0 FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DOUGLAS CARVALHO POLICEMA PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING PARA O “CHIP DO BOI” DA CEITEC-S.A. Porto Alegre, 2015 1 DOUGLAS CARVALHO POLICEMA PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING PARA O “CHIP DO BOI” DA CEITEC-S.A. Trabalho de Conclusão de Curso - TCC apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas, na Faculdade de Administração do Centro Universitário Ritter dos Reis UNIRITTER. Professor(a) Orientador(a): Dr.ª Mellina da Silva Terres. Porto Alegre 2015 2 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus que permitiu que tudo isso pudesse acontecer na minha vida. Agradeço à minha família, por acreditar mãe, seu cuidado investir em mim. Iara minha dedicação foi o que deram em alguns momentos, esperança para que eu possa sempre seguir em frente. Paulo Renato, meu paizão, sua presença significou segurança certeza de que não estou sozinho nessa luta. Com vocês, estou completo. Agradeço a minha namorada Ariane, pessoa com quem amo compartilhar vida. Com você tenho me sentido mais vivo de verdade. Obrigado pelo amor, carinho, paciência por sua capacidade de me trazer mansidão na correria de cada semestre. E que me deu força para que na reta final não desistisse. Agradeço aos meus colegas de trabalho, em especial ao Gilberto Souza que tem sido, desde meu primeiro dia de trabalho, excelente profissional e desenvolvedor de pessoas. O que foi me ensinado levarei para sempre tanto na minha vida profissional como pessoal. Agradeço a minha orientadora Dr.ª Mellina Terres, pela direção e confiança que foram fornecidos a mim para que pudesse concluir este trabalho. E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, meu muito obrigado. 3 RESUMO O presente trabalho consiste na elaboração de um plano de marketing para o Chip do Boi. O Chip do Boi é um produto da empresa CEITEC-S.A. localizada na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O plano de marketing foi elaborado através da uma análise realizada nos ambientes interno e externo da organização, onde foram identificadas as potencialidades e fraquezas da empresa, assim como as ameaças e oportunidades que existem no mercado de semicondutores, através de uma análise SWOT. Considerado o mercado em que a empresa se localiza, foram propostos objetivos, estratégias e planos de ação e controle para que o plano de marketing venha obter sucesso. Destaca-se a necessidade de divulgação do produto, destacando os seus diferenciais e benefícios para o público alvo trabalhado. A metodologia utilizada no estudo utilizou a pesquisa qualitativa. Foram pesquisados autores e tanto da área de marketing e negócios, quando da área de semicondutores. Foram pesquisados também usuários potenciais do chip do boi. Após a análise de dados foi possível concluir que um plano de marketing pode dar auxilio para que a CEITEC visualize o mercado onde está inserido e assim podendo utilizar estratégias de marketing de modo a atrair e reter seus clientes. Um exemplo disso é a proposta de grande divulgação do produto como também melhorias no pós marketing trazendo a redução de custo e atratividade dos clientes. Palavras-chave: Plano de Marketing, Semicondutores, Chip do Boi, RFID 4 LISTAS DE FIGURAS Figura 1 – Organograma Funcional da CEITEC ........................................... 13 Figura 2 – Tabela Modelo do 5W2H ............................................................... 50 Figura 3 – Quadro de Controles de Marketing ............................................. 51 Figura 4 – Perfil dos Colaboradores da CEITEC Entrevistados.................. 57 Figura 5 – Perfil do Entrevistado Complementar ......................................... 57 Figura 6 – Matriz SWOT do Chip do Boi ....................................................... 64 Figura 7 – Matri de Grupos Estratégicos ...................................................... 65 Figura 8 – Situação ideal x Como está a CEITEC......................................... 67 Figura 9 – Matriz de Competitividade ............................................................ 67 Figura 10 – Chip do Boi Utilizado como Aplicação Animal ......................... 72 Figura 11 – Chip do Boi Juntamente com o Leitor de RFID ........................ 73 Figura 12 – Logo da Marca da CEITEC ......................................................... 74 Figura 13 – Logo Marca da CEITEC............................................................... 75 Figura 14 – Fábrica da CEITEC ...................................................................... 76 Figura 15 – Plano de Ação para Divulgação do Chip do Boi ...................... 80 Figura 16 – Plano de Ação de Venda para Vendas e Pós Vendas .............. 82 Figura 17 – Plano de Ação para Redução de Custos .................................. 83 5 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS ......................................................................................... 2 RESUMO ............................................................................................................ 3 LISTAS DE FIGURAS ........................................................................................ 4 SUMÁRIO ........................................................................................................... 5 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 7 1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA E DO SEU AMBIENTE .................... 9 1.1 HISTÓRICO.......................................................................................... 9 1.2 NEGÓCIO............................................................................................. 9 1.3 MISSÃO.............................................................................................. 10 1.4 VALORES........................................................................................... 10 1.5 OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO ...................................................... 11 1.6 PRODUTOS E/OU SERVIÇOS .......................................................... 11 1.7 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ESTRUTURA FUNCIONAL ..... 12 1.8 MERCADO DE ATUAÇÃO ................................................................. 14 1.9 PRINCIPAIS CLIENTES ..................................................................... 14 1.10 PRINCIPAIS FORNECEDORES ........................................................ 15 1.11 PRINCIPAIS CONCORRENTES ........................................................ 15 1.12 ÓRGÃOS REGULAMENTADORES ................................................... 15 2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ................................................................... 16 3 OBJETIVOS DO TRABALHO ................................................................... 18 3.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................. 18 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................. 18 4 JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 19 5 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................ 20 5.1 MARKETING ...................................................................................... 20 5.2 PLANO DE MARKETING ................................................................... 21 5.3 SUMÁRIO EXECUTIVO ..................................................................... 24 5.4 ANÁLISE AMBIENTAL ....................................................................... 25 5.4.1 Análise da Concorrência ............................................................... 27 5.4.2 Análise SWOT ............................................................................... 29 5.4.3 Fatores-Chave de Sucesso ........................................................... 32 5.5 ESTRATÉGIAS DE MAKETING ......................................................... 33 5.5.1 Objetivos de Marketing.................................................................. 34 5.5.2 Definição do Mercado-Alvo ........................................................... 37 5.5.3 Segmentação ................................................................................ 38 5.5.4 Posicionamento ............................................................................. 40 5.5.5 Mix de Marketing ........................................................................... 43 6.5.5.1 Produto ...................................................................................... 44 6.5.5.2 Preço.......................................................................................... 45 6.5.5.3 Ponto.......................................................................................... 46 6.5.5.4 Promoção................................................................................... 47 5.6 PLANO DE AÇÃO .............................................................................. 48 5.7 CONTROLE........................................................................................ 51 6 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ....................................................... 53 6.1 ABORDAGEM E TIPO DE PESQUISA .............................................. 53 6.2 DEFINIÇÃO DA POPULAÇÃO-ALVO E AMOSTRAGEM .................. 56 6 6.3 COLETA DE DADOS.......................................................................... 58 6.3.1 Entrevistas em Profundidade ........................................................ 58 6.4 ANÁLISE DE DADOS ......................................................................... 58 6.4.1 Análise de Conteúdo ..................................................................... 58 7.5.1.1 Passos da Análise ..................................................................... 58 7 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................. 60 7.1 SUMÁRIO EXECUTIVO ..................................................................... 60 7.2 ANÁLISE SWOT ................................................................................. 61 7.2.1 Forças ........................................................................................... 61 7.2.2 Fraquezas ..................................................................................... 62 7.2.3 Oportunidades ............................................................................... 63 7.2.4 Ameaças ....................................................................................... 63 7.3 ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA ........................................................ 64 7.4 FATORES-CHAVE DE SUCESSO ..................................................... 66 7.5 OBJETIVOS DE MARKETING ........................................................... 68 7.6 DEFINIÇÃO DO MERCADO-ALVO .................................................... 68 7.7 SEGMENTAÇÃO ................................................................................ 69 7.8 POSICIONAMENTO ........................................................................... 70 7.9 MIX DE MARKETING ......................................................................... 71 7.9.1 Produto.......................................................................................... 71 7.9.2 Preço ............................................................................................. 76 7.9.3 Ponto ............................................................................................. 77 7.9.4 Promoção ...................................................................................... 78 7.10 PLANO DE AÇÃO .............................................................................. 79 7.11 CONTROLE........................................................................................ 84 7.11.1 Medindo a Eficiência ..................................................................... 84 7.11.2 Medindo a Eficácia ........................................................................ 85 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 86 8.1 SÍNTESE CONCLUSIVA .................................................................... 86 8.2 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ............................................................. 87 8.3 SUGESTÃO PARA FUTURAS PESQUISAS ..................................... 88 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 89 APÊNDICE A – ROTEIRODE ENTTREVISTA COM GESTORES DA ÁREA DE NEGÓCIO ............................................................................................... 91 APÊNDICE B – TABELA DE ALINHAMENTO DA PESQUISA COM COLABORADORES DA CEITEC.................................................................. 93 APÊNDICE C – ROTEIRO DE ENTREVISTA COM CLIENTE FINAL POTENCIAL .................................................................................................. 94 7 INTRODUÇÃO Nesse mundo globalizado e de alta competitividade, com enormes desafios tecnológicos, econômicos e sociais, o cliente tende a se movimentar constantemente na busca do melhor produto. Os consumidores estão ficando cada vez mais exigentes, fazendo que as organizações se adaptem a eles para satisfazerem seus desejos e necessidades. Produtos sem qualidade não fazem frente ao mercado atual, onde o cliente busca além do baixo custo, a alta qualidade dos produtos (KOTLER; KELLER, 2006). Por esta razão, se vê necessário a utilização de um plano de marketing dentro das organizações. O plano de marketing é uma ferramenta que auxilia a empresa a se conhecer melhor, como a conhecer melhor seus clientes. O plano de marketing auxilia também a organização a analisar o ambiente de mercado ao qual ela está inserida, dando um norte para a organização, facilitando a empresa a elaborar os seus objetivos, e assim formular suas estratégias para satisfazer as necessidades do cliente. (KOTLER; KELLER, 2006). Para o presente estudo, foi realizado um plano de marketing para um dos produtos da empresa CEITEC: o “Chip do Boi”. Pois segundo Kotler e Keller (2006), tendo conhecimento do mercado, sabendo as necessidades dos clientes, elaborar objetivos e metas, entre outros elementos que o plano de marketing oferece para criar uma vantagem competitiva sobre os demais concorrentes, é um grande passo para o sucesso do produto e do negócio. A CEITEC (Centro Nacional de Tecnologia) é uma empresa que fabrica semicondutores tendo como clientes empresas nacionais e multinacionais. Os produtos que fabrica, são dos mais variados tipos, tamanhos, modelos e utilidade. Um dos produtos mais conhecidos da empresa é o Chip do Boi. Esse chip foi elaborado para rastreabilidade animal. Com o passar dos anos o Chip do Boi teve uma redução em suas vendas e então surgiu uma necessidade de atrair e reter clientes para esse produto. E par isso, o presente estudo trabalhou para suprir essa necessidade. Foi então proposto a elaboração de plano de marketing para o produto da CEITEC CTC11002 (chip do boi). A estrutura do presente trabalho é composta por oito capítulos. O primeiro traz a caracterização da empresa onde é descrito um pouco do 8 histórico da empresa. No segundo capítulo é descrito a definição do problema da pesquisa deste trabalho. Os objetivos gerais e estratégicos são definidos no capitulo três. No capitulo quatro é feita a justificativa de elaborar esta pesquisa. O capítulo cinco traz o referencial teórico, onde é feito todo o embasamento teórico para formulação do plano e marketing. No sexto capítulo é definido a metodologia para abordagem de pesquisa, definição da população alvo, coleta de dados e análise de dados. No capítulo sete é apresentado os resultados trazendo as análises realizadas pelo autor e transformadas em um plano de marketing. E por fim o capítulo oito é realizado a conclusão final do autor. 9 1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA E DO SEU AMBIENTE Neste capítulo será demonstrada a caracterização da empresa, passando pelo histórico, seguindo com o negocio em que a empresa atua, entre outros dados da empresa. 1.1 HISTÓRICO A CEITEC (Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada) é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação. Criada em 10 de Novembro de 2008, através do decreto presidencial. A CEITEC atua no desenvolvimento e ofertas de circuitos integrados para identificação automática (RFID e Smartcards) para aplicações especificas. A empresa projeta, fabrica e comercializa circuitos integrados para aplicações como identificação de animais, medicamentos, hemoderivados, pessoas e veículos, além de autenticação, gestão de inventário, controle de ativos, entre outras. A CEITEC ocupa uma área de 14,7 mil m². Desse total 9,6 mil m² são ocupados pela Fábrica. Lá, 2 mil m² são dedicados à Sala Limpa. Os outros 5,1 mil m² são destinados ao Design Center, à Divisão de Desenvolvimento de Produtos e Negócios, o Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Testes e o setor Administrativo-Financeiro (CEITEC, 2013). 1.2 NEGÓCIO A maioria das empresas define seu negócio em termos de produtos. Definem-se como, por exemplo, “ramo de tintas” ou “negócio de condicionadores de ar”. Porém, o mais correto é e olhar o processo como um todo, e definir o negócio com base no mercado em que a empresa irá atuar (KOTLER; KELLER, 2006). O foco da CEITEC é no desenvolvimento e oferta de circuitos integrados, para identificação eletrônica. Mais precisamente nas áreas de 10 identificação por rádio frequência, os chamados RFID, como também smartcards. (CEITEC, 2013). 1.3 MISSÃO A missão é onde a empresa mostra onde espera obter seus ganhos e resultados. produtiva É onde mostra o significado dela existir e como se tornará aos seus clientes, consumidores, acionistas, dentre outros (AMBRÓSIO, 1999). A missão da empresa é definida no início de sua constituição, porém ela pode mudar com o passar do tempo para acompanhar o ambiente em que o negócio da empresa está posicionado (KOTLER; KELLER, 2006). Portanto, a missão da CEITEC é: “Desenvolver soluções inovadoras em microeletrônica, com alto padrão de qualidade e sustentabilidade financeira, atendendo as necessidades estratégicas do Brasil e do mercado, contribuindo ao desenvolvimento nacional” (CEITEC, 2013). 1.4 VALORES Esta parte é onde é realizada a identificação e descrição dos princípios éticos que mostrarão o caminho para as atividades da empresa. Esses valores norteiam as atividades da companhia (AMBRÓSIO, 1999). Conforme o Relatório Anual da CEITEC (2013), seus valores da são: • Pessoas; • Inovação; • Compromisso com o País; • Compromisso como Cliente; • Qualidade de Gestão; • Segurança e Responsabilidade Ambiental. 11 1.5 OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO Antes de saber por onde começar é preciso saber onde a empresa deseja chegar. Nos objetivos da empresa é mostrado as situações que a organização quer alcançar, sem esquecer o cumprimento da missão e também tendo como norte a realização da visão da empresa (AMBRÓSIO, 1999). Portanto, os objetivos da CEITEC são: • Sociedade: impulsionar o desenvolvimento da cadeia produtiva de micro eletrônica do País; • Financeira: buscar competitividade nos custos, buscar auto sustentabilidade financeira e ter receitas; • Mercado: conquistar clientes; • Processos Internos: dominar os processos de fabricação, Desenvolver e consolidar processos de acordo com os padrões de qualidade e de segurança do trabalho, Desenvolver soluções com foco em RFID e wireless, Desenvolver relacionamento com o mercado e Incentivar empresas brasileiras a serem usuárias de microeletrônica; • Pessoas, Gestão e Informação: atrair, desenvolver e reter pessoas, Promover cultura e ambiente de trabalho favorável a alto desempenho e resultados e também Aplicar tecnologias de gestão (CEITEC, 2013). 