161/470 Farmacobotânica – Artigo original Organização estrutural das folhas de Baccharis dracunculifolia DC., Asteraceae Structural leaves organization from Baccharis dracunculifolia DC., Asteraceae Fernanda Pegorini 1,3; Leila Teresinha Maranho 2 & Ledyane Dalgallo Rocha1 RESUMO – Baccharis dracunculifolia DC., popular mente conhecida como “vassourinha-do -campo” e pertencente à família Asteraceae, é uma espécie arbustiva dióica que apresenta características invasoras e colonizadoras. É a principal fonte botânica de resinas empregadas pelas abelhas na produção da própolis verde. Ao observar a organização estrutural dos órgãos da “ vassourinha-do-campo”, é possível diagnosticar a origem da própolis verde produzida, o que se deve ao grande número de fragmentos vegetais encontrados no produto. Por esse motivo, o presente estudo foi realizado com o objetivo de caracterizar anatomicamente B. dracunculifolia, contribuindo assim, com o controle de qualidade da própolis verde. Para tanto, foram coletadas amostras de folhas, as quais foram processadas de acordo com a metodologia recomendada para estudos estruturais. A folha é anfiestomática, cujos complexos estomáticos são do tipo paracítico. A epiderme da folha é composta por células com uma cutícula estriada e tricomas pluricelulares glandulares. O mesofilo é dorsiventral e, por toda a sua extensão, é freqüente a ocorrência de canais secretores esquizógenos e extensão de bainha. Na nervura principal, o colênquima encontra-se circundado pelo esclerênquima, células floemáticas e xilemáticas. Essas características podem ser utilizadas como um indicador para a determinação da origem botânica da própolis verde. PALAVRAS-CHA VE – Anatomia vegetal, Baccharis dracunculifolia, própolis verde, controle de qualidade. SUMMARY – Baccharis dracunculifolia DC., popularly known as “vassourinha-do-campo” and belonging to the Asteraceae family, is an arbustive dioic specie with invading and settle characteristics. It is the main botanical resin source used by bees to the green propolis production. Observing the plant’s organs structure it is possible to diagnostic the origin of green propolis produced from a great number of vegetable fragments found in the product. The objective of this study was to get information that can contribute to the quality control analysis of gr een propolis’. From leave samples blades wer e processed in agreement to the indicated procedure to structural analysis. The leaf is anfiestomatic; the epidermic cells showed stried cuticle and paracitic stomata complexes; in transversal section, it showed one layer of epidermis and glandular trichomes; the mesophyl is dorsiventral; schizogenous secretory cavities presence and conspicuous extensions is frequent in all the mesophyl. The main vascular bundle showed collenchyma surrounded by sclerenchyma, floem cells and layers of xilematic cells. These characteristics can be used to the determination the botanical origin of green propolis. KEYWORDS – Plant anatomy, Baccharis dracunculifolia, green propolis, quality control. INTRODUÇÃO A família Asteraceae, muito numerosa em espécies de Angiospermas, compreende cerca de 1.200 gêneros, dentro dos quais estão englobadas 25.000 espécies (VERDI, BRIGHENTE & PIZZOL ATI 23) distribuídas em regiões tropicais, subtropicais e temperadas (WERPACHOWSKI25). VERDI, BRIGHENTE & PIZZOLATI23 afirmam que as Asteraceae podem ser encontradas nas regiões montanhosas da América do Sul. São, na maioria, plantas de hábito herbáceo e que atingem no máximo 4,0m de altura (VERDI, BRIGHENTE & PIZZOLATI 23). WERPACHOWSKI25 afirma que as espécies incluídas na família Asteraceae apresentam flores sobre receptáculo, o qual é cercado por brácteas, e, por isso, é bem visível. São plantas relativamente resistentes à ação antrópica (GOMES & FERNANDES10). Atualmente, os metabólitos secundários dessas espécies, por possuírem interesse médico e farmacológico, são objeto de estudo de muitas pesquisas (VERDI, BRIGHENTE & PIZZOLATI 23). Dentre as Asteraceae que sustentam essas características, pesquisas recentes relatam que Baccharis dracunculifolia DC. (tribo Astereae) é a principal fonte natural da própolis verde, substância amplamente utilizada em função de suas propriedades farmacológicas. A espécie é conhecida popularmente como “ vassourinha-do-campo” (BOL DT4 ), e pode ser encontrada nas regiões sul e sudeste do Brasil. B. dracunculifolia ocorre também no Cerrado mato-grossense (FAGUNDES, FARIA & FERNANDES6 ), além de países como Bolívia, Paraguai, Ur u- Recebido em 19/05/2008 Bióloga formada pela