Continence mechanisms and the integral theory of female urinary incontinence Resumo É um tradicional conceito em Medicina que toda disfunção está relacionada a defeitos anatômicos. Isto levou à elaboração de várias teorias, nas quais as alterações morfológicas seriam fatores causais para a incontinência urinária. Talvez a teoria que mais se firmou ao longo do tempo foi a de Enhorning que, em 1967, elaborou a “Teoria de equalização da pressão intra-abdominal”, segundo a qual a condição básica para a continência urinária é a topografia intra-abdominal do colo vesical. Esta teoria foi aceita durante muito tempo como explicação satisfatória para a gênese da incontinência urinária, muito embora, algumas constatações colocassem dúvidas sobre seus princípios. As contradições da teoria proposta por Enhorning motivaram Petros e Ulmsten, 1990, a elaborarem nova explicação para a gênese da IUE. Nesse âmbito, propuseram a chamada “Teoria integral da incontinência urinária feminina”. Segundo esta teoria, os sintomas decorrentes da IUE e da hiperatividade vesical seriam secundários, por diferentes razões, à frouxidão da vagina e de seus ligamentos de suporte, resultado da alteração do tecido conectivo. Abstract It is a traditional concept in medicine, trat dysfunction may be due to anatomical defects, and that function comes with restoration of anatomy. This has led to the identification of various morphological defects as factors inducing stress urinary incontinence. The most commonly accepted theory today is the intra-abdominal pressure equalization theory. According to this theory the basic condition for continence is the intra-abdominal topography of bladder neck and urethra. The contradition of Enhorning theory led Petrus and Ulmsten to the perfomed the new “Integral Theory”. The Integral Theory of female urinary incontinence states that: stress symptoms, urge symptoms and symptoms of defective flow may all derive, for different reasons, from laxity in the vagina or its supporting ligaments, consequence of illness of the connective tissue. 1 at u a l iza ç ã o Mecanismos de continência e teoria integral da incontinência urinária feminina Emerson de Oliveira1 Rodrigo Aquino de Castro1 Cláudia Cristina Takano1 Eliana Viana Monteiro Zucchi1 Maíta Poli de Araújo1 Marair Gracio Ferreira Sartori1 Manoel João Batista Castello Girão1 Palavras-chave Incontinência urinária Etiopatogenia Assoalho pélvico Keywords Urinary incontinence Theory Pelvic floor Universidade Federal de São Paulo – EPM / UNIFESP; Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina, setor de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal FEMINA | Abril 2007 | vol 35 | nº 4 205 Mecanismos de continência e teoria integral da incontinência urinária feminina Introdução Em uma de suas mais recentes publicações, a Sociedade Internacional de Continência (ICS) define a incontinência urinária como toda perda involuntária de urina (Abrams et al., 2003). Trata-se de modificação na definição original, que considerava como incontinência urinária somente as perdas que causassem desconforto social ou higiênico às pacientes, ou seja, aquelas relacionadas negativamente à qualidade de vida. À luz desta nova definição, a ICS preconiza que a incontinência urinária deve ser descrita em conjunto com fatores específicos e relevantes, tais como: tipo, freqüência, gravidade, fatores precipitantes, impacto social, efeitos na higiene e qualidade de vida, medidas usadas para quantificar a perda e se a paciente procurou ou não obter ajuda para aliviar os sintomas (Abrams et al., 2003). A incontinência urinária constitui achado relativamente comum, com prevalência que varia de 5% em mulheres jovens a cerca de 50% nas idosas (Elving et al., 1989; Molander et al., 1990). Seus tipos mais comuns são a incontinência urinária de esforço (IUE), a hiperatividade vesical e a incontinência urinária mista. A IUE é encontrada em aproximadamente 50% das mulheres incontinentes, embora esta porcentagem seja menor entre as mais idosas. A prevalência