RBFARMA-V97N1-2016 - Revista Brasileira de Farmácia

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VOLUME 97 NÚMERO 1 JANEIRO / ABRIL 2016
REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA
Brazilian Journal of Pharmacy
PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS
WWW.RBFARMA.COM.BR
ISSN (online) 2176-0667
VOLUME 97 NÚMERO 1 JANEIRO / ABRIL 2016
Resumos do 8o Congresso Riopharma 2015
Novos Horizontes
Dra. Elizabeth Valverde
Presidente Associação Brasileira de Farmacêuticos
A
Revista Brasileira de Farmácia foi inaugurada em 1920, e desde então, esta é a
primeira vez que celebramos a parceria entre a ABF e o Conselho Regional de
Farmácia com a publicação deste número que reúne os resumos dos trabalhos
científicos apresentados no VIII RIOPHARMA em 2015.
Apresentaremos um total de 400 resumos ao longo deste ano que contemplará todas os
segmentos da profissão farmacêutica contemplada no evento. Cabe ressaltar que as normas de
publicação foram adequadas para atendimento ao Congresso, que estabeleceu uma Comissão
Científica com duplas de avaliadores por cada proposta enviada, e considerou aspectos
importantes, como a originalidade, ineditismo, qualidade e clareza.
Esperamos que este seja o primeiro de muitos registros acadêmicos. Boa Leitura!
Quantidade com qualidade
Marcus Athila
Presidente do CRF-RJ
O
elevado número e a alta qualidade dos trabalhos científicos inscritos no XVIII
Congresso da Federación Farmacéutica Sudamericana (Fefas) e 8º Congresso
RIOPHARMA são o reflexo de um evento que valorizou, acima de tudo, o
profissional farmacêutico. Com cerca de mil congressistas, o congresso trouxe ao Rio de
Janeiro palestrantes nacionais e internacionais que, durante três dias, debateram os rumos da
profissão.
O eixo central foi a atuação clínica do farmacêutico, mas os temas mais variados foram
abordados com profundidade no encontro, desde as análises clínicas, passando pela
nanotecnologia, fitoterápicos, e muito mais. E esta diversidade também teve reflexos nos
inúmeros trabalhos apresentados.
Deu gosto ver os corredores cheios de pesquisadores, universitários e profissionais,
debatendo aspectos técnicos da profissão, os novos rumos da farmácia e tudo o que pode ser
feito para o avanço da Farmácia e da saúde no nosso país.
Estes momentos não seriam possíveis, claro, sem o apoio da Associação Brasileira de
Farmacêuticos (ABF), do Conselho Federal de Farmácia (CFF), da Federación Farmacéutica
Sudamericana (Fefas) e do Foro Farmacéutico de Las Américas (FFA), que, ao lado do
Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ) ajudaram a construir e tornar
este congresso um sucesso.
Espero que os trabalhos aqui apresentados sirvam como um impulso para novas pesquisas e
debates sobre o futuro da Farmácia, levando nossa profissão a evoluir cada vez mais,
reforçando o seu papel na sociedade.
As três pedras
Carlos Santarem
Presidente do 8º Congresso RIOPHARMA
O
conteúdo desta revista científica anuncia, além do seu aspecto científico, um
momento marcante na história do Congresso RIOPHARMA. Um momento de novo
balizamento para as próximas edições, o qual foi construído pela organização do
congresso e que agora se afirma de maneira definitiva. Pela primeira vez na história de nosso
congresso, reconhecido de grande expressão pelo meio farmacêutico, os resumos dos trabalhos
aprovados passam a ser divulgados por uma revista científica. Coube à Comissão Organizadora
somente a idealização deste marco; a construção dele deu-se, de fato, através de um
entendimento claro de sua importância pelos profissionais de todo o país. Cada pedra da
construção deste marco foi colocada na forma de trabalhos científicos vindos de diferentes
recantos do Brasil.
Evidencia-se também, com a publicação desta revista, que o 8º Congresso RIOPHARMA
resgata o caráter de melhoria contínua a cada edição, oferecendo ao meio científico uma nova
joia, cujos artesãos a souberam lapidar oferecendo as pedras preciosas as quais compõem esta
revista.
As pedras do marco histórico já estão bem posicionadas. Outras pedras, estas preciosas, se
apresentam no formato de verdadeiras gemas, no conteúdo dos trabalhos científicos. Elas estão
devidamente dispostas para que as possamos admirar e usufruir.
Agora, estejamos preparados para oferecer uma nona edição com a mesma grandeza do oitavo.
Teremos aí de enfrentar outras pedras; as pedras do caminho de uma nova realização.
Sabemos ser difícil a construção; mas se fosse fácil, não seria o Congresso RIOPHARMA. Se
fosse fácil, não seria para farmacêuticos.
Novo campo para as pesquisas
Robson Roney Bernardo
Presidente da Comissão Científica do 8º Riopharma
O
XVIII Congresso da Federación Farmacéutica Sudamericana (Fefas) e 8º
Congresso RIOPHARMA contou com cerca de 400 trabalhos aprovados e com
uma discussão de alto nível sobre a prescrição farmacêutica e suas derivações.
Numa sociedade onde a automedicação atinge níveis alarmantes, onde doenças como diabetes
e hipertensão explodem e o sedentarismo é um problema, a dispensação de medicamentos
tem um papel fundamental.
Neste congresso, pudemos observar um amplo debate sobre a atuação do farmacêutico neste
contexto, seja na atenção farmacêutica, na farmacologia ou na prescrição. Diversos trabalhos
apresentaram a inserção deste profissional e a sua importância nas equipes de saúde,
ressaltando a importância da dispensação e da segurança farmacêutica. Áreas que, com a
atenção farmacêutica, deverão ampliar o foco das pesquisas farmacêuticas, buscando integrar
os vários campos da nossa profissão e destacando o farmacêutico dentro de um outro
contexto, como um profissional cada vez mais integrado e essencial à equipe de saúde.
Por sua relevância no cenário internacional e pelos temas abordados, acredito que este
congresso terá uma grande influência sobre pesquisadores, professores e estudantes de
Farmácia, com reflexos que influenciarão desde a grade curricular das universidades até as
práticas futuras do farmacêutico, uma verdadeira transformação.
Volume 97
Número 1
Janeiro/Abril 2016
SUMÁRIO
TÍTULO
ANÁLISE DE ESQUEMAS DE TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL EM UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
LIVIA GONÇALVES DOS SANTOS LIMA
COMPARTILHANDO INFORMAÇÕES VIA PODCAST: CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS E
SAÚDE DA MULHER
ELZA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA SEBASTIÃO
ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO CONTROLE DO COLESTEROL E DA SEGURANÇA DE
ESTATINA: UM RELATO DE CASO
ELZA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA SEBASTIÃO
FATORES DETERMINANTES DA NÃO ADESÃO AO TRATAMENTO ONCOLÓGICO POR
MULHERES DIAGNOSTICADAS COM CÂNCER DE MAMA, UMA REVISÃO
INTEGRADA
ELZA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA SEBASTIÃO
AS CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS SOB A PERSPECTIVA HUMANISTA: UMA
EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA UTILIZANDO FILMES
ELZA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA SEBASTIÃO
AVALIAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE FARMÁCIA
CLÍNICA EM UMA EMPRESA DE ATENÇÃO DOMICILIAR
CRISTIANO GUALTIERI COMUNALE
ANÁLISE RETROSPECTIVA DE DADOS DE SERVIÇO DE CONCILIAÇÃO
MEDICAMENTOSA CONDUZIDO POR FARMACÊUTICOS EM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
CAROLINA SILVA MAIA VIEIRA DE MIRANDA
COMPETÊNCIAS PARA A PRÁTICA DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS PRESTADOS NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
VERA LUCIA LUIZA
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NO AMBULATÓRIO DE PNEUMOLOGIA
INFANTIL ESPECIALIZADO EM FIBROSE CÍSTICA
GABRIELA CURBETI BECKER
ANÁLISE RETROSPECTIVA DE DADOS DE SERVIÇO DE CONCILIAÇÃO
MEDICAMENTOSA CONDUZIDO POR FARMACÊUTICOS EM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
CAROLINA SILVA MAIA VIEIRA DE MIRANDA
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA LINHA DE CUIDADO DE PESSOAS VIVENDO COM
HIV/AIDS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
ANDRESSA WANNESKA MARTINS DA SILVA
INTERVENÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO PROCESSO DE
JUDICIALIZAÇÃO NO SUS PARA A PROMOÇÃO DO USO RACIONAL DE
MEDICAMENTOS
REJANE SILVA DE PÁDUA SOUZA
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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA PROMOÇÃO DO ACESSO AOS MEDICAMENTOS
DO COMPONENTE ESPECIALIZADO
REJANE SILVA DE PÁDUA SOUZA
ANÁLISE DO USO DE ANABOLIZANTES EM FREQUENTADORES DE ACADEMIAS DO
MUNICÍPIO DE SANTO ÂNGELO/RS
DAIANE LUTS
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS EM HOSPITAL
PARTICULAR DE SÃO PAULO
WLADIMIR MENDES BORGES FILHO
ITINERÁRIO TERAPÊUTICO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS FIBROCÍSTICOS
GABRIEL SCHNEIDER LOSS
PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DO SERVIÇO DE DISPENSAÇÃO ORIENTADA PARA
IDOSOS HIPERTENSOS ATENDIDOS NA FARMÁCIA DA POLICLÍNICA DR.º AUGUSTO
LEMGRUBER NO MUNICÍPIO DE TRAJANO DE MORAES NO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
LÚCIA DUTRA PINTO FARCHA
INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS EM NEONATOLOGIA: FOCO NO PACIENTE
CRÍTICO
CATARINE VITOR LOUREIRO
ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES TRANSPLANTADOS
RENAIS: ANÁLISE DOS DESFECHOS CLÍNICOS
BRUNA CRISTINA CARDOSO MARTINS
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NA VISITA MULTIDISCIPLINAR NAS
UNIDADES DE CUIDADOS INTENSIVOS E SEMI-INTENSIVOS
JOAO SEVERINO DA SILVA
CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS E A SEGURANÇA DO
PACIENTE: ANÁLISE DE SOLICITAÇÕES DE INFORMAÇÕES RELACIONADOS A ERROS
DE MEDICAÇÃO
BRUNO SIMAS DA ROCHA
UNIDADE DE CUIDADOS FARMACÊUTICOS E AS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
VOLTADAS AOS HIPERTENSOS
JOSÉ BARBOSA OLIVEIRA FILHO
A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA
FRENTE A PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS NÃO PADRONIZADOS NA REMUME
NO MUNICÍPIO DE CANTAGALO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
LÚCIA DUTRA PINTO FARCHA
PACIENTES COM DÉFICIT DE ATENÇÃO COM/SEM HIPERATIVIDADE, EM USO DE
METILFENIDATO, E SEUS CUIDADORES: CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E
CLÍNICAS
SHEILLA ALESSANDRA FERREIRA FERNANDES
PROBLEMAS FARMACOTERAPÊUTICOS IDENTIFICADOS EM PACIENTES COM TDAH
SOB USO DE METILFENIDATO, ATENDIDOS EM CENTRO DE ESPECIALIDADES DO
NORDESTE BRASILEIRO
SHEILLA ALESSANDRA FERREIRA FERNANDES
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CONTRIBUI PARA O USO RACIONAL DE ALBUMINA
HUMANA EM HOSPITAL DE GRANDE PORTE
FÁBIO TEIXEIRA FERRACINI
INFLUÊNCIA DO ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO NA ADESÃO DOS
PACIENTES AO TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVOEM FARMÁCIA COMUNITÁRIA
PAULO ANDREI MILEN FIRMINO
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INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS NO MANEJO DE PACIENTES COM CÂNCER DE
PRÓSTATA: EXPERIÊNCIA DA FARMÁCIA UNIVERSITÁRIA DA USP
PATRICIA MELO AGUIAR
USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS PROFILÁTICOS
FABIO TEIXEIRA FERRACIN
A TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM CENTRO DE
ATENDIMENTO ESPECIALIZADO: CONHECIMENTOS E PRÁTICAS
HORTÊNSIA COUTINHO DA ROCHA
ANTIHYPERTENSIVE DRUG PRESCRIPTION PATTERNS IN ELDERLY FROM A PUBLIC
HEALTH UNIT IN RIBEIRÃO PRETO-SP
VERONICA CESTARI LOURENÇO
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A EFICÁCIA, SEGURANÇA E FARMACOECONOMIA
RELACIONADA A UTILIZAÇÃO DA COLISTINA E POLIMIXINA B NO TRATAMENTO DE
INFECÇÕES CAUSADAS POR BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS
GUSTAVO RAFAINI LLORET
GERENCIAMENTO DA DEVOLUÇÃO DE MEDICAMENTOS EM UM HOSPITAL DE
GRANDE PORTE DO RIO DE JANEIRO
LUANY TEJEDOR BARROS
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PRESCRIÇÕES DE PACIENTES INTERNADOS
EM UMA UNIDADE DE TRANSPLANTE RENAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
LUANA CRISTINA LINS DE MEDEIROS
AVALIAÇÃO DA COMPREENSÃO DOS PACIENTES DA ATENÇÃO BÁSICA SOBRE A
SUA PRESCRIÇÃO MÉDICA, NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO, SP.
MARIA OLÍVIA BARBOZA ZANETTI
USO DE ESCRITA ABREVIADA NAS PRESCRIÇÕES MÉDICAS DA ATENÇÃO BÁSICA
NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO, SP
MARIA OLÍVIA BARBOZA ZANETTI
GERENCIAMENTO DA DOR: ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NO USO DE
OPIÓIDE FORTE (MORFINA) EM UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE
GABRIELA PEREIRA LEITE
ESTUDO SOBRE ADESÃO, QUALIDADE DE VIDA E CONHECIMENTO DA DOENÇA EM
PACIENTES ONCOLÓGICOS EM TRATAMENTO COM ANTINEOPLÁSICOS ORAIS: A
IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA
GRAZIELE BALDAN FERRARI
ESTUDO DE UTILIZAÇÃO DE INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS EM FARMÁCIAS
COMUNITÁRIAS PRIVADAS DO SUBMÉDIO DO VALE DO SÃO FRANCISCO
BRUNNA QUÉSSIA SOARES DE MIRANDA
AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO EM PACIENTES AMBULATORIAIS COM
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA EM FORTALEZA, CEARÁ
NAYARA OTAVIANO DINIZ
EVENTOS ADVERSOS POTENCIAIS EM TERAPIA INTENSIVA NEONATAL:
IDENTIFICAÇÃO DAS CLASSES FARMACOLÓGICAS DE MAIOR RISCO.
MAYARA EVELYN QUEIROZ ALVES
ESTUDO DE UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
MAYARA EVELYN QUEIROZ ALVES
INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS EM TERAPIA INTENSIVA NEONATAL:
CONTRIBUIÇÃO À CONDUTA CLÍNICA E ACEITABILIDADE PELOS DEMAIS
PROFISSIONAIS.
MAYARA EVELYN QUEIROZ ALVES
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ESTUDO DE UTILIZAÇÃO DO CLONAZEPAM NA INSÔNIA EM PACIENTES DE UM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
CAROLINA ROSÁRIO DANTAS
RECONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA EM UM HOSPITAL MILITAR DO RIO DE
JANEIRO
MARCELLE BRAGA CLASS DE SOUZA
AVALIAÇÃO INDEPENDENTE DO NÍVEL DE INOVAÇÃO TERAPÊUTICA DE NOVOS
MEDICAMENTOS
ROGÉRIO HOEFLER
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO DE PACIENTES EM USO DE VARFARINA EM
HOSPITAL PÚBLICO DE BELO HORIZONTE
FABIANA SILVESTRE DOS SANTOS
INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA EM PACIENTES TRANSPLANTADOS COMO
FERRAMENTA DE INSERÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PRÁTICA CLÍNICA.
BERNARDO FREITAS PAULA
ANÁLISE DO PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS NA FARMÁCIA AMBULATORIAL
DA UPINHA DR. MOACYR ANDRÉ GOMES EM RECIFE-PE
SUZANA BATISTA DE FREITAS
IMPLANTAÇÃO DE SERVIÇOS CLÍNICOS FARMACÊUTICOS EM UM CENTRO DE
DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS DO COMPONENTE ESPECIALIZADO DA
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
GENIVAL ARAÚJO DOS SANTOS JÚNIOR
SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES COM ASMA NO
COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: SÉRIE DE CASOS
RAFAELLA DE OLIVEIRA SANTOS SILVA
INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS NUMA UNIDADE DE TRANSPLANTE RENAL DE
UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
LUANA CRISTINA LINS DE MEDEIROS
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL COMO FERRAMENTA PARA
INSERÇÃO DO SERVIÇO DE GERENCIAMENTO DA TERAPIA MEDICAMENTOSA
(GTM) EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE
MARIANNE SARDENBERG COSTA
AVALIAÇÃO DOS CONHECIMENTOS E HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO DOS
FARMACÊUTICOS DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE ALTA COMPLEXIDADE
THACIANA DOS SANTOS ALCANTARA
INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA NA INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA ENTRE ANTIHIPERTENSIVOS ASSOCIADOS A ANTIMICROBIANOS
SILVANA MARIA DE ALMEIDA
PERFIL DE UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS SOB ORIENTAÇÃO DE PRESCRITOR,
ADQUIRIDOS POR USUÁRIOS DE UMA REDE PRIVADA DE FARMÁCIAS
COMUNITÁRIA NA REGIÃO DO SUBMÉDIO DO VALE DO SÃO FRANCISCO.
TICIANNO MENEZES NEVES
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APORTES ACERCA DE LOS SERVICIOS PROFESIONALES FARMACÉUTICOS EN FOROS
DE DEBATE DE UN CURSO ONLINE
PEDRO ARMANDO
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O PAPEL DO FARMACÊUTICO CLÍNICO E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO
DESENVOLVIMENTO E APRIMORAMENTO DE PROTOCOLOS CLÍNICOS
CAROLINA AZEVEDO TIBO
RESULTADOS DE UM SERVIÇO DE GERENCIAMENTO DA TERAPIA
MEDICAMENTOSA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE CAMPINHO DE LAGOA
SANTA/MG
SAMUEL RODRIGUES ALMEIDA E SOUSA
ANÁLISE DOS BENZODIAZEPÍNICOS UTILIZADOS NO CAPS I NA CIDADE DE
CABEDELO - PB
ERIVAN DE SOUSA ABREU
FARMÁCIA SOLIDÁRIA: DOAR É O MELHOR REMÉDIO.
CARLA ANDRÉIA DAROS MARAGNO
A PROBLEMÁTICA DA SISTEMATIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO DO
SERVIÇO DE GERENCIAMENTO DA TERAPIA MEDICAMENTOSA
MARIA ÂNGELA RIBEIRO
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO COM OS PACIENTES SUBMETIDOS À
TERAPIA COM RADIONUCLEOSE (IODOTERAPIA)
MARINA BERTOTTI
ANAMNESE FARMACÊUTICA E RECONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA: FOCO NA
SEGURANÇA DO PACIENTE
JESSYKA KRAUSE MENESES
PERFIL NOSOLÓGICO E FARMACOTERAPÊUTICO DA IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO
DE CLÍNICA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM CURITIBA - PR.
NATÁLIA FRACARO LOMBARDI
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA NO MUNDO: PANORAMA ATUAL DE PLUBLICAÇÕES
RAQUEL GUERRA DA SILVA
RESULTADOS DE SERVIÇOS DE GERENCIAMENTO DA TERAPIA MEDICAMENTOSA
EM UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
SIMONE DE ARAÚJO MEDINA MENDONÇA
IMPACTO CLÍNICO DO SERVIÇO DE GERENCIAMENTO DA TERAPIA
MEDICAMENTOSA NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA
MARIA ÂNGELA RIBEIRO
FERRAMENTA INFORMATIZADA COMO SUPORTE AO FARMACÊUTICO CLÍNICO NO
AJUSTE DE DOSE DE MEDICAMENTOS EM PACIENTES COM FUNÇÃO RENAL
ALTERADA
JULIANA ELLWANGER
RESULTADOS CLÍNICOS DE SERVIÇOS DE GERENCIAMENTO DA TERAPIA
MEDICAMENTOSA EM DIFERENTES PONTOS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO
SUS
DJENANE RAMALHO DE OLIVEIRA
CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO EM PEDIATRIA: A EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL DA
CRIANÇA DE BRASÍLIA JOSÉ DE ALENCAR
ALEXANDRE ALVARES MARTINS
ECONOMIA NA GESTÃO DE MEDICAMENTOS DE ALTO CUSTO EM FARMÁCIA DE
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM PORTO ALEGRE
MARIANA GALVÃO LOPES RIBERG
ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES DA ENFERMARIA DA
CLÍNICA DE CARDIOLOGIA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO : AVALIAÇÃO DA
FARMACOTERAPIA E INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS EM UMA EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL
ALINE PALMA SANTOS
A PROBLEMÁTICA DA SISTEMATIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO DO
SERVIÇO DE GERENCIAMENTO DA TERAPIA MEDICAMENTOSA
MARIA ÂNGELA RIBEIRO
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IMPLEMENTATION OF A PHARMACEUTICAL CARE SERVICE TO PATIENTS WITH
INFLAMMATORY BOWEL DISEASE IN A UNIVERSITY HOSPITAL
IWYSON HENRIQUE FERNANDES DA COSTA
EL GLAUCOMA Y EL ROL DEL FARMACÉUTICO EN LA DETECCIÓN TEMPRANA DE LA
ELEVACIÓN DE LA PRESIÓN INTRAOCULAR COMO SU PRINCIPAL FACTOR DE
RIESGO
MELISA ABIGAIL GONZÁLEZ
UTILIZAÇÃO DE INDICADORES COMO PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DE UM
SERVIÇO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA PARA PACIENTES TRANSPLANTADOS
BRUNA CRISTINA CARDOSO MARTINS
PROPOSTA DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA ATRAVÉS DA IMPLANTAÇÃO DO
MÉTODO DÁDER COM PACIENTES DE UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
(CAPS II)
CRISTIANE BENIGNO COELHO
APOIO MEDICAMENTOSO NO TRATAMENTO DO TABAGISMO REALIZADO EM
GRUPOS DE UM SERVIÇO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
MARLUCE SUZANA HOLDEFER
Expediente
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Análise de esquemas de tratamento antirretroviral em um Hospital
Universitário
Livia Gonçalves dos Santos Lima1, Vinicius Abib Ramos Alves2, Sergio Setúbal3, Monique Araújo
de Brito4 & Elisangela da Costa Lima-Dellamora5
1
Faculdade de Farmácia - Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil,
([email protected]); 2Faculdade de Farmácia - Universidade Federal Fluminense,
Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, ([email protected]); 3 Hospital Universitário Antônio
Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, ([email protected]); 4 Faculdade de Farmácia Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, ([email protected]); 5
Faculdade de Farmácia – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de
Janeiro, Brasil, ([email protected])
Objetivo: Caracterizar os esquemas de terapia antirretroviral (TARV) em uso em um hospital
universitário (HU) localizado no estado do Rio de Janeiro. Metodologia: Informações
sociodemográficas e farmacoterapêuticas de pacientes maiores de 18, exceto gestantes, com
diagnóstico de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida acompanhados no local do estudo foram
obtidas a partir do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM). Os esquemas de
tratamento prescritos foram categorizados conforme as recomendações e diretrizes do Ministério da
Saúde (MS): primeira ou segunda linha de tratamento e resgate. Foram considerados como
esquemas não classificáveis aqueles que não têm descrição no protocolo nacional (2013)1. A
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética número 39135714.4.0000.5243. Resultados: Dos 497
pacientes estudados, 58% eram homens e a média da idade da população foi 46,7 anos. O tempo
médio de uso da TARV foi de 9,8 anos e a maioria dos indivíduos não tinha companheiros (67%).