Universidade Positivo, Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300, Bairro Campo Comprido 81280-330 Curitiba, PR, Brasil Professora titular dos cursos de Mestrado Profissional em Gestão Ambiental de Ciências Biológicas, Universidade Positivo, Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300, Bairro Campo Comprido 81280-330 Curitiba, PR, Brasil 3 Autora para correspondência: [email protected] 1 2 272 Rev. Bras. Rev. Farm., Bras. 89(3): Farm., 272-275, 89(3), 2008 2008 guai, Argentina (GOMES & FERNANDES10) e México (VERDI, BRIGHENTE & PIZZOL ATI 23). Baccharis dracunculifolia é um arbusto dióico (FAGUNDES, FARIA & FERNANDES6 ), cuja floração é proeminente no mês de novembro, quando chegam ao final os períodos chuvosos (ESPÍRITO-SANTO & et al.,5). Os aquênios germinam mais eficientemente em regiões com presença de luz, o que indica a necessidade de luminosidade pela planta (GOMES & FERNANDES10). ESPÍRITO-SANTO & et al.,5 relatam que a presença de taninos em Baccharis dracunculifolia a torna uma hospedeira ideal para galhas. Segundo FAGUNDES, FARIA & FERNANDES, essa espécie tem como galha mais comum a Neopelma baccharidis Burck. ARDUIM & KRAUS2 afirmam que somente uma câmara larval constitui galhas e estas contêm um indutor. A polinização das flores de Baccharis dracunculifolia, assim como a maioria das espécies do gênero Baccharis , é realizada por insetos (WERPACHOWSKI, 2004). Em B. dracunculifolia o principal polinizador são abelhas da espécie Apis mellifera L. Esses insetos coletam gemas vegetativas e florais, partes da planta que contém uma resina empregada na produção da própolis verde (GHISALBERTI 9; ALENCAR & et al.,1 ). Durante esse processo, as abelhas retiram o néctar para fazer o mel, recolhem o pólen para alimentar larvas no interior da colméia e aproveitam ainda as substâncias resinosas secretadas pelas plantas para produção de própolis (ALENCAR & et al., 1; TEIXEIRA & et al., 22). A utilização da própolis pelas abelhas garante que a colméia não seja atacada por microorganismos, uma vez que essa substância possui propriedades antisépticas (SAL ATINO & et al.,19). Consta na literatura que a própolis verde pode ser empregada na cura de problemas neuronais (SHIMAZAWA & et al.,21), na prevenção de cáries dentárias (LEITÃO & et al.,13), e ainda como alimento (TEIXEIRA & et al.,22). A própolis verde é composta quimicamente por substâncias voláteis como terpenóides (SALATINO & et al.,19), fenilpropanóides (TEIXEIRA & et al., 22) e compostos etanólicos (PARK & et al.,16). A análise microscópica da própolis verde é uma ferramenta que vem sendo empregada para a determinação de sua origem botânica. Esta investigação permite encontrar fragmentos vegetais, como grãos de pólen e pedaços de folhas, o que viabiliza, através de uma avaliação anatômica, a identificação em definitivo se Baccharis dracunculifolia foi a principal fonte vegetal para a produção da própolis em análise. Dentro deste contexto, o presente estudo foi desenvolvido para estabelecer parâmetros para a avaliação do controle de qualidade da própolis verde através da anatomia das folhas de Baccharis dracunculifolia. Ao determinar a organização estrutural foliar da espécie, torna-se possível a comparação desses dados com os fragmentos vegetais encontrados na própolis. mente, mantidas em etanol 70% até o processamento final (BERLYN & MIKSCHE3). Para a obtenção das lâminas semi-permanentes as secções paradérmicas foram preparadas de acordo com a metodologia descrita por FRANKLIN8. As secções transversais foram feitas à mão livre, usando isopor como suporte; a diafanização foi efetuada mediante o emprego de hipoclorito de sódio (FRANKLIN8) e, para a neutralização do pH, utilizou-se água acidulada. Em ambos os casos, o material foi corado com azul de toluidina 0,05% (SAKAI20) e/ou safrablau (KRAUS & ARDUIM 12). As lâminas foram montadas em glicerina e a lutagem foi feita com esmalte incolor. Para a confecção das lâminas permanentes, as amostras foram incluídas em metacrilatoaglicol (JB-4) adotando-se o procedimento descrito por FEDER & O’BRIEN7 e especificações do fabricante (Polysciences INC). O seccionamento foi realizado em micrótomo de rotação (Leica RM2125) com espessura de 7 µm. As secções foram coradas com azul de toluidina 0,05%, em tampão fosfato 0,1 M (pH 6,8), conforme O´BRIEN, FELDER & MCCULLY 15. A montagem das lâminas foi feita com resina sintética (Entelan®). Microscópio fotônico (Olympus – CX41RF) acoplado à câmara clara foi utilizado para descrição das secções transversais e paradérmicas. As ilustrações e escalas foram obtidas