de hiperatividade vesical parece aumentar com o evoluir da idade e admite-se que seja o tipo mais comum de incontinência urinária entre as mulheres idosas (Resnick e Yalla, 1985; Weiss, 1991). Embora a ICS tenha abolido o termo em inglês “stress incontinence” para referir-se à IUE e padronizado a expressão “urinary stress incontinence”, sua definição permanece inalterada. As pacientes com IUE têm queixa de perda involuntária de urina aos esforços (Abrams et al., 2003). Situação 1 (Colo vesical intra-abdominal): Nesta posição, os aumentos de pressão são transmitidos igualmente para a bexiga e a uretra e, assim, há continência urinária. Situação 2 (Colo vesical extra-abdominal): Nesta posição, não ocorre transmissão de pressão para a uretra, e assim, ocorre perda involuntária de urina. Figura 1 - Teoria da equalização de pressão intra-abdominal (Enhorning, 1967). 206 FEMINA | Abril 2007 | vol 35 | nº 4 Para a mulher, além do desconforto higiênico, a IUE determina problemas sociais, sexuais, psíquicos e econômicos. Lam et al., 1992, analisando questionários enviados a 3.114 mulheres, concluíram que as conseqüências da incontinência urinária no dia-a-dia são amplas e podem causar sérios problemas de relacionamento, desde a abstenção de qualquer tipo de atividade social à interrupção da vida sexual. Teorias para a gênese da incontinência urinária É um tradicional conceito em Medicina que toda disfunção está relacionada a defeitos anatômicos. Isto levou à elaboração de várias teorias, nas quais as alterações morfológicas seriam fatores causais da IUE. Jeffcoate e Roberts, 1952, estudando uretrocistografia miccional, destacaram a importância do ângulo uretrovesical posterior para a manutenção da continência urinária. Em seguida, Hodgkinson, em 1953, utilizando a uretrocistografia com correntinha metálica, descreveu as relações entre a junção uretrovesical e a continência urinária. O comprimento da uretra foi considerado por Lapides et al., 1960, como importante fator para a continência, em particular seu comprimento funcional, ou seja, a porção da uretra cuja pressão excede a vesical. Green, 1962, foi o primeiro pesquisador a classificar as pacientes com IUE em dois grupos distintos, de acordo com a uretrocistografia em incidência lateral. No tipo I, incluiu mulheres com mudanças do ângulo uretrovesical posterior e, no tipo II, as mulheres que, além dessa alteração, apresentavam descenso e afunilamento do colo vesical com conseqüente mudança do ângulo de inclinação uretral. Outros defeitos anatômicos foram aventados como fatores causais da IUE, como lesão do ligamento pubouretral, defeitos da base vesical anterior e posterior, defeitos paravaginais e outros defeitos fasciais (Krantz, 1950; Zacharin, 1963; Olesen, 1975; Richardson et al., 1980; Baden e Walker, 1987). Demonstrou-se, posteriormente, que todos esses achados eram comuns às mulheres continentes e incontinentes. Portanto, a existência destes defeitos correlacionava-se fracamente à IUE (Summitt et al., 1990). Talvez a teoria que mais se firmou ao longo do tempo foi a de Enhorning que, em 1967, elaborou a “Teoria de equalização da pressão intra-abdominal” (Figura 1), segundo a qual a condição básica para a continência urinária é a topografia intra-abdominal do colo vesical. Nessa posição, os aumentos de pressão, por exemplo, durante a tosse, são Mecanismos de continência e teoria integral da incontinência urinária feminina transmitidos igualmente para a bexiga e a uretra e, deste modo, há continência. Nos casos em que o colo vesical está em posição extra-abdominal não há transmissão da pressão para a uretra e, assim, ocorre perda involuntária de urina. Esta teoria foi aceita durante muito tempo como explicação satisfatória para a gênese da incontinência urinária, muito embora algumas constatações colocassem dúvidas sobre seus princípios (Versi et al., 1986; Summitt et al., 1990). Já em 1956, Bailey descreveu o tipo 2B de IUE, em que o colo vesical situa-se acima da borda inferior da sínfise púbica, sem rotação ou