Foram identificados 47 esquemas diferentes de TARV, dos quais, cinco (11%) correspondiam à
primeira linha de tratamento e 12 (25%) à segunda linha. Dezesseis esquemas eram compostos por
pelo menos um fármaco de resgate (34%) e 14 esquemas (29%) eram não classificáveis. Durante o
período de observação 45% (229) e 42% (209), dos indivíduos estavam em uso de TARV de
primeira e segunda linha de tratamento, respectivamente. Seis por cento (31) usavam TARV
classificadas como resgate e cinco por cento (27) dos pacientes usavam esquemas não
classificáveis. Conclusão: A ocorrência de 47 esquemas diferentes pode dificultar o
acompanhamento da farmacoterapia. O número de esquemas alternativos ultrapassa, como
esperado, o número de esquemas de primeira linha indicados pelo protocolo do MS. As
combinações possíveis, principalmente nos esquemas resgate, podem dever-se à má adesão ao
tratamento, que pode ocasionar aumento da complexidade da TARV. Considerando esta
complexidade e a importância epidemiológica da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a
análise do tempo de uso de cada TARV e os fatores relacionados à adesão na instituição analisada
são perspectivas para o próximo estudo.
Palavras-chave: AIDS, Base de dados, Antirretrovirais, Guia de prática clínica
Referência:
1. BRASIL. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e
Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêutica para Manejo das Infecções em Adultos.
Brasília, DF, 2013. 217p.
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Compartilhando informações via podcast: Ciências Farmacêuticas e Saúde da
Mulher
Thayná Vichiato Silva¹, Bruno de Resende Vieira², Lidiane Rodrigues Antunes³, Marcela Torisu
Lemos4, Catarina Stivali Teixeira5, Elza Conceição de Oliveira Sebastião6
1
Escola de Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, [email protected]; 2Escola de
Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, [email protected]; 3Escola de
Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, [email protected]; 4Escola de
Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, [email protected]; 5PósGraduação em Ciências Farmacêuticas, Escola de Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais,
Brasil, [email protected]; 6Laboratório de Farmácia Clínica, Escola de Farmácia/UFOP, Ouro
Preto, Minas Gerais, Brasil,[email protected]
Introdução: Com a popularização da internet nos últimos anos, novas maneiras de se comunicar
surgiram e ainda surgem, e com isso cresce a necessidade de adaptar-se a essas tecnologias1,2. As
mídias ocupam enorme importância no âmbito educacional3,4,5 uma vez que atualmente metade dos
cidadãos brasileiros tem acesso à internet e a utilizam como fonte de informação6. Objetivos: O
projeto procura levar conhecimentos úteis sobre saúde da mulher, unindo tecnologia, informação e
educação com novas formas de comunicação existentes. Metodologia: Para a coleta de informações
a serem gravadas, são feitas pesquisas em literatura científica sobre um tema definido pelo grupo.
Posteriormente há a criação de um texto em linguagem clara e objetiva que é a avaliado e aprovado
para ser gravado. Os podcasts são hospedados no PodOmatic e Soundcloud e são compartilhados
em sites como INCA, Ministério da Saúde, Sites de centros de informações sobre a saúde da mulher
e sobre medicamentos, Facebook, Twitter, na página da UFOP e site do grupo de estudos. É
trabalhado um tema/mês, 4 podcasts/tema. Resultados: Foram produzidos 10 podcasts no período
de abril a maio de 2015 com um total de 478 downloads/audições. Os assuntos foram Planejamento
Familiar, Métodos Anticoncepcionais, Pílula Anticoncepcional, Pílula do Dia Seguinte, Lei Maria
da Penha, Aborto, Assédio Sexual, SIAME, Automedicação, Descarte de medicamentos,
Armazenamento correto de medicamentos, Uso racional de antibióticos e Menopausa/climatério.
Houve média de 47,8audições/podcast, sendo que os assuntos Planejamento Familiar e Assédio
Sexual obtiveram mais de 100 acessos. Conclusão: A divulgação via internet destes arquivos de
áudio de conteúdo voltado para o público feminino permitiu tanto ao público-alvo quanto a outros
ouvintes serem beneficiados das informações sanitárias relevantes, uma vez que tais mídias
possuem caráter altamente democrático e a larga disseminação, devendo ser incluído como
interessante recurso educacional na área farmacêutica.
Palavras-chave: Podcast, Saúde da mulher, Assistência Farmacêutica, Informação, Educação em
saúde.
Agradecimentos: A Pró-Reitoria de Extensão (PROEX/UFOP) pelo apoio financeiro. Ao grupo
GEPHAR e Âmbar pelo apoio científico.
Referências:
1. Freire, EPA. (2013); Conjectura. 19(2): 55-67
2. Turner-McGrievy G, Kalyanaraman S, Campbell MK. (2013); Health Commun. 28(2):
101-9
3. Nozari AY, Siamian H. (2015); Acta Inform Med. 23(1): 29-32
4. Burke S, Cody W. (2014); Nurse Educator. 39(5):256-9
5. Kleinpell R, Ely EW, Williams G, Liolios A, Ward N, Tisherman SA. (2011); Crit Care
Med. 39(3):541-53
6. Brasil (2014) Pesquisa brasileira de mídia. 2015.
1347
Métodos Anticoncepcionais, Pílula Anticoncepcional, Pílula do Dia Seguinte, Lei Maria da Penha,
Aborto, Assédio Sexual, SIAME,
1348
ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO CONTROLE DO COLESTEROL E DA
SEGURANÇA DE ESTATINA: UM RELATO DE CASO
Thais Faco Maganhoto1; Mariana Reis Di Mambro2; Roberta Santiago Portela3; Catarina Stivali
Teixeira4; Cristiane de Paula Rezende5; Elza Conceição de Oliveira Sebastião6
1
Escola de Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, [email protected];
Escola de Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, [email protected];
3
Escola de Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, [email protected];
4
Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Escola de Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais,
Brasil, [email protected]; 5Secretaria Municipal de Saúde, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil,
[email protected]; 6Laboratório de Farmácia Clínica, Escola de Farmácia/UFOP, Ouro Preto,
Minas Gerais, Brasil, [email protected].
2
Introdução: Atualmente a morbimortalidade relacionada a medicamentos é um relevante problema
de saúde pública sendo que resultados negativos do seu uso podem ser devidos a fatores intrínsecos
a eles, falhas terapêuticas, não adesão ao tratamento e reações adversas (RAM)1. A prática da
Atenção Farmacêutica (AF) pode reduzir os problemas reais relacionados a farmacoterapia2.
Objetivo: Demonstrar a interface entre AF e Farmacovigilância. Metodologia: Consultas
farmacêuticas segundo Método Dáder3 e aplicação de Algoritmo de Naranjo4. Serviço de Atenção
Farmacêutica da Escola de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto, aprovado pelo
CEP/UFOP sob o número CAAE: 0015.0.238.000-08. Resultados: Paciente do sexo feminino, 62
anos, casada e aposentada. IMC: 34Kg/m²; PA: 140x90mmHg; Glicemia de jejum:103mg/dL.
Relata ser hipercolesterolêmica há aproximadamente 15 anos, fazer uso de rosuvastatina (10mg/dia)
e metformina (500mg/dia) (SIC). Reporta ter experimentado quadros de intensa dor muscular nos
MMII e MMSS, que compõem sua queixa. Entrevistas complementares apontaram uso anterior de
outras estatinas com sintomatologia de mialgias de intensidade variável. Apresentou laudo recente
de exame bioquímico de creatinofosfoquinase com valor aumentado: 297mg/dL (Valor de
referência: 24–170mg/dL). Relata sentir intensa dor cerca de uma hora após a administração da
rosuvastatina. Refere que dores permanecem, apesar da alteração pelo médico, do horário da
tomada (de 23:00h para 17:00h) para melhora na qualidade do sono. Conclusão: Análise dos dados
subjetivos e objetivos permitiu a confirmação de causalidade da RAM como PRM63. A intervenção
farmacêutica com o relato científico do caso permitiu a elaboração de uma carta ao médico
responsável pela prescrição da medicação em prol da melhor relação beneficio/risco para a paciente
em questão5. A execução sistemática, contínua, documentada e interdisciplinar da AF promove
utilização adequada de medicamentos e melhoria da qualidade de vida dos pacientes, mostrando sua
importância como agente de promoção do uso racional de medicamentos5,6.
Palavras chave: Estatina, Atenção Farmacêutica, Relato de caso, Farmacovigilância.
Agradecimentos: A Pró-Reitoria de Extensão (PROEX/UFOP) pelo apoio financeiro. Ao grupo
GEPHAR e Núcleo de Estudos sobre Envelhecimento (NEsE) pelo apoio científico.
Referencias:
1. Souza TT. (2013); Universidade Federal do Paraná. 325p
2. Galato D. et al (2008); Rev. Bras. Cienc. Farm. 44(3): 465-75
3. Machuca M, Fernández-Llimós F, Faus MJ. (2003); GIAF. 45p
4. WHO. (2004); WHO/EDM/PAR 1(5.3)
5. Vieira FS. (2007); Ciênc. Saúde Coletiva. 12(1):213-20
6. Oliveira DR, Varela ND. (2008); Rev Bras Cienc Farm. 44(4):763-72
1349
Fatores determinantes da não adesão ao tratamento oncológico por mulheres
diagnosticadas com câncer de mama, uma revisão integrada
Dayane Cristina Toledo Pontes1, Catarina Stivali Teixeira2, Elza Conceição de Oliveira Sebastião3,
Vanja Maria Veloso4
1
Escola de Farmácia, UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, [email protected]; 2PG
Ciên Farm, Escola de Farmácia, UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, [email protected];
3
Laboratório de Farmácia Clínica, Escola de Farmácia, UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil,
[email protected]ório de Farmácia Clínica, Escola de Farmácia, UFOP, Ouro Preto,
Minas Gerais, Brasil, [email protected].
Introdução: A Organização Mundial da Saúde considera prioridade na Saúde Pública a falta de
cumprimento dos tratamentos e suas consequências negativas clínicas e econômicas1. Apesar das
taxas de incidência e mortalidade do câncer de mama terem aumentado nos últimos anos, essa
neoplasia tem bom prognóstico se diagnosticada e tratada adequadamente1,2. Desta forma, aderir ao
tratamento reduz a morbimortalidade dos cânceres, bem como os custos com a saúde3. Objetivo:
Tendo em vista que as mulheres acometidas enfrentam não só a doença, mas suas repercussões
referentes ao tratamento e os impactos psico-sócio-economicos, o presente estudo procurou
identificar os principais fatores determinantes da não adesão ao tratamento oncológico. Metodologia:
Foi realizada uma revisão integrativa de literatura científica nas bases de dados eletrônicas PubMed
e SciELO cujos limites foram: idiomas português, espanhol e inglês; tempo de publicação de 2008 a
2014; estudos com mulheres; descritores em combinação e seus sinônimos nos idiomas selecionados:
adesão, tratamento, câncer, mama; artigos de revisão e artigos gratuita e integralmente disponíveis
online. Resultados: 60 trabalhos retornaram, sendo que 9 apresentaram coerência com o tema. Os
fatores relacionados com a não-adesão ao tratamento do câncer de mama foram principalmente
relacionados com comprometimento psicológico das mulheres, mas também ao comprometimento
com o esquema terapêutico, à recordação, ao estresse físico, tolerância a reações adversas, e aspectos
ligados a detecção precoce e ao acesso aos tratamentos. Conclusão: A adesão ao tratamento
oncológico está relacionada a fatores associados tanto ao paciente, quanto ao tratamento e aos
serviços de saúde. De caráter multifatorial, os aspectos psico-sócio-econômicos não devem ser
menosprezados, pois o não cumprimento farmacoterapêutico constitui num importante problema
assistencial e é uma das possíveis causas do fracasso dos tratamentos quimioterápicos das pacientes
diagnosticadas com câncer de mama4,5.
Palavras-chave: Cancer de mama, fatores determinantes, Adesão à Medicação, tratamento.
Agradecimentos: A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPP/ UFOP) e CIPHARMA
pelo apoio financeiro. Aos grupos ÂMBAR e GEPHAR pelo apoio científico.
Referências:
1. Brasil. (2014); INCA
2. Peters SH. (2013); Universidade Católica de Pelotas. 120p.
3. DiBonaventura MC, Copher R, Basurto E, Faria C, Lorenzo R. (2014); Am Health Drug Benefits.
7(7):386-96
4. Puts MTE, et al. (2014); Annals of Oncology. 25(3):564–77
5. Wünsch Filho V, Antunes JLF, Boing AF, Lorenzi RL. (2008); Physis.18(3):427-450
1350
As Ciências Farmacêuticas sob a perspectiva humanista: uma experiência
pedagógica utilizando filmes
Bruno de Resende Vieira¹, Thayná Vichiato Silva², Lidiane Rodrigues Antunes³, Marcela Torisu
Lemos4, Catarina Stivali Teixeira5, Elza Conceição de Oliveira Sebastião6
1
Escola de Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, [email protected]; 2Escola
de Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, [email protected] ; 3Escola de
Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil,[email protected]; 4Escola de
Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, [email protected]; 5Pós-Graduação
em Ciências Farmacêuticas, Escola de Farmácia/UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais,
Brasil, [email protected] ; 6Laboratório de Farmácia Clínica, Escola de Farmácia/UFOP, Ouro
Preto, Minas Gerais, Brasil,[email protected]
Introdução: Os recursos audiovisuais, especialmente o cinema, têm sido freqüentemente utilizados
como facilitadores no processo-ensino aprendizagem1, desempenhando papel complementar na
formação de profissionais da saúde2,3 e na reflexão sobre temas bioéticos e antropológicos, na
formação do caráter integral do indivíduo4. Objetivos: Pretendeu-se criar condições para a
realização de atividade extracurricular que proporcionasse a formação acadêmica generalista,
humanista, questionadora e reflexiva dos alunos, servindo de apoio para disciplinas de Graduação
em Farmácia, facilitando o contato com prática didático-pedagógica alternativa pelos estudantes de
graduação, com a promoção do debate crítico e criativo no meio acadêmico, de questões
antropológicas e clínicas relevantes. Metodologia: Os filmes/debates semanais foram realizados no
auditório da Escola de Farmácia/UFOP, mediados por 1 dos 4 monitores do projeto sob a
coordenação e acompanhamento permanente de um docente. O acervo de filmes foi composto por
doação de cópias originais da coleção pessoal da coordenadora. A seleção do filme foi determinada
previamente por reunião do grupo de estudos. A divulgação foi física e digital para público-alvo
pertencente a comunidade acadêmica e externa, que avaliou cada exibição por questionários
anônimos e confidenciais. Resultados: Foram realizados 16eventos no período de setembro/2014 a
maio/2015 com publico total de 222espectadores, abordando os temas ética, doação de órgãos,
transtornos psiquiátricos, religião, sexualidade, drogas e preconceito. A média de
espectadores/filme foi de 13,8. O tempo médio de debate foi de 40minutos e avaliação do evento
por 96%dos espectadores foi positiva. Conclusão: A integração arte áudio-visual/leitura de vida na
exibição de filmes comerciais seguida de debates e discussões permitiu envolver temáticas
relacionadas a temas tabus de aspectos social, bioético, cultural, psicológico e médico-científico.
Promoveu-se a ampliação dos horizontes do público acerca dos temas abordados e a visão
articulada e integrada entre as várias áreas do conhecimento, promovendo cidadania e formação
mais humanística dos graduandos em Farmácia.
Palavras-chave: Estratégias de Ensino; Educação; Cinema; Processo saúde-doença.
Agradecimentos: A Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD/UFOP) pelo apoio financeiro. Ao
grupo GEPHAR pelo apoio científico.
Referencias:
1.Pires MCF, Silva SLP. (2014); Educ. Soc. 35(127):607-16
2.Barros MDM, Girasole M, Zanella PG. (2013); Revista Práxis. 10: 97-115
3.Santos S.N, Noro A. (2013). Interface. 17(46): 705-14
4.Dantas AA, Martins CH, Militão MSR. (2011); Rev Bras Edu Med. 35:69-76
1351
Avaliação técnica e financeira da implantação do serviço de farmácia clínica em
uma empresa de atenção domiciliar
Cristiano Gualtieri Comunale1, Claudio Flauzino de Oliveira2
1
2
Home Doctor, SP, São Paulo, Brasil, [email protected];
Home Doctor, SP, São Paulo, Brasil, [email protected]
Objetivo: Avaliar os resultados da implantação do serviço de farmácia clínica através do uso de
Indicadores Técnico-Científicos de Farmácia Clínica1,2 em uma empresa de atenção domiciliar.
Metodologia e Resultados: Entre fevereiro e maio de 2015, foram avaliadas 205 prescrições
médicas, utilizando-se os seguintes critérios de inclusão: prescrições com polifarmácia, alta
complexidade e casos novos. As prescrições foram avaliadas pelo farmacêutico clínico de forma
técnica e clínica. A análise técnica incluiu aprazamento, diluição, dose, duplicidade terapêutica,
itens prescritos em excesso, medicamentos não padronizados, posologia e via de administração. A
análise clínica incluiu interação medicamento x alimento, interação medicamentosa, medicamento
via sonda e reações adversas. Os resultados da avaliação farmacêutica foram discutidos em reuniões
multiprofissionais periódicas, que contaram com a presença de enfermeiro, farmacêutico,
fisioterapeuta, médico e nutricionista. As intervenções e os resultados foram inseridos no prontuário
eletrônico dos pacientes. Os indicadores desenvolvidos foram os seguintes: Percentual de
Prescrições Analisadas, Percentual de Intervenções Farmacêuticas Aceitas, Redução de Custo e
Tipos de Intervenções. Entre as 205 prescrições avaliadas, ocorreram 207 intervenções,
quantificadas conforme classificação a seguir: aprazamento: 23 (11%); diluição: 7 (3%); dose: 3
(1%); duplicidade terapêutica: 13 (6%); itens prescritos em excesso: 58 (28%); medicamentos não
padronizados: 29 (14%); posologia: 7 (13%); interação medicamento x alimento: 19 (9%); interação
medicamentosa: 7 (3%); medicamento via sonda: 18 (9%); reações adversas: 3 (1%). O Percentual
de Prescrições Analisadas teve média de 3,1%, o Percentual de Intervenções Farmacêuticas Aceitas
teve média de 85% e a Redução de Custo foi de R$67.413,59. Conclusão: A implantação da
farmácia clínica refletiu em redução de erros de prescrição, potenciais eventos adversos e custo,
com impacto positivo sobre a segurança do paciente. É possível especular que os resultados
positivos podem ser maximizados com a ampliação do serviço de farmácia clínica.
Palavras-chave: Serviço de farmácia clínica, Serviços de assistência domiciliar, Indicadores de
serviços, Indicadores de qualidade em assistência à saúde.
Referências:
1. RYAN B, GING P, BROWN J, EDWARDS R, MEEGAN C. (2013);Eur J Hosp Pharm.20:A62
2. American College of Clinical Pharmacy. (2008) Pharmacotherapy. 28(6):816-7.
1352
Análise retrospectiva de dados de serviço de conciliação medicamentosa
conduzido por farmacêuticos em hospital universitário
Carolina Silva Maia Vieira de Miranda1, ?&? Cesar Augusto Antunes Teixeira2
1
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil,
[email protected]; 2Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), Rio de
Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]
Objetivos: Analisar os dados produzidos pelo serviço de Conciliação Medicamentosa (CM) no
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho no que tange ao perfil de uso de medicamentos de
uso prévio (MUP) pelos pacientes e à documentação destas informações pela equipe de saúde.
