Mostra Internacional de Defesa Marítima aberta em São Petersburgo

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Mostra
Internacional
de
Defesa Marítima aberta em São
Petersburgo
Em São Petersburgo, abriu a VI Mostra Internacional de Defesa
Marítima (IMDS na sigla inglesa) – um dos maiores e mais
influentes fóruns navais do mundo. Ela está acontecendo num
momento crucial para a indústria de construção naval russa –
os processos que ocorrem hoje e as decisões que estão sendo
tomadas irão moldar a forma da Marinha russa e o destino da
indústria para as próximas décadas.
Mostra: navios e exposições
Cerca de 40 navios e barcos na marina, helicópteros em
exposição estática, stands de dezenas de empresas e companhias
desde grandes corporações até pequenos fabricantes privados de
equipamentos, equipes de pilotagem acrobática e funcionários
oficiais – é essa a aparência do IMDS. Por trás desta grande
aparência está um trabalho normal de tais fóruns –
estabelecimento de contatos, familiarização com novidades e
sondagem da indústria para determinar a direção de
desenvolvimento.
Fragata Holandesa
Soobrazitelnyy
Van
Amstel
e
a
Corveta
Russa
Como de costume, a mostra contará com a participação de
representantes tanto de empresas russas como estrangeiras,
virão também navios de guerra estrangeiros – dois polacos e um
holandês.
Nos stands serão apresentados modelos e projetos de navios,
equipamentos recentes e de série, e uma multidão de produtos
relacionados, incluindo imprensa especializada em marinha e
defesa.
O stand mais interessante na mostra será certamente o da
Corporação Unida de Construção Naval (USC na sigla inglesa),
onde será possível tentar obter informações sobre as
perspectivas de desenvolvimento da frota nacional russa e da
indústria de construção naval.
Marinha russa quer ir
construtores navais?
para
os
oceanos.
Um
caso
para
O atual programa estadual russo de armamentos para 2011-2020
envolve a introdução na frota de mais de 50 navios de guerra,
barcos e submarinos, e de mais de uma centena de unidades de
frota auxiliar. O programa avança do simples ao complexo: na
primeira fase a Marinha começa a receber corvetas, pequenos
navios de artilharia e pequenos navios de mísseis. Em seguida,
começam a entrar em serviço fragatas – navios capazes de
operar em zonas longínquas de mares e oceanos. Na segunda
metade da década de 2010 a frota deve receber os primeiros
contratorpedeiros de nova geração, um cruzador lança-mísseis
atualizado de propulsão nuclear, navios universais de assalto
anfíbio que irão melhorar consideravelmente as capacidades da
Marinha nos oceanos. Finalmente, durante este período, deve
começar a construção de um porta-aviões.
Hovercraft russo Mordoviya
O principal problema de reposição da frota hoje é o estado da indústria – muitas vezes
os prazos de entrega de navios e submarinos são adiados por uma variedade de razões,
desde técnicas até organizacionais. A implementação de tais programas promissores como
a construção de uma série fragatas do projeto 22350, de submarinos do projeto 885, e
de vários outros, está dificultada devido à necessidade de dominar a produção de
muitos
equipamentos
sofisticados,
incluindo
hidroacústica, e armamentos de nova geração.
radares,
sistemas
de
controle,
Submarino Amur 1650
Construtores navais também têm dificuldades. Para formar a USC
foi combinada numa única estrutura uma complexa “economia”:
muitas usinas em condições diferentes e com diferentes
“lastros”. Os problemas destas usinas hoje têm que ser
resolvidos manualmente. Além disso, os mais importantes deles
– humanos e financeiros – só podem ser resolvidos no âmbito de
uma melhoria geral da economia e do sistema educativo.
Fragata Alemã Hamburg
Compreender esse fato permite da melhor forma entender o papel
da frota como um indicador do estado do país em geral. O
florescimento da Rússia – o crescimento de seu potencial
político e poder econômico – foi sempre acompanhado por um
crescimento da Marinha, como foi durante Pedro, o Grande,
Catarina II e Paulo I, e, finalmente, na segunda metade do
século XX. No entanto, a frota se tornava a primeira vítima de
crises políticas, desacelerações econômicas e atrasos
tecnológicos, e sua queda acompanhava o declínio geral da
Rússia. Esta dependência não desapareceu – e pelo quão forte e
equilibrada será a frota russa poderemos avaliar o estado do
país em geral.
FONTE: Voz da Rússia – Ilia Kramnik
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