descenso durante os esforços. Por sua vez, Constantinou e Govan, 1981, utilizando-se da uretrocistometria, demonstraram que, perante a tosse, o aumento da pressão uretral precede o da vesical. Esses autores não encontraram correlação entre a posição do colo vesical em relação à borda inferior da sínfise púbica e a IUE. A aceitação da “Teoria de equalização da pressão intra-abdominal” baseou-se no fato de que pacientes com IUE beneficiam-se, freqüentemente, de cirurgias que promoviam a elevação do colo vesical (Petros e Ulmsten, 1993). Entretanto, conforme descrito por Kelly e Dumm em 1914, a suspensão do colo vesical não constitui pré-requisito para a cura da IUE, visto que o reparo vaginal, que não eleva o colo vesical, apresenta taxas de cura superiores a 50% nos casos de IUE (citado por Petros e Ulmsten, 1993). Posição em repouso a Fechamento b Teoria integral da incontinência urinária feminina As contradições da teoria proposta por Enhorning motivaram Petros e Ulmsten, 1990, a elaborarem nova explicação para a gênese da IUE. Nesse âmbito, propuseram a chamada “Teoria integral da incontinência urinária feminina”. Segundo esta teoria, os sintomas decorrentes da IUE e da hiperatividade vesical seriam secundários, por diferentes razões, à frouxidão da vagina e de seus ligamentos de suporte, resultado da alteração do tecido conectivo. Assim, a abertura e o fechamento da uretra e do colo vesical são regulados por forças que exercem tensão na vagina. No contexto destes mecanismos, três momentos podem ser diferenciados: Abertura c 1. Colo vesical fechado – posição em repouso (Figura 2a): A vagina é suspensa na frente pelo ligamento pubouretral (PUL), em cima pelo arco tendíneo da fáscia pélvica e atrás pelo ligamento útero-sacral (USL). Contrações lentas do músculo pubococcígeo (PCM) em sentido anterior, da placa dos levantadores (LP) em sentido posterior e do músculo longitudinal do ânus (LMA) no eixo inferior tracionam a vagina contra seus ligamentos suspen- PUL – ligamento pubouretral; USL – ligamento útero-sacral; PCM – porção anterior do músculo pubococcígeo; LP – placa dos levantadores; LMA – músculo longitudinal do ânus. Figura 2 - Mecanismos de abertura e fechamento da uretra e do colo vesical de acordo com a teoria integral (adaptado de Petros e Ulmstem, 1990). FEMINA | Abril 2007 | vol 35 | nº 4 207 Mecanismos de continência e teoria integral da incontinência urinária feminina sores. Este mecanismo de tração, ao mesmo tempo, preserva as terminações nervosas da base vesical impedindo a ativação prematura do reflexo da micção e a hiperatividade do órgão. 2. Fechamento ativo do colo vesical (Figura 2b): Contrações rápidas do músculo pubococcígeo puxam os dois terços superiores da vagina envolvendo e fechando a uretra enquanto a placa dos levantadores e o músculo longitudinal do ânus tracionam a bexiga em sentido póstero-inferior como um balão, torcendo e fechando o colo vesical. 3. Posição de abertura (Figura 2c): Como parte do reflexo da micção, o músculo pubococcígeo relaxa. Isto permite que a placa dos levantadores e o músculo longitudinal do ânus abram o colo vesical, criando um funil de forma a ampliar o lúmen da uretra. Este estiramento, oportunamente, estimula as terminações nervosas, ativando e reforçando o reflexo da micção que, pela própria presença de urina na uretra proximal, encontra-se estimulado. Sucintamente, dois vetores (F1 e F2) devem ser analisados. O vetor F1 atua na parte distal da vagina e fecha a uretra, ao passo que o vetor F2 age na parte proximal da vagina e fecha o colo vesical. Ele abre o colo vesical quando F1 relaxa. F1 é o vetor de menor intensidade, criado pela contração do músculo pubococcígeo, enquanto F2 é o de maior intensidade, originário das contrações da placa dos levantadores e do músculo longitudinal do ânus (Figura 3). De acordo com Petros e Ulmstem, 1990, as contrações do músculo estriado peri-uretral meramente provêm um selo impermeável à água na presença de mucosa trófica e contribuem para a manutenção da pressão uretral no repouso. O U P CV LPU MSPU MPC V zec. zec. PE MLA F1 F2 U – mecanismo de fechamento da uretra; CV – mecanismo de fechamento do colo vesical; zce (em vermelho) – zona de elasticidade crítica; zce (em preto) – zona de elasticidade crítica durante a micção; F1 – força anterior; MPC – músculo pubococcígeo; F2 – força póstero-inferior; PE – placa dos levantadores; MLA – músculo longitudinal do ânus. Figura 3 - Mecanismos de fechamento da uretra e do colo vesical (adaptado de Petros e Ulmstem, 1990). 