Metodologia: Foi realizada análise retrospectiva descritiva dos documentos de registro da rotina da
CM do hospital. Estes documentos consistem em fichas de pacientes com dados sobre seus MUP à
internação, coletados em prontuário eletrônico (informações registradas nas anamneses médicas e
de enfermagem) e por visitas nos leitos pela equipe farmacêutica. Estas fichas contêm ainda
registros sobre a análise da situação destes medicamentos na prescrição atual da internação (se
foram ou não reintroduzidos, os motivos, etc). Posteriormente foi realizada análise das frequências
de parâmetros, como: número de discrepâncias por paciente, MUP mais freqüentes por classe
terapêutica, classes farmacológicas mais frequentemente não conciliadas, freqüência de coleta de
informações sobre MUPs pela equipe farmacêutica que não estavam previamente registradas pela
anamnese médica. Avaliadas essas informações, foram estabelecidas relações entre essas variáveis
que possam revelar padrões relevantes do processo. Resultados: Foram analisadas 261 fichas de
pacientes, das quais 86,6% apresentavam discrepâncias entre os MUP e a prescrição. Os
antidiabéticos e anti-hipertensivos foram as classes farmacológicas mais frequentemente envolvidas
em discrepâncias. Dos 1645 MUP analisados, somente 42,2% deles tiveram suas informações
registradas de forma completa pela anamnese médica, evidenciando que uma importante parte das
informações sobre uso prévio de medicamentos só foi obtida após a entrevista da equipe
farmacêutica. Conclusão: Observou-se que muitos pacientes apresentam discrepâncias na
internação, havendo evidências suficientes justificando a implementação do serviço de CM, que tem
o farmacêutico como profissional primordial na sua execução, pela sua habilidade em obter um
histórico medicamentoso mais detalhado e preciso1,2. A CM desenvolvida pela equipe mostrou a sua
contribuição na prática clínica3.
Palavras-chave: Reconciliação de medicamentos, Segurança do paciente, Serviço de farmácia
hospitalar, Assistência hospitalar.
Referências:
1. Nester TM, Hale LS. (2002); Am J Health-Syst Pharm. 59: 2221-2225
2. De Winter S, Spriet I, Indevuyst C, Vanbrabant P, Desruelles D, Sabbe M, Gillet JB, Wilmer A,
Willems L. (2010); Qual Saf Health Care. 19(5): 371-375.
3. Pitman SK, Farley TM, Catney CM, Weetman DB. (2013); Am J Health-Syst Pharm. 70: 10121013.
1353
Competências para a prática dos serviços farmacêuticos prestados na atenção
primária do Estado do Rio de Janeiro
Vera Lucia Luiza¹, Benedito Carlos Cordeiro², Luiz Villarinho Pereira Mendes1, Nara Rosa Rocha1,
Juliana dos Santos Silva1.
1
Núcleo de Assistência Farmacêutica/ Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca/ Fiocruz,
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected]; 2Faculdade de Farmácia/ Universidade
Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected]
Resumo:
Objetivo: Identificar os conhecimentos e habilidades necessários para o adequado desempenho da
prática dos serviços farmacêuticos prestados na atenção primária em saúde do Estado do Rio de
Janeiro. Metodologia: Estudo transversal, baseado em entrevistas estruturadas junto aos
profissionais da saúde responsáveis pela dispensação de medicamentos. O questionário, aplicado
em entrevista assistida por computador no Período de outubro 2014 a março 2015, continha três
blocos: 1) aspectos gerais da unidade de saúde ou do NASF; 2) características pessoais, formação e
trajetória profissional; e 3) situação de trabalho. Na situação de trabalho os profissionais foram
apresentados a 31 atividades, distribuídas em 4 grupos de funções (vinculadas aos indivíduos;
organização e gestão; desempenho profissional; e políticas públicas). Para cada uma delas eram
solicitados a opinar se as consideram importantes, se as realizavam e se sentiam preparados para tal.
Resultados: Metade das 54 UBS estudadas não contava com profissional farmacêutico e em apenas
6 delas este profissional assumia legalmente a responsabilidade técnica. Nas demais UBS o
responsável pela dispensação era um enfermeiro ou um profissional de nível médio. No geral todas
as atividades apresentadas em todos os grupos de funções obtiveram alto escore de opinião quanto à
sua importância. As atividades menos frequentemente realizadas foram às vinculadas às políticas
públicas e houve variação quanto à categoria profissional e quanto à percepção de sentir-se
preparada para a realização das atividades. Conclusões: os farmacêuticos não estão presentes nas
UBS do estado do Rio de Janeiro, será que deveriam estar? É fundamental definir, a depender do
perfil profissional que está nos serviços farmacêuticos das APS, quais suas atribuições aceitáveis e
as correspondentes competências.
Palavra-chave: Atenção primária, Assistência farmacêutica, Habilidades, Competências.
1354
Atuação do farmacêutico clínico no ambulatório de pneumologia infantil
especializado em fibrose cística
Gabriela Curbeti Becker¹ & Márcia Frank de Azevedo²
¹ Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto
Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil – [email protected]; ² Hospital de Clínicas de Porto
Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil - [email protected]
OBJETIVO: Descrever a atuação do farmacêutico clínico em um ambulatório de Pneumologia
Infantil especializado em fibrose cística (FC). METODOLOGIA: Relato de experiência realizado
pelo farmacêutico clínico de um hospital universitário durante o ano de 2015. RESULTADOS: A
fibrose cística (FC) ou mucoviscidose é uma doença genética autossômica recessiva predominante
na população caucasiana. A FC é caracterizada por doença pulmonar progressiva, disfunção
pancreática e eletrólitos no suor. É uma doença irreversível cuja evolução não permitia que os
pacientes sobrevivessem até a adolescência. Porém, nos últimos anos as pesquisas progrediram, o
que levou à instituição de melhores regimes terapêuticos, aumentando assim sobrevida destes
pacientes. Devido à maior complexidade do tratamento farmacológico é fundamental a orientação
realizada pelo farmacêutico clínico com o intuito de garantir o uso racional dos medicamentos a fim
de melhorar a qualidade de vida desses pacientes. As atividades do farmacêutico clínico estão
inseridas em todo o processo de cuidado e a atuação ocorre com o intuito de identificar, prevenir e
solucionar problemas relacionados com medicamentos. A consulta farmacêutica é realizada
individualmente com cada paciente e seu respectivo responsável e tem por objetivo conhecer o
paciente, além de avaliar a terapia utilizada, alergias, práticas de automedicação e dificuldades para
a adesão ao tratamento, sendo possível utilizar estratégias para trabalhar os problemas identificados.
Os principais cuidados relacionam-se com a orientação do uso de medicamentos, entre eles: a
terapia com enzimas, nebulizações com broncodilatadores e fluidificantes, além dos antibióticos
para controle de infecções. O farmacêutico avalia a adesão ao tratamento prescrito e participa das
discussões multiprofissionais, contribuindo para a escolha da farmacoterapia mais efetiva e segura
para cada paciente. CONCLUSÃO: Atuação do farmacêutico clínico tem como intuito melhorar a
adesão do paciente ao tratamento através do fornecimento de informações sobre os medicamentos
utilizados e também contribuir para o uso racional de medicamentos.
Palavras-chave: Atenção farmacêutica, Fibrose cística, Pediatria.
1355
Análise retrospectiva de dados de serviço de conciliação medicamentosa
conduzido por farmacêuticos em hospital universitário
Carolina Silva Maia Vieira de Miranda1, ?&? Cesar Augusto Antunes Teixeira2
1
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil,
[email protected]; 2Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), Rio de
Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]
Objetivos: Analisar os dados produzidos pelo serviço de Conciliação Medicamentosa (CM) no
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho no que tange ao perfil de uso de medicamentos de
uso prévio (MUP) pelos pacientes e à documentação destas informações pela equipe de saúde.
Metodologia: Foi realizada análise retrospectiva descritiva dos documentos de registro da rotina da
CM do hospital. Estes documentos consistem em fichas de pacientes com dados sobre seus MUP à
internação, coletados em prontuário eletrônico (informações registradas nas anamneses médicas e
de enfermagem) e por visitas nos leitos pela equipe farmacêutica. Estas fichas contêm ainda
registros sobre a análise da situação destes medicamentos na prescrição atual da internação (se
foram ou não reintroduzidos, os motivos, etc). Posteriormente foi realizada análise das frequências
de parâmetros, como: número de discrepâncias por paciente, MUP mais freqüentes por classe
terapêutica, classes farmacológicas mais frequentemente não conciliadas,freqüência de coleta de
informações sobre MUPs pela equipe farmacêutica que não estavam previamente registradas pela
anamnese médica. Avaliadas essas informações, foram estabelecidas relações entre essas variáveis
que possam revelar padrões relevantes do processo. Resultados: Foram analisadas 261 fichas de
pacientes, das quais 86,6% apresentavam discrepâncias entre os MUP e a prescrição. Os
antidiabéticos e anti-hipertensivos foram as classes farmacológicas mais frequentemente envolvidas
em discrepâncias. Dos 1645 MUP analisados, somente 42,2% deles tiveram suas informações
registradas de forma completa pela anamnese médica, evidenciando que uma importante parte das
informações sobre uso prévio de medicamentos só foi obtida após a entrevista da equipe
farmacêutica. Conclusão: Observou-se que muitos pacientes apresentam discrepâncias na
internação, havendo evidências suficientes justificando a implementação do serviço de CM, que tem
o farmacêutico como profissional primordial na sua execução, pela sua habilidade em obter um
histórico medicamentoso mais detalhado e preciso1,2. A CM desenvolvida pela equipe mostrou a sua
contribuição na prática clínica3.
Palavras-chave: Reconciliação de medicamentos, Segurança do paciente, Serviço de farmácia
hospitalar, Assistência hospitalar.
Referências:
1. Nester TM, Hale LS. (2002); Am J Health-Syst Pharm. 59: 2221-2225
2. De Winter S, Spriet I, Indevuyst C, Vanbrabant P, Desruelles D, Sabbe M, Gillet JB, Wilmer A,
Willems L. (2010); Qual Saf Health Care. 19(5): 371-375.
3. Pitman SK, Farley TM, Catney CM, Weetman DB. (2013); Am J Health-Syst Pharm. 70: 10121013.
1356
Atuação do farmacêutico na linha de cuidado de pessoas vivendo com HIV/aids
em hospital de referência
Andressa Wanneska Martins da Silva1, Micheline Marie Milward de Azevedo Meiners1; Maria Inês
de Toledo3 & Elza Ferreira Noronha4
1
Faculdade de Ceilândia, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil,
[email protected]
2
Faculdade
de
Ceilândia,
Universidade
de
Brasília,
Brasília,
DF,
Brasil,
[email protected]
3
Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil,
[email protected]
4
Faculdade de Medicina, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil, [email protected]
Objetivo: O objetivo deste trabalho foi identificar, descrever e avaliar a participação do
farmacêutico na linha de cuidado das pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) em um hospital de
ensino em Brasília, referência para esta doença.
Metodologia: Trata-se de um estudo de caso, com abordagens descritiva, qualitativa e quantitativa.
Foram realizadas entrevistas com profissionais da farmácia ambulatorial e da farmácia hospitalar
entre maio e julho de 2014. Os profissionais foram arguidos, dentre outras questões, sobre quais as
portas de entrada que dão acesso aos serviços farmacêuticos do hospital e como se dá a participação
farmacêutica no fluxo assistencial para o manejo das PVHA. Foi aplicado, ainda, o questionário
Avaliação da Capacidade Institucional para a Atenção às Condições Crônicas (ACICC) a fim de
fazer um autodiagnostico da capacidade do serviço em oferecer atenção às PVHA. Esta pesquisa foi
aprovada no Comitê de Ética sob o número 278.787.
Resultados: As portas de entrada identificadas foram o centro de pronto-atendimento, os
ambulatórios, a farmácia ambulatorial e o centro de atendimento psicossocial. O farmacêutico
compõe a equipe de trabalho das farmácias ambulatorial e hospitalar. Na farmácia ambulatorial, o
profissional é responsável pelo acolhimento do usuário no início da terapia antirretroviral ou
quando há dificuldade de adesão ao tratamento, fornecendo suporte relevante ao autocuidado
apoiado. A farmácia hospitalar faz apenas atividades de apoio logístico do medicamento, sendo o
acompanhamento farmacoterapêutico desenvolvido por docente e estagiários do curso de graduação
em farmácia da universidade. A atuação dos farmacêuticos na linha de cuidado acontece com
dificuldades expressivas, principalmente pela pouca comunicação e articulação com o restante da
equipe multidisciplinar. O resultado do questionário ACICC preenchido pelos farmacêuticos
apontou como limitada a contribuição que prestam no cuidado às PVHA (média da avaliação
recebeu o valor D = apoio limitado para o cuidado de doenças crônicas).
Conclusão: Os resultados do ACICC apontam que, embora o farmacêutico ofereça cuidados às
pessoas que procuram o serviço, falta maior articulação com a equipe de saúde. O melhor
delineamento da participação do farmacêutico na atenção à saúde poderá contribuir para esclarecer
a função do profissional na linha de cuidado, organizando a rede de atenção à saúde, melhorando os
resultados no cuidado integral às PVHA.
Palavras-chave: HIV/Aids, Farmácia, Linhas de cuidado, Atenção à saúde
1357
Intervenção da Assistência Farmacêutica no processo de judicialização no SUS
para a promoção do uso racional de medicamentos
Rejane Silva de Pádua Souza1, Márcia Freitas de Andrade Derruci2, Juliana da Almeida Machado3,
Géssia Flausino Kremer4, Jefferson Herculano da Silva5
1,2,3,4
5
Farmácia de Medicamentos Especializados, Franca, SP, Brasil, [email protected],
Núcleo de Assistência Farmacêutica, Franca, SP, Brasil, [email protected]
Objetivo: demonstrar a possibilidade e os benefícios da transferência de pacientes que recebem
medicamentos via ação judicial para serem atendidos na Farmácia do Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica (FCEAF), buscando a qualidade do fornecimento e uso racional dos
medicamentos além de diminuir o processo de judicialização no SUS1,2,3. Metodologia: mediante
orientação e consentimento dos pacientes em tratamento via judicial com os medicamentos
Abatacepte, Adalimumabe, Etanercepte, Golimumabe, Infliximabe, Rituximabe e Tocilizumabe, foi
efetuada transferência dos mesmos para a retirada destes medicamentos na FCEAF. Assim, listouse a quantidade de pacientes transferidos e de frascos de medicamento retirados por estes pacientes,
sendo realizada a comparação do custo do tratamento mensal, tendo Janeiro/2014 como referência
para cálculo do custo de aquisição dos medicamentos. Resultados: observou-se que o custo via
FCEAF foi R$132.710,62 enquanto via judicial seria R$263.572,60 se continuassem retirando os
medicamentos desta forma, ou seja, uma economia de 98,6% para o Governo, sendo que em um ano
a diferença passa a ser R$ 1.570.343,70. Conclusão: Além do gasto, é importante considerar que é
mais seguro e vantajoso para o paciente e para o SUS receber estes medicamentos na FCEAF, onde
ocorre dispensação na dose, forma farmacêutica e quantidade apropriados, com informações sobre o
uso adequado, para que o paciente utilize o medicamento corretamente, de modo a garantir
segurança, eficácia e adesão ao tratamento. Também no Componente Especializado o paciente
recebe os medicamentos após avaliação de critérios estabelecidos nos Protocolos Clínicos e
Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde e mediante apresentação periódica de documentos
preenchidos pelo prescritor, o que garante acompanhamento médico do tratamento, evitando-se
automedicação e uso indiscriminado. Vale ressaltar que na FCEAF os pacientes têm a possibilidade
de relatar queixas referentes a desvios de qualidade e reações adversas que são notificadas ao
Núcleo de Farmacovigilância do Estado. Desta forma, estratégias como esta transferência, são
fundamentais para garantir a consolidação dos princípios e diretrizes do SUS e colaborar para sua
adequada operacionalização; assegurar a aplicação dos recursos públicos em saúde de maneira
eficaz, eficiente e justa, além de cumprir as premissas da Assistência Farmacêutica e promover o
uso racional de medicamentos.
Palavras-chave: Assistência Farmacêutica, Judicialização da saúde, Medicamentos especializados.
Referências
1. Chieffi AL, Barata RB. (2009); Cad. Saúde Pública. 25(8):1839-1849
2. Pepe VLE et al. (2010); Ciênc. saúde coletiva.15(5): 2405-2414
3. Vieira FS et al. (2010); Rev.adm. Saúde. 12(47): 79-86
1358
Assistência farmacêutica na promoção do acesso aos medicamentos do
componente especializado
Rejane Silva de Pádua Souza1, Márcia Freitas de Andrade Derruci2, Juliana da Almeida Machado3,
Géssia Flausino Kremer4, Danielle de Jesus Costa Ribeiro5
1,2,3,4,5
Farmácia de Medicamentos Especializados, Franca, SP, Brasil, [email protected]
Objetivo: discutir as dificuldades de acesso e as principais questões que levam ao indeferimento
das solicitações de medicamentos em uma Farmácia do Componente Especializado da Assistência
Farmacêutica (FCEAF), onde a dispensação dos medicamentos ocorre de acordo com critérios
estabelecidos pelos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde.
Estes definem mecanismos para promover a prescrição segura e eficaz, com avaliação das
solicitações, em que o paciente recebe os medicamentos mediante apresentação periódica de
documentos (processos) preenchidos pelo prescritor, assegurando o acompanhamento médico do
tratamento, evitando a automedicação e uso indiscriminado 1,2,3. Metodologia: Foi realizada
pesquisa qualitativa e quantitativa através de análise documental das solicitações de medicamentos
apresentadas à FCEAF e dados fornecidos pelo sistema informatizado. Resultados: menos da
metade dos formulários entregues pela FCEAF aos pacientes, contendo orientações para solicitação
de medicamentos, se transformam em processos avaliados. Além disso, a principal causa de
indeferimento está relacionada com as solicitações de medicamentos para tratamento de doenças
cujos diagnósticos não estão padronizados pelos PCDT, motivo pelo qual a maioria dos pacientes
solicita o medicamento por via judicial. A segunda causa é a não apresentação de exames e
documentos exigidos de acordo com os PCDT. Desta forma, dentre os obstáculos encontrados pelo
paciente, pode-se citar a dificuldade para agendamento de consultas com médicos especialistas e
para a realização de exames, o que retardam o início do tratamento e muitas vezes acarretam na
desistência da solicitação. Conclusão: Por tratar-se de uma Farmácia que atende patologias de alta
complexidade, além do alto impacto no custo em saúde que os medicamentos do Componente
Especializado representam, percebe-se a necessidade de avaliação da disponibilização dos
medicamentos, buscando o cumprimento do direito a saúde. Assim, sendo a FCEAF um
componente da rede de atenção à saúde, conhecer os principais motivos que levam ao indeferimento
das solicitações é essencial para direcionar a tomada de decisões e a implantação de estratégias para
superar as deficiências no acesso, contribuindo para o fortalecimento e organização da rede, ao
encaminhar e orientar corretamente os pacientes, garantindo a assistência em nível adequado, com
segurança e eficiência.
Palavras-chave: Medicamentos Especializados, Gestão em saúde, Assistência Farmacêutica.
Referências
1. BRASIL. Ministério da Saúde. (2010); Da excepcionalidade às linhas de cuidado: O
Componente Especializado da Assistência farmacêutica.
2. Dellamora ECL, Caetano R, Osório-de-castro CGS. (2012); Ciênc. saúde coletiva.17(9)
Silva RCS (2000); [Mestrado] Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública
1359
ANÁLISE DO USO DE ANABOLIZANTES EM FREQUENTADORES DE
ACADEMIAS DO MUNICÍPIO DE SANTO ÂNGELO/RS
Daine Lutz¹;Tanise Savaris Schossler², Alana Mendoça³
¹Curso de Farmácia da Universidade Regional Integrada- URI- Santo Ângelo; ²
Professora do Curso de Farmácia da Universidade Regional Integrada- URI- Santo
Ângelo; ³Aluna do Curso de Farmácia da Universidade Regional Integrada- URI- Santo
Ângelo. Rua Universidade das Missões, 464, Santo Ângelo/RS, Brasil. Email:
[email protected]
Introdução: A crescente valorização do corpo faz com que jovens praticantes de
musculação, busquem alternativas rápidas. Dentre as alternativas, fazem parte os
hormônios esteroides anabolizantes, cujo seu consumo resulta em aumento da massa
muscular esquelética, e efeitos androgênios. Esses hormônios podem ser usados na
medicina para tratar algumas doenças, no entanto o consumo abusivo de esteroides
anabolizantes androgênios (EAA) podem causar sérios danos à saúde. Objetivo:
Analisar a prevalência do consumo de anabolizantes assim como verificar o perfil dos
indivíduos que frequentam as academias do centro do município de Santo Ângelo/RS.
Metodologia: Este estudo segue um modelo tipo transversal observacional prospectivo.
A população estudada foi composta por 2151, alunos de musculação frequentadores de
8 academias da cidade de Santo Ângelo/RS, sendo o número amostral composto por
327 alunos praticantes de musculação, sendo selecionados 29 alunos por academia para
aplicação do questionário. A pesquisa foi realizada através da aplicação de um
questionário, abordando questões abertas referentes ao uso de anabolizantes, uso de
medicamentos associados à prática de musculação e uso de suplementação alimentar.
Aos resultados foi realizada uma análise descritiva. Resultados: Dos 192 alunos de
musculação que responderam ao questionário, a maioria 65,0% (118/192) era do sexo
masculino, com idade média de 28,2 (±9,9) anos. A maioria dos alunos, 68,7%
(132/193), busca como objetivo da pratica física a melhora da saúde. Entre os
medicamentos utilizados para auxílio durante o treino, 18,3% (35/192) dos alunos usam
guaraná em pó, 17,2% (33/192) utilizam cafeína, 4,2% (8/132) utilizam testosterona,
3,6% (7/192) fazem uso do cloridrato de sibutramina, 3,6% (7/192) responderam fazer
uso do decanoato de nandrolona e 1% (2/192) fazem uso de femproporex, epinefrina e
oximetazolona. Dentre os efeitos colaterais mais apresentados salientam aparecimento
da acne em 8,8% (17/192), insônia em 8,3% (16/192) e euforia em 4,6%¨(8/192).
Conclusão: O presente trabalho mostra a necessidade de se adotar medidas de ordem
educativa, a fim de alertar os praticantes de atividade física quanto aos riscos do uso
indiscriminado de medicamentos, remédios e alimentos para auxílio das suas atividades
em academias.
Palavras-chave: Anabolizantes, Esportistas, Culto ao corpo.