1.6 PRODUTOS E/OU SERVIÇOS O desenvolvimento de um produto não é uma tarefa fácil. Exige concentração e sagacidade. Concentração, pois o desenvolvedor dos produtos precisam seguir uma linha de regras e que desobedece-las pode transformar o produto num desastre. E sagacidade, pois um processo de desenvolvimento existem alguns abacaxis a se descascar, e pode fazer um desenvolvedor de produtos levar um tombo grande (AMBRÓSIO, 1999). 12 Sendo assim, os produtos da CEITEC são: • RFID 134 kjz – LF (Baixa Frequência) – CTC11002 (Chip do Boi): é o primeiro produto de prateleira da CEITEC. Trata-se de um chip direcionado principalmente ao mercado de identificação animal. • RFID 915 Mhz – UHF (Ultra Alta Frequência) – Chip CTC13001 (EPC Gen 2): circuito para múltiplas aplicações em logística que pode ser usado por fabricantes de equipamentos para identificação e rastreamento de itens durante toda a fase de produção, assim como para controle de estoque e de pósfabricação. • CTC13001 T: dispositivo para múltiplas aplicações em logística. Pode ser utilizado em lacres e cadeados eletrônicos, garantindo ainda mais segurança a produtos como embalagens, medicamentos, bagagens aéreas, cargas logísticas e roupas, entre outros. • CTC13100 (Siniav): projetado para uso por empresas que estão desenvolvendo soluções para o Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos. Concentra dados como placa, modelo e marca do veículo, número de chassi e o código RENAVAN, entre outras informações, servindo como ferramenta essencial para a implantação, pelo Governo Federal, do programa Siniav (CEITEC, 2013). 1.7 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ESTRUTURA FUNCIONAL Segundo Cury (1994), as estruturas organizacionais das organizações atende três funções básicas. Primeiramente, as estruturas tendem a realizar produtos organizacionais e atingir metas organizacionais. Segundo, as estruturas conduzem-se a diminuir ou regulamentar a influencia das alterações individuais sobre a organização. Para finalizar, em terceiro lugar, as estruturas são os contextos em que o poder é exercido. Em que as decisões são tomadas como também onde são feitas as atividades das organizações. 13 Em seu modelo de estrutura organizacional, a CEITEC S.A. conta com quatro divisões, áreas de negócios estratégicas e fundamentais para a consolidação e o avanço da empresa. São elas: • Desenvolvimento de Produtos e Negócios; • Design; • Fábrica; • Pesquisa e Desenvolvimento. Figura 1 – Organograma Funcional da CEITEC. 1 Fonte: Site oficial da CEITEC . Além dessas quatro divisões, a CEITEC S.A. tem também um Diretoria Administrativo-Financeira, responsáveis pelas áreas que dão suporta as áreas 1 Disponível em: <http://www.ceitec-sa.com/SitePages/home.aspx>. Acesso em 01 out. 2015. 14 fim da empresa. A CEITEC tem em sua estrutura funcional uma série de diretores. Porém antes disso a CETEC possui a presidência e a assembleia dos acionistas conforme figura 1 (CEITEC, 2013). A estrutura funcional é baseada na supervisão por funções. Tem larga aplicação com base na organização, onde a especialização se sobressai. A estrutura por funções tem grande aplicação em empresas industriais (CURY, 1994). 1.8 MERCADO DE ATUAÇÃO A CEITEC atua no mercado de Identificação por Radio Frequência (RFID) e SmartCards, para empresas públicas e privadas no âmbito nacional e regional. 1.9 PRINCIPAIS CLIENTES Os clientes cada vez mais estão buscando qualidade na entrega dos produtos e serviços. Assim como também uma espécie de diferenciação ou customização. Outra característica importante dos consumidores é a o aumento da sensibilidade quanto a valor (KOTLER; KELLER, 2006). Segundo o Relatório da CEITEC (2013), os principais clientes são: • Para o produto RFID 134 kjz – LF (Baixa Frequência) – CTC11002 (Chip do Boi) a CEITEC tem como clientes a empresa Fockink e a empresa Qualyplast, • Para o produto RFID 915 Mhz – UHF (Ultra Alta Frequência) – Chip CTC13001 (EPC Gen 2) a CEITEC tem como cliente a Casa da Moeda do Brasil, • Já para o chip CTC13001 T, que é focado na área de controle logístico, a CEITEC tem como clientes a empresa Valid e a empresa CCRR, • E por último o chip CTC13100 (Siniav), que a CEITEC tem como cliente a ANTT. 15 1.10 PRINCIPAIS FORNECEDORES Fornecedores são organizações da onde vêm os insumos e recursos para que a indústria realize suas atividades fim. Não fornecem apenas insumos como também serviços de apoio, para que a empresa consiga executar suas tarefas sem se preocupar com as atividades de apoio (BORN, 2007). A CEITEC sendo uma empresa pública Federal deve atender a lei 8.666/93 para todas as compras realizadas. A seleção dos fornecedores é feita através de um pregão eletrônico ou inexigibilidade, ou seja, quando não tem outra empresa que forneça o material (CEITEC, 2013). 1.11 PRINCIPAIS CONCORRENTES A concorrência pode ser definida por toda oferta ou substituto de um produto ou serviço que um cliente venha a considerar. A análise sobre as concorrências é de suma importância pois ela poderá mostrar como a empresa deverá se posicionar no mercado ou, até mesmo se devera manter o produto que fabrica ou mudar para um produto diferente (KOTLER; KELLER, 2006). A CEITEC tem como um de seus concorrentes principais a empresa americana Impinj, a franco-italiana STMicroeletronis, a holandesa NXP e a brasileira Unitec com sede em Minas Gerais que ainda está em obras, mas já pretende comercializar produtos ainda em 2015 (CEITEC, 2013). 1.12 ÓRGÃOS REGULAMENTADORES No dia 21 de janeiro a CEITEC recebeu o certificado “ISO 9001:2008 – Quality Management Systems”, referente a Sistemas de Gestão da Qualidade. Conforme o site da INMETRO (2015) a ABNT NBR ISO 9001 é uma importante ferramenta para a organização mostrar que é capaz de gerenciar seu negócio com uma qualidade consolidada. Resumindo, esta ISO posiciona a CEITEC em um novo conceito de qualidade, pois agora ela possui um sistema de gestão da qualidade correspondente com os mais altos padrões internacionais de qualidade e gerência (CEITEC, 2013). 16 2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA O rebanho bovino no Brasil possui mais de 218 milhões de cabeças, sendo que o total de abates para o ano de 2012 foi pouco mais de 31 milhões de cabeças. Dado que o rebanho bovino tem se mantido com um crescimento anual de aproximadamente 1,5% e que cada novilho nascido deve receber novo brinco (RFID) identificador, pode-se estimar um mercado contínuo mínimo de 30 milhões de unidades anuais (CEITEC, 2013). A CEITEC, enquanto empresa estatal faz parte de um programa estratégico de Estado para o desenvolvimento da indústria de microeletrônica no país. Sendo assim, sua atuação no mercado não pode ser a mesma de uma empresa privada. Ela tem de levar em conta as demandas de programas de governo e contribuir, na sua área de atividade, para criar as condições para o crescimento da microeletrônica no Brasil. Porém, enquanto empresa que, por lei, tem de explorar atividade econômica, sua estratégia de mercado deve visar à conquista de mercados no País e no exterior e o crescimento de seu faturamento. Enquanto empresas de semicondutores no exterior buscam a lucratividade e têm sua estratégia de conquista de mercado baseada na inovação rápida e constante, para a CEITEC a inovação tem de ser um instrumento simultaneamente mercadológico e de atendimento de necessidades estratégicas do Estado brasileiro. O CTC 11002 (Chip do Boi) é um circuito integrado para RFID que opera em baixa frequência, concebido para a identificação de animais. Visando atender normas internacionais de rastreabilidade animal (ISO 11784/5), este chip é montado tipicamente em um brinco plástico e pode ser lido por qualquer leitor compatível disponível no mercado, mesmo com o animal em movimento. O alcance para leitura pode chegar a 50 cm, dependendo do modelo de leitor utilizado. A montagem do chip no brinco e a aplicação do brinco no animal não são feitas pela CEITEC, mas por empresas especializadas que são os efetivos clientes da CEITEC. A CEITEC vem numa constante busca por novos clientes e tentando fidelizar os que existe hoje. Com a chegada de novos entrantes no mercado de rastreabilidade animal, a competitividade aumenta ainda mais, deixando a busca de novos clientes mais difícil. Como a CEITEC não possui um plano de 17 marketing para o produto CTC11002, a proposta deste trabalho foi criar um plano para a retenção e busca de novos clientes visando um aumento no número de chips vendidos. Logo, como alavancar os resultados através da criação de um plano de marketing? 18 3 OBJETIVOS DO TRABALHO Nesse capítulo serão apresentados o objetivo geral e os objetivos específicos do trabalho. 3.1 OBJETIVO GERAL Desenvolver um plano de marketing para o produto CTC11002 (Chip do Boi) com a finalidade de atrair e reter clientes para o Centro Nacional de Tecnologia (CEITEC). 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Para atingir o objetivo geral, foram traçados os seguintes objetivos específicos: • Realizar análise ambiental; • Definir estratégias de marketing; • Desenvolver projeções financeiras; • Gerar métodos de implementação; • Definir plano de ação; • Realizar controle sob o plano. 19 4 JUSTIFICATIVA A justificativa para este trabalho tem como base a definição de um Plano de Marketing para o produto chip do boi. Produto este que é fabricado pela empresa Centro nacional de Tecnologia. O plano de marketing apoiará a empresa a traçar o perfil de seu consumidor, tomar decisões em relação a objetivos e metas, propor ações de divulgação, entre outros. Ações estas que servirão como base para atingir a satisfação do cliente e o sucesso do produto. E assim atingir o objetivo deste trabalho que é atrair e reter cliente para o produto chip do boi. A CEITEC hoje passa por uma fase de crescimento nas vendas de seus produtos. Porém o Chip do Boi não consegue acompanhar as vendas dos outros chips. Essa fato ocorre pois o chip do boi depende uma regulamentação do governo para que se torne obrigatório a utilização do sistema de identificação animal através de componentes eletrônicos. Visando aumentar o número de vendas e atrair clientes, o presente estudo se torna importante para a organização, pois a mesma não possui um plano de marketing específico para o produto chip do boi. Os produtos da CEITEC possuem um plano de marketing muito amplo. E os consumidores do chip do boi merecem um estudo mais aprofundado. A estrutura deste plano de marketing tem como base a estrutura sugerida por Kotler e Keller (2006) em sua obra. O trabalho pode ser considerado oportuno pois, assim como qualquer empresa, a CEITEC também quer atrair e reter cliente. Tendo assim um aumento nas vendas e consequentemente um ganho financeiro. O objetivo proposto oferece uma oportunidade que possibilita a análise do ambiente tanto interno como externo preparando a organização para eventuais mudanças que possam ocorrer no futuro. 20 5 REFERENCIAL TEÓRICO O presente capítulo irá abordar a revisão da literatura deste trabalho, fornecendo assim embasamento teórico para a pesquisa. Serão abordados os tópicos de marketing, plano de marketing, sumário executivo, análise ambiental, estratégias de marketing, projeções financeiras, implementação e controle. 5.1 MARKETING Todas as empresas montam seus produtos em busca da satisfação de seus clientes. Identificar as necessidades é um dos caminhos para um bom marketing. “O marketing envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais.” segundo Kotler e Keller (2006, p.4). O marketing ainda é definido como: A arte e a ciência da escolha dos mercados-alvo e da captação, manutenção e fidelização de clientes por meio da criação, da entrega e da comunicação de um valor superior ao cliente (KOTLER; KELLER, 2006, p.4). A ideia central do marketing e fazer com que tanto a empresa e como cliente atinjam seus objetivos. De acordo com Mc Donald (2008, p.2) “a ideia central do marketing é criar uma compatibilidade entre as capacidades das empresas e os desejos dos consumidores a fim de atingir os objetivos de ambas as partes”. McDonald (2008, p.2) ressalta que “o conceito de marketing, ao contrário da função de marketing, subentende que todas as atividades de uma organização são impulsionadas por um desejo de satisfazer às necessidades dos clientes”. As organizações são norteadas pelo mercado ou que tem algum tipo de orientação para o mercado. Fornecer bens ou serviços para os quais há uma demanda conhecida, ao contrario de vender o que a empresa gosta de produzir. Focando nos clientes e nos desejos destes a empresa fica em melhor posição para realizar os lucros (McDONALD, 2008, p2). 21 Kotler e Keller (2006) nos mostram que um dos conceitos centrais do marketing é a palavra troca. É obtenção de um produto desejado de uma pessoa ofertando-lhe algo em troca. É o ato de trocar ou efetuar uma transação. Uma pessoa pode obter um produto de quatro maneiras. Ela pode produzir o produto – caçando pescando ou colhendo frutos, por exemplo. Pode utilizar a força para obter o produto, assaltando ou roubando. Pode mendigar, como fazem alguns moradores de rua para conseguir comida. Ou então pode oferecer um produto, serviço ou dinheiro em troca de alguma coisa que deseja (KOTLER; KELLER, 2006, p.5). A troca ou a transação depende das duas partes concordarem com a ação e também deve ser favorável a ambas as partes. Nesse sentido, Kotler e Keller (2006, p.5) argumentam que “a troca é um processo de criação de valor, porque normalmente deixa as partes envolvidas em melhor situação”. Os autores ainda definem o marketing como um provocador de respostas. O marketing consiste em tomada de ações e medidas para que provoquem uma reação desejada em um público-alvo. O marketing pode ser aplicado em bens, serviços, eventos, experiências, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e ideias. No que diz respeito ao marketing das organizações, Kotler e Keller (2006 p.7) analisam que “as organizações trabalham sistematicamente para construir uma imagem sólida e positiva na mente de seu público”. 5.2 PLANO DE MARKETING O plano de marketing é um documento que irá resumir o planejamento estratégico de marketing de uma empresa. O plano de marketing é um processo que envolve diversas áreas da empresa como coordenação de pessoas, finanças e materiais onde o resultado final que se espera é a satisfação do cliente. Ou seja, é tornar o cliente mais feliz e como consequência gerar resultados lucrativos tanto para a empresa como para a sociedade (AMBRÓSIO, 1999). 22 Para Ferrell e Hartline (2005, p.26 e 27): Um plano de marketing é um documento escrito que fornece um esquema das atividades de marketing da organização, avaliação e controle dessas atividades. O plano de marketing atende a muitos propósitos. Primeiro, ele explica com clareza como a organização atingirá suas metas e objetivos. Esse aspecto do plano de marketing é vital – não ter metas e objetivos é como dirigir um carro sem saber qual o destino. Neste Sentido o plano de marketing serve como um “mapa” para implementar a estratégia de marketing. Na visão de McDonald (2008), o plano de marketing é uma sequencia de atividades que devem ser seguidas para alcançar os objetivos de marketing como também o desenvolvimento de plano para alcançá-los. De uma maneira geral, ao desenvolver um plano de marketing as empresas passam em algum momento por um processo administrativo. Esse processo é informal geralmente em organizações pequenas e não diversificadas. Já em empresas de grande porte, esse processo é mais estruturado. Conceituadamente esse processo é simples de entender executar. Para isso, McDonald (2008, p.8) afirma que deve-se seguir alguns conceitos básicos que são “determinar objetivos para o que está sendo vendido e para quem, decidir como os objetivos serão atingidos e programar e custear as ações necessárias para a implementação”. Outro ponto enfatizado por McDonald (2008) é que por mais que o processo de criação de plano de marketing seja simples de compreender, ele é na prática, o mais difícil dos encargos de marketing. A dificuldade deste processo está em reunir todos os elementos e informações e transforma-los em um plano coerente. Para elaborar um plano de marketing aceitável deve-se buscar uma gama de informações das mais diversas fontes. As informações que são coletadas devem constar dentro do plano de marketing de maneira apropriada e também de maneira precisa. Para não perder tempo com detalhes desnecessários, deve-se sempre procurar a melhor situação dentro das informações coletadas. Isso exige que o plano de marketing seja analisado de maneira mais cuidadosa, em vez de olhar o plano como um conjunto de tópicos relacionados (FERRELL et al., 2000). Sobre a estrutura de um plano de marketing, Ferrell et al.(2000 p.31) comenta que “ todos os planos de marketing devem ser bem organizados para 23 assegurar que todas as informações relevantes sejam consideradas e incluídas”. Sempre as empresas irão abordar a mesma estrutura de planejamento de marketing. Cada uma molda o plano conforme suas necessidades. Alguns planos são redigidos para a área de estratégia de negócios, outras para produtos como também para marcas individuais. Um plano de marketing abrange uma quantidade enorme de planos, mas normalmente as empresas utilizam nessas áreas (FERRELL et al., 2000). Ferrell et al., (2000) salientam que mesmo que a empresa utilize os mais diversos tipos de esquemas, é importante que se mantenha três premissas importantes. A primeira delas é que o plano de marketing seja bem abrangente. Com a abrangência o autor do plano pode garantir que tudo foi observado. E com isso torna o plano de marketing mais confiável. A segunda premissa afirma que o esquema deve seguir uma lógica. Certamente um plano que for ilógico não será aceito pela alta administração e poderá ter seu financiamento cortado pela metade, isso se o plano for aprovado pela diretoria. Por último, e não menos importante, a terceira premissa diz que o plano de marketing deve ser flexível, para que possa ser moldado conforme as necessidades que possam ser criadas pela empresa. E usar um esquema que não seja ajustável á empresa pode acabar prejudicando o processo do planejamento. Porém, Ferrell et al., (2000) afirmam sobre os problemas que podem ocorrer na criação dos planos de marketing. Os autores falam que houve um mudança no foco do planejamento de marketing. Na década passada não se tinha um foco tão grande no cliente como se tem hoje. Essa mudança fez com que algumas empresas abrissem mão do foco no produto para poder atender as exigências da segmentação dos mercados específicos. Outras mudanças que ocorreram com o passa do tempo incluem analises dos concorrentes, objetivos e mensurações específicas e planejamentos mais lógicos e reais. Apesar do plano de marketing hoje ser voltado ao consumidor final, uma série executivos e planejadores ainda estão insatisfeitos com o resultado dos esforços aplicados no desenvolvimento do plano. Encontrar tempo para preparar um bom esquema e também a dificuldade de encontrar colaboração das áreas da empresa, estão na lista de reclamações e problemas citados pelos desenvolvedores de plano de marketing. 