208 FEMINA | Abril 2007 | vol 35 | nº 4 músculo pubococcígeo, como foi dito, desempenha o papel principal no fechamento uretral. Por fim, estes autores classificaram a incontinência urinária feminina de acordo com o local do defeito anatômico secundário à frouxidão da vagina e/ou de seus ligamentos em: 1 2 3 4 5 Defeito vaginal sub-uretral Excessiva tensão na zona do colo vesical Perda dos ligamentos pubouretrais Perda dos ligamentos útero-sacrais Danos na inserção do músculo pubococcígeo dentro da vagina secundários à deficiência de colágeno 6 Danos aos músculos estriados a Trauma no esfíncter externo do ânus b Placa dos levantadores - frouxidão nas inserções de colágeno • paralisia • ruptura da inserção no osso púbico O diagnóstico de um destes defeitos em particular não significa que a paciente necessariamente terá incontinência urinária. Outros fatores também são importantes, tais como a pressão uretral (mantida pelo coxim vascular e pela musculatura lisa da uretra) e os mecanismos compensatórios involuntários e voluntários. Estes últimos incluem os exercícios perineais e os de treinamento vesical. Músculo levantador do ânus e a continência urinária De acordo com a teoria integral, o músculo levantador do ânus contribui de forma substancial para a manutenção da continência urinária e, portanto, a IUE em algumas pacientes pode ser secundária a lesões neste músculo. Esta impressão, no entanto, não se fundamenta somente na teoria de Petros e Ulmstem. As relações da uretra e suas estruturas de suporte foram estudadas por DeLancey, 1993, que defende a seguinte idéia: o fator de continência urinária mais importante é a rede de sustentação formada pelas fibras do músculo levantador do ânus (Teoria “Hammock”). O músculo levantador do ânus (Figura 4) é o principal constituinte do assoalho pélvico e tem a função de ocluir o estreito inferior da bacia, junto com vários outros pares musculares, evitando, desta forma, o aparecimento das distopias genitais (Pit et al., 2003; Yucel et al., 2004). Origina-se no arco tendíneo (superposto ao músculo obturatório interno, da sínfise até a espinha isquiática) e insere-se no sacro, no cóccix e no músculo externo do ânus. Mecanismos de continência e teoria integral da incontinência urinária feminina Sua inervação origina-se do plexo pudendo (nervos sacrais S3 a S5) e sua irrigação deriva dos ramos musculares da artéria pudenda interna (Gray, 2000). Histomorfologicamente, as fibras do músculo levantador do ânus são classificadas como tipo I e II. As do tipo I caracterizamse por contraírem-se lentamente e por longos períodos sem sofrer fadiga, sendo responsáveis pela manutenção do tônus muscular. Por outro lado, as fibras do tipo II são mais fatigáveis, contraindo-se rapidamente em resposta ao aumento súbito da pressão intra-abdominal. As fibras do tipo I predominam sobre as fibras do tipo II (Tokunaka et al., 1993; Thompson, 1994). Diferenças significantes na estrutura e na histoquímica do músculo levantador do ânus têm sido demonstradas, por meio de biópsias, em mulheres com perda involuntária de urina com e sem prolapso genital associado. Há maior quantidade de fibras musculares com alterações patológicas em pacientes sintomáticas quando comparadas às sadias. O diâmetro das fibras tipo I e II é significativamente menor nas mulheres incontinentes com e sem prolapsos associados (Gilpin et al., 1989). O aumento da idade determina diminuição da força e da massa muscular do indivíduo. O grau de atrofia é diferente para cada fibra muscular, sendo