através do Fotomicroscópio (Olympus - BX 41) com captura de imagens pelo software Image ProPlus. RESULTADOS As folhas de Baccharis dracunculifolia são simples, alternas, medem em média 30mm de comprimento. Possuem consistência herbácea, coloração verde-escura, forma lanceolada, base e ápice agudos. Tratam-se ainda de folhas completas, peninérvias e possuem bordos inteiros com porções denteadas. A análise microscópica das secções paradérmicas revelou epiderme foliar revestida por cutícula estriada (Fig. 1). A face adaxial possui células com paredes anticlinais retas ou ligeiramente curvas. Os complexos estomáticos são do tipo anomocítico (Fig. 2 ) e estes se encontram em maior proporção na face abaxial, o que caracteriza a folha como anfi-hipoestomática. Ainda em vista frontal, a epiderme mostra-se composta por tricomas pluricelulares glandulares (Fig. 3). 1 MATERIAL E MÉTODOS O material estudado foi coletado em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista localizado no bairro Umbará, região Sul de Curitiba, Paraná, Brasil, entre as coordenadas geográficas “25º35’01,2" S e “49º15’43,7" W. Foram coletadas amostras de folhas as quais foram fixadas em FAA 70 por 48h, (JOHANSEN11) e, posteriorRev. Bras. Farm., 89(3), 2008 2 FIGS. 1-3 - Secções paradérmicas da FI GS. 1-3 Secções paradérmicas d a folha d e Bacchari folha de- Baccharis dracunculifolia DC.s dracun cu lifol ia DC. FI G. 1 1 - Detal he da cutí cuda la est riad a. FIG. - Detalhe cutícula estriada. FI G. 2 - Com plexo est omáti co p arací tico. FI G. 32 - Detal he do tricoma estomático pluricelular glan dular. FIG. - Complexo paracítico. FIG. 3 - Detalhe do tricoma pluricelular glandular. 3 273 Em secção transversal, observa-se a epiderme composta por apenas um estrato de células, cuja altura é semelhante por toda a sua extensão nas faces adaxial e abaxial. Essas células epidérmicas apresentam a parede periclinal externa revestida por cutícula ( Fig. 4, 5). Internamente à epiderme, observa-se o mesofilo isobilateral, com organização dorsiventral (Fig. 4), composto por duas camadas de células de parênquima clorofiliano paliçádico e entre três e cinco estratos de células de parênquima clorofiliano lacunoso (Fig. 4, 5 e 6). Entre as células parenquimáticas, é freqüente a presença de canais esquisógenos ( Fig. 6). As nervuras de médio porte localizadas na região do mesofilo, quando observadas em secção transversal, revelam a formação de extensão de bainha ( Fig. 7) sendo que em cada uma delas há um tricoma na face externa à epiderme. A nervura principal é mais saliente na face abaxial e nela nota-se a presença de colênquima próximo a ambas as faces (Fig. 8 ). Sob a epiderme nessa região, vários estratos de células de paredes espessadas se fazem presentes. As células de parênquima fundamental são de pequeno tamanho, aumentando gradativamente e posteriormente reduzindo-se novamente. O feixe vascular do tipo colateral encontra-se circundado por bainha esclerenquimática. Seguem células de floema e camadas de células dispostas em séries radiais que correspondem à região xilemática. O floema se dispõe em forma de arco com a abertura voltada para a face abaxial (Fig. 8). 4 6 5 7 FIGS. 4-8 - Secções transversais BacFI GS. 4-8:dracunculifolia Secções trans vers ais Bacchar charis DC.is dracuncul ifolia DC. FI G. 4 - As pecto geral. FIG. FI G. 5 -4D-et Aspecto alhe do mes ofilogeral. is obilat eral. FI G. 6 - Det alhe do canal s ecretor esqu isógeno. FIG. FI G. 7 -5 D -etDetalhe alhe da extens do ão de mesofilo bainha . isobilateral. FI G. 8 - Nervura central princip al. FIG. 6 - Detalhe do canal secretor esquisógeno. FIG. 7 - Detalhe da extensão de bainha. FIG. 8 - Nervura central principal. 8 DISCUSSÃO PEREIRA, MEIRA & AZEVEDO17 afirmam que plantas com cutícula estriada, como Baccharis dracunculifolia, se caracterizam por habitarem ambientes de sol, enquanto plantas de ambientes sombreados mostram 274 cutícula lisa. Plantas xerofíticas demonstram enrugamento na cutícula, como forma de adaptação para reduzir a perda de água. Segundo VIDAL & VIDAL24, os estômatos permitem a circulação de gases e eliminação de vapor de água. Essas estruturas tornam os sistemas gasosos adaptados à manutenção de temperatura e de água da planta, além de auxiliar na fotossíntese, ao dissolver o CO2 (RAVEN, EVERT & EICHHORN18). Os tricomas pluricelulares glandulares encontrados em Baccharis dracunculifolia são responsáveis por aumentar a refletância de radiação luminosa, além de contribuírem para evitar a perda excessiva de água e auxiliarem na manutenção da temperatura foliar, como