24 McDonald (2008) complementa ainda sobre os problemas que as organizações tem durante o processo de elaboração de planos de marketing. As organizações atualmente se sentem encurraladas pela concorrência e procuram desenvolver seus planos de marketing num formato padronizado e algumas vezes descritos em livros didáticos. O mesmo autor enfatiza que utilização de procedimentos padronizados pode acarretar um descrédito no plano de marketing em si. Mc Donald (2008) completa ainda: É claro que qualquer tentativa de introduzir sistemas de planejamento de marketing formalizados tem sérias implicações organizacionais e comportamentais para uma empresa, pois requer uma mudança na sua abordagem da administração de seus negócios (McDONALD, 2008, p.53). 5.3 SUMÁRIO EXECUTIVO O sumário executivo é uma amostra do que o plano estará mostrando de uma maneira global, trazendo os pontos principais das estratégias utilizadas como também a sua execução. O objetivo é dar ao leitor uma visão geral do plano de marketing de modo que a pessoa que está lendo tenha como identificar de maneira rápida as principais preocupações em relação a seu papel no processo do planejamento. O sumário executivo não ira mostrar de forma detalhada as análises feitas e detalhes encontrados no plano de marketing. No sumário executivo não estará lançado os dados encontrados na analise ambiental ou analise SWOT. O sumário executivo devera trazer aspectos principais do plano de marketing, incluindo previsões de vendas, previsão de custos e medidas para avaliação do desempenho do plano (FERRELL et al., 2000). Seguindo com a mesma linha, Ambrósio (1999) detalha que muitas empresas se preocupam em utilizar este tipo de sumario executivo. Introduzindo este resumo logo após o índice de assuntos abordados no plano de marketing. Ambrósio (1999, p.16) complementa que “este resumo é conhecido como sumário executivo, mas também como sumário gerencial, managenement summary ou ainda executive summary”. 25 O mesmo autor ainda destaca que o uso do sumário executivo é para facilitar a leitura do plano de marketing para que os diretores da organização tenham uma leitura mais objetiva e possa entender os objetivos do plano. Todavia, muitas empresas ao elaborar o plano de marketing estão deixando de lado o uso desse resumo, pois os executivos atentam cada vez mais aos detalhes, apesar de muitas das vezes não trabalharem diretamente com eles. Apesar de trabalhar para executar um plano de marketing conciso, a criação de um sumário executivo acaba sendo uma repetição do que já está no plano, tornando incoerente pra quem busca otimização dos processos. O autor ainda lembra que o sumário executivo é um resumo do plano de marketing, e deve ser redigido de forma concisa. 5.4 ANÁLISE AMBIENTAL Palmer (2006 p.55) define a análise ambiental como “o conjunto de pessoas, organizações e forças externas à gestão de marketing que influenciam na sua capacidade de desenvolver e manter trocas bem-sucedidas com os clientes”. O ambiente é tudo que pode ter uma influencia dentro de um sistema. Ambiente também é definido como aquilo que está rodeando um sistema. O marketing pode ser visto como um sistema que deve reagir às mudanças ambientais. Uma empresa, por exemplo, não terá sucesso se não reagir ao ambiente. O ambiente está em constante movimento e a análise ambiental ajuda a verificar essa mudança (PALMER, 2006). Kotler e Armstrong (1999, p.46) afirmam que: O ambiente de marketing é constituído de atores e forças externas ao marketing que afetam a capacidade de administração de desenvolver e manter bons relacionamentos com seus consumidores. O ambiente de marketing oferece oportunidades e ameaças, e as empresas bem sucedidas sabem que são vitais a observação e adaptação constante às mudanças do ambiente. Infelizmente, muitas empresas não pensam nas mudanças como oportunidade, e ignoram ou resistem às mudanças críticas até ser tarde demais. Keller et al. (2000, p.41), complementam que, a análise ambiental é “um pré-requisito necessário, mas insuficiente para um planejamento estratégico eficaz”. Isto pois, para alcançar os objetivos, os dados levantados na análise 26 devem receber direcionamento assim como um julgamento de um gerente de marketing. Alguns dados do ambiente como fornecedores, clientes e colaboradores afetam diretamente uma organização. Assim como existem dados que afetam indiretamente, como por exemplo taxa de juros, leis trabalhistas ou clima. Esses elementos agem de forma tão rápida e indireta que passam despercebidos por olhos destreinados. E por passar despercebido, só será dado o devido cuidado quando causar algum tipo de impacto na empesa (PALMER, 2006). Para facilitar a compreensão e entendimento, o mesmo autor divide os ambientes de marketing em três grandes grupos, o microambiente o macroambiente, e o ambiente interno. No microambiente é onde estão localizados os fatores que tem influencia direta com a organização. Dentro do microambiente é onde estão colocados os fornecedores, clientes, concorrentes e outros grupos de interesse. As empresas não necessariamente terão contato direto com todos os elementos, porém ainda terão uma influencia em suas politicas (PALMER, 2006). Acrescentando sobre o microambiente, Kotler e Armstrong (1999), colocam que oferecer valor e satisfação para os clientes, é uma das tarefas da administração de marketing. Porém, esta tarefa não é tão simples para que uma única pessoa faça. Para que organização e o plano de marketing atinjam seus objetivos, se faz necessário o uso de agentes que estão dentro do micro ambiente – fornecedores, intermediários, clientes, concorrentes e público externo. O microambiente nada mais é do que forças próximas que podem alterar o poder da empresa de servir o consumidor. No macroambiente é onde estão localizadas as forças políticas/legais, forças sociais/culturais, forças tecnológicas e as forças econômicas. Diferente do microambiente, não afeta diretamente a empresa mas também pode afetá-la politicamente. No macro ambiente estão elementos no qual a empresa não tem como controlar. Como exemplo pode-se citar a taxa de juros, criações de leis, mudança na tecnologia, datas comemorativas dentre outros (PALMER, 2006). Assim, como olham para o ambiente externo, os gestores de marketing também devem analisar internamente os fatores funcionais da organização. 27 Dentro do ambiente interno é onde estão localizados os funcionários, equipamentos, finanças, e outras responsabilidades sociais (PALMER, 2006). Ao realizar os planos de marketing, os gestores de marketing analisam também outros grupos da empresa tais como o departamento de financeiro, o departamento de produtos e desenvolvimento como também a alta administração. Todas essas áreas e funções devem sempre trabalhar e pensar no cliente e trabalhando para oferecer valor e satisfação ao cliente (KOTLER; ARMSTRONG, 1999). 5.4.1 Análise da Concorrência Segundo Kotler e Keller (2006), concorrência se trata de organizações que visam atender as mesmas necessidades dos consumidores. As organizações devem atentar ao máximo a análise dos clientes. Assim poderá traçar as estratégias de posicionamento da marca com eficiência. Para Born (2007), não se pode elaborar um plano com ações de marketing sem conhecer com quem esta concorrendo. Saber os pontos fortes e fracos da concorrência é necessário para um bom plano de marketing. A análise dos concorrentes não é uma tarefa muito difícil, visto que, ao competirem, elas acabam mostrando seus artifícios: serviços, preços, produtos, e os meios de distribuição. O mesmo autor coloca que os concorrentes de hoje podem não ser os mesmos com o passar dos anos. Isso acontece porque o ambiente fica em constante evolução. Por exemplo, uma empresa que fabrica calçados de couro legítimo pode com o passar do tempo, fabricar calçados em tecido sintetico. Essa empresa estará entrando em outro ambiente de concorrência. O autor salienta que antes de partir para uma análise dos concorrentes se deve saber com quem a organização está concorrendo e analisar quem está concorrendo com quem. Kotler e Keller (2006, p.340) afirmam que “assim que a empresa identificar os principais concorrentes, ela deve descobrir suas estratégias, seus objetivos, suas forças e fraquezas”. Os autores comentam que o analista deve procurar saber qual é a estratégia utilizada pelo seu concorrente. Isso faz com que o gestor de marketing decida se usa a mesma estratégia ou utiliza uma 28 diferente. Assim para saber as estratégias, as empresas devem procurar saber o que o concorrente está buscando no mercado. Desse mesmo modo, talvez a análise mais importante seja identificar as forças e as fraquezas de cada concorrente. Porter (1989) propõe em sua obra um esquema chamado Mapa de Grupos Estratégicos. O autor define este mapa como uma ferramenta capaz de identificar e colocar em conjunto as empresas com semelhanças de grande relevância. O mapa coloca em evidencia a concorrência efetiva, para estudá-la. Segundo Born (2007, p.133) com o mapa de grupos estratégicos é possível concluir “dentre outras coisas, quais sãos os grupos em posição privilegiada de rentabilidade e quais seriam as barreiras existentes para que outras empresas realizassem um movimento em busca de tal posição competitiva”. Resumindo essa ferramenta além de realizar a estruturação dos concorrentes em grupos, também traz boas ideias para quais estratégias a empresa deve percorrer e adotar. Porter (1986, p.131) traz em sua obra uma lista que contém treze elementos que ajudam na montagem de um mapa: • Especialização; • Identificação de marcas; • Política de canal; • Seleção do canal; • Qualidade do produto; • Liderança tecnológica; • Integração vertical; • Posição de custo; • Atendimento; • Politica de preço; • Alavancagem; • Relacionamento com a matriz; • Relacionamento com os governos do país de origem e anfitriões. 29 Depois que foram escolhidos os vetores, se deve colocar os concorrentes dentro do mapa. Logo após a alocação da concorrência no setor, deve começar a montagem dos grupos. Porém, não existe uma receita certa para isso. O que vai acabar definindo é o bom senso do gestor e sua equipe. O bom senso da equipe irá também “definir a melhor estrutura, bem como, posteriormente, a identificação e descrição (análise) das barreiras de mobilidade que eventualmente exista entre os grupos estratégicos resultantes” (BORN, 2007, p.135). Agregando, o mesmo autor escreve que definidos os grupos, a organização estará apta a distinguir os concorrentes estratégicos das principais players do setor. Acrescentando sobre o assunto, Born (2007, p.135) fala sobre a análise dos grupos: Assim, um formato de abordagem e apresentação possível para um plano estratégico consiste em realizar uma breve narrativa acerca das características dos grupos “mais distantes” da empresa em questão, focando esforços em uma profunda análise do grupo estratégico (empresa a empresa) em que a organização se encontra. Da mesma forma; é importante realizar também uma boa avaliação das empresas de outro grupo próximo, caso existam barreiras de mobilidade entre eles. 5.4.2 Análise SWOT Kotler e Keller (2006) definem a análise SWOT como uma análise globalizada das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Essa ferramenta monitora tanto o ambiente externo com o ambiente interno das organizações. O termo SWOT é uma sigla dos termos em inglês strengths, weaknesses, opportunities e threats. A análise SWOT oferece a empresa uma visão do ambiente externo e interno, e assim permitindo as organizações enxergarem as mais importantes questões ambientais e também ameaças e oportunidades que a empresa poderá enfrentar no futuro. No esquema da análise SWOT, os fatores externos (ameaças e oportunidades) estarão detalhados lado a lado com os fatores internos (forças e fragilidades). Se surgir uma oportunidade no ambiente externo a empresa deve ter potencialidade para poder explorá-la. 30 Logo se faz necessário o uso da SWOT para avaliar tanto os pontos fortes e fracos como as oportunidades e ameaças (PALMER, 2006). Nesse mesmo sentido, Ferrell et al. (2000 p.33) comentam que a análise SWOT é uma ferramenta que tem seu foco voltado aos fatores internos e externos da empresa. Fatores esses que são levantados através de análises ambientais feitas anteriormente e “que dão a empresa certas vantagens e desvantagens em satisfazer as necessidades de seu(s) mercado(s)-alvo(s)”. Essa análise ajudará a empresa na identificação de o que lhe faz bem e onde precisa executar um processo de melhoria. Kotler e Keller (2006) acrescentam que uma empresa deve monitorar diversas forças do macroambiente, como por exemplo, os clientes, a concorrência e fornecedores. O monitoramento dessas forças se faz importante, pois podem afetar a capacidade da organização de obter lucros. Logo se faz importante a identificação das oportunidades e ameaças. McDonald (2008) coloca que os objetivos de marketing são derivados também da análise SWOT. Fazendo assim com que a empresa decida o que não deve ou deve fazer para obter os resultados descritos lá no início do plano. “A empresa deve usar forças para explorar oportunidades minimizando, ao mesmo tempo, ameaças e fraquezas” (McDONALD, 2008, p.192). 6.4.1.1 Oportunidades e Ameaças Tanto as ameaças que a organização possa estar enfrentando como as oportunidades que possam surgir, são analises realizadas externamente. Ou seja, uma análise baseada no macroambiente onde a organização não tem controle (McDONALD, 2008). Kotler e Keller (2006) afirmam que uma oportunidade existe quando a empresa identifica um possível lucro atendendo as necessidades de um determinado segmento de clientes. Para Ferrell et al. (2000) oportunidade é tudo aquilo poderá afetar positivamente a empresa. São condições ambientais externas que podem dar algum tipo de vantagem sobre as demais organizações. O autores comentam ainda que as oportunidades existentes devem ser aceitas sempre em benefício da organização. 31 Para Kotler e Keller (2006), a ameaça ambiental pode ser algum tipo de desafio colocado por uma tendência, como também algum tipo de evento desfavorável que pode acarretar na perda de vendas ou de lucros. Ameaças também são definidas como algum tipo de barreira que podem impedir a organização de obter lucro ou alcançar seus objetivos. Assim como as oportunidades, análise SWOT deve identificar as ameaças para que não crie uma limitação para a organização (FERRELL et al., 2000). As ameaças devem sofrer uma avaliação que deve levar em consideração a probabilidade de ela ocorrer e sua gravidade caso acorra (PALMER, 2000). 6.4.1.2 Forças e Fraquezas Assim como a empresa analisa as oportunidades e ameaças no ambiente externo, a organização deve “olhar para dentro”. E assim identificar suas forças e fraquezas. Cada organização deve fazer uma avaliação periódica de forças/fraquezas internas e ter capacidade de tirar proveito delas. Não há necessidade de melhoria em todos os pontos fracos ou deixar os pontos fortes de lado, o correto é identificar os pontos importantes e trabalhar neles estrategicamente. (KOTLER; KELLER, 2006) Sobre as forças Ferrell et al., 2000, p.34) dizem que: As forças referem-se aos fatores que permitem a empresa alguma vantagem em atender às necessidades de seus mercados-alvo, isto é, uma vantagem competitiva. Tais fatores incluem recursos abundantes (por exemplo, financeiros e humanos), tecnologia patenteada, fabricação ou habilidades de marketing velozes e marca bem conhecida. Já as fraquezas são limitações que a organização pode ter no processo de desenvolvimento ou implementação de marketing. É interessante “olhar com os olhos do cliente”, pois este também enxerga as fraquezas que quem esta dentro da organização não vê (FERRELL et al., 2000). 32 5.4.3 Fatores-Chave de Sucesso Para Born (2007, p.70), fatores chaves de sucesso “são as condições necessárias para competir em um determinado setor, expressos por meio de critérios técnicos”. Quando uma organização tem bons fatores-chave de sucesso, ela terá grandes chances de obter resultados positivos, pois ela terá uma melhor avaliação nos elementos que determinam a competição no tipo de negócio onde está localizada. O autor salienta que os fatores-chave de sucesso não são atributos. As pessoas fazem confusão enquanto a isso, pois eles são homônimos. Porém eles são diferenciados pelo fato de que os fatores-chave de sucesso são a causa e os atributos são a consequência. Os consumidores querem boa qualidade e alto custo em busca de valor. Através de uma série de atributos esta qualidade pode ser descrita de uma maneira fácil pelo consumidor. O autor acrescenta que os FCS não ficam a vista dos cliente, logo o consumidor não pode opinar sobre isso, por ser um tema muito técnico. Assim, as organizações fazem a utilização de especialista do setor para identificar os Fatores-chave de sucesso (BORN, 2007). McDonald (2008) complementa que, o preço é levado ao processo, pois ele, na hora de explicar o comportamento do consumidor, ele tem importante papel. Logo o preço deve ser empregado como um dos fatores-chave de sucesso. O autor define fala ainda que os fatores-chave de sucesso podem ser vistos como benefícios que os clientes avaliam quando existem outras ofertas. Ou seja, é o que irá fazer com que seus produto se diferencie ou tenha de melhor que outro determinado produto do mesmo segmento. No momento de elaboração de um plano uns dos primeiros passos que o desenvolvedor deve dar é a identificação e conceituação dos fatores-chave de sucesso. Segundo Born (2007, p.71), esse exercício se faz importante pois “não só tratará de externar as bases sobre as quais a competição se dá, servindo, na Análise da Concorrência, como parâmetro de comparação, bem como proporcionará uma excelente visão inicial atual da organização”. 33 5.5 ESTRATÉGIAS DE MAKETING Ferrell et al. (2000) traz em sua obra a ideia que o plano estratégico de marketing ira definir como a organização alcançara seus objetivos de marketing. Do mesmo modo, Ambrósio (1999) define que o objetivo da estratégia é responder a pergunta “como fazer?”