Referencia:
CUNHA,T. S. CUNHA, N. S., MOURA, M. J. C. S., MARCONDES, F. K. Esteróides
anabólicos androgênicos e sua relação com a prática desportiva. Revista Brasileira
de Ciências Farmacêuticas. vol. 40, n. 2, p. 165-179, abr./jun., 2004;
1360
SILVA, P.R.P.; MACHADO JR, L.C; FIGUEIREDO, V.C.; CIOFFI, A.P.; PRESTES,
M.C.; CZEPIELEWSKI, M.A. Prevalência do uso de agentes anabólicos em
praticantes de musculação de Porto Alegre. Arq Bras Endocrinol Metab. Porto
Alegre, v. 51, p. 104-110, 2007.
1361
Evolução do número de intervenções farmacêuticas em hospital particular de
São Paulo
Giovana Roberta Zelezoglo1, Luciana Kaori Leite Agari Torraga1, Talita Muniz Maloni1, Celina
Setsuko Haga1, Fabio Teixeira Ferracini1, Wladimir Mendes Borges Filho1
1
Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil, Av. Albert Einstein, 627, email:
[email protected].
Objetivo: o farmacêutico clínico hospitalar tem um importante papel na promoção do uso correto
dos medicamentos e evita que erros atinjam o paciente internado (1,2). No Hospital Israelita Albert
Einstein, o serviço de farmácia clínica iniciou em 1999 e expandiu para todo o hospital em 2005. O
objetivo deste estudo é demonstrar a evolução do número de intervenções farmacêuticas de 2003 a
2014. Metodologia: estudo retrospectivo realizado em hospital particular geral de alta
complexidade. O farmacêutico clínico diariamente avalia a prescrição médica e registra as
intervenções relacionadas a medicamentos. A atuação do farmacêutico de 2003 a 2011 era através
da busca ativa e as intervenções eram contabilizadas através de e-mail para o coordenador que
compilava os dados e a partir de 2012 foi implantado o Sistema Evolução Farmacêutica, um sistema
eletrônico de apoio à decisão que classifica os pacientes por prioridade para avaliação do
farmacêutico e compila as intervenções registradas pelos farmacêuticos clínicos. O número de
intervenções apontados neste estudo foi coletado através do banco de dados gerado por este sistema
e também pelos dados registrados por e-mail para o coordenador. Resultados: o número de
intervenções registradas por ano foi: 1.706 em 2003, 2.577 em 2004, 6.399 em 2005, 16.971 em
2006, 22.357 em 2007, 25.369 em 2008, 25.655 em 2009, 30.727 em 2010, 35.429 em 2011, 41.844
em 20012, 38.369 em 2013 e 30.422 em 2014. Dentre as intervenções podemos destacar: problemas
de prescrição médica (dose, via, frequência, ilegibilidade), ajuste de acordo com a função renal,
tempo de tratamento de antibioticoterapia (profilático/terapêutico), inclusão de diluição de drogas
injetáveis e monitorização de drogas de baixo índice terapêutico. O aumento do número de
intervenções deve-se principalmente à expansão do serviço de farmácia clínica atingindo um maior
número de pacientes. Em 2014 houve uma queda do número de intervenções justificado por
problemas de recursos humanos, não houve tempo hábil para o farmacêutico registrar todas as
intervenções. Conclusão: o aumento do número de intervenções farmacêuticas demonstra a
importância da atuação do farmacêutico na promoção do uso racional de medicamentos e evita erros
que poderiam atingir o paciente, aumentando desta forma a segurança.
Palavras-chaves: Farmacêutico clínico, Intervenções, Farmácia clínica.
Referencias:
1.Bond CA, Raehl CL, Franke T. (2002); Pharmacoterapy. 22(2)
2.Scarsi KK, Fotis MA, Noskin GA. (2002); Am J Health Syst Pharm. 59(21):2089-92
1362
Itinerário terapêutico de pacientes pediátricos fibrocísticos
Gabriel Schneider Loss¹, Stella Pegoraro Alves² & Denise Bueno³
¹ Farmacêutico vinculado ao Grupo de Pesquisa em Assistência Farmacêutica, Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected];
² Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected];
³ Docente do Programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected].
RESUMO
Objetivo: Identificar o itinerário terapêutico de pacientes pediátricos com Fibrose Cística,
compreendendo o posicionamento desses pacientes nas Redes de Atenção à Saúde e o papel da
Assistência Farmacêutica no seu cuidado. Métodos: Estudo qualitativo realizado com 11
cuidadores de pacientes acompanhados no ambulatório de Pneumologia Pediátrica de um Hospital
Universitário no sul do Brasil, entre março e abril de 2015. Como instrumento utilizou-se
questionário semiestruturado, abordando facilidades e dificuldades na aquisição de medicamentos.
A interrupção da coleta de dados se deu pelo conceito de saturação teórica1,2, enquanto sua análise
foi realizada por análise temática3. Resultados: Foram identificados 5 eixos temáticos: (I)
descoberta da doença e início do itinerário terapêutico, que descreve os primeiros desafios
enfrentados pelos pacientes e cuidadores; (II) burocracia, política e sistema judiciário, elementos
indissociáveis da trajetória dos pacientes e cuidadores, em que o diálogo e as negociações tomam as
mais diversas formas; (III) assistência à saúde e as facilidades aparentes, que evidencia práticas
disruptivas do sistema formal, realizada por profissionais em diferentes etapas do itinerário; (IV)
interações sociais, que traz à luz as associações de pacientes, instâncias que materializam a luta
coletiva pelo direito à saúde e (V) percursos circulares e as falhas na comunicação, eixo que
demonstra a grande fragmentação no cuidado ao paciente fibrocístico. Conclusões: Percebe-se no
itinerário terapêutico desses pacientes o percurso circular entre o ambulatório, a farmácia pública do
estado e as associações de pacientes, as quais têm um papel marcante em suas vidas. Os desafios
impostos pela fibrose cística aos pacientes e cuidadores são acentuados pela desarticulação das
Redes de Atenção em Saúde – em parte representada pela dificuldade de interação entre os níveis de
atenção no SUS –, pela ineficiência da Assistência Farmacêutica e pela dificuldade de comunicação
dos profissionais de saúde com os pacientes. A atenção primária à saúde, preconizada como ponto
central e principal estratégia das Redes de Atenção à Saúde4,5, parece à margem dos itinerários
terapêuticos e assume funções pouco expressivas.
Palavras-chave: Assistência à saúde, Assistência farmacêutica, Redes de atenção em saúde,
Fibrose cística.
Referências
1. Fontanella BJB, Ricas J, Turato ER. Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em
saúde: contribuições teóricas. Cad Saude Publica. 2008; 24(1): 17-27.
2. Fontanella BJB, Luchesi BM, Saidel MGB, Ricas J, Turato ER, Melo DG. Amostragem em
pesquisas qualitativas: proposta de procedimentos para constatar saturação teórica. Cad Saude
Publica. 2011; 27(2): 389-94.
3. Gerhardt TE, Silveira DT. Métodos de pesquisa. Porto Alegre: UFRGS; 2009.
4. Organização Pan-Americana da Saúde. A atenção à saúde coordenada pela APS: construindo as
redes de atenção no SUS. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2011.
5. Lavras C. Atenção Primária à Saúde e a Organização de Redes Regionais de Atenção à Saúde no
Brasil. Saúde Soc. 2011; 20(4): 867-74.
1363
Proposta de implementação do serviço de dispensação orientada para idosos
hipertensos atendidos na farmácia da policlínica Dr.º Augusto Lemgruber no
município de Trajano de Moraes no estado do Rio de Janeiro
Lúcia Dutra Pinto Farcha1 & Liziene de Souza Arruda2
1
Policlínica Dr. Augusto Lemgruber,Trajano de Moraes, Rio de Janeiro, Brasil- farmacêutica
especialista em saúde do idoso; e-mail institucional: [email protected]
2
ENSP/FIOCRUZ, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil - farmacêutica, mestranda em Saúde
Pública; e-mail institucional: [email protected]
Introdução: A hipertensão arterial é a patologia de maior prevalência entre a população idosa e que
mais exige cuidado dos serviços de saúde. Nesse contexto, a maioria dos idosos hipertensos não faz
uso adequado dos medicamentos, devido aos fatores associados à adesão à terapia medicamentosa,
destacando-se entre eles: déficit visual, comprometimento cognitivo, prescrições ilegíveis e acesso
ao medicamento. Entretanto, diante desse fato, as atividades da farmácia da Policlínica Dr. Augusto
Lemgruber não são efetivas no atendimento destes usuários, pois são centradas mais para funções
técnicas administrativas do que para funções assistenciais. Sabendo que os idosos hipertensos são
mais suscetíveis as reações adversas e não adesão terapêutica medicamentosa, torna-se necessário
um serviço de dispensação voltado para orientação individualizada destes pacientes. Objetivo
Geral: Propor a implementação do serviço de dispensação orientada para idosos hipertensos na
Policlínica Dr. Augusto Lemgruber. Metodologia: Como metodologia será utilizada o plano de
intervenção que propõe elaborar a capacitação dos auxiliares de farmácia e organizar o serviço de
dispensação voltado para os idosos hipertensos da Policlínica Dr. Augusto Lemgruber. Resultados
Esperados: Espera-se que este projeto possa sensibilizar os gestores e a equipe de saúde sobre a
importância do papel do profissional farmacêutico na orientação do paciente sobre o uso correto de
medicamentos, a fim de melhorar os resultados farmacoterapêuticos no controle da hipertensão
arterial.
Conclusão: A proposta de intervenção que o projeto está propondo é uma oportunidade do
farmacêutico organizar o serviço da farmácia e colaborar com a equipe de saúde no cuidado do
idoso hipertenso e assegurar o uso correto de medicamentos pelo paciente.
Palavras-chave: Idoso hipertenso, Dispensação de medicamento, Adesão da terapia medicamentosa.
Referências:
1. ALVES, A. J. ALVES, L. K. PARTATA, A. K. (2010). Atuação do farmacêutico na promoção e
restauração da saúde de pacientes idosos que fazem uso de polimedicação. Revista Cientifica do
ITPAC.3(2),4-23.
2. MENESES, A. L. L. SA, M. L. B.(2010). Atenção Farmacêutica ao idoso: fundamentos e
propostas. Geriatria e Gerontologia. 4(3), 154-161.
3. GALATO, D. ALANO, G. M.; TRAUTHMAN, S. C. VIEIRA, A. C. (2008). A dispensação de
medicamentos: uma reflexão sobre o processo para prevenção, identificação e resolução de
problemas relacionados à farmacoterapia. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. 44 ( 3),
465-475.
1364
Intervenções farmacêuticas em neonatologia: foco no paciente crítico
Catarine Vitor Loureiro1,2; Elana Figueiredo Chaves3; Mylenne Borges Jácome Mascarenhas4;
Paulo Yuri Milen Firmino1,2 & Marta Maria de França Fonteles1,2,3.
1- Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Ceará,
Fortaleza-CE, Brasil.
2- Laboratório de Farmácia Clínica e Translacional, Departamento de Farmácia, Universidade
Federal do Ceará, Fortaleza-CE, Brasil.
3- Curso de Farmácia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE, Brasil.
4- Hospitais Universitários, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE, Brasil.
Objetivo: Descrever as intervenções farmacêuticas realizadas pelo farmacêutico clínico decorrentes
da identificação de resultados negativos associados aos medicamentos (RNM) durante o processo
de monitorização da farmacoterapia de recém-nascidos com extremo baixo peso. Método: Trata-se
de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa, realizado em unidade de terapia intensiva
neonatal de um hospital universitário de Fortaleza-CE, Brasil, no período de outubro de 2013 a
junho de 2014. A análise da farmacoterapia dos pacientes pelo farmacêutico clínico foi
desenvolvida por meio de consulta ao prontuário, prescrições e visitas à unidade neonatal,
permitindo a detecção RNM (classificados segundo o 3º Consenso de Granada), e descrição e
classificação das intervenções farmacêuticas realizadas (categorização conforme descrito por Farré
e colaboradores). O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da instituição onde foi desenvolvido.
Resultados: Foram monitorizados 33 neonatos com idade gestacional média de 26,7 semanas, peso
médio ao nascer 734,5g, sendo 54,5% do sexo feminino. Durante a monitorização da
farmacoterapia foram obsevados 37 resultados negativos associados aos medicamentos,
predominando a categoria “Indicação” (56,7%), seguida de “Efetividade” (29,8) e “Segurança”
(13,5%). A grande maioria dos RNM (91,9%) foi evitada e, em 8,1% dos casos, o problema já havia
se manifestado. Para todos os RNM foram realizadas intervenções farmacêuticas, predominando
aquelas relacionadas à “correção da contagem de dias de tratamento” e “correção da dose”.
Posteriormente, as intervenções foram agrupadas e classificadas, observando-se que a maioria
(67,6%) estava relacionada à categoria “Posologia”, seguida de “Medicamento não disponível no
guia farmacoterapêutico” (24,3%). Entre as intervenções, 89,2% foram realizadas junto a
profissionais médicos, 5,4% com farmacêuticos não-clínicos, e 5,4% com enfermeira, sendo
realizadas de forma verbal (100%), tendo aceitação de 86,5%. Conclusão: O presente estudo
evidenciou o papel do farmacêutico clínico na prevenção e resolução de resultados negativos
associados aos medicamentos por meio da realização de intervenções farmacêuticas junto à equipe
multiprofissional, contribuindo para a obtenção de uma farmacoterapia segura e eficaz.
Palavras-chave: recém-nascido, farmacoterapia, monitorização.
Referências:
1- COMITE DE CONSENSO GIAF-UGR, GIFAF-USE, GIF-UGR. (2007) Ars Pharmaceutica. 48
(1): 5-17.
2- FARRÉ RIBA R, CLOPÉS ESTELA A, SALA ESTEBAN MF, CASTRO CELS I, GÁMEZ
LECHUCA M, et al. (2000) Farmacia Hospitalaria. 24(3): 136-144.
1365
Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes transplantados
renais: análise dos desfechos clínicos.
Bruna Cristina Cardoso Martins¹, Ana Carolina de Souza e Silva2, Francisco Roberto
Pereira de Oliveira3, Rafaela Michele de Andrade Cavalcante3, Vanessa Pinto
Magalhães3, Lívia Falcão Lima3, Adriano Monteiro da Silva3, Liana Silveira Adriano1,
Daniele Braga Pimentel4, Paulo Yuri Milen Firmino1, Paula Frassinetti Castelo Branco
Camurça Fernandes5, Marta Maria de França Fonteles1,3
1
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do
Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil.
2
Programa de Residência Integrada em Saúde do Hospital de Messejana Carlos Alberto
Studart Gomes, Escola de Saúde Pública, Fortaleza, Ceará, Brasil
3
Programa de Residência Multiprofissional em Assistência à Saúde do Hospital
Universitário Walter Cantídio, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil.
4
Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil
5
Chefe do Serviço de Transplante Renal do Hospital Universitário Walter Cantídio,
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil
Objetivo:
O
presente
trabalho
objetivou
analisar
o
acompanhamento
farmacoterapêutico de pacientes transplantados renais considerando o desfecho clínico
após as intervenções realizadas pelo farmacêutico. Métodos: Trata-se de um estudo
descritivo com abordagem quantitativa, exploratório e retrospectivo realizado no
Ambulatório do Serviço de Transplante Renal de um hospital universitário
(Fortaleza/Ceará), no período de janeiro a dezembro/2013. Foram avaliados os registros
dos pacientes no Serviço de Atenção Farmacêutica. Os Problemas Relacionados aos
Medicamentos (PRM), Intervenções Farmacêuticas (IF) e Desfechos Clínicos foram
categorizados através da classificação utilizada pelo Serviço de Farmácia Clínica da
instituição do estudo. Os Resultados Negativos associados aos Medicamentos (RNM)
foram classificados conforme o Terceiro Consenso de Granada1. A avaliação do
impacto e significância das IF foi segundo o método de Farré Riba2. Aplicou-se os
testes de qui-quadrado e teste t (p<0,05). O número CAAE 05925513.2.1001.5054 da
aprovação no comitê de ética. Resultados: Analisou-se o acompanhamento
farmacoterapêutico de 109 pacientes transplantados renais atendidos pelo farmacêutico
clínico, no período do estudo, sendo o perfil: 51,4%(n=56) homens; 35%(n=38) doença
de base de causa indeterminada; média de idade 44,9 anos(±10,8) e maioria com nível
de escolaridade “ensino fundamental”. Foram identificados 113 PRM onde predominou
o paciente não possuir a quantidade de medicamento suficiente para continuação do
1366
tratamento(36,3%; n=41). Os RNM mais frequentes foram problema de saúde não
tratado(61,9%; n=70). Sendo realizadas 467 IF com predominância daquela referente a
“educar o paciente sobre o uso do medicamento”(77,5%; n=362). Em que
95,1%(n=444) das IF tiveram “impacto na eficácia”, pois permitiram uma melhor
utilização do medicamento pelo paciente com o intuito de alcançar os objetivos
terapêuticos planejados. Com a realização das IF, 85,8%(n=97) tiveram como desfecho
clínico o risco ou piora do problema de saúde relacionado ao medicamento “prevenido”
e 8,8%(n=10) “melhoram” do quadro clínico(p<0,05). Em relação a significância,
99,1%(n=463) das IF foram classificadas como apropriadas para a situação clínica do
paciente, sendo 90,4%(n=422) “significativas” por gerarem uma melhora da assistência
prestada(p<0,05). Conclusão: Nossos achados demonstram que os pacientes
transplantados renais sob acompanhamento farmacoterapêutico, após a realização das IF
tiveram os resultados negativos evitados e minimizados, e melhora dos problemas de
saúde associados à farmacoterapia do transplante.
Palavras-chave:
Transplante
Renal,
Farmacêutico
Clínico,
Acompanhamento
Farmacoterapêutico, Desfecho Clínico.
Referências
1.
COMITÊ DE CONSENSO. (2007); Tercer consenso de Granada sobre
problemas relacionados con medicamentos y resultados negativos asociados a la
medicación. Ars Pharm., 48 (1): 5-17.
2.
Farré Riba R, Estela AC, Esteban MLS, Cels IC, Lechuga MG, Sánchez, SL,
Sanz RT, Aranda GA, Álvarez FC, Peláez MG, Arcusa OM, Soler GS, Mazó MS.
(2000); Intervenciones Farmacêuticas (parte I): Metodología y Evaluación. Farm Hosp,
Espanha, 24 (3): 136-44.
1367
Atuação do farmacêutico clínico na visita multidisciplinar nas unidades de
cuidados intensivos e semi-intensivos
João Severino da Silva1, Cassio Massashi Mancio1, Fabricia Aparecida de Lima Alves1, Celina
Setsuko Haga1, Andrea Mendes Rodrugues Pereira1, Carolina Roberta Tachira1 ,Fabio Teixeira
Ferracini1, Wladimir Mendes Borges Filho1
1
Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil, Av. Albert Einstein, 627, email: joao
[email protected].
Objetivos: a formação das equipes multidisciplinares composta por médicos, enfermeiros,
fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos e farmacêuticos contribui para melhor
atender as necessidades do paciente internado. No Hospital Israelita Abert Einstein visando
aumentar a segurança do paciente é realizada a visita multidisciplinar diária. A visita é focada nos
problemas atuais do paciente e cada profissional pode contribuir com sugestões de acordo com a
sua especialidade.O farmacêutico clínico é o profissional responsável por avaliar a prescrição
médica e fornecer informações relacionadas a medicamentos que auxiliam a equipe médica e de
enfermagem no uso racional de medicamentos. As principais atividades são: verificação de dose,
frequência, via de administração, aprazamento, diluição, velocidade de infusão, duração do
tratamento dos antibióticos com indicação terapêutica ou profilática, interações medicamentosas,
compatibilidade, possibilidade de substituição de medicamentos endovenosos por via oral,
indicação de profilaxia para gastrite e tromboembolismo venoso, alergias, reações adversas,
legibilidade, ajustes de drogas de acordo com a função renal de acordo com os exames laboratoriais
e reconciliação medicamentosa. Este estudo tem o objetivo de quantificar a adesão às sugestões
realizadas pelo farmacêutico clínico durante a visita multiprofissional. Métodos: as visitas foram
realizadas diariamente, os pacientes foram escolhidos de acordo com complexidade e o
farmacêutico clínico participou e fez sugestões à equipe médica e de enfermagem em relação à
terapia medicamentosa. O período das visitas considerado foi de outubro de 2014 a janeiro de 2015.
As visitas multidisciplinares foram conduzidas pelo médico, os problemas ativos dos pacientes
foram discutidos e cada profissional fez sugestões que poderiam ser aceitas ou não. Resultados: no
período de outubro de 2014 a janeiro de 2015 foram realizadas 153 visitas multidisciplinares. O
farmacêutico clínico fez 169 sugestões em relação à terapia medicamentosa, foram aceitas 155
(91,7%) e não aceitas 14 (8,3%). Conclusão: a participação do farmacêutico clínico em visitas
multidisciplinares demonstrou aumentar a segurança e o uso racional de medicamentos,
demonstrado pelo número de intervenções aceita pela equipe.
Palavras-chaves: Visita multiprofissional, Intervenções farmacêuticas, Farmacia clínica.
1368
Numero de sugestões feitas pelo farmacêutico e aceitas ou não
pela equipe
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Sugestões Aceitas
Sugestões Não Aceitas
Tipos de Intervenções.
11=7%
Profilaxia TVP
12=7%
Profilaxia Gástrica
34=20%
21=12%
12=7%
8=5%
11=7%
9=5%
10=6%
41=24%
Reconciliação
Medicamentosa
Ajuste de droga X função
renal
Diluiçãom e tempo de infusão
Via endovenosa X Via oral
Ajuste de droga X Exames
Lab.
