonavir devido ao risco Medicamentos coadministrados (dose em mg) Atorvastatina Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) O risco de miopatia incluindo rabdomiólise pode ser aumentado também com a atorvastatina, a qual é metabolizada pela CYP3A4. Recomendações relativas a coadministração aumentado de miopatia, incluindo rabdomiólise. É recomendada a utilização de outro inibidor da reductase da HMG-CoA que não sofra metabolismo pela CYP3A4 como a pravastatina ou fluvastatina. Recomenda-se precaução. OPIÁCEOS Buprenorfina, QD, dose de manutenção estável, (atazanavir 300 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) buprenorfina ↑1,67 ↑1,37 ↑1,69 Norbuprenorfina ↑2,05 ↑1,61 ↑2,01 O mecanismo da interacção é a inibição CYP3A4 e UGT1A1. As concentrações de atazanavir não foram afectadas significativamente. Metadona, dose de manutenção estável (atazanavir 400 mg QD) SEDATIVOS Benzodiazepinas Midazolam Triazolam 4.6 Não foi observado um efeito significativo nas concentrações de metadona. Dado que a dose baixa de ritonavir (100 mg duas vezes ao dia) mostrou não ter efeito significativo nas concentrações de metadona, com base nestes dados, não é esperado haver interacção se a metadona for co-administrada com REYATAZ/ritonavir. Midazolam e triazolam são extensamente metabolizados pela CYP3A4. A co-administração com REYATAZ/ritonavir pode levar a um grande aumento na concentração destas benzodiazepinas. Não foram realizados estudos de interacção para a co-administração de REYATAZ/ritonavir com benzodiazepinas. Com base nos dados observados com outros inibidores da CYP3A4, espera-se que as concentrações plasmáticas de midazolam sejam significativamnete superiores quando midazolam é administrado por via oral. Os dados da utilização concomitante de midazolam parentérico com outros inibidores da protease sugerem um possível aumento de 3-4 vezes nas concentrações plasmáticas de midazolam. A co-administração requer monitorização clínica da sedação e efeitos cognitivos. Pode ser considerada uma redução da dose de buprenorfina. Não é necessário o acerto da dose se a metadona for coadministrada com REYATAZ/ritonavir. REYATAZ/ritonavir não deve ser coadministrado com triazolam ou midazolan oral (ver secção 4.3), e recomenda-se precaução na coadministração de REYATAZ/ritonavir e midazolam parentérico. A co-administração de REYATAZ com midazolam deve ser feita em unidade de cuidados intensivos (UCI), ou semelhante, que permita rigorosa monitorização clínica e apoio médico apropriado no caso de depressão respiratória e/ou sedação prolongada. Deve ser considerado o acerto da dose, especialmente se for administrada mais do que uma dose única de midazolam. Gravidez e aleitamento Não existem dados suficientes sobre a utilização de atazanavir em mulheres grávidas. Os estudos em animais não mostraram evidência de toxicidade selectiva no desenvolvimento ou de efeitos na função reprodutiva e na fertilidade (ver secção 5.3). REYATAZ só deverá ser utilizado na gravidez se o potencial benefício justificar o potencial risco. 12 Desconhece-se se a administração de REYATAZ à mulher grávida irá exacerbar a hiperbilirrubinemia fisiológica e causar kernicterus no recém-nascido e no lactente. No período pré-parto deverá ser considerada monitorização adicional e uma terapêutica alternativa ao REYATAZ. Desconhece-se se o atazanavir é excretado no leite humano. Estudos efectuados no rato revelaram que o atazanavir é excretado no leite. Consequentemente, recomenda-se que as mulheres medicadas com REYATAZ não amamentem os filhos. Como recomendação geral, as mulheres infectadas pelo VIH não devem amamentar os filhos para evitar a transmissão do VIH. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Os doentes devem ser informados que foram notificados casos de tonturas durante o tratamento com regimes contendo REYATAZ (ver secção 4.8). 4.8 Efeitos indesejáveis REYATAZ foi avaliado quanto à segurança numa terapêutica combinada com outros medicamentos anti-retrovirais, em ensaios clínicos controlados em 1.806 doentes adultos, que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia (1.151 doentes, duração mediana de 52 semanas e 152 semanas de duração máxima) ou REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg uma vez por dia (655 doentes, duração mediana de 96 semanas e 108 semanas de duração máxima). As reacções adversas foram consistentes entre os doentes que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia e os doentes que receberam REYATAZ 300 mg com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, exceptuando icterícia e elevação dos valores de bilirrubina total que foram notificadas mais frequentemente com REYATAZ/ritonavir. Entre os doentes que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia ou REYATAZ 300 mg com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, as únicas reacções adversas, de qualquer gravidade, notificadas muito frequentemente e com, pelo menos, uma possível relação com os regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs foram: náuseas (20%), diarreia (10%) e icterícia (13%). Entre os doentes a receber 300 mg de REYATAZ com 100 mg de ritonavir, a frequência da icterícia foi de 19%. Na maioria dos casos a icterícia foi relatada de poucos dias a poucos meses após o início do tratamento (ver secção 4.4). A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada a redistribuição da gordura corporal (lipodistrofia) nos doentes infectados pelo VIH, incluindo perda da gordura periférica e facial subcutânea, aumento da gordura intra-abdominal e visceral, aumento do volume mamário e acumulação dorsocervical de gordura (pescoço de búfalo). A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada a alterações metabólicas tais como hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, resistência à insulina, hiperglicemia e hiperlactatemia (ver secções 4.4 e 5.1). Doentes adultos Também foram notificadas as seguintes reacções adversas de intensidade moderada ou superior com, pelo menos, uma possível relação com regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs. A frequência das reacções adversas listadas abaixo é definida utilizando a seguinte convenção: muito frequentes (≥ 1/10), frequentes (≥ 1/100 a < 1/10), pouco frequentes (≥ 1/1.000 a < 1/100), raras (≥ 1/10.000 a < 1/1.000) ou muito raras (< 1/10.000). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Cardiopatias: raras: edema, palpitação Doenças do sistema nervoso: frequentes: cefaleia; 13 pouco frequentes: neuropatia periférica, síncope, amnésia, tonturas, sonolência, disgeusia Afecções oculares: frequentes: icterícia ocular Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: pouco frequentes: dispneia Doenças gastrointestinais: frequentes: vómitos, diarreia, dor abdominal, náuseas, dispepsia; pouco frequentes: pancreatite, gastrite, distensão abdominal, estomatite aftosa, flatulência, boca seca Doenças renais e urinárias: pouco frequentes: nefrolitíase, hematúria, proteinúria, polaquiúria; raras: dor renal Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos: Doenças do metabolismo e da nutrição: frequentes: erupção cutânea; pouco frequentes: urticária, alopecia, prurido; raras: erupção cutânea vesiculobolhosa, eczema, vasodilatação pouco frequentes: atrofia muscular, artralgia, mialgia; raras: miopatia pouco frequentes: perda de peso, ganho de peso, anorexia, aumento do apetite Vasculopatias: pouco frequentes: hipertensão Perturbações gerais e alterações no local de administração: frequentes: síndrome de lipodistrofia, fadiga; pouco frequentes: dor torácica, mal-estar geral, pirexia, astenia; raras: perturbação da marcha pouco frequentes: hipersensibilidade Doenças do sistema imunitário: Afecções hepatobiliares: frequentes: icterícia; pouco frequentes: hepatite; raras: hepatosplenomegalia Doenças dos órgãos genitais e da mama: pouco frequentes: ginecomastia pouco frequentes: depressão, desorientação, ansiedade, insónia, perturbação do sono, sonhos estranhos Em doentes infectados pelo VIH com deficiência imunológica grave à data de início da terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), pode ocorrer uma reacção inflamatória a infecções oportunistas assintomáticas ou residuais (ver secção 4.4). Perturbações do foro psiquiátrico: Foram notificados casos de osteonecrose, particularmente em doentes com factores de risco identificados, doença por VIH avançada ou exposição prolongada a terapêutica anti-retroviral combinada (TARC). A sua frequência é desconhecida (ver secção 4.4). Alterações laboratoriais As alterações laboratoriais mais frequentemente notificadas em doentes a receber regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs foram elevação da bilirrubina total relatadas predominantemente como bilirrubina indirecta (não conjugada) elevada (87% de Grau 1, 2, 3 ou 4). Foi observada elevação de Grau 3 ou 4 da bilirrubina total em 37% (6% de Grau 4). Entre os doentes envolvidos na experiência tratados com 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez 14 por dia, durante uma mediana de 95 semanas, 53% apresentavam elevações da bilirrubina total de Grau 3-4 (ver secção 4.4). Entre os doentes sem terapêutica prévia tratados com 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia durante uma mediana de 96 semanas, 48% apresentaram elevações da bilirrubina total de Grau 3-4 (ver secção 4.4). Outras alterações laboratoriais clínicas acentuadas (Grau 3 ou 4) relatadas em ≥ 2% dos doentes a receber regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs incluem: creatina cinase elevada (7%), alanina aminotransferase/transaminase glutâmica-pirúvica sérica (ALT/SGPT) elevada (5%), neutrófilos baixos (5%), aspartato aminotransferase/transaminase glutâmica-oxaloacética (AST/SGOT) elevada (3%) e lipase elevada (3%). Dois por cento de doentes tratados com REYATAZ tiveram elevações concomitantes de Grau 3-4 das ALT/AST e de Grau 3-4 da bilirrubina total. Doentes co-infectados com vírus da hepatite B e/ou hepatite C: Entre os 1.151 doentes que receberam 400 mg de atazanavir uma vez por dia, 177 doentes estavam co-infectados com hepatite B ou C crónica, e dos 655 doentes que receberam 300 mg de atazanavir uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, 97 doentes estavam co-infectados com hepatite B ou C crónica. Os doentes co-infectados estavam mais susceptíveis de ter elevações dos valores de base das transaminases hepáticas do que os doentes sem hepatite viral crónica. Entre estes doentes e os doentes sem hepatite viral não foram observadas diferenças na frequência das elevações da bilirrubina. A frequência de hepatite emergente com o tratamento ou de elevações da transaminase nos doentes co-infectados foi comparável entre REYATAZ e os regimes comparadores (ver secção 4.4). Experiência do pós-comercialização Na pós-comercialização houve notificações de frequência desconhecida para torsades de pointes, prolongamento do QTc, diabetes mellitus, hiperglicemia, nefrolitíase, e perturbações da vesícula biliar, incluindo colelitíase, colecistite e colestase. 4.9 Sobredosagem A experiência da sobredosagem aguda com REYATAZ no ser humano é limitada. Doses únicas até 1.200 mg foram ingeridas por voluntários saudáveis sem efeitos sintomáticos indesejáveis. Com doses elevadas que levam a exposições elevadas ao fármaco pode observar-se icterícia devida a hiperbilirrubinemia indirecta (não conjugada) (sem alterações dos testes da função hepática associadas) ou prolongamentos dos intervalos PR (ver secções 4.4 e 4.8). O tratamento da sobredosagem com REYATAZ deve consistir em medidas gerais de suporte, incluindo monitorização dos sinais vitais e electrocardiograma (ECG) e observações do estado clínico do doente. Se indicado, a eliminação do atazanavir não absorvido deve ser conseguida por emese ou lavagem gástrica. A administração de carvão activado também pode ser utilizada para auxiliar a remoção do fármaco não absorvido. Não existe um antídoto específico para a sobredosagem com REYATAZ. Uma vez que o atazanavir é extensamente metabolizado pelo fígado e se liga grandemente às proteínas plasmáticas, não é provável que a diálise seja benéfica na remoção significativa deste medicamento. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: inibidor da protease, código ATC: J05AE08 Mecanismo de acção: o atazanavir é um azapeptido inibidor da protease do VIH-1 (IP). O composto inibe selectivamente o processamento específico pelo vírus das proteínas virais Gag-Pol nas células 15 infectadas pelo VIH-1, impedindo, consequentemente, a formação de viriões maturos e a infecção de outras células. Actividade antiviral in vitro: o atazanavir exibe actividade anti-VIH-1 (incluindo todos os clados testados) e actividade anti-VIH-2 em culturas celulares. Resistência Tratamento anti-retroviral em doentes sem terapêutica prévia Nos ensaios clínicos de doentes sem tratamento anti-retroviral prévio tratados com atazanavir não potenciado, a substituição I50L, por vezes em associação a uma alteração A71V, é a substituição de resistência característica para o atazanavir. Os níveis de resistência ao atazanavir variaram de 3,5 a 29 vezes sem evidência de resistência cruzada fenotípica a outros IPs. Nos ensaios clínicos de doentes sem tratamento anti-retroviral prévio tratados com atazanavir potenciado, a substituição I50L não surgiu em qualquer doente sem substituições IP de base. A substituição N88S raramente tem sido observada em doentes com falência virológica ao atazanavir (com ou sem ritonavir). Apesar de poder contribuir para uma susceptibilidade diminuída ao atazanavir quando ocorre com outras substituições da protease, em estudos clínicos, o N88S por si próprio nem sempre conduz a resistência fenotípica ao atazanavir ou tem um impacto consistente na eficácia clínica. Quadro 2. Substituições de novo nos doentes sem tratamento prévio com falência terapêutica com atazanavir + ritonavir (Estudo 138, 96 semanas) Frequência substituição IP de novo (n=26)a >20% nenhuma 10-20% nenhuma a Número de doentes com pares de genótipo classificados como falências virológicas (ARN VIH ≥ 400 cópias/ml). A substituição M184I/V surgiu em 5/26 doentes com falência virológica tratados com REYATAZ/ritonavir e em 7/26 doentes com falência virológica tratados com lopinavir/ritonavir. Tratamento anti-retroviral em doentes com terapêutica prévia Nos doentes previamente tratados com anti-retrovirais dos Estudos 009, 043 e 045, 100 isolados de doentes designados como falência virológica com terapêutica que incluía ou atazanavir, atazanavir + ritonavir, ou atazanavir + saquinavir foram determinados como tendo desenvolvido resistência ao atazanavir. Dos 60 isolados dos doentes tratados com atazanavir ou atazanavir + ritonavir, 18 (30%) mostraram o fenotipo I50L descrito antes nos doentes sem terapêutica prévia. Quadro 3. Substituições de novo nos doentes com tratamento prévio em falência terapêutica com atazanavir + ritonavir (Estudo 045, 48 semanas) Frequência substituição IP de novo (n=35)a,b >20% M36, M46, I54, A71, V82 10-20% L10, I15, K20, V32, E35, S37, F53, I62, G73, I84, L90 a Número de doentes com pares de genótipo classificados como falências virológicas (HIV RNA ≥ 400 cópias/ml). Dez doentes tinham resistência fenotípica de base ao atazanavir + ritonavir (alteração > 5,2 na razão entre a CI50 da amostra e a CI50 da estirpe selvagem; CI50 é a concentração necessária para inibir a replicação viral em 50 %). A alteração na susceptibilidade ao fármaco foi avaliada em cultura de células, relativa à estirpe selvagem utilizando PhenoSenseTM (Monogram Biosciences, South San Francisco, California, USA) b Nenhuma das substituições de novo (ver Quadro 3) são específicas do atazanavir e podem reflectir o re-aparecimento de resistências pré-existentes ao atazanavir + ritonavir na população do Estudo 045 com tratamento prévio. A resistência nos doentes previamente tratados com anti-retrovirais ocorre principalmente por acumulação das substituições de resistência principais e menores previamente descritas como estando envolvidas na resistência aos inibidores da protease. Resultados clínicos Em doentes sem terapêutica anti-retroviral prévia 16 O Estudo138 é um ensaio prospectivo, multicêntrico, sem ocultação, aleatorizado, internacional de doentes sem tratamento prévio, comparando o REYATAZ/ritonavir (300 mg/100 mg uma vez por dia) a lopinavir/ritonavir (400 mg/100 mg duas vezes ao dia), cada um em combinação com uma dose fixa de tenofovir/emtricitabina (300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). O ramo de REYATAZ/ritonavir mostrou eficácia antiviral semelhante (não inferior) comparado com o ramo lopinavir/ritonavir, avaliado pela proporção de doentes com ARN VIH < 50 cópias/ml na semana 48 (Quadro 4). As análises de dados de 96 semanas de tratamento demonstraram durabilidade da actividade antiviral (Quadro 4). Quadro 4: Resultados de eficácia no Estudo 138a Parâmetro REYATAZ/ritonavirb (300 mg/100 mg uma vez dia) n=440 Semana 48 ARN VIH <50 cópias/ml, % Todos os doentesd Diferença estimada [IC de 95%]d Análise por protocoloe Semana 96 78 Lopinavir/ritonavirc (400 mg/100 mg duas vezes dia) n=443 Semana 48 74 76 Semana 48: 1,7% [-3,8%, 7,1%] Semana 96: 6,1% [0,3%, 12,0%] 86 91 89 (n=392f) (n=352) (n=372) Diferença estimadae Semana 48: -3% [-7,6%, 1,5%] [IC de 95%] Semana 96: 2,2% [-2,3%, 6,7%] ARN VIH <50 cópias/ml, % por característica de based HIV RNA <100,000 cópias/ml 82 (n=217) 75 (n=217) 81 (n=218) ≥100,000 cópias/ml 74 (n=223) 74 (n=223) 72 (n=225) Contagem CD4 78 (n=58) 78 (n=58) 63 (n=48) <50 células/mm3 50 a <100 76 (n=45) 71 (n=45) 69 (n=29) células/mm3 100 a <200 75 (n=106) 71 (n=106) 78 (n=134) células/mm3 ≥ 200 células/mm3 80 (n=222) 76 (n=222) 80 (n=228) Mediana da alteração de ARN VIH de base, log10 cópias/ml Todos os doentes -3,09 (n=397) -3,21 (n=360) -3,13 (n=379) Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm3 Todos os doentes 203 (n=370) 268 (n=336) 219 (n=363) Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm3 por característica de base ARN VIH 179 (n=183) 243 (n=163) 194 (n=183) <100.000 cópias/ml ≥100.000 cópias/ml 227 (n=187) 291 (n=173) 245 (n=180) a Semana 96 68 89 (n=331) 70 (n=218) 66 (n=225) 58 (n=48) 69 (n=29) 70 (n=134) 69 (n=228) -3,19 (n=340) 290 (n=317) 267 (n=152) 310 (n=165) A mediana da contagem de células CD4 de base foi 214 células/mm3 (intervalo 2 a 810 células/mm3) e o ARN VIH-1 plasmático mediano de base foi 4,94 log10 cópias/ml (intervalo 2,6 a 5,88 log10 cópias/ml) b REYATAZ/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). c Lopinavir/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). d Análise de intenção para tratar, com valores em falta considerados como falências. e Análise por protocolo: Excluindo os doentes que não completaram e os doentes com desvios grandes ao protocolo. f Número de doentes avaliáveis. Em doentes com terapêutica anti-retroviral prévia O Estudo 045 é um ensaio multicêntrico, aleatorizado, que compara REYATAZ/ritonavir (300/100 mg uma vez por dia) e REYATAZ/saquinavir (400/1.200 mg uma vez por dia), a lopinavir + ritonavir (associação de dose fixa de 400/100 mg duas vezes por dia), cada em associação com tenofovir (ver secções 4.5 e 4.8) e um NRTI, em doentes com falência virológica em dois ou mais regimes prévios contendo, pelo menos um IP, NRTI e NNRTI. Para os doentes aleatorizados, o tempo médio de 17 exposição anti-retroviral prévia foi 138 semanas para IP, 281 semanas para NRTI e 85 semanas para NNRTI. Na linha de base, 34% dos doentes estavam a receber um IP e 60% um NNRTI. Quinze dos 120 doentes (13%) no ramo de tratamento com REYATAZ + ritonavir e 17 dos 123 doentes (14%) no ramo lopinavir + ritonavir, tinham quatro, ou mais das substituições IP L10, M46, I54, V82, I84 e L90. Trinta e dois por cento dos doentes no estudo tinham uma estirpe viral com menos do que duas substituições a NRTI. O objectivo primário foi a diferença média no tempo a partir do valor basal para os níveis de ARN VIH ao longo das 48 semanas (Quadro 5). Quadro 5: Resultados de eficácia na semana 48a e na semana 96 (Estudo 045) Diferença média no LPV/RTVc (400 mg/ ATV/RTVb (300 mg/ tempo ATV/RTV100 mg duas vezes por Parâmetro 100 mg uma vez por dia) LPV/RTV dia) n=120 [ICd de 97.5%] n=123 Semana 48 Semana 96 Semana 48 Semana 96 Semana 48 Semana 96 Mediana da alteração de ARN VIH de base, log10 cópias/ml Todos os -1,93 -2,29 -1,87 -2,08 0,13 0,14 e doentes (n=90 ) (n=64) (n=99) (n=65) [-0,12, 0,39] [-0,13, 0,41] ARN VIH <50 cópias/ml, %f (respondedor/avaliável) Todos os 36 (43/120) 32 (38/120) 42 (52/123 35 (41/118) NA NA doentes ARN VIH <50 cópias/ml por substituições aos IP seleccionadas de base,f, g % (respondedor/avaliável) 0-2 44 (28/63) 41 (26/63) 56 (32/57) 48 (26/54) NA NA 3 18 (2/11) 9 (1/11) 38 (6/16) 33 (5/15) NA NA ≥4 27 (12/45) 24 (11/45) 28 (14/50) 20 (10/49) NA NA 3 Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm Todos os 110 (n=83) 122 (n=60) 121 (n=94) 154 (n=60) NA NA doentes a A mediana da contagem de células CD4 de base foi 337 células/mm3 (intervalo: 14 a 1.543 células/mm3) e o ARN VIH-1 plasmático mediano de base foi foi 4,4 log10 cópias/ml (intervalo: 2,6 a 5,88 log10 cópias/ml). b ATV/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). c LPV/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). d Intervalo de confiança. e Número de doentes avaliáveis. f Análise de intenção para tratar, com valores em falta considerados como falências. Os respondedores a LPV/RTV que completaram o tratamento antes da Semana 96 são exluídos da análise à semana 96. A proporção de doentes com ARN VIH < 400 cópias/ml foi 53% e 43% para ATV/RTV e 54% e 46% para LPV/RTV nas semanas 48 e 96, respectivamente. g Substituições seleccionadas incluem qualquer alteração de base nas posições L10, K20, L24, V32, L33, M36, M46, G48, I50, I54, L63, A71, G73, V82, I84, e L90 (0-2, 3, 4 ou mais). NA = não aplicável. Ao longo das 48 semanas de tratamento, a mediana das alterações de base nos níveis de ARN VIH para REYATAZ + ritonavir e lopinavir + ritonavir foi similar (não inferior). Foram obtidos resultados consistentes utilizando o método de análise da última observação acumulada (diferença média no tempo de 0,11; intervalo de confiança 97,5% [-0,15; 0,36]).. Pela análise como tratada, excluindo os valores em falta, as proporções de doentes com ARN VIH < 400 cópias/ml (< 50 cópias/ml) no ramo REYATAZ/ritonavir e no ramo lopinavir/ritonavir foram de 55% (40%) e 56% (46%), respectivamente. Ao longo das 96 semanas de tratamento, a mediana das alterações de base nos níveis de ARN VIH para REYATAZ + ritonavir e lopinavir + ritonavir cumpriu os critérios de não inferioridade com base nos casos observados. Foram obtidos resultados consistentes com a última observação efectuada pelo método de análise. Pela análise como tratada, excluindo os valores em falta, a proporção de doentes com ARN-VIH < 400 cópias/ml (< 50 cópias/ml) para REYATAZ/ritonavir foi de 84% (72%) e para lopinavir/ritonavir foi de 82% (72%). É importante ter em consideração que na altura da análise às 96 semanas, 48% dos doentes permaneceram no estudo. 18 REYATAZ/saquinavir mostrou ser inferior a lopinavir/ritonavir. 5.2 Propriedades farmacocinéticas A farmacocinética do atazanavir foi avaliada em voluntários adultos saudáveis e em doentes infectados pelo VIH; foram observadas diferenças substanciais entre os dois grupos. A farmacocinética do atazanavir tem uma disponibilidade não linear. Em indivíduos saudáveis, a AUC do atazanavir das cápsulas e do pó oral foi semelhante. Absorção: em doentes infectados pelo VIH (n=33, estudos combinados), múltiplas doses de 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia com alimentos levou a uma média geométrica (CV%) da Cmax do atazanavir de 4466 ng/ml (42%), com o tempo para Cmax aproximadamente 2,5 horas. A média geométrica (CV%) para Cmin e AUC do atazanavir foi 654 ng/ml (76%) e 44185 ng.h/ml (51%), respectivamente. Efeito dos alimentos: a co-administração de REYATAZ com ritonavir com alimentos optimiza a biodisponibilidade do atazanavir. A co-administração de uma dose única de 300 mg de REYATAZ e 100 mg de ritonavir com uma refeição ligeira resultou num aumento de 33% na AUC e num aumento de 40% tanto na Cmax como na concentração do atazanavir às 24 horas em relação ao estado de jejum. A co-administração com uma refeição rica em gorduras não afectou a AUC do atazanavir em relação às condições em jejum e a Cmax estava nos 11% dos valores em jejum. A concentração às 24 horas após uma refeição rica em gorduras foi aumentada de aproximadamente 33% devido à absorção retardada; a mediana do Tmax aumentou de 2,0 para 5,0 horas. A administração de REYATAZ com ritonavir, tanto com uma refeição ligeira como com refeição rica em gorduras, diminuíu o coeficiente de variação da AUC e Cmax por cerca de 25% em comparação com o estado de jejum. Para melhorar a biodisponibilidade e minimizar a variabilidade, REYATAZ deve ser tomado com alimentos. Distribuição: o atazanavir ligou-se em cerca de 86% às proteínas séricas humanas num intervalo de concentrações de 100 a 10.000 ng/ml. O atazanavir liga-se à alfa-1-ácido glicoproteína (AAG) e albumina numa extensão semelhante (89% e 86%, respectivamente, a 1000 ng/ml). Num estudo de dose múltipla em doentes infectados pelo VIH, com a administração de 400 mg de atazanavir uma vez por dia com uma refeição ligeira durante 12 semanas, foi detectado atazanavir no líquido cerebrospinal e no sémen. Metabolismo: estudos em humanos e estudos in vitro utilizando microssomas hepáticos humanos demonstraram que o atazanavir é principalmente metabolizado pela isoenzima CYP3A4 em metabolitos oxigenados. Os metabolitos são depois excretados na bílis como metabolitos livres ou glucuronados. As vias metabólicas secundárias adicionais consistem em N-desalquilação e hidrólise. Foram caracterizados dois metabolitos secundários do atazanavir no plasma. Nenhum metabolito demonstrou actividade antiviral in vitro. Eliminação: após uma dose única de 400 mg de 14C-atazanavir, 79% e 13% da radioactividade total foi recuperada das fezes e urina, respectivamente. O fármaco inalterado detectado nas fezes e urina correspondeu a aproximadamente 20% e 7% da dose administrada, respectivamente. A excreção urinária média do fármaco inalterado foi de 7% após 2 semanas com administração de 800 mg uma vez por dia. Em doentes adultos infectados pelo VIH (n=33, estudos combinados), a semi-vida média de eliminação no intervalo das doses para o atazanavir foi 12 horas no estado estacionário após a administração de uma dose de 300 mg diários com 100 mg de ritonavir diários com uma refeição ligeira. Populações especiais Compromisso da função renal: em indivíduos saudáveis, a eliminação renal do atazanavir inalterado foi de aproximadamente 7% da dose administrada. Não há dados farmacocinéticos disponíveis para REYATAZ com ritonavir em doentes com insuficiência renal. REYATAZ (sem ritonavir) foi estudado em doentes adultos com compromisso renal grave (n = 20), incluindo os doentes em hemodiálise, com 19 doses múltiplas de 400 mg uma vez por dia. Apesar deste estudo apresentar algumas limitações (i.e. não foram estudadas as concentrações do fármaco não ligado), os resultados sugeriram que os parâmetros farmacocinéticos do atazanavir diminuiram em 30 % a 50 % nos doentes a fazer hemodiálise em comparação com os doentes com função renal normal. O mecanismo desta diminuição não é conhecido (ver secções 4.2 e 4.4). Compromisso da função hepática: o atazanavir é metabolizado e eliminado principalmente pelo fígado. Não foram estudados os efeitos do compromisso hepático na farmacocinética do atazanavir após uma dose de 300 mg com ritonavir. Espera-se que as concentrações de atazanavir, com ou sem ritonavir, sejam aumentadas nos doentes com compromisso hepático moderado ou grave (ver secções 4.2, 4.3 e 4.4). Idade/Sexo: foi realizado um estudo sobre a farmacocinética do atazanavir em 59 indivíduos saudáveis do sexo masculino e feminino (29 jovens, 30 idosos). Não houve diferenças clinicamente significativas na farmacocinética do atazanavir relativamente à idade ou sexo. Raça: a análise farmacocinética da população de amostras dos ensaios clínicos de Fase II não indicou efeito da raça na farmacocinética do atazanavir. Lactentes, bébés até aos dois anos, crianças e adolescentes: a farmacocinética do atazanavir nos doentes pediátricos, estratificados por idade, está a ser estudada após a administração de doses múltiplas. De momento não há dados suficientes para recomendar uma dose (ver secção 4.2). 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em estudos de toxicidade por dose repetida, realizados em ratinhos, ratos e cães, os resultados relacionados com o atazanavir foram geralmente confinados ao fígado e geralmente incluíram aumentos mínimos a ligeiros na bilirrubina sérica e enzimas hepáticas, vacuolização e hipertrofia hepatocelular e, apenas nos ratinhos fêmea, necrose das células hepáticas. As exposições sistémicas ao atazanavir em ratinhos (machos), ratos e cães em doses associadas a alterações hepáticas foram pelo menos iguais às observadas em humanos aos quais foi administrada a dose recomendada de 400 mg uma vez por dia. No ratinho fêmea, a exposição ao atazanavir com doses que produzem necrose das células hepáticas foi 12 vezes superior à exposição em humanos a quem foi administrada a dose de 400 mg uma vez por dia. O colesterol sérico e a glucose foram minimamente a ligeiramente aumentados em ratos, mas não em ratinhos ou cães. Durante os estudos in vitro, o canal cardíaco de potássio humano clonado (hERG), foi inibido em 15% numa concentração (30 μM) de atazanavir correspondente a 30 vezes a concentração de fármaco livre na Cmax em humanos. Concentrações semelhantes de atazanavir, no estudo com fibras de Purkinje de coelho, aumentaram em 13 % a duração do potencial de acção (APD90). As alterações electrocardiográficas (bradicardia sinusal, prolongamento do intervalo PR, prolongamento do intervalo QT, e prolongamento do complexo QRS) foram observadas apenas num estudo inicial de toxicidade oral de 2 semanas realizado em cães. Estudos de toxicidade oral subsequentes de 9 meses em cães não mostraram alterações electrocardiográficas relacionadas com o fármaco. Desconhece-se a relevância clínica destes dados pré-clínicos. Não podem ser excluídos os potenciais efeitos cardíacos deste medicamento no ser humano (ver secções 4.4 e 4.8). O potencial para prolongamento PR deve ser considerado em casos de sobredosagem (ver secção 4.9). Num estudo de desenvolvimento embrionário precoce e de fertilidade em ratos, o atazanavir alterou o ciclo estral sem efeitos no acasalamento ou fertilidade. Não foram observados efeitos teratogénicos no rato ou coelho com doses maternalmente tóxicas. Nos coelhos fêmea grávidos foram observadas lesões graves do estômago e intestino no coelho fêmea morto ou moribundo com doses maternas 2 e 4 vezes superiores à dose mais elevada administrada no estudo definitivo de desenvolvimento embrionário. Na avaliação do desenvolvimento pré e pós-natal em ratos, o atazanavir produziu uma redução transitória no peso corporal das ninhadas com doses maternas tóxicas. A exposição sistémica ao atazanavir com doses que resultam em toxicidade materna foi, pelo menos, igual ou ligeiramente superior à observada em humanos a quem foi administrada a dose de 400 mg uma vez por dia. 20 O atazanavir foi negativo num teste de Ames de mutação reversa mas induziu aberrações cromossómicas in vitro na ausência e na presença de activação metabólica. Nos estudo in vivo em ratos, o atazanavir não induziu micronúcleos na medula óssea, lesões no ADN no duodeno (comet assay) nem alterou a reparação do DNA no fígado com concentrações plasmáticas e tecidulares que excedem as que foram clastogénicas in vitro. Nos estudos de carcinogenicidade a longo prazo do atazanavir em ratinhos e ratos, foi observada, apenas em ratinhos fêmea, uma incidência aumentada de adenomas hepáticos benignos. A incidência aumentada de adenomas hepáticos benignos no ratinho fêmea foi considerada como provavelmente secundária às alterações hepáticas citotóxicas manifestadas por necrose da célula hepática e não foi considerada como tendo relevância para o ser humano nas exposições terapêuticas desejadas. Não houve achados tumorigénicos no ratinho macho nem em ratos. O atazanavir aumentou a opacidade da córnea de bovinos num estudo in vitro, indicando que pode ser irritante ocular em contacto directo com o olho. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Conteúdo da cápsula: Crospovidona Lactose mono-hidratada Estearato de magnésio Invólucro da cápsula: Gelatina Indigotina (E132) Dióxido de titânio (E171) Tinta azul contendo: Goma laca Propilenoglicol Hidróxido de amónio Indigocarmim (E132) Tinta branca contendo: Goma laca Dióxido de titânio (E171) Hidróxido de amónio Propilenoglicol Simeticone 6.2 Incompatibilidades Não aplicável. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Não conservar acima de 25ºC. 21 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Cada embalagem contém um frasco de polietileno de alta densidade (PEAD) com fecho de polipropileno resistente à abertura por crianças. Cada frasco contém 60 cápsulas. Cada embalagem contém 60 x 1 cápsulas; 10 placas de 6 x 1 cápsulas em blisters de dose unitária de Alu/Alu perfurados. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/03/267/001-002 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 02 Março 2004 Data da última renovação: 02 Março 2009 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO {mês ano} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu/. 22 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 150 mg cápsulas 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada cápsula contém 150 mg de atazanavir (sob a forma de sulfato) Excipiente: 82,18 mg de lactose por cápsula. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Cápsula. Cápsula opaca, azul e azul esmalte, impressa com tinta branca e azul, com "BMS 150 mg" numa metade e "3624" na outra metade. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas REYATAZ está indicado para o tratamento de doentes adultos infectados pelo VIH-1 em associação com outros medicamentos anti-retrovirais. A demonstração da eficácia nos doentes previamente tratados com medicamentos anti-retrovirais baseia-se num estudo que comparou REYATAZ 300 mg, uma vez por dia, associado a 100 mg de ritonavir, uma vez por dia, com o lopinavir/ritonavir, e ambos os regimes em associação com tenofovir (ver secções 4.8 e 5.1). Com base nos dados clínicos e virológicos disponíveis, não se espera benefício em doentes com estirpes resistentes a múltiplos inibidores da protease (≥ 4 mutações a inibidores da protease). A escolha de REYATAZ no tratamento de doentes previamente tratados deve ser baseada nos testes de resistência viral individual e na história de tratamento do doente (ver secção 5.1). 4.2 Posologia e modo de administração A terapêutica deve ser iniciada por um médico com experiência no tratamento da infecção pelo VIH. Adultos: a dose recomendada de REYATAZ é de 300 mg uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia e com alimentos. O ritonavir é utilizado como potenciador da farmacocinética do atazanavir (ver secções 4.5 e 5.1). Se REYATAZ com ritonavir for co-administrado com didanosina, recomenda-se que a didanosina seja tomada 2 horas após a administração de REYATAZ e ritonavir. REYATAZ com ritonavir tem de ser administrado com alimentos (ver secção 4.5). Lactentes, bébés até aos dois anos, crianças e adolescentes: a segurança e eficácia de REYATAZ em doentes pediátricos não foi estabelecida (ver secção 5.2). Doentes com compromisso renal: não é necessário acerto posológico. REYATAZ com ritonavir não é recomendado em doentes a fazer hemodiálise (ver secções 4.4 e 5.2). Doentes com compromisso hepático: REYATAZ com ritonavir não foi estudado em doentes com compromisso hepático. REYATAZ com ritonavir deve ser usado com precaução em doentes com 23 compromisso hepático ligeiro. REYATAZ não deve ser usado em doentes com compromisso hepático moderado a grave (ver secções 4.3, 4.4 e 5.2). Modo de administração: para administração oral. As cápsulas devem ser deglutidas inteiras. REYATAZ pó oral está disponível para doentes que não são capazes de engolir as cápsulas (ver o Resumo das Características do Medicamento de REYATAZ pó oral). 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes (ver secção 6.1). Doentes com insuficiência hepática moderada a grave (ver secções 4.2 e 4.4). Está contra-indicada a administração concomitante da associação terapêutica rifampicina e REYATAZ com uma dose baixa de ritonavir (ver secção 4.5). REYATAZ com ritonavir não pode ser utilizado em associação com medicamentos que sejam substratos da isoforma CYP3A4 do citocromo P450 e cujo intervalo terapêutico seja estreito (por ex. astemizol, terfenadina, cisaprida, pimozida, quinidina, bepridilo, triazolam, midazolam administrados por via oral (para precaução com o midazolam parentérico, ver secção 4.5) e alcalóides da cravagem do centeio, nomeadamente ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina) (ver secção 4.5). REYATAZ não pode ser utilizado em associação com produtos que contenham Hipericão (Hypericum perforatum) (ver secção 4.5). 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Os doentes devem ser avisados que a terapêutica anti-retroviral actual não provou impedir o risco de transmissão do VIH a outros através do sangue ou de contacto sexual. Devem continuar a ser utilizadas as precauções apropriadas. Não foi avaliada clinicamente a co-administração de REYATAZ com o ritonavir em doses superiores a 100 mg uma vez por dia. A utilização de doses superiores de ritonavir pode alterar o perfil de segurança do atazanavir (efeitos cardíacos, hiperbilirrubinemia) e, consequentemente, não é recomendada. Doentes com condições clínicas co-existentes O atazanavir é metabolizado principalmente por via hepática e foram observadas concentrações plasmáticas aumentadas nos doentes com disfunção hepática (ver secções 4.2 e 4.3). A segurança e a eficácia de REYATAZ não foram estabelecidas em doentes com afecções hepáticas significativas subjacentes. Os doentes com hepatite B ou C crónica e tratados com terapêutica anti-retroviral combinada estão em risco aumentado para reacções adversas hepáticas graves e potencialmente fatais. Em caso de terapêutica antiviral concomitante para a hepatite B ou C, consultar o Resumo das Características do Medicamento para estes medicamentos (ver secção 4.8). Os doentes com uma disfunção hepática pré-existente, incluindo hepatite activa crónica, apresentam uma frequência maior de alterações da função hepática durante a terapêutica anti-retroviral combinada e devem ser monitorizados de acordo com a prática habitual. Se houver evidência de agravamento da doença hepática em tais doentes, deverá ser considerada a interrupção ou descontinuação do tratamento. Não é necessário acerto posológico em doentes com compromisso renal. No entanto, REYATAZ com ritonavir não é recomendado em doentes a fazer hemodiálise (ver secções 4.2 e 5.2). Em estudos clínicos foram observados prolongamentos assintomáticos no intervalo PR relacionados com a dose de REYATAZ. Deverá ter-se precaução com medicamentos que se sabe que induzem 24 prolongamentos no intervalo PR. Em doentes com problemas pré-existentes de condução (bloqueio auriculoventricular ou de ramo, de segundo grau ou superior), REYATAZ deverá ser utilizado com precaução e apenas se os benefícios excederem o risco (ver secção 5.1). Deverá ter-se precaução especial na prescrição de REYATAZ em associação com medicamentos que tenham potencial para aumentar o intervalo QT e/ou em doentes com factores de risco pré-existentes (bradicardia, QT longo congénito, desequilíbrio electrolítico (ver secções 4.8 e 5.3)). Em doentes hemofílicos tipo A e B tratados com inibidores da protease foram relatados casos de aumento de hemorragia, incluindo o aparecimento espontâneo de hematomas cutâneos e hemartroses. Nalguns casos foi administrado adicionalmente factor VIII. Em mais de metade dos casos relatados foi possível manter o tratamento com os inibidores da protease ou re-introduzir o tratamento nos casos em que tinha sido interrompido. Foi sugerida uma relação de causalidade embora o mecanismo de acção não tenha sido esclarecido. Consequentemente, os doentes hemofílicos devem estar informados da possibilidade de aumento de hemorragias. Redistribuição da gordura corporal e doenças do metabolismo A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada à redistribuição de gordura corporal (lipodistrofia) em doentes infectados pelo VIH. As consequências destes acontecimentos a longo prazo são, de momento, desconhecidas. O conhecimento sobre o mecanismo está incompleto. Foi colocada uma hipótese sobre uma relação entre a lipomatose visceral e os inibidores da protease e a lipoatrofia e os análogos nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa. Foi associado um maior risco de lipodistrofia a factores individuais, tais como, uma idade superior, e a factores relacionados com o fármaco, tais como a maior duração da terapêutica anti-retroviral e perturbações do metabolismo associadas. O exame clínico deve incluir a avaliação de sinais físicos de redistribuição da gordura. A terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), incluindo associações de REYATAZ (com ou sem ritonavir) com outros anti-retrovirais está associada a dislipidemia. Deverá considerar-se a determinação dos lípidos séricos e glicemia em jejum. As afecções lipídicas devem ser tratadas como clinicamente adequado (ver secção 4.8). Em estudos clínicos, o REYATAZ (com ou sem ritonavir) mostrou induzir dislipidemia numa menor extensão do que os comparadores. O impacto clínico de tais dados não foi demonstrado dada a ausência de estudos específicos no risco cardiovascular. A selecção da terapêutica anti-retroviral tem de ser orientada principalmente pela eficácia antiviral. Recomenda-se a consulta de normas orientadoras para o controlo da dislipidemia. Hiperglicemia Em doentes medicados com inibidores da protease foi notificado o aparecimento de novos casos de diabetes mellitus, hiperglicemia, e exacerbação de diabetes mellitus pré-existente. Nalguns destes casos, a hiperglicemia foi grave e, por vezes, foi também associada a cetoacidose. Muitos doentes apresentavam situações clínicas mistas, algumas requerendo terapêutica com medicamentos que foram associados ao desenvolvimento de diabetes ou hiperglicemia. Hiperbilirrubinemia Em doentes medicados com REYATAZ ocorreram elevações reversíveis da bilirrubina indirecta (não conjugada) relacionadas com a inibição da UDP-glucuronosil transferase (UGT) (ver secção 4.8). As elevações da transaminase hepática que ocorrem com a bilirrubina elevada em doentes medicados com REYATAZ devem ser avaliadas quanto a etiologias alternativas. Pode ser considerada uma terapêutica anti-retroviral alternativa ao REYATAZ se a icterícia, ou a icterícia escleral não forem aceitáveis para um doente. A redução da dose de atazanavir não é recomendada porque poderá causar perda de efeito terapêutico e desenvolvimento de resistência. O indinavir está também associado com hiperbilirrubinemia indirecta (não conjugada) devido à inibição da UGT. As associações de REYATAZ e indinavir não foram estudadas e não é recomendada a co-administração destes medicamentos (ver secção 4.5). Nefrolitíase 25 Foi notificada nefrolitíase em doentes a receber REYATAZ (ver secção 4.8). Se ocorrerem sinais ou sintomas de nefrolitíase, pode ser considerada a interrupção temporária ou a suspensão do tratamento. Síndrome de reactivação imunológica Em doentes infectados pelo VIH com deficiência imunológica grave à data da instituição da terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), pode ocorrer uma reacção inflamatória a infecções oportunistas assintomáticas ou residuais e causar várias situações clínicas graves, ou o agravamento dos sintomas. Tipicamente, estas reacções foram observadas durante as primeiras semanas ou meses após início da TARC. São exemplos relevantes a retinite por citomegalovírus, as infecções micobacterianas generalizadas e/ou focais e a pneumonia por Pneumocystis carinii. Qualquer sintoma de inflamação deve ser avaliado e, quando necessário, instituído o tratamento. Osteonecrose Foram notificados casos de osteonecrose, particularmente em doentes com doença por VIH avançada e/ou exposição prolongada a terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), apesar da etiologia ser considerada multifactorial (incluindo a utilização de corticosteróides, o consumo de álcool, a imunossupressão grave, um índice de massa corporal aumentado). Os doentes devem ser instruídos a procurar aconselhamento médico caso sintam mal-estar e dor articular, rigidez articular ou dificuldade de movimentos. Interacções com outros medicamentos A co-administração de REYATAZ com sinvastatina ou lovastatina não é recomendada (ver secção 4.5). A co-administração de REYATAZ com nevirapina ou efavirenz não é recomendada (ver secção 4.5). Se for necessário a co-administração de REYATAZ com um NNRTI (análogo não nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa), pode ser considerado um aumento na dose de REYATAZ e ritonavir para 400 mg e 200 mg, respectivamente, em combinação com efavirenz, com rigorosa vigilância clínica. O atazanavir é metabolizado principalmente pela CYP3A4. A co-administração de REYATAZ com ritonavir e medicamentos que induzam a CYP3A4 não é recomendada (ver secções 4.3 e 4.5). A utilização concomitante de REYATAZ e contraceptivos orais deve ser evitada (ver secção 4.5). A co-administração de voriconazol e REYATAZ com ritonavir não é recomendada, a não ser que a avaliação do benefício/risco justifique a utilização de voriconazol (ver secção 4.5). Não se recomenda a utilização concomitante de REYATAZ com fluticasona ou outros glucocorticóides que são metabolizados pelo CYP3A4, a não ser que o benefício potencial do tratamento supere o risco dos efeitos sistémicos dos corticosteróides, incluindo síndrome de Cushing e supressão adrenal (ver secção 4.5). A absorção de atazanavir pode ser reduzida nas situações em que o pH gástrico esteja aumentado, independentemente da causa. Não se recomenda a co-administração de REYATAZ com inibidores da bomba de protões (ver secção 4.5). Se a associação de REYATAZ com um inibidor da bomba de protões for considerada indispensável, é recomendada monitorização clínica cuidadosa juntamente com um aumento na dose de REYATAZ para 400 mg com 100 mg de ritonavir; não devem ser excedidas doses de inibidores da bomba de protões comparáveis a 20 mg de omeprazol. Lactose Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência lactase de Lapp, ou malabsorção glucose-galactose, não devem tomar este medicamento. 