. As estratégias são ligadas aos objetivos. E a estratégia ira definir como a empresa irá empregar seus recursos para atingir os objetivos definidos anteriormente. Do mesmo modo Kotler e Keller (2006) definem estratégias de marketing como um plano de ação para alcançar as metas definidas pela organização. A etapa de formular estratégias de marketing é a mais difícil do plano todo conforme McDonald (2008, p.190): Formular estratégias de marketing é uma das partes mais fundamentais e difíceis de todo o processo de marketing, pois são elas que estabelecem o limite de sucesso. Comunicadas a todos os níveis de administração, essas estratégias indicam quais forças devem ser desenvolvidas, quais fraquezas devem ser remediadas e de que maneira. Na opinião de McDonald (2008, p.187) “estratégias de marketing são meios pelos quais uma empresa alcança seus objetivos de marketing e geralmente se preocupam com os quatro P”. Então as estratégias de marketing estão ligadas ao modo de como chegar aos objetivos. Para isso, as organizações tem uma importância especial com os compostos de marketing. Não diferente disso, Keller et al. (2000), colocam que para satisfazer as necessidades do mercado em que a organização quer estar, as estratégias de marketing deverão focar em analisar e selecionar os mercados-alvo como também criar e manter atualizado o marketing mix. O marketing mix que envolve produto, distribuição, promoção e preço. “Estratégia de marketing refere-se a como a empresa gerenciará seus relacionamentos com os consumidores, de maneira que obtenha vantagem sobre a concorrência” (KELLER et al., 2000, p.35 e 36). Conforme Ferrell et al. (2000), há alguns critérios para a seleção de uma estratégia de marketing. Há uma variedade de elementos e fatores que uma organização deve avaliar ao elaborar uma estratégia para determinado produto 34 ou grupos. Dentro desses elementos se tem as características do ambiente e da estratégia da organização, como também o estágio que o item ou linha no ciclo de vida da mercadoria. O nível de importância de cada elemento irá variar, dependendo da situação, porém cada um desses fatores devem ser cuidadosamente analisados e avaliados antes de colocar em pratica a estratégia. Uma estratégia de marketing deve conter diferenciais, ou seja, algum elemento que irá diferencia-las das outras organizações. Mas isso deve ser feito sempre pensando na satisfação que irá proporcionar aos clientes. Essa vantagem torna em realidade a exploração de todo o potencial do planejamento de marketing. Essa vantagens normalmente aparecem como uma oportunidade no ambiente externo ligadas a uma força interna (FERRELL et al. 2008). Além de conter um diferencial, Ferrell et al. (2008) afirma que uma boa estratégia de marketing é aquele que os concorrentes não conseguem copiar. Ou que para copiá-la, os concorrentes tenham que executar grandes esforços a longo tempo. Isso dá a organização uma sustentabilidade para explorar seu diferencial por mais tempo. Mas existem vários critérios para realizar um plano estratégico. Deve sempre pensar que essa estratégia deve ser aprovada pela administração. Logo se ele for boa o plano será bom. Se for ruim provavelmente o plano irá fracassar. 5.5.1 Objetivos de Marketing Ambrósio (1999, p.31) em sua obra, da sua definição de objetivos: Em termos de marketing, um objetivo é algo que se quer alcançar em um determinado período, e que configure a realização de uma oportunidade. Um objetivo de marketing pode tomar diversas formas, como volume físico de vendas, lucro, percentual de aprovação de um candidato a algum cargo público, percentual de aprovação pública de determinada iniciativa do governo, percentual de participação de mercado ou percentual de pessoas que associam a imagem do produto Y a atributos de comportamento. O mesmo autor complementa que “objetivos de marketing são medidas de sucesso do plano de marketing”. Os objetivos de marketing precisam ser supervisionados continuamente, para que se tenha algum retorno (feedback) 35 para o processo de plano de marketing. Esse feedback constante permitirá com que os gestores de marketing possam prever futuros problemas ou soluções, e assim modificar o plano de marketing (AMBRÓSIO, 1999). Para Kotler e Keller (2006), existem quatro critérios para formular os objetivos. O primeiro deles é que os objetivos devem ser classificados em nível de importância. Ficando assim organizados do mais importante para o menos importante. O segundo critério é que os objetivos sejam estabelecidos objetivos de forma quantitativa sempre que possível. Por exemplo, um objetivo de “diminuir o nível de descarte”, ficaria mais bem apresentado como “diminuir o nível de descarte em 3%”. Em terceiro lugar, as metas devem ser desenvolvidas de uma maneira realista. Eles devem nascer de uma análise rigorosa das oportunidades e forças da organização. E, por último, os objetivos devem ser lógicos e ter consistência. Ambrósio (1999) destaca mais um critério no estabelecimento dos objetivos, o critério “prazo”. O objetivo deve estar relacionado a uma data específica. Geralmente, os prazos são separados em três grupos, os realizáveis dentro de um ano (curto prazo), os realizáveis em até três anos (médio prazo) e os realizáveis em até cinco anos (longo prazo). Ferrell et al. (2000), agregam ao assunto afirmando que os objetivos devem fornecer indicadores de quantificação e especificação que irão mostrar o progresso do atingimento das metas. Metas que não tem objetivos não possui valor, pois não tem como mensurar a evolução. Os objetivos devem possuir um alto nível específico. Detalhando o mais possível o que deseja alcançar. Os objetivos devem possuir uma data de início e uma data final. Ou seja, se deve estipular um período para realização dos objetivos. Ferrell et al. (2000) destacam que os objetivos contém quatro características específicas para a elaboração dos objetivos de marketing: atingibilidade, continuidade, período de tempo e atribuição de responsabilidade. Em relação à atingibilidade, Ferrell et al. (2000), comenta que assim como as metas, os objetivos devem ser realistas com base nos dados coletados no ambiente interno e externo, juntamente com a análise SWOT. Ter objetivos atingíveis pode melhorar todo um processo. Os trabalhadores que participam do desenvolvimento se motivam mais a medida que os objetivos vão sendo alcançados. Logo, a produtividade acaba aumentando. Os objetivos 36 devem ser atingíveis com um nível razoável de esforço. Isso não quer dizer que se deve utilizar vontade média. Em relação à descontinuidade, os mesmos autores comentam que, se devem utilizar objetivos descontinualizados. Isso, pois normalmente, os colaboradores ao atingirem um objetivo e ele continuar se repetindo ao passar do tempo, os colaboradores acabam se desmotivando, pois passa a impressão de não estar indo para algum. Logo a utilização de objetivos descontinualizados se faz necessário pois eles elevam significativamente o nível de desempenho dos colaboradores e também dos elementos que o cercam. É como se fosse uma melhoria contínua sempre tentando melhorar mais com objetivos diferentes. Já em relação ao período de tempo, os mesmos autores completam que os colaboradores envolvidos devem sempre saber o estágio que os objetivos estão. Para objetivos mais longos é importante que cada um receba um feedback de como o processo esta andando. Logo ao desenvolver prazos para os objetivos, deve fazer uma análise de esforço. Assim se responsável na elaboração de objetivos colocar um prazo de um ano, um objetivo que pode ser realizado em seis meses, pode ocorrer ociosidade nas estações de trabalho dos envolvidos. Assim como pode acontecer ao contrário. Se colocar um objetivo com prazo menor do que se posse realmente efetuar, os colaboradores podem ter que utilizar uma força excessiva para atingir os objetivos. Lembrando que para o atingimento dos objetivos de ser utilizado um esforço médio. Para finalizar os mesmos autores completam que os objetivos devem ter uma atribuição de responsabilidade. Tanto pode ser uma área ou setor como uma pessoa específica. O que não pode ocorrer é um objetivo não ter nenhum responsável. Isso acaba gerando uma espécie de desleixo pois o não se tem alguém para cobrar o atingimento dos objetivos. 37 5.5.2 Definição do Mercado-Alvo Ferrell et al. (2000, p.37), argumentam que: O plano de marketing deve definir claramente os mercados-alvos em termos uma ou mais variáveis de segmentação importantes: demográfica, psicográfica, uso do produto, e assim por diante. Esses estágio é extremamente importante porque as empresas devem atender as necessidades de seus consumidores antes de desenvolver um composto de marketing para satisfaze-las. Kotler e Keller (2006) trazem em sua obra que mercado ou público-alvo é a identificação de um determinado segmento ou demais segmentos da população que a organização deseja atingir ou servir seus produtos. No mercado existem os mais variados tipos de clientes, necessidades e produtos. E a definição do mercado-alvo irá determinar qual seguimento irá ofertar melhores oportunidades para que a organização obterá melhores resultados ou maior crescimento. O agrupamento dos consumidores é realizado de acordo com vários fatores. Os mais populares são: • Geográfico: local ou clima onde o mercado terá potencia; • Demográfico: faixa etária, idade, renda, entre outros; • Psicográficos: personalidades, atitudes, estilo de vida; • Comportamental: benefícios, taxas de uso, hábitos de consumo, entre outros. Geralmente, no caso de pessoas jurídicas as empresas adotam apenas os fatores geográficos, características gerais (ramo de atividade, tempo de atuação no mercado, entre outros) e comportamentais. (KOTLER; KELLER, 2006). Acrescentando ao assunto, Palmer (2006) escreve que há duas preocupações que as organizações devem ter atenção. A primeira delas é quantos segmentos a empresa deve explorar. Outra preocupação é como ingressar nesses segmentos. A empresa pode Utilizar de três estratégias: marketing de massa indiferenciado, o marketing de nicho, e o marketing de 38 múltiplos segmentos. Kotler e Keller acrescentam ainda mais duas estratégias: o marketing customizado e o marketing local. Em resumo Kotler e Keller (2006) e Palmer (2006) definem as estratégias assim: • Marketing de Massa: quando e organização lança um produto tentando satisfazer todo o mercado; • Marketing de Nicho: normalmente os nichos são menores e acabam atingindo uma ou duas empresas; • Marketing de Múltiplos Segmentos: diferenciando os produtos as empresas abrangem segmentos diferentes; • Marketing Customizado: Normalmente as empresas deste tipo de estratégia oferecem um produto diferenciado para cada tipo de cliente. Por exemplo, um tênis que o cliente pode escolher a cor, o tamanho e o tipo de tecido. O produto será único ou poucas pessoas terão o produto parecido. • Marketing Local: Oferece produtos diferenciados para clientes de um determinado local como, por exemplo, bairros, países. entre outros. 5.5.3 Segmentação Logo após a definição do mercado–alvo, se faz importante a análise do segmento que se quer trabalhar. Palmer (2006, p.153) afirma que segmentar “é identificar grupos de compradores, em um mercado, que tem necessidades distintas das do consumidor médio”. Kotler e Armstrong (1999, p.160), por sua vez, definem segmentação como “divisão do mercado em grupos distintos de compradores com diferentes necessidades, características ou comportamentos que possam exigir produtos ou compostas de marketing específicos”. Born (2007), complementa que dentro do mercado existem subgrupos que tendem a ter uma evolução durante os anos. As decisões de segmentação 39 é uma prática exclusiva do plano de marketing. E antecede a escolha do mercado-alvo e da escolho de posicionamento. Em contraponto, Palmer (2006, p.155) escreve que a segmentação não é de uso exclusivo de marketing. O autor escreve que “outras áreas da atividade humana empregam este mesmo princípio ao decompor um problema maior em unidades menores, para facilitar sua solução” A maioria das empresas usa alguma forma de segmentação de mercado ao dividir o mercado total em grupos de consumidores com necessidades relativamente comuns ou homogêneas, tentando desenvolver m composto de marketing que atrai um ou mais desses grupos (FERRELL et al., 2000, p. 92). Os mesmos autores falam ainda que essa abordagem é feita quando as necessidades dos consumidores são parecidas em um determinado grupo , porém se diferenciam dos demais grupos. Através de pesquisas bem feitas no mercado e com cuidado na condução, as empresas conseguem efetuar a identificação das necessidades desses clientes que se localizam dentro de cada segmento específico. E após a identificação se pode criar para cada um, um composto de marketing diferente que irá atender as necessidade e expectativas destes consumidores. Ambrósio (1990, p.37) complementa que durante a formulação do plano de marketing, se deve responder algumas perguntas como: • Quais segmentos existentes no mercado? • Que novo segmento pretendemos criar? • Qual tamanho do segmento em volume e valor? • Qual o tamanho dos segmentos por região? • quais marcas e fabricantes mais importantes em cada segmento? Ferrell et al. (2000 p. 92) acrescentam ao estudo que, “o propósito da segmentação de mercado é dividir a população inteira em grupos com necessidades relativamente homogêneas”. Existe uma série de elementos que se pode utilizar para fazer essa separação em grupos homogêneos. Em relação a esses grupos, Kotler e Keller (2006), comentam que existem três grupos principais a serem observados. Deve ser analisados as 40 características geográficas, demográficas e psicográficas dos consumidores. Existe também a característica comportamental dos consumidores que alguns pesquisadores acham importante analisar. Isso pelo fato de saber quais benefícios que esse determinado grupo procuro nos produtos. Na segmentação geográfica é realizado a divisão dos consumidores por unidades geográficas como cidades, bairros, distritos, porte da cidade, entre outros. Se desejar a organização pode atuar em todas as áreas geográficas, como também pode focar em apenas uma. Sempre prestando atenção nas variações locais (KOTLER; KELLER, 2006). Já na segmentação demográfica, o mercado é divido em grupos onde as variáveis analisadas são idade, sexo, renda, fase da visa, como também religião, raça, nacionalidade e classe sócia, entre tantos outros (KOTLER; KELLER, 2006). Na segmentação psicográfica, é baseada na psicografia. Psicografia que é uma ciência que faz uso da psicologia e da demografia para entender o mercado consumidor. Logo neste tipo de segmentação o mercado é dividido em grupos baseados no estilo de vida das pessoas e também na personalidade. Pessoas que estão no mesmo grupo podem ter perfis psicográficos diferentes um do outro (KOTLER; KELLER, 2006). Para finalizar, o ultimo tipo de segmentação é o comportamental. Onde o mercado é dividido em “grupos segundo seus conhecimentos, atitude, uso e resposta a um produto”. Deve se levar em conta alguns fatores como benefícios procurados, status de fidelidade, atitudes em relação ao produto, entre outros (KOTLER; KELLER, 2006, p.251). 5.5.4 Posicionamento A maioria das estratégias de marketing são seguidas por três fatores: segmentação, seleção de mercado alvo e por fim o posicionamento. Então, a empresa primeiramente descobre quais as necessidades e tipos de grupos existentes no mercado, logo após seleciona um determinado alvo de necessidades a serem atendidas, e por fim, posicionar o produto ou serviço de maneira que se diferencie dos demais mercados-alvo. Havendo uma falha no 41 processo de posicionamento, o mercado se tornará desalinhado (KOTLER; KELLER, 2006). Para Ries e Trout (2001), o posicionamento é o modo como as empresas posicionam o produto ou serviço na mente de determinado consumidor potencial. Logo o posicionamento não é o que se faz com produto mas sim o que se faz na cabeça do consumidor. Hoje, com o mercado competitivo, o diferencial pode fazer a diferença entre o sucesso e insucesso da organização. Kotler e Keller (2006, p.305) definem posicionamento como: A ação de projetar o produto e a imagem da empresa para ocupar um lugar diferenciado na mente do público-alvo. O objetivo é posicionar a marca na mente dos consumidores a fim de maximizar a vantagem potencial da empresa. Nesse mesmo sentido, Ambrósio (1999) destaca que o posicionamento é um dos elementos mais importantes no processo de planejamento de marketing. Ambrósio (1999, p.42) define posicionamento como “o modo que o consumidor percebe o produto”. Ou seja, é a referência que o consumidor terá em sua mente. Kotler e Armstrong (1999) afirmam que, posicionamento é o modo que a empresa se posiciona na mente dos consumidores assumindo uma diferenciação dos concorrentes. Os clientes estão sempre sobrecarregados de informações das mais variado empresas organizações. Os consumidores não conseguem fazer uma reavaliação dos produtos a todo momento que tem que efetuar uma compra, e para ficar mais simples esse processo, os consumidores acabam classificando as organizações e seus produtos por categorias. Ou seja, posicionam em sua mente. Os consumidores posicionam os produtos em sua mente sozinhos ou com ajuda de profissionais de marketing. Os profissionais de marketing trabalham para que o produto seja posicionado da melhor maneira, levando em consideração suas vantagens competitivas no mercadoalvo. Como também programar seus compostos de marketing para elaborar a posição que se quer ter. Acrescentando sobre o tema, Palmer (2006, p.211) escreve que “posicionamento pode basear-se em uma proposta única de venda, preço, 42 características de design, método de distribuição ou outra combinação de fatores que permitam a diferenciação”. É importante enfatizar que o posicionamento é mais baseado no produto em si, do que no cliente (PALMER, 2006). Para realizar o posicionamento, Ferrell et al. (2000) sugerem algumas estratégias tais como : o fortalecimento da posição atual, a mudança para uma nova posição e o reposicionamento do concorrente. No fortalecimento da posição atual é importante satisfazer o cliente constantemente e fazê-lo crer que o produto escolhido seja o único que possa satisfazê-lo. Com o passar dos anos, os produtos podem acabar perdendo volume no mercado, obrigam as empresas repensarem seus produtos. Uma empresa pode simplesmente se reposicionar. Por exemplo, uma empresa que tinha na mente do consumidor que só poderia ser comprada por jovens ricos, hoje pode ser mudada para um novo público mais urbano e despojado. Se reposicionar não quer dizer “mudar” o produto, mas sim mudar a forma como as pessoas veem seu produto. Uma outra estratégia de posicionamento é reposicionar o concorrente. Um exemplo atual é o caso da empresa Subway, que entrou no mercado na cabeça dos clientes como um fastfood saudável. Isso atacou diretamente o Mcdonalds. Onde muito de seus consumidores passaram a enxergá-lo como gorduroso e que faz mal para a saúde. Kotler e Armstrong (1999, p.174) comentam que existem outros tipos de estratégias que podem ser utilizadas. O produto pode ser posicionado conforme alguns aspectos: • Conforme alguns tributos específicos; • Conforme a benefícios que trazem para o cliente; • Conforme as ocasiões de uso; • Conforme a classe de usuários; Os mesmos autores completam que o posicionamento do produto pode vir também de encontro com os concorrentes. Posicionando o produto contra um concorrente ou em contraste a algum concorrente. 43 Ambrósio (1999) acrescentando ao assunto, escreve que logo após a escolha do posicionamento, é importante que ele seja formalizado de uma forma resumida e objetiva. O mesmo autor ainda afirma que: A frase de posicionamento – neste momento da vida do produto, isto é, no estágio de desenvolvimento do produto – é um desejo do que você quer que os consumidores pensem acerca do produto, a imagem desejada, o posicionamento desejado. Alguns meses após o lançamento do produto, será preciso realizar uma pesquisa de imagem para verificar o posicionamento real na mente dos consumidores (AMBRÓSIO, 1999, p.43). 