afirma RAVEN, EVERT & EICHHORN18. Este ainda relata que as substâncias contidas nos tricomas glandulares, participam da defesa química da planta contra insetos. Segundo MACHADO & CARMELLOGUERREIRO14, a esquizogênese se forma a partir da liberação de células epiteliais para o lume da cavidade. De acordo com RAVEN, EVERT & EICHHORN 18, o parênquima clorofiliano paliçádico é o tecido responsável pela maior atividade fotossintética na planta. Isto se deve à sua localização e justaposição. O autor também afirma que as extensões de bainha presentes no mesofilo de Baccharis dracunculifolia oferecem suporte mecânico à folha e podem conduzir a água do xilema para as células epidérmicas. A sustentação das folhas, bem como de órgãos jovens, também se deve à presença do tecido colenquimático, o qual possui células com paredes primárias não espessadas. A presença de tricomas glandulares e de parênquima clorofiliano paliçádico nas folhas de Baccharis dracunculifolia também foi evidenciada por TEIXEIRA & et al.,22. Os autores descreveram anatomicamente B. dracunculifolia a partir de amostras retiradas diretamente da própolis verde e, diferente do que foi verificado no presente estudo, TEIXEIRA & et al.,22 relatam que a espécie em questão não apresenta parênquima clorofiliano lacunoso. Além disto, os autores observaram tricomas não-glandulares, estruturas ausentes nas amostras estudadas durante esta pesquisa. A procedência da amostra pode interferir nos resultados e gerar algumas refutações, como por exemplo, quando se confrontam os presentes resultados com aqueles obtidos por TEIXEIRA et al.,22. Percebe-se então, a importância em avaliar o material obtido diretamente da planta, tal como foi realizado nesta pesquisa. Estudos bioquímicos da composição da própolis verde foram realizados por VERDI, BRIGHENTE & PIZZOLATI23 em que foram cor relacionados a composição e os aspectos econômicos da planta. Os autores verificaram a presença marcante de flavonóides e relatam a importância desse composto para colocar a família Asteraceae em um grupamento avançado quimioevolutivamente. FAGUNDES, FARIA & FERNANDES6 analisaram os efeitos sobre a distribuição de Baccharis dracunculifolia no parasitismo de galhas. Como não foi observada correlação do parasitismo com a densidade de plantas, os autores concluíram que a densidade populacional de galhadores não afeta a distribuição, e, portanto, não oferece riscos de extinção da planta hospedeira. Isso indica que a B. dracunculifolia continua sendo comum, Rev. Bras. Farm., 89(3), 2008 e mesmo com presença de parasitoses, não apresenta riscos de extinção. CONCLUSÃO A descrição anatômica da folha de Baccharis dracunculifolia revelou características peculiares da espécie que podem ser utilizadas como parâmetros para a identificação da fonte vegetal da própolis verde. Com a realização do presente estudo torna-se possível a comparação dos resultados aqui descritos com aqueles encontrados durante as análises do controle de qualidade e assim. Deste modo, pode-se constatar a autenticidade da própolis verde. Dentre as características mais evidentes que poderão ser empregadas na avaliação de sua qualidade, estão os complexos estomáticos do tipo anomocítico, a presença de marcantes estriações na cutícula e os tricomas glandulares. Além disso, as características particulares da família Asteraceae, como extensão de bainha na mesma direção dos tricomas pluricelulares glandulares, quando observados transversalmente, foram evidenciadas neste estudo. AGRADECIMENTOS As autoras agradecem à Universidade Positivo, Curso de Ciências Biológicas e Mestrado Profissional em Gestão Ambiental pelo apoio. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ALENCAR, S.M; AGUIAR, C.L; PAREDES-GUZMÁN, J. & PARK , Y.K. Composição química de Baccharis dracunculifolia, fonte botânica das própolis dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Ciência Rural, 35(4): 909 – 916, 2005. 2. ARDUIN, M & KRAUS, J.E. Anatomia de galhas de ambrosia em folhas de Baccharis concinna e Baccharis dracunculifolia (Asteraceae). Rev. Bras. Bot., 24 (1): 63-72, 2001. 3. BERLYN, G.P & MIKSCHE, J.P. Botanical microtechnique and cytochemistry. Iowa, Iowa University, 1976, 326 p. 4. BOLDT, P.E. Baccharis (Asteraceae): a review of its taxonomy, phytochemistry, ecology, economic status, natural enemies and the potential for its biological control in the United States. Texas, Agricultural Research Service Grassland, Soil and Water Research Laboratory Temple, 1989. Rev. Bras. Farm., 89(3), 2008 5. 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