26 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Quando REYATAZ e ritonavir são co-administrados, o perfil de interacção metabólico do ritonavir pode ser predominante porque o ritonavir é um inibidor mais potente da CYP3A4 do que o atazanavir. O Resumo das Características do Medicamento do ritonavir deve ser consultado antes do início da terapêutica com REYATAZ e ritonavir. O atazanavir é metabolizado no fígado pela CYP3A4. Inibe a CYP3A4. Consequentemente, REYATAZ com ritonavir estão contra-indicados com medicamentos que sejam substratos da CYP3A4 e tenham índice terapêutico estreito: astemizol, terfenadina, cisaprida, pimozida, quinidina, bepridilo, triazolam, midazolam administrado por via oral e alcalóides da cravagem do centeio, nomeadamente ergotamina e di-hidroergotamina (ver secção 4.3). Outras interacções As interacções entre o atazanavir/ritonavir e inibidores da protease, fármacos anti-retrovirais não inibidores da protease, e outros medicamentos não anti-retrovirais estão apresentadas nos quadros abaixo (aumento está indicado como “↑”, diminuição como “↓”, sem alteração como “↔”, duas vezes ao dia como “BID” e uma vez ao dia como “QD”). Se disponível, os intervalos de confiança de 90% (IC) apresentam-se entre parentesis. Os estudos apresentados no Quadro 1 foram realizados em indivíduos saudáveis, a não ser que outra informação seja dada. De realçar, muitos estudos foram realizados com o atazanavir não potenciado, o qual não é o regime aprovado do atazanavir. Quadro 1: Interacções entre REYATAZ e outros medicamentos Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração ANTI-INFECCIOSOS Anti-retrovirais Inibidores da protease: Não foi estudada a co-administração de REYATAZ/ritonavir e outros inibidores da protease mas é espectável que aumente a exposição a outros inibidores da protease. Consequentemente, esta co-administração não é recomendada. Ritonavir 100 mg uma Ritonavir 100 mg QD (atazanavir 300 mg QD) ↑3,50* ↑2,20* ↑8,13* vez ao dia é usado atazanavir (2,44 - 5,03) (1,56 - 3,11) (4,59 - 14,39) estudos realizados em doentes como um potenciador da farmacocinética do infectados pelo VIH * Numa análise combinada, atazanavir 300 mg e ritonavir 100 mg atazanavir. (n=33) foi comparado a atazanavir 400 mg sem ritonavir (n=28). O mecanismo da interacção entre atazanavir e ritonavir é a inibição CYP3A4. Indinavir Indinavir está associado com hiperbilirrubinemia indirecta não Não é recomendada a conjugada devido à inibição da UGT. co-administração de REYATAZ/ritonavir e indinavir (ver secção 4.4). Análogos nucleosídeo/nucleotídeo inibidores da transcriptase reversa (NRTIs) Lamivudina 150 mg BID + Com base nestes dados zidovudina 300 mg BID e não sendo espectável Não foi observado efeito significativo nas concentrações de lamivudina e (atazanavir 400 mg QD) que ritonavir tenha um zidovudina. impacto significativo na farmacocinética dos NRTIs, não se espera que a co-administração de REYATAZ /ritonavir com estes medicamentos altere significativamente a exposição dos fármacos coadministrados. Abacavir Não se espera que a co-administração de REYATAZ/ ritonavir com abacavir altere significativamente a exposição do abacavir. Didanosina (comprimidos A didanosina deve ser tamponados) 200 administrada sem 27 Medicamentos coadministrados (dose em mg) mg/estavudina 40 mg, ambos dose única (atazanavir 400 mg dose única) Medicamento avaliado atazanavir, administração simultânea com ddI+d4T (sem alimentos) AUC (IC de 90%) ↓0,13 (0,08 - 0,21) Cmax (IC de 90%) ↓0,11 (0,06 - 0,18) Cmin (IC de 90%) ↓0,16 (0,10 - 0,27) atazanavir, administrado 1 ↔1,03 ↑1,12 ↔1,03 (0,67 - 1,18) (0,61 - 1,73) hora após ddI+d4T (0,64 - 1,67) (sem alimentos) As concentrações de atazanavir diminuíram muito quando co-administrado com didanosina (comprimidos tamponados) e estavudina. O mecanismo da interacção é uma solubilidade reduzida do atazanavir com o aumento do pH relacionado com a presença de agentes antiácidos nos comprimidos tamponados de didanosina. Não foram observados efeitos significativos nas concentrações de didanosina e estavudina. Didanosina (cápsulas Didanosina (com ↓0,66 ↓0,62 ↑1,25 revestimento entérico) 400 mg alimentos) (0,59 - 0,73) (0,52 - 0,74) (0,92 - 1,69) dose única (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) Não foram observados efeitos significativos nas concentrações de atazanavir quando administrado com a didanosina com revestimento entérico, mas a administração com os alimentos diminuiu as concentrações de didanosina. ↓0,78 * ↓0,84 * ↓0,77 * Tenofovir disoproxil fumarato Atazanavir (0,65 - 0,94) (0,70 - 1,00) (0,57 - 1.02) 300 mg QD (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) * Numa análise combinada de vários estudos clínicos, o estudos realizados em doentes atazanavir/ritonavir 300/100 mg co-administrado com tenofovir infectados com VIH disoproxil fumarato 300 mg (n=39) foi comparado a atazanavir/ritonavir 300/100 mg (n=33). Recomendações relativas a coadministração alimentos 2 horas depois de REYATAZ /ritonavir tomado com alimentos. Não é espectável que a coadministração de REYATAZ /ritonavir com estavudina altere significativamente a exposição à estavudina. A eficácia de REYATAZ /ritonavir em combinação com tenofovir em doentes previamente tratados foi demonstrada no estudo clínico 045 e em doentes sem tratamento prévio no estudo clínico 138 (ver secções 4.8 e 5.1). O mecanismo da interacção entre atazanavir e tenofovir é desconhecido. Tenofovir disoproxil fumarato 300 mg QD (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) tenofovir disoproxil fumarato ↑1,37 (1,30 - 1,45) ↑1,34 (1,20 - 1,51) ↑1,29 (1,21 - 1,36) Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para as reacções adversas associadas ao tenofovir, incluindo alterações renais. Análogos não nucleosídeo inibidores da transcriptase reversa (NNRTIs) Efavirenz 600 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ritonavir 100 mg QD) Efavirenz 600 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 200 mg QD) Nevirapina 200 mg BID (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) estudo realizado em doentes infectados com VIH atazanavir (pm): todos ↔1,00* ↑1,17* ↓0,58* (0,91 - 1,10) (1,08 - 1,27) (0,49 - 0,69) administrados com alimentos atazanavir (pm): ↔1,06*/** ↔1,09*/** ↔1,12*/** todos (0,90 - 1,26) (0,95 - 1,26) (0,84 - 1,49) administrados com alimentos * Quando comparado ao REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg uma vez dia à noite sem efavirenz. Esta diminuição na Cmin atazanavir pode afectar negativamente a eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção efavirenz/atazanavir é a indução CYP3A4. ** baseado na comparação histórica. Não é recomendada a co-administração de efavirenz com REYATAZ / ritonavir (ver secção 4.4). ↑1,26 ↑1,21 ↑1,35 (1,17 - 1,36) (1,11 - 1,32) (1,25 - 1,47) ↓0,81* ↔1,02* ↓0,41* Atazanavir (0,65 - 1,02) (0,85 - 1,24) (0,27 - 0,60) * Quando comparado ao REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg sem Não é recomendada a co-administração de nevirapina com REYATAZ/ritonavir (ver secção 4.4). Nevirapina 28 Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração nevirapina. Esta diminuição na Cmin do atazanavir pode afectar negativamente a eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção nevirapine/atazanavir é a indução CYP3A4. Antibióticos Claritromicina 500 mg BID (atazanavir 400 mg QD) claritromicina 14-OH claritromicina ↑1,94 (1,75 - 2,16) ↑1,50 (1,32 - 1,71) ↑2,60 (2,35 - 2,88) ↓0,30 (0,26 - 0,34) ↓0,28 (0,24 - 0,33) ↓0,38 (0,34 - 0,42) ↑1,28 ↔1,06 ↑1,91 (1,16 - 1,43) (0,93 - 1,20) (1,66 - 2,21) Uma redução da dose de claritromicina pode produzir concentrações subterapêuticas de 14-OH claritromicina. O mecanismo da interacção claritromicina/atazanavir é a inibição CYP3A4. atazanavir Antifúngicos Cetoconazol 200 mg QD (atazanavir 400 mg QD) Itraconazol Não foi observado efeito significativo nas concentrações de atazanavir. O itraconazol, tal como o cetoconazol, é um inibidor potente assim como um substracto de CYP3A4. Com base em dados obtidos com outros IPs potenciados e cetoconazol, em que a AUC de cetoconazol aumentou 3 vezes, é esperado que REYATAZ/ritonavir aumente as concentrações de cetoconazol ou itraconazol. Voriconazol A co-administração de REYATAZ/ritonavir e voriconazol não foi estudada. O efeito da co-administração de voriconazol oral e de uma dose baixa de ritonavir oral (100 mg) foi investigada em voluntários saudáveis. Doses baixas de ritonavir (100 mg BID) diminuiram a Cmax e AUC de voriconazol (IC de 90%) em média 24% (↓9% a ↓36%) e 39% (↓22% a ↓52%), respectivamente. A administração de voriconazol produziu uma redução menor, no estado estacionário, da Cmax e AUC de ritonavir (IC de 90%) com uma média de 24% (↓6% a ↓39%) e 14% (↓26% a ↑1%), respectivamente. Fluconazol 200 mg QD (atazanavir 300 mg/ ritonavir 100 mg QD) Antimicobacterianos Rifabutina 150 mg QD (atazanavir 400 mg QD) Rifabutina 150 mg QD (atazanavir 600 mg QD) Esta não é a dose terapêutica recomendada de atazanavir. As concentrações de atazanavir e fluconazol não são modificadas significativamente quando REYATAZ /ritonavir foi co-administrado com fluconazol. atazanavir ↑1,15 (0,98 - 1,34) ↑1,34 (1,14 - 1,59) ↑1,13 (0,68 - 1,87) ↑2,10 ↑1,18 ↑3,43 (1,57 - 2,79) (0,94 - 1,48) (1,98 - 5,96) 25-O-desacetil↑22,01* ↑8,20* ↑75,6* rifabutina (15,97- 30,34) (5,90 - 11,40) (30,1 - 190,0) * Quando comparado com rifabutina 300 mg QD. O mecanismo da interacção de rifabutina e atazanavir é a inibição CYP3A4 rifabutina 29 Não se pode fazer recomendação de redução da dose; como tal, recomenda-se precaução se REYATAZ /ritonavir for co-administrado com claritromicina. Cetoconazol e itraconazol devem ser usados com precaução com REYATAZ /ritonavir. Não são recomendadas doses altas de cetoconazol e itraconazol (>200 mg/dia). Não é recomendada a co-administração de voriconazol e REYATAZ/ritonavir, a não ser que uma avaliação do benefício/risco para o doente justifique o uso de voriconazol (ver secção 4.4). Os doentes devem ser monitorizados para reacções adversas e/ou perda de eficácia durante a coadministração de voriconazol e REYATAZ/ritonavir. Não são necessários ajustes da dose para REYATAZ /ritonavir e fluconazol. É recomendada uma redução da dose de rifabutina até 75% (por ex. 150 mg em dias alternados ou 3 vezes por semana) quando a rifabutina é administrada com REYATAZ /ritonavir. Não é necessário ajuste de dose para REYATAZ /ritonavir. Medicamentos coadministrados (dose em mg) Rifampicina Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) A rifampicina é um indutor potente da CYP3A4 e foi demonstrado que provoca uma diminuição de 72 % na AUC do atazanavir, o que pode resultar em falência virológica e desenvolvimento de resistências. Durante as tentativas para ultrapassar a diminuição de exposição através do aumento da dose de REYATAZ ou de outros inibidores da protease com ritonavir, verificou-se uma frequência elevada de reacções hepáticas. FÁRMACOS REDUTORES DOS ÁCIDOS Antagonistas dos receptores H2 Famotidina 40 mg BID ↓ 0,82 ↓0,86 ↓0,72 atazanavir (atazanavir 300 mg QD/ (0,75 - 0,89) (0,79 - 0,94) (0,64 - 0,81) ritonavir 100 mg QD) Apesar de não estudada, são esperados resultados semelhantes com outros antagonistas dos receptores H2. A relevância destes dados para os doentes infectados pelo VIH é desconhecida, dado que nesta população o pH intragástrico pode ser mais elevado. Consequentemente, a magnitude deste efeito pode ser mais pronunciada. O mecanismo da interacção é a solubilidade reduzida do atazanavir uma vez que o pH intragástrico aumenta com os bloqueadores H2. Inibidores da bomba de protões Omeprazol 40 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) Omeprazol 20 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) atazanavir (am): 2 horas após omeprazol ↓0,39 (0,35 - 0,45) ↓0,44 (0,38 - 0,51) ↓0,35 (0,29 - 0,41) atazanavir (am): 1 hora após omeprazol ↓0,70* (0,57 - 0,86) ↓0,69* (0,58 - 0,83) ↓0,69* (0,54 - 0,88) * Quando comparado ao atazanavir 300 mg QD com ritonavir 100 mg QD A diminuição na AUC, Cmax, e Cmin não foi mitigada quando uma dose aumentada de REYATAZ/ritonavir (400/100 mg uma vez ao dia) foi temporariamente separada do omeprazol por 12 horas. Apesar de não estudada, são esperados resultados semelhantes com outros inibidores da bomba de protões. Esta redução na exposição do atazanavir pode ter impacto negativo na eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção é diminuída solubilidade do atazanavir, porque o pH intragástrico aumenta com os inibidores da bomba de protões. Antiácidos Antiácidos e medicamentos contendo tampões As concentrações plasmáticas reduzidas de atazanavir podem ser consequência do pH gástrico aumentado, se os antiácidos, incluindo medicamentos tamponados, são administrados com REYATAZ /ritonavir. 30 Recomendações relativas a coadministração Está contra-indicada a administração concomitante da associação terapêutica rifampicina e REYATAZ com uma dose baixa de ritonavir (ver secção 4.3). Não é necessário ajuste da dose de REYATAZ /ritonavir quando coadministrado com antagonistas dos receptores-H2, todos como uma dose diária única com alimentos. As reduções nas concentrações de atazanavir podem ser evitadas pela separação temporal de REYATAZ e um antagonista dos receptores H2 como segue: REYATAZ 300 mg /ritonavir 100 mg uma vez ao dia com alimentos, 2 horas antes e pelo menos 10 horas após administração de um antagonista dos receptores H2. Não é recomendada a co-administração de REYATAZ /ritonavir com inibidores da bomba de protões. Se a associação de REYATAZ /ritonavir com um inibidor da bomba de protões é considerada inevitável, recomenda-se monitorização clínica em combinação com aumento da dose de REYATAZ para 400 mg com 100 mg de ritonavir; não devem ser excedidas doses de inibidores da bomba de protões comparáveis a 20 mg de omeprazol (ver secção 4.4). REYATAZ /ritonavir deve ser administrado 2 horas antes ou 1 hora após os antiácidos ou Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração medicamentos tamponados. ANTICOAGULANTES Varfarina A co-administração com REYATAZ /ritonavir tem potencial para produzir uma redução ou, menos frequentemente, um aumento no INR (Razão Normalizada Internacional). ANTINEOPLÁSICOS E IMUNOSSUPRESSORES Antineoplásicos Irinotecano O atazanavir inibe UGT e pode interferir com o metabolismo do irinotecano, resultando no aumento da toxicidade do irinotecano. Imunossupressores Ciclosporina Tacrolimus Sirolimus As concentrações destes imunossupressores podem estar aumentadas quando são co-administradas com REYATAZ com ritonavir devido a inibição CYP3A4. MEDICAMENTOS CARDIOVASCULARES Antiarrítmicos Amiodarona, As concentrações destes antiarrítmicos podem estar aumentadas quando Lidocaína sistémica, co-administrados com REYATAZ /ritonavir. O mecanismo da Quinidina interacção amiodarona ou lidocaína sistémica/atazanavir é a inibição CYP3A. A quinidina tem um intervalo terapêutico estreito e está contraindicada devido à inibição potencial da CYP3A pelo REYATAZ /ritonavir. Bloqueadores dos canais do cálcio Bepridilo Diltiazem 180 mg QD (atazanavir 400 mg QD) REYATAZ /ritonavir não deve ser usado em combinação com medicamentos que são substractos da CYP3A4 e que têm um intervalo terapêutico estreito. diltiazem desacetyldiltiazem Verapamilo ↑2,5 (2,09 - 2,41 ↑2,65 (2,45 - 2,87) ↑1,98 (1,78 - 2,19) ↑2,72 (2,44 - 3,03) ↑2,42 (2,14 - 2,73) ↑2,21 (2,02 - 2,42) Não foi observado efeito significativo nas concentrações de atazanavir. Houve um aumento no intervalo PR máximo comparado com atazanavir em monoterapia. Não foi estudada a co-administração de diltiazem e REYATAZ/ritonavir. O mecanismo da interacção de diltiazem/atazanavir é a inibição CYP3A4. As concentrações séricas de verapamilo podem ser aumentadas pelo REYATAZ/ritonavir devido a inibição CYP3A4. . 31 Recomenda-se que o INR seja cuidadosamente monitorizado durante o tratamento com REYATAZ/ ritonavir, especialmente no início da terapêutica. Se REYATAZ /ritonavir for co-administrado com irinotecano, os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para as reacções adversas relacionadas com o irinotecano. Recomenda-se a monitorização mais frequente das concentrações terapêuticas destes medicamentos até estarem estabilizados os níveis plasmáticos. Recomenda-se precaução e, quando disponível, monitorização da concentração terapêutica. A utilização concomitante de quinidina está contraindicada (ver secção 4.3). Está contra-indicada a co-administração com bepridilo (ver secção 4.3). É recomendada uma redução da dose inicial de diltiazem em 50% , com titulação subsequente conforme necessário, e monitorização do ECG. Deverá ter-se precaução quando o verapamilo for coadministrado com REYATAZ/ritonavir. Medicamentos coadministrados (dose em mg) CORTICOSTERÓIDES Propionato de fluticasona intranasal 50 µg 4 vezes ao dia durante 7 dias (ritonavir 100 mg cápsules BID) DISFUNÇÃO ERÉCTIL Inibidores PDE5 Sildenafil PRODUTOS À BASE DE PLANTAS Hipericão (Hypericum perforatum) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração Os níveis plasmáticos de propionato de fluticasona aumentaram significativamente, enquanto que os níveis de cortisol intrinseco decresceram aproximadamente 86% (intervalo de confiança de 90% 8289%). Pode esperar-se uma exacerbação dos efeitos quando o propionato de fluticasona é inalado. Foram notificados efeitos sistémicos dos corticosteróides, incluindo síndrome de Cushing e supressão adrenal em doentes a fazer tratamento com ritonavir e propionato de fluticasona, administrado por via inalatória ou nasal; estes efeitos podem igualmente verificar-se com outros corticosteróides metabolizados via P450 3A, como por ex., a budesonida. Ainda não se conhecem os efeitos da elevada exposição sistémica da fluticasona nos níveis plasmáticos do ritonavir. O mecanismo da interacção é a inibição CYP3A4. Não é recomendada a co-administração de REYATAZ /ritonavir e estes glucocorticóides , a não ser que o benefício potencial do tratamento ultrapasse o risco dos efeitos sistémicos dos corticosteróides (ver secção 4.4). Uma redução da dose do glucocorticóide deve ser considerada com rigorosa monitorização dos efeitos locais e sistémicos ou uma mudança para um glucocorticóide, que não seja um substracto para CYP3A4 (por ex., beclometasona). Além disso, no caso de suspensão dos glucocorticóides, a redução progressiva da dose poderá ter de realizar-se por um período de tempo mais longo. Sildenafil é metabolizado pelo CYP3A4. A co-administração com REYATAZ/ritonavir pode produzir concentrações aumentadas de sildenafil e um aumento nos acontecimentos adversos associados ao sildenafil, incluindo hipotensão, alterações visuais e priapismo. O mecanismo da interacção sildenafil/atazanavir é a inibição CYP3A4. Os doentes devem ser advertidos sobre estes possíveis efeitos secundários. Da utilização concomitante de hipericão com REYATAZ/ritonavir pode esperar-se que resulte uma redução significativa dos valores plasmáticos de atazanavir. Este efeito pode ser devido à indução da CYP3A4. Há um risco de perda de efeito terapêutico e de desenvolvimento de resistência (ver secção 4.3). Está contra-indicada a co-administração de REYATAZ/ritonavir com produtos contendo hipericão. CONTRACEPTIVOS HORMONAIS Etinilestradiol 35 μg + noretisterona (atazanavir 400 mg QD) A concentração dos contraceptivos orais aumentou devido à inibição da UGT. Por outro lado, o ritonavir pode diminuir as concentrações de etinilestradiol. Não foram estudados os efeitos da co-administração de contraceptivos orais e REYATAZ/ritonavir. MEDICAMENTOS ANTIDISLIPIDÉMICOS Inibidores da reductase da HMG-CoA Sinvastatina A sinvastatina e a lovastatina dependem grandemente da Lovastatina CYP3A4 para o seu metabolismo e a co-administração com REYATAZ/ritonavir pode aumentar as suas concentrações. 32 Deve ser evitada a coadministração de REYATAZ/ritonavir e contraceptivos orais (ver secção 4.4). Devem ser considerados métodos de contracepção fiáveis alternativos. Não é recomendada a co-administração de sinvastatina ou lovastatina com REYATAZ/ritonavir devido ao risco Medicamentos coadministrados (dose em mg) Atorvastatina Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) O risco de miopatia incluindo rabdomiólise pode ser aumentado também com a atorvastatina, a qual é metabolizada pela CYP3A4. Recomendações relativas a coadministração aumentado de miopatia, incluindo rabdomiólise. É recomendada a utilização de outro inibidor da reductase da HMG-CoA que não sofra metabolismo pela CYP3A4 como a pravastatina ou fluvastatina. Recomenda-se precaução. OPIÁCEOS Buprenorfina, QD, dose de manutenção estável, (atazanavir 300 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) buprenorfina ↑1,67 ↑1,37 ↑1,69 Norbuprenorfina ↑2,05 ↑1,61 ↑2,01 O mecanismo da interacção é a inibição CYP3A4 e UGT1A1. As concentrações de atazanavir não foram afectadas significativamente. Metadona, dose de manutenção estável (atazanavir 400 mg QD) SEDATIVOS Benzodiazepinas Midazolam Triazolam 4.6 Não foi observado um efeito significativo nas concentrações de metadona. Dado que a dose baixa de ritonavir (100 mg duas vezes ao dia) mostrou não ter efeito significativo nas concentrações de metadona, com base nestes dados, não é esperado haver interacção se a metadona for co-administrada com REYATAZ/ritonavir. Midazolam e triazolam são extensamente metabolizados pela CYP3A4. A co-administração com REYATAZ/ritonavir pode levar a um grande aumento na concentração destas benzodiazepinas. Não foram realizados estudos de interacção para a co-administração de REYATAZ/ritonavir com benzodiazepinas. Com base nos dados observados com outros inibidores da CYP3A4, espera-se que as concentrações plasmáticas de midazolam sejam significativamnete superiores quando midazolam é administrado por via oral. Os dados da utilização concomitante de midazolam parentérico com outros inibidores da protease sugerem um possível aumento de 3-4 vezes nas concentrações plasmáticas de midazolam. A co-administração requer monitorização clínica da sedação e efeitos cognitivos. Pode ser considerada uma redução da dose de buprenorfina. Não é necessário o acerto da dose se a metadona for coadministrada com REYATAZ/ritonavir. REYATAZ/ritonavir não deve ser coadministrado com triazolam ou midazolan oral (ver secção 4.3), e recomenda-se precaução na coadministração de REYATAZ/ritonavir e midazolam parentérico. A co-administração de REYATAZ com midazolam deve ser feita em unidade de cuidados intensivos (UCI), ou semelhante, que permita rigorosa monitorização clínica e apoio médico apropriado no caso de depressão respiratória e/ou sedação prolongada. Deve ser considerado o acerto da dose, especialmente se for administrada mais do que uma dose única de midazolam. Gravidez e aleitamento Não existem dados suficientes sobre a utilização de atazanavir em mulheres grávidas. Os estudos em animais não mostraram evidência de toxicidade selectiva no desenvolvimento ou de efeitos na função reprodutiva e na fertilidade (ver secção 5.3). REYATAZ só deverá ser utilizado na gravidez se o potencial benefício justificar o potencial risco. 33 Desconhece-se se a administração de REYATAZ à mulher grávida irá exacerbar a hiperbilirrubinemia fisiológica e causar kernicterus no recém-nascido e no lactente. No período pré-parto deverá ser considerada monitorização adicional e uma terapêutica alternativa ao REYATAZ. Desconhece-se se o atazanavir é excretado no leite humano. Estudos efectuados no rato revelaram que o atazanavir é excretado no leite. Consequentemente, recomenda-se que as mulheres medicadas com REYATAZ não amamentem os filhos. Como recomendação geral, as mulheres infectadas pelo VIH não devem amamentar os filhos para evitar a transmissão do VIH. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Os doentes devem ser informados que foram notificados casos de tonturas durante o tratamento com regimes contendo REYATAZ (ver secção 4.8). 4.8 Efeitos indesejáveis REYATAZ foi avaliado quanto à segurança numa terapêutica combinada com outros medicamentos anti-retrovirais, em ensaios clínicos controlados em 1.806 doentes adultos, que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia (1.151 doentes, duração mediana de 52 semanas e 152 semanas de duração máxima) ou REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg uma vez por dia (655 doentes, duração mediana de 96 semanas e 108 semanas de duração máxima). As reacções adversas foram consistentes entre os doentes que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia e os doentes que receberam REYATAZ 300 mg com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, exceptuando icterícia e elevação dos valores de bilirrubina total que foram notificadas mais frequentemente com REYATAZ/ritonavir. Entre os doentes que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia ou REYATAZ 300 mg com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, as únicas reacções adversas, de qualquer gravidade, notificadas muito frequentemente e com, pelo menos, uma possível relação com os regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs foram: náuseas (20%), diarreia (10%) e icterícia (13%). Entre os doentes a receber 300 mg de REYATAZ com 100 mg de ritonavir, a frequência da icterícia foi de 19%. Na maioria dos casos a icterícia foi relatada de poucos dias a poucos meses após o início do tratamento (ver secção 4.4). A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada a redistribuição da gordura corporal (lipodistrofia) nos doentes infectados pelo VIH, incluindo perda da gordura periférica e facial subcutânea, aumento da gordura intra-abdominal e visceral, aumento do volume mamário e acumulação dorsocervical de gordura (pescoço de búfalo). A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada a alterações metabólicas tais como hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, resistência à insulina, hiperglicemia e hiperlactatemia (ver secções 4.4 e 5.1). Doentes adultos Também foram notificadas as seguintes reacções adversas de intensidade moderada ou superior com, pelo menos, uma possível relação com regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs. A frequência das reacções adversas listadas abaixo é definida utilizando a seguinte convenção: muito frequentes (≥ 1/10), frequentes (≥ 1/100 a < 1/10), pouco frequentes (≥ 1/1.000 a < 1/100), raras (≥ 1/10.000 a < 1/1.000) ou muito raras (< 1/10.000). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Cardiopatias: raras: edema, palpitação Doenças do sistema nervoso: frequentes: cefaleia; 34 pouco frequentes: neuropatia periférica, síncope, amnésia, tonturas, sonolência, disgeusia Afecções oculares: frequentes: icterícia ocular Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: pouco frequentes: dispneia Doenças gastrointestinais: frequentes: vómitos, diarreia, dor abdominal, náuseas, dispepsia; pouco frequentes: pancreatite, gastrite, distensão abdominal, estomatite aftosa, flatulência, boca seca Doenças renais e urinárias: pouco frequentes: nefrolitíase, hematúria, proteinúria, polaquiúria; raras: dor renal Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos: Doenças do metabolismo e da nutrição: frequentes: erupção cutânea; pouco frequentes: urticária, alopecia, prurido; raras: erupção cutânea vesiculobolhosa, eczema, vasodilatação pouco frequentes: atrofia muscular, artralgia, mialgia; raras: miopatia pouco frequentes: perda de peso, ganho de peso, anorexia, aumento do apetite Vasculopatias: pouco frequentes: hipertensão Perturbações gerais e alterações no local de administração: frequentes: síndrome de lipodistrofia, fadiga; pouco frequentes: dor torácica, mal-estar geral, pirexia, astenia; raras: perturbação da marcha pouco frequentes: hipersensibilidade Doenças do sistema imunitário: Afecções hepatobiliares: frequentes: icterícia; pouco frequentes: hepatite; raras: hepatosplenomegalia Doenças dos órgãos genitais e da mama: pouco frequentes: ginecomastia pouco frequentes: depressão, desorientação, ansiedade, insónia, perturbação do sono, sonhos estranhos Em doentes infectados pelo VIH com deficiência imunológica grave à data de início da terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), pode ocorrer uma reacção inflamatória a infecções oportunistas assintomáticas ou residuais (ver secção 4.4). Perturbações do foro psiquiátrico: Foram notificados casos de osteonecrose, particularmente em doentes com factores de risco identificados, doença por VIH avançada ou exposição prolongada a terapêutica anti-retroviral combinada (TARC). A sua frequência é desconhecida (ver secção 4.4). Alterações laboratoriais As alterações laboratoriais mais frequentemente notificadas em doentes a receber regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs foram elevação da bilirrubina total relatadas predominantemente como bilirrubina indirecta (não conjugada) elevada (87% de Grau 1, 2, 3 ou 4). Foi observada elevação de Grau 3 ou 4 da bilirrubina total em 37% (6% de Grau 4). Entre os doentes envolvidos na experiência tratados com 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez 35 por dia, durante uma mediana de 95 semanas, 53% apresentavam elevações da bilirrubina total de Grau 3-4 (ver secção 4.4). Entre os doentes sem terapêutica prévia tratados com 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia durante uma mediana de 96 semanas, 48% apresentaram elevações da bilirrubina total de Grau 3-4 (ver secção 4.4). Outras alterações laboratoriais clínicas acentuadas (Grau 3 ou 4) relatadas em ≥ 2% dos doentes a receber regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs incluem: creatina cinase elevada (7%), alanina aminotransferase/transaminase glutâmica-pirúvica sérica (ALT/SGPT) elevada (5%), neutrófilos baixos (5%), aspartato aminotransferase/transaminase glutâmica-oxaloacética (AST/SGOT) elevada (3%) e lipase elevada (3%). Dois por cento de doentes tratados com REYATAZ tiveram elevações concomitantes de Grau 3-4 das ALT/AST e de Grau 3-4 da bilirrubina total. Doentes co-infectados com vírus da hepatite B e/ou hepatite C: Entre os 1.151 doentes que receberam 400 mg de atazanavir uma vez por dia, 177 doentes estavam co-infectados com hepatite B ou C crónica, e dos 655 doentes que receberam 300 mg de atazanavir uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, 97 doentes estavam co-infectados com hepatite B ou C crónica. Os doentes co-infectados estavam mais susceptíveis de ter elevações dos valores de base das transaminases hepáticas do que os doentes sem hepatite viral crónica. Entre estes doentes e os doentes sem hepatite viral não foram observadas diferenças na frequência das elevações da bilirrubina. A frequência de hepatite emergente com o tratamento ou de elevações da transaminase nos doentes co-infectados foi comparável entre REYATAZ e os regimes comparadores (ver secção 4.4). Experiência do pós-comercialização Na pós-comercialização houve notificações de frequência desconhecida para torsades de pointes, prolongamento do QTc, diabetes mellitus, hiperglicemia, nefrolitíase, e perturbações da vesícula biliar, incluindo colelitíase, colecistite e colestase. 4.9 Sobredosagem A experiência da sobredosagem aguda com REYATAZ no ser humano é limitada. Doses únicas até 1.200 mg foram ingeridas por voluntários saudáveis sem efeitos sintomáticos indesejáveis. Com doses elevadas que levam a exposições elevadas ao fármaco pode observar-se icterícia devida a hiperbilirrubinemia indirecta (não conjugada) (sem alterações dos testes da função hepática associadas) ou prolongamentos dos intervalos PR (ver secções 4.4 e 4.8). O tratamento da sobredosagem com REYATAZ deve consistir em medidas gerais de suporte, incluindo monitorização dos sinais vitais e electrocardiograma (ECG) e observações do estado clínico do doente. Se indicado, a eliminação do atazanavir não absorvido deve ser conseguida por emese ou lavagem gástrica. A administração de carvão activado também pode ser utilizada para auxiliar a remoção do fármaco não absorvido. Não existe um antídoto específico para a sobredosagem com REYATAZ. Uma vez que o atazanavir é extensamente metabolizado pelo fígado e se liga grandemente às proteínas plasmáticas, não é provável que a diálise seja benéfica na remoção significativa deste medicamento. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: inibidor da protease, código ATC: J05AE08 Mecanismo de acção: o atazanavir é um azapeptido inibidor da protease do VIH-1 (IP). O composto inibe selectivamente o processamento específico pelo vírus das proteínas virais Gag-Pol nas células 36 infectadas pelo VIH-1, impedindo, consequentemente, a formação de viriões maturos e a infecção de outras células. Actividade antiviral in vitro: o atazanavir exibe actividade anti-VIH-1 (incluindo todos os clados testados) e actividade anti-VIH-2 em culturas celulares. Resistência Tratamento anti-retroviral em doentes sem terapêutica prévia Nos ensaios clínicos de doentes sem tratamento anti-retroviral prévio tratados com atazanavir não potenciado, a substituição I50L, por vezes em associação a uma alteração A71V, é a substituição de resistência característica para o atazanavir. Os níveis de resistência ao atazanavir variaram de 3,5 a 29 vezes sem evidência de resistência cruzada fenotípica a outros IPs. Nos ensaios clínicos de doentes sem tratamento anti-retroviral prévio tratados com atazanavir potenciado, a substituição I50L não surgiu em qualquer doente sem substituições IP de base. A substituição N88S raramente tem sido observada em doentes com falência virológica ao atazanavir (com ou sem ritonavir). Apesar de poder contribuir para uma susceptibilidade diminuída ao atazanavir quando ocorre com outras substituições da protease, em estudos clínicos, o N88S por si próprio nem sempre conduz a resistência fenotípica ao atazanavir ou tem um impacto consistente na eficácia clínica. Quadro 2. Substituições de novo nos doentes sem tratamento prévio com falência terapêutica com atazanavir + ritonavir (Estudo 138, 96 semanas) Frequência substituição IP de novo (n=26)a >20% nenhuma 10-20% nenhuma a Número de doentes com pares de genótipo classificados como falências virológicas (ARN VIH ≥ 400 cópias/ml). A substituição M184I/V surgiu em 5/26 doentes com falência virológica tratados com REYATAZ/ritonavir e em 7/26 doentes com falência virológica tratados com lopinavir/ritonavir. Tratamento anti-retroviral em doentes com terapêutica prévia Nos doentes previamente tratados com anti-retrovirais dos Estudos 009, 043 e 045, 100 isolados de doentes designados como falência virológica com terapêutica que incluía ou atazanavir, atazanavir + ritonavir, ou atazanavir + saquinavir foram determinados como tendo desenvolvido resistência ao atazanavir. Dos 60 isolados dos doentes tratados com atazanavir ou atazanavir + ritonavir, 18 (30%) mostraram o fenotipo I50L descrito antes nos doentes sem terapêutica prévia. Quadro 3. Substituições de novo nos doentes com tratamento prévio em falência terapêutica com atazanavir + ritonavir (Estudo 045, 48 semanas) Frequência substituição IP de novo (n=35)a,b >20% M36, M46, I54, A71, V82 10-20% L10, I15, K20, V32, E35, S37, F53, I62, G73, I84, L90 a Número de doentes com pares de genótipo classificados como falências virológicas (HIV RNA ≥ 400 cópias/ml). Dez doentes tinham resistência fenotípica de base ao atazanavir + ritonavir (alteração > 5,2 na razão entre a CI50 da amostra e a CI50 da estirpe selvagem; CI50 é a concentração necessária para inibir a replicação viral em 50 %). A alteração na susceptibilidade ao fármaco foi avaliada em cultura de células, relativa à estirpe selvagem utilizando PhenoSenseTM (Monogram Biosciences, South San Francisco, California, USA) b Nenhuma das substituições de novo (ver Quadro 3) são específicas do atazanavir e podem reflectir o re-aparecimento de resistências pré-existentes ao atazanavir + ritonavir na população do Estudo 045 com tratamento prévio. A resistência nos doentes previamente tratados com anti-retrovirais ocorre principalmente por acumulação das substituições de resistência principais e menores previamente descritas como estando envolvidas na resistência aos inibidores da protease. Resultados clínicos Em doentes sem terapêutica anti-retroviral prévia 37 O Estudo138 é um ensaio prospectivo, multicêntrico, sem ocultação, aleatorizado, internacional de doentes sem tratamento prévio, comparando o REYATAZ/ritonavir (300 mg/100 mg uma vez por dia) a lopinavir/ritonavir (400 mg/100 mg duas vezes ao dia), cada um em combinação com uma dose fixa de tenofovir/emtricitabina (300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). O ramo de REYATAZ/ritonavir mostrou eficácia antiviral semelhante (não inferior) comparado com o ramo lopinavir/ritonavir, avaliado pela proporção de doentes com ARN VIH < 50 cópias/ml na semana 48 (Quadro 4). As análises de dados de 96 semanas de tratamento demonstraram durabilidade da actividade antiviral (Quadro 4). Quadro 4: Resultados de eficácia no Estudo 138a Parâmetro REYATAZ/ritonavirb (300 mg/100 mg uma vez dia) n=440 Semana 48 ARN VIH <50 cópias/ml, % Todos os doentesd Diferença estimada [IC de 95%]d Análise por protocoloe Semana 96 78 Lopinavir/ritonavirc (400 mg/100 mg duas vezes dia) n=443 Semana 48 74 76 Semana 48: 1,7% [-3,8%, 7,1%] Semana 96: 6,1% [0,3%, 12,0%] 86 91 89 (n=392f) (n=352) (n=372) Diferença estimadae Semana 48: -3% [-7,6%, 1,5%] [IC de 95%] Semana 96: 2,2% [-2,3%, 6,7%] ARN VIH <50 cópias/ml, % por característica de based HIV RNA <100,000 cópias/ml 82 (n=217) 75 (n=217) 81 (n=218) ≥100,000 cópias/ml 74 (n=223) 74 (n=223) 72 (n=225) Contagem CD4 78 (n=58) 78 (n=58) 63 (n=48) <50 células/mm3 50 a <100 76 (n=45) 71 (n=45) 69 (n=29) células/mm3 100 a <200 75 (n=106) 71 (n=106) 78 (n=134) células/mm3 ≥ 200 células/mm3 80 (n=222) 76 (n=222) 80 (n=228) Mediana da alteração de ARN VIH de base, log10 cópias/ml Todos os doentes -3,09 (n=397) -3,21 (n=360) -3,13 (n=379) Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm3 Todos os doentes 203 (n=370) 268 (n=336) 219 (n=363) Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm3 por característica de base ARN VIH 179 (n=183) 243 (n=163) 194 (n=183) <100.000 cópias/ml ≥100.000 cópias/ml 227 (n=187) 291 (n=173) 245 (n=180) a Semana 96 68 89 (n=331) 70 (n=218) 66 (n=225) 58 (n=48) 69 (n=29) 70 (n=134) 69 (n=228) -3,19 (n=340) 290 (n=317) 267 (n=152) 310 (n=165) A mediana da contagem de células CD4 de base foi 214 células/mm3 (intervalo 2 a 810 células/mm3) e o ARN VIH-1 plasmático mediano de base foi 4,94 log10 cópias/ml (intervalo 2,6 a 5,88 log10 cópias/ml) b REYATAZ/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). c Lopinavir/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). d Análise de intenção para tratar, com valores em falta considerados como falências. e Análise por protocolo: Excluindo os doentes que não completaram e os doentes com desvios grandes ao protocolo. f Número de doentes avaliáveis. Em doentes com terapêutica anti-retroviral prévia O Estudo 045 é um ensaio multicêntrico, aleatorizado, que compara REYATAZ/ritonavir (300/100 mg uma vez por dia) e REYATAZ/saquinavir (400/1.200 mg uma vez por dia), a lopinavir + ritonavir (associação de dose fixa de 400/100 mg duas vezes por dia), cada em associação com tenofovir (ver secções 4.5 e 4.8) e um NRTI, em doentes com falência virológica em dois ou mais regimes prévios contendo, pelo menos um IP, NRTI e NNRTI. Para os doentes aleatorizados, o tempo médio de 38 exposição anti-retroviral prévia foi 138 semanas para IP, 281 semanas para NRTI e 85 semanas para NNRTI. Na linha de base, 34% dos doentes estavam a receber um IP e 60% um NNRTI. Quinze dos 120 doentes (13%) no ramo de tratamento com REYATAZ + ritonavir e 17 dos 123 doentes (14%) no ramo lopinavir + ritonavir, tinham quatro, ou mais das substituições IP L10, M46, I54, V82, I84 e L90. Trinta e dois por cento dos doentes no estudo tinham uma estirpe viral com menos do que duas substituições a NRTI. O objectivo primário foi a diferença média no tempo a partir do valor basal para os níveis de ARN VIH ao longo das 48 semanas (Quadro 5). Quadro 5: Resultados de eficácia na semana 48a e na semana 96 (Estudo 045) Diferença média no LPV/RTVc (400 mg/ ATV/RTVb (300 mg/ tempo ATV/RTV100 mg duas vezes por Parâmetro 100 mg uma vez por dia) LPV/RTV dia) n=120 [ICd de 97.5%] n=123 Semana 48 Semana 96 Semana 48 Semana 96 Semana 48 Semana 96 Mediana da alteração de ARN VIH de base, log10 cópias/ml Todos os -1,93 -2,29 -1,87 -2,08 0,13 0,14 e doentes (n=90 ) (n=64) (n=99) (n=65) [-0,12, 0,39] [-0,13, 0,41] ARN VIH <50 cópias/ml, %f (respondedor/avaliável) Todos os 36 (43/120) 32 (38/120) 42 (52/123 35 (41/118) NA NA doentes ARN VIH <50 cópias/ml por substituições aos IP seleccionadas de base,f, g % (respondedor/avaliável) 0-2 44 (28/63) 41 (26/63) 56 (32/57) 48 (26/54) NA NA 3 18 (2/11) 9 (1/11) 38 (6/16) 33 (5/15) NA NA ≥4 27 (12/45) 24 (11/45) 28 (14/50) 20 (10/49) NA NA 3 Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm Todos os 110 (n=83) 122 (n=60) 121 (n=94) 154 (n=60) NA NA doentes a A mediana da contagem de células CD4 de base foi 337 células/mm3 (intervalo: 14 a 1.543 células/mm3) e o ARN VIH-1 plasmático mediano de base foi foi 4,4 log10 cópias/ml (intervalo: 2,6 a 5,88 log10 cópias/ml). b ATV/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). c LPV/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). d Intervalo de confiança. e Número de doentes avaliáveis. f Análise de intenção para tratar, com valores em falta considerados como falências. Os respondedores a LPV/RTV que completaram o tratamento antes da Semana 96 são exluídos da análise à semana 96. A proporção de doentes com ARN VIH < 400 cópias/ml foi 53% e 43% para ATV/RTV e 54% e 46% para LPV/RTV nas semanas 48 e 96, respectivamente. g Substituições seleccionadas incluem qualquer alteração de base nas posições L10, K20, L24, V32, L33, M36, M46, G48, I50, I54, L63, A71, G73, V82, I84, e L90 (0-2, 3, 4 ou mais). NA = não aplicável. Ao longo das 48 semanas de tratamento, a mediana das alterações de base nos níveis de ARN VIH para REYATAZ + ritonavir e lopinavir + ritonavir foi similar (não inferior). Foram obtidos resultados consistentes utilizando o método de análise da última observação acumulada (diferença média no tempo de 0,11; intervalo de confiança 97,5% [-0,15; 0,36]).. Pela análise como tratada, excluindo os valores em falta, as proporções de doentes com ARN VIH < 400 cópias/ml (< 50 cópias/ml) no ramo REYATAZ/ritonavir e no ramo lopinavir/ritonavir foram de 55% (40%) e 56% (46%), respectivamente. Ao longo das 96 semanas de tratamento, a mediana das alterações de base nos níveis de ARN VIH para REYATAZ + ritonavir e lopinavir + ritonavir cumpriu os critérios de não inferioridade com base nos casos observados. Foram obtidos resultados consistentes com a última observação efectuada pelo método de análise. Pela análise como tratada, excluindo os valores em falta, a proporção de doentes com ARN-VIH < 400 cópias/ml (< 50 cópias/ml) para REYATAZ/ritonavir foi de 84% (72%) e para lopinavir/ritonavir foi de 82% (72%). É importante ter em consideração que na altura da análise às 96 semanas, 48% dos doentes permaneceram no estudo. 39 REYATAZ/saquinavir mostrou ser inferior a lopinavir/ritonavir. 5.2 Propriedades farmacocinéticas A farmacocinética do atazanavir foi avaliada em voluntários adultos saudáveis e em doentes infectados pelo VIH; foram observadas diferenças substanciais entre os dois grupos. A farmacocinética do atazanavir tem uma disponibilidade não linear. Em indivíduos saudáveis, a AUC do atazanavir das cápsulas e do pó oral foi semelhante. Absorção: em doentes infectados pelo VIH (n=33, estudos combinados), múltiplas doses de 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia com alimentos levou a uma média geométrica (CV%) da Cmax do atazanavir de 4466 ng/ml (42%), com o tempo para Cmax aproximadamente 2,5 horas. A média geométrica (CV%) para Cmin e AUC do atazanavir foi 654 ng/ml (76%) e 44185 ng.h/ml (51%), respectivamente. Efeito dos alimentos: a co-administração de REYATAZ com ritonavir com alimentos optimiza a biodisponibilidade do atazanavir. A co-administração de uma dose única de 300 mg de REYATAZ e 100 mg de ritonavir com uma refeição ligeira resultou num aumento de 33% na AUC e num aumento de 40% tanto na Cmax como na concentração do atazanavir às 24 horas em relação ao estado de jejum. A co-administração com uma refeição rica em gorduras não afectou a AUC do atazanavir em relação às condições em jejum e a Cmax estava nos 11% dos valores em jejum. A concentração às 24 horas após uma refeição rica em gorduras foi aumentada de aproximadamente 33% devido à absorção retardada; a mediana do Tmax aumentou de 2,0 para 5,0 horas. A administração de REYATAZ com ritonavir, tanto com uma refeição ligeira como com refeição rica em gorduras, diminuíu o coeficiente de variação da AUC e Cmax por cerca de 25% em comparação com o estado de jejum. Para melhorar a biodisponibilidade e minimizar a variabilidade, REYATAZ deve ser tomado com alimentos. Distribuição: o atazanavir ligou-se em cerca de 86% às proteínas séricas humanas num intervalo de concentrações de 100 a 10.000 ng/ml. O atazanavir liga-se à alfa-1-ácido glicoproteína (AAG) e albumina numa extensão semelhante (89% e 86%, respectivamente, a 1000 ng/ml). Num estudo de dose múltipla em doentes infectados pelo VIH, com a administração de 400 mg de atazanavir uma vez por dia com uma refeição ligeira durante 12 semanas, foi detectado atazanavir no líquido cerebrospinal e no sémen. Metabolismo: estudos em humanos e estudos in vitro utilizando microssomas hepáticos humanos demonstraram que o atazanavir é principalmente metabolizado pela isoenzima CYP3A4 em metabolitos oxigenados. Os metabolitos são depois excretados na bílis como metabolitos livres ou glucuronados. As vias metabólicas secundárias adicionais consistem em N-desalquilação e hidrólise. Foram caracterizados dois metabolitos secundários do atazanavir no plasma. Nenhum metabolito demonstrou actividade antiviral in vitro. Eliminação: após uma dose única de 400 mg de 14C-atazanavir, 79% e 13% da radioactividade total foi recuperada das fezes e urina, respectivamente. O fármaco inalterado detectado nas fezes e urina correspondeu a aproximadamente 20% e 7% da dose administrada, respectivamente. A excreção urinária média do fármaco inalterado foi de 7% após 2 semanas com administração de 800 mg uma vez por dia. Em doentes adultos infectados pelo VIH (n=33, estudos combinados), a semi-vida média de eliminação no intervalo das doses para o atazanavir foi 12 horas no estado estacionário após a administração de uma dose de 300 mg diários com 100 mg de ritonavir diários com uma refeição ligeira. Populações especiais Compromisso da função renal: em indivíduos saudáveis, a eliminação renal do atazanavir inalterado foi de aproximadamente 7% da dose administrada. Não há dados farmacocinéticos disponíveis para REYATAZ com ritonavir em doentes com insuficiência renal. REYATAZ (sem ritonavir) foi estudado em doentes adultos com compromisso renal grave (n = 20), incluindo os doentes em hemodiálise, com 40 doses múltiplas de 400 mg uma vez por dia. Apesar deste estudo apresentar algumas limitações (i.e. não foram estudadas as concentrações do fármaco não ligado), os resultados sugeriram que os parâmetros farmacocinéticos do atazanavir diminuiram em 30 % a 50 % nos doentes a fazer hemodiálise em comparação com os doentes com função renal normal. O mecanismo desta diminuição não é conhecido (ver secções 4.2 e 4.4). Compromisso da função hepática: o atazanavir é metabolizado e eliminado principalmente pelo fígado. Não foram estudados os efeitos do compromisso hepático na farmacocinética do atazanavir após uma dose de 300 mg com ritonavir. Espera-se que as concentrações de atazanavir, com ou sem ritonavir, sejam aumentadas nos doentes com compromisso hepático moderado ou grave (ver secções 4.2, 4.3 e 4.4). Idade/Sexo: foi realizado um estudo sobre a farmacocinética do atazanavir em 59 indivíduos saudáveis do sexo masculino e feminino (29 jovens, 30 idosos). Não houve diferenças clinicamente significativas na farmacocinética do atazanavir relativamente à idade ou sexo. Raça: a análise farmacocinética da população de amostras dos ensaios clínicos de Fase II não indicou efeito da raça na farmacocinética do atazanavir. Lactentes, bébés até aos dois anos, crianças e adolescentes: a farmacocinética do atazanavir nos doentes pediátricos, estratificados por idade, está a ser estudada após a administração de doses múltiplas. De momento não há dados suficientes para recomendar uma dose (ver secção 4.2). 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em estudos de toxicidade por dose repetida, realizados em ratinhos, ratos e cães, os resultados relacionados com o atazanavir foram geralmente confinados ao fígado e geralmente incluíram aumentos mínimos a ligeiros na bilirrubina sérica e enzimas hepáticas, vacuolização e hipertrofia hepatocelular e, apenas nos ratinhos fêmea, necrose das células hepáticas. As exposições sistémicas ao atazanavir em ratinhos (machos), ratos e cães em doses associadas a alterações hepáticas foram pelo menos iguais às observadas em humanos aos quais foi administrada a dose recomendada de 400 mg uma vez por dia. No ratinho fêmea, a exposição ao atazanavir com doses que produzem necrose das células hepáticas foi 12 vezes superior à exposição em humanos a quem foi administrada a dose de 400 mg uma vez por dia. O colesterol sérico e a glucose foram minimamente a ligeiramente aumentados em ratos, mas não em ratinhos ou cães. Durante os estudos in vitro, o canal cardíaco de potássio humano clonado (hERG), foi inibido em 15% numa concentração (30 μM) de atazanavir correspondente a 30 vezes a concentração de fármaco livre na Cmax em humanos. Concentrações semelhantes de atazanavir, no estudo com fibras de Purkinje de coelho, aumentaram em 13 % a duração do potencial de acção (APD90). As alterações electrocardiográficas (bradicardia sinusal, prolongamento do intervalo PR, prolongamento do intervalo QT, e prolongamento do complexo QRS) foram observadas apenas num estudo inicial de toxicidade oral de 2 semanas realizado em cães. Estudos de toxicidade oral subsequentes de 9 meses em cães não mostraram alterações electrocardiográficas relacionadas com o fármaco. Desconhece-se a relevância clínica destes dados pré-clínicos. Não podem ser excluídos os potenciais efeitos cardíacos deste medicamento no ser humano (ver secções 4.4 e 4.8). O potencial para prolongamento PR deve ser considerado em casos de sobredosagem (ver secção 4.9). Num estudo de desenvolvimento embrionário precoce e de fertilidade em ratos, o atazanavir alterou o ciclo estral sem efeitos no acasalamento ou fertilidade. Não foram observados efeitos teratogénicos no rato ou coelho com doses maternalmente tóxicas. Nos coelhos fêmea grávidos foram observadas lesões graves do estômago e intestino no coelho fêmea morto ou moribundo com doses maternas 2 e 4 vezes superiores à dose mais elevada administrada no estudo definitivo de desenvolvimento embrionário. Na avaliação do desenvolvimento pré e pós-natal em ratos, o atazanavir produziu uma redução transitória no peso corporal das ninhadas com doses maternas tóxicas. A exposição sistémica ao atazanavir com doses que resultam em toxicidade materna foi, pelo menos, igual ou ligeiramente superior à observada em humanos a quem foi administrada a dose de 400 mg uma vez por dia. 41 O atazanavir foi negativo num teste de Ames de mutação reversa mas induziu aberrações cromossómicas in vitro na ausência e na presença de activação metabólica. Nos estudo in vivo em ratos, o atazanavir não induziu micronúcleos na medula óssea, lesões no ADN no duodeno (comet assay) nem alterou a reparação do DNA no fígado com concentrações plasmáticas e tecidulares que excedem as que foram clastogénicas in vitro. Nos estudos de carcinogenicidade a longo prazo do atazanavir em ratinhos e ratos, foi observada, apenas em ratinhos fêmea, uma incidência aumentada de adenomas hepáticos benignos. A incidência aumentada de adenomas hepáticos benignos no ratinho fêmea foi considerada como provavelmente secundária às alterações hepáticas citotóxicas manifestadas por necrose da célula hepática e não foi considerada como tendo relevância para o ser humano nas exposições terapêuticas desejadas. Não houve achados tumorigénicos no ratinho macho nem em ratos. O atazanavir aumentou a opacidade da córnea de bovinos num estudo in vitro, indicando que pode ser irritante ocular em contacto directo com o olho. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Conteúdo da cápsula: Crospovidona Lactose mono-hidratada Estearato de magnésio Invólucro da cápsula: Gelatina Indigotina (E132) Dióxido de titânio (E171) Tinta azul contendo: Goma laca Propilenoglicol Hidróxido de amónio Indigocarmim (E132) Tinta branca contendo: Goma laca Dióxido de titânio (E171) Hidróxido de amónio Propilenoglicol Simeticone 6.2 Incompatibilidades Não aplicável. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Não conservar acima de 25ºC. 42 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Cada embalagem contém um frasco de polietileno de alta densidade (PEAD) com fecho de polipropileno resistente à abertura por crianças. Cada frasco contém 60 cápsulas. Cada embalagem contém 60 x 1 cápsulas; 10 placas de 6 x 1 cápsulas em blisters de dose unitária de Alu/Alu perfurados. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/03/267/003-004 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 02 Março 2004 Data da última renovação: 02 Março 2009 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO {mês ano} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu/. 43 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 200 mg cápsulas 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada cápsula contém 200 mg de atazanavir (sob a forma de sulfato) Excipiente: 109,57 mg de lactose por cápsula. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Cápsula. Cápsula opaca, azul, impressa com tinta branca, com "BMS 200 mg" numa metade e "3631" na outra metade. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas REYATAZ está indicado para o tratamento de doentes adultos infectados pelo VIH-1 em associação com outros medicamentos anti-retrovirais. A demonstração da eficácia nos doentes previamente tratados com medicamentos anti-retrovirais baseia-se num estudo que comparou REYATAZ 300 mg, uma vez por dia, associado a 100 mg de ritonavir, uma vez por dia, com o lopinavir/ritonavir, e ambos os regimes em associação com tenofovir (ver secções 4.8 e 5.1). Com base nos dados clínicos e virológicos disponíveis, não se espera benefício em doentes com estirpes resistentes a múltiplos inibidores da protease (≥ 4 mutações a inibidores da protease). A escolha de REYATAZ no tratamento de doentes previamente tratados deve ser baseada nos testes de resistência viral individual e na história de tratamento do doente (ver secção 5.1). 4.2 Posologia e modo de administração A terapêutica deve ser iniciada por um médico com experiência no tratamento da infecção pelo VIH. Adultos: a dose recomendada de REYATAZ é de 300 mg uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia e com alimentos. O ritonavir é utilizado como potenciador da farmacocinética do atazanavir (ver secções 4.5 e 5.1). Se REYATAZ com ritonavir for co-administrado com didanosina, recomenda-se que a didanosina seja tomada 2 horas após a administração de REYATAZ e ritonavir. REYATAZ com ritonavir tem de ser administrado com alimentos (ver secção 4.5). Lactentes, bébés até aos dois anos, crianças e adolescentes: a segurança e eficácia de REYATAZ em doentes pediátricos não foi estabelecida (ver secção 5.2). Doentes com compromisso renal: não é necessário acerto posológico. REYATAZ com ritonavir não é recomendado em doentes a fazer hemodiálise (ver secções 4.4 e 5.2). Doentes com compromisso hepático: REYATAZ com ritonavir não foi estudado em doentes com compromisso hepático. REYATAZ com ritonavir deve ser usado com precaução em doentes com 44 compromisso hepático ligeiro. REYATAZ não deve ser usado em doentes com compromisso hepático moderado a grave (ver secções 4.3, 4.4 e 5.2). Modo de administração: para administração oral. As cápsulas devem ser deglutidas inteiras. REYATAZ pó oral está disponível para doentes que não são capazes de engolir as cápsulas (ver o Resumo das Características do Medicamento de REYATAZ pó oral). 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes (ver secção 6.1). Doentes com insuficiência hepática moderada a grave (ver secções 4.2 e 4.4). Está contra-indicada a administração concomitante da associação terapêutica rifampicina e REYATAZ com uma dose baixa de ritonavir (ver secção 4.5). REYATAZ com ritonavir não pode ser utilizado em associação com medicamentos que sejam substratos da isoforma CYP3A4 do citocromo P450 e cujo intervalo terapêutico seja estreito (por ex. astemizol, terfenadina, cisaprida, pimozida, quinidina, bepridilo, triazolam, midazolam administrados por via oral (para precaução com o midazolam parentérico, ver secção 4.5) e alcalóides da cravagem do centeio, nomeadamente ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina) (ver secção 4.5). REYATAZ não pode ser utilizado em associação com produtos que contenham Hipericão (Hypericum perforatum) (ver secção 4.5). 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Os doentes devem ser avisados que a terapêutica anti-retroviral actual não provou impedir o risco de transmissão do VIH a outros através do sangue ou de contacto sexual. Devem continuar a ser utilizadas as precauções apropriadas. Não foi avaliada clinicamente a co-administração de REYATAZ com o ritonavir em doses superiores a 100 mg uma vez por dia. A utilização de doses superiores de ritonavir pode alterar o perfil de segurança do atazanavir (efeitos cardíacos, hiperbilirrubinemia) e, consequentemente, não é recomendada. Doentes com condições clínicas co-existentes O atazanavir é metabolizado principalmente por via hepática e foram observadas concentrações plasmáticas aumentadas nos doentes com disfunção hepática (ver secções 4.2 e 4.3). A segurança e a eficácia de REYATAZ não foram estabelecidas em doentes com afecções hepáticas significativas subjacentes. Os doentes com hepatite B ou C crónica e tratados com terapêutica anti-retroviral combinada estão em risco aumentado para reacções adversas hepáticas graves e potencialmente fatais. Em caso de terapêutica antiviral concomitante para a hepatite B ou C, consultar o Resumo das Características do Medicamento para estes medicamentos (ver secção 4.8). Os doentes com uma disfunção hepática pré-existente, incluindo hepatite activa crónica, apresentam uma frequência maior de alterações da função hepática durante a terapêutica anti-retroviral combinada e devem ser monitorizados de acordo com a prática habitual. Se houver evidência de agravamento da doença hepática em tais doentes, deverá ser considerada a interrupção ou descontinuação do tratamento. Não é necessário acerto posológico em doentes com compromisso renal. No entanto, REYATAZ com ritonavir não é recomendado em doentes a fazer hemodiálise (ver secções 4.2 e 5.2). Em estudos clínicos foram observados prolongamentos assintomáticos no intervalo PR relacionados com a dose de REYATAZ. Deverá ter-se precaução com medicamentos que se sabe que induzem 45 prolongamentos no intervalo PR. Em doentes com problemas pré-existentes de condução (bloqueio auriculoventricular ou de ramo, de segundo grau ou superior), REYATAZ deverá ser utilizado com precaução e apenas se os benefícios excederem o risco (ver secção 5.1). Deverá ter-se precaução especial na prescrição de REYATAZ em associação com medicamentos que tenham potencial para aumentar o intervalo QT e/ou em doentes com factores de risco pré-existentes (bradicardia, QT longo congénito, desequilíbrio electrolítico (ver secções 4.8 e 5.3)). Em doentes hemofílicos tipo A e B tratados com inibidores da protease foram relatados casos de aumento de hemorragia, incluindo o aparecimento espontâneo de hematomas cutâneos e hemartroses. Nalguns casos foi administrado adicionalmente factor VIII. Em mais de metade dos casos relatados foi possível manter o tratamento com os inibidores da protease ou re-introduzir o tratamento nos casos em que tinha sido interrompido. Foi sugerida uma relação de causalidade embora o mecanismo de acção não tenha sido esclarecido. Consequentemente, os doentes hemofílicos devem estar informados da possibilidade de aumento de hemorragias. Redistribuição da gordura corporal e doenças do metabolismo A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada à redistribuição de gordura corporal (lipodistrofia) em doentes infectados pelo VIH. As consequências destes acontecimentos a longo prazo são, de momento, desconhecidas. O conhecimento sobre o mecanismo está incompleto. Foi colocada uma hipótese sobre uma relação entre a lipomatose visceral e os inibidores da protease e a lipoatrofia e os análogos nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa. Foi associado um maior risco de lipodistrofia a factores individuais, tais como, uma idade superior, e a factores relacionados com o fármaco, tais como a maior duração da terapêutica anti-retroviral e perturbações do metabolismo associadas. O exame clínico deve incluir a avaliação de sinais físicos de redistribuição da gordura. A terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), incluindo associações de REYATAZ (com ou sem ritonavir) com outros anti-retrovirais está associada a dislipidemia. Deverá considerar-se a determinação dos lípidos séricos e glicemia em jejum. As afecções lipídicas devem ser tratadas como clinicamente adequado (ver secção 4.8). Em estudos clínicos, o REYATAZ (com ou sem ritonavir) mostrou induzir dislipidemia numa menor extensão do que os comparadores. O impacto clínico de tais dados não foi demonstrado dada a ausência de estudos específicos no risco cardiovascular. A selecção da terapêutica anti-retroviral tem de ser orientada principalmente pela eficácia antiviral. Recomenda-se a consulta de normas orientadoras para o controlo da dislipidemia. Hiperglicemia Em doentes medicados com inibidores da protease foi notificado o aparecimento de novos casos de diabetes mellitus, hiperglicemia, e exacerbação de diabetes mellitus pré-existente. Nalguns destes casos, a hiperglicemia foi grave e, por vezes, foi também associada a cetoacidose. Muitos doentes apresentavam situações clínicas mistas, algumas requerendo terapêutica com medicamentos que foram associados ao desenvolvimento de diabetes ou hiperglicemia. Hiperbilirrubinemia Em doentes medicados com REYATAZ ocorreram elevações reversíveis da bilirrubina indirecta (não conjugada) relacionadas com a inibição da UDP-glucuronosil transferase (UGT) (ver secção 4.8). As elevações da transaminase hepática que ocorrem com a bilirrubina elevada em doentes medicados com REYATAZ devem ser avaliadas quanto a etiologias alternativas. Pode ser considerada uma terapêutica anti-retroviral alternativa ao REYATAZ se a icterícia, ou a icterícia escleral não forem aceitáveis para um doente. A redução da dose de atazanavir não é recomendada porque poderá causar perda de efeito terapêutico e desenvolvimento de resistência. O indinavir está também associado com hiperbilirrubinemia indirecta (não conjugada) devido à inibição da UGT. As associações de REYATAZ e indinavir não foram estudadas e não é recomendada a co-administração destes medicamentos (ver secção 4.5). Nefrolitíase 46 Foi notificada nefrolitíase em doentes a receber REYATAZ (ver secção 4.8). Se ocorrerem sinais ou sintomas de nefrolitíase, pode ser considerada a interrupção temporária ou a suspensão do tratamento. Síndrome de reactivação imunológica Em doentes infectados pelo VIH com deficiência imunológica grave à data da instituição da terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), pode ocorrer uma reacção inflamatória a infecções oportunistas assintomáticas ou residuais e causar várias situações clínicas graves, ou o agravamento dos sintomas. Tipicamente, estas reacções foram observadas durante as primeiras semanas ou meses após início da TARC. São exemplos relevantes a retinite por citomegalovírus, as infecções micobacterianas generalizadas e/ou focais e a pneumonia por Pneumocystis carinii. Qualquer sintoma de inflamação deve ser avaliado e, quando necessário, instituído o tratamento. Osteonecrose Foram notificados casos de osteonecrose, particularmente em doentes com doença por VIH avançada e/ou exposição prolongada a terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), apesar da etiologia ser considerada multifactorial (incluindo a utilização de corticosteróides, o consumo de álcool, a imunossupressão grave, um índice de massa corporal aumentado). Os doentes devem ser instruídos a procurar aconselhamento médico caso sintam mal-estar e dor articular, rigidez articular ou dificuldade de movimentos. Interacções com outros medicamentos A co-administração de REYATAZ com sinvastatina ou lovastatina não é recomendada (ver secção 4.5). A co-administração de REYATAZ com nevirapina ou efavirenz não é recomendada (ver secção 4.5). Se for necessário a co-administração de REYATAZ com um NNRTI (análogo não nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa), pode ser considerado um aumento na dose de REYATAZ e ritonavir para 400 mg e 200 mg, respectivamente, em combinação com efavirenz, com rigorosa vigilância clínica. O atazanavir é metabolizado principalmente pela CYP3A4. A co-administração de REYATAZ com ritonavir e medicamentos que induzam a CYP3A4 não é recomendada (ver secções 4.3 e 4.5). A utilização concomitante de REYATAZ e contraceptivos orais deve ser evitada (ver secção 4.5). A co-administração de voriconazol e REYATAZ com ritonavir não é recomendada, a não ser que a avaliação do benefício/risco justifique a utilização de voriconazol (ver secção 4.5). Não se recomenda a utilização concomitante de REYATAZ com fluticasona ou outros glucocorticóides que são metabolizados pelo CYP3A4, a não ser que o benefício potencial do tratamento supere o risco dos efeitos sistémicos dos corticosteróides, incluindo síndrome de Cushing e supressão adrenal (ver secção 4.5). A absorção de atazanavir pode ser reduzida nas situações em que o pH gástrico esteja aumentado, independentemente da causa. Não se recomenda a co-administração de REYATAZ com inibidores da bomba de protões (ver secção 4.5). Se a associação de REYATAZ com um inibidor da bomba de protões for considerada indispensável, é recomendada monitorização clínica cuidadosa juntamente com um aumento na dose de REYATAZ para 400 mg com 100 mg de ritonavir; não devem ser excedidas doses de inibidores da bomba de protões comparáveis a 20 mg de omeprazol. Lactose Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência lactase de Lapp, ou malabsorção glucose-galactose, não devem tomar este medicamento. 47 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Quando REYATAZ e ritonavir são co-administrados, o perfil de interacção metabólico do ritonavir pode ser predominante porque o ritonavir é um inibidor mais potente da CYP3A4 do que o atazanavir. O Resumo das Características do Medicamento do ritonavir deve ser consultado antes do início da terapêutica com REYATAZ e ritonavir. O atazanavir é metabolizado no fígado pela CYP3A4. Inibe a CYP3A4. Consequentemente, REYATAZ com ritonavir estão contra-indicados com medicamentos que sejam substratos da CYP3A4 e tenham índice terapêutico estreito: astemizol, terfenadina, cisaprida, pimozida, quinidina, bepridilo, triazolam, midazolam administrado por via oral e alcalóides da cravagem do centeio, nomeadamente ergotamina e di-hidroergotamina (ver secção 4.3). Outras interacções As interacções entre o atazanavir/ritonavir e inibidores da protease, fármacos anti-retrovirais não inibidores da protease, e outros medicamentos não anti-retrovirais estão apresentadas nos quadros abaixo (aumento está indicado como “↑”, diminuição como “↓”, sem alteração como “↔”, duas vezes ao dia como “BID” e uma vez ao dia como “QD”). Se disponível, os intervalos de confiança de 90% (IC) apresentam-se entre parentesis. Os estudos apresentados no Quadro 1 foram realizados em indivíduos saudáveis, a não ser que outra informação seja dada. De realçar, muitos estudos foram realizados com o atazanavir não potenciado, o qual não é o regime aprovado do atazanavir. Quadro 1: Interacções entre REYATAZ e outros medicamentos Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração ANTI-INFECCIOSOS Anti-retrovirais Inibidores da protease: Não foi estudada a co-administração de REYATAZ/ritonavir e outros inibidores da protease mas é espectável que aumente a exposição a outros inibidores da protease. Consequentemente, esta co-administração não é recomendada. Ritonavir 100 mg uma Ritonavir 100 mg QD (atazanavir 300 mg QD) ↑3,50* ↑2,20* ↑8,13* vez ao dia é usado atazanavir (2,44 - 5,03) (1,56 - 3,11) (4,59 - 14,39) estudos realizados em doentes como um potenciador da farmacocinética do infectados pelo VIH * Numa análise combinada, atazanavir 300 mg e ritonavir 100 mg atazanavir. (n=33) foi comparado a atazanavir 400 mg sem ritonavir (n=28). O mecanismo da interacção entre atazanavir e ritonavir é a inibição CYP3A4. Indinavir Indinavir está associado com hiperbilirrubinemia indirecta não Não é recomendada a conjugada devido à inibição da UGT. co-administração de REYATAZ/ritonavir e indinavir (ver secção 4.4). Análogos nucleosídeo/nucleotídeo inibidores da transcriptase reversa (NRTIs) Lamivudina 150 mg BID + Com base nestes dados zidovudina 300 mg BID e não sendo espectável Não foi observado efeito significativo nas concentrações de lamivudina e (atazanavir 400 mg QD) que ritonavir tenha um zidovudina. impacto significativo na farmacocinética dos NRTIs, não se espera que a co-administração de REYATAZ /ritonavir com estes medicamentos altere significativamente a exposição dos fármacos coadministrados. Abacavir Não se espera que a co-administração de REYATAZ/ ritonavir com abacavir altere significativamente a exposição do abacavir. Didanosina (comprimidos A didanosina deve ser tamponados) 200 administrada sem 48 Medicamentos coadministrados (dose em mg) mg/estavudina 40 mg, ambos dose única (atazanavir 400 mg dose única) Medicamento avaliado atazanavir, administração simultânea com ddI+d4T (sem alimentos) AUC (IC de 90%) ↓0,13 (0,08 - 0,21) Cmax (IC de 90%) ↓0,11 (0,06 - 0,18) Cmin (IC de 90%) ↓0,16 (0,10 - 0,27) atazanavir, administrado 1 ↔1,03 ↑1,12 ↔1,03 (0,67 - 1,18) (0,61 - 1,73) hora após ddI+d4T (0,64 - 1,67) (sem alimentos) As concentrações de atazanavir diminuíram muito quando co-administrado com didanosina (comprimidos tamponados) e estavudina. O mecanismo da interacção é uma solubilidade reduzida do atazanavir com o aumento do pH relacionado com a presença de agentes antiácidos nos comprimidos tamponados de didanosina. Não foram observados efeitos significativos nas concentrações de didanosina e estavudina. Didanosina (cápsulas Didanosina (com ↓0,66 ↓0,62 ↑1,25 revestimento entérico) 400 mg alimentos) (0,59 - 0,73) (0,52 - 0,74) (0,92 - 1,69) dose única (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) Não foram observados efeitos significativos nas concentrações de atazanavir quando administrado com a didanosina com revestimento entérico, mas a administração com os alimentos diminuiu as concentrações de didanosina. ↓0,78 * ↓0,84 * ↓0,77 * Tenofovir disoproxil fumarato Atazanavir (0,65 - 0,94) (0,70 - 1,00) (0,57 - 1.02) 300 mg QD (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) * Numa análise combinada de vários estudos clínicos, o estudos realizados em doentes atazanavir/ritonavir 300/100 mg co-administrado com tenofovir infectados com VIH disoproxil fumarato 300 mg (n=39) foi comparado a atazanavir/ritonavir 300/100 mg (n=33). Recomendações relativas a coadministração alimentos 2 horas depois de REYATAZ /ritonavir tomado com alimentos. Não é espectável que a coadministração de REYATAZ /ritonavir com estavudina altere significativamente a exposição à estavudina. A eficácia de REYATAZ /ritonavir em combinação com tenofovir em doentes previamente tratados foi demonstrada no estudo clínico 045 e em doentes sem tratamento prévio no estudo clínico 138 (ver secções 4.8 e 5.1). O mecanismo da interacção entre atazanavir e tenofovir é desconhecido. Tenofovir disoproxil fumarato 300 mg QD (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) tenofovir disoproxil fumarato ↑1,37 (1,30 - 1,45) ↑1,34 (1,20 - 1,51) ↑1,29 (1,21 - 1,36) Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para as reacções adversas associadas ao tenofovir, incluindo alterações renais. Análogos não nucleosídeo inibidores da transcriptase reversa (NNRTIs) Efavirenz 600 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ritonavir 100 mg QD) Efavirenz 600 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 200 mg QD) Nevirapina 200 mg BID (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) estudo realizado em doentes infectados com VIH atazanavir (pm): todos ↔1,00* ↑1,17* ↓0,58* (0,91 - 1,10) (1,08 - 1,27) (0,49 - 0,69) administrados com alimentos atazanavir (pm): ↔1,06*/** ↔1,09*/** ↔1,12*/** todos (0,90 - 1,26) (0,95 - 1,26) (0,84 - 1,49) administrados com alimentos * Quando comparado ao REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg uma vez dia à noite sem efavirenz. Esta diminuição na Cmin atazanavir pode afectar negativamente a eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção efavirenz/atazanavir é a indução CYP3A4. ** baseado na comparação histórica. Não é recomendada a co-administração de efavirenz com REYATAZ / ritonavir (ver secção 4.4). ↑1,26 ↑1,21 ↑1,35 (1,17 - 1,36) (1,11 - 1,32) (1,25 - 1,47) ↓0,81* ↔1,02* ↓0,41* Atazanavir (0,65 - 1,02) (0,85 - 1,24) (0,27 - 0,60) * Quando comparado ao REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg sem Não é recomendada a co-administração de nevirapina com REYATAZ/ritonavir (ver secção 4.4). Nevirapina 49 Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração nevirapina. Esta diminuição na Cmin do atazanavir pode afectar negativamente a eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção nevirapine/atazanavir é a indução CYP3A4. Antibióticos Claritromicina 500 mg BID (atazanavir 400 mg QD) claritromicina 14-OH claritromicina ↑1,94 (1,75 - 2,16) ↑1,50 (1,32 - 1,71) ↑2,60 (2,35 - 2,88) ↓0,30 (0,26 - 0,34) ↓0,28 (0,24 - 0,33) ↓0,38 (0,34 - 0,42) ↑1,28 ↔1,06 ↑1,91 (1,16 - 1,43) (0,93 - 1,20) (1,66 - 2,21) Uma redução da dose de claritromicina pode produzir concentrações subterapêuticas de 14-OH claritromicina. O mecanismo da interacção claritromicina/atazanavir é a inibição CYP3A4. atazanavir Antifúngicos Cetoconazol 200 mg QD (atazanavir 400 mg QD) Itraconazol Não foi observado efeito significativo nas concentrações de atazanavir. O itraconazol, tal como o cetoconazol, é um inibidor potente assim como um substracto de CYP3A4. Com base em dados obtidos com outros IPs potenciados e cetoconazol, em que a AUC de cetoconazol aumentou 3 vezes, é esperado que REYATAZ/ritonavir aumente as concentrações de cetoconazol ou itraconazol. Voriconazol A co-administração de REYATAZ/ritonavir e voriconazol não foi estudada. O efeito da co-administração de voriconazol oral e de uma dose baixa de ritonavir oral (100 mg) foi investigada em voluntários saudáveis. Doses baixas de ritonavir (100 mg BID) diminuiram a Cmax e AUC de voriconazol (IC de 90%) em média 24% (↓9% a ↓36%) e 39% (↓22% a ↓52%), respectivamente. A administração de voriconazol produziu uma redução menor, no estado estacionário, da Cmax e AUC de ritonavir (IC de 90%) com uma média de 24% (↓6% a ↓39%) e 14% (↓26% a ↑1%), respectivamente. Fluconazol 200 mg QD (atazanavir 300 mg/ ritonavir 100 mg QD) Antimicobacterianos Rifabutina 150 mg QD (atazanavir 400 mg QD) Rifabutina 150 mg QD (atazanavir 600 mg QD) Esta não é a dose terapêutica recomendada de atazanavir. As concentrações de atazanavir e fluconazol não são modificadas significativamente quando REYATAZ /ritonavir foi co-administrado com fluconazol. atazanavir ↑1,15 (0,98 - 1,34) ↑1,34 (1,14 - 1,59) ↑1,13 (0,68 - 1,87) ↑2,10 ↑1,18 ↑3,43 (1,57 - 2,79) (0,94 - 1,48) (1,98 - 5,96) 25-O-desacetil↑22,01* ↑8,20* ↑75,6* rifabutina (15,97- 30,34) (5,90 - 11,40) (30,1 - 190,0) * Quando comparado com rifabutina 300 mg QD. O mecanismo da interacção de rifabutina e atazanavir é a inibição CYP3A4 rifabutina 50 Não se pode fazer recomendação de redução da dose; como tal, recomenda-se precaução se REYATAZ /ritonavir for co-administrado com claritromicina. Cetoconazol e itraconazol devem ser usados com precaução com REYATAZ /ritonavir. Não são recomendadas doses altas de cetoconazol e itraconazol (>200 mg/dia). Não é recomendada a co-administração de voriconazol e REYATAZ/ritonavir, a não ser que uma avaliação do benefício/risco para o doente justifique o uso de voriconazol (ver secção 4.4). Os doentes devem ser monitorizados para reacções adversas e/ou perda de eficácia durante a coadministração de voriconazol e REYATAZ/ritonavir. Não são necessários ajustes da dose para REYATAZ /ritonavir e fluconazol. É recomendada uma redução da dose de rifabutina até 75% (por ex. 150 mg em dias alternados ou 3 vezes por semana) quando a rifabutina é administrada com REYATAZ /ritonavir. Não é necessário ajuste de dose para REYATAZ /ritonavir. Medicamentos coadministrados (dose em mg) Rifampicina Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) A rifampicina é um indutor potente da CYP3A4 e foi demonstrado que provoca uma diminuição de 72 % na AUC do atazanavir, o que pode resultar em falência virológica e desenvolvimento de resistências. Durante as tentativas para ultrapassar a diminuição de exposição através do aumento da dose de REYATAZ ou de outros inibidores da protease com ritonavir, verificou-se uma frequência elevada de reacções hepáticas. FÁRMACOS REDUTORES DOS ÁCIDOS Antagonistas dos receptores H2 Famotidina 40 mg BID ↓ 0,82 ↓0,86 ↓0,72 atazanavir (atazanavir 300 mg QD/ (0,75 - 0,89) (0,79 - 0,94) (0,64 - 0,81) ritonavir 100 mg QD) Apesar de não estudada, são esperados resultados semelhantes com outros antagonistas dos receptores H2. A relevância destes dados para os doentes infectados pelo VIH é desconhecida, dado que nesta população o pH intragástrico pode ser mais elevado. Consequentemente, a magnitude deste efeito pode ser mais pronunciada. O mecanismo da interacção é a solubilidade reduzida do atazanavir uma vez que o pH intragástrico aumenta com os bloqueadores H2. Inibidores da bomba de protões Omeprazol 40 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) Omeprazol 20 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) atazanavir (am): 2 horas após omeprazol ↓0,39 (0,35 - 0,45) ↓0,44 (0,38 - 0,51) ↓0,35 (0,29 - 0,41) atazanavir (am): 1 hora após omeprazol ↓0,70* (0,57 - 0,86) ↓0,69* (0,58 - 0,83) ↓0,69* (0,54 - 0,88) * Quando comparado ao atazanavir 300 mg QD com ritonavir 100 mg QD A diminuição na AUC, Cmax, e Cmin não foi mitigada quando uma dose aumentada de REYATAZ/ritonavir (400/100 mg uma vez ao dia) foi temporariamente separada do omeprazol por 12 horas. Apesar de não estudada, são esperados resultados semelhantes com outros inibidores da bomba de protões. Esta redução na exposição do atazanavir pode ter impacto negativo na eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção é diminuída solubilidade do atazanavir, porque o pH intragástrico aumenta com os inibidores da bomba de protões. Antiácidos Antiácidos e medicamentos contendo tampões As concentrações plasmáticas reduzidas de atazanavir podem ser consequência do pH gástrico aumentado, se os antiácidos, incluindo medicamentos tamponados, são administrados com REYATAZ /ritonavir. 51 Recomendações relativas a coadministração Está contra-indicada a administração concomitante da associação terapêutica rifampicina e REYATAZ com uma dose baixa de ritonavir (ver secção 4.3). Não é necessário ajuste da dose de REYATAZ /ritonavir quando coadministrado com antagonistas dos receptores-H2, todos como uma dose diária única com alimentos. As reduções nas concentrações de atazanavir podem ser evitadas pela separação temporal de REYATAZ e um antagonista dos receptores H2 como segue: REYATAZ 300 mg /ritonavir 100 mg uma vez ao dia com alimentos, 2 horas antes e pelo menos 10 horas após administração de um antagonista dos receptores H2. Não é recomendada a co-administração de REYATAZ /ritonavir com inibidores da bomba de protões. Se a associação de REYATAZ /ritonavir com um inibidor da bomba de protões é considerada inevitável, recomenda-se monitorização clínica em combinação com aumento da dose de REYATAZ para 400 mg com 100 mg de ritonavir; não devem ser excedidas doses de inibidores da bomba de protões comparáveis a 20 mg de omeprazol (ver secção 4.4). REYATAZ /ritonavir deve ser administrado 2 horas antes ou 1 hora após os antiácidos ou Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração medicamentos tamponados. ANTICOAGULANTES Varfarina A co-administração com REYATAZ /ritonavir tem potencial para produzir uma redução ou, menos frequentemente, um aumento no INR (Razão Normalizada Internacional). ANTINEOPLÁSICOS E IMUNOSSUPRESSORES Antineoplásicos Irinotecano O atazanavir inibe UGT e pode interferir com o metabolismo do irinotecano, resultando no aumento da toxicidade do irinotecano. Imunossupressores Ciclosporina Tacrolimus Sirolimus As concentrações destes imunossupressores podem estar aumentadas quando são co-administradas com REYATAZ com ritonavir devido a inibição CYP3A4. MEDICAMENTOS CARDIOVASCULARES Antiarrítmicos Amiodarona, As concentrações destes antiarrítmicos podem estar aumentadas quando Lidocaína sistémica, co-administrados com REYATAZ /ritonavir. O mecanismo da Quinidina interacção amiodarona ou lidocaína sistémica/atazanavir é a inibição CYP3A. A quinidina tem um intervalo terapêutico estreito e está contraindicada devido à inibição potencial da CYP3A pelo REYATAZ /ritonavir. Bloqueadores dos canais do cálcio Bepridilo Diltiazem 180 mg QD (atazanavir 400 mg QD) REYATAZ /ritonavir não deve ser usado em combinação com medicamentos que são substractos da CYP3A4 e que têm um intervalo terapêutico estreito. diltiazem desacetyldiltiazem Verapamilo ↑2,5 (2,09 - 2,41 ↑2,65 (2,45 - 2,87) ↑1,98 (1,78 - 2,19) ↑2,72 (2,44 - 3,03) ↑2,42 (2,14 - 2,73) ↑2,21 (2,02 - 2,42) Não foi observado efeito significativo nas concentrações de atazanavir. Houve um aumento no intervalo PR máximo comparado com atazanavir em monoterapia. Não foi estudada a co-administração de diltiazem e REYATAZ/ritonavir. O mecanismo da interacção de diltiazem/atazanavir é a inibição CYP3A4. As concentrações séricas de verapamilo podem ser aumentadas pelo REYATAZ/ritonavir devido a inibição CYP3A4. . 52 Recomenda-se que o INR seja cuidadosamente monitorizado durante o tratamento com REYATAZ/ ritonavir, especialmente no início da terapêutica. Se REYATAZ /ritonavir for co-administrado com irinotecano, os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para as reacções adversas relacionadas com o irinotecano. Recomenda-se a monitorização mais frequente das concentrações terapêuticas destes medicamentos até estarem estabilizados os níveis plasmáticos. Recomenda-se precaução e, quando disponível, monitorização da concentração terapêutica. A utilização concomitante de quinidina está contraindicada (ver secção 4.3). Está contra-indicada a co-administração com bepridilo (ver secção 4.3). É recomendada uma redução da dose inicial de diltiazem em 50% , com titulação subsequente conforme necessário, e monitorização do ECG. Deverá ter-se precaução quando o verapamilo for coadministrado com REYATAZ/ritonavir. Medicamentos coadministrados (dose em mg) CORTICOSTERÓIDES Propionato de fluticasona intranasal 50 µg 4 vezes ao dia durante 7 dias (ritonavir 100 mg cápsules BID) DISFUNÇÃO ERÉCTIL Inibidores PDE5 Sildenafil PRODUTOS À BASE DE PLANTAS Hipericão (Hypericum perforatum) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração Os níveis plasmáticos de propionato de fluticasona aumentaram significativamente, enquanto que os níveis de cortisol intrinseco decresceram aproximadamente 86% (intervalo de confiança de 90% 8289%). Pode esperar-se uma exacerbação dos efeitos quando o propionato de fluticasona é inalado. Foram notificados efeitos sistémicos dos corticosteróides, incluindo síndrome de Cushing e supressão adrenal em doentes a fazer tratamento com ritonavir e propionato de fluticasona, administrado por via inalatória ou nasal; estes efeitos podem igualmente verificar-se com outros corticosteróides metabolizados via P450 3A, como por ex., a budesonida. Ainda não se conhecem os efeitos da elevada exposição sistémica da fluticasona nos níveis plasmáticos do ritonavir. O mecanismo da interacção é a inibição CYP3A4. Não é recomendada a co-administração de REYATAZ /ritonavir e estes glucocorticóides , a não ser que o benefício potencial do tratamento ultrapasse o risco dos efeitos sistémicos dos corticosteróides (ver secção 4.4). Uma redução da dose do glucocorticóide deve ser considerada com rigorosa monitorização dos efeitos locais e sistémicos ou uma mudança para um glucocorticóide, que não seja um substracto para CYP3A4 (por ex., beclometasona). Além disso, no caso de suspensão dos glucocorticóides, a redução progressiva da dose poderá ter de realizar-se por um período de tempo mais longo. Sildenafil é metabolizado pelo CYP3A4. A co-administração com REYATAZ/ritonavir pode produzir concentrações aumentadas de sildenafil e um aumento nos acontecimentos adversos associados ao sildenafil, incluindo hipotensão, alterações visuais e priapismo. O mecanismo da interacção sildenafil/atazanavir é a inibição CYP3A4. Os doentes devem ser advertidos sobre estes possíveis efeitos secundários. Da utilização concomitante de hipericão com REYATAZ/ritonavir pode esperar-se que resulte uma redução significativa dos valores plasmáticos de atazanavir. Este efeito pode ser devido à indução da CYP3A4. Há um risco de perda de efeito terapêutico e de desenvolvimento de resistência (ver secção 4.3). Está contra-indicada a co-administração de REYATAZ/ritonavir com produtos contendo hipericão. CONTRACEPTIVOS HORMONAIS Etinilestradiol 35 μg + noretisterona (atazanavir 400 mg QD) A concentração dos contraceptivos orais aumentou devido à inibição da UGT. Por outro lado, o ritonavir pode diminuir as concentrações de etinilestradiol. Não foram estudados os efeitos da co-administração de contraceptivos orais e REYATAZ/ritonavir. MEDICAMENTOS ANTIDISLIPIDÉMICOS Inibidores da reductase da HMG-CoA Sinvastatina A sinvastatina e a lovastatina dependem grandemente da Lovastatina CYP3A4 para o seu metabolismo e a co-administração com REYATAZ/ritonavir pode aumentar as suas concentrações. 53 Deve ser evitada a coadministração de REYATAZ/ritonavir e contraceptivos orais (ver secção 4.4). Devem ser considerados métodos de contracepção fiáveis alternativos. Não é recomendada a co-administração de sinvastatina ou lovastatina com REYATAZ/ritonavir devido ao risco Medicamentos coadministrados (dose em mg) Atorvastatina Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) O risco de miopatia incluindo rabdomiólise pode ser aumentado também com a atorvastatina, a qual é metabolizada pela CYP3A4. Recomendações relativas a coadministração aumentado de miopatia, incluindo rabdomiólise. É recomendada a utilização de outro inibidor da reductase da HMG-CoA que não sofra metabolismo pela CYP3A4 como a pravastatina ou fluvastatina. Recomenda-se precaução. OPIÁCEOS Buprenorfina, QD, dose de manutenção estável, (atazanavir 300 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) buprenorfina ↑1,67 ↑1,37 ↑1,69 Norbuprenorfina ↑2,05 ↑1,61 ↑2,01 O mecanismo da interacção é a inibição CYP3A4 e UGT1A1. As concentrações de atazanavir não foram afectadas significativamente. Metadona, dose de manutenção estável (atazanavir 400 mg QD) SEDATIVOS Benzodiazepinas Midazolam Triazolam 4.6 Não foi observado um efeito significativo nas concentrações de metadona. Dado que a dose baixa de ritonavir (100 mg duas vezes ao dia) mostrou não ter efeito significativo nas concentrações de metadona, com base nestes dados, não é esperado haver interacção se a metadona for co-administrada com REYATAZ/ritonavir. Midazolam e triazolam são extensamente metabolizados pela CYP3A4. A co-administração com REYATAZ/ritonavir pode levar a um grande aumento na concentração destas benzodiazepinas. Não foram realizados estudos de interacção para a co-administração de REYATAZ/ritonavir com benzodiazepinas. Com base nos dados observados com outros inibidores da CYP3A4, espera-se que as concentrações plasmáticas de midazolam sejam significativamnete superiores quando midazolam é administrado por via oral. Os dados da utilização concomitante de midazolam parentérico com outros inibidores da protease sugerem um possível aumento de 3-4 vezes nas concentrações plasmáticas de midazolam. A co-administração requer monitorização clínica da sedação e efeitos cognitivos. Pode ser considerada uma redução da dose de buprenorfina. Não é necessário o acerto da dose se a metadona for coadministrada com REYATAZ/ritonavir. REYATAZ/ritonavir não deve ser coadministrado com triazolam ou midazolan oral (ver secção 4.3), e recomenda-se precaução na coadministração de REYATAZ/ritonavir e midazolam parentérico. A co-administração de REYATAZ com midazolam deve ser feita em unidade de cuidados intensivos (UCI), ou semelhante, que permita rigorosa monitorização clínica e apoio médico apropriado no caso de depressão respiratória e/ou sedação prolongada. Deve ser considerado o acerto da dose, especialmente se for administrada mais do que uma dose única de midazolam. Gravidez e aleitamento Não existem dados suficientes sobre a utilização de atazanavir em mulheres grávidas. Os estudos em animais não mostraram evidência de toxicidade selectiva no desenvolvimento ou de efeitos na função reprodutiva e na fertilidade (ver secção 5.3). REYATAZ só deverá ser utilizado na gravidez se o potencial benefício justificar o potencial risco. 54 Desconhece-se se a administração de REYATAZ à mulher grávida irá exacerbar a hiperbilirrubinemia fisiológica e causar kernicterus no recém-nascido e no lactente. No período pré-parto deverá ser considerada monitorização adicional e uma terapêutica alternativa ao REYATAZ. Desconhece-se se o atazanavir é excretado no leite humano. Estudos efectuados no rato revelaram que o atazanavir é excretado no leite. Consequentemente, recomenda-se que as mulheres medicadas com REYATAZ não amamentem os filhos. Como recomendação geral, as mulheres infectadas pelo VIH não devem amamentar os filhos para evitar a transmissão do VIH. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Os doentes devem ser informados que foram notificados casos de tonturas durante o tratamento com regimes contendo REYATAZ (ver secção 4.8). 4.8 Efeitos indesejáveis REYATAZ foi avaliado quanto à segurança numa terapêutica combinada com outros medicamentos anti-retrovirais, em ensaios clínicos controlados em 1.806 doentes adultos, que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia (1.151 doentes, duração mediana de 52 semanas e 152 semanas de duração máxima) ou REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg uma vez por dia (655 doentes, duração mediana de 96 semanas e 108 semanas de duração máxima). As reacções adversas foram consistentes entre os doentes que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia e os doentes que receberam REYATAZ 300 mg com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, exceptuando icterícia e elevação dos valores de bilirrubina total que foram notificadas mais frequentemente com REYATAZ/ritonavir. Entre os doentes que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia ou REYATAZ 300 mg com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, as únicas reacções adversas, de qualquer gravidade, notificadas muito frequentemente e com, pelo menos, uma possível relação com os regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs foram: náuseas (20%), diarreia (10%) e icterícia (13%). Entre os doentes a receber 300 mg de REYATAZ com 100 mg de ritonavir, a frequência da icterícia foi de 19%. Na maioria dos casos a icterícia foi relatada de poucos dias a poucos meses após o início do tratamento (ver secção 4.4). A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada a redistribuição da gordura corporal (lipodistrofia) nos doentes infectados pelo VIH, incluindo perda da gordura periférica e facial subcutânea, aumento da gordura intra-abdominal e visceral, aumento do volume mamário e acumulação dorsocervical de gordura (pescoço de búfalo). A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada a alterações metabólicas tais como hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, resistência à insulina, hiperglicemia e hiperlactatemia (ver secções 4.4 e 5.1). Doentes adultos Também foram notificadas as seguintes reacções adversas de intensidade moderada ou superior com, pelo menos, uma possível relação com regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs. A frequência das reacções adversas listadas abaixo é definida utilizando a seguinte convenção: muito frequentes (≥ 1/10), frequentes (≥ 1/100 a < 1/10), pouco frequentes (≥ 1/1.000 a < 1/100), raras (≥ 1/10.000 a < 1/1.000) ou muito raras (< 1/10.000). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Cardiopatias: raras: edema, palpitação Doenças do sistema nervoso: frequentes: cefaleia; 55 pouco frequentes: neuropatia periférica, síncope, amnésia, tonturas, sonolência, disgeusia Afecções oculares: frequentes: icterícia ocular Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: pouco frequentes: dispneia Doenças gastrointestinais: frequentes: vómitos, diarreia, dor abdominal, náuseas, dispepsia; pouco frequentes: pancreatite, gastrite, distensão abdominal, estomatite aftosa, flatulência, boca seca Doenças renais e urinárias: pouco frequentes: nefrolitíase, hematúria, proteinúria, polaquiúria; raras: dor renal Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos: Doenças do metabolismo e da nutrição: frequentes: erupção cutânea; pouco frequentes: urticária, alopecia, prurido; raras: erupção cutânea vesiculobolhosa, eczema, vasodilatação pouco frequentes: atrofia muscular, artralgia, mialgia; raras: miopatia pouco frequentes: perda de peso, ganho de peso, anorexia, aumento do apetite Vasculopatias: pouco frequentes: hipertensão Perturbações gerais e alterações no local de administração: frequentes: síndrome de lipodistrofia, fadiga; pouco frequentes: dor torácica, mal-estar geral, pirexia, astenia; raras: perturbação da marcha pouco frequentes: hipersensibilidade Doenças do sistema imunitário: Afecções hepatobiliares: frequentes: icterícia; pouco frequentes: hepatite; raras: hepatosplenomegalia Doenças dos órgãos genitais e da mama: pouco frequentes: ginecomastia pouco frequentes: depressão, desorientação, ansiedade, insónia, perturbação do sono, sonhos estranhos Em doentes infectados pelo VIH com deficiência imunológica grave à data de início da terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), pode ocorrer uma reacção inflamatória a infecções oportunistas assintomáticas ou residuais (ver secção 4.4). Perturbações do foro psiquiátrico: Foram notificados casos de osteonecrose, particularmente em doentes com factores de risco identificados, doença por VIH avançada ou exposição prolongada a terapêutica anti-retroviral combinada (TARC). A sua frequência é desconhecida (ver secção 4.4). Alterações laboratoriais As alterações laboratoriais mais frequentemente notificadas em doentes a receber regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs foram elevação da bilirrubina total relatadas predominantemente como bilirrubina indirecta (não conjugada) elevada (87% de Grau 1, 2, 3 ou 4). Foi observada elevação de Grau 3 ou 4 da bilirrubina total em 37% (6% de Grau 4). Entre os doentes envolvidos na experiência tratados com 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez 56 por dia, durante uma mediana de 95 semanas, 53% apresentavam elevações da bilirrubina total de Grau 3-4 (ver secção 4.4). Entre os doentes sem terapêutica prévia tratados com 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia durante uma mediana de 96 semanas, 48% apresentaram elevações da bilirrubina total de Grau 3-4 (ver secção 4.4). Outras alterações laboratoriais clínicas acentuadas (Grau 3 ou 4) relatadas em ≥ 2% dos doentes a receber regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs incluem: creatina cinase elevada (7%), alanina aminotransferase/transaminase glutâmica-pirúvica sérica (ALT/SGPT) elevada (5%), neutrófilos baixos (5%), aspartato aminotransferase/transaminase glutâmica-oxaloacética (AST/SGOT) elevada (3%) e lipase elevada (3%). Dois por cento de doentes tratados com REYATAZ tiveram elevações concomitantes de Grau 3-4 das ALT/AST e de Grau 3-4 da bilirrubina total. Doentes co-infectados com vírus da hepatite B e/ou hepatite C: Entre os 1.151 doentes que receberam 400 mg de atazanavir uma vez por dia, 177 doentes estavam co-infectados com hepatite B ou C crónica, e dos 655 doentes que receberam 300 mg de atazanavir uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, 97 doentes estavam co-infectados com hepatite B ou C crónica. Os doentes co-infectados estavam mais susceptíveis de ter elevações dos valores de base das transaminases hepáticas do que os doentes sem hepatite viral crónica. Entre estes doentes e os doentes sem hepatite viral não foram observadas diferenças na frequência das elevações da bilirrubina. A frequência de hepatite emergente com o tratamento ou de elevações da transaminase nos doentes co-infectados foi comparável entre REYATAZ e os regimes comparadores (ver secção 4.4). Experiência do pós-comercialização Na pós-comercialização houve notificações de frequência desconhecida para torsades de pointes, prolongamento do QTc, diabetes mellitus, hiperglicemia, nefrolitíase, e perturbações da vesícula biliar, incluindo colelitíase, colecistite e colestase. 4.9 Sobredosagem A experiência da sobredosagem aguda com REYATAZ no ser humano é limitada. Doses únicas até 1.200 mg foram ingeridas por voluntários saudáveis sem efeitos sintomáticos indesejáveis. Com doses elevadas que levam a exposições elevadas ao fármaco pode observar-se icterícia devida a hiperbilirrubinemia indirecta (não conjugada) (sem alterações dos testes da função hepática associadas) ou prolongamentos dos intervalos PR (ver secções 4.4 e 4.8). O tratamento da sobredosagem com REYATAZ deve consistir em medidas gerais de suporte, incluindo monitorização dos sinais vitais e electrocardiograma (ECG) e observações do estado clínico do doente. Se indicado, a eliminação do atazanavir não absorvido deve ser conseguida por emese ou lavagem gástrica. A administração de carvão activado também pode ser utilizada para auxiliar a remoção do fármaco não absorvido. Não existe um antídoto específico para a sobredosagem com REYATAZ. Uma vez que o atazanavir é extensamente metabolizado pelo fígado e se liga grandemente às proteínas plasmáticas, não é provável que a diálise seja benéfica na remoção significativa deste medicamento. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: inibidor da protease, código ATC: J05AE08 Mecanismo de acção: o atazanavir é um azapeptido inibidor da protease do VIH-1 (IP). O composto inibe selectivamente o processamento específico pelo vírus das proteínas virais Gag-Pol nas células 57 infectadas pelo VIH-1, impedindo, consequentemente, a formação de viriões maturos e a infecção de outras células. Actividade antiviral in vitro: o atazanavir exibe actividade anti-VIH-1 (incluindo todos os clados testados) e actividade anti-VIH-2 em culturas celulares. Resistência Tratamento anti-retroviral em doentes sem terapêutica prévia Nos ensaios clínicos de doentes sem tratamento anti-retroviral prévio tratados com atazanavir não potenciado, a substituição I50L, por vezes em associação a uma alteração A71V, é a substituição de resistência característica para o atazanavir. Os níveis de resistência ao atazanavir variaram de 3,5 a 29 vezes sem evidência de resistência cruzada fenotípica a outros IPs. Nos ensaios clínicos de doentes sem tratamento anti-retroviral prévio tratados com atazanavir potenciado, a substituição I50L não surgiu em qualquer doente sem substituições IP de base. A substituição N88S raramente tem sido observada em doentes com falência virológica ao atazanavir (com ou sem ritonavir). Apesar de poder contribuir para uma susceptibilidade diminuída ao atazanavir quando ocorre com outras substituições da protease, em estudos clínicos, o N88S por si próprio nem sempre conduz a resistência fenotípica ao atazanavir ou tem um impacto consistente na eficácia clínica. Quadro 2. Substituições de novo nos doentes sem tratamento prévio com falência terapêutica com atazanavir + ritonavir (Estudo 138, 96 semanas) Frequência substituição IP de novo (n=26)a >20% nenhuma 10-20% nenhuma a Número de doentes com pares de genótipo classificados como falências virológicas (ARN VIH ≥ 400 cópias/ml). A substituição M184I/V surgiu em 5/26 doentes com falência virológica tratados com REYATAZ/ritonavir e em 7/26 doentes com falência virológica tratados com lopinavir/ritonavir. Tratamento anti-retroviral em doentes com terapêutica prévia Nos doentes previamente tratados com anti-retrovirais dos Estudos 009, 043 e 045, 100 isolados de doentes designados como falência virológica com terapêutica que incluía ou atazanavir, atazanavir + ritonavir, ou atazanavir + saquinavir foram determinados como tendo desenvolvido resistência ao atazanavir. Dos 60 isolados dos doentes tratados com atazanavir ou atazanavir + ritonavir, 18 (30%) mostraram o fenotipo I50L descrito antes nos doentes sem terapêutica prévia. Quadro 3. Substituições de novo nos doentes com tratamento prévio em falência terapêutica com atazanavir + ritonavir (Estudo 045, 48 semanas) Frequência substituição IP de novo (n=35)a,b >20% M36, M46, I54, A71, V82 10-20% L10, I15, K20, V32, E35, S37, F53, I62, G73, I84, L90 a Número de doentes com pares de genótipo classificados como falências virológicas (HIV RNA ≥ 400 cópias/ml). Dez doentes tinham resistência fenotípica de base ao atazanavir + ritonavir (alteração > 5,2 na razão entre a CI50 da amostra e a CI50 da estirpe selvagem; CI50 é a concentração necessária para inibir a replicação viral em 50 %). A alteração na susceptibilidade ao fármaco foi avaliada em cultura de células, relativa à estirpe selvagem utilizando PhenoSenseTM (Monogram Biosciences, South San Francisco, California, USA) b Nenhuma das substituições de novo (ver Quadro 3) são específicas do atazanavir e podem reflectir o re-aparecimento de resistências pré-existentes ao atazanavir + ritonavir na população do Estudo 045 com tratamento prévio. A resistência nos doentes previamente tratados com anti-retrovirais ocorre principalmente por acumulação das substituições de resistência principais e menores previamente descritas como estando envolvidas na resistência aos inibidores da protease. Resultados clínicos Em doentes sem terapêutica anti-retroviral prévia 58 O Estudo138 é um ensaio prospectivo, multicêntrico, sem ocultação, aleatorizado, internacional de doentes sem tratamento prévio, comparando o REYATAZ/ritonavir (300 mg/100 mg uma vez por dia) a lopinavir/ritonavir (400 mg/100 mg duas vezes ao dia), cada um em combinação com uma dose fixa de tenofovir/emtricitabina (300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). O ramo de REYATAZ/ritonavir mostrou eficácia antiviral semelhante (não inferior) comparado com o ramo lopinavir/ritonavir, avaliado pela proporção de doentes com ARN VIH < 50 cópias/ml na semana 48 (Quadro 4). As análises de dados de 96 semanas de tratamento demonstraram durabilidade da actividade antiviral (Quadro 4). Quadro 4: Resultados de eficácia no Estudo 138a Parâmetro REYATAZ/ritonavirb (300 mg/100 mg uma vez dia) n=440 Semana 48 ARN VIH <50 cópias/ml, % Todos os doentesd Diferença estimada [IC de 95%]d Análise por protocoloe Semana 96 78 Lopinavir/ritonavirc (400 mg/100 mg duas vezes dia) n=443 Semana 48 74 76 Semana 48: 1,7% [-3,8%, 7,1%] Semana 96: 6,1% [0,3%, 12,0%] 86 91 89 (n=392f) (n=352) (n=372) Diferença estimadae Semana 48: -3% [-7,6%, 1,5%] [IC de 95%] Semana 96: 2,2% [-2,3%, 6,7%] ARN VIH <50 cópias/ml, % por característica de based HIV RNA <100,000 cópias/ml 82 (n=217) 75 (n=217) 81 (n=218) ≥100,000 cópias/ml 74 (n=223) 74 (n=223) 72 (n=225) Contagem CD4 78 (n=58) 78 (n=58) 63 (n=48) <50 células/mm3 50 a <100 76 (n=45) 71 (n=45) 69 (n=29) células/mm3 100 a <200 75 (n=106) 71 (n=106) 78 (n=134) células/mm3 ≥ 200 células/mm3 80 (n=222) 76 (n=222) 80 (n=228) Mediana da alteração de ARN VIH de base, log10 cópias/ml Todos os doentes -3,09 (n=397) -3,21 (n=360) -3,13 (n=379) Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm3 Todos os doentes 203 (n=370) 268 (n=336) 219 (n=363) Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm3 por característica de base ARN VIH 179 (n=183) 243 (n=163) 194 (n=183) <100.000 cópias/ml ≥100.000 cópias/ml 227 (n=187) 291 (n=173) 245 (n=180) a Semana 96 68 89 (n=331) 70 (n=218) 66 (n=225) 58 (n=48) 69 (n=29) 70 (n=134) 69 (n=228) -3,19 (n=340) 290 (n=317) 267 (n=152) 310 (n=165) A mediana da contagem de células CD4 de base foi 214 células/mm3 (intervalo 2 a 810 células/mm3) e o ARN VIH-1 plasmático mediano de base foi 4,94 log10 cópias/ml (intervalo 2,6 a 5,88 log10 cópias/ml) b REYATAZ/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). c Lopinavir/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). d Análise de intenção para tratar, com valores em falta considerados como falências. e Análise por protocolo: Excluindo os doentes que não completaram e os doentes com desvios grandes ao protocolo. f Número de doentes avaliáveis. Em doentes com terapêutica anti-retroviral prévia O Estudo 045 é um ensaio multicêntrico, aleatorizado, que compara REYATAZ/ritonavir (300/100 mg uma vez por dia) e REYATAZ/saquinavir (400/1.200 mg uma vez por dia), a lopinavir + ritonavir (associação de dose fixa de 400/100 mg duas vezes por dia), cada em associação com tenofovir (ver secções 4.5 e 4.8) e um NRTI, em doentes com falência virológica em dois ou mais regimes prévios contendo, pelo menos um IP, NRTI e NNRTI. Para os doentes aleatorizados, o tempo médio de 59 exposição anti-retroviral prévia foi 138 semanas para IP, 281 semanas para NRTI e 85 semanas para NNRTI. Na linha de base, 34% dos doentes estavam a receber um IP e 60% um NNRTI. Quinze dos 120 doentes (13%) no ramo de tratamento com REYATAZ + ritonavir e 17 dos 123 doentes (14%) no ramo lopinavir + ritonavir, tinham quatro, ou mais das substituições IP L10, M46, I54, V82, I84 e L90. Trinta e dois por cento dos doentes no estudo tinham uma estirpe viral com menos do que duas substituições a NRTI. O objectivo primário foi a diferença média no tempo a partir do valor basal para os níveis de ARN VIH ao longo das 48 semanas (Quadro 5). Quadro 5: Resultados de eficácia na semana 48a e na semana 96 (Estudo 045) Diferença média no LPV/RTVc (400 mg/ ATV/RTVb (300 mg/ tempo ATV/RTV100 mg duas vezes por Parâmetro 100 mg uma vez por dia) LPV/RTV dia) n=120 [ICd de 97.5%] n=123 Semana 48 Semana 96 Semana 48 Semana 96 Semana 48 Semana 96 Mediana da alteração de ARN VIH de base, log10 cópias/ml Todos os -1,93 -2,29 -1,87 -2,08 0,13 0,14 e doentes (n=90 ) (n=64) (n=99) (n=65) [-0,12, 0,39] [-0,13, 0,41] ARN VIH <50 cópias/ml, %f (respondedor/avaliável) Todos os 36 (43/120) 32 (38/120) 42 (52/123 35 (41/118) NA NA doentes ARN VIH <50 cópias/ml por substituições aos IP seleccionadas de base,f, g % (respondedor/avaliável) 0-2 44 (28/63) 41 (26/63) 56 (32/57) 48 (26/54) NA NA 3 18 (2/11) 9 (1/11) 38 (6/16) 33 (5/15) NA NA ≥4 27 (12/45) 24 (11/45) 28 (14/50) 20 (10/49) NA NA 3 Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm Todos os 110 (n=83) 122 (n=60) 121 (n=94) 154 (n=60) NA NA doentes a A mediana da contagem de células CD4 de base foi 337 células/mm3 (intervalo: 14 a 1.543 células/mm3) e o ARN VIH-1 plasmático mediano de base foi foi 4,4 log10 cópias/ml (intervalo: 2,6 a 5,88 log10 cópias/ml). b ATV/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). c LPV/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). d Intervalo de confiança. e Número de doentes avaliáveis. f Análise de intenção para tratar, com valores em falta considerados como falências. Os respondedores a LPV/RTV que completaram o tratamento antes da Semana 96 são exluídos da análise à semana 96. A proporção de doentes com ARN VIH < 400 cópias/ml foi 53% e 43% para ATV/RTV e 54% e 46% para LPV/RTV nas semanas 48 e 96, respectivamente. g Substituições seleccionadas incluem qualquer alteração de base nas posições L10, K20, L24, V32, L33, M36, M46, G48, I50, I54, L63, A71, G73, V82, I84, e L90 (0-2, 3, 4 ou mais). NA = não aplicável. Ao longo das 48 semanas de tratamento, a mediana das alterações de base nos níveis de ARN VIH para REYATAZ + ritonavir e lopinavir + ritonavir foi similar (não inferior). Foram obtidos resultados consistentes utilizando o método de análise da última observação acumulada (diferença média no tempo de 0,11; intervalo de confiança 97,5% [-0,15; 0,36]).. Pela análise como tratada, excluindo os valores em falta, as proporções de doentes com ARN VIH < 400 cópias/ml (< 50 cópias/ml) no ramo REYATAZ/ritonavir e no ramo lopinavir/ritonavir foram de 55% (40%) e 56% (46%), respectivamente. Ao longo das 96 semanas de tratamento, a mediana das alterações de base nos níveis de ARN VIH para REYATAZ + ritonavir e lopinavir + ritonavir cumpriu os critérios de não inferioridade com base nos casos observados. Foram obtidos resultados consistentes com a última observação efectuada pelo método de análise. Pela análise como tratada, excluindo os valores em falta, a proporção de doentes com ARN-VIH < 400 cópias/ml (< 50 cópias/ml) para REYATAZ/ritonavir foi de 84% (72%) e para lopinavir/ritonavir foi de 82% (72%). É importante ter em consideração que na altura da análise às 96 semanas, 48% dos doentes permaneceram no estudo. 60 REYATAZ/saquinavir mostrou ser inferior a lopinavir/ritonavir. 5.2 Propriedades farmacocinéticas A farmacocinética do atazanavir foi avaliada em voluntários adultos saudáveis e em doentes infectados pelo VIH; foram observadas diferenças substanciais entre os dois grupos. A farmacocinética do atazanavir tem uma disponibilidade não linear. Em indivíduos saudáveis, a AUC do atazanavir das cápsulas e do pó oral foi semelhante. Absorção: em doentes infectados pelo VIH (n=33, estudos combinados), múltiplas doses de 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia com alimentos levou a uma média geométrica (CV%) da Cmax do atazanavir de 4466 ng/ml (42%), com o tempo para Cmax aproximadamente 2,5 horas. A média geométrica (CV%) para Cmin e AUC do atazanavir foi 654 ng/ml (76%) e 44185 ng.h/ml (51%), respectivamente. Efeito dos alimentos: a co-administração de REYATAZ com ritonavir com alimentos optimiza a biodisponibilidade do atazanavir. A co-administração de uma dose única de 300 mg de REYATAZ e 100 mg de ritonavir com uma refeição ligeira resultou num aumento de 33% na AUC e num aumento de 40% tanto na Cmax como na concentração do atazanavir às 24 horas em relação ao estado de jejum. A co-administração com uma refeição rica em gorduras não afectou a AUC do atazanavir em relação às condições em jejum e a Cmax estava nos 11% dos valores em jejum. A concentração às 24 horas após uma refeição rica em gorduras foi aumentada de aproximadamente 33% devido à absorção retardada; a mediana do Tmax aumentou de 2,0 para 5,0 horas. A administração de REYATAZ com ritonavir, tanto com uma refeição ligeira como com refeição rica em gorduras, diminuíu o coeficiente de variação da AUC e Cmax por cerca de 25% em comparação com o estado de jejum. Para melhorar a biodisponibilidade e minimizar a variabilidade, REYATAZ deve ser tomado com alimentos. Distribuição: o atazanavir ligou-se em cerca de 86% às proteínas séricas humanas num intervalo de concentrações de 100 a 10.000 ng/ml. O atazanavir liga-se à alfa-1-ácido glicoproteína (AAG) e albumina numa extensão semelhante (89% e 86%, respectivamente, a 1000 ng/ml). Num estudo de dose múltipla em doentes infectados pelo VIH, com a administração de 400 mg de atazanavir uma vez por dia com uma refeição ligeira durante 12 semanas, foi detectado atazanavir no líquido cerebrospinal e no sémen. Metabolismo: estudos em humanos e estudos in vitro utilizando microssomas hepáticos humanos demonstraram que o atazanavir é principalmente metabolizado pela isoenzima CYP3A4 em metabolitos oxigenados. Os metabolitos são depois excretados na bílis como metabolitos livres ou glucuronados. As vias metabólicas secundárias adicionais consistem em N-desalquilação e hidrólise. Foram caracterizados dois metabolitos secundários do atazanavir no plasma. Nenhum metabolito demonstrou actividade antiviral in vitro. Eliminação: após uma dose única de 400 mg de 14C-atazanavir, 79% e 13% da radioactividade total foi recuperada das fezes e urina, respectivamente. O fármaco inalterado detectado nas fezes e urina correspondeu a aproximadamente 20% e 7% da dose administrada, respectivamente. A excreção urinária média do fármaco inalterado foi de 7% após 2 semanas com administração de 800 mg uma vez por dia. Em doentes adultos infectados pelo VIH (n=33, estudos combinados), a semi-vida média de eliminação no intervalo das doses para o atazanavir foi 12 horas no estado estacionário após a administração de uma dose de 300 mg diários com 100 mg de ritonavir diários com uma refeição ligeira. Populações especiais Compromisso da função renal: em indivíduos saudáveis, a eliminação renal do atazanavir inalterado foi de aproximadamente 7% da dose administrada. Não há dados farmacocinéticos disponíveis para REYATAZ com ritonavir em doentes com insuficiência renal. REYATAZ (sem ritonavir) foi estudado em doentes adultos com compromisso renal grave (n = 20), incluindo os doentes em hemodiálise, com 61 doses múltiplas de 400 mg uma vez por dia. Apesar deste estudo apresentar algumas limitações (i.e. não foram estudadas as concentrações do fármaco não ligado), os resultados sugeriram que os parâmetros farmacocinéticos do atazanavir diminuiram em 30 % a 50 % nos doentes a fazer hemodiálise em comparação com os doentes com função renal normal. O mecanismo desta diminuição não é conhecido (ver secções 4.2 e 4.4). Compromisso da função hepática: o atazanavir é metabolizado e eliminado principalmente pelo fígado. Não foram estudados os efeitos do compromisso hepático na farmacocinética do atazanavir após uma dose de 300 mg com ritonavir. Espera-se que as concentrações de atazanavir, com ou sem ritonavir, sejam aumentadas nos doentes com compromisso hepático moderado ou grave (ver secções 4.2, 4.3 e 4.4). Idade/Sexo: foi realizado um estudo sobre a farmacocinética do atazanavir em 59 indivíduos saudáveis do sexo masculino e feminino (29 jovens, 30 idosos). Não houve diferenças clinicamente significativas na farmacocinética do atazanavir relativamente à idade ou sexo. Raça: a análise farmacocinética da população de amostras dos ensaios clínicos de Fase II não indicou efeito da raça na farmacocinética do atazanavir. Lactentes, bébés até aos dois anos, crianças e adolescentes: a farmacocinética do atazanavir nos doentes pediátricos, estratificados por idade, está a ser estudada após a administração de doses múltiplas. De momento não há dados suficientes para recomendar uma dose (ver secção 4.2). 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em estudos de toxicidade por dose repetida, realizados em ratinhos, ratos e cães, os resultados relacionados com o atazanavir foram geralmente confinados ao fígado e geralmente incluíram aumentos mínimos a ligeiros na bilirrubina sérica e enzimas hepáticas, vacuolização e hipertrofia hepatocelular e, apenas nos ratinhos fêmea, necrose das células hepáticas. As exposições sistémicas ao atazanavir em ratinhos (machos), ratos e cães em doses associadas a alterações hepáticas foram pelo menos iguais às observadas em humanos aos quais foi administrada a dose recomendada de 400 mg uma vez por dia. No ratinho fêmea, a exposição ao atazanavir com doses que produzem necrose das células hepáticas foi 12 vezes superior à exposição em humanos a quem foi administrada a dose de 400 mg uma vez por dia. O colesterol sérico e a glucose foram minimamente a ligeiramente aumentados em ratos, mas não em ratinhos ou cães. Durante os estudos in vitro, o canal cardíaco de potássio humano clonado (hERG), foi inibido em 15% numa concentração (30 μM) de atazanavir correspondente a 30 vezes a concentração de fármaco livre na Cmax em humanos. Concentrações semelhantes de atazanavir, no estudo com fibras de Purkinje de coelho, aumentaram em 13 % a duração do potencial de acção (APD90). As alterações electrocardiográficas (bradicardia sinusal, prolongamento do intervalo PR, prolongamento do intervalo QT, e prolongamento do complexo QRS) foram observadas apenas num estudo inicial de toxicidade oral de 2 semanas realizado em cães. Estudos de toxicidade oral subsequentes de 9 meses em cães não mostraram alterações electrocardiográficas relacionadas com o fármaco. Desconhece-se a relevância clínica destes dados pré-clínicos. Não podem ser excluídos os potenciais efeitos cardíacos deste medicamento no ser humano (ver secções 4.4 e 4.8). O potencial para prolongamento PR deve ser considerado em casos de sobredosagem (ver secção 4.9). Num estudo de desenvolvimento embrionário precoce e de fertilidade em ratos, o atazanavir alterou o ciclo estral sem efeitos no acasalamento ou fertilidade. Não foram observados efeitos teratogénicos no rato ou coelho com doses maternalmente tóxicas. Nos coelhos fêmea grávidos foram observadas lesões graves do estômago e intestino no coelho fêmea morto ou moribundo com doses maternas 2 e 4 vezes superiores à dose mais elevada administrada no estudo definitivo de desenvolvimento embrionário. Na avaliação do desenvolvimento pré e pós-natal em ratos, o atazanavir produziu uma redução transitória no peso corporal das ninhadas com doses maternas tóxicas. A exposição sistémica ao atazanavir com doses que resultam em toxicidade materna foi, pelo menos, igual ou ligeiramente superior à observada em humanos a quem foi administrada a dose de 400 mg uma vez por dia. 62 O atazanavir foi negativo num teste de Ames de mutação reversa mas induziu aberrações cromossómicas in vitro na ausência e na presença de activação metabólica. Nos estudo in vivo em ratos, o atazanavir não induziu micronúcleos na medula óssea, lesões no ADN no duodeno (comet assay) nem alterou a reparação do DNA no fígado com concentrações plasmáticas e tecidulares que excedem as que foram clastogénicas in vitro. Nos estudos de carcinogenicidade a longo prazo do atazanavir em ratinhos e ratos, foi observada, apenas em ratinhos fêmea, uma incidência aumentada de adenomas hepáticos benignos. A incidência aumentada de adenomas hepáticos benignos no ratinho fêmea foi considerada como provavelmente secundária às alterações hepáticas citotóxicas manifestadas por necrose da célula hepática e não foi considerada como tendo relevância para o ser humano nas exposições terapêuticas desejadas. Não houve achados tumorigénicos no ratinho macho nem em ratos. O atazanavir aumentou a opacidade da córnea de bovinos num estudo in vitro, indicando que pode ser irritante ocular em contacto directo com o olho. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Conteúdo da cápsula: Crospovidona Lactose mono-hidratada Estearato de magnésio Invólucro da cápsula: Gelatina Indigotina (E132) Dióxido de titânio (E171) Tinta branca contendo: Goma laca Dióxido de titânio (E171) Hidróxido de amónio Propilenoglicol Simeticone 6.2 Incompatibilidades Não aplicável. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Não conservar acima de 25ºC. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Cada embalagem contém um frasco de polietileno de alta densidade (PEAD) com fecho de polipropileno resistente à abertura por crianças. Cada frasco contém 60 cápsulas. 63 Cada embalagem contém 60 x 1 cápsulas; 10 placas de 6 x 1 cápsulas em blisters de dose unitária de Alu/Alu perfurados. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/03/267/005-006 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 02 Março 2004 Data da última renovação: 02 Março 2009 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO {mês ano} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu/. 64 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 300 mg cápsulas 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada cápsula contém 300 mg de atazanavir (sob a forma de sulfato) Excipiente: 164,36 mg de lactose por cápsula. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Cápsula. Cápsula opaca, vermelha e azul, impressa com tinta branca, com "BMS 300 mg" numa metade e "3622" na outra metade. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas REYATAZ está indicado para o tratamento de doentes adultos infectados pelo VIH-1 em associação com outros medicamentos anti-retrovirais. A demonstração da eficácia nos doentes previamente tratados com medicamentos anti-retrovirais baseia-se num estudo que comparou REYATAZ 300 mg, uma vez por dia, associado a 100 mg de ritonavir, uma vez por dia, com o lopinavir/ritonavir, e ambos os regimes em associação com tenofovir (ver secções 4.8 e 5.1). Com base nos dados clínicos e virológicos disponíveis, não se espera benefício em doentes com estirpes resistentes a múltiplos inibidores da protease (≥ 4 mutações a inibidores da protease). A escolha de REYATAZ no tratamento de doentes previamente tratados deve ser baseada nos testes de resistência viral individual e na história de tratamento do doente (ver secção 5.1). 4.2 Posologia e modo de administração A terapêutica deve ser iniciada por um médico com experiência no tratamento da infecção pelo VIH. Adultos: a dose recomendada de REYATAZ é de 300 mg uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia e com alimentos. O ritonavir é utilizado como potenciador da farmacocinética do atazanavir (ver secções 4.5 e 5.1). Se REYATAZ com ritonavir for co-administrado com didanosina, recomenda-se que a didanosina seja tomada 2 horas após a administração de REYATAZ e ritonavir. REYATAZ com ritonavir tem de ser administrado com alimentos (ver secção 4.5). Lactentes, bébés até aos dois anos, crianças e adolescentes: a segurança e eficácia de REYATAZ em doentes pediátricos não foi estabelecida (ver secção 5.2). Doentes com compromisso renal: não é necessário acerto posológico. REYATAZ com ritonavir não é recomendado em doentes a fazer hemodiálise (ver secções 4.4 e 5.2). Doentes com compromisso hepático: REYATAZ com ritonavir não foi estudado em doentes com compromisso hepático. REYATAZ com ritonavir deve ser usado com precaução em doentes com 65 compromisso hepático ligeiro. REYATAZ não deve ser usado em doentes com compromisso hepático moderado a grave (ver secções 4.3, 4.4 e 5.2). Modo de administração: para administração oral. As cápsulas devem ser deglutidas inteiras. REYATAZ pó oral está disponível para doentes que não são capazes de engolir as cápsulas (ver o Resumo das Características do Medicamento de REYATAZ pó oral). 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes (ver secção 6.1). Doentes com insuficiência hepática moderada a grave (ver secções 4.2 e 4.4). Está contra-indicada a administração concomitante da associação terapêutica rifampicina e REYATAZ com uma dose baixa de ritonavir (ver secção 4.5). REYATAZ com ritonavir não pode ser utilizado em associação com medicamentos que sejam substratos da isoforma CYP3A4 do citocromo P450 e cujo intervalo terapêutico seja estreito (por ex. astemizol, terfenadina, cisaprida, pimozida, quinidina, bepridilo, triazolam, midazolam administrados por via oral (para precaução com o midazolam parentérico, ver secção 4.5) e alcalóides da cravagem do centeio, nomeadamente ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina) (ver secção 4.5). REYATAZ não pode ser utilizado em associação com produtos que contenham Hipericão (Hypericum perforatum) (ver secção 4.5). 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Os doentes devem ser avisados que a terapêutica anti-retroviral actual não provou impedir o risco de transmissão do VIH a outros através do sangue ou de contacto sexual. Devem continuar a ser utilizadas as precauções apropriadas. Não foi avaliada clinicamente a co-administração de REYATAZ com o ritonavir em doses superiores a 100 mg uma vez por dia. A utilização de doses superiores de ritonavir pode alterar o perfil de segurança do atazanavir (efeitos cardíacos, hiperbilirrubinemia) e, consequentemente, não é recomendada. Doentes com condições clínicas co-existentes O atazanavir é metabolizado principalmente por via hepática e foram observadas concentrações plasmáticas aumentadas nos doentes com disfunção hepática (ver secções 4.2 e 4.3). A segurança e a eficácia de REYATAZ não foram estabelecidas em doentes com afecções hepáticas significativas subjacentes. Os doentes com hepatite B ou C crónica e tratados com terapêutica anti-retroviral combinada estão em risco aumentado para reacções adversas hepáticas graves e potencialmente fatais. Em caso de terapêutica antiviral concomitante para a hepatite B ou C, consultar o Resumo das Características do Medicamento para estes medicamentos (ver secção 4.8). Os doentes com uma disfunção hepática pré-existente, incluindo hepatite activa crónica, apresentam uma frequência maior de alterações da função hepática durante a terapêutica anti-retroviral combinada e devem ser monitorizados de acordo com a prática habitual. Se houver evidência de agravamento da doença hepática em tais doentes, deverá ser considerada a interrupção ou descontinuação do tratamento. Não é necessário acerto posológico em doentes com compromisso renal. No entanto, REYATAZ com ritonavir não é recomendado em doentes a fazer hemodiálise (ver secções 4.2 e 5.2). Em estudos clínicos foram observados prolongamentos assintomáticos no intervalo PR relacionados com a dose de REYATAZ. Deverá ter-se precaução com medicamentos que se sabe que induzem 66 prolongamentos no intervalo PR. Em doentes com problemas pré-existentes de condução (bloqueio auriculoventricular ou de ramo, de segundo grau ou superior), REYATAZ deverá ser utilizado com precaução e apenas se os benefícios excederem o risco (ver secção 5.1). Deverá ter-se precaução especial na prescrição de REYATAZ em associação com medicamentos que tenham potencial para aumentar o intervalo QT e/ou em doentes com factores de risco pré-existentes (bradicardia, QT longo congénito, desequilíbrio electrolítico (ver secções 4.8 e 5.3)). Em doentes hemofílicos tipo A e B tratados com inibidores da protease foram relatados casos de aumento de hemorragia, incluindo o aparecimento espontâneo de hematomas cutâneos e hemartroses. Nalguns casos foi administrado adicionalmente factor VIII. Em mais de metade dos casos relatados foi possível manter o tratamento com os inibidores da protease ou re-introduzir o tratamento nos casos em que tinha sido interrompido. Foi sugerida uma relação de causalidade embora o mecanismo de acção não tenha sido esclarecido. Consequentemente, os doentes hemofílicos devem estar informados da possibilidade de aumento de hemorragias. Redistribuição da gordura corporal e doenças do metabolismo A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada à redistribuição de gordura corporal (lipodistrofia) em doentes infectados pelo VIH. As consequências destes acontecimentos a longo prazo são, de momento, desconhecidas. O conhecimento sobre o mecanismo está incompleto. Foi colocada uma hipótese sobre uma relação entre a lipomatose visceral e os inibidores da protease e a lipoatrofia e os análogos nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa. Foi associado um maior risco de lipodistrofia a factores individuais, tais como, uma idade superior, e a factores relacionados com o fármaco, tais como a maior duração da terapêutica anti-retroviral e perturbações do metabolismo associadas. O exame clínico deve incluir a avaliação de sinais físicos de redistribuição da gordura. A terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), incluindo associações de REYATAZ (com ou sem ritonavir) com outros anti-retrovirais está associada a dislipidemia. Deverá considerar-se a determinação dos lípidos séricos e glicemia em jejum. As afecções lipídicas devem ser tratadas como clinicamente adequado (ver secção 4.8). Em estudos clínicos, o REYATAZ (com ou sem ritonavir) mostrou induzir dislipidemia numa menor extensão do que os comparadores. O impacto clínico de tais dados não foi demonstrado dada a ausência de estudos específicos no risco cardiovascular. A selecção da terapêutica anti-retroviral tem de ser orientada principalmente pela eficácia antiviral. Recomenda-se a consulta de normas orientadoras para o controlo da dislipidemia. Hiperglicemia Em doentes medicados com inibidores da protease foi notificado o aparecimento de novos casos de diabetes mellitus, hiperglicemia, e exacerbação de diabetes mellitus pré-existente. Nalguns destes casos, a hiperglicemia foi grave e, por vezes, foi também associada a cetoacidose. Muitos doentes apresentavam situações clínicas mistas, algumas requerendo terapêutica com medicamentos que foram associados ao desenvolvimento de diabetes ou hiperglicemia. Hiperbilirrubinemia Em doentes medicados com REYATAZ ocorreram elevações reversíveis da bilirrubina indirecta (não conjugada) relacionadas com a inibição da UDP-glucuronosil transferase (UGT) (ver secção 4.8). As elevações da transaminase hepática que ocorrem com a bilirrubina elevada em doentes medicados com REYATAZ devem ser avaliadas quanto a etiologias alternativas. Pode ser considerada uma terapêutica anti-retroviral alternativa ao REYATAZ se a icterícia, ou a icterícia escleral não forem aceitáveis para um doente. A redução da dose de atazanavir não é recomendada porque poderá causar perda de efeito terapêutico e desenvolvimento de resistência. O indinavir está também associado com hiperbilirrubinemia indirecta (não conjugada) devido à inibição da UGT. As associações de REYATAZ e indinavir não foram estudadas e não é recomendada a co-administração destes medicamentos (ver secção 4.5). Nefrolitíase 67 Foi notificada nefrolitíase em doentes a receber REYATAZ (ver secção 4.8). Se ocorrerem sinais ou sintomas de nefrolitíase, pode ser considerada a interrupção temporária ou a suspensão do tratamento. Síndrome de reactivação imunológica Em doentes infectados pelo VIH com deficiência imunológica grave à data da instituição da terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), pode ocorrer uma reacção inflamatória a infecções oportunistas assintomáticas ou residuais e causar várias situações clínicas graves, ou o agravamento dos sintomas. Tipicamente, estas reacções foram observadas durante as primeiras semanas ou meses após início da TARC. São exemplos relevantes a retinite por citomegalovírus, as infecções micobacterianas generalizadas e/ou focais e a pneumonia por Pneumocystis carinii. Qualquer sintoma de inflamação deve ser avaliado e, quando necessário, instituído o tratamento. Osteonecrose Foram notificados casos de osteonecrose, particularmente em doentes com doença por VIH avançada e/ou exposição prolongada a terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), apesar da etiologia ser considerada multifactorial (incluindo a utilização de corticosteróides, o consumo de álcool, a imunossupressão grave, um índice de massa corporal aumentado). Os doentes devem ser instruídos a procurar aconselhamento médico caso sintam mal-estar e dor articular, rigidez articular ou dificuldade de movimentos. Interacções com outros medicamentos A co-administração de REYATAZ com sinvastatina ou lovastatina não é recomendada (ver secção 4.5). A co-administração de REYATAZ com nevirapina ou efavirenz não é recomendada (ver secção 4.5). Se for necessário a co-administração de REYATAZ com um NNRTI (análogo não nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa), pode ser considerado um aumento na dose de REYATAZ e ritonavir para 400 mg e 200 mg, respectivamente, em combinação com efavirenz, com rigorosa vigilância clínica. O atazanavir é metabolizado principalmente pela CYP3A4. A co-administração de REYATAZ com ritonavir e medicamentos que induzam a CYP3A4 não é recomendada (ver secções 4.3 e 4.5). A utilização concomitante de REYATAZ e contraceptivos orais deve ser evitada (ver secção 4.5). A co-administração de voriconazol e REYATAZ com ritonavir não é recomendada, a não ser que a avaliação do benefício/risco justifique a utilização de voriconazol (ver secção 4.5). Não se recomenda a utilização concomitante de REYATAZ com fluticasona ou outros glucocorticóides que são metabolizados pelo CYP3A4, a não ser que o benefício potencial do tratamento supere o risco dos efeitos sistémicos dos corticosteróides, incluindo síndrome de Cushing e supressão adrenal (ver secção 4.5). A absorção de atazanavir pode ser reduzida nas situações em que o pH gástrico esteja aumentado, independentemente da causa. Não se recomenda a co-administração de REYATAZ com inibidores da bomba de protões (ver secção 4.5). Se a associação de REYATAZ com um inibidor da bomba de protões for considerada indispensável, é recomendada monitorização clínica cuidadosa juntamente com um aumento na dose de REYATAZ para 400 mg com 100 mg de ritonavir; não devem ser excedidas doses de inibidores da bomba de protões comparáveis a 20 mg de omeprazol. Lactose Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência lactase de Lapp, ou malabsorção glucose-galactose, não devem tomar este medicamento. 68 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Quando REYATAZ e ritonavir são co-administrados, o perfil de interacção metabólico do ritonavir pode ser predominante porque o ritonavir é um inibidor mais potente da CYP3A4 do que o atazanavir. O Resumo das Características do Medicamento do ritonavir deve ser consultado antes do início da terapêutica com REYATAZ e ritonavir. O atazanavir é metabolizado no fígado pela CYP3A4. Inibe a CYP3A4. Consequentemente, REYATAZ com ritonavir estão contra-indicados com medicamentos que sejam substratos da CYP3A4 e tenham índice terapêutico estreito: astemizol, terfenadina, cisaprida, pimozida, quinidina, bepridilo, triazolam, midazolam administrado por via oral e alcalóides da cravagem do centeio, nomeadamente ergotamina e di-hidroergotamina (ver secção 4.3). Outras interacções As interacções entre o atazanavir/ritonavir e inibidores da protease, fármacos anti-retrovirais não inibidores da protease, e outros medicamentos não anti-retrovirais estão apresentadas nos quadros abaixo (aumento está indicado como “↑”, diminuição como “↓”, sem alteração como “↔”, duas vezes ao dia como “BID” e uma vez ao dia como “QD”). Se disponível, os intervalos de confiança de 90% (IC) apresentam-se entre parentesis. Os estudos apresentados no Quadro 1 foram realizados em indivíduos saudáveis, a não ser que outra informação seja dada. De realçar, muitos estudos foram realizados com o atazanavir não potenciado, o qual não é o regime aprovado do atazanavir. Quadro 1: Interacções entre REYATAZ e outros medicamentos Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração ANTI-INFECCIOSOS Anti-retrovirais Inibidores da protease: Não foi estudada a co-administração de REYATAZ/ritonavir e outros inibidores da protease mas é espectável que aumente a exposição a outros inibidores da protease. Consequentemente, esta co-administração não é recomendada. Ritonavir 100 mg uma Ritonavir 100 mg QD (atazanavir 300 mg QD) ↑3,50* ↑2,20* ↑8,13* vez ao dia é usado atazanavir (2,44 - 5,03) (1,56 - 3,11) (4,59 - 14,39) estudos realizados em doentes como um potenciador da farmacocinética do infectados pelo VIH * Numa análise combinada, atazanavir 300 mg e ritonavir 100 mg atazanavir. (n=33) foi comparado a atazanavir 400 mg sem ritonavir (n=28). O mecanismo da interacção entre atazanavir e ritonavir é a inibição CYP3A4. Indinavir Indinavir está associado com hiperbilirrubinemia indirecta não Não é recomendada a conjugada devido à inibição da UGT. co-administração de REYATAZ/ritonavir e indinavir (ver secção 4.4). Análogos nucleosídeo/nucleotídeo inibidores da transcriptase reversa (NRTIs) Lamivudina 150 mg BID + Com base nestes dados zidovudina 300 mg BID e não sendo espectável Não foi observado efeito significativo nas concentrações de lamivudina e (atazanavir 400 mg QD) que ritonavir tenha um zidovudina. impacto significativo na farmacocinética dos NRTIs, não se espera que a co-administração de REYATAZ /ritonavir com estes medicamentos altere significativamente a exposição dos fármacos coadministrados. Abacavir Não se espera que a co-administração de REYATAZ/ ritonavir com abacavir altere significativamente a exposição do abacavir. Didanosina (comprimidos A didanosina deve ser tamponados) 200 administrada sem 69 Medicamentos coadministrados (dose em mg) mg/estavudina 40 mg, ambos dose única (atazanavir 400 mg dose única) Medicamento avaliado atazanavir, administração simultânea com ddI+d4T (sem alimentos) AUC (IC de 90%) ↓0,13 (0,08 - 0,21) Cmax (IC de 90%) ↓0,11 (0,06 - 0,18) Cmin (IC de 90%) ↓0,16 (0,10 - 0,27) atazanavir, administrado 1 ↔1,03 ↑1,12 ↔1,03 (0,67 - 1,18) (0,61 - 1,73) hora após ddI+d4T (0,64 - 1,67) (sem alimentos) As concentrações de atazanavir diminuíram muito quando co-administrado com didanosina (comprimidos tamponados) e estavudina. O mecanismo da interacção é uma solubilidade reduzida do atazanavir com o aumento do pH relacionado com a presença de agentes antiácidos nos comprimidos tamponados de didanosina. Não foram observados efeitos significativos nas concentrações de didanosina e estavudina. Didanosina (cápsulas Didanosina (com ↓0,66 ↓0,62 ↑1,25 revestimento entérico) 400 mg alimentos) (0,59 - 0,73) (0,52 - 0,74) (0,92 - 1,69) dose única (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) Não foram observados efeitos significativos nas concentrações de atazanavir quando administrado com a didanosina com revestimento entérico, mas a administração com os alimentos diminuiu as concentrações de didanosina. ↓0,78 * ↓0,84 * ↓0,77 * Tenofovir disoproxil fumarato Atazanavir (0,65 - 0,94) (0,70 - 1,00) (0,57 - 1.02) 300 mg QD (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) * Numa análise combinada de vários estudos clínicos, o estudos realizados em doentes atazanavir/ritonavir 300/100 mg co-administrado com tenofovir infectados com VIH disoproxil fumarato 300 mg (n=39) foi comparado a atazanavir/ritonavir 300/100 mg (n=33). Recomendações relativas a coadministração alimentos 2 horas depois de REYATAZ /ritonavir tomado com alimentos. Não é espectável que a coadministração de REYATAZ /ritonavir com estavudina altere significativamente a exposição à estavudina. A eficácia de REYATAZ /ritonavir em combinação com tenofovir em doentes previamente tratados foi demonstrada no estudo clínico 045 e em doentes sem tratamento prévio no estudo clínico 138 (ver secções 4.8 e 5.1). O mecanismo da interacção entre atazanavir e tenofovir é desconhecido. Tenofovir disoproxil fumarato 300 mg QD (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) tenofovir disoproxil fumarato ↑1,37 (1,30 - 1,45) ↑1,34 (1,20 - 1,51) ↑1,29 (1,21 - 1,36) Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para as reacções adversas associadas ao tenofovir, incluindo alterações renais. Análogos não nucleosídeo inibidores da transcriptase reversa (NNRTIs) Efavirenz 600 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ritonavir 100 mg QD) Efavirenz 600 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 200 mg QD) Nevirapina 200 mg BID (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) estudo realizado em doentes infectados com VIH atazanavir (pm): todos ↔1,00* ↑1,17* ↓0,58* (0,91 - 1,10) (1,08 - 1,27) (0,49 - 0,69) administrados com alimentos atazanavir (pm): ↔1,06*/** ↔1,09*/** ↔1,12*/** todos (0,90 - 1,26) (0,95 - 1,26) (0,84 - 1,49) administrados com alimentos * Quando comparado ao REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg uma vez dia à noite sem efavirenz. Esta diminuição na Cmin atazanavir pode afectar negativamente a eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção efavirenz/atazanavir é a indução CYP3A4. ** baseado na comparação histórica. Não é recomendada a co-administração de efavirenz com REYATAZ / ritonavir (ver secção 4.4). ↑1,26 ↑1,21 ↑1,35 (1,17 - 1,36) (1,11 - 1,32) (1,25 - 1,47) ↓0,81* ↔1,02* ↓0,41* Atazanavir (0,65 - 1,02) (0,85 - 1,24) (0,27 - 0,60) * Quando comparado ao REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg sem Não é recomendada a co-administração de nevirapina com REYATAZ/ritonavir (ver secção 4.4). Nevirapina 70 Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração nevirapina. Esta diminuição na Cmin do atazanavir pode afectar negativamente a eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção nevirapine/atazanavir é a indução CYP3A4. Antibióticos Claritromicina 500 mg BID (atazanavir 400 mg QD) claritromicina 14-OH claritromicina ↑1,94 (1,75 - 2,16) ↑1,50 (1,32 - 1,71) ↑2,60 (2,35 - 2,88) ↓0,30 (0,26 - 0,34) ↓0,28 (0,24 - 0,33) ↓0,38 (0,34 - 0,42) ↑1,28 ↔1,06 ↑1,91 (1,16 - 1,43) (0,93 - 1,20) (1,66 - 2,21) Uma redução da dose de claritromicina pode produzir concentrações subterapêuticas de 14-OH claritromicina. O mecanismo da interacção claritromicina/atazanavir é a inibição CYP3A4. atazanavir Antifúngicos Cetoconazol 200 mg QD (atazanavir 400 mg QD) Itraconazol Não foi observado efeito significativo nas concentrações de atazanavir. O itraconazol, tal como o cetoconazol, é um inibidor potente assim como um substracto de CYP3A4. Com base em dados obtidos com outros IPs potenciados e cetoconazol, em que a AUC de cetoconazol aumentou 3 vezes, é esperado que REYATAZ/ritonavir aumente as concentrações de cetoconazol ou itraconazol. Voriconazol A co-administração de REYATAZ/ritonavir e voriconazol não foi estudada. O efeito da co-administração de voriconazol oral e de uma dose baixa de ritonavir oral (100 mg) foi investigada em voluntários saudáveis. Doses baixas de ritonavir (100 mg BID) diminuiram a Cmax e AUC de voriconazol (IC de 90%) em média 24% (↓9% a ↓36%) e 39% (↓22% a ↓52%), respectivamente. A administração de voriconazol produziu uma redução menor, no estado estacionário, da Cmax e AUC de ritonavir (IC de 90%) com uma média de 24% (↓6% a ↓39%) e 14% (↓26% a ↑1%), respectivamente. Fluconazol 200 mg QD (atazanavir 300 mg/ ritonavir 100 mg QD) Antimicobacterianos Rifabutina 150 mg QD (atazanavir 400 mg QD) Rifabutina 150 mg QD (atazanavir 600 mg QD) Esta não é a dose terapêutica recomendada de atazanavir. As concentrações de atazanavir e fluconazol não são modificadas significativamente quando REYATAZ /ritonavir foi co-administrado com fluconazol. atazanavir ↑1,15 (0,98 - 1,34) ↑1,34 (1,14 - 1,59) ↑1,13 (0,68 - 1,87) ↑2,10 ↑1,18 ↑3,43 (1,57 - 2,79) (0,94 - 1,48) (1,98 - 5,96) 25-O-desacetil↑22,01* ↑8,20* ↑75,6* rifabutina (15,97- 30,34) (5,90 - 11,40) (30,1 - 190,0) * Quando comparado com rifabutina 300 mg QD. O mecanismo da interacção de rifabutina e atazanavir é a inibição CYP3A4 rifabutina 71 Não se pode fazer recomendação de redução da dose; como tal, recomenda-se precaução se REYATAZ /ritonavir for co-administrado com claritromicina. Cetoconazol e itraconazol devem ser usados com precaução com REYATAZ /ritonavir. Não são recomendadas doses altas de cetoconazol e itraconazol (>200 mg/dia). Não é recomendada a co-administração de voriconazol e REYATAZ/ritonavir, a não ser que uma avaliação do benefício/risco para o doente justifique o uso de voriconazol (ver secção 4.4). Os doentes devem ser monitorizados para reacções adversas e/ou perda de eficácia durante a coadministração de voriconazol e REYATAZ/ritonavir. Não são necessários ajustes da dose para REYATAZ /ritonavir e fluconazol. É recomendada uma redução da dose de rifabutina até 75% (por ex. 150 mg em dias alternados ou 3 vezes por semana) quando a rifabutina é administrada com REYATAZ /ritonavir. Não é necessário ajuste de dose para REYATAZ /ritonavir. Medicamentos coadministrados (dose em mg) Rifampicina Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) A rifampicina é um indutor potente da CYP3A4 e foi demonstrado que provoca uma diminuição de 72 % na AUC do atazanavir, o que pode resultar em falência virológica e desenvolvimento de resistências. Durante as tentativas para ultrapassar a diminuição de exposição através do aumento da dose de REYATAZ ou de outros inibidores da protease com ritonavir, verificou-se uma frequência elevada de reacções hepáticas. FÁRMACOS REDUTORES DOS ÁCIDOS Antagonistas dos receptores H2 Famotidina 40 mg BID ↓ 0,82 ↓0,86 ↓0,72 atazanavir (atazanavir 300 mg QD/ (0,75 - 0,89) (0,79 - 0,94) (0,64 - 0,81) ritonavir 100 mg QD) Apesar de não estudada, são esperados resultados semelhantes com outros antagonistas dos receptores H2. A relevância destes dados para os doentes infectados pelo VIH é desconhecida, dado que nesta população o pH intragástrico pode ser mais elevado. Consequentemente, a magnitude deste efeito pode ser mais pronunciada. O mecanismo da interacção é a solubilidade reduzida do atazanavir uma vez que o pH intragástrico aumenta com os bloqueadores H2. Inibidores da bomba de protões Omeprazol 40 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) Omeprazol 20 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) atazanavir (am): 2 horas após omeprazol ↓0,39 (0,35 - 0,45) ↓0,44 (0,38 - 0,51) ↓0,35 (0,29 - 0,41) atazanavir (am): 1 hora após omeprazol ↓0,70* (0,57 - 0,86) ↓0,69* (0,58 - 0,83) ↓0,69* (0,54 - 0,88) * Quando comparado ao atazanavir 300 mg QD com ritonavir 100 mg QD A diminuição na AUC, Cmax, e Cmin não foi mitigada quando uma dose aumentada de REYATAZ/ritonavir (400/100 mg uma vez ao dia) foi temporariamente separada do omeprazol por 12 horas. Apesar de não estudada, são esperados resultados semelhantes com outros inibidores da bomba de protões. Esta redução na exposição do atazanavir pode ter impacto negativo na eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção é diminuída solubilidade do atazanavir, porque o pH intragástrico aumenta com os inibidores da bomba de protões. Antiácidos Antiácidos e medicamentos contendo tampões As concentrações plasmáticas reduzidas de atazanavir podem ser consequência do pH gástrico aumentado, se os antiácidos, incluindo medicamentos tamponados, são administrados com REYATAZ /ritonavir. 72 Recomendações relativas a coadministração Está contra-indicada a administração concomitante da associação terapêutica rifampicina e REYATAZ com uma dose baixa de ritonavir (ver secção 4.3). Não é necessário ajuste da dose de REYATAZ /ritonavir quando coadministrado com antagonistas dos receptores-H2, todos como uma dose diária única com alimentos. As reduções nas concentrações de atazanavir podem ser evitadas pela separação temporal de REYATAZ e um antagonista dos receptores H2 como segue: REYATAZ 300 mg /ritonavir 100 mg uma vez ao dia com alimentos, 2 horas antes e pelo menos 10 horas após administração de um antagonista dos receptores H2. Não é recomendada a co-administração de REYATAZ /ritonavir com inibidores da bomba de protões. Se a associação de REYATAZ /ritonavir com um inibidor da bomba de protões é considerada inevitável, recomenda-se monitorização clínica em combinação com aumento da dose de REYATAZ para 400 mg com 100 mg de ritonavir; não devem ser excedidas doses de inibidores da bomba de protões comparáveis a 20 mg de omeprazol (ver secção 4.4). REYATAZ /ritonavir deve ser administrado 2 horas antes ou 1 hora após os antiácidos ou Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração medicamentos tamponados. ANTICOAGULANTES Varfarina A co-administração com REYATAZ /ritonavir tem potencial para produzir uma redução ou, menos frequentemente, um aumento no INR (Razão Normalizada Internacional). ANTINEOPLÁSICOS E IMUNOSSUPRESSORES Antineoplásicos Irinotecano O atazanavir inibe UGT e pode interferir com o metabolismo do irinotecano, resultando no aumento da toxicidade do irinotecano. Imunossupressores Ciclosporina Tacrolimus Sirolimus As concentrações destes imunossupressores podem estar aumentadas quando são co-administradas com REYATAZ com ritonavir devido a inibição CYP3A4. MEDICAMENTOS CARDIOVASCULARES Antiarrítmicos Amiodarona, As concentrações destes antiarrítmicos podem estar aumentadas quando Lidocaína sistémica, co-administrados com REYATAZ /ritonavir. O mecanismo da Quinidina interacção amiodarona ou lidocaína sistémica/atazanavir é a inibição CYP3A. A quinidina tem um intervalo terapêutico estreito e está contraindicada devido à inibição potencial da CYP3A pelo REYATAZ /ritonavir. Bloqueadores dos canais do cálcio Bepridilo Diltiazem 180 mg QD (atazanavir 400 mg QD) REYATAZ /ritonavir não deve ser usado em combinação com medicamentos que são substractos da CYP3A4 e que têm um intervalo terapêutico estreito. diltiazem desacetyldiltiazem Verapamilo ↑2,5 (2,09 - 2,41 ↑2,65 (2,45 - 2,87) ↑1,98 (1,78 - 2,19) ↑2,72 (2,44 - 3,03) ↑2,42 (2,14 - 2,73) ↑2,21 (2,02 - 2,42) Não foi observado efeito significativo nas concentrações de atazanavir. Houve um aumento no intervalo PR máximo comparado com atazanavir em monoterapia. Não foi estudada a co-administração de diltiazem e REYATAZ/ritonavir. O mecanismo da interacção de diltiazem/atazanavir é a inibição CYP3A4. As concentrações séricas de verapamilo podem ser aumentadas pelo REYATAZ/ritonavir devido a inibição CYP3A4. . 73 Recomenda-se que o INR seja cuidadosamente monitorizado durante o tratamento com REYATAZ/ ritonavir, especialmente no início da terapêutica. Se REYATAZ /ritonavir for co-administrado com irinotecano, os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para as reacções adversas relacionadas com o irinotecano. Recomenda-se a monitorização mais frequente das concentrações terapêuticas destes medicamentos até estarem estabilizados os níveis plasmáticos. Recomenda-se precaução e, quando disponível, monitorização da concentração terapêutica. A utilização concomitante de quinidina está contraindicada (ver secção 4.3). Está contra-indicada a co-administração com bepridilo (ver secção 4.3). É recomendada uma redução da dose inicial de diltiazem em 50% , com titulação subsequente conforme necessário, e monitorização do ECG. Deverá ter-se precaução quando o verapamilo for coadministrado com REYATAZ/ritonavir. Medicamentos coadministrados (dose em mg) CORTICOSTERÓIDES Propionato de fluticasona intranasal 50 µg 4 vezes ao dia durante 7 dias (ritonavir 100 mg cápsules BID) DISFUNÇÃO ERÉCTIL Inibidores PDE5 Sildenafil PRODUTOS À BASE DE PLANTAS Hipericão (Hypericum perforatum) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração Os níveis plasmáticos de propionato de fluticasona aumentaram significativamente, enquanto que os níveis de cortisol intrinseco decresceram aproximadamente 86% (intervalo de confiança de 90% 8289%). Pode esperar-se uma exacerbação dos efeitos quando o propionato de fluticasona é inalado. Foram notificados efeitos sistémicos dos corticosteróides, incluindo síndrome de Cushing e supressão adrenal em doentes a fazer tratamento com ritonavir e propionato de fluticasona, administrado por via inalatória ou nasal; estes efeitos podem igualmente verificar-se com outros corticosteróides metabolizados via P450 3A, como por ex., a budesonida. Ainda não se conhecem os efeitos da elevada exposição sistémica da fluticasona nos níveis plasmáticos do ritonavir. O mecanismo da interacção é a inibição CYP3A4. Não é recomendada a co-administração de REYATAZ /ritonavir e estes glucocorticóides , a não ser que o benefício potencial do tratamento ultrapasse o risco dos efeitos sistémicos dos corticosteróides (ver secção 4.4). Uma redução da dose do glucocorticóide deve ser considerada com rigorosa monitorização dos efeitos locais e sistémicos ou uma mudança para um glucocorticóide, que não seja um substracto para CYP3A4 (por ex., beclometasona). Além disso, no caso de suspensão dos glucocorticóides, a redução progressiva da dose poderá ter de realizar-se por um período de tempo mais longo. Sildenafil é metabolizado pelo CYP3A4. A co-administração com REYATAZ/ritonavir pode produzir concentrações aumentadas de sildenafil e um aumento nos acontecimentos adversos associados ao sildenafil, incluindo hipotensão, alterações visuais e priapismo. O mecanismo da interacção sildenafil/atazanavir é a inibição CYP3A4. Os doentes devem ser advertidos sobre estes possíveis efeitos secundários. Da utilização concomitante de hipericão com REYATAZ/ritonavir pode esperar-se que resulte uma redução significativa dos valores plasmáticos de atazanavir. Este efeito pode ser devido à indução da CYP3A4. Há um risco de perda de efeito terapêutico e de desenvolvimento de resistência (ver secção 4.3). Está contra-indicada a co-administração de REYATAZ/ritonavir com produtos contendo hipericão. CONTRACEPTIVOS HORMONAIS Etinilestradiol 35 μg + noretisterona (atazanavir 400 mg QD) A concentração dos contraceptivos orais aumentou devido à inibição da UGT. Por outro lado, o ritonavir pode diminuir as concentrações de etinilestradiol. Não foram estudados os efeitos da co-administração de contraceptivos orais e REYATAZ/ritonavir. MEDICAMENTOS ANTIDISLIPIDÉMICOS Inibidores da reductase da HMG-CoA Sinvastatina A sinvastatina e a lovastatina dependem grandemente da Lovastatina CYP3A4 para o seu metabolismo e a co-administração com REYATAZ/ritonavir pode aumentar as suas concentrações. 