5.5.5 Mix de Marketing Kotler e Armstrong (1999) escrevem que logo após que é decidido o posicionamento, a empresa está preparada para elaborar os compostos de marketing. McDonald (2008) faz um link com os objetivos estratégicos. O autor comenta que a estratégia é como se chegar aos objetivos, e para alcançar alguns objetivos, se faz necessário uma preocupação com os quatro elementos do composto de marketing. Palmer (2006, p.38) define o composto de marketing como uma “estrutura conceitual que destaca as principais decisões que gerentes e executivos devem tomar ao configurar suas ofertas para atender as necessidades dos clientes”. Essas ferramentas podem ser utilizadas tanto para programar estratégias no curto prazo, como também no longo prazo (PALMER, 2006). Para Keller et al. (2000), a elaboração de compostas de marketing passam pela criação de uma combinação de produto, preço, promoção e praça, na maior ampliação admissível. Atendendo assim as necessidades dos consumidores do mercado-alvo escolhido. Kotler e Armstrong. (1999, p.31) definem mix de marketing: Como um grupo de variáveis controláveis de marketing que a empresa utiliza para produzir resposta que deseja no mercado-alvo. O mix de marketing consiste em todas as ações da empresa com a intenção de influenciar a demanda de seu produto. As várias 44 possibilidades podem ser reunidas em quatro grupos de variáveis, conhecidos como os “quatro Ps”: produto, preço, praça e promoção. Corroborando dos autores acima, Ambrósio (1999) ressalta a formação do composto de marketing. Composto esse que é formado por produto, pontode-venda, promoção e preço. Dentro de cada elemento desses, existem inúmeras variáveis que influenciam em um negócio, como por exemplo: pessoas, marcas, logística, descontos, entre outros. São diversas variáveis que são simplificadas em quatro afirmativas. No meio destas palavras e elementos está o consumidor. Todo o esforço na elaboração de marketing é com base no cliente. 6.5.5.1 Produto Muitas pessoas associam o produto como oferta de um bem tangível, porém ele vai muito além disso. Um produto é tudo aquilo que pode ser oferecido a um determinado mercado para satisfazer necessidades ou desejos. Entre os produtos distribuídos existem bens físicos, serviços propriedades, ideias, entre outros (KOTLER; KELLER, 2006). Ferrell et al. (2000 p.94) escrevem que: O produto compõe o centro da estratégia de marketing. É importante manter em mente que produtos referem-se a mais do que bens tangíveis. Geralmente, representam um amálgama de bens, serviços, idéias e até pessoas. A melhor forma de visualizar um produto é como um conjunto de características e vantagens que têm a capacidade de satisfazer às necessidades e ao desejos do consumidores, entregando assim, benefícios valiosos Ambrósio (1999) complementa que existem algumas variáveis que compõem o P de produto. São elas: garantias, embalagens, serviços, design, qualidade e marca. McDonald (2008) acrescenta uma lista de estratégias que se aplicam ao produto: expansão da linha, consolidação da linha, padronização do design, posicionamento, mudança de mix, entre outros. Nesse mesmo sentido, Palmer (2006, p.40) acrescenta que, os elementos que o gerente de marketing pode controlar são: “qualidade, estilo, 45 características especiais do design, embalagem, variedade de tamanhos e opções, garantias, serviços pós-venda e imagem da marca”. Kotler e Keller (2006) enfatizam que existem quatro fases num clico de vida de um produto. É importante analisar estes estágios, pois dependendo onde o produto se encontra, a estratégia será diferente. Segundo os autores, as fases do produto são: • Germinação: é a fase inicial do produto. Onde ele é colocado no mercado. Seu número de vendas é pequeno; • Crescimento: a demanda cresce rapidamente. A estratégia aqui normalmente é utilizada para atrair e reter clientes; • Maturidade: O mercado está saturado e as vendas e lucros chegam ao topo. A empresa pode utilizar estratégias de crescimento. • Declínio: Onde o produto se torna velho e os custo com marketing e promoção devem ser reduzidos. 6.5.5.2 Preço Preço é quanto a sua mercadoria ou serviço irá valer para o cliente. Para a organização, basicamente o preço ideal é aquele que irá cobrir os custos. E também se torna ideal quando se tem o retorno financeiro desejado pela organização. Efetuar uma análise no mercado com os clientes se faz necessário para saber se o preço que a organização colocou, está de acordo com o “preço de mercado” (KOTLER; KELLER, 2006). Nesse mesmo sentido, Ferrel et al. (2000, p.96) argumenta sobre as decisões de preço: O preço pode ser o elemento mais critico, mais visível e mis manipulado do composto de marketing. É uma consideração extremamente importante à medida que os consumidores decidem se compram os produtos da empresa. Por esta razão, o gerente de marketing deve estabelecer corretamente o preço para atingir o equilíbrio correto entre as necessidades dos consumidores, as soluções alternativas e a necessidade de a empresa cobrir seus custos diretos e indiretos e também obter lucro aceitável. 46 Ambrósio (1999) destaca que o composto preço, é embaraçado e frágil. Este afeta diretamente os lucros da organização. Ele é único dos composto de marketing que não geram custos, apenas receitas. O gerente de marketing devera elaborar boas estratégias para que a receita alcançada seja a que foi planejada. Kotler e Keller (2006) trazem cinco objetivos gerais que as empresas escolhem para determinar o preço: sobrevivência, maximização dos lucros atuais, maximização em participação de mercado, desnatamento e liderança. A Sobrevivência, como o próprio nome diz, a empresa irá buscar a sobrevivência no mercado. Desde que os preços desenvolvidos cubram os custos variáveis e alguns dos custos fixos. A maximização do lucro atual é escolhido quando as empresas querem maximizar principalmente o retorno sobre o investimento. Ao escolher a maximização da participação de mercado, a empresa trabalha com a sensibilidade do mercado quanto ao preço. Ela deverá escolher minimizar o preço a fim de obter penetração no mercado. O estratégia de desnatamento é utilizada por empresas que elevam seus preços afim de desnatar o mercado. Na liderança de qualidade de produto, as empresas almejar ser líder em qualidade de produto de mercado. Podendo alcançar isso fornecendo produtos de qualidade, luxuosos e com preços diferenciados para um determinado tipo de clientes fiéis. 6.5.5.3 Ponto Ferrel et al. (2000) escreve em sua obra que a distribuição é o composto que mais gera custos para a organização. Porém uma boa distribuição se faz necessário pois é o modo como o produto chega ao cliente. Assim agregando grande valor nas trocas entre cliente e empresa. A distribuição pode ser tanto pra um quando pros dois aspectos: canais de marketing e distribuição física. Para Ambrósio (1999, p.46): O P de ponto-de-venda é também chamado simplesmente de ponto, praça ou, ainda, distribuição. É uma forma mnemônica de se referir a um conjunto complexo de elementos que visa tornar o produto disponível para o consumidor onde e quando ele o desejar, e isso inclui elementos importantes como canais de distribuição, logística de mercado e as variáveis que integram esses elementos. 47 As organizações normalmente constroem seus produtos próximos ao cliente. Isso acontece pois o cliente procura consumir produto que tenham o acesso mais fácil. Nesse composto de marketing, é onde os gerentes irão determinar o acesso de seus produtos e serviços aos seus clientes (PALMER, 2006). McDonald (2008) expõem algumas estratégias que podem ser utilizadas no composto distribuição. São elas: mudança na entrega ou distribuição, mudança no tipo de serviço, mudança nos canais de distribuição e também mudança no nível de integração do pós-venda para traz ou para frente. Acrescentando, Kotler e Keller (2006) afirmam que existem três estratégias de distribuição: distribuição exclusiva, seletiva e a distribuição intensiva. A distribuição exclusiva traz a limitação do número de intermediários, onde as empresas optam por ter maior controle sobre o nível e a produção dos produtos e serviços oferecidos pelo revendedor. Já a distribuição seletiva envolve a aplicação de intermediários que optam por comercializar um produto específico. Este tipo de distribuição é utilizado por empresas que já possuem participação de mercado e por empresas novas que buscam distribuidores. Diferente disto, a distribuição intensiva, procura obter o maior numero de distribuidores possível. Tendo como objetivo colocar seus produtos e serviços no maior numero de pontos de distribuição possível. Essa estratégia pode ajudar no curto prazo. Mas poderá prejudicar no longo prazo. 6.5.5.4 Promoção Palmer (2006, p.41), escreve que a promoção “é utilizada pelas empresas para comunicar os benefícios de seus produtos ao mercado alvo”. Para Ambrósio (1999, p. 59) a promoção “agrega uma série de formas de comunicação com o mercado”. Ferrell et al. (2000, p.97) acrescentam que “as atividades de promoção são necessárias para comunicar as características e os benefícios de um produto a seu(s) mercado(s)-alvo(s) pretendido(s)”. Os mesmos autores escrevem a importância de assumir uma perspectiva do marketing integrado: 48 Ao selecionar os métodos promocionais a serem incluídos no composto promocional, é importante assumir uma perspectiva de comunicação de marketing integrado, isto é, coordenar elementos promocionais e outros esforções de marketing que comunicam com os consumidores-alvo para maximizar o impacto total sobre os mesmos (FERREL et al., 2000, p.97) Palmer (2006) e Ambrósio (1999), acrescentam ao assunto algumas ferramentas promocionais: • Propaganda; • Vendas pessoais; • Patrocínio; • Marketing Direto; • Promoção de vendas. Para que o composto promoção tenha o efeito desejado, pode ser elaboradas algumas estratégias. Por exemplo, pode-se mudar tanto o tipo de venda do produto, como também realizar alterações na propaganda e melhorias na central de atendimento (McDONALD. 2008). 5.6 PLANO DE AÇÃO Ferrell et al. (2000, p.121) definem implementação de marketing como “um processo de execução da estratégia de marketing pela criação de ações específicas que assegurarão que os objetivos de marketing sejam atingidos”. Logo a implementação trata do “como” executar. Para Kotler e Keller (2006), um plano estratégico de marketing jamais terá sucesso se não tiver sido implementado corretamente. Na estratégia foi estudado o que e o porquê. Agora na implementação, será abordado quem, onde, quando e como. Nesse mesmo contexto Kotler e Armstrong (1999, p.35) comentam: As estratégias de marketing devem transformar-se em programas de ação específicos que respondam às seguintes perguntas: O eu será feito? Quem será o responsável, Quanto irá custas? Por exemplo, a administração pode querer aumentar a promoção de vendas como 49 uma estratégia-chave para ganhar participação no mercado. Deverá então fazer o plano de ação de vendas, descrevendo as ofertas especiais e suas datas, participação em feiras, novas demonstrações em pontos de venda e outras promoções. O plano de ação demonstra quando as atividades devem ser iniciadas, revisadas e completadas. Kotler e Keller (2006, p.721) ainda escrevem sobre quatro habilidades que os gerentes de marketing deve ter ao implementar o plano de marketing: • Habilidade de diagnóstico; • Identificação do nível da empresa; • Habilidades de implementação; • Habilidades de avaliação. Ambrósio (1999) sugere em sua obra a realização de um quadro de programação. Neste quadro contém três elementos que irão auxiliar na verificação da implementação do plano. O primeiro elemento é descrição da atividade. Bem objetivo e simples. Logo em seguida é a data limite para a realização desta atividade. E o ultimo elemento que deve constar nesse quadro é o responsável pela atividade. Cada atividade deve ser direcionada a um responsável. O mesmo autor traz a utilização de um cronograma onde é possível verificar o status de cada etapa do plano de ação. Esse cronograma é composto por linhas e colunas onde são cruzadas as atividades e as datas. Nakagawa (2014) comenta em seu artigo que uma das ferramentas mais utilizadas para implementar um plano é a ferramenta chamada 5W2H. Esta ferramenta trata de responder a algumas perguntas. Os 5W2H questiona o que deve ser feito? Por que deve ser implementado? Quem é o responsável pela ação? Onde deve ser executado? Quando deve ser executado? Como deve ser conduzido? E Quanto irá custar a implementação? O mesmo autor disserta que as perguntas podem ser respondidas através de formulários ou tabeladas em uma planilha conforme mostra a figura 2. 50 Figura 2 – Tabela Modelo do 5W2H 2 Fonte: NAKAGAWA, 2015 . 2 Disponível em: <http://cms-empreenda.s3.amazonaws.com/empreenda/files_static/arquivos/2014/07/01/5W2H.pdf>. Acesso em 4 nov. 2015. 51 5.7 CONTROLE O plano de marketing não se finaliza com a implementação. Palmer (1999 p.65) escreve que “é preciso avaliar o andamento de cada passo do processo, e para tanto são necessárias reuniões periódicas de acompanhamento, reduzindo o efeito das obras do acaso”. Kotler e Keller (2006) sugerem quatro tipos básicos de controle. Os mesmos podem ser verificados na figura 2. Figura 3 – Quadro de Controles de Marketing. 3 Fonte: LIMA, João; LIMA, Isabel . 3 Disponível em: <https://arquivos.cruzeirodosulvirtual.com.br/materiais/grad_dist/marketing/pesq_mercado/unid adeIII/apresemtacao_unidadeIII.pdf>. Acesso em 27 nov. 2015. 52 Sobre o controle de marketing Ferrell et al. (2000, p.37), afirmam que “envolve a definição de padrões, a avaliação do desempenho real, comparando-o com esses padrões, e se necessário, a adoção de ação corretiva, para reduzir as discrepâncias entre o desempenho desejado e o real. Deste mesmo modo, Born (2007) sugere que sejam realizadas controles sob a eficiência e eficácia do plano. O controle da eficiência é baseado na implementação do plano de acordo com o cronograma estabelecido anteriormente. As reuniões para controle de eficiência costumam a ser mais breves e ter como participantes todos que fazem parte do nível estratégico do plano para analisar as etapas de cada ação estratégica. Já o controle da eficácia se concentra em alcançar os objetivos estratégicos. As revisões são mais profundas e as reuniões podem durar até quatro horas. Os participantes são os mesmos participantes do controle da eficiência e podem agregar ainda conselheiros e convidados. 53 6 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Neste capítulo será apresentada a metodologia que foi neste estudo. Serão descritos os métodos de pesquisa, amostras, coletas de dados e métodos de análise de dados. 6.1 ABORDAGEM E TIPO DE PESQUISA Para o presente estudo foi utilizado o método de pesquisa qualitativa. Tendo em vista que a os dados levantados seriam mais bem avaliados após este tipo de pesquisa. Para Strauss e Corbin (2008), pesquisa qualitativa é utilizada quando se pretende obter resultados diferentes dos alcançados por procedimentos estatísticos ou por outros tipos de procedimentos quantitativos. As pesquisas qualitativas podem se referir sobre a vida que as pessoas levam, experiência de vida, comportamentos de crianças de uma determinada faixa, etária entre outros. Os pesquisadores deste tipo de método realizam coleta de dados geralmente através de entrevistas e observações. Logo se pode dizer que a pesquisa qualitativa é a interpretação de processos não matemáticos. Com o objetivo de “descobrir conceitos e relações nos dados brutos e de organizar esses conceitos e relações em um esquema explanatório teórico” (STRAUSS; CORBIN, 2008, p.24). De acordo com a ideia dos autores acima, McDaniel (2003, p.120) complementa que pesquisa qualitativa “significa que os resultados da pesquisa não estão sujeitos a um a análise de quantificação ou quantitativa”. A pesquisa qualitativa serve para analisar condutas, pensamentos e motivações. Para o autor não existe maneira melhor de entender os desejos do consumidor do que através de uma pesquisa qualitativa (McDANIEL, 2003). Para o presente estudo de elaboração de um plano de marketing, no qual é tratado o presente trabalho, se fez necessário a utilização da pesquisa exploratória. A esperança é que utilização desse método de pesquisa, facilite e auxilie ao autor na busca de dados para a elaboração do plano de marketing. Para Malhotra et al. (2005, p.56), “o objetivo da pesquisa exploratória é explorar ou examinar um problema ou situação para proporcionar 54 conhecimento e compreensão”. Os autores acrescentam que ela pode ser utilizada para as seguintes finalidades: • Definição ou formulação de um problema, • Identificação de caminhos de ação; • Desenvolvimento de hipóteses; • Isolamento de elementos para um futuro exame; • Conseguir dados para desenvolver um plano para o problema; • Estabelecimento de prioridades para uma pesquisa complementar. O processo de pesquisa exploratória é considerado informal. O andamento da pesquisa irá depender dos objetivos e do nível de curiosidade de quem estiver pesquisando. Apesar de ser uma pesquisa informal e maleável, o pesquisador pode faz uso de métodos para auxilia-lo no processo de pesquisa. Ele pode fazer uso da pesquisa qualitativa, da análise de dados secundários, pesquisa teste e de uma pesquisa de experts (MALHOTRA et al., 2005). Para Gil (2008), a pesquisa exploratória nada mais que uma exploração ao assunto abordado. A pesquisa exploratória é usada para trazer o pesquisador para dentro do tema. É fazer com que um assunto que é pouco conhecido e pouco explorado seja familiarizado pelo pesquisador. Logo após esta pesquisa o pesquisador deverá estar apto a elaborar hipóteses. Por se tratar, na maioria das vezes, por assuntos específicos, a pesquisa exploratória acaba tomando forma de um estudo de caso. Para auxiliar o pesquisador nessa “exploração”, ele pode fazer uso de uma pesquisa bibliográfica, pois dificilmente um assunto hoje em dia ainda não foi abordado. McDaniel (2004) complementa que dificilmente uma pesquisa seja única ou que já não tenha sido feita por alguém em alguma época. Então provavelmente o problema da pesquisa certamente já foi investigado. Existem duas fontes para se coletar dados secundários: dentro da própria organização (banco de dados interno) e em outras empresas ou até mesmo pessoas (banco de dados externo). Os dados secundários publicados internamente são mais 55 fáceis de coletar. Pelo fato de já estar dentro a empresa e também pelo fato de comumente as empresas possuírem um bancos de dados em um sistema interno. Além do fato de que internamente, o pesquisador consegue saber a origem, a data de atualização correta entre outros fatores que só quem está dentro da organização consegue saber. Já no caso dos dados externos, existe uma facilidade também na quantidade de fontes que se pode buscar dados. Porém por existir inúmeras fontes de pesquisa, acaba que, não se sabe a exatidão dos dados coletados. Para Malhotra et al. (2005), dados secundários são dados que foram coletados para outro propósito, e não para o problema em questão. Como por exemplo, dados de empresas comerciais, dados fornecidos pela internet e pelo Censo. Eles são utilizados para ajudar na definição do problema estudado como também ajuda a desenvolver uma abordagem para o mesmo. Com os dados secundários as decisões são tomadas com mais rapidez visto que as informações são de bases solidas. Para uma pesquisa com dados mais precisos, é importante a utilização dos dados coletados direto da fonte original. Pois o estudo estará baseado em estudos originalmente publicados. Malhotra et al. (2005) acrescenta ainda que para a coleta de dados secundários devem-se seguir alguns critérios. Uns dos critérios é que os dados devem ser precisos, ou o mais próximo possível do numero real. Assim como a atualidade. Deve-se sempre procurar os dados mais atuais possíveis para uma pesquisa com melhor embasamento. E outro dado importante é a confiabilidade dos dados. Uma maneira para saber a confiabilidade é checando com outras empresas ou clientes que também utilizam os mesmos dados. Porém dados que são divulgados por empresas como o Censo, são bastante confiáveis, não precisando de uma “segunda opinião”. Gil (2008) traz a importância da coleta de dados através de documentos. Que diferente da bibliográfica, a documental ainda não foi tratada analiticamente. Essa coleta de informação pode ser feita através de cartas pessoais, fotografias, memorandos, boletins, arquivos de órgãos públicos e privados, entre outros. 