Interação Medicamentosa
Via Administração Sonda
1369
Centro de Informações sobre Medicamentos e a Segurança do Paciente: análise
de solicitações de informações relacionados a erros de medicação
Bruno Simas da Rocha1, Tatiana Von Diemen¹, Fernanda Rossatto Machado¹, Dreicy Glassmann¹
& Jacqueline Kohut Martinbiancho1
1
Centro de Informações sobre Medicamentos - Seção de Farmácia Clínica – Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]
Objetivo: O Centro de Informações sobre medicamentos (CIM) auxilia os profissionais de saúde
em questões referentes aos medicamentos1, muitas vezes atendendo a solicitações envolvendo erros
de medicação2. Erros de medicação são definidos como evento evitável que pode ocasionar dano ao
paciente ou levar ao uso inadequado de medicamentos, podendo estar relacionados à prática
profissional, procedimentos e sistema de saúde3. O objetivo do estudo foi avaliar o perfil das
solicitações realizadas a um CIM, envolvendo erros de medicação.
Metodologia: Estudo descritivo transversal, em que foram avaliadas as solicitações de informações
envolvendo erros de medicação em um CIM de Hospital Terciário Universitário, no período de
junho de 2014 a junho de 2015. Os erros de medicação foram classificados com a gravidade de
acordo com o National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention3 e
conforme local do erro4.
Resultados: Foram atendidas 2161 solicitações no período de estudo, e destas, 48 (2,22%)
envolviam erros de medicação. Com relação ao perfil do solicitante, 58,3% eram farmacêuticos,
14,6% enfermeiros e 14,6% técnicos de enfermagem. As unidades mais frequentes dos solicitantes
foram do serviço de farmácia: área de Logística e Produção de medicamentos (45,8%) e Farmácia
clínica (14,6%). As unidades de internação mais prevalentes foram as intensivas (8,3%), internação
clínica, cirúrgica, pediatria e emergência (4,2% cada). O local de detecção do erro mais frequente
foi em prescrição (39,6%), seguido da conservação/armazenamento (33,3%), preparo (14,6%) e
administração de medicamentos (12,5%). Quanto à gravidade do erro 58,3% foi do tipo B (Erro que
não atingiu o paciente), 29,2% tipo A (Circunstâncias com capacidade de causar erros), 6,3% tipo C
(Erro que atingiu o paciente, sem causar dano) e 6,3% tipo E (Erro que pode ter contribuído em
dano temporário ao paciente e necessitou intervenção).
Conclusão: Do total de solicitações atendidas no período do estudo, pode-se observar que poucas
foram relacionadas a erro de medicação, a maioria de eventos menos graves e relacionados à
prescrição e conservação de medicamentos. Os CIM podem detectar e intervir nos erros de
medicação, e identificar o perfil destes erros pode auxiliar na elaboração de estratégias visando à
redução de erros de medicação.
Keywords: Serviços de Informação sobre Medicamentos, Segurança do Paciente, Erros de
Medicação.
References:
1. Santos L et al. (2011). Rev. HCPA & Fac. Med. Univ. Fed. Rio Gd. do Sul 31(4): 437-442.
2. Santos L et al. (2014). Pharm Pract (Granada) 13(1): 524
3. National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention (NCCMERP).
About medication errors.
4. American Society of Health-System Pharmacists (ASHP) (1993). Am J Hosp Pharm. 50(2):305314.
1370
Unidade de Cuidados Farmacêuticos e as ações de educação em saúde voltadas
aos hipertensos
José Barbosa Oliveira Filho1, Bruna Esmeraldo Oliveira1, Bruna Feitosa Cavalcante1, Luiziane
Cavalcante Costa Fernandes1, Kézia Nobre Bezerra1, Aliny Oliveira Brito1, Mariana Maia Martins
Evangelista1, Daniel Teixeira Lima2, Luzia Izabel Mesquita Moreira1, Marta Maria de França
Fonteles1 & Ângela Maria de Souza Ponciano1*
1
Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica (CEATENF), Departamento de Farmácia,
Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza/Ce, Brasil
2
Farmácia Universitária, Farmácia Escola/UFC, Fortaleza/Ce, Brasil
*E-mail: [email protected]; [email protected]
Objetivos: Relatar as ações estratégicas de educação em saúde voltadas aos hipertensos, as quais
são promovidas pela Unidade de Cuidados Farmacêuticos (UCF) da Farmácia Universitária (FU) da
Universidade Federal do Ceará (UFC). Materiais e métodos: A UCF realiza, anualmente, um
evento, denominado ‘Dia D de controle da hipertensão’, em alusão ao Dia Nacional de Prevenção e
Combate à Hipertensão Arterial (HAS), que é comemorado, no dia 26 de abril. Neste contexto, são
realizadas atividades de aferição da pressão arterial (PA), orientações farmacêuticas sobre antihipertensivos e palestras sobre cuidados no uso dos medicamentos, bem como a divulgação das
atividades assistenciais e clínicas ofertadas pela referida UCF, como a dispensação de
especialidades farmacêuticas e medicamentos manipulados e o acompanhamento
farmacoterapêutico (AFT). Antes de cada evento foi realizada divulgação no Campus de Saúde do
Porangabussu/UFC, especialmente no Ambulatório de Cardiologia do Hospital Universitário Walter
Cantídio e no Restaurante Universitário, por meio de panfletos e faixas. Resultados: Desde o
funcionamento da UCF, iniciado em 2010, foram realizadas 4 campanhas, sendo aferida a PA de
151 pessoas, dentre estudantes, funcionários, pacientes dos demais serviços de saúde integrados à
UFC e moradores do entorno do Campus, dos quais 43 apresentaram, nesse momento, níveis
pressóricos fora da meta terapêuticapreconizada1. Após a aferição da PA, foi realizado o
rastreamento dos participantes que apresentaram a PA ≥ 140/90 mmHg, os quais receberam
orientações iniciais sobre a HAS e seu tratamento, sendo aconselhados a procurar atendimento
médico para possível diagnóstico e tratamento e, após essa fase, possibilitar seu atendimento na
UCF. Para aqueles que já tinham o diagnóstico da HAS, foram coletados os dados (nome e telefone)
e realizada comunicação para agendar o início do AFT. Desde então, a UCF fez a captação de 23
hipertensos para o AFT através das campanhas. Conclusões: Os resultados evidenciam a
importância da atuação do farmacêutico em estratégias educativas, que contribuam para o
rastreamento em saúdee oportunizem a detecção e tratamento precoce da HAS, bem como para a
promoção da saúde através de ações voltadas ao uso racional de medicamentos, melhora da adesão
ao tratamento e da qualidade de vida dos hipertensos2.
Palavras-chave: Hipertensão,Educação em saúde,Farmácia comunitária
Agradecimentos: CEATENF/UFC, Farmácia Escola/UFC, PREX/UFC, INCT-IF
Referências:
1. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq.Bras.Cardiol. [Internet]. 2010 [cited 2015 Aug
25] ; 95( 1 Suppl 1 ): I-III. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2010001700001&lng=en.
http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2010001700001.
1371
2. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. (2014) Consulta Pública nº 2/2014. Serviços
farmacêuticos: contextualização e arcabouço conceitual. Programa de suporte ao cuidado
farmacêutico na atenção à saúde – ProFar. Disponível em:
<http://www.cff.org.br/userfiles/file/pdf/Servi%C3%A7os%20farmac%C3%AAuticos%20contextu
aliza%C3%A7%C3%A3o%20e%20arcabou%C3%A7o.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2015.
1372
A importância da atuação da Comissão de Farmácia e Terapêutica frente à
prescrição de medicamentos não padronizados na REMUME no município de
Cantagalo no Estado do Rio de Janeiro.
Lúcia Dutra Pinto Farcha1 , Afrânio Gomes Pinto2 & Leila Maria Freitas3
1
Secretaria de Saúde, Cantagalo, Rio de Janeiro, Brasil-farmacêutica especialista em saúde do
idoso; e-mail institucional: [email protected]
2
Secretaria de Saúde, Cantagalo, Rio de Janeiro, Brasil-médico, mestre em saúde pública; e-mail
institucional: afrâ[email protected]
3
Secretaria de Saúde, Cantagalo, Rio de Janeiro, Brasil-assistente social especialista em saúde do
idoso; e-mail institucional: [email protected]
Introdução: O trabalho descreve a padronização da REMUME e o processo de autorização de
medicamentos pela Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) no âmbito da Atenção Básica
frente a prescrição de medicamentos não padronizados, através de um fluxo de atendimento que
compreende as análises dos termos de justificativas de solicitação, de envio de cartas aos
prescritores para reavaliação da prescrição e para descrição da situação clínica do paciente após 6
meses do uso da medicação autorizada. Trata-se de uma ação pública que abrange 08 Unidades
de Saúde de Atenção Básica no Município, com uma população total estimada de
aproximadamente 19.830 habitantes. Dessa forma, sabe-se que além da seleção de
medicamentos, cabe a CFT a elaboração e implementação de medidas para racionalizar o uso dos
medicamentos. Objetivo Geral: Nesse contexto, o objetivo é mostrar a importância do trabalho
da Comissão no acesso supervisionado ao medicamento no atendimento a população com
necessidade clínica específica e no impacto dos pedidos de medicamentos por meio judicial.
Metodologia: Para elaboração desse trabalho realizou-se primeiramente uma busca ativa das
quantidades de usuários com justificativas enviadas para Comissão e de usuários atendidos por
solicitação judicial, seguindo da elaboração de uma planilha especificando o número de
autorizações e de cartas aos prescritores referente ao período de novembro de 2014 a julho de
2015. Resultados: Os dados coletados compreendem um quantitativo de 47 usuários atendidos
por demanda judicial, de 168 usuários com justificativas de solicitação de autorização, 114 cartas
enviadas aos prescritores por parte da Comissão e 98 usuários com autorizações nos 9 meses de
trabalho, ou seja uma média mensal de 10,88 usuários atendidos por meio de justificativas.
Conclusão: É fato que nem sempre a adesão aos medicamentos padronizados é imediata pelos
prescritores, havendo mesmo resistência na compreensão de sua função. Portanto, o trabalho
realizado pela Comissão contribui para uma assistência farmacêutica integral de qualidade,
permitindo o acesso racional aos medicamentos não padronizados em casos justificados, a
educação continuada visando uma maior adesão dos profissionais de saúde à REMUME e
acompanhamento dos recursos financeiros aplicados.
Palavras-chave: Comissão de Farmácia e Terapêutica, Termos de justificativas de solicitação,
Cartas aos prescritores.
Referências
1- Magarinos-Torres, R, Pepe, VLE, Osorio-de-Castro, C GC. (2013). Estruturação da
assistência farmacêutica: plano de ação para a seleção de medicamentos essenciais. Cadernos de
Saúde Coletiva, 21(2), 188-6
1373
2- Lopes, N, Frias, L. (2014). A política pública de medicamentos e sua judicialização. Caderno
de Estudos Interdisciplinares. 1(1), 27-41
3- Merisio, A, Kleba, ME, da Silva, NC, Kovaleski, DF. (2012). A aquisição de medicamentos
para o Sistema Único de Saúde em municípios de pequeno porte do Estado de Santa
Catarina. Rev. Bras. Farm, 93(2), 173-8
1374
Pacientes com déficit de atenção com/sem hiperatividade, em uso de
metilfenidato, e seus cuidadores: características sociodemográficas e clínicas
Sheilla Alessandra Ferreira Fernandes1, Mariana Maia Martins Evangelista3, José Márcio Batista,2
Mirian Parente Monteiro2,3, Tereza Maria de Jesus Ponte Carvalho2,3 & Marta Maria de França
Fonteles. 1,2,3
1
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Ceará, UFC.
2
Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos,
UFC.
3
Curso de Farmácia, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do
Ceará, UFC, Fortaleza - CE, Brasil, Rua Capitão Francisco Pedro, 1210, Rodolfo Teófilo, CEP:
60430-370.
Objetivos: Delinear o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes com transtorno de déficit de
atenção com ou sem hiperatividade (TDAH) em uso de metilfenidato, e de seus cuidadores.
Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, descritivo, longitudinal, realizado no Centro de
Especialidades Médicas José de Alencar , em Fortaleza - CE, durante o período de dezembro de
2013 a novembro de 2014. A amostra foi constituída por 54 pacientes com TDAH, sob tratamento
com metilfenidato, idade 6 a 18 anos, ambos os sexos. O principal instrumento da coleta de dados
foi formulário estruturado, contendo questões referentes a aspectos sociodemográficos,
socioeconômicos e clínicos. A análise dos dados foi feita utilizando o Epi Info 3.5.2. e a pesquisa
foi aprovada pelo Comitê de Ética sob parecer nº 401.208. Resultados: A maioria dos pacientes era
do sexo masculino (86,27%), apresentando família com renda inferior a dois salários mínimos
(72,55%) e tempo de diagnóstico para o TDAH inferior a um ano (56,86%). Observou-se a
predominância de indivíduos com subtipo combinado (56,76%) e a principal comorbidade relatada
foi o Transtorno Opositor Desafiador TOD (32,44%).Quanto aos cuidadores, 92,16% eram
mulheres, sendo que dentre as doenças mais presentes na família, destacou-se a hipertensão e
depressão. Conclusão: Nossos resultados forneceram subsídios para o desenvolvimento do
Acompanhamento Farmacoterapêutico das crianças e dos seus cuidadores, atentando para suas
características biopsicossociais.
Palavras-chave: TDAH, Metilfenidato, Perfil Sociodemográfico.
Referências:
1. Biederman J, Milberger S, Faraone SV, Kiely K, Guite J, Mick E, Ablon S, Warburton R, Reed E.
(1995): Arch Gen Psychiatry. 52:464-70
2. Hanwella R, Senanayake M, De Silva V. (2011): BMC psychiatry. 11(1):176
1375
Problemas Farmacoterapêuticos identificados em pacientes com TDAH sob uso
de metilfenidato, atendidos em centro de especialidades do nordeste brasileiro
Sheilla Alessandra Ferreira Fernandes1. Mariana Maia Martins Evangelista3. José Márcio Batista.2
Mirian Parente Monteiro2,3. Tereza Maria de Jesus Ponte Carvalho2,3& Marta Maria de França
Fonteles. 1,2,3
1
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Ceará, UFC.
2
Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos,
UFC.
3
Curso de Farmácia, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do
Ceará, UFC, Fortaleza - CE, Brasil, Rua Capitão Francisco Pedro, 1210, Rodolfo Teófilo, CEP:
60430-370.
Objetivo: Descrever os problemas farmacoterapêuticos identificados durante o acompanhamento
de pacientes com Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDAH), em uso de metilfenidato,
cadastrados no Centro de Especialidades Médicas José de Alencar, município de Fortaleza – CE.
Metodologia: O estudo observacional, descritivo, longitudinal, do tipo “follow up” foi realizado de
dezembro/2013 a novembro/2014, após aprovação no comitê de ética em pesquisa (parecer nº
401.208). A amostra foi constituída por 54 pacientes com TDAH, usuários de metilfenidato, com
idade entre 6 e 18 anos, de ambos os sexos. Os problemas farmacoterapêuticos (PF) foram
classificados conforme o 2º Consenso de Granada e analisados através do programa Epi Info 3.5.2.
Resultados: Na população estudada, observou-se a predominância de politerapia. Um total de 74
PF foi detectado, sendo a maioria relacionado a problemas de segurança dos medicamentos (n=49;
66,21%), seguido de problemas de efetividade (n=16; 21,62%). As reações adversas foram
predominantes durante o tratamento dos pacientes, destacando-se insônia (19,15%) e perda de
apetite (19,15%). Problemas envolvendo interações medicamentosas também foram registrados.
Conclusão: Nossos achados demonstram que no processo de cuidado farmacêutico ao paciente com
TDAH, aspectos relacionados à segurança no uso da farmacoterapia devem ser atentados, uma vez
que vários registros de reações adversas, que podem ter sido intensificadas pela presença da
politerapia foram observados.
Palavras-chave: Metilfenidato, TDAH, Problemas Farmacoterapêuticos
Agradecimentos: CNPq, SESA/CELAF/Ceará
Referências:
1. Palomino MD, Martín-Calero MJ. (2013): Pharm care Esp.147-56
2. Consensus Commitee. (2002): Ars Pharm. 43
3. Pastura G, Mattos P. (2004): Rev Psiq clin. 31(2): 100-4
1376
Atuação do farmacêutico contribui para o uso racional de albumina humana em
hospital de grande porte
Alessandra Pisciotta Kumasaka¹, Fábio Teixeira Ferracini², Gabriela Costa da Silva¹, Gláucia Maria
Rossi¹, Jacó Tavares de Aguiar¹, Kyung Man Kim¹, Ricardo Jordão da Silva¹ & Wladimir Mendes
Borges Filho³
1. Farmacêutico Clínico; 2. Coordenador Farmácia Clínica; 3. Gerente Farmácia;
Hospital Albert Einstein, São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected].
Objetivo: O trabalho tem como objetivo evidenciar a atuação do farmacêutico na redução das
prescrições de albumina com indicação não fundamentada na instituição conforme a Resolução
RDC nº 115 de 10 de maio de 2004 dentro do período de 2006 até junho de 2015. Metodologia: Foi
realizado um levantamento das indicações das prescrições de albumina de acordo com a RDC nº
115 onde são classificadas como: formal, discutível ou não fundamentada. A partir dos resultados
foi desenvolvido um projeto de atuação do farmacêutico clínico que, após apoio da Diretoria de
Prática Médica e extensa divulgação em fóruns, se tornou uma rotina de acompanhamento das
prescrições de albumina. O farmacêutico clínico aborda o médico quando a prescrição da albumina
possui indicação não fundamentada com a finalidade da suspensão do medicamento. As
informações coletadas são utilizadas como instrumento de avaliação de desempenho do corpo
clínico da Instituição. Resultados: No ano de 2006, quando a coleta de dados foi iniciada, houve
uma participação de 26 prescrições com taxa de adesão de 57,69%. Nos anos seguintes, de 2007 a
2010, a adesão aumentou ano a ano, chegando à participação de 526 prescrições e adesão de
98,10% em 2010, quando foi verificada a maior taxa de adesão dentro do levantamento. Entre 2011
e 2014, a adesão se manteve com uma média de 95,52%, porém com uma participação crescente,
com um aumento de 237 prescrições com relação de 2014 a 2011. O ano de 2015, até junho, já tem
participação de 476 prescrições, o que representa 57% da participação do ano anterior inteiro, sendo
que a adesão se mantém na média (95,52%). Conclusão: A diminuição de prescrições de albumina
não fundamentada e o aumento de participações no protocolo de albumina evidenciam o benefício
do serviço do farmacêutico clínico, oferecendo maior segurança ao paciente e economia ao hospital.
Palavras-chave: Albumina, Farmacêutico, Hospital
Referências:
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC
nº 115, de 10 de maio de 2004. Aprova as Diretrizes para o uso de Albumina. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 11 maio 2004. Disponível em:
<http://redsang.ial.sp.gov.br/site/docs_leis/rs/rs12.pdf>. Acesso em: 20 ago 2015.
1377
Influência do acompanhamento farmacoterapêutico na adesão dos pacientes ao
tratamento anti-hipertensivoem Farmácia Comunitária
Paulo Andrei Milen Firmino1, Ângela Maria de Souza Ponciano1*, José Barbosa de Oliveira Filho1,
Bruna Esmeraldo Oliveira1, Tiago Nunes Cavalcante2, Cristiani Lopes Capistrano Gonçalves de
Oliveira2 & Marta Maria de França Fonteles1
1
Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica (CEATENF), Departamento de Farmácia,
Universidade Federal do Ceará, Brasil (UFC), Fortaleza/Ce, Brasil
2
Farmácia Universitária, Farmácia Escola/UFC, Fortaleza/Ce, Brasil
*E-mail: [email protected]; [email protected]
Objetivo: O trabalho objetivou avaliar a influência do acompanhamento farmacoterapêutico (AFT)
sobre a adesão dos pacientes acompanhados em Farmácia Universitária de Fortaleza, Ceará. Para
tanto, utilizou-se questionário sobre medidas de adesão ao tratamento (MAT) e valores da pressão
arterial (PA)1,2. Materiais e métodos: A captação dos pacientes foi feita no período de Outubro de
2011 a Março de 2012, com acompanhamento individual durante nove meses através do Método
Dáder3. Os dados foram coletados utilizando uma ficha farmacoterapêutica e analisados em
programa SPSS 17.0, atribuindo, nas análises comparativas, o valor de significância de p<0,05.
Resultados: Foram cadastrados 66 pacientes no estudo, nos quais prevaleceu o gênero feminino
(77,3 %); 31,8% tinham idade entre 60 e 69 anos; 37,8% apresentaram baixa escolaridade e renda
individual, em geral, de 1-2 salários mínimos. A maioria dos pacientes apresentou mais de uma
comorbidade (56,1%, n=37), afora a hipertensão; assim,a maioria dos pacientes era polimedicado.
Somente 50 pacientes participaram da análise da adesão ao tratamento. No início do AFT, a média
obtida pelos pacientes no questionário de MAT foi de 5,01, e 66% dos pacientes foram
considerados ‘aderentes’. Após os nove meses de acompanhamento, a média do questionário
aumentou para 5,38 (p<0,01), e 88% dos pacientes foram considerados ‘aderentes’ (p=0,007).
Analisando o controle da PA, houve uma melhora ao final do AFT dos valores, tanto da PA
sistólica quanto da diastólica, mas somente na pressão diastólica observou-se uma redução
estatisticamente significante (p=0,017). Constatou-se que 54% dos pacientes apresentaram-se
dentro da meta terapêutica (PA<140/90 mmHg) ao final do AFT (p=0,031). Foram identificados
283 problemas relacionados a medicamentos, dos quais 74,6% desses foram resolvidos através de
intervenções farmacêuticas (IF). Foram sugeridas 466 IF, das quais 80,7% foram realizadas,
prevalecendo aquelas relacionadas à educação do paciente quanto à farmacoterapia. Conclusão:
Nossos achados sugerem que o AFT pode influenciar positivamente no processo de adesão ao
tratamento da população estudada, tendo como base as mudanças significativas ocorridas que
favoreceram, inclusive, o alcance da meta terapêutica.
Palavras-chave: Acompanhamento Farmacoterapêutico, Adesão ao tratamento, Hipertensão
Agradecimentos: CEATENF, Farmácia Escola/UFC, Capes
Referências:
1. OrganizaçãoPan-Americana da Saúde (OPAS). Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica proposta. Brasília, DF: OPAS; 2002.