74 Deve ser evitada a coadministração de REYATAZ/ritonavir e contraceptivos orais (ver secção 4.4). Devem ser considerados métodos de contracepção fiáveis alternativos. Não é recomendada a co-administração de sinvastatina ou lovastatina com REYATAZ/ritonavir devido ao risco Medicamentos coadministrados (dose em mg) Atorvastatina Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) O risco de miopatia incluindo rabdomiólise pode ser aumentado também com a atorvastatina, a qual é metabolizada pela CYP3A4. Recomendações relativas a coadministração aumentado de miopatia, incluindo rabdomiólise. É recomendada a utilização de outro inibidor da reductase da HMG-CoA que não sofra metabolismo pela CYP3A4 como a pravastatina ou fluvastatina. Recomenda-se precaução. OPIÁCEOS Buprenorfina, QD, dose de manutenção estável, (atazanavir 300 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) buprenorfina ↑1,67 ↑1,37 ↑1,69 Norbuprenorfina ↑2,05 ↑1,61 ↑2,01 O mecanismo da interacção é a inibição CYP3A4 e UGT1A1. As concentrações de atazanavir não foram afectadas significativamente. Metadona, dose de manutenção estável (atazanavir 400 mg QD) SEDATIVOS Benzodiazepinas Midazolam Triazolam 4.6 Não foi observado um efeito significativo nas concentrações de metadona. Dado que a dose baixa de ritonavir (100 mg duas vezes ao dia) mostrou não ter efeito significativo nas concentrações de metadona, com base nestes dados, não é esperado haver interacção se a metadona for co-administrada com REYATAZ/ritonavir. Midazolam e triazolam são extensamente metabolizados pela CYP3A4. A co-administração com REYATAZ/ritonavir pode levar a um grande aumento na concentração destas benzodiazepinas. Não foram realizados estudos de interacção para a co-administração de REYATAZ/ritonavir com benzodiazepinas. Com base nos dados observados com outros inibidores da CYP3A4, espera-se que as concentrações plasmáticas de midazolam sejam significativamnete superiores quando midazolam é administrado por via oral. Os dados da utilização concomitante de midazolam parentérico com outros inibidores da protease sugerem um possível aumento de 3-4 vezes nas concentrações plasmáticas de midazolam. A co-administração requer monitorização clínica da sedação e efeitos cognitivos. Pode ser considerada uma redução da dose de buprenorfina. Não é necessário o acerto da dose se a metadona for coadministrada com REYATAZ/ritonavir. REYATAZ/ritonavir não deve ser coadministrado com triazolam ou midazolan oral (ver secção 4.3), e recomenda-se precaução na coadministração de REYATAZ/ritonavir e midazolam parentérico. A co-administração de REYATAZ com midazolam deve ser feita em unidade de cuidados intensivos (UCI), ou semelhante, que permita rigorosa monitorização clínica e apoio médico apropriado no caso de depressão respiratória e/ou sedação prolongada. Deve ser considerado o acerto da dose, especialmente se for administrada mais do que uma dose única de midazolam. Gravidez e aleitamento Não existem dados suficientes sobre a utilização de atazanavir em mulheres grávidas. Os estudos em animais não mostraram evidência de toxicidade selectiva no desenvolvimento ou de efeitos na função reprodutiva e na fertilidade (ver secção 5.3). REYATAZ só deverá ser utilizado na gravidez se o potencial benefício justificar o potencial risco. 75 Desconhece-se se a administração de REYATAZ à mulher grávida irá exacerbar a hiperbilirrubinemia fisiológica e causar kernicterus no recém-nascido e no lactente. No período pré-parto deverá ser considerada monitorização adicional e uma terapêutica alternativa ao REYATAZ. Desconhece-se se o atazanavir é excretado no leite humano. Estudos efectuados no rato revelaram que o atazanavir é excretado no leite. Consequentemente, recomenda-se que as mulheres medicadas com REYATAZ não amamentem os filhos. Como recomendação geral, as mulheres infectadas pelo VIH não devem amamentar os filhos para evitar a transmissão do VIH. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Os doentes devem ser informados que foram notificados casos de tonturas durante o tratamento com regimes contendo REYATAZ (ver secção 4.8). 4.8 Efeitos indesejáveis REYATAZ foi avaliado quanto à segurança numa terapêutica combinada com outros medicamentos anti-retrovirais, em ensaios clínicos controlados em 1.806 doentes adultos, que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia (1.151 doentes, duração mediana de 52 semanas e 152 semanas de duração máxima) ou REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg uma vez por dia (655 doentes, duração mediana de 96 semanas e 108 semanas de duração máxima). As reacções adversas foram consistentes entre os doentes que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia e os doentes que receberam REYATAZ 300 mg com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, exceptuando icterícia e elevação dos valores de bilirrubina total que foram notificadas mais frequentemente com REYATAZ/ritonavir. Entre os doentes que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia ou REYATAZ 300 mg com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, as únicas reacções adversas, de qualquer gravidade, notificadas muito frequentemente e com, pelo menos, uma possível relação com os regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs foram: náuseas (20%), diarreia (10%) e icterícia (13%). Entre os doentes a receber 300 mg de REYATAZ com 100 mg de ritonavir, a frequência da icterícia foi de 19%. Na maioria dos casos a icterícia foi relatada de poucos dias a poucos meses após o início do tratamento (ver secção 4.4). A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada a redistribuição da gordura corporal (lipodistrofia) nos doentes infectados pelo VIH, incluindo perda da gordura periférica e facial subcutânea, aumento da gordura intra-abdominal e visceral, aumento do volume mamário e acumulação dorsocervical de gordura (pescoço de búfalo). A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada a alterações metabólicas tais como hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, resistência à insulina, hiperglicemia e hiperlactatemia (ver secções 4.4 e 5.1). Doentes adultos Também foram notificadas as seguintes reacções adversas de intensidade moderada ou superior com, pelo menos, uma possível relação com regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs. A frequência das reacções adversas listadas abaixo é definida utilizando a seguinte convenção: muito frequentes (≥ 1/10), frequentes (≥ 1/100 a < 1/10), pouco frequentes (≥ 1/1.000 a < 1/100), raras (≥ 1/10.000 a < 1/1.000) ou muito raras (< 1/10.000). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Cardiopatias: raras: edema, palpitação Doenças do sistema nervoso: frequentes: cefaleia; 76 pouco frequentes: neuropatia periférica, síncope, amnésia, tonturas, sonolência, disgeusia Afecções oculares: frequentes: icterícia ocular Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: pouco frequentes: dispneia Doenças gastrointestinais: frequentes: vómitos, diarreia, dor abdominal, náuseas, dispepsia; pouco frequentes: pancreatite, gastrite, distensão abdominal, estomatite aftosa, flatulência, boca seca Doenças renais e urinárias: pouco frequentes: nefrolitíase, hematúria, proteinúria, polaquiúria; raras: dor renal Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos: Doenças do metabolismo e da nutrição: frequentes: erupção cutânea; pouco frequentes: urticária, alopecia, prurido; raras: erupção cutânea vesiculobolhosa, eczema, vasodilatação pouco frequentes: atrofia muscular, artralgia, mialgia; raras: miopatia pouco frequentes: perda de peso, ganho de peso, anorexia, aumento do apetite Vasculopatias: pouco frequentes: hipertensão Perturbações gerais e alterações no local de administração: frequentes: síndrome de lipodistrofia, fadiga; pouco frequentes: dor torácica, mal-estar geral, pirexia, astenia; raras: perturbação da marcha pouco frequentes: hipersensibilidade Doenças do sistema imunitário: Afecções hepatobiliares: frequentes: icterícia; pouco frequentes: hepatite; raras: hepatosplenomegalia Doenças dos órgãos genitais e da mama: pouco frequentes: ginecomastia pouco frequentes: depressão, desorientação, ansiedade, insónia, perturbação do sono, sonhos estranhos Em doentes infectados pelo VIH com deficiência imunológica grave à data de início da terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), pode ocorrer uma reacção inflamatória a infecções oportunistas assintomáticas ou residuais (ver secção 4.4). Perturbações do foro psiquiátrico: Foram notificados casos de osteonecrose, particularmente em doentes com factores de risco identificados, doença por VIH avançada ou exposição prolongada a terapêutica anti-retroviral combinada (TARC). A sua frequência é desconhecida (ver secção 4.4). Alterações laboratoriais As alterações laboratoriais mais frequentemente notificadas em doentes a receber regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs foram elevação da bilirrubina total relatadas predominantemente como bilirrubina indirecta (não conjugada) elevada (87% de Grau 1, 2, 3 ou 4). Foi observada elevação de Grau 3 ou 4 da bilirrubina total em 37% (6% de Grau 4). Entre os doentes envolvidos na experiência tratados com 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez 77 por dia, durante uma mediana de 95 semanas, 53% apresentavam elevações da bilirrubina total de Grau 3-4 (ver secção 4.4). Entre os doentes sem terapêutica prévia tratados com 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia durante uma mediana de 96 semanas, 48% apresentaram elevações da bilirrubina total de Grau 3-4 (ver secção 4.4). Outras alterações laboratoriais clínicas acentuadas (Grau 3 ou 4) relatadas em ≥ 2% dos doentes a receber regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs incluem: creatina cinase elevada (7%), alanina aminotransferase/transaminase glutâmica-pirúvica sérica (ALT/SGPT) elevada (5%), neutrófilos baixos (5%), aspartato aminotransferase/transaminase glutâmica-oxaloacética (AST/SGOT) elevada (3%) e lipase elevada (3%). Dois por cento de doentes tratados com REYATAZ tiveram elevações concomitantes de Grau 3-4 das ALT/AST e de Grau 3-4 da bilirrubina total. Doentes co-infectados com vírus da hepatite B e/ou hepatite C: Entre os 1.151 doentes que receberam 400 mg de atazanavir uma vez por dia, 177 doentes estavam co-infectados com hepatite B ou C crónica, e dos 655 doentes que receberam 300 mg de atazanavir uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, 97 doentes estavam co-infectados com hepatite B ou C crónica. Os doentes co-infectados estavam mais susceptíveis de ter elevações dos valores de base das transaminases hepáticas do que os doentes sem hepatite viral crónica. Entre estes doentes e os doentes sem hepatite viral não foram observadas diferenças na frequência das elevações da bilirrubina. A frequência de hepatite emergente com o tratamento ou de elevações da transaminase nos doentes co-infectados foi comparável entre REYATAZ e os regimes comparadores (ver secção 4.4). Experiência do pós-comercialização Na pós-comercialização houve notificações de frequência desconhecida para torsades de pointes, prolongamento do QTc, diabetes mellitus, hiperglicemia, nefrolitíase, e perturbações da vesícula biliar, incluindo colelitíase, colecistite e colestase. 4.9 Sobredosagem A experiência da sobredosagem aguda com REYATAZ no ser humano é limitada. Doses únicas até 1.200 mg foram ingeridas por voluntários saudáveis sem efeitos sintomáticos indesejáveis. Com doses elevadas que levam a exposições elevadas ao fármaco pode observar-se icterícia devida a hiperbilirrubinemia indirecta (não conjugada) (sem alterações dos testes da função hepática associadas) ou prolongamentos dos intervalos PR (ver secções 4.4 e 4.8). O tratamento da sobredosagem com REYATAZ deve consistir em medidas gerais de suporte, incluindo monitorização dos sinais vitais e electrocardiograma (ECG) e observações do estado clínico do doente. Se indicado, a eliminação do atazanavir não absorvido deve ser conseguida por emese ou lavagem gástrica. A administração de carvão activado também pode ser utilizada para auxiliar a remoção do fármaco não absorvido. Não existe um antídoto específico para a sobredosagem com REYATAZ. Uma vez que o atazanavir é extensamente metabolizado pelo fígado e se liga grandemente às proteínas plasmáticas, não é provável que a diálise seja benéfica na remoção significativa deste medicamento. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: inibidor da protease, código ATC: J05AE08 Mecanismo de acção: o atazanavir é um azapeptido inibidor da protease do VIH-1 (IP). O composto inibe selectivamente o processamento específico pelo vírus das proteínas virais Gag-Pol nas células 78 infectadas pelo VIH-1, impedindo, consequentemente, a formação de viriões maturos e a infecção de outras células. Actividade antiviral in vitro: o atazanavir exibe actividade anti-VIH-1 (incluindo todos os clados testados) e actividade anti-VIH-2 em culturas celulares. Resistência Tratamento anti-retroviral em doentes sem terapêutica prévia Nos ensaios clínicos de doentes sem tratamento anti-retroviral prévio tratados com atazanavir não potenciado, a substituição I50L, por vezes em associação a uma alteração A71V, é a substituição de resistência característica para o atazanavir. Os níveis de resistência ao atazanavir variaram de 3,5 a 29 vezes sem evidência de resistência cruzada fenotípica a outros IPs. Nos ensaios clínicos de doentes sem tratamento anti-retroviral prévio tratados com atazanavir potenciado, a substituição I50L não surgiu em qualquer doente sem substituições IP de base. A substituição N88S raramente tem sido observada em doentes com falência virológica ao atazanavir (com ou sem ritonavir). Apesar de poder contribuir para uma susceptibilidade diminuída ao atazanavir quando ocorre com outras substituições da protease, em estudos clínicos, o N88S por si próprio nem sempre conduz a resistência fenotípica ao atazanavir ou tem um impacto consistente na eficácia clínica. Quadro 2. Substituições de novo nos doentes sem tratamento prévio com falência terapêutica com atazanavir + ritonavir (Estudo 138, 96 semanas) Frequência substituição IP de novo (n=26)a >20% nenhuma 10-20% nenhuma a Número de doentes com pares de genótipo classificados como falências virológicas (ARN VIH ≥ 400 cópias/ml). A substituição M184I/V surgiu em 5/26 doentes com falência virológica tratados com REYATAZ/ritonavir e em 7/26 doentes com falência virológica tratados com lopinavir/ritonavir. Tratamento anti-retroviral em doentes com terapêutica prévia Nos doentes previamente tratados com anti-retrovirais dos Estudos 009, 043 e 045, 100 isolados de doentes designados como falência virológica com terapêutica que incluía ou atazanavir, atazanavir + ritonavir, ou atazanavir + saquinavir foram determinados como tendo desenvolvido resistência ao atazanavir. Dos 60 isolados dos doentes tratados com atazanavir ou atazanavir + ritonavir, 18 (30%) mostraram o fenotipo I50L descrito antes nos doentes sem terapêutica prévia. Quadro 3. Substituições de novo nos doentes com tratamento prévio em falência terapêutica com atazanavir + ritonavir (Estudo 045, 48 semanas) Frequência substituição IP de novo (n=35)a,b >20% M36, M46, I54, A71, V82 10-20% L10, I15, K20, V32, E35, S37, F53, I62, G73, I84, L90 a Número de doentes com pares de genótipo classificados como falências virológicas (HIV RNA ≥ 400 cópias/ml). Dez doentes tinham resistência fenotípica de base ao atazanavir + ritonavir (alteração > 5,2 na razão entre a CI50 da amostra e a CI50 da estirpe selvagem; CI50 é a concentração necessária para inibir a replicação viral em 50 %). A alteração na susceptibilidade ao fármaco foi avaliada em cultura de células, relativa à estirpe selvagem utilizando PhenoSenseTM (Monogram Biosciences, South San Francisco, California, USA) b Nenhuma das substituições de novo (ver Quadro 3) são específicas do atazanavir e podem reflectir o re-aparecimento de resistências pré-existentes ao atazanavir + ritonavir na população do Estudo 045 com tratamento prévio. A resistência nos doentes previamente tratados com anti-retrovirais ocorre principalmente por acumulação das substituições de resistência principais e menores previamente descritas como estando envolvidas na resistência aos inibidores da protease. Resultados clínicos Em doentes sem terapêutica anti-retroviral prévia 79 O Estudo138 é um ensaio prospectivo, multicêntrico, sem ocultação, aleatorizado, internacional de doentes sem tratamento prévio, comparando o REYATAZ/ritonavir (300 mg/100 mg uma vez por dia) a lopinavir/ritonavir (400 mg/100 mg duas vezes ao dia), cada um em combinação com uma dose fixa de tenofovir/emtricitabina (300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). O ramo de REYATAZ/ritonavir mostrou eficácia antiviral semelhante (não inferior) comparado com o ramo lopinavir/ritonavir, avaliado pela proporção de doentes com ARN VIH < 50 cópias/ml na semana 48 (Quadro 4). As análises de dados de 96 semanas de tratamento demonstraram durabilidade da actividade antiviral (Quadro 4). Quadro 4: Resultados de eficácia no Estudo 138a Parâmetro REYATAZ/ritonavirb (300 mg/100 mg uma vez dia) n=440 Semana 48 ARN VIH <50 cópias/ml, % Todos os doentesd Diferença estimada [IC de 95%]d Análise por protocoloe Semana 96 78 Lopinavir/ritonavirc (400 mg/100 mg duas vezes dia) n=443 Semana 48 74 76 Semana 48: 1,7% [-3,8%, 7,1%] Semana 96: 6,1% [0,3%, 12,0%] 86 91 89 (n=392f) (n=352) (n=372) Diferença estimadae Semana 48: -3% [-7,6%, 1,5%] [IC de 95%] Semana 96: 2,2% [-2,3%, 6,7%] ARN VIH <50 cópias/ml, % por característica de based HIV RNA <100,000 cópias/ml 82 (n=217) 75 (n=217) 81 (n=218) ≥100,000 cópias/ml 74 (n=223) 74 (n=223) 72 (n=225) Contagem CD4 78 (n=58) 78 (n=58) 63 (n=48) <50 células/mm3 50 a <100 76 (n=45) 71 (n=45) 69 (n=29) células/mm3 100 a <200 75 (n=106) 71 (n=106) 78 (n=134) células/mm3 ≥ 200 células/mm3 80 (n=222) 76 (n=222) 80 (n=228) Mediana da alteração de ARN VIH de base, log10 cópias/ml Todos os doentes -3,09 (n=397) -3,21 (n=360) -3,13 (n=379) Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm3 Todos os doentes 203 (n=370) 268 (n=336) 219 (n=363) Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm3 por característica de base ARN VIH 179 (n=183) 243 (n=163) 194 (n=183) <100.000 cópias/ml ≥100.000 cópias/ml 227 (n=187) 291 (n=173) 245 (n=180) a Semana 96 68 89 (n=331) 70 (n=218) 66 (n=225) 58 (n=48) 69 (n=29) 70 (n=134) 69 (n=228) -3,19 (n=340) 290 (n=317) 267 (n=152) 310 (n=165) A mediana da contagem de células CD4 de base foi 214 células/mm3 (intervalo 2 a 810 células/mm3) e o ARN VIH-1 plasmático mediano de base foi 4,94 log10 cópias/ml (intervalo 2,6 a 5,88 log10 cópias/ml) b REYATAZ/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). c Lopinavir/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). d Análise de intenção para tratar, com valores em falta considerados como falências. e Análise por protocolo: Excluindo os doentes que não completaram e os doentes com desvios grandes ao protocolo. f Número de doentes avaliáveis. Em doentes com terapêutica anti-retroviral prévia O Estudo 045 é um ensaio multicêntrico, aleatorizado, que compara REYATAZ/ritonavir (300/100 mg uma vez por dia) e REYATAZ/saquinavir (400/1.200 mg uma vez por dia), a lopinavir + ritonavir (associação de dose fixa de 400/100 mg duas vezes por dia), cada em associação com tenofovir (ver secções 4.5 e 4.8) e um NRTI, em doentes com falência virológica em dois ou mais regimes prévios contendo, pelo menos um IP, NRTI e NNRTI. Para os doentes aleatorizados, o tempo médio de 80 exposição anti-retroviral prévia foi 138 semanas para IP, 281 semanas para NRTI e 85 semanas para NNRTI. Na linha de base, 34% dos doentes estavam a receber um IP e 60% um NNRTI. Quinze dos 120 doentes (13%) no ramo de tratamento com REYATAZ + ritonavir e 17 dos 123 doentes (14%) no ramo lopinavir + ritonavir, tinham quatro, ou mais das substituições IP L10, M46, I54, V82, I84 e L90. Trinta e dois por cento dos doentes no estudo tinham uma estirpe viral com menos do que duas substituições a NRTI. O objectivo primário foi a diferença média no tempo a partir do valor basal para os níveis de ARN VIH ao longo das 48 semanas (Quadro 5). Quadro 5: Resultados de eficácia na semana 48a e na semana 96 (Estudo 045) Diferença média no LPV/RTVc (400 mg/ ATV/RTVb (300 mg/ tempo ATV/RTV100 mg duas vezes por Parâmetro 100 mg uma vez por dia) LPV/RTV dia) n=120 [ICd de 97.5%] n=123 Semana 48 Semana 96 Semana 48 Semana 96 Semana 48 Semana 96 Mediana da alteração de ARN VIH de base, log10 cópias/ml Todos os -1,93 -2,29 -1,87 -2,08 0,13 0,14 e doentes (n=90 ) (n=64) (n=99) (n=65) [-0,12, 0,39] [-0,13, 0,41] ARN VIH <50 cópias/ml, %f (respondedor/avaliável) Todos os 36 (43/120) 32 (38/120) 42 (52/123 35 (41/118) NA NA doentes ARN VIH <50 cópias/ml por substituições aos IP seleccionadas de base,f, g % (respondedor/avaliável) 0-2 44 (28/63) 41 (26/63) 56 (32/57) 48 (26/54) NA NA 3 18 (2/11) 9 (1/11) 38 (6/16) 33 (5/15) NA NA ≥4 27 (12/45) 24 (11/45) 28 (14/50) 20 (10/49) NA NA 3 Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm Todos os 110 (n=83) 122 (n=60) 121 (n=94) 154 (n=60) NA NA doentes a A mediana da contagem de células CD4 de base foi 337 células/mm3 (intervalo: 14 a 1.543 células/mm3) e o ARN VIH-1 plasmático mediano de base foi foi 4,4 log10 cópias/ml (intervalo: 2,6 a 5,88 log10 cópias/ml). b ATV/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). c LPV/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). d Intervalo de confiança. e Número de doentes avaliáveis. f Análise de intenção para tratar, com valores em falta considerados como falências. Os respondedores a LPV/RTV que completaram o tratamento antes da Semana 96 são exluídos da análise à semana 96. A proporção de doentes com ARN VIH < 400 cópias/ml foi 53% e 43% para ATV/RTV e 54% e 46% para LPV/RTV nas semanas 48 e 96, respectivamente. g Substituições seleccionadas incluem qualquer alteração de base nas posições L10, K20, L24, V32, L33, M36, M46, G48, I50, I54, L63, A71, G73, V82, I84, e L90 (0-2, 3, 4 ou mais). NA = não aplicável. Ao longo das 48 semanas de tratamento, a mediana das alterações de base nos níveis de ARN VIH para REYATAZ + ritonavir e lopinavir + ritonavir foi similar (não inferior). Foram obtidos resultados consistentes utilizando o método de análise da última observação acumulada (diferença média no tempo de 0,11; intervalo de confiança 97,5% [-0,15; 0,36]).. Pela análise como tratada, excluindo os valores em falta, as proporções de doentes com ARN VIH < 400 cópias/ml (< 50 cópias/ml) no ramo REYATAZ/ritonavir e no ramo lopinavir/ritonavir foram de 55% (40%) e 56% (46%), respectivamente. Ao longo das 96 semanas de tratamento, a mediana das alterações de base nos níveis de ARN VIH para REYATAZ + ritonavir e lopinavir + ritonavir cumpriu os critérios de não inferioridade com base nos casos observados. Foram obtidos resultados consistentes com a última observação efectuada pelo método de análise. Pela análise como tratada, excluindo os valores em falta, a proporção de doentes com ARN-VIH < 400 cópias/ml (< 50 cópias/ml) para REYATAZ/ritonavir foi de 84% (72%) e para lopinavir/ritonavir foi de 82% (72%). É importante ter em consideração que na altura da análise às 96 semanas, 48% dos doentes permaneceram no estudo. 81 REYATAZ/saquinavir mostrou ser inferior a lopinavir/ritonavir. 5.2 Propriedades farmacocinéticas A farmacocinética do atazanavir foi avaliada em voluntários adultos saudáveis e em doentes infectados pelo VIH; foram observadas diferenças substanciais entre os dois grupos. A farmacocinética do atazanavir tem uma disponibilidade não linear. Em indivíduos saudáveis, a AUC do atazanavir das cápsulas e do pó oral foi semelhante. Absorção: em doentes infectados pelo VIH (n=33, estudos combinados), múltiplas doses de 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia com alimentos levou a uma média geométrica (CV%) da Cmax do atazanavir de 4466 ng/ml (42%), com o tempo para Cmax aproximadamente 2,5 horas. A média geométrica (CV%) para Cmin e AUC do atazanavir foi 654 ng/ml (76%) e 44185 ng.h/ml (51%), respectivamente. Efeito dos alimentos: a co-administração de REYATAZ com ritonavir com alimentos optimiza a biodisponibilidade do atazanavir. A co-administração de uma dose única de 300 mg de REYATAZ e 100 mg de ritonavir com uma refeição ligeira resultou num aumento de 33% na AUC e num aumento de 40% tanto na Cmax como na concentração do atazanavir às 24 horas em relação ao estado de jejum. A co-administração com uma refeição rica em gorduras não afectou a AUC do atazanavir em relação às condições em jejum e a Cmax estava nos 11% dos valores em jejum. A concentração às 24 horas após uma refeição rica em gorduras foi aumentada de aproximadamente 33% devido à absorção retardada; a mediana do Tmax aumentou de 2,0 para 5,0 horas. A administração de REYATAZ com ritonavir, tanto com uma refeição ligeira como com refeição rica em gorduras, diminuíu o coeficiente de variação da AUC e Cmax por cerca de 25% em comparação com o estado de jejum. Para melhorar a biodisponibilidade e minimizar a variabilidade, REYATAZ deve ser tomado com alimentos. Distribuição: o atazanavir ligou-se em cerca de 86% às proteínas séricas humanas num intervalo de concentrações de 100 a 10.000 ng/ml. O atazanavir liga-se à alfa-1-ácido glicoproteína (AAG) e albumina numa extensão semelhante (89% e 86%, respectivamente, a 1000 ng/ml). Num estudo de dose múltipla em doentes infectados pelo VIH, com a administração de 400 mg de atazanavir uma vez por dia com uma refeição ligeira durante 12 semanas, foi detectado atazanavir no líquido cerebrospinal e no sémen. Metabolismo: estudos em humanos e estudos in vitro utilizando microssomas hepáticos humanos demonstraram que o atazanavir é principalmente metabolizado pela isoenzima CYP3A4 em metabolitos oxigenados. Os metabolitos são depois excretados na bílis como metabolitos livres ou glucuronados. As vias metabólicas secundárias adicionais consistem em N-desalquilação e hidrólise. Foram caracterizados dois metabolitos secundários do atazanavir no plasma. Nenhum metabolito demonstrou actividade antiviral in vitro. Eliminação: após uma dose única de 400 mg de 14C-atazanavir, 79% e 13% da radioactividade total foi recuperada das fezes e urina, respectivamente. O fármaco inalterado detectado nas fezes e urina correspondeu a aproximadamente 20% e 7% da dose administrada, respectivamente. A excreção urinária média do fármaco inalterado foi de 7% após 2 semanas com administração de 800 mg uma vez por dia. Em doentes adultos infectados pelo VIH (n=33, estudos combinados), a semi-vida média de eliminação no intervalo das doses para o atazanavir foi 12 horas no estado estacionário após a administração de uma dose de 300 mg diários com 100 mg de ritonavir diários com uma refeição ligeira. Populações especiais Compromisso da função renal: em indivíduos saudáveis, a eliminação renal do atazanavir inalterado foi de aproximadamente 7% da dose administrada. Não há dados farmacocinéticos disponíveis para REYATAZ com ritonavir em doentes com insuficiência renal. REYATAZ (sem ritonavir) foi estudado em doentes adultos com compromisso renal grave (n = 20), incluindo os doentes em hemodiálise, com 82 doses múltiplas de 400 mg uma vez por dia. Apesar deste estudo apresentar algumas limitações (i.e. não foram estudadas as concentrações do fármaco não ligado), os resultados sugeriram que os parâmetros farmacocinéticos do atazanavir diminuiram em 30 % a 50 % nos doentes a fazer hemodiálise em comparação com os doentes com função renal normal. O mecanismo desta diminuição não é conhecido (ver secções 4.2 e 4.4). Compromisso da função hepática: o atazanavir é metabolizado e eliminado principalmente pelo fígado. Não foram estudados os efeitos do compromisso hepático na farmacocinética do atazanavir após uma dose de 300 mg com ritonavir. Espera-se que as concentrações de atazanavir, com ou sem ritonavir, sejam aumentadas nos doentes com compromisso hepático moderado ou grave (ver secções 4.2, 4.3 e 4.4). Idade/Sexo: foi realizado um estudo sobre a farmacocinética do atazanavir em 59 indivíduos saudáveis do sexo masculino e feminino (29 jovens, 30 idosos). Não houve diferenças clinicamente significativas na farmacocinética do atazanavir relativamente à idade ou sexo. Raça: a análise farmacocinética da população de amostras dos ensaios clínicos de Fase II não indicou efeito da raça na farmacocinética do atazanavir. Lactentes, bébés até aos dois anos, crianças e adolescentes: a farmacocinética do atazanavir nos doentes pediátricos, estratificados por idade, está a ser estudada após a administração de doses múltiplas. De momento não há dados suficientes para recomendar uma dose (ver secção 4.2). 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em estudos de toxicidade por dose repetida, realizados em ratinhos, ratos e cães, os resultados relacionados com o atazanavir foram geralmente confinados ao fígado e geralmente incluíram aumentos mínimos a ligeiros na bilirrubina sérica e enzimas hepáticas, vacuolização e hipertrofia hepatocelular e, apenas nos ratinhos fêmea, necrose das células hepáticas. As exposições sistémicas ao atazanavir em ratinhos (machos), ratos e cães em doses associadas a alterações hepáticas foram pelo menos iguais às observadas em humanos aos quais foi administrada a dose recomendada de 400 mg uma vez por dia. No ratinho fêmea, a exposição ao atazanavir com doses que produzem necrose das células hepáticas foi 12 vezes superior à exposição em humanos a quem foi administrada a dose de 400 mg uma vez por dia. O colesterol sérico e a glucose foram minimamente a ligeiramente aumentados em ratos, mas não em ratinhos ou cães. Durante os estudos in vitro, o canal cardíaco de potássio humano clonado (hERG), foi inibido em 15% numa concentração (30 μM) de atazanavir correspondente a 30 vezes a concentração de fármaco livre na Cmax em humanos. Concentrações semelhantes de atazanavir, no estudo com fibras de Purkinje de coelho, aumentaram em 13 % a duração do potencial de acção (APD90). As alterações electrocardiográficas (bradicardia sinusal, prolongamento do intervalo PR, prolongamento do intervalo QT, e prolongamento do complexo QRS) foram observadas apenas num estudo inicial de toxicidade oral de 2 semanas realizado em cães. Estudos de toxicidade oral subsequentes de 9 meses em cães não mostraram alterações electrocardiográficas relacionadas com o fármaco. Desconhece-se a relevância clínica destes dados pré-clínicos. Não podem ser excluídos os potenciais efeitos cardíacos deste medicamento no ser humano (ver secções 4.4 e 4.8). O potencial para prolongamento PR deve ser considerado em casos de sobredosagem (ver secção 4.9). Num estudo de desenvolvimento embrionário precoce e de fertilidade em ratos, o atazanavir alterou o ciclo estral sem efeitos no acasalamento ou fertilidade. Não foram observados efeitos teratogénicos no rato ou coelho com doses maternalmente tóxicas. Nos coelhos fêmea grávidos foram observadas lesões graves do estômago e intestino no coelho fêmea morto ou moribundo com doses maternas 2 e 4 vezes superiores à dose mais elevada administrada no estudo definitivo de desenvolvimento embrionário. Na avaliação do desenvolvimento pré e pós-natal em ratos, o atazanavir produziu uma redução transitória no peso corporal das ninhadas com doses maternas tóxicas. A exposição sistémica ao atazanavir com doses que resultam em toxicidade materna foi, pelo menos, igual ou ligeiramente superior à observada em humanos a quem foi administrada a dose de 400 mg uma vez por dia. 83 O atazanavir foi negativo num teste de Ames de mutação reversa mas induziu aberrações cromossómicas in vitro na ausência e na presença de activação metabólica. Nos estudo in vivo em ratos, o atazanavir não induziu micronúcleos na medula óssea, lesões no ADN no duodeno (comet assay) nem alterou a reparação do DNA no fígado com concentrações plasmáticas e tecidulares que excedem as que foram clastogénicas in vitro. Nos estudos de carcinogenicidade a longo prazo do atazanavir em ratinhos e ratos, foi observada, apenas em ratinhos fêmea, uma incidência aumentada de adenomas hepáticos benignos. A incidência aumentada de adenomas hepáticos benignos no ratinho fêmea foi considerada como provavelmente secundária às alterações hepáticas citotóxicas manifestadas por necrose da célula hepática e não foi considerada como tendo relevância para o ser humano nas exposições terapêuticas desejadas. Não houve achados tumorigénicos no ratinho macho nem em ratos. O atazanavir aumentou a opacidade da córnea de bovinos num estudo in vitro, indicando que pode ser irritante ocular em contacto directo com o olho. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Conteúdo da cápsula: Crospovidona Lactose mono-hidratada Estearato de magnésio Invólucro da cápsula: Gelatina Óxido de ferro, vermelho Óxido de ferro, negro Óxido de ferro, amarelo Indigotina (E132) Dióxido de titânio (E171) Tinta branca contendo: Goma laca Dióxido de titânio (E171) Hidróxido de amónio Propilenoglicol Simeticone 6.2 Incompatibilidades Não aplicável. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Não conservar acima de 25ºC. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 84 Cada embalagem contém um frasco de polietileno de alta densidade (PEAD) ou três frascos de polietileno de alta densidade (HDPE) com fecho de polipropileno resistente à abertura por crianças. Cada frasco contém 30 cápsulas. Cada embalagem contém 30 x 1 cápsulas; 5 placas de 6 x 1 cápsulas em blisters de dose unitária de Alu/Alu perfurados. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/03/267/008-010 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 02 Março 2004 Data da última renovação: 02 Março 2009 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO {mês ano} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu/. 85 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 50 mg/1,5 g pó oral 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada colher-medida de 1,5 g de pó oral contém 50 mg de atazanavir (sob a forma de sulfato). Excipientes: 150 mg de aspartamo e 1.218,15 mg de sacarose por colher-medida de 1,5 g de pó oral Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Pó oral. Pó praticamente branco a amarelo claro. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas REYATAZ está indicado para o tratamento de doentes adultos infectados pelo VIH-1 em associação com outros medicamentos anti-retrovirais. A demonstração da eficácia nos doentes previamente tratados com medicamentos anti-retrovirais baseia-se num estudo que comparou REYATAZ 300 mg, uma vez por dia, associado a 100 mg de ritonavir, uma vez por dia, com o lopinavir/ritonavir, e ambos os regimes em associação com tenofovir (ver secções 4.8 e 5.1). Com base nos dados clínicos e virológicos disponíveis, não se espera benefício em doentes com estirpes resistentes a múltiplos inibidores da protease (≥ 4 mutações a inibidores da protease). A escolha de REYATAZ no tratamento de doentes previamente tratados deve ser baseada nos testes de resistência viral individual e na história de tratamento do doente (ver secção 5.1). 4.2 Posologia e modo de administração A terapêutica deve ser iniciada por um médico com experiência no tratamento da infecção pelo VIH. Adultos: REYATAZ pó oral está disponível para doentes que não conseguem engolir cápsulas. A dose recomendada de pó para via oral é de 300 mg (6 colheres-medida) uma vez por dia, tomada com 100 mg de ritonavir, uma vez por dia, e com alimentos. O ritonavir é utilizado como potenciador da farmacocinética do atazanavir (ver secções 4.5 e 5.1). Uma colher-medida de 1,5 g de pó oral contém 50 mg de atazanavir. Se REYATAZ com ritonavir for co-administrado com didanosina, recomenda-se que a didanosina seja tomada 2 horas após a administração de REYATAZ e ritonavir. REYATAZ com ritonavir tem de ser administrado com alimentos (ver secção 4.5). Lactentes, bébés até aos dois anos, crianças e adolescentes: a segurança e eficácia de REYATAZ em doentes pediátricos não foi estabelecida (ver secção 5.2). Doentes com compromisso renal: não é necessário acerto posológico. REYATAZ com ritonavir não é recomendado em doentes a fazer hemodiálise (ver secções 4.4 e 5.2). Doentes com compromisso hepático: REYATAZ com ritonavir não foi estudado em doentes com compromisso hepático. REYATAZ com ritonavir deve ser usado com precaução em doentes com 86 compromisso hepático ligeiro. REYATAZ não deve ser usado em doentes com compromisso hepático moderado a grave (ver secções 4.3, 4.4 e 5.2). O pó oral deve ser tomado com alimentos. O médico deve instruir o doente a utilizar a colher-medida para retirar o pó do frasco. O doente deve rasar o pó na colher utilizando uma espátula ou a face lisa de uma faca para passar o excesso de pó para o frasco. Os doentes devem ser instruídos a não pressionar o pó na colher nem a tentar acertar o nível de pó agitando ou batendo na colher. O pó oral pode ser misturado com água, leite, polpa de maçã ou iogurte. Após a mistura com estes alimentos, deve ser utilizado em 6 horas. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes (ver secção 6.1). Doentes com insuficiência hepática moderada a grave (ver secções 4.2 e 4.4). Está contra-indicada a administração concomitante da associação terapêutica rifampicina e REYATAZ com uma dose baixa de ritonavir (ver secção 4.5). REYATAZ com ritonavir não pode ser utilizado em associação com medicamentos que sejam substratos da isoforma CYP3A4 do citocromo P450 e cujo intervalo terapêutico seja estreito (por ex. astemizol, terfenadina, cisaprida, pimozida, quinidina, bepridilo, triazolam, midazolam administrados por via oral (para precaução com o midazolam parentérico, ver secção 4.5) e alcalóides da cravagem do centeio, nomeadamente ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina) (ver secção 4.5). REYATAZ não pode ser utilizado em associação com produtos que contenham Hipericão (Hypericum perforatum) (ver secção 4.5). 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Os doentes devem ser avisados que a terapêutica anti-retroviral actual não provou impedir o risco de transmissão do VIH a outros através do sangue ou de contacto sexual. Devem continuar a ser utilizadas as precauções apropriadas. Não foi avaliada clinicamente a co-administração de REYATAZ com o ritonavir em doses superiores a 100 mg uma vez por dia. A utilização de doses superiores de ritonavir pode alterar o perfil de segurança do atazanavir (efeitos cardíacos, hiperbilirrubinemia) e, consequentemente, não é recomendada. Doentes com condições clínicas co-existentes O atazanavir é metabolizado principalmente por via hepática e foram observadas concentrações plasmáticas aumentadas nos doentes com disfunção hepática (ver secções 4.2 e 4.3). A segurança e a eficácia de REYATAZ não foram estabelecidas em doentes com afecções hepáticas significativas subjacentes. Os doentes com hepatite B ou C crónica e tratados com terapêutica anti-retroviral combinada estão em risco aumentado para reacções adversas hepáticas graves e potencialmente fatais. Em caso de terapêutica antiviral concomitante para a hepatite B ou C, consultar o Resumo das Características do Medicamento para estes medicamentos (ver secção 4.8). Os doentes com uma disfunção hepática pré-existente, incluindo hepatite activa crónica, apresentam uma frequência maior de alterações da função hepática durante a terapêutica anti-retroviral combinada e devem ser monitorizados de acordo com a prática habitual. Se houver evidência de agravamento da doença hepática em tais doentes, deverá ser considerada a interrupção ou descontinuação do tratamento. 87 Não é necessário acerto posológico em doentes com compromisso renal. No entanto, REYATAZ com ritonavir não é recomendado em doentes a fazer hemodiálise (ver secções 4.2 e 5.2). Em estudos clínicos foram observados prolongamentos assintomáticos no intervalo PR relacionados com a dose de REYATAZ. Deverá ter-se precaução com medicamentos que se sabe que induzem prolongamentos no intervalo PR. Em doentes com problemas pré-existentes de condução (bloqueio auriculoventricular ou de ramo, de segundo grau ou superior), REYATAZ deverá ser utilizado com precaução e apenas se os benefícios excederem o risco (ver secção 5.1). Deverá ter-se precaução especial na prescrição de REYATAZ em associção com medicamentos que tenham potencial para aumentar o intervalo QT e/ou em doentes com factores de risco pré-existentes (bradicardia, QT longo congénito, desequilíbrio electrolítico (ver secções 4.8 e 5.3)). Em doentes hemofílicos tipo A e B tratados com inibidores da protease foram relatados casos de aumento de hemorragia, incluindo o aparecimento espontâneo de hematomas cutâneos e hemartroses. Nalguns casos foi administrado adicionalmente factor VIII. Em mais de metade dos casos relatados foi possível manter o tratamento com os inibidores da protease ou re-introduzir o tratamento nos casos em que tinha sido interrompido. Foi sugerida uma relação de causalidade embora o mecanismo de acção não tenha sido esclarecido. Consequentemente, os doentes hemofílicos devem estar informados da possibilidade de aumento de hemorragias. Diabetes REYATAZ pó oral contém 7,3 g de sacarose por dose diária de 300 mg. Tal deverá ser tido em consideração em doentes com diabetes mellitus. Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose, malabsorção de glucose-galactose ou insuficiência da sacarase-isomaltase, não devem tomar este medicamento. Redistribuição da gordura corporal e doenças do metabolismo A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada à redistribuição de gordura corporal (lipodistrofia) em doentes infectados pelo VIH. As consequências destes acontecimentos a longo prazo são, de momento, desconhecidas. O conhecimento sobre o mecanismo está incompleto. Foi colocada uma hipótese sobre uma relação entre a lipomatose visceral e os inibidores da protease e a lipoatrofia e os análogos nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa. Foi associado um maior risco de lipodistrofia a factores individuais, tais como, uma idade superior, e a factores relacionados com o fármaco, tais como a maior duração da terapêutica anti-retroviral e perturbações do metabolismo associadas. O exame clínico deve incluir a avaliação de sinais físicos de redistribuição da gordura. A terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), incluindo associações de REYATAZ (com ou sem ritonavir) com outros anti-retrovirais está associada a dislipidemia. Deverá considerar-se a determinação dos lípidos séricos e glicemia em jejum. As afecções lipídicas devem ser tratadas como clinicamente adequado (ver secção 4.8). Em estudos clínicos, o REYATAZ (com ou sem ritonavir) mostrou induzir dislipidemia numa menor extensão do que os comparadores. O impacto clínico de tais dados não foi demonstrado dada a ausência de estudos específicos no risco cardiovascular. A selecção da terapêutica anti-retroviral tem de ser orientada principalmente pela eficácia antiviral. Recomenda-se a consulta de normas orientadoras para o controlo da dislipidemia. Hiperglicemia Em doentes medicados com inibidores da protease foi notificado o aparecimento de novos casos de diabetes mellitus, hiperglicemia, e exacerbação de diabetes mellitus pré-existente. Nalguns destes casos, a hiperglicemia foi grave e, por vezes, foi também associada a cetoacidose. Muitos doentes apresentavam situações clínicas mistas, algumas requerendo terapêutica com medicamentos que foram associados ao desenvolvimento de diabetes ou hiperglicemia. Hiperbilirrubinemia Em doentes medicados com REYATAZ ocorreram elevações reversíveis da bilirrubina indirecta (não conjugada) relacionadas com a inibição da UDP-glucuronosil transferase (UGT) (ver secção 4.8). As 88 elevações da transaminase hepática que ocorrem com a bilirrubina elevada em doentes medicados com REYATAZ devem ser avaliadas quanto a etiologias alternativas. Pode ser considerada uma terapêutica anti-retroviral alternativa ao REYATAZ se a icterícia, ou a icterícia escleral não forem aceitáveis para um doente. A redução da dose de atazanavir não é recomendada porque poderá causar perda de efeito terapêutico e desenvolvimento de resistência. O indinavir está também associado com hiperbilirrubinemia indirecta (não conjugada) devido à inibição da UGT. As associações de REYATAZ e indinavir não foram estudadas e não é recomendada a co-administração destes medicamentos (ver secção 4.5). Nefrolitíase Foi notificada nefrolitíase em doentes a receber REYATAZ (ver secção 4.8). Se ocorrerem sinais ou sintomas de nefrolitíase, pode ser considerada a interrupção temporária ou a suspensão do tratamento. Síndrome de reactivação imunológica Em doentes infectados pelo VIH com deficiência imunológica grave à data da instituição da terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), pode ocorrer uma reacção inflamatória a infecções oportunistas assintomáticas ou residuais e causar várias situações clínicas graves, ou o agravamento dos sintomas. Tipicamente, estas reacções foram observadas durante as primeiras semanas ou meses após início da TARC. São exemplos relevantes a retinite por citomegalovírus, as infecções micobacterianas generalizadas e/ou focais e a pneumonia por Pneumocystis carinii. Qualquer sintoma de inflamação deve ser avaliado e, quando necessário, instituído o tratamento. Osteonecrose Foram notificados casos de osteonecrose, particularmente em doentes com doença por VIH avançada e/ou exposição prolongada a terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), apesar da etiologia ser considerada multifactorial (incluindo a utilização de corticosteróides, o consumo de álcool, a imunossupressão grave, um índice de massa corporal aumentado). Os doentes devem ser instruídos a procurar aconselhamento médico caso sintam mal-estar e dor articular, rigidez articular ou dificuldade de movimentos. Interacções com outros medicamentos A co-administração de REYATAZ com sinvastatina ou lovastatina não é recomendada (ver secção 4.5). A co-administração de REYATAZ com nevirapina ou efavirenz não é recomendada (ver secção 4.5). Se for necessário a co-administração de REYATAZ com um NNRTI (análogo não nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa), pode ser considerado um aumento na dose de REYATAZ e ritonavir para 400 mg e 200 mg, respectivamente, em combinação com efavirenz, com rigorosa vigilância clínica. O atazanavir é metabolizado principalmente pela CYP3A4. A co-administração de REYATAZ com ritonavir e medicamentos que induzam a CYP3A4 não é recomendada (ver secções 4.3 e 4.5). A utilização concomitante de REYATAZ e contraceptivos orais deve ser evitada (ver secção 4.5). A co-administração de voriconazol e REYATAZ com ritonavir não é recomendada, a não ser que a avaliação do benefício/risco justifique a utilização de voriconazol (ver secção 4.5). Não se recomenda a utilização concomitante de REYATAZ com fluticasona ou outros glucocorticóides que são metabolizados pelo CYP3A4, a não ser que o benefício potencial do tratamento supere o risco dos efeitos sistémicos dos corticosteróides, incluindo síndrome de Cushing e supressão adrenal (ver secção 4.5). A absorção de atazanavir pode ser reduzida nas situações em que o pH gástrico esteja aumentado, independentemente da causa. 89 Não se recomenda a co-administração de REYATAZ com inibidores da bomba de protões (ver secção 4.5). Se a associação de REYATAZ com um inibidor da bomba de protões for considerada indispensável, é recomendada monitorização clínica cuidadosa juntamente com um aumento na dose de REYATAZ para 400 mg com 100 mg de ritonavir; não devem ser excedidas doses de inibidores da bomba de protões comparáveis a 20 mg de omeprazol. Fenilcetonúria REYATAZ pó oral contém aspartamo como edulcorante. O aspartamo é uma fonte de fenilalanina e, consequentemente, pode não ser adequado para indivíduos com fenilcetonúria. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Quando REYATAZ e ritonavir são co-administrados, o perfil de interacção metabólico do ritonavir pode ser predominante porque o ritonavir é um inibidor mais potente da CYP3A4 do que o atazanavir. O Resumo das Características do Medicamento do ritonavir deve ser consultado antes do início da terapêutica com REYATAZ e ritonavir. O atazanavir é metabolizado no fígado pela CYP3A4. Inibe a CYP3A4. Consequentemente, REYATAZ com ritonavir estão contra-indicados com medicamentos que sejam substratos da CYP3A4 e tenham índice terapêutico estreito: astemizol, terfenadina, cisaprida, pimozida, quinidina, bepridilo, triazolam, midazolam administrado por via oral e alcalóides da cravagem do centeio, nomeadamente ergotamina e di-hidroergotamina (ver secção 4.3). Outras interacções As interacções entre o atazanavir/ritonavir e inibidores da protease, fármacos anti-retrovirais não inibidores da protease, e outros medicamentos não anti-retrovirais estão apresentadas nos quadros abaixo (aumento está indicado como “↑”, diminuição como “↓”, sem alteração como “↔”, duas vezes ao dia como “BID” e uma vez ao dia como “QD”). Se disponível, os intervalos de confiança de 90% (IC) apresentam-se entre parentesis. Os estudos apresentados no Quadro 1 foram realizados em indivíduos saudáveis, a não ser que outra informação seja dada. De realçar, muitos estudos foram realizados com o atazanavir não potenciado, o qual não é o regime aprovado do atazanavir. Quadro 1: Interacções entre REYATAZ e outros medicamentos Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração ANTI-INFECCIOSOS Anti-retrovirais Inibidores da protease: Não foi estudada a co-administração de REYATAZ/ritonavir e outros inibidores da protease mas é espectável que aumente a exposição a outros inibidores da protease. Consequentemente, esta co-administração não é recomendada. Ritonavir 100 mg QD Ritonavir 100 mg uma (atazanavir 300 mg QD) ↑3,50* ↑2,20* ↑8,13* vez ao dia é usado atazanavir (2,44 - 5,03) (1,56 - 3,11) (4,59 - 14,39) estudos realizados em doentes como um potenciador infectados pelo VIH da farmacocinética do * Numa análise combinada, atazanavir 300 mg e ritonavir 100 mg atazanavir. (n=33) foi comparado a atazanavir 400 mg sem ritonavir (n=28). O mecanismo da interacção entre atazanavir e ritonavir é a inibição CYP3A4. Indinavir Indinavir está associado com hiperbilirrubinemia indirecta não Não é recomendada a conjugada devido à inibição da UGT. co-administração de REYATAZ/ritonavir e indinavir (ver secção 4.4). Análogos nucleosídeo/nucleotídeo inibidores da transcriptase reversa (NRTIs) Lamivudina 150 mg BID + Com base nestes dados zidovudina 300 mg BID e não sendo espectável Não foi observado efeito significativo nas concentrações de lamivudina e (atazanavir 400 mg QD) que ritonavir tenha um zidovudina. impacto significativo na farmacocinética dos NRTIs, não se espera 90 Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração que a co-administração de REYATAZ/ritonavir com estes medicamentos altere significativamente a exposição dos fármacos coadministrados. Abacavir Didanosina (comprimidos tamponados) 200 mg/estavudina 40 mg, ambos dose única (atazanavir 400 mg dose única) Não se espera que a co-administração de REYATAZ/ritonavir com abacavir altere significativamente a exposição do abacavir. atazanavir, administração simultânea com ddI+d4T (sem alimentos) ↓0,13 (0,08 - 0,21) ↓0,11 (0,06 - 0,18) ↓0,16 (0,10 - 0,27) atazanavir, administrado 1 ↔1,03 ↑1,12 ↔1,03 (0,67 - 1,18) (0,61 - 1,73) hora após ddI+d4T (0,64 - 1,67) (sem alimentos) As concentrações de atazanavir diminuíram muito quando co-administrado com didanosina (comprimidos tamponados) e estavudina. O mecanismo da interacção é uma solubilidade reduzida do atazanavir com o aumento do pH relacionado com a presença de agentes antiácidos nos comprimidos tamponados de didanosina. Não foram observados efeitos significativos nas concentrações de didanosina e estavudina. Didanosina (com ↓0,66 ↓0,62 ↑1,25 Didanosina (cápsulas alimentos) (0,59 - 0,73) (0,52 - 0,74) (0,92 - 1,69) revestimento entérico) 400 mg dose única (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) Não foram observados efeitos significativos nas concentrações de atazanavir quando administrado com a didanosina com revestimento entérico, mas a administração com os alimentos diminuiu as concentrações de didanosina. Tenofovir disoproxil fumarato ↓0,78 * ↓0,84 * ↓0,77 * Atazanavir 300 mg QD (atazanavir 300 (0,65 - 0,94) (0,70 - 1,00) (0,57 - 1.02) mg QD/ritonavir 100 mg QD) * Numa análise combinada de vários estudos clínicos, o estudos realizados em doentes atazanavir/ritonavir 300/100 mg co-administrado com tenofovir infectados com VIH disoproxil fumarato 300 mg (n=39) foi comparado a atazanavir/ritonavir 300/100 mg (n=33). A didanosina deve ser administrada sem alimentos 2 horas depois de REYATAZ /ritonavir tomado com alimentos. Não é espectável que a coadministração de REYATAZ /ritonavir com estavudina altere significativamente a exposição à estavudina. A eficácia de REYATAZ/ritonavir em combinação com tenofovir em doentes previamente tratados foi demonstrada no estudo clínico 045 e em doentes sem tratamento prévio no estudo clínico 138 (ver secções 4.8 e 5.1). O mecanismo da interacção entre atazanavir e tenofovir é desconhecido. Tenofovir disoproxil fumarato 300 mg QD (atazanavir 300 mg QD/ritonavir 100 mg QD) tenofovir disoproxil fumarato ↑1,37 (1,30 - 1,45) ↑1,34 (1,20 - 1,51) ↑1,29 (1,21 - 1,36) Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para as reacções adversas associadas ao tenofovir, incluindo alterações renais. Análogos não nucleosídeo inibidores da transcriptase reversa (NNRTIs) Efavirenz 600 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) Efavirenz 600 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ atazanavir (pm): todos administrados com alimentos ↔1,00* (0,91 - 1,10) ↑1,17* (1,08 - 1,27) ↓0,58* (0,49 - 0,69) atazanavir (pm): todos ↔1,06*/** (0,90 - 1,26) ↔1,09*/** (0,95 - 1,26) ↔1,12*/** (0,84 - 1,49) 91 Não é recomendada a co-administração de efavirenz com REYATAZ/ritonavir (ver secção 4.4). Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) ritonavir 200 mg QD) administrados com alimentos * Quando comparado ao REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg uma vez dia à noite sem efavirenz. Esta diminuição na Cmin atazanavir pode afectar negativamente a eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção efavirenz/atazanavir é a indução CYP3A4. ** baseado na comparação histórica. Nevirapina 200 mg BID (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) estudo realizado em doentes infectados com VIH ↑1,26 ↑1,21 ↑1,35 (1,17 - 1,36) (1,11 - 1,32) (1,25 - 1,47) ↓0,81* ↔1,02* ↓0,41* Atazanavir (0,65 - 1,02) (0,85 - 1,24) (0,27 - 0,60) * Quando comparado ao REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg sem nevirapina. Esta diminuição na Cmin do atazanavir pode afectar negativamente a eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção nevirapine/atazanavir é a indução CYP3A4. Antibióticos Claritromicina 500 mg BID (atazanavir 400 mg QD) Nevirapina claritromicina 14-OH claritromicina ↑1,94 (1,75 - 2,16) ↑1,50 (1,32 - 1,71) ↑2,60 (2,35 - 2,88) ↓0,30 (0,26 - 0,34) ↓0,28 (0,24 - 0,33) ↓0,38 (0,34 - 0,42) ↑1,28 ↔1,06 ↑1,91 (1,16 - 1,43) (0,93 - 1,20) (1,66 - 2,21) Uma redução da dose de claritromicina pode produzir concentrações subterapêuticas de 14-OH claritromicina. O mecanismo da interacção claritromicina/atazanavir é a inibição CYP3A4. atazanavir Antifúngicos Cetoconazol 200 mg QD (atazanavir 400 mg QD) Itraconazol Não foi observado efeito significativo nas concentrações de atazanavir. O itraconazol, tal como o cetoconazol, é um inibidor potente assim como um substracto de CYP3A4. Com base em dados obtidos com outros IPs potenciados e cetoconazol, em que a AUC de cetoconazol aumentou 3 vezes, é esperado que REYATAZ/ritonavir aumente as concentrações de cetoconazol ou itraconazol. Voriconazol A co-administração de REYATAZ/ritonavir e voriconazol não foi estudada. O efeito da co-administração de voriconazol oral e de uma dose baixa de ritonavir oral (100 mg) foi investigada em voluntários saudáveis. Doses baixas de ritonavir (100 mg BID) diminuiram a Cmax e AUC de voriconazol (IC de 90%) em média 24% (↓9% a ↓36%) e 39% (↓22% a ↓52%), respectivamente. A administração de voriconazol produziu uma redução menor, no estado estacionário, da Cmax e AUC de ritonavir (IC de 90%) com uma média de 24% (↓6% a ↓39%) e 14% (↓26% a ↑1%), respectivamente. Fluconazol 200 mg QD (atazanavir 300 mg/ritonavir 100 mg QD) Antimicobacterianos Rifabutina 150 mg QD (atazanavir 400 mg QD) As concentrações de atazanavir e fluconazol não são modificadas significativamente quando REYATAZ/ritonavir foi co-administrado com fluconazol. atazanavir ↑1,15 (0,98 - 1,34) 92 ↑1,34 (1,14 - 1,59) ↑1,13 (0,68 - 1,87) Recomendações relativas a coadministração Não é recomendada a co-administração de nevirapina com REYATAZ/ritonavir (ver secção 4.4). Não se pode fazer recomendação de redução da dose; como tal, recomenda-se precaução se REYATAZ/ritonavir for co-administrado com claritromicina. Cetoconazol e itraconazol devem ser usados com precaução com REYATAZ/ritonavir. Não são recomendadas doses altas de cetoconazol e itraconazol (>200 mg/dia). Não é recomendada a co-administração de voriconazol e REYATAZ/ritonavir, a não ser que uma avaliação do benefício/risco para o doente justifique o uso de voriconazol (ver secção 4.4). Os doentes devem ser monitorizados para reacções adversas e/ou perda de eficácia durante a coadministração de voriconazol e REYATAZ/ritonavir. Não são necessários ajustes da dose para REYATAZ/ritonavir e fluconazol. É recomendada uma redução da dose de Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Rifabutina 150 mg QD (atazanavir 600 mg QD) Esta não é a dose terapêutica recomendada de atazanavir. ↑2,10 ↑1,18 ↑3,43 rifabutina (1,57 - 2,79) (0,94 - 1,48) (1,98 - 5,96) 25-O-desacetil↑22,01* ↑8,20* ↑75,6* rifabutina (15,97- 30,34) (5,90 - 11,40) (30,1 - 190,0) * Quando comparado com rifabutina 300 mg QD. O mecanismo da interacção de rifabutina e atazanavir é a inibição CYP3A4 Rifampicina A rifampicina é um indutor potente da CYP3A4 e foi demonstrado que provoca uma diminuição de 72 % na AUC do atazanavir, o que pode resultar em falência virológica e desenvolvimento de resistências. Durante as tentativas para ultrapassar a diminuição de exposição através do aumento da dose de REYATAZ ou de outros inibidores da protease com ritonavir, verificou-se uma frequência elevada de reacções hepáticas. FÁRMACOS REDUTORES DOS ÁCIDOS Antagonistas dos receptores H2 Famotidina 40 mg BID ↓ 0,82 ↓0,86 ↓0,72 atazanavir (atazanavir 300 mg (0,75 - 0,89) (0,79 - 0,94) (0,64 - 0,81) QD/ritonavir 100 mg QD) Apesar de não estudada, são esperados resultados semelhantes com outros antagonistas dos receptores H2. A relevância destes dados para os doentes infectados pelo VIH é desconhecida, dado que nesta população o pH intragástrico pode ser mais elevado. Consequentemente, a magnitude deste efeito pode ser mais pronunciada. O mecanismo da interacção é a solubilidade reduzida do atazanavir uma vez que o pH intragástrico aumenta com os bloqueadores H2. Inibidores da bomba de protões Omeprazol 40 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) Omeprazol 20 mg QD (atazanavir 400 mg QD/ ritonavir 100 mg QD) atazanavir (am): 2 horas após omeprazol ↓0,39 (0,35 - 0,45) ↓0,44 (0,38 - 0,51) ↓0,35 (0,29 - 0,41) atazanavir (am): 1 hora após omeprazol ↓0,70* (0,57 - 0,86) ↓0,69* (0,58 - 0,83) ↓0,69* (0,54 - 0,88) * Quando comparado ao atazanavir 300 mg QD com ritonavir 100 mg QD A diminuição na AUC, Cmax, e Cmin não foi mitigada quando uma dose aumentada de REYATAZ/ritonavir (400/100 mg uma vez ao dia) foi temporariamente separada do omeprazol por 12 horas. Apesar de não estudada, são esperados resultados semelhantes com outros inibidores da 93 Recomendações relativas a coadministração rifabutina até 75% (por ex. 150 mg em dias alternados ou 3 vezes por semana) quando a rifabutina é administrada com REYATAZ/ritonavir. Não é necessário ajuste de dose para REYATAZ/ritonavir. Está contra-indicada a administração concomitante da associação terapêutica rifampicina e REYATAZ com uma dose baixa de ritonavir (ver secção 4.3). Não é necessário ajuste da dose de REYATAZ/ritonavir quando coadministrado com antagonistas dos receptores-H2, todos como uma dose diária única com alimentos. As reduções nas concentrações de atazanavir podem ser evitadas pela separação temporal de REYATAZ e um antagonista dos receptores H2 como segue: REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg uma vez ao dia com alimentos, 2 horas antes e pelo menos 10 horas após administração de um antagonista dos receptores H2. Não é recomendada a co-administração de REYATAZ/ritonavir com inibidores da bomba de protões. Se a associação de REYATAZ/ritonavir com um inibidor da bomba de protões é considerada inevitável, recomenda-se-se monitorização ín monitorização clínica em combinação com aumento da dose de REYATAZ para 400 mg com 100 mg de Medicamentos coadministrados (dose em mg) Antiácidos Antiácidos e medicamentos contendo tampões ANTICOAGULANTES Varfarina Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) bomba de protões. Esta redução na exposição do atazanavir pode ter impacto negativo na eficácia do atazanavir. O mecanismo da interacção é diminuída solubilidade do atazanavir, porque o pH intragástrico aumenta com os inibidores da bomba de protões. ritonavir; não devem ser excedidas doses de inibidores da bomba de protões comparáveis a 20 mg de omeprazol (ver secção 4.4). As concentrações plasmáticas reduzidas de atazanavir podem ser consequência do pH gástrico aumentado, se os antiácidos, incluindo medicamentos tamponados, são administrados com REYATAZ/ritonavir. REYATAZ/ritonavir deve ser administrado 2 horas antes ou 1 hora após os antiácidos ou medicamentos tamponados. A co-administração com REYATAZ/ritonavir tem potencial para produzir uma redução ou, menos frequentemente, um aumento no INR (Razão Normalizada Internacional). Recomenda-se que o INR seja cuidadosamente monitorizado durante o tratamento com REYATAZ/ ritonavir, especialmente no início da terapêutica. ANTINEOPLÁSICOS E IMUNOSSUPRESSORES Antineoplásicos Irinotecano O atazanavir inibe UGT e pode interferir com o metabolismo do irinotecano, resultando no aumento da toxicidade do irinotecano. Imunossupressores Ciclosporina Tacrolimus Sirolimus As concentrações destes imunossupressores podem estar aumentadas quando são co-administradas com REYATAZ com ritonavir devido a inibição CYP3A4. MEDICAMENTOS CARDIOVASCULARES Antiarrítmicos Amiodarona, As concentrações destes antiarrítmicos podem estar aumentadas quando Lidocaína sistémica, co-administrados com REYATAZ/ritonavir. O mecanismo da interacção Quinidina amiodarona ou lidocaína sistémica/atazanavir é a inibição CYP3A. A quinidina tem um intervalo terapêutico estreito e está contra-indicada devido à inibição potencial da CYP3A pelo REYATAZ/ritonavir. Bloqueadores dos canais do cálcio Bepridilo Diltiazem 180 mg QD (atazanavir 400 mg QD) Recomendações relativas a coadministração REYATAZ/ritonavir não deve ser usado em combinação com medicamentos que são substractos da CYP3A4 e que têm um intervalo terapêutico estreito. diltiazem desacetyldiltiazem ↑2,5 (2,09 - 2,41 ↑2,65 (2,45 - 2,87) 94 ↑1,98 (1,78 - 2,19) ↑2,72 (2,44 - 3,03) ↑2,42 (2,14 - 2,73) ↑2,21 (2,02 - 2,42) Se REYATAZ/ritonavir for co-administrado com irinotecano, os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para as reacções adversas relacionadas com o irinotecano. Recomenda-se a monitorização mais frequente das concentrações terapêuticas destes medicamentos até estarem estabilizados os níveis plasmáticos. Recomenda-se precaução e, quando disponível, monitorização da concentração terapêutica. A utilização concomitante de quinidina está contraindicada (ver secção 4.3). Está contra-indicada a co-administração com bepridilo (ver secção 4.3). É recomendada uma redução da dose inicial de diltiazem em 50%, com titulação Medicamentos coadministrados (dose em mg) Verapamilo CORTICOSTERÓIDES Propionato de fluticasona intranasal 50 µg 4 vezes ao dia durante 7 dias (ritonavir 100 mg cápsules BID) DISFUNÇÃO ERÉCTIL Inibidores PDE5 Sildenafil PRODUTOS À BASE DE PLANTAS Hipericão (Hypericum perforatum) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Não foi observado efeito significativo nas concentrações de atazanavir. Houve um aumento no intervalo PR máximo comparado com atazanavir em monoterapia. Não foi estudada a co-administração de diltiazem e REYATAZ/ritonavir. O mecanismo da interacção de diltiazem/atazanavir é a inibição CYP3A4. As concentrações séricas de verapamilo podem ser aumentadas pelo REYATAZ/ritonavir devido a inibição CYP3A4. . Recomendações relativas a coadministração subsequente conforme necessário, e monitorização do ECG. Deverá ter-se precaução quando o verapamilo for coadministrado com REYATAZ/ritonavir. Os níveis plasmáticos de propionato de fluticasona aumentaram significativamente, enquanto que os níveis de cortisol intrinseco decresceram aproximadamente 86% (intervalo de confiança de 90%, 8289%). Pode esperar-se uma exacerbação dos efeitos quando o propionato de fluticasona é inalado. Foram notificados efeitos sistémicos dos corticosteróides, incluindo síndrome de Cushing e supressão adrenal em doentes a fazer tratamento com ritonavir e propionato de fluticasona, administrado por via inalatória ou nasal; estes efeitos podem igualmente verificar-se com outros corticosteróides metabolizados via P450 3A, como por ex., a budesonida. Ainda não se conhecem os efeitos da elevada exposição sistémica da fluticasona nos níveis plasmáticos do ritonavir. O mecanismo da interacção é a inibição CYP3A4. Não é recomendada a co-administração de REYATAZ/ritonavir e estes glucocorticóides, a não ser que o benefício potencial do tratamento ultrapasse o risco dos efeitos sistémicos dos corticosteróides (ver secção 4.4). Uma redução da dose do glucocorticóide deve ser considerada com rigorosa monitorização dos efeitos locais e sistémicos ou uma mudança para um glucocorticóide, que não seja um substracto para CYP3A4 (por ex., beclometasona). Além disso, no caso de suspensão dos glucocorticóides, a redução progressiva da dose poderá ter de realizar-se por um período de tempo mais longo. Sildenafil é metabolizado pelo CYP3A4. A co-administração com REYATAZ/ritonavir pode produzir concentrações aumentadas de sildenafil e um aumento nos acontecimentos adversos associados ao sildenafil, incluindo hipotensão, alterações visuais e priapismo. O mecanismo da interacção sildenafil/atazanavir é a inibição CYP3A4. Os doentes devem ser advertidos sobre estes possíveis efeitos secundários. Da utilização concomitante de hipericão com REYATAZ/ritonavir pode esperar-se que resulte uma redução significativa dos valores plasmáticos de atazanavir. Este efeito pode ser devido à indução da CYP3A4. Há um risco de perda de efeito terapêutico e de desenvolvimento de resistência (ver secção 4.3). Está contra-indicada a co-administração de REYATAZ/ritonavir com produtos contendo hipericão. CONTRACEPTIVOS HORMONAIS Etinilestradiol 35 μg + noretisterona (atazanavir 400 mg QD) A concentração dos contraceptivos orais aumentou devido à inibição da UGT. Por outro lado, o ritonavir pode diminuir as concentrações de etinilestradiol. Não foram estudados os efeitos da co-administração de contraceptivos orais e REYATAZ/ritonavir. 95 Deve ser evitada a coadministração de REYATAZ/ritonavir e contraceptivos orais (ver secção 4.4). Devem ser Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração considerados métodos de contracepção fiáveis alternativos. MEDICAMENTOS ANTIDISLIPIDÉMICOS Inibidores da reductase da HMG-CoA Sinvastatina A sinvastatina e a lovastatina dependem grandemente da Lovastatina CYP3A4 para o seu metabolismo e a co-administração com REYATAZ/ritonavir pode aumentar as suas concentrações. Atorvastatina O risco de miopatia incluindo rabdomiólise pode ser aumentado também com a atorvastatina, a qual é metabolizada pela CYP3A4. Não é recomendada a co-administração de sinvastatina ou lovastatina com REYATAZ/ritonavir devido ao risco aumentado de miopatia, incluindo rabdomiólise. É recomendada a utilização de outro inibidor da reductase da HMG-CoA que não sofra metabolismo pela CYP3A4 como a pravastatina ou fluvastatina. Recomenda-se precaução. OPIÁCEOS Buprenorfina, QD, dose de manutenção estável, (atazanavir 300 mg QD com ritonavir 100 mg QD) buprenorfina ↑1,67 ↑1,37 ↑1,69 norbuprenorfina ↑2,05 ↑1,61 ↑2,01 O mecanismo da interacção é a inibição CYP3A4 e UGT1A1. As concentrações de atazanavir não foram afectadas significativamente. Metadona, dose de manutenção estável (atazanavir 400 mg QD) SEDATIVOS Benzodiazepinas Midazolam Triazolam Não foi observado um efeito significativo nas concentrações de metadona. Dado que a dose baixa de ritonavir (100 mg duas vezes ao dia) mostrou não ter efeito significativo nas concentrações de metadona, com base nestes dados não é esperado haver interacção se a metadona for co-administrada com REYATAZ/ritonavir. Midazolam e triazolam são extensamente metabolizados pela CYP3A4. A co-administração com REYATAZ/ritonavir pode levar a um grande aumento na concentração destas benzodiazepinas. Não foram realizados estudos de interacção para a co-administração de REYATAZ/ritonavir com benzodiazepinas. Com base nos dados observados com outros inibidores da CYP3A4, espera-se que as concentrações plasmáticas de midazolam sejam significativamnete superiores quando midazolam é administrado por via oral. Os dados da utilização concomitante de midazolam parentérico com outros inibidores da protease sugerem um possível aumento de 3-4 vezes nas concentrações plasmáticas de midazolam. 96 A co-administração requer monitorização clínica da sedação e efeitos cognitivos. Pode ser considerada uma redução da dose de buprenorfina. Não é necessário o acerto da dose se a metadona for coadministrada com REYATAZ/ritonavir. REYATAZ/ritonavir não deve ser coadministrado com triazolam ou midazolan oral (ver secção 4.3), e recomenda-se precaução na coadministração de REYATAZ/ritonavir e midazolam parentérico. A co-administração de REYATAZ com midazolam deve ser feita em unidade de cuidados intensivos (UCI), ou semelhante, que permita rigorosa monitorização clínica e apoio médico apropriado no caso de depressão respiratória e/ou sedação prolongada. Deve ser considerado o acerto da dose, especialmente Medicamentos coadministrados (dose em mg) Medicamento avaliado AUC (IC de 90%) Cmax (IC de 90%) Cmin (IC de 90%) Recomendações relativas a coadministração se for administrada mais do que uma dose única de midazolam. 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados suficientes sobre a utilização de atazanavir em mulheres grávidas. Os estudos em animais não mostraram evidência de toxicidade selectiva no desenvolvimento ou de efeitos na função reprodutiva e na fertilidade (ver secção 5.3). REYATAZ só deverá ser utilizado na gravidez se o potencial benefício justificar o potencial risco. Desconhece-se se a administração de REYATAZ à mulher grávida irá exacerbar a hiperbilirrubinemia fisiológica e causar kernicterus no recém-nascido e no lactente. No período pré-parto deverá ser considerada monitorização adicional e uma terapêutica alternativa ao REYATAZ. Desconhece-se se o atazanavir é excretado no leite humano. Estudos efectuados no rato revelaram que o atazanavir é excretado no leite. Consequentemente, recomenda-se que as mulheres medicadas com REYATAZ não amamentem os filhos. Como recomendação geral, as mulheres infectadas pelo VIH não devem amamentar os filhos para evitar a transmissão do VIH. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Os doentes devem ser informados que foram notificados casos de tonturas durante o tratamento com regimes contendo REYATAZ (ver secção 4.8). 4.8 Efeitos indesejáveis REYATAZ foi avaliado quanto à segurança numa terapêutica combinada com outros medicamentos anti-retrovirais, em ensaios clínicos controlados em 1.806 doentes adultos, que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia (1.151 doentes, duração mediana de 52 semanas e 152 semanas de duração máxima) ou REYATAZ 300 mg/ritonavir 100 mg uma vez por dia (655 doentes, duração mediana de 96 semanas e 108 semanas de duração máxima). As reacções adversas foram consistentes entre os doentes que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia e os doentes que receberam REYATAZ 300 mg com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, exceptuando icterícia e elevação dos valores de bilirrubina total que foram notificadas mais frequentemente com REYATAZ/ritonavir. Entre os doentes que receberam REYATAZ 400 mg uma vez por dia, ou REYATAZ 300 mg com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, as únicas reacções adversas, de qualquer gravidade, notificadas muito frequentemente e com, pelo menos, uma possível relação com os regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs foram: náuseas (20%), diarreia (10%) e icterícia (13%). Entre os doentes a receber 300 mg de REYATAZ com 100 mg de ritonavir, a frequência da icterícia foi de 19%. Na maioria dos casos a icterícia foi relatada de poucos dias a poucos meses após o início do tratamento (ver secção 4.4). A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada a redistribuição da gordura corporal (lipodistrofia) nos doentes infectados pelo VIH, incluindo perda da gordura periférica e facial subcutânea, aumento da gordura intra-abdominal e visceral, aumento do volume mamário e acumulação dorsocervical de gordura (pescoço de búfalo). 97 A terapêutica anti-retroviral combinada tem sido associada a alterações metabólicas tais como hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, resistência à insulina, hiperglicemia e hiperlactatemia (ver secções 4.4 e 5.1). Doentes adultos Também foram notificadas as seguintes reacções adversas de intensidade moderada ou superior com, pelo menos, uma possível relação com regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs. A frequência das reacções adversas listadas abaixo é definida utilizando a seguinte convenção: muito frequentes (≥ 1/10), frequentes (≥ 1/100 a < 1/10), pouco frequentes (≥ 1/1.000 a < 1/100), raras (≥ 1/10.000 a < 1/1.000) ou muito raras (< 1/10.000). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Cardiopatias: raras: edema, palpitação Doenças do sistema nervoso: frequentes: cefaleia; pouco frequentes: neuropatia periférica, síncope, amnésia, tonturas, sonolência, disgeusia Afecções oculares: frequentes: icterícia ocular Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: pouco frequentes: dispneia Doenças gastrointestinais: frequentes: vómitos, diarreia, dor abdominal, náuseas, dispepsia; pouco frequentes: pancreatite, gastrite, distensão abdominal, estomatite aftosa, flatulência, boca seca Doenças renais e urinárias: pouco frequentes: nefrolitíase, hematúria, proteinúria, polaquiúria; raras: dor renal Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos: Doenças do metabolismo e da nutrição: frequentes: erupção cutânea; pouco frequentes: urticária, alopecia, prurido; raras: erupção cutânea vesiculobolhosa, eczema, vasodilatação pouco frequentes: atrofia muscular, artralgia, mialgia; raras: miopatia pouco frequentes: perda de peso, ganho de peso, anorexia, aumento do apetite Vasculopatias: pouco frequentes: hipertensão Perturbações gerais e alterações no local de administração: frequentes: síndrome de lipodistrofia, fadiga; pouco frequentes: dor torácica, mal-estar geral, pirexia, astenia; raras: perturbação da marcha pouco frequentes: hipersensibilidade Doenças do sistema imunitário: Afecções hepatobiliares: frequentes: icterícia; pouco frequentes: hepatite; raras: hepatosplenomegalia Doenças dos órgãos genitais e da mama: pouco frequentes: ginecomastia Perturbações do foro psiquiátrico: pouco frequentes: depressão, desorientação, ansiedade, 98 insónia, perturbação do sono, sonhos estranhos Em doentes infectados pelo VIH com deficiência imunológica grave à data de início da terapêutica anti-retroviral combinada (TARC), pode ocorrer uma reacção inflamatória a infecções oportunistas assintomáticas ou residuais (ver secção 4.4). Foram notificados casos de osteonecrose, particularmente em doentes com factores de risco identificados, doença por VIH avançada ou exposição prolongada a terapêutica anti-retroviral combinada (TARC). A sua frequência é desconhecida (ver secção 4.4). Alterações laboratoriais As alterações laboratoriais mais frequentemente notificadas em doentes a receber regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs foram elevação da bilirrubina total relatadas predominantemente como bilirrubina indirecta (não conjugada) elevada (87% de Grau 1, 2, 3 ou 4). Foi observada elevação de Grau 3 ou 4 da bilirrubina total em 37% (6% de Grau 4). Entre os doentes envolvidos na experiência tratados com 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, durante uma mediana de 95 semanas, 53% apresentavam elevações da bilirrubina total de Grau 3-4 (ver secção 4.4). Entre os doentes sem terapêutica prévia tratados com 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia durante uma mediana de 96 semanas, 48% apresentaram elevações da bilirrubina total de Grau 3-4 (ver secção 4.4). Outras alterações laboratoriais clínicas acentuadas (Grau 3 ou 4) relatadas em ≥ 2% dos doentes a receber regimes contendo REYATAZ e um ou mais NRTIs incluem: creatina cinase elevada (7%), alanina aminotransferase/transaminase glutâmica-pirúvica sérica (ALT/SGPT) elevada (4%), neutrófilos baixos (5%), aspartato aminotransferase/transaminase glutâmica-oxaloacética (AST/SGOT) elevada (3%) e lipase elevada (3%). Dois por cento de doentes tratados com REYATAZ tiveram elevações concomitantes de Grau 3-4 das ALT/AST e de Grau 3-4 da bilirrubina total. Doentes co-infectados com vírus da hepatite B e/ou hepatite C: Entre os 1.151 doentes que receberam 400 mg de atazanavir uma vez por dia, 177 doentes estavam coinfectados com hepatite B ou C crónica, e, dos 655 doentes que receberam 300 mg de atazanavir uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia, 97 doentes estavam co-infectados com hepatite B ou C crónica. Os doentes co-infectados estavam mais susceptíveis de ter elevações dos valores de base das transaminases hepáticas do que os doentes sem hepatite viral crónica. Entre estes doentes e os doentes sem hepatite viral não foram observadas diferenças na frequência das elevações da bilirrubina. A frequência de hepatite emergente com o tratamento ou de elevações da transaminase nos doentes coinfectados foi comparável entre REYATAZ e os regimes comparadores (ver secção 4.4). Experiência do pós-comercialização Na pós-comercialização houve notificações de frequência desconhecida para torsades de pointes, prolongamento do QTc, diabetes mellitus, hiperglicemia, nefrolitíase, e perturbações da vesícula biliar, incluindo colelitíase, colecistite e colestase. 4.9 Sobredosagem A experiência da sobredosagem aguda com REYATAZ no ser humano é limitada. Doses únicas até 1.200 mg foram ingeridas por voluntários saudáveis sem efeitos sintomáticos indesejáveis. Com doses elevadas que levam a exposições elevadas ao fármaco pode observar-se icterícia devida a hiperbilirrubinemia indirecta (não conjugada) (sem alterações dos testes da função hepática associadas) ou prolongamentos dos intervalos PR (ver secções 4.4 e 4.8). O tratamento da sobredosagem com REYATAZ deve consistir em medidas gerais de suporte, incluindo monitorização dos sinais vitais e electrocardiograma (ECG) e observações do estado clínico do doente. Se indicado, a eliminação do atazanavir não absorvido deve ser conseguida por emese ou lavagem gástrica. A administração de carvão activado também pode ser utilizada para auxiliar a 99 remoção do fármaco não absorvido. Não existe um antídoto específico para a sobredosagem com REYATAZ. Uma vez que o atazanavir é extensamente metabolizado pelo fígado e se liga grandemente às proteínas plasmáticas, não é provável que a diálise seja benéfica na remoção significativa deste medicamento. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: inibidor da protease, código ATC: J05AE08 Mecanismo de acção: o atazanavir é um azapeptido inibidor da protease do VIH-1 (IP). O composto inibe selectivamente o processamento específico pelo vírus das proteínas virais Gag-Pol nas células infectadas pelo VIH-1, impedindo, consequentemente, a formação de viriões maturos e a infecção de outras células. Actividade antiviral in vitro: o atazanavir exibe actividade anti-VIH-1 (incluindo todos os clados testados) e actividade anti-VIH-2 em culturas celulares. Resistência Nos ensaios clínicos de doentes sem tratamento anti-retroviral prévio tratados com atazanavir não potenciado, a substituição I50L, por vezes em associação a uma alteração A71V, é a substituição de resistência característica para o atazanavir. Os níveis de resistência ao atazanavir variaram de 3,5 a 29 vezes sem evidência de resistência cruzada fenotípica a outros IPs. Nos ensaios clínicos de doentes sem tratamento anti-retroviral prévio tratados com atazanavir potenciado, a substituição I50L não surgiu em qualquer doente sem substituições IP de base. A substituição N88S raramente tem sido observada em doentes com falência virológica ao atazanavir (com ou sem ritonavir). Apesar de poder contribuir para uma susceptibilidade diminuída ao atazanavir quando ocorre com outras substituições da protease, em estudos clínicos, o N88S por si próprio nem sempre conduz a resistência fenotípica ao atazanavir ou tem um impacto consistente na eficácia clínica. Quadro 2. Substituições de novo nos doentes sem tratamento prévio com falência terapêutica com atazanavir + ritonavir (Estudo 138, 96 semanas) Frequência substituição IP de novo (n=26)a >20% nenhuma 10-20% nenhuma a Número de doentes com pares de genótipo classificados como falências virológicas (ARN VIH ≥ 400 cópias/ml). A substituição M184I/V surgiu em 5/26 doentes com falência virológica tratados com REYATAZ/ritonavir e em 7/26 doentes com falência virológica tratados com lopinavir/ritonavir. Tratamento anti-retroviral em doentes com terapêutica prévia Nos doentes previamente tratados com anti-retrovirais dos Estudos 009, 043 e 045, 100 isolados de doentes designados como falência virológica com terapêutica que incluía ou atazanavir, atazanavir + ritonavir, ou atazanavir + saquinavir foram determinados como tendo desenvolvido resistência ao atazanavir.Dos 60 isolados dos doentes tratados com atazanavir ou atazanavir + ritonavir, 18 (30%) mostraram o fenotipo I50L descrito antes nos doentes sem terapêutica prévia. Quadro 3. Substituições de novo nos doentes com tratamento prévio em falência terapêutica com atazanavir + ritonavir (Estudo 045, 48 semanas) Frequência substituição IP de novo (n=35)a,b >20% M36, M46, I54, A71, V82 10-20% L10, I15, K20, V32, E35, S37, F53, I62, G73, I84, L90 a Número de doentes com pares de genótipo classificados como falências virológicas (HIV RNA ≥ 400 cópias/ml). Dez doentes tinham resistência fenotípica de base ao atazanavir + ritonavir (alteração > 5,2 na razão entre a CI50 da amostra e a CI50 da estirpe selvagem; CI50 é a concentração necessária para inibir a replicação viral em 50 %). A alteração na b 100 susceptibilidade ao fármaco foi avaliada em cultura de células, relativa à estirpe selvagem utilizando PhenoSenseTM (Monogram Biosciences, South San Francisco, California, USA) Nenhuma das substituições de novo (ver Quadro 3) são específicas do atazanavir e podem reflectir o re-aparecimento de resistências pré-existentes ao atazanavir + ritonavir na população do Estudo 045 com tratamento prévio. A resistência nos doentes previamente tratados com anti-retrovirais ocorre principalmente por acumulação das substituições de resistência principais e menores previamente descritas como estando envolvidas na resistência aos inibidores da protease. Resultados clínicos Em doentes sem terapêutica anti-retroviral prévia O Estudo138 é um ensaio prospectivo, multicêntrico, sem ocultação, aleatorizado, internacional de doentes sem tratamento prévio, comparando o REYATAZ/ritonavir (300 mg/100 mg uma vez por dia) a lopinavir/ritonavir (400 mg/100 mg duas vezes ao dia), cada um em combinação com uma dose fixa de tenofovir/emtricitabina (300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). O ramo de REYATAZ/ritonavir mostrou eficácia antiviral semelhante (não inferior) comparado com o ramo lopinavir/ritonavir, avaliado pela proporção de doentes com ARN VIH < 50 cópias/ml na semana 48 (Quadro 4). As análises de dados de 96 semanas de tratamento demonstraram durabilidade da actividade antiviral (Quadro 4). Quadro 4: Resultados de eficácia no Estudo 138a 101 Parâmetro REYATAZ/ritonavirb (300 mg/100 mg uma vez dia) n=440 Semana 48 ARN VIH <50 cópias/ml, % Todos os doentesd Diferença estimada [IC de 95%]d Análise por protocoloe Semana 96 78 Lopinavir/ritonavirc (400 mg/100 mg duas vezes dia) n=443 Semana 48 74 76 Semana 48: 1,7% [-3,8%, 7,1%] Semana 96: 6,1% [0,3%, 12,0%] 86 91 89 (n=392f) (n=352) (n=372) Diferença estimadae Semana 48: -3% [-7,6%, 1,5%] [IC de 95%] Semana 96: 2,2% [-2,3%, 6,7%] ARN VIH <50 cópias/ml, % por característica de based HIV RNA <100,000 cópias/ml 82 (n=217) 75 (n=217) 81 (n=218) ≥100,000 cópias/ml 74 (n=223) 74 (n=223) 72 (n=225) Contagem CD4 78 (n=58) 78 (n=58) 63 (n=48) 3 <50 células/mm 50 a <100 76 (n=45) 71 (n=45) 69 (n=29) células/mm3 100 a <200 75 (n=106) 71 (n=106) 78 (n=134) 3 células/mm ≥ 200 células/mm3 80 (n=222) 76 (n=222) 80 (n=228) Mediana da alteração de ARN VIH de base, log10 cópias/ml Todos os doentes -3,09 (n=397) -3,21 (n=360) -3,13 (n=379) 3 Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm Todos os doentes 203 (n=370) 268 (n=336) 219 (n=363) Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm3 por característica de base ARN VIH 179 (n=183) 243 (n=163) 194 (n=183) <100.000 cópias/ml ≥100.000 cópias/ml 227 (n=187) 291 (n=173) 245 (n=180) a Semana 96 68 89 (n=331) 70 (n=218) 66 (n=225) 58 (n=48) 69 (n=29) 70 (n=134) 69 (n=228) -3,19 (n=340) 290 (n=317) 267 (n=152) 310 (n=165) A mediana da contagem de células CD4 de base foi 214 células/mm3 (intervalo 2 a 810 células/mm3) e o ARN VIH-1 plasmático mediano de base foi 4,94 log10 cópias/ml (intervalo 2,6 a 5,88 log10 cópias/ml) b REYATAZ/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). c Lopinavir/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). d Análise de intenção para tratar, com valores em falta considerados como falências. e Análise por protocolo: Excluindo os doentes que não completaram e os doentes com desvios grandes ao protocolo. f Número de doentes avaliáveis. Em doentes com terapêutica anti-retroviral prévia O Estudo 045 é um ensaio multicêntrico, aleatorizado, que compara REYATAZ/ritonavir (300/100 mg uma vez por dia) e REYATAZ/saquinavir (400/1.200 mg uma vez por dia), a lopinavir + ritonavir (associação de dose fixa de 400/100 mg duas vezes por dia), cada em associação com tenofovir (ver secções 4.5 e 4.8) e um NRTI, em doentes com falência virológica em dois ou mais regimes prévios contendo, pelo menos um IP, NRTI e NNRTI. Para os doentes aleatorizados, o tempo médio de exposição anti-retroviral prévia foi 138 semanas para IP, 281 semanas para NRTI e 85 semanas para NNRTI. Na linha de base, 34% dos doentes estavam a receber um IP e 60% um NNRTI. Quinze dos 120 doentes (13%) no ramo de tratamento com REYATAZ + ritonavir e 17 dos 123 doentes (14%) no ramo lopinavir + ritonavir, tinham quatro, ou mais das substituições IP L10, M46, I54, V82, I84 e L90. Trinta e dois por cento dos doentes no estudo tinham uma estirpe viral com menos do que duas substituições a NRTI. O objectivo primário foi a diferença média no tempo a partir do valor basal para os níveis de ARN VIH ao longo das 48 semanas (Quadro 5). 102 Quadro 5: Resultados de eficácia na semana 48a e na semana 96 (Estudo 045) Diferença média no LPV/RTVc (400 mg/ ATV/RTVb (300 mg/ tempo ATV/RTV100 mg duas vezes por Parâmetro 100 mg uma vez por dia) LPV/RTV dia) n=120 [ICd de 97.5%] n=123 Semana 48 Semana 96 Semana 48 Semana 96 Semana 48 Semana 96 Mediana da alteração de ARN VIH de base, log10 cópias/ml Todos os -1,93 -2,29 -1,87 -2,08 0,13 0,14 doentes (n=90 e) (n=64) (n=99) (n=65) [-0,12, 0,39] [-0,13, 0,41] ARN VIH <50 cópias/ml, %f (respondedor/avaliável) Todos os 36 (43/120) 32 (38/120) 42 (52/123 35 (41/118) NA NA doentes ARN VIH <50 cópias/ml por substituições aos IP seleccionadas de base,f, g % (respondedor/avaliável) 0-2 44 (28/63) 41 (26/63) 56 (32/57) 48 (26/54) NA NA 3 18 (2/11) 9 (1/11) 38 (6/16) 33 (5/15) NA NA ≥4 27 (12/45) 24 (11/45) 28 (14/50) 20 (10/49) NA NA Mediana da alteração de CD4 de base, células/mm3 Todos os 110 (n=83) 122 (n=60) 121 (n=94) 154 (n=60) NA NA doentes a A mediana da contagem de células CD4 de base foi 337 células/mm3 (intervalo: 14 a 1.543 células/mm3) e o ARN VIH-1 plasmático mediano de base foi foi 4,4 log10 cópias/ml (intervalo: 2,6 a 5,88 log10 cópias/ml). b ATV/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). c LPV/RTV com tenofovir/emtricitabina (dose fixa 300 mg/200 mg comprimidos uma vez por dia). d Intervalo de confiança. e Número de doentes avaliáveis. f Análise de intenção para tratar, com valores em falta considerados como falências. Os respondedores a LPV/RTV que completaram o tratamento antes da Semana 96 são exluídos da análise à semana 96. A proporção de doentes com ARN VIH < 400 cópias/ml foi 53% e 43% para ATV/RTV e 54% e 46% para LPV/RTV nas semanas 48 e 96, respectivamente. g Substituições seleccionadas incluem qualquer alteração de base nas posições L10, K20, L24, V32, L33, M36, M46, G48, I50, I54, L63, A71, G73, V82, I84, e L90 (0-2, 3, 4 ou mais). NA = não aplicável. Ao longo das 48 semanas de tratamento, a mediana das alterações de base nos níveis de ARN VIH para REYATAZ + ritonavir e lopinavir + ritonavir foi similar (não inferior). Foram obtidos resultados consistentes utilizando o método de análise da última observação acumulada (diferença média no tempo de 0,11; intervalo de confiança 97,5% [-0,15; 0,36]). Pela análise como tratada, excluindo os valores em falta, as proporções de doentes com ARN VIH < 400 cópias/ml (< 50 cópias/ml) no ramo REYATAZ/ritonavir e no ramo lopinavir/ritonavir foram de 55% (40%) e 56% (46%), respectivamente. Ao longo das 96 semanas de tratamento, a mediana das alterações de base nos níveis de ARN VIH para REYATAZ + ritonavir e lopinavir + ritonavir cumpriu os critérios de não inferioridade com base nos casos observados. Foram obtidos resultados consistentes com a última observação efectuada pelo método de análise. Pela análise como tratada, excluindo os valores em falta, a proporção de doentes com ARN-VIH < 400 cópias/ml (< 50 cópias/ml) para REYATAZ/ritonavir foi de 84% (72%) e para lopinavir/ritonavir foi de 82% (72%). É importante ter em consideração que na altura da análise às 96 semanas, 48% dos doentes permaneceram no estudo. REYATAZ/saquinavir mostrou ser inferior a lopinavir/ritonavir. 5.2 Propriedades farmacocinéticas A farmacocinética do atazanavir foi avaliada em voluntários adultos saudáveis e em doentes infectados pelo VIH; foram observadas diferenças substanciais entre os dois grupos. A farmacocinética do atazanavir tem uma disponibilidade não linear. Em indivíduos saudáveis, a AUC do atazanavir das cápsulas e do pó oral foi semelhante. 103 Absorção: em doentes infectados pelo VIH (n=33, estudos combinados), múltiplas doses de 300 mg de REYATAZ uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia com alimentos levou a uma média geométrica (CV%) da Cmax do atazanavir de 4466 ng/ml (42%), com o tempo para Cmax aproximadamente 2,5 horas. A média geométrica (CV%) para Cmin e AUC do atazanavir foi 654 ng/ml (76%) e 44185 ng.h/ml (51%), respectivamente. Efeito dos alimentos: a co-administração de REYATAZ com ritonavir com alimentos optimiza a biodisponibilidade do atazanavir. A co-administração de uma dose única de 300 mg de REYATAZ e 100 mg de ritonavir com uma refeição ligeira resultou num aumento de 33% na AUC e num aumento de 40% tanto na Cmax como na concentração do atazanavir às 24 horas em relação ao estado de jejum. A co-administração com uma refeição rica em gorduras não afectou a AUC do atazanavir em relação às condições em jejum e a Cmax estava nos 11% dos valores em jejum. A concentração às 24 horas após uma refeição rica em gorduras foi aumentada de aproximadamente 33% devido à absorção retardada; a mediana do Tmax aumentou de 2,0 para 5,0 horas. A administração de REYATAZ com ritonavir, tanto com uma refeição ligeira como com refeição rica em gorduras, diminuíu o coeficiente de variação da AUC e Cmax por cerca de 25% em comparação com o estado de jejum. Para melhorar a biodisponibilidade e minimizar a variabilidade, REYATAZ deve ser tomado com alimentos. Distribuição: o atazanavir ligou-se em cerca de 86% às proteínas séricas humanas num intervalo de concentrações de 100 a 10.000 ng/ml. O atazanavir liga-se à alfa-1-ácido glicoproteína (AAG) e albumina numa extensão semelhante (89% e 86%, respectivamente, a 1.000 ng/ml). Num estudo de dose múltipla em doentes infectados pelo VIH, com a administração de 400 mg de atazanavir uma vez por dia com uma refeição ligeira durante 12 semanas, foi detectado atazanavir no líquido cerebrospinal e no sémen. Metabolismo: estudos em humanos e estudos in vitro utilizando microssomas hepáticos humanos demonstraram que o atazanavir é principalmente metabolizado pela isoenzima CYP3A4 em metabolitos oxigenados. Os metabolitos são depois excretados na bílis como metabolitos livres ou glucuronados. As vias metabólicas secundárias adicionais consistem em N-desalquilação e hidrólise. Foram caracterizados dois metabolitos secundários do atazanavir no plasma. Nenhum metabolito demonstrou actividade antiviral in vitro. Eliminação: após uma dose única de 400 mg de 14C-atazanavir, 79% e 13% da radioactividade total foi recuperada das fezes e urina, respectivamente. O fármaco inalterado detectado nas fezes e urina correspondeu a aproximadamente 20% e 7% da dose administrada, respectivamente. A excreção urinária média do fármaco inalterado foi de 7% após 2 semanas com administração de 800 mg uma vez por dia. Em doentes adultos infectados pelo VIH (n=33, estudos combinados), a semi-vida média de eliminação no intervalo das doses para o atazanavir foi 12 horas no estado estacionário após a administração de uma dose de 300 mg diários com 100 mg de ritonavir diários com uma refeição ligeira. Populações especiais Compromisso da função renal: em indivíduos saudáveis, a eliminação renal do atazanavir inalterado foi de aproximadamente 7% da dose administrada. Não há dados farmacocinéticos disponíveis para REYATAZ com ritonavir em doentes com insuficiência renal. REYATAZ (sem ritonavir) foi estudado em doentes adultos com compromisso renal grave (n = 20), incluindo os doentes em hemodiálise, com doses múltiplas de 400 mg uma vez por dia. Apesar deste estudo apresentar algumas limitações (i.e. não foram estudadas as concentrações do fármaco não ligado), os resultados sugeriram que os parâmetros farmacocinéticos do atazanavir diminuiram em 30 % a 50 % nos doentes a fazer hemodiálise em comparação com os doentes com função renal normal. O mecanismo desta diminuição não é conhecido (ver secções 4.2 e 4.4). Compromisso da função hepática: o atazanavir é metabolizado e eliminado principalmente pelo fígado. Não foram estudados os efeitos do compromisso hepático na farmacocinética do atazanavir após uma dose de 300 mg com ritonavir. Espera-se que as concentrações de atazanavir, com ou sem 104 ritonavir, sejam aumentadas nos doentes com compromisso hepático moderado ou grave (ver secções 4.2, 4.3 e 4.4). Idade/Sexo: foi realizado um estudo sobre a farmacocinética do atazanavir em 59 indivíduos saudáveis do sexo masculino e feminino (29 jovens, 30 idosos). Não houve diferenças clinicamente significativas na farmacocinética do atazanavir relativamente à idade ou sexo. Raça: a análise farmacocinética da população de amostras dos ensaios clínicos de Fase II não indicou efeito da raça na farmacocinética do atazanavir. Lactentes, bébés até aos dois anos, crianças e adolescentes: a farmacocinética do atazanavir nos doentes pediátricos, estratificados por idade, está a ser estudada após a administração de doses múltiplas. De momento não há dados suficientes para recomendar uma dose (ver secção 4.2). 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em estudos de toxicidade por dose repetida, realizados em ratinhos, ratos e cães, os resultados relacionados com o atazanavir foram geralmente confinados ao fígado e geralmente incluíram aumentos mínimos a ligeiros na bilirrubina sérica e enzimas hepáticas, vacuolização e hipertrofia hepatocelular e, apenas nos ratinhos fêmea, necrose das células hepáticas. As exposições sistémicas ao atazanavir em ratinhos (machos), ratos e cães em doses associadas a alterações hepáticas foram pelo menos iguais às observadas em humanos aos quais foi administrada a dose recomendada de 400 mg uma vez por dia. No ratinho fêmea, a exposição ao atazanavir com doses que produzem necrose das células hepáticas foi 12 vezes superior à exposição em humanos a quem foi administrada a dose de 400 mg uma vez por dia. O colesterol sérico e a glucose foram minimamente a ligeiramente aumentados em ratos, mas não em ratinhos ou cães. Durante os estudos in vitro, o canal cardíaco de potássio humano clonado (hERG), foi inibido em 15% numa concentração (30 μM) de atazanavir correspondente a 30 vezes a concentração de fármaco livre na Cmax em humanos. Concentrações semelhantes de atazanavir, no estudo com fibras de Purkinje de coelho, aumentaram em 13 % a duração do potencial de acção (APD90). As alterações electrocardiográficas (bradicardia sinusal, prolongamento do intervalo PR, prolongamento do intervalo QT, e prolongamento do complexo QRS) foram observadas apenas num estudo inicial de toxicidade oral de 2 semanas realizado em cães. Estudos de toxicidade oral subsequentes de 9 meses em cães não mostraram alterações electrocardiográficas relacionadas com o fármaco. Desconhece-se a relevância clínica destes dados pré-clínicos. Não podem ser excluídos os potenciais efeitos cardíacos deste medicamento no ser humano (ver secções 4.4 e 4.8). O potencial para prolongamento PR deve ser considerado em casos de sobredosagem (ver secção 4.9). Num estudo de desenvolvimento embrionário precoce e de fertilidade em ratos, o atazanavir alterou o ciclo estral sem efeitos no acasalamento ou fertilidade. Não foram observados efeitos teratogénicos no rato ou coelho com doses maternalmente tóxicas. Nos coelhos fêmea grávidos foram observadas lesões graves do estômago e intestino no coelho fêmea morto ou moribundo com doses maternas 2 e 4 vezes superiores à dose mais elevada administrada no estudo definitivo de desenvolvimento embrionário. Na avaliação do desenvolvimento pré e pós-natal em ratos, o atazanavir produziu uma redução transitória no peso corporal das ninhadas com doses maternas tóxicas. A exposição sistémica ao atazanavir com doses que resultam em toxicidade materna foi, pelo menos, igual ou ligeiramente superior à observada em humanos a quem foi administrada a dose de 400 mg uma vez por dia. O atazanavir foi negativo num teste de Ames de mutação reversa mas induziu aberrações cromossómicas in vitro na ausência e na presença de activação metabólica. Nos estudo in vivo em ratos, o atazanavir não induziu micronúcleos na medula óssea, lesões no ADN no duodeno (comet assay) nem alterou a reparação do DNA no fígado com concentrações plasmáticas e tecidulares que excedem as que foram clastogénicas in vitro. Nos estudos de carcinogenicidade a longo prazo do atazanavir em ratinhos e ratos, foi observada, apenas em ratinhos fêmea, uma incidência aumentada de adenomas hepáticos benignos. A incidência 105 aumentada de adenomas hepáticos benignos hepáticos no ratinho fêmea foi considerada como provavelmente secundária às alterações hepáticas citotóxicas manifestadas por necrose da célula hepática e não foi considerada como tendo relevância para o ser humano nas exposições terapêuticas desejadas. Não houve achados tumorigénicos no ratinho macho nem em ratos. O atazanavir aumentou a opacidade da córnea de bovinos num estudo in vitro, indicando que pode ser irritante ocular em contacto directo com o olho. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Aspartamo (E951) Sacarose Aroma de laranja baunilha contendo: Amido de milho modificado Dextrose Butilhidroxitolueno (E321) 6.2 Incompatibilidades Não aplicável. 6.3 Prazo de validade 2 anos. Após abertura: 2 meses. 6.4 Precauções especiais de conservação Manter o frasco bem fechado. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Frascos de polietileno de alta densidade (PEAD) com fecho de polipropileno resistente à abertura por crianças. Cada frasco contém 180 g de REYATAZ e está acondicionado numa embalagem com uma colher-medida. 6.6 Precauções especiais de eliminação Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/03/267/007 106 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 02 Março 2004 Data da última renovação: 02 Março 2009 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO {mês ano} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu/. 107 ANEXO II A. TITULAR(ES) DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL(VEIS) PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 108 A. TITULAR(ES) DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL(VEIS) PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE Nome e endereço do(s) fabricante(s) responsável(veis) pela libertação do lote Bristol-Myers Squibb, Champ “Lachaud”, La Goualle, F-19250 Meymac, França Bristol-Myers Squibb, Rue du Docteur Gilles, F-28230 Epernon, França Bristol-Myers Squibb S.r.l., Contrada Fontana del Ceraso, 03012 Anagni (FR), Itália O folheto informativo que acompanha o medicamento deve mencionar o nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote em causa. B. • CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Medicamento de receita médica restrita, de utilização reservada a certos meios especializados (ver anexo I: Resumo das Características do Medicamento, secção 4.2.). • CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO Não aplicável. • OUTRAS CONDIÇÕES Sistema de farmacovigilância O Titular da Autorização de Introdução no Mercado tem de assegurar que o sistema de farmacovigilância, tal como descrito na versão 3.0 apresentada no Módulo 1.8.1. do Pedido da Autorização de Introdução no Mercado, está implementado e em funcionamento antes e enquanto o produto estiver no mercado. Plano de Gestão do Risco O Titular da Autorização de Introdução no Mercado compromete-se a efectuar os estudos e as actividades de farmacovigilância adicionais detalhadas no Plano de Farmacovigilância, tal como acordado na versão 1.0 do Plano de Gestão do Risco (PGR) apresentado no Módulo 1.8.2. do Pedido da Autorização de Introdução no Mercado, assim como todas as actualizações subsequentes do PGR acordadas pelo CHMP. De acordo com a Norma Orientadora do CHMP sobre Sistemas de Gestão do Risco para medicamentos de uso humano, qualquer actualização do PGR deve ser submetido ao mesmo tempo que o Relatório Periódico de Segurança (RPS) seguinte. Além disso, deve ser submetido um PGR actualizado. • Quando for recebida nova informação que possa ter impacto na actual Especificação de Segurança, no Plano de Farmacovigilância ou nas actividades de minimização do risco • No período de 60 dias após ter sido atingido um objectivo importante (farmacovigilância ou minimização do risco) • A pedido da EMEA 109 ANEXO III ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO 110 A. ROTULAGEM 111 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO TEXTO PARA A EMBALAGEM EXTERIOR (EMBALAGENS COM FRACO E BLISTER) E TEXTO PARA RÓTULO DO FRASCO 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 100 mg cápsulas atazanavir 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) Cada cápsula contém 100 mg de atazanavir (sob a forma de sulfato). 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Excipientes: contém lactose (consultar o folheto informativo para informações adicionais). 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO Cartonagem e rótulo para embalagem com frasco (1 frasco): 60 cápsulas Embalagem com blister: 60 cápsulas 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. As cápsulas devem ser deglutidas inteiras. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.{MM/AAAA} 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Embalagem com frasco: Não conservar acima de 25°C. 112 Embalagem com blister: Não conservar acima de 25°C. Conservar na embalagem de origem. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Embalagem com frasco 60 cápsulas: EU/1/03/267/001 Embalagem com blister : 60 cápsulas: EU/1/03/267/002 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Embalagem exterior: REYATAZ 100 mg 113 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 100 mg cápsulas atazanavir 2. NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG 3. PRAZO DE VALIDADE VAL. {MM/AAAA} 4. NÚMERO DO LOTE Lote 5. OUTRAS 114 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO TEXTO PARA A EMBALAGEM EXTERIOR (EMBALAGENS COM FRACO E BLISTER) E TEXTO PARA RÓTULO DO FRASCO 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 150 mg cápsulas atazanavir 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) Cada cápsula contém 150 mg de atazanavir (sob a forma de sulfato). 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Excipientes: contém lactose (consultar o folheto informativo para informações adicionais). 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO Cartonagem e rótulo para embalagem com frasco (1 frasco): 60 cápsulas Embalagem com blister: 60 cápsulas 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. As cápsulas devem ser deglutidas inteiras. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.{MM/AAAA} 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Embalagem com frasco: Não conservar acima de 25°C. 115 Embalagem com blister: Não conservar acima de 25°C. Conservar na embalagem de origem. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Embalagem com frasco 60 cápsulas: EU/1/03/267/003 Embalagem com blister : 60 cápsulas: EU/1/03/267/004 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Embalagem exterior: REYATAZ 150 mg 116 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 150 mg cápsulas atazanavir 2. NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG 3. PRAZO DE VALIDADE VAL. {MM/AAAA} 4. NÚMERO DO LOTE Lote 5. OUTRAS 117 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO TEXTO PARA A EMBALAGEM EXTERIOR (EMBALAGENS COM FRACO E BLISTER) E TEXTO PARA RÓTULO DO FRASCO 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 200 mg cápsulas atazanavir 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) Cada cápsula contém 200 mg de atazanavir (sob a forma de sulfato). 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Excipientes: contém lactose (consultar o folheto informativo para informações adicionais). 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO Cartonagem e rótulo para embalagem com frasco (1 frasco): 60 cápsulas Embalagem com blister: 60 cápsulas 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. As cápsulas devem ser deglutidas inteiras. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.{MM/AAAA} 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Embalagem com frasco: Não conservar acima de 25°C. 118 Embalagem com blister: Não conservar acima de 25°C. Conservar na embalagem de origem. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Embalagem com frasco 60 cápsulas: EU/1/03/267/005 Embalagem com blister : 60 cápsulas: EU/1/03/267/006 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Embalagem exterior: REYATAZ 200 mg 119 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 200 mg cápsulas atazanavir 2. NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG 3. PRAZO DE VALIDADE VAL. {MM/AAAA} 4. NÚMERO DO LOTE Lote 5. OUTRAS 120 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO TEXTO PARA A EMBALAGEM EXTERIOR (EMBALAGENS COM FRACO E BLISTER) E TEXTO PARA RÓTULO DO FRASCO 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 300 mg cápsulas atazanavir 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) Cada cápsula contém 300 mg de atazanavir (sob a forma de sulfato). 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Excipientes: contém lactose (consultar o folheto informativo para informações adicionais). 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO Cartonagem e rótulo para embalagem com frasco (1 frasco): 30 cápsulas Cartonagem da embalagem com frasco: (3 frascos): 3 x 30 cápsulas (3 frascos de 30 cápsulas) Rótulo da embalagem com frasco: (3 frascos): 30 cápsulas de uma embalagem múltipla contendo 3 frascos Embalagem com blister: 30 cápsulas 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. As cápsulas devem ser deglutidas inteiras. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.{MM/AAAA} 121 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Embalagem com frasco: Não conservar acima de 25°C. Embalagem com blister: Não conservar acima de 25°C. Conservar na embalagem de origem. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Embalagem com frasco 30 cápsulas: EU/1/03/267/008 3 x 30 cápsulas: EU/1/03/267/010 Embalagem com blister : 30 cápsulas: EU/1/03/267/009 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Embalagem exterior: REYATAZ 300 mg 122 INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 300 mg cápsulas atazanavir 2. NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG 3. PRAZO DE VALIDADE VAL. {MM/AAAA} 4. NÚMERO DO LOTE Lote 5. OUTRAS 123 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO TEXTO PARA A EMBALAGEM EXTERIOR E PARA O RÓTULO DO FRASCO COM PÓ ORAL 1. NOME DO MEDICAMENTO REYATAZ 50 mg/1,5 g pó oral atazanavir 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) Uma colher medida de 1,5 g de pó oral contém 50 mg de atazanavir (como sulfato). 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Também contém aspartamo (E951) e sacarose (consultar o folheto informativo para informações adicionais). 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 180 g de pó oral 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.{MM/AAAA} 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Manter o frasco bem fechado. 124 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/03/267/007 13. NÚMERO DO LOTE Lote 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Cartonagem: REYATAZ 50 mg/1,5 g 125 B. FOLHETO INFORMATIVO 126 FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR REYATAZ 100 mg cápsulas atazanavir Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico. Neste folheto: 1. 2. 3. 4. 5. 6. O que é REYATAZ e para que é utilizado Antes de tomar REYATAZ Como tomar REYATAZ Efeitos secundários possíveis Como conservar REYATAZ Outras informações 1. O QUE É REYATAZ E PARA QUE É UTILIZADO REYATAZ é um medicamento antivírico (ou anti-retroviral). Pertence a um grupo de medicamentos designados de inibidores da protease. Estes medicamentos controlam a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) parando uma proteína de que o VIH necessita para se multiplicar. Eles actuam reduzindo a quantidade de VIH no organismo o que fortalece o sistema imunitário. Deste modo, REYATAZ reduz o risco do desenvolvimento de doenças relacionadas com a infecção pelo VIH. O seu médico receitou-lhe REYATAZ porque tem uma infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). É usado habitualmente em associação com outros medicamentos anti-VIH. O seu médico discutirá consigo qual a associação destes medicamentos com REYATAZ que é mais adequada para si. REYATAZ não é uma cura para a infecção pelo VIH. Poderá continuar a desenvolver infecções ou outras doenças associadas à infecção pelo VIH. O tratamento com REYATAZ não reduz o risco de transmissão do VIH a outros por contacto sexual ou por transmissão sanguínea. Tem que continuar a tomar as precauções adequadas para evitar a transmissão do vírus a outras pessoas. 2. ANTES DE TOMAR REYATAZ Não tome REYATAZ se tem alergia (hipersensibilidade) ao atazanavir ou a qualquer outro componente de REYATAZ se tem problemas hepáticos moderados a graves. O seu médico irá avaliar a gravidade da sua doença hepática antes de decidir se pode tomar REYATAZ se está a tomar algum dos seguintes medicamentos: ver também Ao tomar outros medicamentos com REYATAZ rifampicina, um antibiótico utilizado no tratamento da tuberculose astemizol ou terfenadina (habitualmente utilizados no tratamento dos sintomas de alergias, estes medicamentos podem estar disponíveis sem receita médica); cisaprida (utilizado no tratamento do refluxo gástrico, por vezes chamado de azia); pimozida (utilizado no 127 tratamento da esquizofrenia); quinidina ou bepridil (utilizados para corrigir o ritmo cardíaco); ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina (utilizado para tratar dores de cabeça) produtos contendo Hipericão (uma preparação à base de plantas contendo Hypericum perforatum) triazolam e midazolam oral (administrado pela boca) (utilizados para ajudar a dormir e/ou aliviar a ansiedade). Informe o seu médico se alguma das situações acima mencionadas se aplicar. Tome especial cuidado com REYATAZ Algumas pessoas irão necessitar de atenção especial antes ou durante a administração de REYATAZ. Antes de tomar este medicamento, certifique-se que o seu médico sabe: se tem hepatite B ou C se tem hemofilia do tipo A ou B se tem diabetes se necessita de fazer hemodiálise se está a tomar contraceptivos orais ("pílula") para evitar uma gravidez se está a tomar omeprazol ou outros inibidores da bomba de protões (utilizados para tratar doenças relacionadas com a acidez no estômago) se notar alterações na gordura corporal. Nos doentes a receber terapêutica anti-retrovírica pode ocorrer redistribuição, acumulação ou perda de gordura corporal. Em doentes a tomar REYATAZ foram comunicadas pedras nos rins. Se desenvolver sinais ou sintomas de pedras nos rins (dor no seu lado, sangue na urina, dor quando urina), por favor informe o seu médico imediatamente. Em alguns doentes com infecção avançada por VIH (SIDA) e história de infecção oportunista, podem ocorrer sinais e sintomas de inflamação resultantes de infecções anteriores, pouco tempo após o início do tratamento anti-VIH. Pensa-se que estes sintomas se devem a um aumento da resposta imunitária do organismo, habilitando-o a combater infecções que possam ter existido sem sintomas evidentes. Se notar quaisquer sintomas de infecção, por favor informe imediatamente o seu médico. Alguns doentes em terapêutica anti-retroviral combinada podem desenvolver uma doença óssea chamada osteonecrose (morte do tecido ósseo provocada por falta de afluxo de sangue ao osso). A duração da terapêutica anti-retroviral combinada, a utilização de corticosteróides, o consumo de álcool, a imunossupressão grave, um índice de massa corporal aumentado, entre outros, podem ser alguns dos inúmeros factores de risco para o desenvolvimento desta doença. Os sinais de osteonecrose são rigidez, mal-estar e dores nas articulações (especialmente na anca, joelho e ombro) e dificuldade de movimentos. Informe o seu médico se notar qualquer um destes sintomas. A hiperbilirrubinemia (um aumento do nível de bilirrubina no sangue) tem ocorrido em doentes a tomar REYATAZ. Os sinais podem ser um ligeiro amarelecimento da pele ou dos olhos. Se notar algum destes sintomas, informe o seu médico. Se notar uma alteração no modo como o seu coração bate (alterações no ritmo cardíaco), informe o seu médico. Ao tomar REYATAZ com outros medicamentos Alguns medicamentos não se podem tomar com REYATAZ: rifampicina, um antibiótico utilizado no tratamento da tuberculose, astemizol ou terfenadina (habitualmente utilizados no tratamento dos sintomas de alergias, estes medicamentos podem estar disponíveis sem receita médica); cisaprida (utilizado no tratamento do refluxo gástrico, por vezes chamado de azia); pimozida (utilizado no tratamento da esquizofrenia); quinidina ou bepridil (utilizados para corrigir o ritmo cardíaco); ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina (utilizado para tratar dores de cabeça 128 das enxaquecas), produtos contendo Hipericão (uma preparação à base de plantas contendo Hypericum perforatum), triazolam e midazolam oral (administrado pela boca) (utilizados para ajudar a dormir) (ver secção 2, em Não tome REYATAZ). Há outros medicamentos que não se devem misturar com REYATAZ. Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica, sendo especialmente importante mencionar os seguintes: outros medicamentos para o tratamento da infecção pelo VIH sildenafil (utilizado pelos indivíduos do sexo masculino para tratar a impotência (disfunção eréctil)) contraceptivos orais ("pílula") medicamentos utilizados para tratar doenças relacionadas com a acidez gástrica (por ex. antiácidos, bloqueadores H2 e inibidores da bomba de protões) medicamentos para baixar a pressão sanguínea, para reduzir a frequência cardíaca ou para corrigir o ritmo cardíaco sinvastatina, lovastatina e atorvastatina (utilizados para reduzir o colesterol sanguíneo) nevirapina e efavirenz (utilizados para tratar o VIH) ciclosporina, tacrolimus e sirolimus (medicamentos para diminuir os efeitos do sistema imunitário do organismo) alguns antibióticos (rifabutina, claritromicina) cetoconazol, itraconazol e voriconazol (antifúngicos) varfarina (anticoagulante, utilizado para reduzir os coágulos sanguíneos) irinotecano (utilizado para tratar o cancro) fármacos sedativos (por ex. midazolam administrado por injecção) buprenorfina (utilizado para tratar a dependência opióide e a dor). Alguns medicamentos podem interagir com ritonavir, um medicamento que é tomado com o REYATAZ. É importante informar o médico no caso de estar a tomar fluticasona ou budesonida (administrados por via nasal ou inalados para tratar sintomas alérgicos ou asma). Ao tomar REYATAZ com alimentos e bebidas É importante que tome REYATAZ com alimentos (uma refeição ou um lanche substancial) uma vez que tal irá ajudar o organismo a absorver o medicamento. Gravidez e aleitamento Informe o seu médico se está grávida ou a planear engravidar. Informe também o médico se está a amamentar. Recomenda-se que as mulheres infectadas com VIH não amamentem porque o vírus pode ser transmitido pelo leite. Condução de veículos e utilização de máquinas Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Se sentir tonturas ou sensação de cabeça leve, contacte imediatamente o médico. Informações importantes sobre alguns componentes de REYATAZ Se foi informado pelo médico que tem intolerância a alguns açúcares (e.g. lactose), contacte-o antes de tomar este medicamento. 3. COMO TOMAR REYATAZ Tomar REYATAZ sempre de acodo com as indicações do médico. Fale com o seu médico se tiver dúvidas. Deste modo poderá garantir que o medicamento é eficaz e reduzir o risco do vírus desenvolver resistência ao tratamento. 129 A dose habitual de REYATAZ cápsulas no adulto é de 300 mg uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia e com alimentos, em associação com outros medicamentos para o tratamento do VIH. O seu médico poderá ajustar a dose de REYATAZ de acordo com a terapêutica para o tratamento do VIH. Tome REYATAZ cápsulas com alimentos (uma refeição ou um lanche substancial). Engula as cápsulas inteiras. Não abra as cápsulas. Se tomar mais REYATAZ do que deveria Se, por acidente, tiver tomado mais REYATAZ cápsulas do que o recomendado pelo médico, contacte, de imediato, o médico que o está a acompanhar no tratamento do VIH ou o hospital mais próximo para se aconselhar. Caso se tenha esquecido de tomar REYATAZ Se não tomou uma dose, tome a dose em falta, com alimentos, logo que possível e depois tome a dose seguinte à hora prevista. Se está quase na hora da dose seguinte, não tome a dose em falta. Espere e tome a dose seguinte à hora prevista. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Se parar de tomar REYATAZ Não pare de tomar REYATAZ sem indicação do seu médico. Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como todos os medicamentos, REYATAZ pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Ao tratar a infecção pelo VIH nem sempre é fácil saber quais os efeitos secundários causados por REYATAZ, por outros medicamentos que esteja a tomar ou pela própria infecção pelo VIH. Informe o seu médico de quaisquer alterações na sua saúde. As frequências dos efeitos secundários são definidas da seguinte forma: muito frequentes: afectam mais de 1 utilizador em cada 10 frequentes: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 100 pouco frequentes: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 1.000 raros: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 10.000 muito raros: afectam menos de 1 utilizador em cada 10.000 desconhecido: a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis Os doentes tratados com REYATAZ comunicaram os seguintes efeitos secundários: Frequentes: dor de cabeça icterícia ocular (presença de coloração amarelada que se observa na parte branca dos olhos) vómitos, diarreia, dor abdominal (dor no estômago ou desconforto), náuseas, dispepsia (indigestão) icterícia (amarelecimento da pele e/ou olhos) erupção cutânea síndrome de lipodistrofia (alterações no corpo devido a redistribuição da gordura, acumulação ou perda da gordura corporal), fadiga (cansaço extremo) 130 Pouco frequentes: neuropatia periférica (dormência, fraqueza, formigueiro ou dor nos braços e pernas) hipersensibilidade (reacção alérgica) astenia (cansaço não habitual ou fraqueza) perda de peso, ganho de peso, anorexia (perda de apetite), apetite aumentado depressão, ansiedade, perturbação do sono desorientação, amnésia (perda de memória), tonturas, sonolência (adormecimento), sonhos estranhos síncope (desmaio), hipertensão (pressão arterial elevada) dispneia (dificuldade em respirar) pancreatite (inflamação do pâncreas), gastrite (inflamação do estômago), estomatite aftosa (úlceras na boca e bolhas), disgeusia (perturbação do paladar), flatulência (gases), boca seca, distensão abdominal hepatite (inflamação do fígado) urticária (erupção cutânea com prurido), alopecia (queda de cabelo não habitual ou enfraquecimento), prurido (comichão) atrofia muscular (redução dos músculos), artralgia (dor nas articulações), mialgia (dor muscular contínua) nefrolitíase (formação de pedras nos rins), hematúria (sangue na urina), proteinúria (excesso de proteína na urina), polaquiúria (urinar com maior frequência) ginecomastia (aumento da mama no homem) dor no peito, mal-estar (não se sentir bem), febre insónia (dificuldade em dormir) Raros: perturbação da marcha (maneira de caminhar alterada) edema (inchaço), palpitações (batimento cardíaco rápido ou irregular) hepatosplenomegalia (aumento do fígado e baço) erupção cutânea vesiculobolhosa (acumulação visível de líquido debaixo da pele), eczema (erupção cutânea), vasodilatação (dilatação dos vasos sanguíneos) miopatia (dor muscular contínua, fadiga ou fraqueza muscular, não causada pelo exercício) dor renal Desconhecido: torsades de pointes (batimento cardíaco irregular potencialmente fatal) prolongamento do QTc (batimento cardíaco irregular) diabetes mellitus (o organismo não consegue remover o açúcar do sangue de modo normal) hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue) nefrolitíase (pedras nos rins) perturbações da vesícula biliar (cálculos e inflamação da vesícula) Os indivíduos com hemofilia do tipo A ou B podem notar um aumento das hemorragias. Foi comunicado aumento do açúcar no sangue e desenvolvimento, ou agravamento, de diabetes em indivíduos a tomar inibidores da protease. Também foram comunicados batimentos cardíacos não usuais em doentes a utilizar REYATAZ. Foram observadas alterações na gordura corporal em alguns doentes medicados com terapêutica antiretroviral. Estas alterações incluem aumento da quantidade de gordura na região superior das costas e do pescoço ("pescoço de búfalo"), seios e em volta do abdómen ("barriga"). Pode também acontecer perda de gordura das pernas, braços e face. Actualmente não são conhecidas as causas e os efeitos destas situações na saúde, a longo prazo. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o médico ou enfermeiro. 5. COMO CONSERVAR REYATAZ 131 Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize REYATAZ após o prazo de validade impresso no rótulo, na embalagem exterior ou no blister. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Não conservar acima de 25ºC. Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Qual a composição de REYATAZ A substância activa é o atazanavir. Cada cápsula contém 100 mg de atazanavir (como sulfato). Os outros componentes são crospovidona, lactose monohidratada e estearato de magnésio. O invólucro da cápsula e a tinta de impressão contêm gelatina, goma laca, hidróxido de amónio, simeticone, propilenoglicol, indigotina (E132) e dióxido de titânio (E171). Qual o aspecto de REYATAZ e conteúdo da embalagem Cada cápsula de REYATAZ 100 mg contem 100 mg de atazanavir. Cápsula opaca, azul e branca, impressa com tinta branca e azul, com "BMS 100 mg" numa metade e "3623" na outra metade. REYATAZ 100 mg cápsulas são fornecidas em frascos de 60 cápsulas. REYATAZ 100 mg cápsulas também são fornecidas em embalagens de blisters de 60 cápsulas. REYATAZ também existe como pó oral para os doentes que têm dificuldade em engolir cápsulas. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações em todos os países. O Titular da Autorização de Introdução no Mercado de REYATAZ é: BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido O Fabricante de REYATAZ é: BRISTOL-MYERS SQUIBB Champ “Lachaud”, La Goualle F-19250 Meymac França BRISTOL-MYERS SQUIBB Rue du Docteur Gilles F-28230 Epernon França BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Contrada Fontana del Ceraso 03012 Anagni (FR) Itália 132 Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Belgique/België/Belgien BRISTOL-MYERS SQUIBB BELGIUM S.A./N.V. Tél/Tel: + 32 2 352 74 60 Luxembourg/Luxemburg BRISTOL-MYERS SQUIBB BELGIUM S.A./N.V. Tél/Tel: + 32 2 352 74 60 България BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Teл.: + 359 800 12 400 Magyarország BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel.: + 36 1 301 9700 Česká republika BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 420 221 016 111 Malta BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Tel: + 39 06 50 39 61 Danmark BRISTOL-MYERS SQUIBB Tlf: + 45 45 93 05 06 Nederland BRISTOL-MYERS SQUIBB BV Tel: + 31 34 857 42 22 Deutschland BRISTOL-MYERS SQUIBB GMBH & CO. KGAA Tel: + 49 89 121 42-0 Norge BRISTOL-MYERS SQUIBB NORWAY LTD Tlf: + 47 67 55 53 50 Eesti BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 372 640 1301 Österreich BRISTOL-MYERS SQUIBB GESMBH Tel: + 43 1 60 14 30 Ελλάδα BRISTOL-MYERS SQUIBB A.E. Τηλ: + 30 210 6074300 Polska BRISTOL-MYERS SQUIBB POLSKA SP. Z O.O. Tel.: + 48 22 5796666 España BRISTOL-MYERS SQUIBB, S.A. Tel: + 34 91 456 53 00 Portugal BRISTOL-MYERS SQUIBB FARMACÊUTICA PORTUGUESA, S.A. Tel: + 351 21 440 70 00 France BRISTOL-MYERS SQUIBB SARL Tél: + 33 (0)810 410 500 România BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 40 (0)21 272 16 00 Slovenija Ireland BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMACEUTICALS LTD BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 386 1 236 47 00 Tel: + 353 (1 800) 749 749 Ísland VISTOR HF Sími: + 354 535 7000 Slovenská republika BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 421 2 59298411 Italia BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Tel: + 39 06 50 39 61 Suomi/Finland OY BRISTOL-MYERS SQUIBB (FINLAND) AB Puh/Tel: + 358 9 251 21 230 133 Κύπρος ΑΚΗΣ ΠΑΝΑΓΙΩΤΟΥ & ΥΙΟΣ Ε.Π.Ε. Τηλ: + 357 22 677038 Sverige BRISTOL-MYERS SQUIBB AB Tel: + 46 8 704 71 00 Latvija BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 371 67 50 21 85 United Kingdom BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMACEUTICALS LTD Tel: + 44 (0800) 731 1736 Lietuva BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 370 5 2790 762 Este folheto foi aprovado pela última vez em {data} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu/. 134 FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR REYATAZ 150 mg cápsulas atazanavir Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico. Neste folheto: 1. 2. 3. 4. 5. 6. O que é REYATAZ e para que é utilizado Antes de tomar REYATAZ Como tomar REYATAZ Efeitos secundários possíveis Como conservar REYATAZ Outras informações 1. O QUE É REYATAZ E PARA QUE É UTILIZADO REYATAZ é um medicamento antivírico (ou anti-retroviral). Pertence a um grupo de medicamentos designados de inibidores da protease. Estes medicamentos controlam a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) parando uma proteína de que o VIH necessita para se multiplicar. Eles actuam reduzindo a quantidade de VIH no organismo o que fortalece o sistema imunitário. Deste modo, REYATAZ reduz o risco do desenvolvimento de doenças relacionadas com a infecção pelo VIH. O seu médico receitou-lhe REYATAZ porque tem uma infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). É usado habitualmente em associação com outros medicamentos anti-VIH. O seu médico discutirá consigo qual a associação destes medicamentos com REYATAZ que é mais adequada para si. REYATAZ não é uma cura para a infecção pelo VIH. Poderá continuar a desenvolver infecções ou outras doenças associadas à infecção pelo VIH. O tratamento com REYATAZ não reduz o risco de transmissão do VIH a outros por contacto sexual ou por transmissão sanguínea. Tem que continuar a tomar as precauções adequadas para evitar a transmissão do vírus a outras pessoas. 2. ANTES DE TOMAR REYATAZ Não tome REYATAZ se tem alergia (hipersensibilidade) ao atazanavir ou a qualquer outro componente de REYATAZ se tem problemas hepáticos moderados a graves. O seu médico irá avaliar a gravidade da sua doença hepática antes de decidir se pode tomar REYATAZ se está a tomar algum dos seguintes medicamentos: ver também Ao tomar outros medicamentos com REYATAZ rifampicina, um antibiótico utilizado no tratamento da tuberculose astemizol ou terfenadina (habitualmente utilizados no tratamento dos sintomas de alergias, estes medicamentos podem estar disponíveis sem receita médica); cisaprida (utilizado no tratamento do refluxo gástrico, por vezes chamado de azia); pimozida (utilizado no 135 tratamento da esquizofrenia); quinidina ou bepridil (utilizados para corrigir o ritmo cardíaco); ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina (utilizado para tratar dores de cabeça) produtos contendo Hipericão (uma preparação à base de plantas contendo Hypericum perforatum) triazolam e midazolam oral (administrado pela boca) (utilizados para ajudar a dormir e/ou aliviar a ansiedade). Informe o seu médico se alguma das situações acima mencionadas se aplicar. Tome especial cuidado com REYATAZ Algumas pessoas irão necessitar de atenção especial antes ou durante a administração de REYATAZ. Antes de tomar este medicamento, certifique-se que o seu médico sabe: se tem hepatite B ou C se tem hemofilia do tipo A ou B se tem diabetes se necessita de fazer hemodiálise se está a tomar contraceptivos orais ("pílula") para evitar uma gravidez se está a tomar omeprazol ou outros inibidores da bomba de protões (utilizados para tratar doenças relacionadas com a acidez no estômago) se notar alterações na gordura corporal. Nos doentes a receber terapêutica anti-retrovírica pode ocorrer redistribuição, acumulação ou perda de gordura corporal. Em doentes a tomar REYATAZ foram comunicadas pedras nos rins. Se desenvolver sinais ou sintomas de pedras nos rins (dor no seu lado, sangue na urina, dor quando urina), por favor informe o seu médico imediatamente. Em alguns doentes com infecção avançada por VIH (SIDA) e história de infecção oportunista, podem ocorrer sinais e sintomas de inflamação resultantes de infecções anteriores, pouco tempo após o início do tratamento anti-VIH. Pensa-se que estes sintomas se devem a um aumento da resposta imunitária do organismo, habilitando-o a combater infecções que possam ter existido sem sintomas evidentes. Se notar quaisquer sintomas de infecção, por favor informe imediatamente o seu médico. Alguns doentes em terapêutica anti-retroviral combinada podem desenvolver uma doença óssea chamada osteonecrose (morte do tecido ósseo provocada por falta de afluxo de sangue ao osso). A duração da terapêutica anti-retroviral combinada, a utilização de corticosteróides, o consumo de álcool, a imunossupressão grave, um índice de massa corporal aumentado, entre outros, podem ser alguns dos inúmeros factores de risco para o desenvolvimento desta doença. Os sinais de osteonecrose são rigidez, mal-estar e dores nas articulações (especialmente na anca, joelho e ombro) e dificuldade de movimentos. Informe o seu médico se notar qualquer um destes sintomas. A hiperbilirrubinemia (um aumento do nível de bilirrubina no sangue) tem ocorrido em doentes a tomar REYATAZ. Os sinais podem ser um ligeiro amarelecimento da pele ou dos olhos. Se notar algum destes sintomas, informe o seu médico. Se notar uma alteração no modo como o seu coração bate (alterações no ritmo cardíaco), informe o seu médico. Ao tomar REYATAZ com outros medicamentos Alguns medicamentos não se podem tomar com REYATAZ: rifampicina, um antibiótico utilizado no tratamento da tuberculose, astemizol ou terfenadina (habitualmente utilizados no tratamento dos sintomas de alergias, estes medicamentos podem estar disponíveis sem receita médica); cisaprida (utilizado no tratamento do refluxo gástrico, por vezes chamado de azia); pimozida (utilizado no tratamento da esquizofrenia); quinidina ou bepridil (utilizados para corrigir o ritmo cardíaco); ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina (utilizado para tratar dores de cabeça 136 das enxaquecas), produtos contendo Hipericão (uma preparação à base de plantas contendo Hypericum perforatum), triazolam e midazolam oral (administrado pela boca) (utilizados para ajudar a dormir) (ver secção 2, em Não tome REYATAZ). Há outros medicamentos que não se devem misturar com REYATAZ. Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica, sendo especialmente importante mencionar os seguintes: outros medicamentos para o tratamento da infecção pelo VIH sildenafil (utilizado pelos indivíduos do sexo masculino para tratar a impotência (disfunção eréctil)) contraceptivos orais ("pílula") medicamentos utilizados para tratar doenças relacionadas com a acidez gástrica (por ex. antiácidos, bloqueadores H2 e inibidores da bomba de protões) medicamentos para baixar a pressão sanguínea, para reduzir a frequência cardíaca ou para corrigir o ritmo cardíaco sinvastatina, lovastatina e atorvastatina (utilizados para reduzir o colesterol sanguíneo) nevirapina e efavirenz (utilizados para tratar o VIH) ciclosporina, tacrolimus e sirolimus (medicamentos para diminuir os efeitos do sistema imunitário do organismo) alguns antibióticos (rifabutina, claritromicina) cetoconazol, itraconazol e voriconazol (antifúngicos) varfarina (anticoagulante, utilizado para reduzir os coágulos sanguíneos) irinotecano (utilizado para tratar o cancro) fármacos sedativos (por ex. midazolam administrado por injecção) buprenorfina (utilizado para tratar a dependência opióide e a dor). Alguns medicamentos podem interagir com ritonavir, um medicamento que é tomado com o REYATAZ. É importante informar o médico no caso de estar a tomar fluticasona ou budesonida (administrados por via nasal ou inalados para tratar sintomas alérgicos ou asma). Ao tomar REYATAZ com alimentos e bebidas É importante que tome REYATAZ com alimentos (uma refeição ou um lanche substancial) uma vez que tal irá ajudar o organismo a absorver o medicamento. Gravidez e aleitamento Informe o seu médico se está grávida ou a planear engravidar. Informe também o médico se está a amamentar. Recomenda-se que as mulheres infectadas com VIH não amamentem porque o vírus pode ser transmitido pelo leite. Condução de veículos e utilização de máquinas Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Se sentir tonturas ou sensação de cabeça leve, contacte imediatamente o médico. Informações importantes sobre alguns componentes de REYATAZ Se foi informado pelo médico que tem intolerância a alguns açúcares (e.g. lactose), contacte-o antes de tomar este medicamento. 3. COMO TOMAR REYATAZ Tomar REYATAZ sempre de acodo com as indicações do médico. Fale com o seu médico se tiver dúvidas. Deste modo poderá garantir que o medicamento é eficaz e reduzir o risco do vírus desenvolver resistência ao tratamento. 137 A dose habitual de REYATAZ cápsulas no adulto é de 300 mg uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia e com alimentos, em associação com outros medicamentos para o tratamento do VIH. O seu médico poderá ajustar a dose de REYATAZ de acordo com a terapêutica para o tratamento do VIH. Tome REYATAZ cápsulas com alimentos (uma refeição ou um lanche substancial). Engula as cápsulas inteiras. Não abra as cápsulas. Se tomar mais REYATAZ do que deveria Se, por acidente, tiver tomado mais REYATAZ cápsulas do que o recomendado pelo médico, contacte, de imediato, o médico que o está a acompanhar no tratamento do VIH ou o hospital mais próximo para se aconselhar. Caso se tenha esquecido de tomar REYATAZ Se não tomou uma dose, tome a dose em falta, com alimentos, logo que possível e depois tome a dose seguinte à hora prevista. Se está quase na hora da dose seguinte, não tome a dose em falta. Espere e tome a dose seguinte à hora prevista. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Se parar de tomar REYATAZ Não pare de tomar REYATAZ sem indicação do seu médico. Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como todos os medicamentos, REYATAZ pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Ao tratar a infecção pelo VIH nem sempre é fácil saber quais os efeitos secundários causados por REYATAZ, por outros medicamentos que esteja a tomar ou pela própria infecção pelo VIH. Informe o seu médico de quaisquer alterações na sua saúde. As frequências dos efeitos secundários são definidas da seguinte forma: muito frequentes: afectam mais de 1 utilizador em cada 10 frequentes: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 100 pouco frequentes: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 1.000 raros: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 10.000 muito raros: afectam menos de 1 utilizador em cada 10.000 desconhecido: a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis Os doentes tratados com REYATAZ comunicaram os seguintes efeitos secundários: Frequentes: dor de cabeça icterícia ocular (presença de coloração amarelada que se observa na parte branca dos olhos) vómitos, diarreia, dor abdominal (dor no estômago ou desconforto), náuseas, dispepsia (indigestão) icterícia (amarelecimento da pele e/ou olhos) erupção cutânea síndrome de lipodistrofia (alterações no corpo devido a redistribuição da gordura, acumulação ou perda da gordura corporal), fadiga (cansaço extremo) 138 Pouco frequentes: neuropatia periférica (dormência, fraqueza, formigueiro ou dor nos braços e pernas) hipersensibilidade (reacção alérgica) astenia (cansaço não habitual ou fraqueza) perda de peso, ganho de peso, anorexia (perda de apetite), apetite aumentado depressão, ansiedade, perturbação do sono desorientação, amnésia (perda de memória), tonturas, sonolência (adormecimento), sonhos estranhos síncope (desmaio), hipertensão (pressão arterial elevada) dispneia (dificuldade em respirar) pancreatite (inflamação do pâncreas), gastrite (inflamação do estômago), estomatite aftosa (úlceras na boca e bolhas), disgeusia (perturbação do paladar), flatulência (gases), boca seca, distensão abdominal hepatite (inflamação do fígado) urticária (erupção cutânea com prurido), alopecia (queda de cabelo não habitual ou enfraquecimento), prurido (comichão) atrofia muscular (redução dos músculos), artralgia (dor nas articulações), mialgia (dor muscular contínua) nefrolitíase (formação de pedras nos rins), hematúria (sangue na urina), proteinúria (excesso de proteína na urina), polaquiúria (urinar com maior frequência) ginecomastia (aumento da mama no homem) dor no peito, mal-estar (não se sentir bem), febre insónia (dificuldade em dormir) Raros: perturbação da marcha (maneira de caminhar alterada) edema (inchaço), palpitações (batimento cardíaco rápido ou irregular) hepatosplenomegalia (aumento do fígado e baço) erupção cutânea vesiculobolhosa (acumulação visível de líquido debaixo da pele), eczema (erupção cutânea), vasodilatação (dilatação dos vasos sanguíneos) miopatia (dor muscular contínua, fadiga ou fraqueza muscular, não causada pelo exercício) dor renal Desconhecido: torsades de pointes (batimento cardíaco irregular potencialmente fatal) prolongamento do QTc (batimento cardíaco irregular) diabetes mellitus (o organismo não consegue remover o açúcar do sangue de modo normal) hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue) nefrolitíase (pedras nos rins) perturbações da vesícula biliar (cálculos e inflamação da vesícula) Os indivíduos com hemofilia do tipo A ou B podem notar um aumento das hemorragias. Foi comunicado aumento do açúcar no sangue e desenvolvimento, ou agravamento, de diabetes em indivíduos a tomar inibidores da protease. Também foram comunicados batimentos cardíacos não usuais em doentes a utilizar REYATAZ. Foram observadas alterações na gordura corporal em alguns doentes medicados com terapêutica antiretroviral. Estas alterações incluem aumento da quantidade de gordura na região superior das costas e do pescoço ("pescoço de búfalo"), seios e em volta do abdómen ("barriga"). Pode também acontecer perda de gordura das pernas, braços e face. Actualmente não são conhecidas as causas e os efeitos destas situações na saúde, a longo prazo. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o médico ou enfermeiro. 5. COMO CONSERVAR REYATAZ 139 Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize REYATAZ após o prazo de validade impresso no rótulo, na embalagem exterior ou no blister. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Não conservar acima de 25ºC. Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Qual a composição de REYATAZ A substância activa é o atazanavir. Cada cápsula contém 150 mg de atazanavir (como sulfato). Os outros componentes são crospovidona, lactose monohidratada e estearato de magnésio. O invólucro da cápsula e a tinta de impressão contêm gelatina, goma laca, hidróxido de amónio, simeticone, propilenoglicol, indigotina (E132) e dióxido de titânio (E171). Qual o aspecto de REYATAZ e conteúdo da embalagem Cada cápsula de REYATAZ 150 mg contem 150 mg de atazanavir. Cápsula opaca, azul e azul esmalte, impressa com tinta branca e azul, com "BMS 150 mg" numa metade e "3624" na outra metade. REYATAZ 150 mg cápsulas são fornecidas em frascos de 60 cápsulas. REYATAZ 150 mg cápsulas também são fornecidas em embalagens de blisters de 60 cápsulas. REYATAZ também existe como pó oral para os doentes que têm dificuldade em engolir cápsulas. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações em todos os países. O Titular da Autorização de Introdução no Mercado de REYATAZ é: BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido O Fabricante de REYATAZ é: BRISTOL-MYERS SQUIBB Champ “Lachaud”, La Goualle F-19250 Meymac França BRISTOL-MYERS SQUIBB Rue du Docteur Gilles F-28230 Epernon França BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Contrada Fontana del Ceraso 03012 Anagni (FR) Itália 140 Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Belgique/België/Belgien BRISTOL-MYERS SQUIBB BELGIUM S.A./N.V. Tél/Tel: + 32 2 352 74 60 Luxembourg/Luxemburg BRISTOL-MYERS SQUIBB BELGIUM S.A./N.V. Tél/Tel: + 32 2 352 74 60 България BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Teл.: + 359 800 12 400 Magyarország BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel.: + 36 1 301 9700 Česká republika BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 420 221 016 111 Malta BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Tel: + 39 06 50 39 61 Danmark BRISTOL-MYERS SQUIBB Tlf: + 45 45 93 05 06 Nederland BRISTOL-MYERS SQUIBB BV Tel: + 31 34 857 42 22 Deutschland BRISTOL-MYERS SQUIBB GMBH & CO. KGAA Tel: + 49 89 121 42-0 Norge BRISTOL-MYERS SQUIBB NORWAY LTD Tlf: + 47 67 55 53 50 Eesti BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 372 640 1301 Österreich BRISTOL-MYERS SQUIBB GESMBH Tel: + 43 1 60 14 30 Ελλάδα BRISTOL-MYERS SQUIBB A.E. Τηλ: + 30 210 6074300 Polska BRISTOL-MYERS SQUIBB POLSKA SP. Z O.O. Tel.: + 48 22 5796666 España BRISTOL-MYERS SQUIBB, S.A. Tel: + 34 91 456 53 00 Portugal BRISTOL-MYERS SQUIBB FARMACÊUTICA PORTUGUESA, S.A. Tel: + 351 21 440 70 00 France BRISTOL-MYERS SQUIBB SARL Tél: + 33 (0)810 410 500 România BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 40 (0)21 272 16 00 Slovenija Ireland BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMACEUTICALS LTD BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 386 1 236 47 00 Tel: + 353 (1 800) 749 749 Ísland VISTOR HF Sími: + 354 535 7000 Slovenská republika BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 421 2 59298411 Italia BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Tel: + 39 06 50 39 61 Suomi/Finland OY BRISTOL-MYERS SQUIBB (FINLAND) AB Puh/Tel: + 358 9 251 21 230 141 Κύπρος ΑΚΗΣ ΠΑΝΑΓΙΩΤΟΥ & ΥΙΟΣ Ε.Π.Ε. Τηλ: + 357 22 677038 Sverige BRISTOL-MYERS SQUIBB AB Tel: + 46 8 704 71 00 Latvija BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 371 67 50 21 85 United Kingdom BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMACEUTICALS LTD Tel: + 44 (0800) 731 1736 Lietuva BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 370 5 2790 762 Este folheto foi aprovado pela última vez em {data} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu/. 142 FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR REYATAZ 200 mg cápsulas atazanavir Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico. Neste folheto: 1. 2. 3. 4. 5. 6. O que é REYATAZ e para que é utilizado Antes de tomar REYATAZ Como tomar REYATAZ Efeitos secundários possíveis Como conservar REYATAZ Outras informações 1. O QUE É REYATAZ E PARA QUE É UTILIZADO REYATAZ é um medicamento antivírico (ou anti-retroviral). Pertence a um grupo de medicamentos designados de inibidores da protease. Estes medicamentos controlam a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) parando uma proteína de que o VIH necessita para se multiplicar. Eles actuam reduzindo a quantidade de VIH no organismo o que fortalece o sistema imunitário. Deste modo, REYATAZ reduz o risco do desenvolvimento de doenças relacionadas com a infecção pelo VIH. O seu médico receitou-lhe REYATAZ porque tem uma infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). É usado habitualmente em associação com outros medicamentos anti-VIH. O seu médico discutirá consigo qual a associação destes medicamentos com REYATAZ que é mais adequada para si. REYATAZ não é uma cura para a infecção pelo VIH. Poderá continuar a desenvolver infecções ou outras doenças associadas à infecção pelo VIH. O tratamento com REYATAZ não reduz o risco de transmissão do VIH a outros por contacto sexual ou por transmissão sanguínea. Tem que continuar a tomar as precauções adequadas para evitar a transmissão do vírus a outras pessoas. 