56 Gil (1991, p. 53), ainda adverte que: Pesquisas elaboradas a partir de documentos são importantes não porque respondem definitivamente a um problema, mas porque proporcionam melhor visão desse problema ou, então, hipóteses que conduzem à sua verificação por outros meios. Neste trabalho foi utilizada a pesquisa qualitativa, abordada pelo método de estudo de caso, que ocorreu por coleta de entrevista de profundidade e por documentos. 6.2 DEFINIÇÃO DA POPULAÇÃO-ALVO E AMOSTRAGEM Malhotra et al. (2005) escrevem que uma das técnicas de amostragens não probabilísticas é a amostragem por conveniência. A amostragem por conveniência, como o nome já diz, “por ter motivos convenientes, as amostras são facilmente coletadas” (McDANIEL, 2004). Malhotra et al. (2005 p.266) completam que “muitas vezes, os entrevistados são escolhidos porque estão no lugar certo, na hora certa”. Uma das vantagens da pesquisa por conveniência é pelo fato de ser rápida e barata. E também as amostras são acessíveis ao pesquisador. (MALHOTRA et al., 2005) A técnica utilizada para a realização da amostragem foi por conveniência. Todos os entrevistados trabalham na CEITEC. Foram três entrevistados: dois responsáveis pela área de negócios e um responsável pelo setor de qualidade. O roteiro das perguntas pode ser verificado no apêndice B. Para alinhar as questões com a revisão de literatura, foi elaborada uma tabela de alinhamento, que pode ser verificada no apêndice C. A transcrição desta entrevista pode ser visualizada no apêndice D. A seleção dos entrevistados se justifica tendo em vista que eles contato direto com o cliente e com o produto, e também executam a qualificação destes produtos. Os entrevistados foram contatados pessoalmente pelo pesquisador, pois trabalham na mesma organização. O contato com os entrevistados foi agendado conforme disponibilidade de cada um. Será feita individualmente, para que possa coletar informações diferentes de cada um. O perfil dos entrevistados da empresa CEITEC podem ser visualizados na figura 4. 57 Figura 4 – Perfil dos Colaboradores da CEITEC Entrevistados. " ! ! # " ! Fonte: Elaborado pelo Autor Para obtenção de uma melhor visão do problema, foi aplicado a entrevista em profundidade complementar com um cliente final potencial. O entrevistado trabalha com gado a mais de 15 anos e reside em Capão da Canoa, Rio Grande do Sul. O objetivo desta entrevista é obter mais dados para que se tenha uma visão externa da CEITEC. Esta entrevista se faz importante pois com a visão interna e externa, as chances do plano de marketing ser eficaz aumenta. O perfil do entrevistado pode ser visualizado na figura 5. Foram elaboradas perguntas de modo a saber as necessidade e a visão de quem não utiliza o brinco eletrônico. O roteiro das perguntas pode ser visualizado no apêndice C. Figura 5 – Perfil do Entrevistado Complementar. ! Fonte: Elaborado pelo Autor !$ % &' ( ' ) * + * ,' # 58 6.3 COLETA DE DADOS 6.3.1 Entrevistas em Profundidade McDaniel (2004) define em sua obra que, entrevista em profundidade são “entrevistas individuais que investigam e extraem respostas detalhadas para perguntas, usando muitas vezes técnicas não-direcionadas para descobrir motivações ocultas” Acrescentando ao assunto, Malhotra et al. (2005, p.119), escreve que entrevista em profundidade “são conversas levemente estruturadas com indivíduos escolhidos do público alvo-alvo”. Diferente de uma discussão em grupo, a entrevista em profundidade são feitas uma a uma. Elas podem durar de meia hora, até um pouco mais de uma hora. E assim tentando assim descobrir os preconceitos, os motivos e possíveis atitudes em relação à pesquisa. Desse mesmo sentido McDaniel (2004) afirma que a entrevista em profundidade vai se orientando conforme as respostas da pessoa entrevistada. A cada resposta o pesquisador vai analisando e investigando, e assim criando base para criar novas perguntas. 6.4 ANÁLISE DE DADOS 6.4.1 Análise de Conteúdo Bardin (1977 p.31) conceitua a análise de conteúdo como “um conjunto de técnicas de análise das comunicações”. Não se trata apenas de um único instrumento. É um leque de ferramentas no qual deverá ser utilizada a que se encaixe melhor no estudo em questão. 7.5.1.1 Passos da Análise Bardin (1977) escreve que, a análise se organiza em três etapas cronológicas. A primeira etapa é a pré-análise. Conforme Bardin (1977 p.95) esta 59 etapa é composta de três missões: “a escolha dos documentos a serem submetidos, a formulação das hipóteses e dos objetivos e a elaboração de indicadores que fundamentem a interpretação final”. A segunda etapa é a exploração do material. Essa é uma parte trabalhosa e longa conforme Bardin (1977 p.101), onde o autor expressa que essa etapa “consiste essencialmente de operações de codificação, desconto ou enumeração, em função de regras previamente formuladas”. A última etapa do esquema é o tratamento dos resultados obtidos. Aqui nessa etapa é onde os resultados são tratados de uma maneira que eles possam passar algum tipo de resposta e informações válidas. Podem ser realizadas operações estatísticas simples como porcentagens ou até mesmo uma análise fatorial. Assim como qualquer outra ferramenta que coloque em evidencia as informações fornecidas pela análise realizada (BARDIN, 1977). No presente trabalho, foram analisados os dados coletados com os entrevistados, e a partir disto, foram feitas as análises para formulação da análise interna, análise externa, análise SWOT, formulação das estratégias de marketing por fim elaborar o plano de marketing. 60 7 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Neste capítulo será apresentado o plano de marketing para o produto chip do boi da CEITEC. 7.1 SUMÁRIO EXECUTIVO O Centro Nacional de Tecnologia e Eletrônica (CEITEC) é uma empresa de tecnologia, no ramo de semicondutores, localizada na zona leste de Porto Alegre. Quando a CEITEC foi criada em 2008 como empresa pública, tinha como principal objetivo impulsionar o desenvolvimento da indústria eletrônica do Brasil. Apesar de enfrentar dificuldades típicas de uma empresa que inicia, juntamente com os obstáculos que o setor altamente competitivo que é o de semicondutores, a CEITEC fica forte a cada momento. O mercado de semicondutores esta numa reta de crescimento constante. A cada momento em que a tecnologia se renova, mais difícil se torna se manter no mercado. Devido a crise que o Brasil passa houve uma parada brusca na economia brasileira. Com mais impostos e o poder de compra do consumidor diminuindo é normal que as vendas de materiais de tecnologia seja afetadas também. O consumidor final da CEITEC acaba optando por opções mais baratas, visto que o brinco chip do boi, que efetua a leitura por um sistema de RFID é mais caro que um brinco visual (com numerações e código de barra). E visto que houve uma redução na compra do chip do boi, se fez necessária a criação de um plano de marketing com o objetivo de atrair novos cliente e manter os que existem. Neste plano de marketing foi possível verificar que os concorrentes da CEITEC, com exceção da UNITEC que foi criada a pouco tempo, estão muito mais avançados não só tecnologicamente como em participação de mercado. Apesar disso, o chip do boi possui alguns diferencias que podem fazer com que a CEITEC se torne líder no Brasil em numero de vendas de semicondutores. E assim alavancando o CEITEC em participação no mercado. Este plano de marketing conseguiu identificar alguns pontos fortes, fracos assim como oportunidades e ameaças do mercado. Como ponto forte se pode destacar a cadeia produtiva do chip do boi é realizada 100% dentro da 61 fábrica da CEITEC. E uma oportunidade importante a se destacar é a utilização do chip do boi se tornar obrigatória no próximo ano através de um projeto de lei que circula em Brasília. Logo após a análise e traçados os objetivos deste plano que são atrair e reter cliente, foi proposto uma programação através de um plano de ação. Este plano de ação tem foco na divulgação do produto chip do boi e também na redução de custos de modo a diminuir os custos com fabricação do chip. Para controlar e medir o plano de marketing foram pospostas reuniões onde os responsáveis por ações no plano de ação deverão levar evidencias de modo a comprovar a eficiência e a eficácia do plano. 7.2 ANÁLISE SWOT A análise SWOT consiste em analisar os ambientes interno e externo da empresa de modo que possa identificar as forças , fraquezas, oportunidades e também as ameaças (FERREL et al., 2000). A partir dos resultados obtidos logo após as etapas de pesquisas realizadas anteriormente, foi realizada uma análise SWOT para que possam identificadas as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, que existem no produto. Em relação ao estudo da SWOT para o segmento de LF(baixa frequência) no produto Chip do Boi, pode-se destacar como fortalezas a produção local possibilitando preços competitivos. Com relação a fragilidades pode-se destacar o inlay(antena) ser importado e a restrição ao seu diâmetro. Após a analise, as informações foram colocadas em uma matriz SWOT para uma melhor visualização e entendimento conforme figura 6. 7.2.1 Forças As principais forças do Chip do Boi identificadas na pesquisa são: • Produção Local: todo o processo de elaboração do chip do boi é executado dentro do CEITEC (CEITEC, 2015); • Atende as normas Internacionais de Rastreabilidade: a CEITEC possui as normas NBR 14766 e 15006, ISO 11784/83 (CEITEC, 62 2015); • Certificação ICAR(qualidade): International Committee for Animal Recording (ICAR) concedeu a certificação ICAR ao brinco eletrônico Chip do Boi da CEITEC. O certificado indica que o produto está em conformidade com as normas ISO 11784 e ISO 11785 (CEITEC, 2015); • Preços competitivos: Como a elaboração do chip do boi é realizada toda dentro do Ceitec. Não precisando passar por empresas terceiras, o chip do boi consegue entrar no mercado como um preço competitivo (CEITEC, 2015); • Capacidade produtiva em grande escala: O CEITEC consegue produzir em grande escala. Assim consegue efetuar vendas em grande número (CEITEC, 2015). 7.2.2 Fraquezas As principais fraquezas identificadas na pesquisa foram: • Apenas dois Clientes: Hoje a CEITEC tem apenas dois clientes que comercializam o chip do boi. Isso acaba fazendo que as vendas sejam limitadas (CEITEC, 2015); • O inlay é importado: O inlay (antena) é produzido fora do CEITEC. Apesar de ser desenhado pela empresa (CEITEC, 2015); • Restrições ao modelo do inlay CEITEC: o tamanho da antena desenhada pelo Ceitec é engessado; • Pequena fatia de mercado atingida: no mercado de semicondutores a CEITEC ainda pertence a uma fatia pequena comparada a seus concorrentes; • Custo maior do que a implementação de brincos visuais: O custo para colocar um brinco com números e identificação visual é muito mais barato que um brinco com controle por sistema de radiofrequência; • Sua utilização depende da utilização de um sistema: a utilização deste chip do boi faz necessário a utilização também de outros 63 produtos como por exemplo leitores, computadores e softwares de gerenciamento. 7.2.3 Oportunidades As oportunidades identificadas na pesquisa realizada foram: • Desaceleração da economia: propicia busca de redução de custos. Logo, as empresas que compram produtos importados (mais caros), irão buscar produtos nacionais; • Alta do dólar: Como os grandes concorrentes da CEITEC são no exterior, com a alta do dólar os produtos deles se tornam caros. Logo a procura por produtos nacionais e mais baratos provavelmente aumentam; • O uso do brinco passar a ser obrigatório: existe um projeto de lei que poderá tornar a identificação eletrônica de bovinos obrigatória. Assim como o Uruguai. • PPB: O Processo Produtivo Básico é um incentivo do governo para quem utiliza insumos nacionais no seu processo produtivo (CEITEC, 2015); • PADIS: O PADIS é um conjunto de incentivos fiscais federais estabelecido com o objetivo de contribuir para a atração de investimentos e ampliação dos já existentes nas áreas de semicondutores e displays (CEITEC, 2015); 7.2.4 Ameaças • A lei nacional que é voluntária a identificação e rastreamento eletrônico de rebanho (SISBOV): pode ser criada uma lei que a identificação de rebanho seja facultativa. Isso diminuiria as demandas de do brinco. • Concorrentes maiores e mais conhecidos no mercado: isto pode dificultar o crescimento do CEITEC. • Dependência da criação de leis de uso obrigatório do sistema: O 64 SISBOV ainda é facultativo. Isso dificulta a venda, pois os pequenos rebanhos ainda utilizam o brinco visual. Logo depender das leis que façam que seja obrigatório o uso de identificação por RFID se tornou uma ameaça. Figura 6 – Matriz SWOT do Chip do Boi. Fonte: Elaborado pelo Autor 7.3 ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA Para Born (2007), traz em sua obra a importância de saber com quem se está concorrendo. Faz-se necessário identificar os pontos fortes e fracos da concorrência para executar um bom planejamento de marketing. Kotler e Keller (2006) afirmam que ao elaborar uma analise dos concorrentes ela deve 65 descobrir suas estratégias, objetivos, forças e fraquezas. Para a análise e melhor visualização da concorrência o autor deste trabalho achou relevante analisar dois vetores para a formação de grupos estratégicos: • Nível de Participação no Mercado • Nível de Popularidade da Marca Com base nisso, foi elaborado a seguinte distribuição de acordo com a figura 7. Figura 7 – Matriz de Grupos Estratégicos. Fonte: Elaborado pelo Autor O grupo estratégico 1 apresenta empresas novas no mercado. Onde buscam participação no mercado. Não obtém uma gama muito grande de produtos. Porém os poucos produtos desenvolvidos que existe são de qualidade comprovada pela ISO9001. A popularidade da marca é baixa, visto que não são feitas campanhas publicitárias em revistas ou televisão. Este 66 grupo onde a CEITEC se encontra é composta por uma outra empresa, também brasileira, UNITEC. As duas possuem o mesmo problema com alguns de seus produtos. Algumas etapas da fabricação dos chips é elaborada por uma outra empresa parceira. A CEITEC se destaca positivamente por já possuir um produto produzido totalmente dentro de sua fabrica, o chip do boi. O Grupo estratégico 2 composta pelas empresas IMPINJ, STmicro e NPX, são empresas estrangeiras que já estão no mercado a um certo tempo. São empresas com grande participação no mercado mundial, fornecendo produtos pelo mundo todo. Estas empresas possuem grande capacidade produtiva. E toda sua linha produtiva é dentro dos limites de sua organização. Importando apenas os insumos como silício e demais materiais para a fabricação dos chips. 7.4 FATORES-CHAVE DE SUCESSO Para Born (2007) os definir os fatores-chave de sucesso é externar as bases na qual a competição acontece. E assim serve de parâmetros de análises da concorrência e para ter uma visão inicial atualizada da empresa. Com base nas entrevistas em profundidade realizadas com os responsáveis da área de negócio da CEITEC, foram identificados, para se obter êxito no mercado de semicondutores, alguns fatores chave de sucesso que podem ser visualizados na figura 8. Com os fatores chaves de sucesso definidos, foi realizado um quadro comparativo (Figura 9) com base numa análise ambiental. Esse quadro comparativo se faz importante para que se possa descobrir as possíveis vantagens e desvantagens sobre a concorrência. Para cada fator foi dado uma nota de 0 a 5 onde 0 significa que a empresa não possui o determinado fator chave de sucesso, 1 significa que é ruim, 2 é regular, 3 significa que no determinado fator ele é bom, 4 significa ótimo e 5 excelente. 67 Figura 8 – Situação Ideal x Como está a CEITEC. Fatores Chave de Sucesso Situação Ideal Como está a CEITEC Hoje a CEITEC está filiada à varias associações: as Manter o canal aberto com comunidade acadêmica e empresariais da área. E órgãos principais são: ABINEE, SEMI, P&D e a associação relacionados com a ciência e tecnologia. brasileira de semicondutores Integração com comunidade científica e tecnológica Internamente a CEITEC tem o comitê de inovação. Onde os colaboradores são incentivados a criarem Desenvolver um ambiente interno e externo novos produtos. E externamente existe o PMUB, para que capacite a criação de produtos que é um incentivo ao publico externo criar novas inovadores. ideias e entrar em contato com a empresa que irá avaliar se a ideia é conveniente. A CEITEC possui equipamentos que comprem seu papel em desenvolver e fabricar os chip. Porém Ter disponível equipamentos de ponta. não são equipamentos de ultima geração. Existem Assim como softw ares de ultima geração. no mercado, equipamentos com tecnologia mais avançada. Proporcionar aos clientes produtos que A CEITEC tem tido um retorno positivo em relação executem de fato aquilo que dizem. Se o aos seus produtos. A taxa de erros no chip do boi cliente esperar que ele ligue uma luz azul, é quase nula. Ou seja o chip do boi é muito ele deverá ligar uma luz azul. confiável. A CEITEC hoje consegue atender as necessidades Ser capaz de produzir em grande a fim de quantitativas dos clientes. Ainda pode melhor o atender as necessidades dos clientes e processo de fabricação com a compra de novas minimizar os custos de produção. maquinas Capacidade de Inovação Tecnologia Confiabilidade Produção em grande escala A CEITEC hoje possui a ISO 9001: 2008. Esta iso diz respeito a comprimento das normas nos Sistemas de Gestão da Qualidade. Os processos interno e externo estarem todos regulamentados pelas normas técnicas. Ex: ISO, Inmetro, entre outros. Certificações de qualidade Fonte: Elaborado pelo Autor Figura 9 – Matriz de Competitividade. &% ! " # . $% ' - - (% & - - - )*-, ! /+ $0 ! * . ' /+ 3 * ! 0 4 % 1 2 )*+ 1 )*+, 1 )*+, 1 )*+, % 2 )*. 1 )*, 1 )*, 2 )*. 2 )*. )*/, 1 -*+, 1 -*+, 2 - 2 - - 1 - 1 - 1 - 2 )*0 )*1 2 )*0 2 )*0 2 )*0 )*. )*0 2 )*0 2 )*0 2 )*0 )*1 .*+, 2*2, % 1 % 1 /+ ! % * 0 6 /5 % 2 Fonte: Elaborado pelo Autor 2*/, .*1 .