mais acentuado nas do tipo II e menos perceptível nas do tipo I (Kölbl et al., 1989; Tokunaka et al., 1993). A espessura do músculo levantador do ânus foi tema do estudo de Bernstein em 1997. Este autor elaborou técnica que possibilita a identificação do músculo levantador do ânus e do coccígeo por ultra-sonografia transabdominal com varredura transversal. Nesta técnica, o músculo é visto como uma estrutura em faixa, hipoecogênica, abaixo da fáscia subcutânea. Este autor observou diminuição significativa da espessura do músculo levantador do ânus em mulheres com idade superior a 60 anos em relação às jovens. Houve correlação negativa entre a idade e o aumento da espessura durante a contração do músculo em mulheres saudáveis. Os músculos do assoalho pélvico foram significativamente mais espessos nas mulheres saudáveis em relação aos das com incontinência urinária. Segundo esse autor, esta diferença é eliminada pelo treinamento com fisioterapia. Hoyte et al., 2001, em estudo transversal de 30 pacientes (10 assintomáticas, 10 com IUE e 10 com prolapso genital) que submeteram-se à ressonância magnética pélvica e reconstrução tridimensional das imagens obtidas, encontraram, respectivamente, medidas de volume do músculo levantador do ânus de 32,2; 23,3 e 18,4 cm3 (p < 0,05) (Figura 5). Porção puborretal do músculo levantador do ânus Uretra Vagina Reto Figura 4 - Visão superior do diafragma pélvico feminino, destacando-se a porção puborretal do músculo levantador do ânus (adaptado de Netter, 1995). Figura 5 - Modelos tridimensionais reconstruídos a partir de ressonância magnética pélvica em pacientes assintomáticas (A), portadoras de IUE (B) e portadoras de prolapso genital (C) (Hoyte et al., 2001). FEMINA | Abril 2007 | vol 35 | nº 4 209 Mecanismos de continência e teoria integral da incontinência urinária feminina Stoker et al., 2003, avaliaram a espessura do músculo levantador do ânus com ressonância nuclear magnética em 40 mulheres (20 saudáveis e 20 com IUE). Encontraram valores significativamente inferiores no grupo de mulhe­res incontinentes. Finalmente, Oliveira em 2005, confirmando a importância que o músculo levantador do ânus desempenha na manutenção da continência urinária, em particular na IUE, demonstrou que a área de secção transversal deste músculo encontra-se reduzida nas pacientes incontinentes. Considerações Finais Torna-se evidente que para a manutenção da continência urinária é crucial a preservação da integridade do assoalho pélvico. Durante o período expulsivo do trabalho de parto, a cabeça fetal distende e estira o assoalho pélvico, incluindo os músculos e os tecidos conectivos. Nesta fase, poderá ocorrer a hiperdistensão e a ruptura destas estruturas. Sendo assim, a boa assistência obstétrica durante o trabalho de parto é fator de fundamental importância para minimizar a ocorrência da incontinência urinária nas mulheres. Leituras suplementares 1. Abrams P, Cardozo L, Fall M et al. The standardisation of terminology in lower urinary tract function: Report from the standardisation sub-committee of the International Continence Society. Urology 2003; 61: 37-49. 2. Baden WF, Walker TA. Urinary stress incontinence: evolution of paravaginal repair. The Female Patient 1987; 89-105. 3. Bailey KV. Clinical investigation into uterine prolapse with stress incontinence: treatment by modified Manchester colporaphy. J Obstet Gynaecol Br Emp Part II 1956; 63:663-76. 4. Bernstein IT. The pelvic floor muscles: muscle thickness in healthy and urinary-incontinent women measured by perineal ultrasonography with reference to the effect of pelvic floor training. Estrogen receptor studies. Neurourol Urodyn 1997; 16: 237-75. 5. Constatinou C, Govan H. Contribution and timing of transmitted and generated pressure components in the female urethra. Female Incontinence, Alan R Liss New York 1981; 113-20. Am J Obstet Gynecol 1978; 132: 844-60. 12. Hoyte L, Schierlitz L, Zou K, et al. Two- and 3-dimensional MRI comparison of levator ani structure, volume, and integrity in women with stress incontinence and prolapse. Am J Obstet Gynecol 2001; 185: 11-9. 