2. ANTES DE TOMAR REYATAZ Não tome REYATAZ se tem alergia (hipersensibilidade) ao atazanavir ou a qualquer outro componente de REYATAZ se tem problemas hepáticos moderados a graves. O seu médico irá avaliar a gravidade da sua doença hepática antes de decidir se pode tomar REYATAZ se está a tomar algum dos seguintes medicamentos: ver também Ao tomar outros medicamentos com REYATAZ rifampicina, um antibiótico utilizado no tratamento da tuberculose astemizol ou terfenadina (habitualmente utilizados no tratamento dos sintomas de alergias, estes medicamentos podem estar disponíveis sem receita médica); cisaprida (utilizado no tratamento do refluxo gástrico, por vezes chamado de azia); pimozida (utilizado no 143 tratamento da esquizofrenia); quinidina ou bepridil (utilizados para corrigir o ritmo cardíaco); ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina (utilizado para tratar dores de cabeça) produtos contendo Hipericão (uma preparação à base de plantas contendo Hypericum perforatum) triazolam e midazolam oral (administrado pela boca) (utilizados para ajudar a dormir e/ou aliviar a ansiedade). Informe o seu médico se alguma das situações acima mencionadas se aplicar. Tome especial cuidado com REYATAZ Algumas pessoas irão necessitar de atenção especial antes ou durante a administração de REYATAZ. Antes de tomar este medicamento, certifique-se que o seu médico sabe: se tem hepatite B ou C se tem hemofilia do tipo A ou B se tem diabetes se necessita de fazer hemodiálise se está a tomar contraceptivos orais ("pílula") para evitar uma gravidez se está a tomar omeprazol ou outros inibidores da bomba de protões (utilizados para tratar doenças relacionadas com a acidez no estômago) se notar alterações na gordura corporal. Nos doentes a receber terapêutica anti-retrovírica pode ocorrer redistribuição, acumulação ou perda de gordura corporal. Em doentes a tomar REYATAZ foram comunicadas pedras nos rins. Se desenvolver sinais ou sintomas de pedras nos rins (dor no seu lado, sangue na urina, dor quando urina), por favor informe o seu médico imediatamente. Em alguns doentes com infecção avançada por VIH (SIDA) e história de infecção oportunista, podem ocorrer sinais e sintomas de inflamação resultantes de infecções anteriores, pouco tempo após o início do tratamento anti-VIH. Pensa-se que estes sintomas se devem a um aumento da resposta imunitária do organismo, habilitando-o a combater infecções que possam ter existido sem sintomas evidentes. Se notar quaisquer sintomas de infecção, por favor informe imediatamente o seu médico. Alguns doentes em terapêutica anti-retroviral combinada podem desenvolver uma doença óssea chamada osteonecrose (morte do tecido ósseo provocada por falta de afluxo de sangue ao osso). A duração da terapêutica anti-retroviral combinada, a utilização de corticosteróides, o consumo de álcool, a imunossupressão grave, um índice de massa corporal aumentado, entre outros, podem ser alguns dos inúmeros factores de risco para o desenvolvimento desta doença. Os sinais de osteonecrose são rigidez, mal-estar e dores nas articulações (especialmente na anca, joelho e ombro) e dificuldade de movimentos. Informe o seu médico se notar qualquer um destes sintomas. A hiperbilirrubinemia (um aumento do nível de bilirrubina no sangue) tem ocorrido em doentes a tomar REYATAZ. Os sinais podem ser um ligeiro amarelecimento da pele ou dos olhos. Se notar algum destes sintomas, informe o seu médico. Se notar uma alteração no modo como o seu coração bate (alterações no ritmo cardíaco), informe o seu médico. Ao tomar REYATAZ com outros medicamentos Alguns medicamentos não se podem tomar com REYATAZ: rifampicina, um antibiótico utilizado no tratamento da tuberculose, astemizol ou terfenadina (habitualmente utilizados no tratamento dos sintomas de alergias, estes medicamentos podem estar disponíveis sem receita médica); cisaprida (utilizado no tratamento do refluxo gástrico, por vezes chamado de azia); pimozida (utilizado no tratamento da esquizofrenia); quinidina ou bepridil (utilizados para corrigir o ritmo cardíaco); ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina (utilizado para tratar dores de cabeça 144 das enxaquecas), produtos contendo Hipericão (uma preparação à base de plantas contendo Hypericum perforatum), triazolam e midazolam oral (administrado pela boca) (utilizados para ajudar a dormir) (ver secção 2, em Não tome REYATAZ). Há outros medicamentos que não se devem misturar com REYATAZ. Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica, sendo especialmente importante mencionar os seguintes: outros medicamentos para o tratamento da infecção pelo VIH sildenafil (utilizado pelos indivíduos do sexo masculino para tratar a impotência (disfunção eréctil)) contraceptivos orais ("pílula") medicamentos utilizados para tratar doenças relacionadas com a acidez gástrica (por ex. antiácidos, bloqueadores H2 e inibidores da bomba de protões) medicamentos para baixar a pressão sanguínea, para reduzir a frequência cardíaca ou para corrigir o ritmo cardíaco sinvastatina, lovastatina e atorvastatina (utilizados para reduzir o colesterol sanguíneo) nevirapina e efavirenz (utilizados para tratar o VIH) ciclosporina, tacrolimus e sirolimus (medicamentos para diminuir os efeitos do sistema imunitário do organismo) alguns antibióticos (rifabutina, claritromicina) cetoconazol, itraconazol e voriconazol (antifúngicos) varfarina (anticoagulante, utilizado para reduzir os coágulos sanguíneos) irinotecano (utilizado para tratar o cancro) fármacos sedativos (por ex. midazolam administrado por injecção) buprenorfina (utilizado para tratar a dependência opióide e a dor). Alguns medicamentos podem interagir com ritonavir, um medicamento que é tomado com o REYATAZ. É importante informar o médico no caso de estar a tomar fluticasona ou budesonida (administrados por via nasal ou inalados para tratar sintomas alérgicos ou asma). Ao tomar REYATAZ com alimentos e bebidas É importante que tome REYATAZ com alimentos (uma refeição ou um lanche substancial) uma vez que tal irá ajudar o organismo a absorver o medicamento. Gravidez e aleitamento Informe o seu médico se está grávida ou a planear engravidar. Informe também o médico se está a amamentar. Recomenda-se que as mulheres infectadas com VIH não amamentem porque o vírus pode ser transmitido pelo leite. Condução de veículos e utilização de máquinas Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Se sentir tonturas ou sensação de cabeça leve, contacte imediatamente o médico. Informações importantes sobre alguns componentes de REYATAZ Se foi informado pelo médico que tem intolerância a alguns açúcares (e.g. lactose), contacte-o antes de tomar este medicamento. 3. COMO TOMAR REYATAZ Tomar REYATAZ sempre de acodo com as indicações do médico. Fale com o seu médico se tiver dúvidas. Deste modo poderá garantir que o medicamento é eficaz e reduzir o risco do vírus desenvolver resistência ao tratamento. 145 A dose habitual de REYATAZ cápsulas no adulto é de 300 mg uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia e com alimentos, em associação com outros medicamentos para o tratamento do VIH. O seu médico poderá ajustar a dose de REYATAZ de acordo com a terapêutica para o tratamento do VIH. Tome REYATAZ cápsulas com alimentos (uma refeição ou um lanche substancial). Engula as cápsulas inteiras. Não abra as cápsulas. Se tomar mais REYATAZ do que deveria Se, por acidente, tiver tomado mais REYATAZ cápsulas do que o recomendado pelo médico, contacte, de imediato, o médico que o está a acompanhar no tratamento do VIH ou o hospital mais próximo para se aconselhar. Caso se tenha esquecido de tomar REYATAZ Se não tomou uma dose, tome a dose em falta, com alimentos, logo que possível e depois tome a dose seguinte à hora prevista. Se está quase na hora da dose seguinte, não tome a dose em falta. Espere e tome a dose seguinte à hora prevista. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Se parar de tomar REYATAZ Não pare de tomar REYATAZ sem indicação do seu médico. Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como todos os medicamentos, REYATAZ pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Ao tratar a infecção pelo VIH nem sempre é fácil saber quais os efeitos secundários causados por REYATAZ, por outros medicamentos que esteja a tomar ou pela própria infecção pelo VIH. Informe o seu médico de quaisquer alterações na sua saúde. As frequências dos efeitos secundários são definidas da seguinte forma: muito frequentes: afectam mais de 1 utilizador em cada 10 frequentes: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 100 pouco frequentes: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 1.000 raros: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 10.000 muito raros: afectam menos de 1 utilizador em cada 10.000 desconhecido: a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis Os doentes tratados com REYATAZ comunicaram os seguintes efeitos secundários: Frequentes: dor de cabeça icterícia ocular (presença de coloração amarelada que se observa na parte branca dos olhos) vómitos, diarreia, dor abdominal (dor no estômago ou desconforto), náuseas, dispepsia (indigestão) icterícia (amarelecimento da pele e/ou olhos) erupção cutânea síndrome de lipodistrofia (alterações no corpo devido a redistribuição da gordura, acumulação ou perda da gordura corporal), fadiga (cansaço extremo) 146 Pouco frequentes: neuropatia periférica (dormência, fraqueza, formigueiro ou dor nos braços e pernas) hipersensibilidade (reacção alérgica) astenia (cansaço não habitual ou fraqueza) perda de peso, ganho de peso, anorexia (perda de apetite), apetite aumentado depressão, ansiedade, perturbação do sono desorientação, amnésia (perda de memória), tonturas, sonolência (adormecimento), sonhos estranhos síncope (desmaio), hipertensão (pressão arterial elevada) dispneia (dificuldade em respirar) pancreatite (inflamação do pâncreas), gastrite (inflamação do estômago), estomatite aftosa (úlceras na boca e bolhas), disgeusia (perturbação do paladar), flatulência (gases), boca seca, distensão abdominal hepatite (inflamação do fígado) urticária (erupção cutânea com prurido), alopecia (queda de cabelo não habitual ou enfraquecimento), prurido (comichão) atrofia muscular (redução dos músculos), artralgia (dor nas articulações), mialgia (dor muscular contínua) nefrolitíase (formação de pedras nos rins), hematúria (sangue na urina), proteinúria (excesso de proteína na urina), polaquiúria (urinar com maior frequência) ginecomastia (aumento da mama no homem) dor no peito, mal-estar (não se sentir bem), febre insónia (dificuldade em dormir) Raros: perturbação da marcha (maneira de caminhar alterada) edema (inchaço), palpitações (batimento cardíaco rápido ou irregular) hepatosplenomegalia (aumento do fígado e baço) erupção cutânea vesiculobolhosa (acumulação visível de líquido debaixo da pele), eczema (erupção cutânea), vasodilatação (dilatação dos vasos sanguíneos) miopatia (dor muscular contínua, fadiga ou fraqueza muscular, não causada pelo exercício) dor renal Desconhecido: torsades de pointes (batimento cardíaco irregular potencialmente fatal) prolongamento do QTc (batimento cardíaco irregular) diabetes mellitus (o organismo não consegue remover o açúcar do sangue de modo normal) hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue) nefrolitíase (pedras nos rins) perturbações da vesícula biliar (cálculos e inflamação da vesícula) Os indivíduos com hemofilia do tipo A ou B podem notar um aumento das hemorragias. Foi comunicado aumento do açúcar no sangue e desenvolvimento, ou agravamento, de diabetes em indivíduos a tomar inibidores da protease. Também foram comunicados batimentos cardíacos não usuais em doentes a utilizar REYATAZ. Foram observadas alterações na gordura corporal em alguns doentes medicados com terapêutica antiretroviral. Estas alterações incluem aumento da quantidade de gordura na região superior das costas e do pescoço ("pescoço de búfalo"), seios e em volta do abdómen ("barriga"). Pode também acontecer perda de gordura das pernas, braços e face. Actualmente não são conhecidas as causas e os efeitos destas situações na saúde, a longo prazo. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o médico ou enfermeiro. 5. COMO CONSERVAR REYATAZ 147 Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize REYATAZ após o prazo de validade impresso no rótulo, na embalagem exterior ou no blister. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Não conservar acima de 25ºC. Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Qual a composição de REYATAZ A substância activa é o atazanavir. Cada cápsula contém 200 mg de atazanavir (como sulfato). Os outros componentes são crospovidona, lactose monohidratada e estearato de magnésio. O invólucro da cápsula e a tinta de impressão contêm gelatina, goma laca, hidróxido de amónio, simeticone, propilenoglicol, indigotina (E132) e dióxido de titânio (E171). Qual o aspecto de REYATAZ e conteúdo da embalagem Cada cápsula de REYATAZ 200 mg contem 200 mg de atazanavir. Cápsula opaca, azul, impressa com tinta branca, com "BMS 200 mg" numa metade e "3631" na outra metade. REYATAZ 200 mg cápsulas são fornecidas em frascos de 60 cápsulas. REYATAZ 200 mg cápsulas também são fornecidas em embalagens de blisters de 60 cápsulas. REYATAZ também existe como pó oral para os doentes que têm dificuldade em engolir cápsulas. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações em todos os países. O Titular da Autorização de Introdução no Mercado de REYATAZ é: BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido O Fabricante de REYATAZ é: BRISTOL-MYERS SQUIBB Champ “Lachaud”, La Goualle F-19250 Meymac França BRISTOL-MYERS SQUIBB Rue du Docteur Gilles F-28230 Epernon França BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Contrada Fontana del Ceraso 03012 Anagni (FR) Itália 148 Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Belgique/België/Belgien BRISTOL-MYERS SQUIBB BELGIUM S.A./N.V. Tél/Tel: + 32 2 352 74 60 Luxembourg/Luxemburg BRISTOL-MYERS SQUIBB BELGIUM S.A./N.V. Tél/Tel: + 32 2 352 74 60 България BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Teл.: + 359 800 12 400 Magyarország BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel.: + 36 1 301 9700 Česká republika BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 420 221 016 111 Malta BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Tel: + 39 06 50 39 61 Danmark BRISTOL-MYERS SQUIBB Tlf: + 45 45 93 05 06 Nederland BRISTOL-MYERS SQUIBB BV Tel: + 31 34 857 42 22 Deutschland BRISTOL-MYERS SQUIBB GMBH & CO. KGAA Tel: + 49 89 121 42-0 Norge BRISTOL-MYERS SQUIBB NORWAY LTD Tlf: + 47 67 55 53 50 Eesti BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 372 640 1301 Österreich BRISTOL-MYERS SQUIBB GESMBH Tel: + 43 1 60 14 30 Ελλάδα BRISTOL-MYERS SQUIBB A.E. Τηλ: + 30 210 6074300 Polska BRISTOL-MYERS SQUIBB POLSKA SP. Z O.O. Tel.: + 48 22 5796666 España BRISTOL-MYERS SQUIBB, S.A. Tel: + 34 91 456 53 00 Portugal BRISTOL-MYERS SQUIBB FARMACÊUTICA PORTUGUESA, S.A. Tel: + 351 21 440 70 00 France BRISTOL-MYERS SQUIBB SARL Tél: + 33 (0)810 410 500 România BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 40 (0)21 272 16 00 Slovenija Ireland BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMACEUTICALS LTD BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 386 1 236 47 00 Tel: + 353 (1 800) 749 749 Ísland VISTOR HF Sími: + 354 535 7000 Slovenská republika BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 421 2 59298411 Italia BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Tel: + 39 06 50 39 61 Suomi/Finland OY BRISTOL-MYERS SQUIBB (FINLAND) AB Puh/Tel: + 358 9 251 21 230 149 Κύπρος ΑΚΗΣ ΠΑΝΑΓΙΩΤΟΥ & ΥΙΟΣ Ε.Π.Ε. Τηλ: + 357 22 677038 Sverige BRISTOL-MYERS SQUIBB AB Tel: + 46 8 704 71 00 Latvija BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 371 67 50 21 85 United Kingdom BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMACEUTICALS LTD Tel: + 44 (0800) 731 1736 Lietuva BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 370 5 2790 762 Este folheto foi aprovado pela última vez em {data} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu/. 150 FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR REYATAZ 300 mg cápsulas atazanavir Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico. Neste folheto: 1. 2. 3. 4. 5. 6. O que é REYATAZ e para que é utilizado Antes de tomar REYATAZ Como tomar REYATAZ Efeitos secundários possíveis Como conservar REYATAZ Outras informações 1. O QUE É REYATAZ E PARA QUE É UTILIZADO REYATAZ é um medicamento antivírico (ou anti-retroviral). Pertence a um grupo de medicamentos designados de inibidores da protease. Estes medicamentos controlam a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) parando uma proteína de que o VIH necessita para se multiplicar. Eles actuam reduzindo a quantidade de VIH no organismo o que fortalece o sistema imunitário. Deste modo, REYATAZ reduz o risco do desenvolvimento de doenças relacionadas com a infecção pelo VIH. O seu médico receitou-lhe REYATAZ porque tem uma infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). É usado habitualmente em associação com outros medicamentos anti-VIH. O seu médico discutirá consigo qual a associação destes medicamentos com REYATAZ que é mais adequada para si. REYATAZ não é uma cura para a infecção pelo VIH. Poderá continuar a desenvolver infecções ou outras doenças associadas à infecção pelo VIH. O tratamento com REYATAZ não reduz o risco de transmissão do VIH a outros por contacto sexual ou por transmissão sanguínea. Tem que continuar a tomar as precauções adequadas para evitar a transmissão do vírus a outras pessoas. 2. ANTES DE TOMAR REYATAZ Não tome REYATAZ se tem alergia (hipersensibilidade) ao atazanavir ou a qualquer outro componente de REYATAZ se tem problemas hepáticos moderados a graves. O seu médico irá avaliar a gravidade da sua doença hepática antes de decidir se pode tomar REYATAZ se está a tomar algum dos seguintes medicamentos: ver também Ao tomar outros medicamentos com REYATAZ rifampicina, um antibiótico utilizado no tratamento da tuberculose astemizol ou terfenadina (habitualmente utilizados no tratamento dos sintomas de alergias, estes medicamentos podem estar disponíveis sem receita médica); cisaprida (utilizado no tratamento do refluxo gástrico, por vezes chamado de azia); pimozida (utilizado no 151 tratamento da esquizofrenia); quinidina ou bepridil (utilizados para corrigir o ritmo cardíaco); ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina (utilizado para tratar dores de cabeça) produtos contendo Hipericão (uma preparação à base de plantas contendo Hypericum perforatum) triazolam e midazolam oral (administrado pela boca) (utilizados para ajudar a dormir e/ou aliviar a ansiedade). Informe o seu médico se alguma das situações acima mencionadas se aplicar. Tome especial cuidado com REYATAZ Algumas pessoas irão necessitar de atenção especial antes ou durante a administração de REYATAZ. Antes de tomar este medicamento, certifique-se que o seu médico sabe: se tem hepatite B ou C se tem hemofilia do tipo A ou B se tem diabetes se necessita de fazer hemodiálise se está a tomar contraceptivos orais ("pílula") para evitar uma gravidez se está a tomar omeprazol ou outros inibidores da bomba de protões (utilizados para tratar doenças relacionadas com a acidez no estômago) se notar alterações na gordura corporal. Nos doentes a receber terapêutica anti-retrovírica pode ocorrer redistribuição, acumulação ou perda de gordura corporal. Em doentes a tomar REYATAZ foram comunicadas pedras nos rins. Se desenvolver sinais ou sintomas de pedras nos rins (dor no seu lado, sangue na urina, dor quando urina), por favor informe o seu médico imediatamente. Em alguns doentes com infecção avançada por VIH (SIDA) e história de infecção oportunista, podem ocorrer sinais e sintomas de inflamação resultantes de infecções anteriores, pouco tempo após o início do tratamento anti-VIH. Pensa-se que estes sintomas se devem a um aumento da resposta imunitária do organismo, habilitando-o a combater infecções que possam ter existido sem sintomas evidentes. Se notar quaisquer sintomas de infecção, por favor informe imediatamente o seu médico. Alguns doentes em terapêutica anti-retroviral combinada podem desenvolver uma doença óssea chamada osteonecrose (morte do tecido ósseo provocada por falta de afluxo de sangue ao osso). A duração da terapêutica anti-retroviral combinada, a utilização de corticosteróides, o consumo de álcool, a imunossupressão grave, um índice de massa corporal aumentado, entre outros, podem ser alguns dos inúmeros factores de risco para o desenvolvimento desta doença. Os sinais de osteonecrose são rigidez, mal-estar e dores nas articulações (especialmente na anca, joelho e ombro) e dificuldade de movimentos. Informe o seu médico se notar qualquer um destes sintomas. A hiperbilirrubinemia (um aumento do nível de bilirrubina no sangue) tem ocorrido em doentes a tomar REYATAZ. Os sinais podem ser um ligeiro amarelecimento da pele ou dos olhos. Se notar algum destes sintomas, informe o seu médico. Se notar uma alteração no modo como o seu coração bate (alterações no ritmo cardíaco), informe o seu médico. Ao tomar REYATAZ com outros medicamentos Alguns medicamentos não se podem tomar com REYATAZ: rifampicina, um antibiótico utilizado no tratamento da tuberculose, astemizol ou terfenadina (habitualmente utilizados no tratamento dos sintomas de alergias, estes medicamentos podem estar disponíveis sem receita médica); cisaprida (utilizado no tratamento do refluxo gástrico, por vezes chamado de azia); pimozida (utilizado no tratamento da esquizofrenia); quinidina ou bepridil (utilizados para corrigir o ritmo cardíaco); ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina (utilizado para tratar dores de cabeça 152 das enxaquecas), produtos contendo Hipericão (uma preparação à base de plantas contendo Hypericum perforatum), triazolam e midazolam oral (administrado pela boca) (utilizados para ajudar a dormir) (ver secção 2, em Não tome REYATAZ). Há outros medicamentos que não se devem misturar com REYATAZ. Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica, sendo especialmente importante mencionar os seguintes: outros medicamentos para o tratamento da infecção pelo VIH sildenafil (utilizado pelos indivíduos do sexo masculino para tratar a impotência (disfunção eréctil)) contraceptivos orais ("pílula") medicamentos utilizados para tratar doenças relacionadas com a acidez gástrica (por ex. antiácidos, bloqueadores H2 e inibidores da bomba de protões) medicamentos para baixar a pressão sanguínea, para reduzir a frequência cardíaca ou para corrigir o ritmo cardíaco sinvastatina, lovastatina e atorvastatina (utilizados para reduzir o colesterol sanguíneo) nevirapina e efavirenz (utilizados para tratar o VIH) ciclosporina, tacrolimus e sirolimus (medicamentos para diminuir os efeitos do sistema imunitário do organismo) alguns antibióticos (rifabutina, claritromicina) cetoconazol, itraconazol e voriconazol (antifúngicos) varfarina (anticoagulante, utilizado para reduzir os coágulos sanguíneos) irinotecano (utilizado para tratar o cancro) fármacos sedativos (por ex. midazolam administrado por injecção) buprenorfina (utilizado para tratar a dependência opióide e a dor). Alguns medicamentos podem interagir com ritonavir, um medicamento que é tomado com o REYATAZ. É importante informar o médico no caso de estar a tomar fluticasona ou budesonida (administrados por via nasal ou inalados para tratar sintomas alérgicos ou asma). Ao tomar REYATAZ com alimentos e bebidas É importante que tome REYATAZ com alimentos (uma refeição ou um lanche substancial) uma vez que tal irá ajudar o organismo a absorver o medicamento. Gravidez e aleitamento Informe o seu médico se está grávida ou a planear engravidar. Informe também o médico se está a amamentar. Recomenda-se que as mulheres infectadas com VIH não amamentem porque o vírus pode ser transmitido pelo leite. Condução de veículos e utilização de máquinas Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Se sentir tonturas ou sensação de cabeça leve, contacte imediatamente o médico. Informações importantes sobre alguns componentes de REYATAZ Se foi informado pelo médico que tem intolerância a alguns açúcares (e.g. lactose), contacte-o antes de tomar este medicamento. 3. COMO TOMAR REYATAZ Tomar REYATAZ sempre de acodo com as indicações do médico. Fale com o seu médico se tiver dúvidas. Deste modo poderá garantir que o medicamento é eficaz e reduzir o risco do vírus desenvolver resistência ao tratamento. 153 A dose habitual de REYATAZ cápsulas no adulto é de 300 mg uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia e com alimentos, em associação com outros medicamentos para o tratamento do VIH. O seu médico poderá ajustar a dose de REYATAZ de acordo com a terapêutica para o tratamento do VIH. Tome REYATAZ cápsulas com alimentos (uma refeição ou um lanche substancial). Engula as cápsulas inteiras. Não abra as cápsulas. Se tomar mais REYATAZ do que deveria Se, por acidente, tiver tomado mais REYATAZ cápsulas do que o recomendado pelo médico, contacte, de imediato, o médico que o está a acompanhar no tratamento do VIH ou o hospital mais próximo para se aconselhar. Caso se tenha esquecido de tomar REYATAZ Se não tomou uma dose, tome a dose em falta, com alimentos, logo que possível e depois tome a dose seguinte à hora prevista. Se está quase na hora da dose seguinte, não tome a dose em falta. Espere e tome a dose seguinte à hora prevista. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Se parar de tomar REYATAZ Não pare de tomar REYATAZ sem indicação do seu médico. Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como todos os medicamentos, REYATAZ pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Ao tratar a infecção pelo VIH nem sempre é fácil saber quais os efeitos secundários causados por REYATAZ, por outros medicamentos que esteja a tomar ou pela própria infecção pelo VIH. Informe o seu médico de quaisquer alterações na sua saúde. As frequências dos efeitos secundários são definidas da seguinte forma: muito frequentes: afectam mais de 1 utilizador em cada 10 frequentes: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 100 pouco frequentes: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 1.000 raros: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 10.000 muito raros: afectam menos de 1 utilizador em cada 10.000 desconhecido: a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis Os doentes tratados com REYATAZ comunicaram os seguintes efeitos secundários: Frequentes: dor de cabeça icterícia ocular (presença de coloração amarelada que se observa na parte branca dos olhos) vómitos, diarreia, dor abdominal (dor no estômago ou desconforto), náuseas, dispepsia (indigestão) icterícia (amarelecimento da pele e/ou olhos) erupção cutânea síndrome de lipodistrofia (alterações no corpo devido a redistribuição da gordura, acumulação ou perda da gordura corporal), fadiga (cansaço extremo) 154 Pouco frequentes: neuropatia periférica (dormência, fraqueza, formigueiro ou dor nos braços e pernas) hipersensibilidade (reacção alérgica) astenia (cansaço não habitual ou fraqueza) perda de peso, ganho de peso, anorexia (perda de apetite), apetite aumentado depressão, ansiedade, perturbação do sono desorientação, amnésia (perda de memória), tonturas, sonolência (adormecimento), sonhos estranhos síncope (desmaio), hipertensão (pressão arterial elevada) dispneia (dificuldade em respirar) pancreatite (inflamação do pâncreas), gastrite (inflamação do estômago), estomatite aftosa (úlceras na boca e bolhas), disgeusia (perturbação do paladar), flatulência (gases), boca seca, distensão abdominal hepatite (inflamação do fígado) urticária (erupção cutânea com prurido), alopecia (queda de cabelo não habitual ou enfraquecimento), prurido (comichão) atrofia muscular (redução dos músculos), artralgia (dor nas articulações), mialgia (dor muscular contínua) nefrolitíase (formação de pedras nos rins), hematúria (sangue na urina), proteinúria (excesso de proteína na urina), polaquiúria (urinar com maior frequência) ginecomastia (aumento da mama no homem) dor no peito, mal-estar (não se sentir bem), febre insónia (dificuldade em dormir) Raros: perturbação da marcha (maneira de caminhar alterada) edema (inchaço), palpitações (batimento cardíaco rápido ou irregular) hepatosplenomegalia (aumento do fígado e baço) erupção cutânea vesiculobolhosa (acumulação visível de líquido debaixo da pele), eczema (erupção cutânea), vasodilatação (dilatação dos vasos sanguíneos) miopatia (dor muscular contínua, fadiga ou fraqueza muscular, não causada pelo exercício) dor renal Desconhecido: torsades de pointes (batimento cardíaco irregular potencialmente fatal) prolongamento do QTc (batimento cardíaco irregular) diabetes mellitus (o organismo não consegue remover o açúcar do sangue de modo normal) hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue) nefrolitíase (pedras nos rins) perturbações da vesícula biliar (cálculos e inflamação da vesícula) Os indivíduos com hemofilia do tipo A ou B podem notar um aumento das hemorragias. Foi comunicado aumento do açúcar no sangue e desenvolvimento, ou agravamento, de diabetes em indivíduos a tomar inibidores da protease. Também foram comunicados batimentos cardíacos não usuais em doentes a utilizar REYATAZ. Foram observadas alterações na gordura corporal em alguns doentes medicados com terapêutica antiretroviral. Estas alterações incluem aumento da quantidade de gordura na região superior das costas e do pescoço ("pescoço de búfalo"), seios e em volta do abdómen ("barriga"). Pode também acontecer perda de gordura das pernas, braços e face. Actualmente não são conhecidas as causas e os efeitos destas situações na saúde, a longo prazo. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o médico ou enfermeiro. 5. COMO CONSERVAR REYATAZ 155 Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize REYATAZ após o prazo de validade impresso no rótulo, na embalagem exterior ou no blister. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Não conservar acima de 25ºC. Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Qual a composição de REYATAZ A substância activa é o atazanavir. Cada cápsula contém 300 mg de atazanavir (como sulfato). Os outros componentes são crospovidona, lactose monohidratada e estearato de magnésio. O invólucro da cápsula e a tinta de impressão contêm gelatina, goma laca, hidróxido de amónio, simeticone, óxido de ferro, vermelho, óxido de ferro, negro, óxido de ferro, amarelo, propilenoglicol, indigotina (E132) e dióxido de titânio (E171). Qual o aspecto de REYATAZ e conteúdo da embalagem Cada cápsula de REYATAZ 300 mg contem 300 mg de atazanavir. Cápsula opaca, vermelha e azul, impressa com tinta branca, com "BMS 300 mg" numa metade e "3622" na outra metade. REYATAZ 300 mg cápsulas são fornecidas em frascos de 30 cápsulas. . Numa cartonagem são fornecidos um ou três frascos de 30 cápsulas. REYATAZ 300 mg cápsulas também são fornecidas em embalagens de blisters de 30 cápsulas. REYATAZ também existe como pó oral para os doentes que têm dificuldade em engolir cápsulas. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações em todos os países. O Titular da Autorização de Introdução no Mercado de REYATAZ é: BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido O Fabricante de REYATAZ é: BRISTOL-MYERS SQUIBB Champ “Lachaud”, La Goualle F-19250 Meymac França BRISTOL-MYERS SQUIBB Rue du Docteur Gilles F-28230 Epernon França BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Contrada Fontana del Ceraso 03012 Anagni (FR) Itália 156 Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Belgique/België/Belgien BRISTOL-MYERS SQUIBB BELGIUM S.A./N.V. Tél/Tel: + 32 2 352 74 60 Luxembourg/Luxemburg BRISTOL-MYERS SQUIBB BELGIUM S.A./N.V. Tél/Tel: + 32 2 352 74 60 България BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Teл.: + 359 800 12 400 Magyarország BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel.: + 36 1 301 9700 Česká republika BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 420 221 016 111 Malta BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Tel: + 39 06 50 39 61 Danmark BRISTOL-MYERS SQUIBB Tlf: + 45 45 93 05 06 Nederland BRISTOL-MYERS SQUIBB BV Tel: + 31 34 857 42 22 Deutschland BRISTOL-MYERS SQUIBB GMBH & CO. KGAA Tel: + 49 89 121 42-0 Norge BRISTOL-MYERS SQUIBB NORWAY LTD Tlf: + 47 67 55 53 50 Eesti BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 372 640 1301 Österreich BRISTOL-MYERS SQUIBB GESMBH Tel: + 43 1 60 14 30 Ελλάδα BRISTOL-MYERS SQUIBB A.E. Τηλ: + 30 210 6074300 Polska BRISTOL-MYERS SQUIBB POLSKA SP. Z O.O. Tel.: + 48 22 5796666 España BRISTOL-MYERS SQUIBB, S.A. Tel: + 34 91 456 53 00 Portugal BRISTOL-MYERS SQUIBB FARMACÊUTICA PORTUGUESA, S.A. Tel: + 351 21 440 70 00 France BRISTOL-MYERS SQUIBB SARL Tél: + 33 (0)810 410 500 România BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 40 (0)21 272 16 00 Slovenija Ireland BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMACEUTICALS LTD BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 386 1 236 47 00 Tel: + 353 (1 800) 749 749 Ísland VISTOR HF Sími: + 354 535 7000 Slovenská republika BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 421 2 59298411 Italia BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Tel: + 39 06 50 39 61 Suomi/Finland OY BRISTOL-MYERS SQUIBB (FINLAND) AB Puh/Tel: + 358 9 251 21 230 157 Κύπρος ΑΚΗΣ ΠΑΝΑΓΙΩΤΟΥ & ΥΙΟΣ Ε.Π.Ε. Τηλ: + 357 22 677038 Sverige BRISTOL-MYERS SQUIBB AB Tel: + 46 8 704 71 00 Latvija BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 371 67 50 21 85 United Kingdom BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMACEUTICALS LTD Tel: + 44 (0800) 731 1736 Lietuva BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 370 5 2790 762 Este folheto foi aprovado pela última vez em {data} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu/. 158 FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR REYATAZ 50 mg/1,5 g pó oral atazanavir Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico. Neste folheto: 1. 2. 3. 4. 5. 6. O que é REYATAZ e para que é utilizado Antes de tomar REYATAZ Como tomar REYATAZ Efeitos secundários possíveis Como conservar REYATAZ Outras informações 1. O QUE É REYATAZ E PARA QUE É UTILIZADO REYATAZ é um medicamento antivírico (ou anti-retroviral). Pertence a um grupo de medicamentos designados de inibidores da protease. Estes medicamentos controlam a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) parando uma proteína de que o VIH necessita para se multiplicar. Eles actuam reduzindo a quantidade de VIH no organismo o que fortalece o sistema imunitário. Deste modo, REYATAZ reduz o risco do desenvolvimento de doenças relacionadas com a infecção pelo VIH. O seu médico receitou-lhe REYATAZ porque tem uma infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). É usado habitualmente em associação com outros medicamentos anti-VIH. O seu médico discutirá consigo qual a associação destes medicamentos com REYATAZ que é mais adequada para si. REYATAZ não é uma cura para a infecção pelo VIH. Poderá continuar a desenvolver infecções ou outras doenças associadas à infecção pelo VIH. O tratamento com REYATAZ não reduz o risco de transmissão do VIH a outros por contacto sexual ou por transmissão sanguínea. Tem que continuar a tomar as precauções adequadas para evitar a transmissão do vírus a outras pessoas. 2. ANTES DE TOMAR REYATAZ Não tome REYATAZ se tem alergia (hipersensibilidade) ao atazanavir ou a qualquer outro componente de REYATAZ se tem problemas hepáticos moderados a graves. O seu médico irá avaliar a gravidade da sua doença hepática antes de decidir se pode tomar REYATAZ se está a tomar algum dos seguintes medicamentos: ver também Ao tomar outros medicamentos com REYATAZ rifampicina, um antibiótico utilizado no tratamento da tuberculose astemizol ou terfenadina (habitualmente utilizados no tratamento dos sintomas de alergias, estes medicamentos podem estar disponíveis sem receita médica); cisaprida (utilizado no tratamento do refluxo gástrico, por vezes chamado de azia); pimozida (utilizado no 159 tratamento da esquizofrenia); quinidina ou bepridil (utilizados para corrigir o ritmo cardíaco); ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina (utilizado para tratar dores de cabeça) produtos contendo Hipericão (uma preparação à base de plantas contendo Hypericum perforatum) triazolam e midazolam oral (administrado pela boca) (utilizados para ajudar a dormir e/ou aliviar a ansiedade). Informe o seu médico se alguma das situações acima mencionadas se aplicar. Tome especial cuidado com REYATAZ Algumas pessoas irão necessitar de atenção especial antes ou durante a administração de REYATAZ. Antes de tomar este medicamento, certifique-se que o seu médico sabe: se tem hepatite B ou C se tem hemofilia do tipo A ou B se tem diabetes se necessita de fazer hemodiálise se está a tomar contraceptivos orais ("pílula") para evitar uma gravidez se está a tomar omeprazol ou outros inibidores da bomba de protões (utilizados para tratar doenças relacionadas com a acidez no estômago) se notar alterações na gordura corporal. Nos doentes a receber terapêutica anti-retrovírica pode ocorrer redistribuição, acumulação ou perda de gordura corporal. Em doentes a tomar REYATAZ foram comunicadas pedras nos rins. Se desenvolver sinais ou sintomas de pedras nos rins (dor no seu lado, sangue na urina, dor quando urina), por favor informe o seu médico imediatamente. Em alguns doentes com infecção avançada por VIH (SIDA) e história de infecção oportunista, podem ocorrer sinais e sintomas de inflamação resultantes de infecções anteriores, pouco tempo após o início do tratamento anti-VIH. Pensa-se que estes sintomas se devem a um aumento da resposta imunitária do organismo, habilitando-o a combater infecções que possam ter existido sem sintomas evidentes. Se notar quaisquer sintomas de infecção, por favor informe imediatamente o seu médico. Alguns doentes em terapêutica anti-retroviral combinada podem desenvolver uma doença óssea chamada osteonecrose (morte do tecido ósseo provocada por falta de afluxo de sangue ao osso). A duração da terapêutica anti-retroviral combinada, a utilização de corticosteróides, o consumo de álcool, a imunossupressão grave, um índice de massa corporal aumentado, entre outros, podem ser alguns dos inúmeros factores de risco para o desenvolvimento desta doença. Os sinais de osteonecrose são rigidez, mal-estar e dores nas articulações (especialmente na anca, joelho e ombro) e dificuldade de movimentos. Informe o seu médico se notar qualquer um destes sintomas. A hiperbilirrubinemia (um aumento do nível de bilirrubina no sangue) tem ocorrido em doentes a tomar REYATAZ. Os sinais podem ser um ligeiro amarelecimento da pele ou dos olhos. Se notar algum destes sintomas, informe o seu médico. Se notar uma alteração no modo como o seu coração bate (alterações no ritmo cardíaco), informe o seu médico. Ao tomar REYATAZ com outros medicamentos Alguns medicamentos não se podem tomar com REYATAZ: rifampicina, um antibiótico utilizado no tratamento da tuberculose, astemizol ou terfenadina (habitualmente utilizados no tratamento dos sintomas de alergias, estes medicamentos podem estar disponíveis sem receita médica); cisaprida (utilizado no tratamento do refluxo gástrico, por vezes chamado de azia); pimozida (utilizado no tratamento da esquizofrenia); quinidina ou bepridil (utilizados para corrigir o ritmo cardíaco); ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina, metilergonovina (utilizado para tratar dores de cabeça 160 das enxaquecas), produtos contendo Hipericão (uma preparação à base de plantas contendo Hypericum perforatum), triazolam e midazolam oral (administrado pela boca) (utilizados para ajudar a dormir) (ver secção 2, em Não tome REYATAZ). Há outros medicamentos que não se devem misturar com REYATAZ. Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica, sendo especialmente importante mencionar os seguintes: outros medicamentos para o tratamento da infecção pelo VIH sildenafil (utilizado pelos indivíduos do sexo masculino para tratar a impotência (disfunção eréctil)) contraceptivos orais ("pílula") medicamentos utilizados para tratar doenças relacionadas com a acidez gástrica (por ex. antiácidos, bloqueadores H2 e inibidores da bomba de protões) medicamentos para baixar a pressão sanguínea, para reduzir a frequência cardíaca ou para corrigir o ritmo cardíaco sinvastatina, lovastatina e atorvastatina (utilizados para reduzir o colesterol sanguíneo) nevirapina e efavirenz (utilizados para tratar o VIH) ciclosporina, tacrolimus e sirolimus (medicamentos para diminuir os efeitos do sistema imunitário do organismo) alguns antibióticos (rifabutina, claritromicina) cetoconazol, itraconazol e voriconazol (antifúngicos) varfarina (anticoagulante, utilizado para reduzir os coágulos sanguíneos) irinotecano (utilizado para tratar o cancro) fármacos sedativos (por ex. midazolam administrado por injecção) buprenorfina (utilizado para tratar a dependência opióide e a dor). Alguns medicamentos podem interagir com ritonavir, um medicamento que é tomado com o REYATAZ. É importante informar o médico no caso de estar a tomar fluticasona ou budesonida (administrados por via nasal ou inalados para tratar sintomas alérgicos ou asma). Ao tomar REYATAZ com alimentos e bebidas É importante que tome REYATAZ com alimentos (uma refeição ou um lanche substancial) uma vez que tal irá ajudar o organismo a absorver o medicamento. Gravidez e aleitamento Informe o seu médico se está grávida ou a planear engravidar. Informe também o médico se está a amamentar. Recomenda-se que as mulheres infectadas com VIH não amamentem porque o vírus pode ser transmitido pelo leite. Condução de veículos e utilização de máquinas Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Se sentir tonturas ou sensação de cabeça leve, contacte imediatamente o médico. Informações importantes sobre alguns componentes de REYATAZ Este medicamento contém um adoçante denominado aspartamo. O aspartamo é uma fonte de fenilalanina, que poderá não ser adequada para pessoas com fenilcetonúria. REYATAZ pó oral contém 7,3 g de sacarose por dose diária de 300 mg. Tal deverá ser tido em atenção nos doentes com diabetes mellitus. 3. COMO TOMAR REYATAZ 161 Tomar REYATAZ sempre de acodo com as indicações do médico. Fale com o seu médico se tiver dúvidas. Deste modo poderá garantir que o medicamento é eficaz e reduzir o risco do vírus desenvolver resistência ao tratamento. A dose habitual de REYATAZ no adulto é de 300 mg de pó oral uma vez por dia com 100 mg de ritonavir uma vez por dia e com alimentos, em associação com outros medicamentos para o tratamento do VIH. A dose de 300 mg de REYATAZ pó oral equivale a 6 colheres-medida de pó (cada colher perfaz 50 mg de atazanavir). O seu médico poderá ajustar a dose de REYATAZ de acordo com a terapêutica para o tratamento do VIH. Não há informação suficiente para recomendar a dose na criança. Tome REYATAZ com alimentos (uma refeição ou um lanche substancial). Utilize a colher-medida fornecida para retirar o pó do frasco (ver figura abaixo). Rasar o pó na colher utilizando uma espátula ou a face lisa de uma faca e passar o excesso de pó para o frasco. Não pressione o pó na colher, nem tente acertar o nível de pó agitando ou batendo na colher. REYATAZ pó oral pode então ser administrado todos os dias à mesma hora, com uma refeição. Pode ser misturado com água, leite, papas, polpa de maçã ou iogurte. Depois de misturado deverá ser consumido dentro de 6 horas. Não agite o pó dentro dos frascos de REYATAZ. Se tomar mais REYATAZ do que deveria Se, por acidente, tiver tomado mais REYATAZ pó oral do que o recomendado pelo médico, contacte, de imediato, o médico que o está a acompanhar no tratamento do VIH ou o hospital mais próximo para se aconselhar. Caso se tenha esquecido de tomar REYATAZ Se não tomou uma dose, tome a dose em falta, com alimentos, logo que possível e depois tome a dose seguinte à hora prevista. Se está quase na hora da dose seguinte, não tome a dose em falta. Espere e tome a dose seguinte à hora prevista. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Se parar de tomar REYATAZ Não pare de tomar REYATAZ sem indicação do seu médico. Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como todos os medicamentos, REYATAZ pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Ao tratar a infecção pelo VIH nem sempre é fácil saber quais os efeitos secundários causados por REYATAZ, por outros medicamentos que esteja a tomar ou pela própria infecção pelo VIH. Informe o seu médico de quaisquer alterações na sua saúde. 162 As frequências dos efeitos secundários são definidas da seguinte forma: muito frequentes: afectam mais de 1 utilizador em cada 10 frequentes: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 100 pouco frequentes: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 1.000 raros: afectam 1 a 10 utilizadores em cada 10.000 muito raros: afectam menos de 1 utilizador em cada 10.000 desconhecido: A frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis Os doentes tratados com REYATAZ comunicaram os seguintes efeitos secundários: Frequentes: dor de cabeça icterícia ocular (presença de coloração amarelada que se observa na parte branca dos olhos) vómitos, diarreia, dor abdominal (dor no estômago ou desconforto), náuseas, dispepsia (indigestão) icterícia (amarelecimento da pele e/ou olhos) erupção cutânea síndrome de lipodistrofia (alterações no corpo devido a redistribuição da gordura, acumulação ou perda da gordura corporal), fadiga (cansaço extremo) Pouco frequentes: neuropatia periférica (dormência, fraqueza, formigueiro ou dor nos braços e pernas) hipersensibilidade (reacção alérgica) astenia (cansaço não habitual ou fraqueza) perda de peso, ganho de peso, anorexia (perda de apetite), apetite aumentado depressão, ansiedade, perturbação do sono desorientação, amnésia (perda de memória), tonturas, sonolência (adormecimento), sonhos estranhos síncope (desmaio), hipertensão (pressão arterial elevada) dispneia (dificuldade em respirar) pancreatite (inflamação do pâncreas), gastrite (inflamação do estômago), estomatite aftosa (úlceras na boca e bolhas), disgeusia (perturbação do paladar), flatulência (gases), boca seca, distensão abdominal hepatite (inflamação do fígado) urticária (erupção cutânea com prurido), alopecia (queda de cabelo não habitual ou enfraquecimento), prurido (comichão) atrofia muscular (redução dos músculos), artralgia (dor nas articulações), mialgia (dor muscular contínua) nefrolitíase (formação de pedras nos rins), hematúria (sangue na urina), proteinúria (excesso de proteína na urina), polaquiúria (urinar com maior frequência) ginecomastia (aumento da mama no homem) dor no peito, mal-estar (não se sentir bem), febre insónia (dificuldade em dormir) Raros: perturbação da marcha (maneira de caminhar alterada) edema (inchaço), palpitações (batimento cardíaco rápido ou irregular) hepatosplenomegalia (aumento do fígado e baço) erupção cutânea vesiculobolhosa (acumulação visível de líquido debaixo da pele), eczema (erupção cutânea), vasodilatação (dilatação dos vasos sanguíneos) miopatia (dor muscular contínua, fadiga ou fraqueza muscular, não causada pelo exercício) dor renal Desconhecido: torsades de pointes (batimento cardíaco irregular potencialmente fatal) prolongamento do QTc (batimento cardíaco irregular) diabetes mellitus (o organismo não consegue remover o açúcar do sangue de modo normal) hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue) 163 nefrolitíase (pedras nos rins) perturbações da vesícula biliar (cálculos e inflamação da vesícula) Os indivíduos com hemofilia do tipo A ou B podem notar um aumento das hemorragias. Foi comunicado aumento do açúcar no sangue e desenvolvimento, ou agravamento, de diabetes em indivíduos a tomar inibidores da protease. Também foram comunicados batimentos cardíacos não usuais em doentes a utilizar REYATAZ. Foram observadas alterações na gordura corporal em alguns doentes medicados com terapêutica antiretroviral. Estas alterações incluem aumento da quantidade de gordura na região superior das costas e do pescoço ("pescoço de búfalo"), seios e em volta do abdómen ("barriga"). Pode também acontecer perda de gordura das pernas, braços e face. Actualmente não são conhecidas as causas e os efeitos destas situações na saúde, a longo prazo. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o médico ou enfermeiro. 5. COMO CONSERVAR REYATAZ Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize REYATAZ após o prazo de validade impresso na embalagem exterior ou no rótulo do frasco. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Manter o frasco bem fechado. Não usar REYATAZ pó oral se verificar que o produto se tornou num pó amarelo escuro ou castanho agregado em grumos. Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Qual a composição de REYATAZ A substância activa de REYATAZ é o atazanavir. Cada colher-medida de 1,5 g de pó oral contém 50 mg de atazanavir (como sulfato). Os outros componentes são aspartamo (E951), sacarose e aroma de laranja baunilha. Qual o aspecto de REYATAZ e conteúdo da embalagem REYATAZ pó oral é fornecido em frascos contendo 180 g de pó, juntamente com uma colher-medida de plástico. A cor do pó é branco a amarelo claro. REYATAZ também existe como cápsulas. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações em todos os países. O Titular da Autorização de Introdução no Mercado de REYATAZ é: BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMA EEIG Uxbridge Business Park Sanderson Road Uxbridge UB8 1DH Reino Unido 164 O Fabricante de REYATAZ é: BRISTOL-MYERS SQUIBB Champ “Lachaud”, La Goualle F-19250 Meymac França Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Belgique/België/Belgien BRISTOL-MYERS SQUIBB BELGIUM S.A./N.V. Tél/Tel: + 32 2 352 74 60 Luxembourg/Luxemburg BRISTOL-MYERS SQUIBB BELGIUM S.A./N.V. Tél/Tel: + 32 2 352 74 60 България BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Teл.: + 359 800 12 400 Magyarország BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel.: + 36 1 301 9700 Česká republika BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 420 221 016 111 Malta BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Tel: + 39 06 50 39 61 Danmark BRISTOL-MYERS SQUIBB Tlf: + 45 45 93 05 06 Nederland BRISTOL-MYERS SQUIBB BV Tel: + 31 34 857 42 22 Deutschland BRISTOL-MYERS SQUIBB GMBH & CO. KGAA Tel: + 49 89 121 42-0 Norge BRISTOL-MYERS SQUIBB NORWAY LTD Tlf: + 47 67 55 53 50 Eesti BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 372 640 1301 Österreich BRISTOL-MYERS SQUIBB GESMBH Tel: + 43 1 60 14 30 Ελλάδα BRISTOL-MYERS SQUIBB A.E. Τηλ: + 30 210 6074300 Polska BRISTOL-MYERS SQUIBB POLSKA SP. Z O.O. Tel.: + 48 22 5796666 España BRISTOL-MYERS SQUIBB, S.A. Tel: + 34 91 456 53 00 Portugal BRISTOL-MYERS SQUIBB FARMACÊUTICA PORTUGUESA, S.A. Tel: + 351 21 440 70 00 France BRISTOL-MYERS SQUIBB SARL Tél: + 33 (0)810 410 500 România BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 40 (0)21 272 16 00 Slovenija Ireland BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMACEUTICALS LTD BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 386 1 236 47 00 Tel: + 353 (1 800) 749 749 165 Ísland VISTOR HF Sími: + 354 535 7000 Slovenská republika BRISTOL-MYERS SQUIBB SPOL. S R.O. Tel: + 421 2 59298411 Italia BRISTOL-MYERS SQUIBB S.R.L. Tel: + 39 06 50 39 61 Suomi/Finland OY BRISTOL-MYERS SQUIBB (FINLAND) AB Puh/Tel: + 358 9 251 21 230 Κύπρος ΑΚΗΣ ΠΑΝΑΓΙΩΤΟΥ & ΥΙΟΣ Ε.Π.Ε. Τηλ: + 357 22 677038 Sverige BRISTOL-MYERS SQUIBB AB Tel: + 46 8 704 71 00 Latvija BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 371 67 50 21 85 United Kingdom BRISTOL-MYERS SQUIBB PHARMACEUTICALS LTD Tel: + 44 (0800) 731 1736 Lietuva BRISTOL-MYERS SQUIBB GYÓGYSZERKERESKEDELMI KFT. Tel: + 370 5 2790 762 Este folheto foi aprovado pela última vez em {data} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu/. 166