UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEP. DE ENG. DE COMPUTAÇÃO E AUTOMAÇÃO SISTEMAS DE TRANSMISSÃO DE DADOS ROTEIRO PARA O TRABALHO A/D 2015.1 1. Objetivos: Compreender e aplicar os conceitos vistos em sala de aula sobre conversores A/D. Familiarizar-se com os equipamentos encontrados em laboratório (fontes, multímetros) e componentes eletrônicos. Projetar e montar circuitos utilizando protoboard. 2. Introdução: Como foi visto em sala de aula, conversores A/D e D/A são muito úteis quando se deseja fazer uso de sistemas computacionais na leitura e controle de variáveis e processos reais. Essas variáveis podem ser obtidas de fenômenos climáticos, físicos, químicos e orgânicos, sendo, na maioria das vezes, de natureza contínua. Já os computadores trabalham apenas com variáveis discretas, em linguagem binária, onde cada bit é definido por apenas um nível de tensão (como por exemplo, bit 0 – 0 volt, bit 1 – 5 volts). Por este motivo, quando se deseja utilizar sistemas computacionais para analisar e controlar sistemas contínuos, faz-se necessário a transformação das variáveis contínuas em variáveis discretas e binárias ou vice-versa, papel esse desempenhado pelos conversores A/D e D/A. 3. Material utilizado 1 Potenciômetro de 1MΩ. 1 LM 324. 4 Resistores de 1.5KΩ (podem ser substituídos, mas os 4 devem ser iguais). 2 Resistores de 470Ω. 1 Display de 7 segmentos (ou 2 LEDs se houverem). Algumas portas lógicas. 1 Protoboard. 1 Fonte de bancada. 1 Multímetro. 4. Desenvolvimento Este trabalho consiste na montagem de um circuito de conversão A/D Flash (ou como também é conhecido, conversor paralelo), que é um dos circuitos mais simples de serem construídos, utilizando apenas comparadores analógicos (amp-ops ou amplificadores operacionais) e uma malha resistiva (divisores de tensão). Seu range de entrada (faixa de tensão analógica suportada na sua entrada) é de 0-5 Volts (o VCC aplicado a ele). Neste exemplo, o conversor possui uma saída de 2 bits (resolução). Utilizando a tensão de 5 volts como tensão de referência, a conversão por bit será de: Tensão N nº de bits 2N 5 5 Logo : Conv 2 1.25Volts / bit 4 2 A quantidade de Comparadores utilizados é dada pela seguinte fórmula: N º Comp 2 N 1 Conv Parte 1 – Projeto e Montagem: Para a montagem, o circuito deve seguir a Figura 1 abaixo: Figura 1 – Montagem a ser realizada no laboratório. O LM324 possui 4 amp-ops dos quais serão necessários apenas 3 para esta montagem. Os resistores de 1.5K devem ser ligados em série e a entrada inversora de cada um dos amp-ops deve ser ligada entre os resistores da malha como na Figura 1. Segue abaixo uma breve explicação do funcionamento deste circuito: A malha de resistores divide a tensão de referência em valores iguais à Vcc Vcc 3Vcc , e nas junções de R4-R3, R3-R2 e R2-R1 respectivamente. Os amp-ops 4 2 4 (na configuração que se encontram) funcionam como comparadores analógicos, onde, a tensão aplicada à entrada não-inversora (a que possui o sinal de +) é comparada com a tensão aplicada à entrada inversora (a que possui o sinal de -) e no caso de ser maior, a tensão de saída do amplificador será o valor do VCC-1.5 V (devido às características do amp-op, a sua tensão de saída é 1.5V menor que a tensão de alimentação quando está saturado positivamente). Caso a tensão aplicada à entrada não-inversora seja menor ou igual à tensão na entrada inversora, o valor de saída será igual ao GND (0 Volt). Desta forma, quando a tensão de entrada ultrapassar cada um dos valores de tensão da rede resistiva, fará com que a saída de cada amp-op seja ativada, de forma sequencial. Estas saídas são ativadas em forma de barra crescente (como a barra de aparelhos de som que variam com a amplitude do sinal sonoro), devendo este sinal em barra ser convertido para um código binário correspondente, sendo este trabalho, realizado pelo Decoder_bin. Este decoder é formado por um arranjo de portas lógicas AND, NOT, OR ou XOR. Cada grupo deverá projetar seu próprio decoder, utilizando as portas lógicas que achar necessário. Como forma de auxiliar o desenvolvimento, a Tabela 1 abaixo ilustra a entrada do decoder e as respectivas respostas que ele deverá fornecer: Entradas 000 001 010 011 100 101 110 111 Saídas 00 01 00 10 00 00 00 11 Tabela 1: Tabela verdade do decoder binário. Uma dica muito útil, neste caso, é utilizar o mapa de Karnaugh para simplificar a utilização das portas lógicas, reduzindo bastante o seu número e o tamanho do circuito. Parte 2 – Avaliação do funcionamento e obtenção dos resultados: Utilizando-se de um multímetro na entrada do conversor, cada grupo deverá monitorar o valor da tensão de entrada (a ser variada através do potenciômetro P1 na Figura 1) e verificar em que valor de tensão há a alteração nos LEDs de indicação, preenchendo a Tabela 2 com os valores da faixa de tensão para cada codificação: Valor binário Faixa de Tensão 00 01 10 11 Tabela 2: Faixa de tensão para cada codificação. Além disso, cada grupo deverá responder as seguintes questões: Quais as vantagens e desvantagens deste conversor? Em que tipos de aplicação ele seria indicado e em quais ele seria inadequado? 5. Avaliação Serão considerados os seguintes quesitos como formas de avaliação: A organização do circuito (conexão com os fios, disposição dos componentes); O projeto e implementação do Decoder binário (deve constar no relatório); O funcionamento do conversor, avaliado no laboratório (desde a aquisição da tensão até a exibição do valor binário correspondente) e; O conteúdo do relatório (Organização e as respostas obtidas).