13. Jeffcoate TNA, Roberts H. Observations on stress incontinence of urine. J Obst Gynaecol Brit Emp 1952, 721-38. 14. Kölbl H, Strasseger H. Hiis PA, Gruber H. Morphologic and functional aspects of pelvic floor muscles in patients with pelvic relaxation and genuine stress incontinence. Obst and Gynaecol 1989; 74: 789-95. 15. Krantz KE. Anatomy of the urethra and anterior vaginal wall. Am J Obstet Gynecol 1950; 62: 374-86. 16. Lam GW, Foldspang A, Elving LB, Mommsen S. Social context, social abstention, and problem recognition correlated with adult female urinary incontinence. Dan Med Bull 1992; 39: 565-70. 17. Lapides J, Ajemian EP, Stewart BH et al. Physiopathology 6. DeLancey JOL. Anatomy and biomechanics of genital of stress incontinece. Surg Gynecol Obstet 1960; 3: 224-31. 7. Elving LB, Foldsprang A, Lam GW, Mommsen S. Descriptive 18. Molander U, Milsom I, Ekelund P, Mellström D. An epidemiology of urinary incontinence in 3,100 women age 30-59. Scand J Urol Nephrol 1989; (Suppl)125: 37-43. epidemiological study of urinary incontinence and related urogenital symptoms in elderly women. Maturitas 1990; 12: 51-60. 8. Enhorning G. Simultaneous recording of intravesical 19. Olesen KP. Bladder base insufficiency. Urol Int 1975; prolapse. Clin Obstet Gynecol 1993; 36: 897-909. and intraurethral pressure. Acta Chir Scand 1967; 30: 309-17. 9. Gilpin SA, Gosling JA, Smith AR, Warrell DW. The pathogenesis of genitourinary prolapse and stress incontinence of urine. A histological and histochemical study. Br J Obstet Gynaecol 1989; 96: 15-23. 10. Green TH. Development of a plan for the diagnosis and treatment of urinary stress incontinence. Am J Obstet Gynecol 1962; 83: 632-8. 210 11. Hodgkinson CP. Recurrent stress urinary incontinence. FEMINA | Abril 2007 | vol 35 | nº 4 303: 46-53. 20. Petros PE, Ulmstem UI. An integral theory and its method for the diagnosis and management of female urinary incontinence. Scand J Urol Nephrol Suppl 1993; 153: 1-93. 21. Petros PE, Fracog MRCOG, Ulmstem MD. Theoretical, morphological, radiographical correlations and clinical perspective. Scand J Urol Nephrol Suppl 1993; 13: 5-60. Mecanismos de continência e teoria integral da incontinência urinária feminina 22. Petros PE, Ulmstem UI. An integral theory of female 28. Thompson LV. Effects of age and training on skeletal 23. Pit MJ, De Ruiter MC, Lycklama A, et al. Anatomy of 29. Tokunaka S, Fujii H, Hashimoto H, Yachiku s. Proportions urinary incontinenece. Acta Scand O&G 1990; Suppl 153, 69: 1-79. the arcus tendineus fasciae pelvis in females. Clin Anat 2003; 16: 131-7. 24. Resnick NM, Yalla SV. Management of urinary incontinence in the elderly. N Engl J Med 1985; 313: 800-5. 25. Richardson AC, Edmond PB, Williams NL. Treatment of stress incontinence due to a paravaginal fascial defect. Obstet Gynecol 1981; 57:357-62. 26. Stoker J, Rociu E, Bosch JL et al. High-resolution endovaginal MR imaging in stress urinary incontinence. Eur Radiol 2003; 13: 2031-7. 27. Summitt RL Jr, Bent AE, Ostergard DR. The pathophysiology of genuine stress incontinence. Int Urogynecol J 1990; 1: 12-8. muscle physiology and performance. Physical Therapy 1994; 74: 78-87. of fiber types in the external urethral sphincter of young nulliparous and multiparous rabbits. Urol Res 1993; 21: 121-4. 30. Versi E, Cardozo LD, Studd JWW et al. Internal urinary sphincter in maintenance of urinary continence. BMJ 1986; 292: 166-7. 31. Weiss BD. Nonpharmacological treatment of urinary incontinence. Am Fam Phys 1991; 44: 579-86. 32. Yucel S, Baskin LS. An anatomical description of the male and female urethral sphincter complex. J Urol 2004; 171: 1890-7. 33. Zacharin RF. The suspensory mechanism of the female urethra. J Anat 1963; 97: 423-7. 27 a 30 de junho Teresina - PI XV Jornada Piauiense de Ginecologia e Obstetrícia Local: Rio Poty Hotel Realização: SOPIGO Tel.: 55(86)3223-6252 Fax: 55(86)3223-6252 [email protected] FEMINA | Abril 2007 | vol 35 | nº 4 211