2. Delgado AB, Lima ML. Contributo para a validação concorrente de uma medida de adesão aos
tratamentos. Psicologia, Saúde e Doenças 2001II81-100. Disponível em:
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=36220206. Acesso em: 25/agosto/2015.
3. Dáder, MJF, Muñoz, PAS, Martínez, FM. Atenção Farmacêutica: conceitos, processos e casos
práticos (tradução). São Paulo: RCN Editora, 2008.
1378
Intervenções farmacêuticas no manejo de pacientes com câncer de próstata:
experiência da Farmácia Universitária da USP
Patricia Melo Aguiar1, Ana Luiza Pereira Moreira Mori1, Maria Goretti Farias de Lima1, Magali da
Silva Pacheco Nobre Rossi1, Ana Lúcia Mendes Lopes2, Teresa Cristina Manrique Coan2, Lucy
Christine Maeda Hirata2, Karina Oliveira Fatel3, Oscar Eduardo Hidetoshi Fugita2, Maria Aparecida
Nicoletti1, Sílvia Storpirtis1
1
Farmácia Universitária, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São
Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]; 2Hospital Universitário, Universidade de São Paulo, São
Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]; 3Departamenro de Assistência Farmacêutica, Secretaria
de Estado da Saúde de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]
Descrição do estudo
Objetivo: Mapear os resultados negativos associados aos medicamentos (RNM), as intervenções
realizadas pelo farmacêutico e a aceitação dessas intervenções pelo médico. Metodologia: Está sendo
realizado um estudo do tipo “antes e depois” na Farmácia Universitária da USP (FARMUSP). Foram
incluídos pacientes com diagnóstico de câncer de próstata persistente ou recorrente, em atendimento
ambulatorial no Hospital Universitário da USP (HU-USP) e que realizam solicitação administrativa
de gosserrelina e/ou ciproterona junto à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Após o
recrutamento pela equipe médica do HU-USP, os pacientes são encaminhados para a FARMUSP,
local em que ocorre a dispensação mensal dos medicamentos oncológicos e o acompanhamento
farmacoterapêutico. Durante as consultas, o farmacêutico realiza intervenções com o objetivo de
resolver ou prevenir RNM nos pacientes, sendo as possíveis causas e soluções discutidas com a
equipe de saúde e/ou pacientes. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do HU-USP (nº CAAE
27656514.9.0000.0076). Resultados: Até o presente momento, 20 pacientes estão participando deste
estudo. A idade média foi de 76,6 anos (± 8,5) e o número total de medicamentos prescritos por
paciente foi de 5,6 (± 3,6). A maioria dos pacientes utilizou somente um medicamento para o
tratamento do câncer de próstata, destacando-se a gosserrelina (11; 55%). Um total de 116 RNM
foram documentados e 16 pacientes apresentam ao menos um RNM. Os RNM mais frequentes foram
fadiga (10%), mastalgia (7%) e disfunção erétil (6%); e foram ocasionados, sobretudo, pela presença
de RAM (85;73%) e uso do medicamento em menor dose ou frequência recomendada (18;16%). A
maioria das intervenções para resolver os RNM foi acordada diretamente com o paciente e envolvia
a orientação sobre uso dos medicamentos, ajuste no horário de tomada dos medicamentos e orientação
educativa em saúde. O médico foi contatado quando houve a necessidade de ajustes na
farmacoterapia, sendo que 90,6% das recomendações realizadas pelo farmacêutico foram aceitas.
Conclusões: As intervenções do farmacêutico foram especialmente direcionadas para instruir o
paciente sobre o uso correto dos medicamentos e houve alta taxa de aceitação da intervenção pelo
médico. O trabalho multidisciplinar colaborativo foi fundamental para a resolução e prevenção dos
RNM.
Palavras-chave: Atenção Farmacêutica; Neoplasias da Próstata; Equipe Interdisciplinar de Saúde.
Agradecimentos
À Fapesp-PPSUS pelo apoio financeiro.
Referências:
1. Hepler C, Strand L. (1990); Am J Hosp Pharm. 47:533-43
2. Liekweg A, Westfeld M, Jaehde U. (2004); Support Care Cancer. 12:73-79
3. Holle LM, Puri S, Clement JM. (2015) ; J Oncol Pharm Pract. Apr 21. pii: 1078155215581524
1379
Uso Racional de Antimicrobianos Profiláticos
Alessandra Pisciotta Kumasaka¹, Luciana Kaori Leite Agari Torraga2, Noele Hattori da Silva3,
Tatiana Aporta Marins4, Fabio Teixeira Ferracini5 & Wladimir Mendes Borges Filho6.
12 3456
Hospital Albert Einstein, São Paulo, Brasil, Avenida Albert Einstein, 627
Objetivo: Identificar as prescrições médicas de antimicrobianos profiláticos e
verificar a aderência da equipe médica com relação à suspensão adequada do
antimicrobiano, visando seu uso racional. Metodologia: Avaliação das prescrições de
antimicrobianos profiláticos de cirurgias eletivas no período de 2006 à 2014 em um
hospital de grande porte. O farmacêutico clínico avaliou a prescrição médica quanto à
dose, via e frequência dos medicamentos e identificou a presença de antimicrobiano
profilático com indicação cirúrgica. Após a identificação, o farmacêutico
acompanhou a suspensão pós-cirúrgica do antimicrobiano em tempo adequado (até
48h conforme rotina gerenciada institucional), classificando os resultados das
avaliações em duas vertentes: suspensão adequada e suspensão não adequada.
Resultados: No período de coleta foram identificadas 49.428 prescrições de
antimicrobianos profiláticos. Em 2006 foram identificadas como suspensão adequada
61.14% das 314 prescrições avaliadas, enquanto que em 2014, de um total de 10.149
prescrições avaliadas, 74,61% foram registradas como suspensão adequada. O
levantamento permite considerar que houve uma evolução na adequação da
suspensão e um aumento do número das prescrições avaliadas. Conclusão: Pode-se
observar o aumento da avaliação farmacêutica e adesão à rotina gerenciada pela
equipe médica no decorrer do período estudado. Este fato pode ser atribuído ao maior
conhecimento da equipe medica sobre a rotina gerenciada e acompanhamento com
relação à adesão individual de cada profissional. O seguimento de protocolos
gerenciados garante a eficácia, uso racional de antimicrobianos e contribui para a
prevenção da resistência bacteriana. A prática da prescrição com correta indicação,
dosagem, diluição, tempo de infusão, via de administração e duração de um
antimicrobiano profilático proporciona o sucesso clinico, além de reduzir o impacto
de resistência bacteriana. A atuação multidisciplinar em rotinas gerenciadas contribui
com a qualidade do serviço prestado à saúde do paciente e a sociedade.
Palavras-chave: antimicrobiano profilático, profilaxia cirurgica, resistência antimicrobiana.
Referências Bibliográficas:
MOTA L. M. (2010); Uso racional de Antimicrobiano. Medicina. 43 (2): 164-72
FERRACINI, F.T.;BORGES FILHO, W.M.;DE ALMEIDA, S.M. Atenção a prescrição médica.
Ed. Atheneu, 2014.
1380
A terapêutica farmacológica de pacientes atendidos em um centro de
atendimento especializado: conhecimentos e práticas
Hortênsia Coutinho da Rocha1, Letícia Gonçalves Oliveira1, Jeane Silva Borges1,
Daniele Baracho de Cerqueira1, Mayara Ramos de Vasconcelos1& Thais Rodrigues
Penaforte1
Faculdade de Farmácia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil.
[email protected]
Palavras-chave: assistência farmacêutica; medicamentos; adesão ao tratamento; uso
racional de medicamentos.
Introdução: A função informativa e educativa da dispensação, é uma peça chave na
cadeia da assistência à saúde. Este aconselhamento propicia a criação de um vínculo
assistencial, através do diálogo com o usuário, com a finalidade de orientação e
promoção do uso racional de medicamentos. Assim, a mudança de atitudes, por parte do
paciente em relação ao tratamento medicamentoso, depende, em parte, da informação
recebida, do acolhimento e da forma como os pacientes incorporam e refazem o
discurso em relação à doença e a medicação. Neste sentido, a farmácia deve atuar como
um elo entre profissionais e pacientes, através de laços de responsabilidade e
compromisso. Objetivo: Analisar o conhecimento e adesão à terapêutica farmacológica,
em pacientes atendidos em um centro de atendimento especializado. Metodologia:
Trata-se de um estudo transversal, no qual os resultados foram agrupados a partir de sua
abordagem quantitativa, que incluiu variáveis como: a identificação dos medicamentos
prescritos, conhecimento da indicação terapêutica dos medicamentos prescritos e adesão
ao tratamento pelo teste de Morisky-Green. Resultados: Foram entrevistados, 330
pacientes, sendo 73% do sexo feminino e idade média de 55,7 ±13,8 anos. O grupo de
medicamentos que atuam no sistema cardiovascular, segundo a classificação ATC,
apresentaram maior frequência de prescrição (33,1%), seguidodos medicamentos do
aparelho digestivo e metabolismo, com 21,3%. O nível de conhecimento da indicação
terapêutica, foi de 88,2%. No entanto, apesar deste elevado índice, apenas 26% dos
entrevistados foram considerados aderentes ao tratamento terapêutico, reforçando a
variabilidade dos fatores que influenciam na decisão do paciente, de aderir ou não a
terapia, que podem estar relacionados ao serviço, aos profissionais de saúde, ao
tratamento estabelecido, a sua concepção frente à doença, acesso a medicamentos,
1381
aspectos psicológicos, sociais, culturais dentre outros.Conclusão: Os resultados
sugerem a necessidade de revisão das práticas farmacêuticas, para a criação de
estratégias no nível da atenção primária, com o objetivo de melhorar o uso dos
medicamentos, sendo a dispensação o momento propício a esta ação.
1382
Antihypertensive drug prescription patterns in elderly from a public health unit
in Ribeirão Preto-SP
Veronica Cestari Lourenço1; Ariane Cristina Barboza Zanetti², Renato Mantelli Picoli³, Juliana
Maldonado Marchetti¹; Alexandre Bevilacqua Leoneti³, Regina Célia Garcia de Andrade¹; ?&?
Evandro José Cesarino4
1
Departamento de Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de
São Paulo, Ribeirão Preto – SP, Brazil ([email protected]; [email protected];
[email protected]); 2 Departamento de Enfermagem Fudamental, Escola de Enfermagem de
Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto – SP, Brazil ([email protected]);
3
Departamento de Administração, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade,
Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto – SP, Brazil ([email protected],
[email protected]); 4Departamento de Análise Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas, Faculdade
de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto – SP, Brazil
([email protected])
AIM: Analyze the prescription patterns in elderly with Systemic Arterial Hypertension (SAH) from
a public health unit in Ribeirão Preto-SP. METHODS: This observational cross-sectional study
occurred from August to December 2014. The study was conducted in Ribeirão Preto-SP in a public
health unit¹. The patients with SAH (in agreement to the 8 Joint National Committee²), aged over 60
years old, who were at the health unit and were in accordance with the inclusion criteria, were invited
to participate of the study. After their acceptance, they were questioned about their antihypertensive
prescription. RESULTS: A total of 196 prescription were evaluated in the period of the study. The
Beta-Blockers (BBs) class was the most prescribed drug class (65.8% of total prescriptions). The
monotherapy category was up to 13 prescriptions (6.6% of total prescriptions). Losartan, an
Angiotensin Receptor Blockers (ARBs), accounted for four prescription (30.8% of monotherapy),
Enalapril, an Angiotensin Converting Enzyme Inhibitor (ACEI), was represented by four prescription
(30.8%), Amlodipine, a Calcium Channel Blockers (CCBs), were taken by two individuals (15.4%),
two patients were taking BBs (Propranolol and Atenolol) represented 15.4% of the monotherapy and
only one patient was in use of the diuretic Hydrochlorothiazide (HCTZ) (7.7%). In the double therapy
category (22.4% of total prescription), the association of BBs+ACEI accounted for 20.5% of the
double therapy and it was mostly represented by the drugs Enalapril+ Propranolol. The triple therapy
combination were taken by 65 patients (33.2% of total prescriptions). The most common drug class
combination were Tiazide Diuretics+BBs+ARBs (20%), with the combination of the drugs
HCTZ+Carvedilol+Losartan. The four drugs therapy combination were taken by 46 patients (23.5%
of total prescriptions) and it was represented by the drugs classes Tiazide
Diuretics+BBs+CCB+ACEIs (26.1%), with the drugs HCTZ+Propranolol+Amlodipine+Enalapril.
Over than 4 drugs therapy accounted for 13.9% of the total prescribed pharmacotherapy.
CONCLUSION These results revealed a large presence of polypharmacy. The polypharmacy is often
related to lower pharmacotherapy compliance3, which can lead to unbalanced blood pressure
increasing the cardiovascular risk of patients4. It is a matter of major importance to increase the follow
up of these patients to ensure their pharmacotherapy compliance and better health outcomes.
KEYWORD: Elderly, Hypertension, Drug prescription, Antihypertensive agents, Polypharmacy
ACKNOWLEDGMENTS: CNPq
REFERENCES:
1.RIBEIRÃO PRETO. Prefeitura Municipal De Ribeirão (2011); Disponível em:
http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/programas/cronico/prot-hipertensao.pdf Acesso em: 10
de fev. 2014
2. JAMES, P. A. et al. (2014). JAMA, 311 (5), 507-20.
3.LIMA NKC. (2006); Rev Bras Hipertens 13 (1): 35-38.
4.MUNGER MA, VAN TASSELL BW, LAFLEUR J. Medscape General Medicine. 2007;9(3):58.
1383
Estudo comparativo entre a eficácia, segurança e farmacoeconomia
relacionada a utilização da Colistina e Polimixina-B no tratamento de
infecções causadas por bactérias multirresistentes
GUSTAVO RAFAINI LLORET, MARÍLIA BERLOFA VISACRI, PATRÍCIA MORIEL, ANTONIO
LUIS EIRAS FALCA, PRISCILA GAVA MAZZOLA
Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Brasil.
Objetivo. Este trabalho teve como objetivo avaliar o impacto clínico e econômico da utilização
da polimixina B e colistina no tratamento de pacientes internados nas UTI. Foi realizado um
estudo retrospectivo observacional, com duração de 36 meses, em arquivo eletrônico e
prontuários de pacientes adultos internados nas UTI de um hospital universitário no interior de
São Paulo, e que utilizaram a colistina ou polimixina-b para o tratamento de infecções
bacterianas comprovadas microbiologicamente. Resultados. Um total de 197 pacientes foram
analisados quanto a nefrotoxicidade, sendo que deste, 109 foram estudados quanto a
efetividade, uma vez que 88 pacientes foram excluídos por não apresentarem infecções
causadas por patógenos sensíveis às polimixinas. Secreção traqueal foi a amostra clínica mais
frequente, seguido por sangue. Infecções causadas por A. baumannii foram as mais
prevalentes, e apresentaram elevada taxa de resistência frente a praticamente todas as
classes de antibióticos testadas (aminoglicosídeos, quinolonas e beta-lactâmicos), com
exceção das polimixinas que apresentaram excelente taxa de sensibilidade (>95%). A
nefrotoxicidade foi similar em ambos os grupos (20,2% e 18,4% para os pacientes tratados
com polimixina B e colistina, respectivamente), e foi identificada como fator de risco para
mortalidade para os pacientes tratados com a colistina (p0,05), embora em termos econômicos,
tenha sido uma opção mais onerosa. Conclusões. Os pacientes tratados com a colistina
apresentaram uma sobrevida superior a polimixina B, embora em termos econômicos, tenha
sido uma opção mais onerosa. A utilização de doses diárias mais elevadas de ambas as
polimixinas,
pode
estar
relacionado
ao
aumento
da
sobrevida,
sem
que
ocorra
necessariamente o aumento do risco de comprometimento renal. A nefrotoxicidade foi
manifestada mais precocemente nos pacientes tratados com a colistina, provavelmente devido
a farmacocinética do colistimetato sódico (pró-droga).
1384
Gerenciamento da devolução de medicamentos em um hospital de
grande porte do Rio de Janeiro
Luany Tejedor Barros1, 2, Bruno Barreira Bauso1, 2, Aline Furtado dos Reis1, 2, Flavia
Garcia, Laíz Machado da Silva Lebre3, Ranieri Carvalho Camuzi4
1
Farmacêutico Residente - Hospital Municipal Miguel Couto, Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, Brasil ([email protected], [email protected],
[email protected]);
2
Discente, Pós-graduação Lato sensu - Residência em Farmácia Hospitalar, Faculdade
de Farmácia da Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil;
3
Farmacêutica Chefe do Serviço de Farmácia no Hospital Municipal Miguel Couto, Rio
de Janeiro, RJ ([email protected]);
4
Docente, Faculdade de Farmácia da Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ
([email protected]).
Objetivo: Apresentar e comparar os resultados do gerenciamento da devolução de
medicamentos não utilizados em um hospital de grande porte do Rio de Janeiro.
Metodologia: Estudo observacional, transversal prospectivo realizado durante os meses
de junho-julho de 2015. No primeiro mês a devolução aconteceu de modo espontâneo
pelos setores de internação e no segundo os residentes farmacêuticos realizaram as
buscas. Foram avaliados os medicamentos não utilizados através de inspeção visual e
classificados como impróprios ou aptos para utilização. Foram classificados aptos
aqueles que apresentaram embalagem inviolada, identificação, lote e validade legíveis e
mantidos sob refrigeração, quando necessário, até o momento da devolução. Os
medicamentos devolvidos ainda foram classificados como: em potencialmente
perigosos (MPP), sujeitos a controle especial, alto-custo e antimicrobianos. Para cálculo
do valor financeiro, considerou-se o preço de aquisição constante no sistema de gestão
de materiais institucional no dia 10 de junho de 2015. Resultado: Durante o mês de
junho, foram devolvidas 1788 unidades de medicamentos e, em julho, 2103 unidades,
por 14 setores de internação. Em junho, 366 unidades (20.47%) eram impróprias,
representando R$ 1434,29. As 1422 unidades restantes (79,53%), aptas contabilizaram
R$19.428,94 correspondendo a 93.13% do total financeiro movimentado por esses
setores de internação em medicamentos no mesmo período. Dentre os medicamentos
aptos para utilização, 12,8% foram classificados como medicamentos potencialmente
perigosos, 15,40% sujeitos a controle especial, 16,39% alto-custo e 56,49% como
antimicrobianos. Nas devoluções do mês de julho, 1.381 unidades (65,67%) eram
impróprias, representando R$ 18.616,62. As 722 unidades restantes (34,33%) foram
consideradas aptas e contabilizaram R$8.517,27 correspondendo 31,40% do total
devolvido no mês de julho. Dentre os medicamentos aptos para utilização, 14,68%
foram classificados como MPP, 24,93% sujeito a controle especial, 16,39% alto-custo e
26,73% antimicrobianos. Uma limitação do sistema de informação para gestão de
medicamentos impossibilitou a comparação desses dados com o volume de
medicamentos distribuídos aos respectivos setores. Conclusão: Esses resultados
demonstram que a devolução tem um impacto financeiro positivo e justificam a
1385
implementação da rotina de devolução de medicamentos não utilizados, bem como uma
melhor gestão da informação sobre movimentação de medicamentos.
PALAVRAS-CHAVE:
Assistência Farmacêutica, Gestão de recursos, Administração de serviços de saúde,
Logística.
1386
Interações Medicamentosas em prescrições de pacientes internados em uma
unidade de transplante renal de um hospital universitário
Allane Niely Gouveia Vieira1, Laura da Fonseca Ferreira2, Luana Cristina Lins de Medeiros3,
Natália Castro de Carvalho Schachnik Nogueira4, Paloma Karoline da Silva Brasil5, Rosa Maria
Almeida Gurgel de Azevedo6 & Valdjane Saldanha7.
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Brasil, [email protected].
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Brasil, [email protected].
3
Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, [email protected].
4
Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, [email protected].
5
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, [email protected].
6
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, [email protected]
7
Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, [email protected].
2
Objetivo: Identificar e classificar as interações medicamentosas em prescrições médicas na unidade
de
transplante
renal do
Hospital
Universitário
Onofre
Lopes,
localizado
em
Natal/RN. Metodologia: Foi realizado um estudo prospectivo através do acompanhamento clínico
pelo farmacêutico, que avaliou as prescrições médicas de pacientes internados da unidade de
transplante renal, no período de Janeiro a Julho de 2015, em um hospital universitário terciário. A
pesquisa teve como suporte a base de dados UPTODATE, no qual foram analisadas as interações do
tipo medicamento-alimento e medicamento-medicamento, classificadas quanto ao grau de risco em
C (monitorar terapia), D (considerar modificação de terapia) e X (evitar combinação) e apenas estas
interações de significado clínico, foram consideradas no trabalho. Os dados foram analisados
estatisticamente pelo Microsoft Excel versão XP. Resultados: De 66 pacientes acompanhados, foram
analisadas 1081 prescrições, das quais foram detectadas 331 interações, sendo 247 (74,62%)
interações do tipo medicamento-medicamento e 84 (25,38%) medicamento-alimento, que
corresponde a uma média de 5 interações por paciente. Das interações medicamento-medicamento,
97 (39,27%) foram classificadas como de risco C, 91 (36,84%) foram de risco D e 77 (31,17%) foram
de risco X. Conclusão: A análise das prescrições dos pacientes transplantados pelo farmacêutico
clínico propiciou observar o elevado número de interações medicamentosas de potencial risco, que
podem representar risco à saúde e, consequentemente, demandam intervenção médica e/ou
farmacêutica como única alternativa para a prevenção de efeitos adversos graves.
Palavras-chave: Prescrição, Interação Medicamentosa, Transplante Renal.
Referências:
1. Sehn, R.; Camargo, A. L.; Heineck I.; Ferreira, M. B. C. Interações medicamentosas potenciais em
prescrições de pacientes hospitalizados. Infarma., 2003; v.15 n.9-10.
