Resumo

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Resumos do 56º Congresso Nacional de Botânica.
Monitoramento da qualidade das águas com ênfase nas
cianobactérias, experiência da CETESB no Estado de São Paulo
MARIA DO CARMO CARVALHO – COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO
AMBIENTAL, SÃO PAULO-SP
Os mananciais do Estado de São Paulo, têm sofrido os efeitos da
ocupação humana e industrial, sobretudo do lançamento de efluentes,
sem nenhum tratamento prévio, principalmente de esgotos domésticos.
Esses efluentes geralmente são ricos em nutrientes, sobretudo
nitrogênio e fósforo que favorecem o crescimento de algas.
Geralmente o grupo que predomina em caso de florações de algas é o
grupo das cianofíceas/cianobactérias o qual, sob o ponto de vista
sanitário, é o mais problemático.
A Portaria 518/2004, elaborada pela FUNASA e aprovada pelo Ministério
da Saúde, bem como a Resolução CONAMA 357/2005 do Ministério do
Meio Ambiente foram um avanço na legislação brasileira, contemplando
a necessidade de monitoramento quanto ao número de células de
cianobactérias em mananciais de abastecimento público. A Portaria
518/2004 estabeleceu ainda, limites máximos aceitáveis para
cianotoxinas em águas de consumo humano.
A CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) opera
a Rede de Monitoramento da Qualidade das Águas Interiores do Estado
de São Paulo abrangendo diversos corpos d’água do Estado. Nesta rede,
o grupo das cianofíceas/cianobactérias é avaliado sob dois aspectos:
uma abordagem ecológica com avaliação da comunidade fitoplanctônica
como um todo, sendo a qualidade do ambiente expressa no Índice da
Comunidade Fitoplanctônica ICF RES onde cada grupo recebe uma
ponderação e, sob o aspecto sanitário onde apenas o grupo das
cianofíceas/cianobactérias é avaliado. Assim, foi incluída na metodologia
de análise, a contagem de células de cianobactérias, sendo que desde
2002 esta análise vem sendo realizada. Esta verificação é realizada
principalmente com relação aos pontos utilizados para captação de água
e utilizados para recreação. No total são 21 pontos monitorados sendo,
17 em reservatórios e 4 em rios.
Além disso, é essencial a elaboração e implantação de planos de
contingências envolvendo empresas de tratamento de água, entidades
responsáveis pela Saúde Pública, como também informação à
população, visando uma melhor atuação de todos na ocorrência de
problemas relacionados às florações de cianofíceas/cianobactérias.
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