Estudiosos dizem que a hipertensão envelhece o cérebro. Dr. Ary

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ARTIGO
Estudiosos dizem que a hipertensão
envelhece o cérebro
Fatores externos
- Hereditariedade: Recebemos a pré-disposição, que pode apresentar-se em vários
membros da família.
- Idade: O envelhecimento aumenta o risco em ambos os sexos.
- Raça: Pessoas da raça negra são mais
propensas a pressão alta.
- Peso: A obesidade é um fator de risco!
Fatores Internos
- Falta de exercício: A vida sedentária contribui para o excesso de peso.
- Má alimentação: pouco consumo de frutas e verduras e aumento do consumo de comida rápida.
- Sal em excesso: pode facilitar e agravar a
hipertensão arterial
- Álcool: O consumo exagerado de compromete a pressão arterial.
- Tabagismo: é um fator de risco das doenças cardiovasculares
- Estresse: excesso de trabalho, angústia,
preocupações e ansiedade podem ser responsáveis pela elevação da pressão.
Pessoas de meia idade com hipertensão,
ou mesmo aquelas que ainda não apresentam
pressão arterial alta o suficiente para preocupar os especialistas, apresentam envelhecimento precoce do cérebro. A descoberta foi
publicada na edição online do Lancet de 2 de
novembro. Para entender a relação, um professor de neurologia e diretor do Alzheimer’s
Disease Center, da University of California,
nos Estados Unidos, liderou uma equipe de
10
especialistas. Os resultados mostraram que os
cérebros dos participantes que tinham pressão
elevada estavam significativamente menos
saudáveis do que os do grupo com pressão
normal. De acordo com os pesquisadores, o
órgão aparentava estar mais envelhecido. Assim, o cérebro de uma pessoa de 33 anos que
pertencia ao grupo com hipertensão era semelhante ao de uma pessoa de 40 anos do grupo
com pressão normal.
Sabemos que a hipertensão é o mais importante fator de risco modificável na prevenção das microangiopatias, eventos isquêmicos transitórios ou AVCs.
O desafio maior para a prevenção das
afecções cerebrovasculares consiste na conscientização dos médicos e população sobre
o tratamento adequado e adicionalmente
“ideal” na prevenção das afeções encefálicas.
A questão de melhorar o diagnóstico e o “modus operandi” é a idéia central, haja vista a redução abaixo das projeções e das evidências
do efeito devastador da hipertensão sobre o
incidência de AVCs e demência!
Mesmo pacientes que não apresentam alterações cerebrais sintomáticas, no entanto,
podem sofrer algum declínio cognitivo devido a pressão arterial elevada. Estudos têm
demonstrado que os adultos com hipertensão
arterial de longa duração pode ter dificuldade
em aprender, sofrer perda de memória leve,
têm dificuldade em manter a atenção e até
mesmo perder algumas habilidades psicomotoras. Há alguma evidência de que isso é
verdade mesmo de doentes com hipertensão
que está a ser tratada com medicação. A revista “Behavioral Neuroscience”, relata que
“a hipertensão, mesmo controlada pode estar
associada a déficits na estrutura do cérebro e
cognição”, tornando-se ainda mais importante para as pessoas a manter a pressão arterial
em uma faixa saudável através de comer bem
e se exercitar.
A partir da sexta década de vida, a hipertensão está também associada a demência.
Pesquisadores do Mayo Clinic Alzheimer’s
Disease Research Center (USA) explicam que
uma das causas de demência, demência vascular, pode resultar a partir do estreitamento e
bloqueio das artérias que fornecem sangue ao
cérebro. A hipertensão arterial provoca o estreitamento das artérias em todo o corpo, incluindo no cérebro. Os médicos começaram a
experimentar drogas usadas para hipertensão
no tratamento da doença de Alzheimer, o que
sugere um link.
APM - Regional Piracicaba - Setembro 2015
A hipertensão arterial essencial não tem
cura, mas deve ser tratada para impedir complicações. Porém, a maioria dos pacientes
deve ter a oportunidade de reduzir sua pressão arterial através de tratamento não farmacológico, por meio de medidas gerais de
reeducação, também conhecidas como modificações no estilo de vida.
Nunca deixe de seguir as orientações do
seu médico, elas contribuirão para o controle da pressão arterial e para a diminuição dos
riscos de doenças cerebrovasculares.
Se utilizar medicamentos:
- Tome as medicações conforme a orientação médica
- Se tiver qualquer dúvida sobre o medicamento, converse com seu médico
- Compareça às consultas regularmente
- Não abandone o tratamento
Em suma, quando a pressão está elevada,
ela acaba lesionando os vasos sanguíneos do
cérebro e pode causar danos ao tecido cerebral. O tratamento da hipertensão arterial é
muito importante, pois reduz tanto o risco do
envelhecimento cerebral como de ataques do
coração! Mesmo que uma pessoa tenha uma
pressão só um pouco elevada é preciso consultar um médico para começar o tratamento
adequado.
Dr. Ary Marconi Júnior
Neurocirurgia
CRM 71207
Foto Arquivo Pessoal
Normalmente, o sangue bombeado pelo
coração para irrigar os órgãos ou movimentar-se, exerce uma força contra a parede das
artérias. Quando a força que esse sangue precisa fazer está aumentada, isto é, as artérias
oferecem resistência para a passagem do sangue dizemos que há hipertensão arterial, ou
popularmente pressão alta.
A pressão arterial ideal para a minimização do risco de problemas cerebrovasculares situa-se abaixo de 120/80 mmHg. Para a
maioria da população, a pressão arterial deve
estar abaixo de 140 e/ou 90mmHg, exceto
para os diabéticos (<130/85 mmHg) e renais
crônicos (indo até < 120/75 mmHg).
Na maioria das vezes não conseguimos saber com precisão a causa da hipertensão arterial, mas sabemos que muitos fatores podem
ser responsáveis.
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