Resumo - Sociedade Botânica do Brasil

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05 a 10 de Setembro de 2010
Manaus, Amazonas, Brasil
61º Congresso Nacional de Botânica
DIFERENTES TIPOS FLORAIS APRESENTAM DIFERENTES PARÂMETROS
NO NÉCTAR?1
Yasmine ANTONINI2
Francisco Plácido Magalhães OLIVEIRA3
Carlos Victor MENDONÇA-FILHO4
O néctar é considerado a recompensa floral mais importante, oferecida pelas flores aos
visitantes animais e muitos estudos tentam entender as relações evolutivas entre plantas e
animais. Neste trabalho, analisou-se a concentração de açúcar do néctar de 12 espécies
nativas de afloramentos rupestres na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil, e as relações
entre as características do néctar (volume e concentração) e os tipos florais (morfologia da
flor e principais visitantes). O estudo foi realizado no Parque Municipal Mucugê,
localizado no município de Mucugê. O néctar foi extraído com tubos capilares de vidro
de 1-5 flores por indivíduo e colocado em papel para cromatografia. O néctar foi coletado
de flores recentemente abertas e a concentração de açúcar foi medida com um
refratômetro de mão (intervalo 0-50%). A concentração para todos os espécie foi 17,92 ±
6,03%, variando entre 5,75% e 34,17%. As concentrações do néctar diferiram
significativamente entre categorias de tipos florais (F = 151,23; P <0,001) e tais diferenças
podem ser atribuídas a mais alta concentração no néctar de flores visitadas durante o dia
por insetos de de língua longa e menor para visitantes diurnos de língua curta (p =
0,034). Não houve diferenças significativas entre a forma do crescimento das plantas e a
concentração de néctar. Flores visitadas por beija-flores e por insetos diurnos de língua
longa apresentaram uma concentração média de açúcar no néctar semelhante. O volume de
néctar também diferiu significativamente entre as categorias do tipo flor (F = 40,82, P
<0,001) esta diferença pode ser atribuída ao maior volume de néctar em flores visitadas
por insetos diurnos de língua longa e beija-flores. Essas informações são inéditas para os
campos rupestres e importantes para o entendimento das relações ecológicas e evolutivas
entre as flores e seus visitantes.
1
Financiamento UFOP, UFVJM
Universidade Federal de Ouro Preto, DEBIO-ICEB [email protected]
3
Universidade Federal do Para – Campus de Altamira
4
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri –Departamento de Ciências Biológicas
2
ISBN: 978-85-211-0061-4
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