2. Silva, N.M.O.; Carvalho, R.P.; Bernardes, A.C.A.; Moriel, P.; Mazzola, P.G.; Franchini, C.C.
Avaliação de potenciais interações medicamentosas em prescrições de pacientes internados, em
hospital público universitário especializado em saúde da mulher, em Campinas-SP. Rev Ciênc Farm
Básica Apl., 2010; 31(2): 171-176.
3. Marquito, A.B.; Fernandes, N.M.S.; Colugnati, F.A.B.; Paula, R.B.P. Interações medicamentosas
potenciais em pacientes com doença renal crônica. J Bras Nefrol., 2014; 36(1):26-34.
1387
Avaliação da compreensão dos pacientes da Atenção Básica sobre a sua
prescrição médica, no Município de Ribeirão Preto, SP.
Maria Olívia Barboza Zanetti1, Juliana Maldonado Marchetti2, Edson Zangiacomi Martinez3,?&?
Regina Célia Garcia de Andrade4
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil,
[email protected]; 2 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto,
São Paulo, Brasil, [email protected]; 3Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São
Paulo, Brasil, [email protected]; 4Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto,
Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, [email protected]
Objetivo: Avaliar a compreensão do usuário da Atenção Básica sobre a sua prescrição médica, no
Município de Ribeirão Preto, SP. Metodologia: Estudo descritivo. Após o consentimento dos
participantes (CEP/FCFRP n° 342), aplicou-se um questionário desenvolvido por Fröhlich e
colaboradores1 para avaliar a compreensão de 1.053 participantes. As perguntas fundamentais para
a administração correta do medicamento pontuaram dois para cada acerto, sendo elas: nome do
medicamento, dose, forma de utilização e frequência da administração. As perguntas importantes
para a adesão ao tratamento pontuaram um, sendo elas: indicação terapêutica, duração do
tratamento, efeitos adversos, interações e conduta no caso de esquecimento. Obteve-se o nível de
compreensão do usuário somando-se os pontos: menos de oito pontos- compreensão insuficiente;
oito a dez- compreensão regular, 11 ou mais- boa compreensão. Resultados: Forma de utilização e
indicação terapêutica (95,8 e 84,2% de acertos, respectivamente) foram os itens menos deficientes
de informação. Os horários de administração eram conhecidos por 79,5% dos participantes e 15,8%
utilizavam o medicamento no horário errado. Cerca de metade não sabia ou estava errado quanto ao
nome do medicamento e ao tempo de utilização. 24,5% sabiam a conduta em caso de esquecimento.
Apenas 23% acertaram a dose do medicamento. 19,8% apontaram ao menos uma possível reação
adversa, dentre estes, 57,4% conheciam a reação por já a terem apresentado. Somente 11,6%
conheciam ao menos uma interação com medicamentos ou alimentos. Quando questionados se
gostariam de saber alguma outra informação sobre o medicamento, apenas 29,7% dos participantes
responderam afirmativamente. Na classificação do nível de compreensão do paciente sobre a
prescrição, as frequências foram: Bom (7,3%), regular (34,6%) e insuficiente (58,1%). Conclusão:
Estes resultados são preocupantes, pois mais da metade dos indivíduos não tem condições de
utilizar o medicamento com segurança e poucos conseguiriam utilizar o medicamento de forma
segura sob qualquer circunstância. Muitos participantes relataram saber as respostas, entretanto
responderam incorretamente. Por falta de informação, os pacientes podem alterar a terapia
medicamentosa de acordo com os seus próprios critérios. Ainda que os participantes possuam um
baixo nível de compreensão, a maior parte deles não admitiu necessitar de mais informações sobre a
sua prescrição.
Palavras-chave: Atenção primária à saúde, Conhecimento do paciente sobre a medicação,
Educação de pacientes como assunto, Prescrições de medicamentos.
Agradecimentos: CNPq; CAPES.
Referências:
1. Frölich SE, Pizzol TDS, Mengue SS.(2010); Rev. Saúde Pública. 44(6): 1046-54
1388
Uso de escrita abreviada nas prescrições médicas da Atenção Básica no
Município de Ribeirão Preto – SP
Maria Olívia Barboza Zanetti1, Ariane Cristina Barboza Zanetti2,?&? Regina Célia Garcia de
Andrade3
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil,
[email protected]; 2Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil,
[email protected]; 3Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São
Paulo, Brasil, [email protected]
Objetivo: Analisar a utilização de abreviaturas e outras formas de escrita abreviada (fórmulas
químicas, siglas, símbolos e formas de expressão de dose) nas prescrições de medicamentos da
Atenção Básica. Metodologia: Estudo transversal, abrangendo 1.053 prescrições de dez Unidades
Básicas de Saúde e cinco Unidades de Saúde da Família de Ribeirão Preto - SP. As prescrições
foram analisadas quanto ao uso de abreviaturas e outras formas de escrita abreviada. Resultados:
Na Atenção Básica do Município não existe um protocolo que autorize o uso de abreviaturas, sendo
proibida a utilização de tal recurso. A escrita abreviada foi utilizada em 98,1% das prescrições. A
média encontrada foi de 10,7 abreviaturas por prescrição (DP=9,5), sendo que o valor máximo
detectado foi de 81 abreviaturas em uma única prescrição médica. Foram identificados 118 tipos
distintos de escrita abreviada, totalizando 11.310 ocorrências. Cinco tipos de abreviaturas diferentes
foram utilizados para se referir à palavra “comprimido” (cpdo, com, comp, cp e cps); três para
abreviar “cápsula” (caps, cp e cps) e “unidades” (U, UI, unids); duas para abreviar outras oito
palavras. Também constaram abreviaturas iguais para designar palavras diferentes: cp (cápsula ou
comprimido); M (meses ou manhã); T (tarde ou temperatura). Em junho de 2015, o Instituto para
Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP) do Brasil divulgou uma lista contendo
abreviaturas, siglas, símbolos e formas de expressão de dose comumente utilizadas e associadas a
erros de medicação1. Dentre as ocorrências encontradas neste estudo, 4.610 estavam na lista
divulgada. O Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos do
Ministério da Saúde também preconiza algumas abreviaturas que nunca devem ser utilizadas, entre
elas estão os nomes de medicamentos e as fórmulas químicas2, presentes 219 vezes nas prescrições
recolhidas. Conclusão: Por economizar tempo e simplificar a redação, o uso de abreviaturas é uma
realidade, mesmo quando proibido. A escrita abreviada pode causar dúvidas e interpretações
errôneas, expondo o paciente a erros de medicação significativos e evitáveis3. Os prescritores
devem ser educados sobre a importância de evitar o uso de abreviaturas, portanto os achados acima
serão informados à Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.
Palavras-chave: Prescrições de medicamentos, Erros de medicação, Atenção primária à saúde.
Agradecimentos: CNPq; CAPES.
Referências:
1. Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos do Brasil (2015); Boletim ISMP.
4(2):1-7.
2. Brasil, Ministério da Saúde (2013); Portaria n° 2.095, de 24/09/2013.
3. Rosa MB et al.(2009); Rev. Saúde Pública. 43(3):490-8.
1389
Gerenciamento da dor: atuação do farmacêutico clínico no uso de opióide forte
(morfina) em um Hospital de grande porte
Andressa de Abreu Ferraresi1, Fábio Teixeira Ferracini1, Gabriela Pereira Leite1, Márcia Aparecida
Teano Archanjo1, Natalie Botelho Borges1, Ramon Pereira de Assis1, Raquel Mara Pereira1 &
Wladmir Mendes Borges Filho1
1
Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Departamento de Farmácia, Hospital
Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil, Av. Albert Einstein, 627. E-mail: [email protected]
Objetivos: Nos últimos anos, o cuidado no controle da dor tem se tornado prioridade, e o uso de
medicamentos são comumente utilizados para este fim1,2. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
recomenda a utilização de opióides fortes para dores agudas ou crônicas3, sendo a morfina uma das
drogas de primeira escolha4. Vários estudos demonstram, porém, que tanto a dor aguda como a
crônica são subdiagnosticadas e mal tratadas1-6, sendo pouco frequente o uso correto e seguro de
morfina5-7. A fim de avaliar o controle da administração dessa droga em um hospital de São Paulo,
em 07/08/2014 foi realizado um estudo piloto em duas unidades de internação. Das 21 prescrições
de morfina em regime se necessário datadas neste dia, apenas 03 (14%) continham as informações
do escore de dor. Partindo deste piloto, o objetivo deste estudo foi implementar uma rotina
gerenciada, possibilitando a atuação do farmacêutico clínico junto às equipes médicas para
especificação do escore de dor no uso da Morfina em regime se necessário. Metodologia e
Resultados: Estudo de intervenção, de natureza quantitativa e prospectiva, com base em fonte de
dados de prescrição médica. O estudo foi realizado em um hospital paulistano de grande porte no
período de dezembro de 2014 a junho de 2015. Consistiu na implantação de uma rotina gerenciada
de identificação de prescrições de morfina em regime se necessário e na avaliação, por busca ativa,
da presença do escore da dor. Na ausência de tal informação, um cartão de alerta informativo era
incluído no prontuário, avaliando-se nos dias subsequentes a adesão médica à inclusão das
informações. Entre os meses estudados, obteve-se uma média de 273 prescrições mensais avaliadas
com 23,56% de adesões. Conclusão: Com esta rotina gerenciada, obteve-se melhor aderência à
prescrição de morfina em regime se necessário em comparação com o piloto previamente realizado,
o que demonstra a relevância de uma intervenção educativa junto à equipe médica. Porém a
continuidade dessas ações é primordial para que esta prática venha a contribuir com maiores
resultados na segurança da administração da morfina.
Palavras-chaves: Opióide, Morfina, Gerenciamento da dor, Intervenção farmacêutica.
Referências:
1. Midboe AM, Lewis ET, Paik MC, Gallagher RM, Rosenberg JM, Goodman F, Kerns RD,
Becker WC, Trafton JA. (2012); TBM 2012; 2: 57–64.
2. Minson FP, Júnior JS, Ferracini FT, Lopes ACB, Júnior CJF. (2011); Rev Dor 12(1): 35-38.
3. World Health Organization. (1996); Cancer pain relief. With a guide to opioid availability. 2nd
ed. 70: 1-70.
4. Ministério da Saúde - Formulário Terapêutico Nacional (2008); Rename 2006. 897: 57 e 108.
5. Ribeiro, SBF, Pinto JCP, Ribeiro JB, Felix MMS, Barroso SM, Oliveira LF, Felix AA,
Nascimento MFR, Sousa FAEF. (2012); Rev. Bras. Anestesiol, 62(5): 599-611.
6. Calil AM, Pimenta CAM. (2005); Rev Latino-am Enfermagem 13(5): 692-699.
7. Dault AW, Hadlich E, Facin MA, Aprato RMS, Pereira RP. (1998); Rev Ass Med Brasil; 44(2):
106-110.
1390
Estudo sobre adesão, qualidade de vida e conhecimento da doença em pacientes
oncológicos em tratamento com antineoplásicos orais: a importância da atenção
farmacêutica.
Graziele Baldan Ferrari1, Marília Berlofa Visacri1, Gabriela Galhardo De Vito2, Maria Aparecida
Loureiro Spósito2, Anilene Accorsi Veiga3, Caio Henrique Gibim1, Vanessa Marcílio de Sousa2,
Cristina Rosa Barbosa4, Lara Paro Dias4, Priscila Gava Mazzola1, 2, Patricia Moriel1, 2.
1
Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Rua Tessália Vieira de
Camargo, 126, CEP: 13083-887, Campinas, São Paulo, Brasil, [email protected]. 2Faculdade
de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Campinas, Rua Sérgio Buarque de Holanda,
250, CEP: 13083-859, Campinas, São Paulo, Brasil, [email protected]. 3Faculdade de
Jaguariúna, Rua Amazonas, 504, CEP: 13820-000, Jaguariúna, São Paulo, Brasil,
[email protected]. 4Central de Manipulação de Antineoplásicos, Hospital de Clínicas,
Universidade Estadual de Campinas, Rua Vital Brasil, 251, CEP:13083-888, Campinas, São Paulo,
Brasil, [email protected] .
Objetivo: Estudar a adesão, qualidade de vida e conhecimento da doença dos pacientes oncológicos
em tratamento com antineoplásicos orais, demonstrando a importância da atenção farmacêutica nos
cuidados desses pacientes, além de verificar a influência dos dados demográficos e clínicos na
adesão ao tratamento. Material e Métodos: Este é um estudo transversal conduzido em um
ambulatório de oncologia clínica em um hospital universitário na cidade de Campinas. Foram
entrevistados pacientes oncológicos ambulatoriais que estavam em tratamento com antineoplásicos
orais durante o período da pesquisa e foram avaliados em relação à adesão à terapia antineoplásica
oral (Testes de Morisky-Green1 e MedTake2), qualidade de vida (FACT-G) e em relação ao nível de
informação recebida (EORTC QLQ-INFO 253). Cada paciente recebeu orientações farmacêuticas e
um panfleto informativo ao final da entrevista. Para a análise estatística foi utilizado o teste de
regressão logística multivariada (P<0,05). Resultados: Foram incluídos 49 sujeitos,
predominantemente homens brancos, idade média de 59,9 anos, de renda familiar reduzida, baixa
escolaridade, não trabalhavam devido a doença ou por outros motivos, utilizavam capecitabina e
possuíam câncer intestinal. Dentre os pacientes, 55,0% apresentaram alta adesão ao antineoplásico
oral pelo teste Morisky-Green e 46,9% pelo teste MedTake. Homens apresentaram 4 vezes mais
chances de ter alta adesão ao tratamento pelo teste Morisky-Green (OR=4,286, p=0,0176 e
IC95%=1,288-14,259) e que os pacientes que trabalham apresentaram 9 vezes mais chances de ter
alta de adesão pelo teste MedTake (OR=9,000, p=0,0127 e IC95%=1,598-50,690), comparado com
aqueles que não trabalham. A avaliação da qualidade de vida apresentou um resultado satisfatório
(86,5±16,3). Apesar da maioria ter relatado estar satisfeita com a quantidade de informação
(80,6±22,6), foram observadas baixas pontuações na avaliação de informação, como “outros
serviços de saúde” (24,1±17,8), “diferentes locais de cuidado” (32,6±35,1) e “coisas que podem
fazer para ajudar a si próprio” (34,8±36,8). Conclusão: Conclui-se que há necessidade de uma
dispensação clínica e acompanhamento farmacoterapêutico para os pacientes oncológicos em uso
de antineoplásicos orais, afim de melhorar a adesão e garantir uma administração correta destes
medicamentos. Para mulheres e pacientes que não trabalham deve ser reforçada a importância da
adesão ao tratamento antineoplásico.
1391
Palavras-chave: Atenção Farmacêutica, Antineoplásicos Orais, Adesão, Qualidade de Vida,
Informação.
Referências
1
Morisky DE, Green LW, Levine DM. (1986); Med Care. 24(1): 67-74.
2
Raehl, CL, Bond CA, Woods T, Patry RA, Sleeper RB. (2002); Pharmacotherapy. 22(10):12391248.
3
Arraras, JI, Greimel E, Sezer O, Chie WC, Bergenmar M, Constantini A, Young T, Vlasic KK,
Velikova G. (2010); Eur J Cancer. 46(15): 2726-2738.
1392
Estudo de utilização de inibidores da bomba de prótons em farmácias
comunitárias privadas do submédio do Vale do São Francisco
Brunna Quéssia Soares de Miranda¹, Rayane Moriza Pereira dos Passos¹, Isabel Dielle Souza
Lima Pio², Deuzilane Muniz Nunes²
¹Discente da Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF, Petrolina, PernambucoBrasil.
²Docente da Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF - Colegiado de Farmácia,
Petrolina, Pernambuco, Brasil, [email protected].
Objetivo: O presente trabalho buscou conhecer o perfil de usuários de IBPs entre os clientes de uma
rede privada de farmácias comunitárias localizadas na região do Submédio do Vale do São Francisco.
Metodologia: Realizou-se um estudo observacional, transversal, descritivo, com abordagem
quantitativa, incluindo clientes de três farmácias nas cidades de Petrolina-PE e Juazeiro-BA atendidos
de Janeiro a Março de 2015. Foram incluídas pessoas com idade mínima de 18 anos e que adquiriam
pelo menos um medicamento. Os mesmos foram recrutados aleatoriamente após atendimento pelos
balconistas e/ou farmacêuticos, convidados a participar do estudo, sendo todas as dúvidas
esclarecidas no consentimento informado. Foi realizado interrogatório a partir de formulário
previamente elaborado, que abordava informações demográficas e socioeconômicas do participante
e questões sobre cada medicamento adquirido. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética, seguindo
todos os preceitos éticos. Resultados: Recrutou-se 385 participantes, sendo excluídos 66 sujeitos por
não adquirirem medicamento para uso próprio. A frequência de usuários de IBPs foi 18,5%, dentre
esses, a idade média foi 38,7 anos, maioria do sexo feminino (66,1%), predominando aqueles com
ensino superior completo/ incompleto (57,6%) e renda mensal familiar entre um e quatro salários
mínimos (76,2%), a metade possuía companheiro (50,8%) e 57,6% tinham convênio de saúde. O IBP
mais adquirido foi o omeprazol (71,2%), além do pantoprazol, esomeprazol e lanzoprazol. A
utilização crônica desses medicamentos prevaleceu (69,5%), e em geral o que motivava o uso dessa
classe de medicamentos era Doença do Refluxo Gastroesofágico, dores no estômago sem diagnóstico,
profilaxia devido a polifarmacoterapia e gastrite. Seu uso por automedicação foi de 57,6%, sendo
mais frequente entre os usuários de omeprazol (85,7%), comparado aos que utilizavam outros IBPs
(14,3%) (p=0,003, teste qui-quadrado). Conclusões: A frequência de utilização de IBP foi
considerada elevada, estando relacionada ao uso em tratamento crônico e sem prescrição de
profissional habilitado. Ações voltadas para a promoção do uso racional de IBPs devem ser realizadas
a fim evitar problemas que possam ser causados pelo uso contínuo desses medicamentos.
Palavras-Chaves: Inibidores da bomba de prótons, Automedicação, Omeprazol.gf
Referências:
1. LIMA, A. P. V.; NETO FILHO, M. A. (2014); Efeitos em longo prazo de inibidores da bomba de
prótons. Brazilan Journal of Surgery and Clinical Research, v.5, n.3, p.45-49.
2. HOEFLER, R.; LEITE, B. F. (2009); Segurança do uso contínuo de inibidores da bomba de
prótons. Boletim Farmacoterapêutica, Brasília, Ano XIV, n. 1 e 2, p. 1-3.
1393
Avaliação da adesão ao tratamento em pacientes ambulatoriais com doença
pulmonar obstrutiva crônica em Fortaleza, Ceará
Marta Maria de França Fonteles¹, ², Nayara Otaviano Diniz², Paulo Yuri Milen Firmino¹,², Maria da
Penha Uchoa Sales³&Luzia Izabel Mesquita Moreira¹
1
Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica - CEATENF, Curso de Farmácia, Universidade
Federal do Ceará – UFC, Fortaleza, Ceará, Brasil, [email protected]; 2Programa de PósGraduação em Ciências Farmacêuticas, Curso de Farmácia, Universidade Federal do Ceará – UFC,
Fortaleza, Ceará, Brasil; ³Hospital Carlos Alberto Studart Gomes, Fortaleza, Ceará, Brasil.
Objetivo: Caracterizar a adesão à terapia medicamentosa em pacientes com doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC) atendidos em ambulatório de hospital de referência em tratamento de
doenças pulmonares de Fortaleza, Ceará. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo,
exploratório e transversal conduzido entre maio e dezembro de 2013. Os pacientes ambulatoriais
com DPOC foram entrevistados por meio de questionário semi-estruturado. Durante a entrevista,
um instrumento específico para a aferição da adesão ao tratamento e adaptado para aplicação em
pacientes com DPOC foi utilizado. Após a aplicação do instrumento, composto por 8 itens, uma
pontuação era gerada de 0 a 8, realizando-se, posteriormente, categorização em ‘baixa’, ‘média’ e
‘alta’ adesão ao tratamento. As comparações e associações entre variáveis do estudo foram
consideradas significantes se p<0,05. Resultados: Foram entrevistados 83 indivíduos, com
predominância do sexo masculino (n=43; 51,8%), idade média de 68,22 anos (± 9,23),e maioria
sem ter completado o ensino médio (n=64; 77,1%). A média do número de medicamentos por
paciente foi de 5,58 (±2,2), caracterizando a polifarmácia, e 81,9% tinham algum tipo de
comorbidade.A média de pontuação de adesão foi 6,51 (±1,40). Foi observada prevalência de
‘média adesão’ (n=38; 45,8%), seguida ‘baixa adesão’ (n=23; 27,7%) e ‘alta adesão’ (n=22;
26,5%). A resposta mais frequente para os motivos de‘não adesão’ foi referente aos esquecimentos
dos pacientes em tomarem seus medicamentos diariamente (n=32; 38,6%). A atitude de interromper
o tratamento ao sentir-se melhor foi apontada por 10,8% (n=9), e a de interromper o uso do
medicamento ao sentir-se pior ao tomá-lo por 7,2% (n=6). Foi observada associação
estatisticamente significante (p=0,03) entre a categoria de adesão do paciente e a sua condição
clínica. O mesmo não foi observado com a idade e sexodos pacientes, ou com o índice de
complexidade e número de medicamentos usados no tratamento. Conclusão: Considera-se serem
necessárias estratégias para potencializar a adesão à terapia, visto que foram identificados pacientes
com problemas em seguir completamente a tratamento proposto. Tais ações devem considerar o
perfil polimedicado presença de comorbidades, influência da condição clínica na adesão, nesse
grupo de pacientes, minimizando complicações no estado de saúde e garantindo a efetividade do
tratamento proposto.
Palavras- chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Prevenção/Controle,Adesão tratamento.