*1 68 7.5 OBJETIVOS DE MARKETING Ferrell et al. (2000), afirmam que os objetivos de markeing tem que fornecer indicadores quantificados e especificados que mostrarão se as metas estão sento atingidas. Objetivos não quantificados dificulta a mensuração da evolução. Com base nas entrevistas com os gestores da área de negócio foram desenvolvidos e avaliados os seguintes objetivos para o Chip do Boi: • Objetivo 1: Aumentar em 100% o número de clientes do Chip do Boi; • Objetivo 2: Aumentar as vendas do chip do boi em 50%. Para atingir os objetivos expostos, será traçado um plano de ação com os respectivos responsáveis. Será acordado com os gestores da área de negócio o acompanhamento periódico para direcionamento e possíveis problemas nas estratégias e plano de ação. 7.6 DEFINIÇÃO DO MERCADO-ALVO Kotler e Keller (2006) afirmam que mercado ou público-alvo é a identificação de um determinado segmento ou demais segmentos da população que a organização deseja atingir ou servir seus produtos. Logo após análise das entrevistas com os gestores da área de negócio, o público alvo definido são empresas que fabricam soluções em identificação dentro e fora do Brasil. Como a CEITEC não produz a parte final do chip, ela infelizmente não pode vender diretamente para o consumidor final. Logo se faz necessária a venda somente para empresas que irão transformar o chip da CEITEC em brinco. 69 7.7 SEGMENTAÇÃO Kotler e Keller (2006) afirmam que na identificação dos diferentes tipos de segmentos, as organizações precisam examinar dois fatores principais: a atratividade do segmento e os objetivos e recursos que a organização tem. Kotler e Keller (2006) trazem as variáveis que normalmente são utilizadas para uma segmentação de mercador organizacional. Existem as variáveis: demográficas, operacionais, abordagens de compra, fatores situacionais e características pessoais. A CEITEC S.A tem como foco o desenvolvimento e oferta de circuitos integrados para identificação automática, especificamente nas áreas de identificação por radiofrequência (RFID) e Smartcards. Essa tecnologia é amplamente utilizada no mundo, possui um forte crescimento no Brasil e aplica-se para identificação e rastreabilidade de dados. A tecnologia RFID é especialmente atraente devido ao seu alto grau de padronização e por se tratar de amplo nicho mercado ainda pouco explorado no Brasil. Uma das vantagens da escolha desse setor de RFID é que os produtos que utilizam tais componentes são, em geral, produtos relativamente simples (etiquetas, principalmente), que já são produzidos em altos volumes no País. Ou seja, não é necessário montar novas indústrias no País para absorver a produção da CEITEC S.A. É possível segmentar o mercado de semicondutores de acordo com a complexidade, funcionalidade, aplicação, características internas, tecnologia de fabricação entre outros. Para facilitar a análise das possibilidades do mercado no Brasil, o mercado foi segmentado de acordo com sua tecnologia de radio frequência (LF, HF e UHF) e Smartcard. Sendo: a) RFID 134 KHz – LF (baixa frequência). Aplicação: Utilizado na identificação de animal de bovinos, equinos, ovinos, caprinos, animais de estimação ou mesmo identificação de containers em logística ou de ativos no controle patrimonial. O alcance de leitura pode chegar a 50 centímetros; 70 b) RFID 13.56MHz – HF (alta frequência). Aplicação: Uso geral em logística e projetada para uso em placas eletrônicas para automóveis, documentos como passaporte e cédulas monetárias; c) RFID 915MHz – UHF (ultra alta frequência). Aplicação: Uso geral em logística e projetada para uso em placas eletrônicas para automóveis, documentos como passaporte e cédulas monetárias. A frequência é mais alta que a de HF, ou seja o alcance de leitura do chip é maior. A CEITEC atua nos três segmentos com força. O chip do boi entra na categoria de baixa frequência. 7.8 POSICIONAMENTO Para Ries e Trout (2001), o posicionamento é o modo como as empresas posicionam o produto ou serviço na mente de determinado consumidor potencial. Logo o posicionamento não é o que se faz com produto mas sim o que se faz na cabeça do consumidor. Hoje com o mercado competitivo o diferencial pode fazer a diferença entre o sucesso e insucesso da organização. Com o apoio dos gestores da área de negócio da CEITEC, e embasado na entrevista em profundidade realizada, foi verificado que, diferente de seus concorrentes, a CEITEC possui soluções personalizadas. Os concorrentes do trazem para seus clientes soluções prontas. Diferente da CEITEC que consegue sentar com o cliente e verificar suas reais necessidades. Com isso a CEITEC irá se posicionar da seguinte maneira: “A CEITEC uma empresa que cria soluções personalizadas em conjunto com o seus clientes, diferente das outras empresas da área que oferecem soluções prontas”. 71 7.9 MIX DE MARKETING Neste capítulo serão apresentadas os compostos de marketing para o produto Chip do Boi. Trazendo os cenários e estratégias para os elementos produto, preço, distribuição e promoção. Para realizar está etapa foi feita uma análise baseada nas entrevistas em profundidade com os responsáveis dá área de negócios e na entrevista em profundidade aplicada com os clientes. É desenvolvendo os compostos de marketing que as organizações obterão as vantagens de competição. Para obter vantagem é necessário que o produto seja de qualidade, os preços devem ser competitivos, a distribuição seja eficiente e as promoções do produto sejam eficazes (FERRELL et al., 2000). 7.9.1 Produto Para Ambrósio (1999, p.43) o produto é “um bem material (tangível) ou imaterial (intangível) oferecido a um mercado, visando à satisfação de um desejo ou necessidade”. Ferrell et al. (2000), o complementa que o produto faz parte do núcleo das estratégias de marketing. O chip do boi é o primeiro produto da CEITEC. Se trata de um chip LF (baixa frequência) que atende às normas NBR 15006 e 14766 (ISSO 11784/85) e é direcionado principalmente para o mercado de identificação animal como podemos ver uma aplicação na figura 10. Esse chip pode ser utilizado também para identificação de cilindros de gás, de pneus, de embalagens, entre outras aplicações. 72 Figura 10 – Chip do boi utilizado como aplicação animal. 4 Fonte: Site oficial da CEITEC . Segundo Kotler e Keller (2006) o produto passa por 4 estágios: germinação, crescimento, maturidade e declínio. O chip do boi se encontra em fase de maturidade (fase onde o produto já esta firmado no mercado e com um numero de vendas elevado), porém está entrando em fase de declínio (fase onde o produto perde força no mercado). E vem perdendo força constantemente. Serão utilizadas estratégias para prolongar a vida útil do produto conforme orienta Ambrósio (1999). Para não perder mercado, a CEITEC irá entrar agressivamente numa campanha promocional para promover o produto e criar assim necessidade nos consumidores primários e finais. Logo a estratégia de marketing que a CEITEC irá focar será a promoção do chip do boi, para garantir assim o conhecimento dos produtos e serviços por parte dos clientes potenciais. O chip do boi é um bem consumível por especialidade que segundo Kotler e Keller (2006, p.369), “são bens com características singulares ou de identificação de marca pelos quais um número suficiente de compradores está disposto a fazer um esforço extra de compra”. Porém contem um serviço por de 4 Disponível em: <http://www.ceitec-sa.com/SitePages/home.aspx>. Acesso em 01 out. 2015. 73 trás que é o de controle animal. Uma das características que diferem o chip do boi dos demais produtos são a agilidade e precisão na hora da coleta das informações dos animais. As informações são obtidas diretamente no brinco através de um leitor de RFID que pode ser visualizado na figura 11. Figura 11 – Chip do boi juntamente com o leitor de RFID. 5 Fonte: Site Oficial da CEITEC . Para atender as necessidades dos clientes, o chip do boi traz os seguintes benefícios. • Benefício básico: Identificação por rádio frequência; • Produto real: chip anexado na antena (produzido por empresas parceiras); • Produto ampliado: Frequência de operação de 134,2 kHz (LF), com alcance de em média 30cm, podendo ser aplicado em identificação animal, de containers, de veículos, gerenciamento de ativos e gerenciamento de descarte. 5 Disponível em: <http://www.ceitec-sa.com/SitePages/home.aspx>. Acesso em 01 out. 2015. 74 A CEITEC não desenvolveu nenhum tipo de marca especial para seus produtos. A empresa utiliza a marca “CEITEC S.A” em todos seus produtos. Logo não foram desenvolvidas marcas individuais para cada produto. O design da marca é no estilo minimalista, ou seja, sem muitos traços e desenhos. Trazendo o nome da empresa simplificado. E ao lado do nome traz um símbolo que traz a ideia do circuito integrado como é possível ver na figura 12. Figura 12 – Logo marca da CEITEC. 6 Fonte: Site oficial da CEITEC . O design do chip do boi é padronizado. Contendo o chip e a antena. Os demais agregados são implantados pelos clientes conforme necessidade e efetuam a revenda. Porém com o passar dos anos e com a tecnologia se atualizando futuramente o chip do boi poderá sofrer alguma espécie de mudança no tamanho do chip. O rótulo do chip do boi é entregue em dois tipos de formatos. Um deles é entregue em wafer contendo milhares de chip. Neste formato de embalagem o chip é entregue sem a antena. E no segundo tipo, quando o cliente adquire junto a antena, os chips são entregues em caixas plásticas e chegam até o cliente em segurança. O wafer e o inlay podem ser visualizados na figura 13 que demonstra as duas formas de entrega do produto. 6 Disponível em: <http://www.ceitec-sa.com/SitePages/home.aspx>. Acesso em 01 out. 2015. 75 Figura 13 – Formatos de Entrega do Chip. 7 Fonte: Site oficial da CEITEC . Conforme já mencionado nos capítulos anteriores a CEITEC possui certificados que garantem sua qualidade. A mais importante dela é a isso 9001 referende a qualidade nos SUS processos internos. A qualidade é um diferencial que está dentro dos produtos do CEITEC. Porém se um de seus produtos apresentar algum defeito existe um canal de comunicação no site da empresa, e através do telefone. Canais estes no qual o cliente pode estar entrando em contato com o varejista e efetuando a troca sem burocracias O varejista pega esta peça defeituosa e devolve até a CEITEC para que seja realizado testes e identificar o problema. Foi realizado um teste em 2012 onde se constatou uma falha de 3% nos brincos testados. O que foi considerado pela área de negócio como um nível baixíssimo. Em relação a produção, todo o produto é feito dentro da fábrica da CEITEC (Figura 14). Exceto a antena que é produzida por empresas parceiras especializadas neste tipo de serviço. Grande parte da matéria prima é nacional, porém quando surge a necessidade de importar, é feito o contato com o representante local da empresa fabricante. Tanto as instalações quanto o espaço da área fabril da CEITEC são adequados a fabricação do chip do boi. E o pessoal disponível está plenamente capacitado e treinado para executar as 7 Disponível em: <http://www.ceitec-sa.com/SitePages/home.aspx>. Acesso em 01 out. 2015. 76 maquinas de produção dos chips. Figura 14 –Fábrica da CEITEC. 8 Fonte: Site oficial da CEITEC . 7.9.2 Preço Preço é quanto a sua mercadoria ou serviço irá valer para o cliente. Para a organização, basicamente o preço ideal é aquele que irá cobrir os custos. E também se torna ideal quando se tem o retorno financeiro desejado pela organização. Efetuar uma análise no mercado com os clientes se faz necessário para saber se o preço que a organização colocou, está de acordo com o “preço de mercado” (KOTLER; KELLER, 2006). A estratégia de precificação utilizada pela CEITEC é a estratégia de maximização da participação de mercado. Como este mercado é altamente sensível ao preço, a CEITEC trabalhou para que seus produtos fossem entregues para seus clientes com um valor baixo. A CEITEC mantém um nível de preços por chip menor do que a concorrência. Cerca de 15% mais barato. E um dos objetivos aumentar o nível de serviço e manter o preço sem alterações. A estratégia que será utilizada 8 Disponível em: <http://www.ceitec-sa.com/SitePages/home.aspx>. Acesso em 01 out. 2015. 77 pela empresa será a de utilizar o máximo possível de produtos nacionais devido a alta do dólar. Uma outra estratégia é também manter parcerias com os fornecedores tentando diminuir possíveis taxas aplicadas. Por se tratar de um produto razoavelmente novo dentro do Brasil (fabricação), o índice de preço e os órgãos governamentais que controlam os preços, não realizaram um controle mais efetivo. Esperasse que nos próximos anos esse controle de preços seja mais efetivo causando influencia direta nos negócios da CEITEC. Porém hoje ainda não interfere em nada nos preços de seus produtos. A CEITEC trabalha com descontos não promocionais na compra de uma quantia “X”. Porém a área de negócios da CEITEC não divulgou em números precisos o valor deste desconto. Provavelmente pelo fato de variar de cliente para cliente. 7.9.3 Ponto McDonald (2008) expõe algumas estratégias que podem ser utilizadas no composto distribuição. São elas: mudança na entrega ou distribuição, mudança no tipo de serviço, mudança nos canais de distribuição e também mudança no nível de integração do pós-venda para traz ou para frente. As vendas da CEITEC são feitas não são vendidas diretamente ao consumidor final. A CEITEC distribui seus produtos as grandes empresas que transformam o hip em brinco e fazem a revenda para os produtores. Não se prevê conflitos entre os intermediários pois a política comercial das empresas são bem estruturadas. A CEITEC produz conforme necessidade do cliente. Este é um de seus diferenciais. Isto faz com que os custo sejam minimizado. Ultimamente as empresas clientes solicitam um numero grande para deixar estocado em seus armazém a fim de atender o cliente final num curto prazo. Assim que o produto é solicitado e depois é produzido, ele fica a disposição do cliente para retirar o produto na CEITEC. Logo o transporte fica por total responsabilidade do cliente. Logo o custo do produto é baixo pois não há necessidade de incluir os custos logísticos nele. 78 A CEITEC não tem necessidade de criar armazém pois sua produção é realizada conforme necessidade do cliente. Porem caso a CEITEC produza além do solicitado e comece a fazer estoques, uma área dentro da empresa deverá ser criada para armazenar estes produtos. Por se tratar de um produto altamente sensível, antes de construir um armazém de estoque, deverá ser estudo como este armazém será construído de modo a condicionar o chip do boi de maneira segura e sem o risco de quebras. 7.9.4 Promoção A CEITEC tem um posicionamento a ser mantido na cabeça dos seus consumidores de ser capaz produzir soluções conforme a necessidade do cliente. Ferrell et al. (2000, p.97) comentam que “as atividades de promoção são necessárias para comunicar as características e os benefícios de um produto a seu(s) mercado(s)-alvo(s) pretendido(s)”. Para dar auxílio no trabalho de divulgação da marca CEITEC e dos produtos da empresa e assim prospectar clientes novos, o Departamento de Produtos e Negócios conta com o suporte de Departamento de Comunicação e Marketing corporativo. Responsáveis pela gestão a imagem da organização e pela coordenação das políticas de comunicação e marketing, o setor coordena participações em da CEITEC em feiras de negócios no Brasil e também no exterior. A distribuição de press releases e o atendimento de demandas dos próprios veículos de comunicação geraram notícias positivas na imprensa nacional, sobretudo em jornais, revistas e sites de grande circulação e audiência, como Valor Econômico, Revista Amanhã e RFID Journal Brasil, entre outros, fortalecendo a marca CEITEC em todo o País. Para deixar mais intenso o relacionamento com o mercado e outros stakeholders, a CEITEC se faz presente em feiras institucionais e de negócios, enviando representantes para eventos no Brasil e no exterior. No que se refere participação em feiras, a CEITEC planejara participar de mais de dez eventos nacionais e internacionais. E assim divulgar sua marca e produtos em diversos estados do país. A participação nesses eventos envolverá profissionais de diferentes áreas da empresa, sobretudo do Departamento de Produtos e 79 Negócios e do Departamento de Comunicação e Marketing. Esse profissionais atuarão como expositores, convidados,palestrantes ou apresentadores de cases. 7.10 PLANO DE AÇÃO Para elaborar o plano de ação foi utilizada a ferramenta 5W2H. O 5W2H questiona o que deve ser feito, por que deve ser implementado, quem é o responsável pela ação, onde deve ser feito, quando deve ser executado, como deve ser conduzido, e quanto irá custar a implementação (NAKAGAWA, 2014). O plano de ação foi dividido em dois grupos. O primeiro traz ações que foram criadas através de uma necessidade de divulgação do chip do boi. Conforme figura 15. Na figura 16 traz as ações criadas para melhorar os processos internos de vendas. E na figura 17 são expostas ações para redução do custo de fabricação. 