Abril – Filosofia – 2ª Série

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Abril – Filosofia – 2ª Série
David Hume
“Sê um filosofo, mas, em meio a toda tua filosofia, não deixes de ser um homem.”
David Hume nasceu no dia 7 de maio de 1711, na Escócia, em Edimburgo. Morreu em 1776, no dia 25 de
agosto. Podemos afirmar que tal autor, do ponto de vista da teoria do conhecimento, mesclou empirismo e
ceticismo. Escrevia de forma bem clara e objetiva, muito embora sua primeira obra “Tratado da natureza humana”
(1739), não tenha obtido êxito (em função da forma como foi apresentada e não exatamente pelo conteúdo
apresentado; essa era, ao menos, a opinião de Hume)
Tal filósofo pode ser considerado o mais importante pensador da Inglaterra no século XVIII. Combateu a
metafísica e toda forma de especulação e abstração que não pudessem servir aos interesses mais urgentes e
imediatos da humanidade. Influenciou Kant, que chegou a dizer que Hume o teria despertado de se “sonho
dogmático”.
Para Hume, o conhecimento deve visar à melhoria da vida dos seres humanos. Não podemos conhecer a
verdade. Mas podemos fazer uso do conhecimento humano, ainda que limitado e provisório, em benefício da
sociedade.
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Crítica à ideia de causalidade
A ideia mais contundente e polêmica de Hume dizem respeito à crítica radical que realizou ao conceito de
causalidade O sol nascerá amanhã? O hábito nos levará a responder acriticamente, que sim. Hume questiona essa
ideia; e afirma que talvez o Sol nasça amanhã. Ao observarmos a relação entre os dois elementos, repetidamente,
acabamos por inferir que a ação de um sobre o outro redundará sempre e necessariamente em um determinado
processo ou fato.
Trocamos, portanto, de maneira equívoca da realidade que passa a ser investigada por princípios
especulativos e quase sempre, ilusórios. É provável que o Sol nasça amanhã, mas não é absolutamente certo de
que isso ocorrerá! Nenhuma verdade ou lei metafísica regula a vida dos Homens ou a existência das coisas ou
seres.
O hábito alimenta e condiciona toda a nossa percepção de mundo, e se nos impõe sob a aparência de “leis”
da natureza. Como Hume questiona todas as nossas crenças, podemos afirmar que sua filosofia caracteriza-se pela
adoção de uma forma de ceticismo radical.
Quando Hume ataca o núcleo da teoria da causalidade, está na verdade se opondo a Aristóteles; mas o que
há de mais radical em tal posicionamento é que, com a negação da teoria da causalidade, recusa, e consequência,
a possibilidade de afirmar-se a existência de Deus. Hume recusa a possibilidade de comprovar-se a existência de
Deus. Por isso foi acusado de ateísmo.
É como se afirmasse que a verdade é inatingível, mas que não precisamos alcança - lá na totalidade para
avançarmos em todas as direções necessárias à realização de uma vida melhor e mais próspera. Mas, se ficarmos
por vezes discutindo e nos matando, em nome de questões puramente especulativas, dificultamos ou mesmo
bloqueamos o nosso próprio caminho.
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Talvez a lição mais fundamental que Hume nos tenha deixado seja a seguinte: que devemos rever
infinitamente, incansavelmente os nossos pressupostos; que toda e qualquer verdade é limitada e precisa ser
constantemente revista; e que o conhecimento deve servir à melhoria da vida, em todos os níveis e sentidos.
Vamos assistir a um vídeo? Preste muita atenção na explicação.
Ser ou não ser - David Hume
http://www.youtube.com/watch?v=QHe8teW4YEM
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