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Influência do ácaro predador Euseius citrifolius na interação entre
Brevipalpus phoenicis, vírus da leprose e plantas de citros
Marcos Z. da Silva1, Mario E. Sato1, Roberto L. Nicastro2, Patrícia R. Ferreira1,
Daniele K. S. de Oliveira1
1
Laboratório de Acarologia, Instituto Biológico/APTA, Caixa Postal 70, CEP 13001-970, Campinas,
SP. E-mail: [email protected]
2
Laboratório de Radiobiologia e Ambiente, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, USP, Avenida
Centenário, 303, 13400-000, Piracicaba, SP
O objetivo do trabalho foi avaliar a influência do predador Euseius citrifolius na
interação entre Brevipalpus phoenicis, vírus da leprose e plantas de citros. Em um
estudo sobre comportamento de movimentação de B. phoenicis em folhas expostas
e não expostas a E. citrifolius, foram confeccionadas 50 arenas de folhas de citros,
expondo-se apenas a metade da arena ao predador. Na área exposta foram
colocadas 4 fêmeas do fitoseídeo. Após 24 h de exposição, todos os ácaros foram
retirados das arenas, introduzindo-se, em seguida, 20 fêmeas de B. phoenicis. Os
resultados indicaram diferenças significativas na distribuição dos ácaros nas arenas,
com maiores densidades populacionais (até 2,05 vezes) de B. phoenicis nas áreas
não expostas a E. citrifolius, até 48 h após a introdução do ácaro-vetor. Realizou-se
também um experimento sobre oviposição de B. phoenicis em arenas previamente
expostas e não expostas a E. citrifolius (Total de 50 arenas). Foram observadas
diferenças significativas na taxa de oviposição do ácaro-vetor, com maior número de
ovos (até 2,31 vezes) de B. phoenicis nas folhas não expostas ao predador.
Realizou-se ainda um experimento sobre influência de E. citrifolius na aquisição e
transmissão de CiLV-C por B. phoenicis. Foram confeccionadas 160 arenas de folha
de laranjeira (“Pera”), com sintomas de leprose. A metade das arenas foi exposta
por 24 h a E. citrifolius. Após a exposição (ou não) das folhas e remoção dos
predadores, foram introduzidas 4 fêmeas de B. phoenicis isentas de CiLV para se
alimentar nessas arenas, por 48 h. Após esse período, os ácaros B. phoenicis foram
analisados (PCR) quanto à presença de CiLV. Observou-se 37,5% de amostras
positivas (ácaros infectados com CiLV), para folhas expostas a E. citrifolius contra
62,5% de amostras positivas para CiLV para folhas não expostas ao predador. Os
resultados indicam influência negativa do predador na aquisição e transmissão de
CiLV por B. phoenicis.
Palavras-chave: Phytoseiidae, Ácaro fitófago, Citrus leprosis virus-C
Apoio/financiamento: FAPESP, CNPq
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