80 Figura 15 – Plano de Ação para Divulgação do Chip do Boi. Ação O quê Porque 1 Divulgação do chip do Boi Para Atrair Novos Clientes 2 Divulgação do chip do Boi Para Atrair Novos Clientes 3 Divulgação do chip do Boi Para Atrair Novos Clientes 4 Divulgação do chip do Boi Para Atrair Novos Clientes 5 Divulgação do chip do Boi Para Atrair Novos Clientes 6 Divulgação do chip do Boi Para Atrair Novos Clientes Ações para divulgação em massa dos produtos da CEITEC Onde Quem Quando Como Será locado um estande na feira. E para divulgação do Feira AUTOCOM Departamento de Produto e ABRIL de material serão levados 2016 - São Paulo Negócios e o setor Marketing 2016 materiais impressos. Serão (SP) Corporativo entregues brindes para visitantes do estande. Será locado um estande na feira. E para divulgação do RFID Journal Live! Departamento de Produto e ABRIL de material serão levados USA 2015 - San Negócios e o setor Marketing 2016 materiais impressos. Serão Diego USA Corporativo entregues brindes para visitantes do estande. Será locado um estande na feira. E para divulgação do Departamento de Produto e E-MICRO / SIM MAIO de material serão levados Negócios e o setor Marketing Porto Alegre 2016 materiais impressos. Serão Corporativo entregues brindes para visitantes do estande. Será locado um estande na feira. E para divulgação do FISPAL Departamento de Produto e JUNHO de material serão levados TECNOLOGIA Negócios e o setor Marketing 2016 materiais impressos. Serão São Paulo (SP) Corporativo entregues brindes para visitantes do estande. Será locado um estande na feira. E para divulgação do EXPOTEC / SBPC Departamento de Produto e JULHO de material serão levados Porto Seguro e Negócios e o setor Marketing 2016 materiais impressos. Serão Ilhéus (BA) Corporativo entregues brindes para visitantes do estande. Será locado um estande na 10ª Feira de feira. E para divulgação do Inovação Departamento de Produto e AGOSTO de material serão levados Tecnologica do Negócios e o setor Marketing 2016 materiais impressos. Serão Banco do Brasil Corporativo entregues brindes para Brasília (DF) visitantes do estande. Quanto Objetivo R$ 40.000,00 Atrair /reter Clientes R$ 60.000,00 Atrair /reter Clientes R$ 40.000,00 Atrair /reter Clientes R$ 40.000,00 Atrair /reter Clientes R$ 40.000,00 Atrair /reter Clientes R$ 40.000,00 Atrair /reter Clientes 81 7 Divulgação do chip do Boi Para Atrair Novos Clientes EXPOINTER Esteio (RS) Departamento de Produto e Negócios e o setor Marketing Corporativo AGOSTO de 2016 8 Divulgação do chip do Boi Para Atrair Novos Clientes CHIP in The Montains - Ouro Preto (MG) Departamento de Produto e Negócios e o setor Marketing Corporativo SETEMBRO de 2016 9 Divulgação do chip do Boi Para Atrair Novos Clientes RFID Journal Live! Brasil - São Paulo (SP) Departamento de Produto e Negócios e o setor Marketing Corporativo OUTUBRO de 2016 10 Divulgação do chip do Boi Para Atrair Novos Clientes Semana Nacional de Ciência e Tecnologia -Brasília (DF) Departamento de Produto e Negócios e o setor Marketing Corporativo OUTUBRO de 2016 11 Divulgação do chip do Boi Para Atrair Novos Clientes Semi Souh America Semiconductor Sumit - (Ainda não divulgado o local) Departamento de Produto e Negócios e o setor Marketing Corporativo NOVEMBRO de 2016 Fonte: Elaborado pelo Autor Será locado um estande na feira. E para divulgação do material serão levados materiais impressos. Serão entregues brindes para visitantes do estande. Será locado um estande na feira. E para divulgação do material serão levados materiais impressos. Serão entregues brindes para visitantes do estande. Será locado um estande na feira. E para divulgação do material serão levados materiais impressos. Serão entregues brindes para visitantes do estande. Será locado um estande na feira. E para divulgação do material serão levados materiais impressos. Serão entregues brindes para visitantes do estande. Será locado um estande na feira. E para divulgação do material serão levados materiais impressos. Serão entregues brindes para visitantes do estande. R$ 40.000,00 Atrair /reter Clientes R$ 40.000,00 Atrair /reter Clientes R$ 40.000,00 Atrair /reter Clientes R$ 40.000,00 Atrair /reter Clientes R$ 40.000,00 Atrair /reter Clientes 82 Figura 16 – Plano de Ação para Venda e Pós Venda. Ação O quê Porque 1 Aumentar quadro de vendedores de 2 para 4. Com a equipe de venda maior, é possível pensar em mais estratégias de vendas. Criar Canal Online para Sugestões/ Dúvidas de Clientes Visando melhor seus produtos, será criado um canal onde os clientes podem sugerir melhorias tanto no produto em si como nos serviços inclusos. Assim como também será utilizado para tirar dúvidas. 2 3 Premiação para Vendedores Fonte: Elaborado pelo Autor Para incentivar o cumprimento das metas de vendas que serão estabelecidas pelo Gestor da área. 34 Onde # 5! ( & % Quem # Departamento de Produto e Negócios Setor de Recursos Humanos No setor de Marketing e Comunicação Gerentes do Departamento de T.I. e Setor de Marketing e Comunicação Departamento de Produto e Negócios Gestor do Departamento de Produto e Negócios &# 6 &# 7 Quando Como Quanto Objetivo FEVEREIRO de 2016 A CEITEC prevê a realização de um concurso público para ampliação do quadro de funcionários R$ 12.000,00 Atrair/ Reter Clientes FEVEREIRO de 2016 Será realizado reuniões de modo a definir o layout da pagina que ficará disponível no site oficial da CEITEC. Custo Zero Reter Clientes DEZEMBRO de 2016 O gestor da área irá elaborar metas de vendas para seus colaboradores. Quem atingir a meta anual de vendas ira receber um troféu no evento de confraternização que a CEITEC elabora anualmente. R$ 500,00 Aumentar as Vendas 83 Figura 17 – Plano de Ação para Redução de Custos. Ação 1 2 Ações para aumentar participação no mercado através e redução de custos. Porque Onde Quem Quando Como Reduzindo os custos de fabricação a Serão realizadas CEITEC reuniões com Desenvolver consegue obter Departamento de Durante o possíveis fabricantes fabricantes locais da Diretor Administrativo maior Produto e Negócio ano todo de antenas, com a antena participação de promessa de criar mercado. Hoje a contratos e parcerias. CEITEC importa a antena. O quê Levantamento dos impostos de importação praticados nos componentes RFID e elaboração de proposta de classificação fiscal Fonte: Elaborado pelo Autor Com a diminuição dos impostos, a CEITEC consegue baixar o preço de seus produtos. Local ainda não definido Departamento de Produto e Negócios Durante o ano todo A CEITEC estará presente em reuniões, workshops debates entre governo, empresas e representantes de entidades do mercado agropecuário, com o intuito de influenciar na tomada de decisão. Quanto objetivo Sem Custo Redução de preço do Chip para manter a concorrência mais agressiva Sem Custo Maior participação no mercado 84 7.11 CONTROLE O plano de marketing não se finaliza com a implementação. Palmer (1999 p.65) escreve que “é preciso avaliar o andamento de cada passo do processo, e para tanto são necessárias reuniões periódicas de acompanhamento, reduzindo o efeito das obras do acaso”. 7.11.1 Medindo a Eficiência Para medir a eficiência do plano de marketing serão realizadas reuniões mensais com a gerencias das áreas responsáveis pelo plano. Essas reuniões serão para verificar se as ações propostas no plano estão sendo executadas de acordo com o que foi delimitado (BORN, 2007). As reuniões serão mensais e acontecerão na ultima sexta feira e cada mês, às 14 horas, com a previsão de quarenta e cinco minutos à uma hora de duração. O local escolhido para efetuar a reuniões se dará conforme disponibilidade de salas de reuniões livres. O diretor de Departamento de Produtos e Negócios deverá estar presente em todas as reuniões. Aos que não puderem comparecer as reuniões deverão encaminhar um representante com autonomia para responder ou efetuar indagações. Para verificar a disposição a cerca dos resultados das reuniões e verificação da eficiência do plano, será utilizada a seguinte metodologia: • Caso o cronograma e ações estejam sendo cumpridas, não será necessário nenhum registro ou ações especificas; • Caso exista alga ação atrasada ou não executada, será criada um relatório de não conformidade que deverá ser preenchido e apresentado na reunião seguinte com sugestões de ações corretivas. 85 7.11.2 Medindo a Eficácia Para verificar se as ações do plano estão atingindo seus objetivos, serão realizadas reuniões semestrais envolvendo todas as áreas que possuem ações dentro do plano. As reuniões semestrais serão marcadas pela Gerencia de Produto e Negócio da CEITEC, com antecipação de no mínimo duas semanas antes da sua execução. Os participantes deverão levar evidências documentos, e registros que comprovem a eficácia do plano de marketing em questão. É importante que o presidente da CEITEC, ou representante, esteja presente em uma das reuniões. A metodologia que será utilizada nas reuniões semestrais para medir a eficácia do plano de marketing será seguinte: • Caso sejam apresentados indicadores que indiquem o alcance dos objetivos do plano de marketing, não será necessária nenhuma ação de registro específico; • Em caso de serem apresentados indicadores que apresentem um desvio na rota que levem ao alcance dos objetivo, deverá ser formado um grupo estratégico para que dentro de 20 a 30 dias seja apresentas conclusões para uma nova revisão do plano. Este grupo de trabalho será indicado pelos diretores da empresa. Uma nova reunião devera ser marcada para tomada de decisões e verificação do plano de marketing, que decidira mudanças no plano ou nas ações tomadas no plano de implantação. 86 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste capítulo serão apresentadas as considerações finais do autores passando, onde o autor elabora a síntese conclusiva, expressa as limitações de sua pesquisa e por fim elabora uma sugestão para uma futura pesquisa. 8.1 SÍNTESE CONCLUSIVA O presente trabalho teve como objetivo elaborar um plano de marketing para o produto do Centro Nacional de Tecnologia, o Chip do Boi. Este trabalho proporcionou uma visão detalhada do produto da empresa, tendo embasamento nos conhecimentos que o autor obteve no caminhar do curso de administração. As análises foram direcionadas pelos dados obtidos através de pesquisas de dados primários e de entrevistas em profundidade feitas diretas com funcionários da CEITEC e usuários finais do chip do boi. Após as análises foram elaboradas estratégias e planos de ação para que se obtenha sucesso no resultado final deste trabalho. Este trabalho proporcionará a CEITEC uma visão e seus concorrentes e de seu produto de modo a utilizar seus recursos da melhor maneira possível aproveitando assim as oportunidades que o mercado de semicondutores proporciona. Para obter sucesso com seu plano de marketing, a CEITEC devera potencializar suas forças e oportunidades como, por exemplo, deixar os preços ainda mais competitivos como também deverá explorar a desaceleração da economia de modo que a procura por produtos nacionais seja sua maior potencialidade. Assim como também deve diminuir suas fraquezas e se prevenir de ameaças. Para isso, deverá aumentar a participação de mercado e se prevenir contra leis que tornem a rastreabilidade animal facultativo. No que diz respeito aos fatores chave de sucesso, a CEITEC se mantém na média. Devendo analisar uma melhoria na fator tecnologia, pois em comparação com seus concorrentes a CEITEC tem equipamentos menos atualizados que a concorrência. Porém a CEITEC se destaca no que diz respeito à confiabilidade, que é um dos fatores chave com maior peso dentre os outros fatores para o mercado de semicondutores. Porém na análise da concorrência a Ceitec está entre as empresas com 87 menor participação no mercado como se pode visualizar na análise da concorrência deste trabalho. E como a participação de mercado é um fator diretamente proporcional ao lucro, a CEITEC entra com o preço do chip do boi menor que sua concorrência de modo que aumente sua participação de mercado. Essa estratégia de precificação é chamada de maximização de mercado. Conforme a análise de grupos a CEITEC pertence ao grupo onde o nome da marca é pouco conhecido, e para inverter esse status a CEITEC deverá trabalhar na promoção de seus produtos. Além da divulgação, foi sugerido pelo autor deste trabalho ações de melhorias nos procedimentos de venda e pós venda e ações par aumentar a participação no mercado. Para visualizar o andamento do plano e efetuar o controle, foram sugeridos controles sob a eficiência e a eficácia. Para alcançar os objetivos deste trabalho recomenda-se que os gestores da CEITEC e responsáveis por ações do plano de ações assumam a tarefa de executar as sugestões propostas pelo autor do plano, buscando efetuar as avaliações e controles dos resultados alcançados. 8.2 LIMITAÇÕES DA PESQUISA Uma das dificuldades encontradas na pesquisa foi entrar em contato com os clientes principais da CEITEC. Devido a grandes distância e disponibilidade dos executivos ou área responsável, a entrevista em profundidade com as grandes empresas acabou não acontecendo. O autor encontrou dificuldade de elaborar entrevista em profundidade com os usuários finais do chip do boi, como os grandes produtores rurais. Também devido a distancia, pois grandes produtores rurais e usuário do chip do boi encontram-se no interior do estado. Outra limitação foi agendar tempo para realizar entrevista individual com os gestores da área de negócio da CEITEC. A ideia inicial do autor era elaborar entrevistas individuais, porém não foi possível. A entrevista acabou se dando em conjunto numa sala com os três ao mesmo tempo. Não houve alteração no roteiro de perguntas. 88 8.3 SUGESTÃO PARA FUTURAS PESQUISAS Com o aumento constante de usuários do sistema de identificação animal no Brasil, se abre uma sugestão para medir o nível de satisfação desses usuários. Uma pesquisa para o futuro seria medir o nível de satisfação dos usuários do sistema de identificação animal através do RFID. Para assim identificar possíveis melhorias a ser implantadas. 89 REFERÊNCIAS AMBRÓSIO, Vicente. Plano de Marketing: passo a passo. 1. Ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 1999. BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Trad. Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro: Lisboa. Edições 70, 1977. BORN, Roger. Construindo o Plano Estratégico: Cases reais e dicas práticas. 1. Ed. Porto Alegre: Sulina, 2007. CEITEC. Relatório Anual da CEITEC, 2013. CEITEC. Disponível em: < http://www.ceitec-sa.com/SitePages/home.aspx>. Acesso em 01 out. 2015. CURY, Antônio. Organização e Métodos: uma visão hostílica. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 1994. EXAME. Disponível em: < www.exame.abril.com.br>. Acesso em 3 abr. 2015. FERRELL, O. C. et al. Estratégia de Marketing. Trad. Ailton Bomfim Brandão. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2000. FERREL, O.C.; HARTLINE, Michael D. Estratégias de Marketing. 3. Ed. São Paulo: Thomson, 2005. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2008. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. IMPINJ. Disponível em: <www.impinj.com>. Acesso em 3 abr. 2015. INMETRO. Disponível em: <www.insmetro.gov.br>. Acesso em: 3 abr. 2015. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. Trad. Vera Whately. 7. Ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1999. KOTLER Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. Trad. Monica Rosenberg, Brasil Ramos Fernandes, Claudia Freire. 12. Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005. 90 LIMA, João; LIMA, Isabel. Disponível em: <https://arquivos.cruzeirodosulvirtual.com.br/materiais/grad_dist/marketing/pesq _mercado/unidadeIII/apresemtacao_unidadeIII.pdf>. Acesso em 27 nov. 2015. MALHOTRA, Neresh K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. Trad. Lene Belon Ribeiro, Monica Stefani. 6. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. MALHOTRA, Neresh K. et al. Introdução a Pesquisa de Marketing. Trad. Robert Brian Taylor. 1. Ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2005. NAKAGAWA, Marcelo. Disponível em: <http://cmsempreenda.s3.amazonaws.com/empreenda/files_static/arquivos/2014/07/01/5 W2H.pdf>. Acesso em 4 nov. 2015. McDANIEL, Carl D.; GATES, Roger. Pesquisa de Marketing. Trad. James F. Suderland Cook. 1. Ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. McDONALD, Malcolm. Planos de Marketing: Planejamento e Gestão Estratégica. Trad. Arlete Simille Marques. 2. Tiragem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. NXP. Disponível em: <www.nxp.com>. Acesso em 3 abr. 2015. OLIVEIRA, Djalma de Pinheiro Rebouças de. Sistemas, organizacionais e métodos: uma abordagem gerencial. 8. Ed. São Paulo: Atlas, 1996. PALMER, Adrian. Introdução ao Marketing: Teoria e Prática. Trad. Adriana Salles Gomes, Marcelo Ferlin Assami. 1. Ed. São Paulo: Ática, 2006. PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva: Técnicas para Análise de Indústrias e da Concorrência. Trad. Elizabeth Maria de Pinho Braga. 1. Ed. Rio de Janeiro: Campus, 1986. PORTER, Michael E. Vantagem Competitiva: Criando e Sustentando um Desempenho Superior. Trad. Elizabeth Maria e Pinho Braga. 1 ed. Rio de Janeiro. 1989. RIES, Al; TROUT, Jack. Posicionamento: a batalha pela sua mente. Trad. José Roberto Whitaker Penteado. 1. Ed. 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Porto Alegre. 2008. 91 APÊNDICES APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA COM GESTORES DA ÁREA DE NEGÓCIO 1) Quais fatores econômicos têm influencia no Chip do Boi? 2) Qual perfil demográfico dos clientes do chip do boi? 3) Com o que o sistema de informação contribui para os negócios dos produtos do CEITEC? 4) De que forma a tecnologia influencia na competitividade empresa? 5) De que forma o ambiente político influencia os negócios da CEITEC? 6) Como a legislação vigente interfere nas demandas da empresa? 7) Como o comportamento da sociedade e suas percepções afetam os valores básicos da CEITEC? 8) Como é medida a eficiência e eficácia dos produtos entregues pelos fornecedores? 9) O que os clientes esperam do produto da CEITEC? 10) Como é medido ou identificado a expectativa dos clientes em relação aos produtos da CEITEC? 11) Quais são os pontos fortes e fracos dos concorrentes da CEITEC? 12) Quais são as forças e fraquezas da organização que podem ser identificadas? 13) Quais são as oportunidades e ameaças que podem ser identificadas? 14) Qual o poder de barganha dos fornecedores? 15) Qual o poder de barganha dos clientes? 16) Existem produtos substitutos ao Chip do Boi? 17) Existe a ameaça de novos entrantes? 92 18) Qual o nível de rivalidade entre os concorrentes? 19) A CEITEC possui fatores chave de sucesso? Quais são? 20) Quais os objetivos de marketing que a empresa deseja alcançar? 21) Qual região a CEITEC tem suas vendas potencializadas? 22) Qual o ramo de atividade (ou outro fator demográfico) alvo das vendas da CEITEC? 23) Qual o estilo de vida e atitudes do cliente da CEITEC? 24) Quais os benefícios procurados pelos clientes da CEITEC? 25) No que a CEITEC se diferencia dos demais concorrentes? 26) O que a CEITEC e o Chip do Boi tem a oferecer para o público alvo? 27) Em que fase o Chip do Boi se encontra? 28) Quais ações serão adotadas a partir da fase em que o Chip do Boi se encontra? 29) Quais estratégias podem ser adotadas para o crescimento do Chip do Boi? 30) Quais as estratégias de preço que podem diferenciar o Chip do Boi no Mercado? 31) Onde podem ser divulgados os produtos da CEITEC? 32) Como é realizada a distribuição deste produto? Como ele chega até o cliente? COLABORADORES DA CEITEC APÊNDICE B – TABELA DE ALINHAMENTO DA PESQUISA COM F ' 8 $0 3 4 9 B 4F , 0 8 ! D F @ . /+ F B * 4 @! ' ' F# tópico da literatura ;<2 ;<2 ;<2 ;<2 ;<2 ;<2 ;<2 ;<2 ;<2 ;<2 ;<2 ;<2< ;<2< ;<2< ;<2< ;<2< ;<2< ;<2< ;<2< ;<1< ;<1< ;<1< ;<1< ;<1< ;<1< ;<1< ;<1<2 ;<1<2 ;<1<2 ;<1<2 ;<1<2 ;<1<2 7 /5 :6 + + 0 0 0 * 2 1 ; > ? A 2 1 ; > ? A 2 1 ; > ? A 6 6 * * * &6 * 6 0 0 0 0 ! 4 ' ! 0 *8.38*= = /5 @ 0 @ + + + 0 B , , 4, *8.38*= 0 = /+ *8.38*= *8.38*= ! / /+ ' *8.38*= ' 0 0 / 0 ! 0 , 0 0 6 *8.38*= = 0 4 ! 9 0 4 ! 9 8C 4 *9 8C / ' ' ' *8.38* 0 9 ' 47 ' D ! 6 ! + *8.38* ' ' E 0 ' 4 0$ 6 0 &6 *8.38* *9 ( 8 6 0 *9 ( /5 + @! @! / 6 & ' ! * @ B 4 /+ ' + ' ,0 ! ' + , B 0 ( = 4 = ! 9 /+ 0 $ 4 /+ ' ! ! ;<; ;<> *9 ! 0 8 B /+ 6 0 = = = = ( = = = = + = 7 B = ! ,0 F ' *8.38*= *8.38* = G4 0 = 0 6 *9 0 *8.38*= =* , ! B ' 0 6 ' *8.38*= ' = ( *9 ( 9 ! , 4 /+ *9 / = = ( = = @ = , 1H I D ! ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ,' ' , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! Figura N2 – Tabela de Alinhamento 93 &47 94 APÊNDICE C – ROTEIRO DE ENTREVISTA COM CLIENTE FINAL POTENCIAL 1) Você já ouviu falar sobre o sistema identificação animal por RFID? Se sim como obteve a informação? 2) É conveniente para você a utilização do Chip do Boi? 3) Em relação ao outros produtos que você usa para identificar seu rebanho, quais as facilidades ou dificuldades da utilização? 4) Em relação a nossos concorrentes, eles executam um bom atendimento pós vendo? Como por exemplo pesquisas, visitas, etc? 5) Em relação ao preço do nosso concorrente, o da CEITEC é mais caro ou mais barato em relação ao serviço prestado? Por quê? 6) Qual seria a motivação para o senhor adquirir um sistema de identificação animal por RFID? 7) O que impede o senhor de utilizar o sistema? 8) Caso fosse criada uma lei que tornasse obrigatória o uso do sistema de identificação por RFID, o senhor buscaria os produtos da CEITEC? Por quê?