Referências
1. Morisky DE, Ang A, Krousel-Wood M, Ward HJ. (2008) J. Clin. Hypertens, 10(5):348-354.
2. Morisky DE, Green LW, Levine DM. (1986) Med. Care, 24(1):67-74.
3. Oliveira Filho AD, Barreto Filho JÁ, Neves SJF, Lyra Junior DP.(2012) Arq. Bras. Cardiol.,
99(1):649-658.
1394
Eventos adversos potenciais em Terapia Intensiva Neonatal: identificação das
classes farmacológicas de maior risco.
Mayara Evelyn Queiroz Alves1, Ramon Weyler Duarte Leopoldino2, Elaine Cristina Alves2, Marco
Edoardo Tavares da Silva2, Tatiana Xavier da Costa2, Rand Randall Martins1 & Antônio Manuel
Gouveia de Oliveira1.
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte , Departamento de Farmácia, Natal, Rio Grande do
Norte, Brasil, email: [email protected];
2
Maternidade Escola Januário Cicco, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio
Grande do Norte, Brasil, email: [email protected] .
Objetivo: Investigar as classes de fármacos empregados em terapia intensiva neonatal mais
comumente associada a eventos adversos potenciais (EAP). Metodologia: Estudo observacional e
prospectivo realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal referência do estado. Os
dados foram coletados a partir das fichas de acompanhamento farmacoterapêutico, sendo excluídos
neonatos com dados incompletos ou ausentes e/ou com tempo de permanência na unidade inferior a
24 horas. Os medicamentos foram classificados segundo “Anatomical Therapeutic Chemical Code”
(ATC/WHO). A análise estatística foi realizada com o programa Stata versão 12 (Stata Corporation,
College Station, TX, USA), sendo as variáveis descritas por frequências absolutas e relativas ou por
média e desvio padrão, conforme apropriado e aplicado análise de regressão logística para
identificar os fatores de risco associado à ocorrência de eventos adversos potenciais, sendo aceitas
associações com p≤ 0,05. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital
Onofre Lopes nº 21718113.3.0000.5292. Resultados: Trezentos e sessenta e dois neonatos foram
incluídos no estudo, dos quais 50,1% (176) são do gênero feminino, com peso ao nascimento
de: 1758,3 ± 886,7 gramas, idade gestacional média de: 32,0 ± 4,0 semanas, tempo de
internação: 24,4 ± 34,6 dias. Foi administrada uma média de 7,3 ± 5,6 medicamentos, sendo os mais
prescritos: aminoglicosídeos – J01G (16,4%), penicilinas – J01C (12,4%), estimulantes cardíacos
com exceção de digitálicos – C01C (10,6%), xantinas – R03D (10,3%) e outros betalactâmicos –
J01D (7,1%). Ocorrem 174 EAP em uma razão de 0,5 evento/paciente, as classes farmacológicas
associadas a sua ocorrência foram corticosteroides para uso sistêmico – H02B (OR=6,16; IC 95%,
1,1 – 34,0) e outros antibacterianos – J01X (OR=3,48; IC 95%, 1,92 – 6,29). Nestas classes, os
medicamentos mais empregados foram dexametasona (1,5%), hidrocortisona (0,2%), vancomicina
(2,3%) e teicoplanina (0,1%). Conclusão: O estudo mostrou que às classes de
medicamentos corticosteroides para uso sistêmico e outros antibacterianos foram os fatores
associados à EAP, portanto, a atenção a tais fatores minimizaria os eventos adversos contribuindo
para a segurança do paciente.
Palavras chaves: Neonatos, Medicamentos, Eventos Adversos Potenciais.
Referências:
1. Becerra-Camargo J, Martínez-Martínez F, García-Jiménez E. (2015) The effect
on potential adverse drug events of a pharmacist-acquired medication history in an
emergency department: a multicentre, double-blind, randomised, controlled, parallel-group
study. BMC Health Serv Res; 15:337.
2. WHO Collaborating Centre for Drug Statistics Methodology. (2014); Guidelines for ATC
classification and DDD assignment 2015, 18th edn. Norwegian Institute of Public Health,
Oslo.
1395
Estudo de utilização de medicamentos em Terapia Intensiva Neonatal
Mayara Evelyn Queiroz Alves1, Ramon Weyler Duarte Leopoldino2, Elaine Cristina Alves2, Marco
Edoardo Tavares da Silva2, Tatiana Xavier da Costa2, Rand Randall Martins1 & Antônio Manuel
Gouveia de Oliveira1.
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte , Departamento de Farmácia, Natal, Rio Grande do
Norte, Brasil, email: [email protected];
2
Maternidade Escola Januário Cicco, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio
Grande do Norte, Brasil, email: [email protected].
Objetivo: Descrever o padrão de utilização de medicamentos em Terapia Intensiva
Neonatal. Metodologia: Estudo observacional e prospectivo realizado em uma Unidade de Terapia
Intensiva Neonatal referência do estado. Os dados foram coletados a partir das fichas de
acompanhamento farmacoterapêutico no período de janeiro a agosto de 2015, sendo excluídos
neonatos com dados incompletos ou ausentes. Os medicamentos foram classificados segundo
“Anatomical Therapeutic Chemical Code” (ATC/OMS). As variáveis foram descritas por
frequências absolutas e relativas ou por média e desvio padrão, conforme apropriado. O estudo foi
aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Onofre Lopes nº
21718113.3.0000.5292. Resultados: Trezentos e vinte e cinco neonatos foram incluídos (média de
peso ao nascimento de: 1728,6 ± 867,4 gramas e tempo de internação: 23,9 ± 33,1 dias). Foram
prescritos 2.345 medicamentos (7,2 medicamentos/paciente), neonatos prematuros (29 a 30
semanas de idade gestacional) apresentaram 12,2 medicamentos/paciente. Anti-infecciosos de uso
sistêmico e fármacos que atuam no sistema cardiovascular foram às classes de medicamentos
prevalentes na amostra (respectivamente, 43,7% e 12,6 %). Dentre estas classes destaca-se o uso de
aminoglicosídeos - J01GB (18,4%) e aminas vasoativas - C01CA (4,6%). Contudo, quando
estratificado por idade gestacional, fármacos que atuam no sistema respiratório foram mais
empregados em neonatos extremos (≤ 28 semanas) com 187 medicamentos/100 pacientes e em
neonatos termo predominaram fármacos que atuam no sistema nervoso 147 medicamentos/ 100
pacientes. Conclusão: O estudo mostrou uma significativa média de medicamentos usados com
predomínio de anti-infecciosos de uso sistêmico e cardiovasculares em geral, havendo o uso de
outras classes influenciado pela prematuridade. São classes que na maioria apresentam estreita
margem terapêutica requerendo uma maior atenção e intensa monitorização.
Palavras chaves: Estudo de utilização; Neonatos; Medicamentos.
Referências:
1. WHO Collaborating Centre for Drug Statistics Methodology. (2014); Guidelines for ATC
classification and DDD assignment 2015, 18th edn. Norwegian Institute of Public Health,
Oslo.
2. Sorrentino, E., Alegiani, C. (2012); Medication errors in the neonate. J Matern Fetal
NeonatalnMed, 25 (4), 83–85.
3. Stavroudis, T. A., Miller, M. R., Lehmann, C. U. (2008); Medication Errors in Neonates.
Clin Perinatol, 35(1), 141–161.
1396
Intervenções farmacêuticas em terapia intensiva neonatal: contribuição à
conduta clínica e aceitabilidade pelos demais profissionais.
Mayara Evelyn Queiroz Alves1, Ramon Weyler Duarte Leopoldino2, Elaine Cristina Alves2, Marco
Edoardo Tavares da Silva2, Tatiana Xavier da Costa2, Rand Randall Martins1 & Antônio Manuel
Gouveia de Oliveira1.
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte , Departamento de Farmácia, Natal, Rio Grande do
Norte, Brasil, email: [email protected];
2
Maternidade Escola Januário Cicco, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio
Grande do Norte, Brasil, email: [email protected] .
Objetivo: Descrever as intervenções farmacêuticas em terapia intensiva neonatal e verificar sua
aceitabilidade pelos demais profissionais. Metodologia: Estudo observacional e prospectivo
realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) referência do estado. Os dados
foram coletados a partir das fichas de acompanhamento farmacoterapêutico no período de janeiro
de 2014 a agosto de 2015, sendo excluídos neonatos com dados incompletos ou ausentes. Os
problemas relacionados aos medicamentos (PRMs) e intervenções farmacêuticas (IFs) foram
categorizados de acordo com a classificação da Pharmaceutical Care Network Europe. As variáveis
foram descrita por frequências absolutas e relativas ou por média e desvio padrão, conforme
apropriado. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Onofre Lopes nº
21718113.3.0000.5292. Resultados: Trezentos e sessenta e dois neonatos foram incluídos no
estudo, dos quais 50,1% (176) são do gênero feminino, com peso ao nascimento de: 1758,3 ± 886,7
gramas, idade gestacional média de: 32,0 ± 4,0 semanas, tempo de internação: 24,4 ± 34,6 dias. Foi
administrada uma média de 7,3 ± 5,6 medicamentos por neonatos. Os PRMs mais encontrados
foram relacionados à efetividade do medicamento 71,4% (448) e reações adversas 27,7% (174),
sendo as principais causas: a escolha da dose 42,8% (274), o processo de uso do medicamento
22,3% (143) e seleção do medicamento 16,6% (106). Ocorreram 571 intervenções, das quais foram
aceitas 88,4% (505) e não aceitas 10,7% (61). Das intervenções propostas, 57,2% (366) foram
direcionadas ao médico, sendo 48,8% (312) aceitas. Conclusão: O estudo mostrou que as
intervenções propostas por farmacêuticos tiveram uma boa aceitabilidade na UTI sendo importantes
para a conduta clínica, uma vez que, possibilitam prevenir e resolver PRMs, otimizando o uso mais
seguro dos medicamentos.
Palavras chaves: Farmacoterapia; Terapia Intensiva Neonatal; Intervenções.
References:
1. Pharmaceutical Care Network Europe (2010); Classification for Drug related problems V
6.2.
2. Van den Bemt, Egberts, T. C. G., de Jong-van den Berg, L. T. W., Brouwers, J. R. B. J.
(2000); Drug-related problems in hospitalised patients. Drug Safety, 22 (4), 321–33.
1397
Estudo de utilização do clonazepam na insônia em pacientes de um hospital
universitário
Carolina Rosário Dantas1*, Diogo P1, 2, Lúcia de Araújo Costa Beisl Noblat1, 2 & Luana
Sávia Santos Silva1
Hospital Universitário Professor Edgard Santos, Universidade Federal da Bahia, Salvador –
Bahia, Brasil.
2
Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia, Salvador – Bahia, Brasil.
* [email protected]
1
Descrição do estudo:
A insônia decorrente de diversas causas e contextos, acomete cerca de 30 a 50% da população geral1
e o clonazepam está entre os medicamentos comumente prescritos, apesar de não ser aprovado pelo
Food and Drug Administration para tal. Em 2010 este medicamento foi o mais consumido pela
população brasileira dentre os medicamentos controlados2. Segundo consensos e diretrizes, na insônia
transitória, o clonazepam, a menos que se requeira uma sedação para além da situação de estresse,
deve ser evitado. Na insônia de curto prazo e de longo prazo ele pode ser usado, sendo que, para esta
última condição, deve ser usado apenas se houver persistência da insônia após manejo de causas
subjacentes. Para todos os casos o manejo das causas subjacentes e um tratamento não farmacológico
devem estar presente3. Além disso, segundo o Royal College of Psychiatrists4 a insônia tem de ser
considerada grave para a instituição de um tratamento farmacológico. Com relação a dose do
clonazepam para a insônia, esta deve estar entre 0,5 – 2mg por dia para indivíduos adultos e 0,25 – 1
mg por dia para indivíduos idosos5. Há variação também a depender da classificação da insônia3.
Objetivo: No Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), identificou-se de forma
observacional, que o clonazepam é prescrito frequentemente para a insônia, necessitando realizar uma
avaliação desta utilização. Metodologia: Estudo observacional de corte transversal de utilização de
medicamentos. Foram incluídas prescrições de clonazepam para a insônia de pacientes maiores de
dezoito anos internados no HUPES por três meses, para avaliação da indicação e da dose de acordo
com os critérios previamente identificados na literatura. Resultados: Foram incluídas 81 prescrições,
entretanto, apenas 27 puderam ser avaliadas mediante os critérios estabelecidos. Isso porque não pôde
ser atribuída insônia a 52 (64%) indivíduos e 2 casos foram identificados como exceção aos critérios
previamente estabelecidos. Dentre as 27 prescrições avaliadas, com relação à indicação, nenhum caso
atendeu aos critérios. Já em relação a dose, 2 (7%) casos estavam de acordo com o preconizado.
Conclusão: Os resultados podem suscitar que as práticas de prescrição do clonazepam para a insônia
fogem aos critérios previamente estabelecidos.
Palavras - chave: Insônia, clonazepam, estudos de utilização
Referências
1.
Sociedade Brasileira de Sono. I Consenso Brasileiro de Insônia. Hypnos – Hypnos
Journal of Clinical and Experimental Sleep Research. 2003.
2.
Agência Nacional de Vigilância Sanitéria. Ansiolíticos são destaque em Boletim da
Anvisa. Disponível em (http://portal.anvisa.gov.br).
3.
Consensus development conference statement. Drugs and Insomnia: The Use of
Medications To Promote Sleep (1983). NIH Consens Statement. 4(10): 1-19. Disponível em
(http://consensus.nih.gov).
4.
Royal College of Psychiatrists. Benzodiazepine, and dependence: a college statement
(1988). Psychiatric Bulletin. 12: 107-109. Disponível em (http://pb.rcpsych.org/content/12/3/107).
1398
5.
:341-6.
Kupfer DJ., Reynolds, CF. Management of Insomnia(1997). N Engl J Med. 336 (5)
1399
Reconciliação medicamentosa em um hospital militar do Rio de Janeiro
Marcelle Braga Class de Souza1, Paula Chagas de Farias Rocha2 & Ricardo Felipe
Soares 3
Hospital de Aeronáutica dos Afonsos, Rio de Janeiro, RJ, Brasil,
[email protected]
Objetivo: Avaliar a importância do trabalho farmacêutico na reconciliação medicamentosa aos
pacientes internados no hospital. Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo das
discrepâncias encontradas durante a reconciliação medicamentosa feita pela equipe de farmácia entre
Junho e Agosto de 2015. A lista dos fármacos utilizados pelos pacientes foi obtida através da Ficha
de Reconciliação Medicamentosa, através de entrevista com o paciente e/ou familiares, no momento
da admissão. Foram comparados os medicamentos de uso prévio com os prescritos e toda
discrepância detectada foi sinalizada e discutida com o médico e os resultados tabulados. Resultados:
No período de estudo foram realizadas 96 admissões, dessas, 44% (n=42) dos pacientes foram
reconciliados. De um total de 147 medicamentos reconciliados, 24% estavam discrepantes em relação
à prescrição médica hospitalar. Os farmacêuticos realizaram intervenções em todas as discrepâncias
encontradas. Não foi possível um maior número de reconciliações devido a atividade estar em fase
de implementação. Todas as discrepâncias encontradas foram comunicadas a equipe médica e todas
as intervenções foram aceitas. Foi observado que 71,9% das discrepâncias eram relacionadas a
omissão de medicamento na prescrição, 18,7% por decisão médica, 6,3% relacionada a substituição
do medicamento por outro e 3,1% por dose incorreta. Conclusão: O processo de reconciliação
medicamentosa têm um alto potencial para identificar as discrepâncias clinicamente importantes para
os pacientes, evitando assim os erros de medicação. A atuação do farmacêutico possibilitou identific ar
e intervir nas fragilidades no processo de uso de medicamentos, contribuindo assim para a segurança
e os cuidados ao paciente. Com a presença constante do farmacêutico, notou-se uma melhora na
comunicação com a equipe médica e de enfermagem, melhorando o contato, receptividade e o
reconhecimento.
Palavras-chave: Reconciliação medicamentosa, Segurança do paciente, erros de medicação
Referências:
1. Barnsteiner. (2005); Medication reconciliation: transfer of medication information across settings
– keeping it free from error. AJN. Supplement. p. 31-36.
2. Boockvar, Fishman, Kyriacou, Monias, Gavi, Cortes. (2004); Adverse Events Due to
Discontinuations in Drug Use and Dose Changes in Patients Transferred. Arch Intern Med. 164:545550.
3. Rothschild, Churchill, Erickson, Munz, Schuur, Salzberg, Lewinski, Shane, Aazami, Patka, Jaggers,
Steffenhagen, Rough, Bates. (2010); Medication Errors Recovered by Emergency Department
Pharmacists. Ann Emerg Med. 55:513-521.
1400
Avaliação independente
medicamentos
do
nível
de
inovação
terapêutica
de
novos
Rogério Hoefler1,2, Alessandra Russo de Freitas1, Wanessa de Souza Cardoso Quintão3 & Janeth de
Oliveira Silva Naves4.
1
Farmacêutico (a) do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Cebrim/CFF),
Conselho Federal de Farmácia, Brasília, Distrito Federal, Brasil, [email protected];
[email protected].
2
Farmacêutico, aluno de mestrado acadêmico do curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade
de Brasília - UnB, Brasília, Distrito Federal, Brasil, [email protected].
3
Estagiária do Cebrim/CFF. Aluna de graduação do curso de Ciências Farmacêuticas da
Universidade de Brasília - UnB, Brasília, Distrito Federal, Brasil, [email protected].
4
Farmacêutica, MSc, PhD, professora adjunta do curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade
de Brasília - UnB, Brasília, Distrito Federal, Brasil, [email protected].
Objetivo: elaborar avaliações independentes sobre novos medicamentos lançados no Brasil,
comparando-as com avaliações elaboradas por revista independente francesa (La revue Prescrire).
Metodologia: foram identificados os novos medicamentos registrados no Brasil, no período de
2003 a 2015, exceto vacinas e produtos biológicos. Neste trabalho, foram excluídos os
medicamentos não avaliados pela revista francesa e aqueles cuja indicação terapêutica diferiu entre
as avaliações comparadas. Os medicamentos selecionados foram avaliados quanto à
eficácia/efetividade e segurança, comparativamente aos tratamentos previamente disponíveis ou a
placebo, com base nas melhores evidências científicas disponíveis. Os medicamentos foram então
classificados, de forma independente, por dois farmacêuticos [avaliador 1 (AV1) e avaliador 2
(AV2)], em: inovador (I), não-inovador (NI) ou não classificável (NC), conforme classificação
adaptada de Lexchin (2015)1. Os mesmos medicamentos foram classificados a partir das avaliações
elaboradas pela revista Prescrire [avaliador 3 (AV3)]. As três avaliações foram comparadas e foi
verificada a consistência entre elas pelo cálculo do coeficiente Kappa2. Resultados: de um total de
46 novos medicamentos avaliados no período, no Brasil, 10 foram excluídos da comparação (8 por
não terem sido avaliados pela revista francesa e 2 em razão das diferentes indicações terapêuticas
consideradas nas avaliações). Dos 36 novos medicamentos avaliados, 8 (22,2%), 11 (30,5%) e 4
(11,1%) foram classificados como inovadores pelos avaliadores AV1, AV2 e AV3,
respectivamente. Na verificação da consistência entre as avaliações, obteve-se Kappa (geral) =
0,243 (IC95% 0,082-0,405), p=0,003. Conclusão: neste estudo, merece destaque o fato de que
apenas uma média de 8 (4-11) dos 36 novos medicamentos avaliados foram considerados
inovadores frente aos tratamentos já disponíveis na ocasião do registro. A classificação do nível de
inovação de um novo medicamento pode diferir entre avaliadores em razão do grau de
conhecimento e experiência clínica das pessoas envolvidas, do contexto epidemiológico e social
onde se realiza, do acesso às evidências científicas, entre outros fatores. Faz-se necessário o
desenvolvimento de critérios claros e objetivos que permitam avaliações consistentes, considerando
os aspectos acima, para subsidiarem profissionais da saúde e gestores nas tomadas de decisão em
saúde individual e coletiva envolvendo medicamentos.
Palavras-chave (Keywords): Inovação terapêutica, Medicamento novo, Avaliação independente
de medicamentos.
Referências:
1. Lexchin J. Health Canada’s use of its priority review process for new drugs: a cohort study. BMJ
Open 2015; 5:e006816. doi:10.1136/bmjopen-2014-006816.
1401
2. Landis JR, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics
1977; 33:159–74.
Agradecimentos: Conselho Federal de Farmácia, Universidade de Brasília.
1402
Perfil sociodemográfico e clínico de pacientes em uso de varfarina em Hospital
Público de Belo Horizonte
Fabiana Silvestre dos Santos¹ & Cássia Rodrigues Lima Ferreira¹
¹Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais. Hospital Governador Israel
Pinheiro (HGIP). Rua Alameda Ezequiel dias, 225, Santa Efigênia, Belo Horizonte, Minas Gerais.
E-mail: [email protected]
Introdução: A varfarina é utilizada para prevenção primária e secundária de tromboembolismo
venoso e arterial. Possui alta complexidade farmacocinética e farmacodinâmica e inúmeras
interações medicamentosas com outros fármacos e alimentos, favorecendo o aparecimento de
eventos adversos. Para implementar política de uso racional deste medicamento é fundamental o
conhecimento do perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes. Metodologia: Trata-se de estudo
quantitativo e transversal em pacientes internados com prescrição de varfarina no período de junho
a dezembro de 2014. O acompanhamento foi realizado em hospital terciário de Belo Horizonte, de
atendimento exclusivo aos servidores públicos do Estado de Minas Gerais e seus dependentes, com
362 leitos de internação. Foram analisados os perfis destes pacientes. Resultados: Foram
acompanhados 310 pacientes, sendo 176 (56,8%) do sexo feminino e a média de idade foi de 66,8
anos. Durante o acompanhamento, 88% apresentaram apenas um episódio de indicação do uso de
varfarina, enquanto 12% apresentaram dois ou mais. Da totalidade, 47,7% pacientes iniciaram
tratamento durante internação, enquanto 50% já faziam uso prévio. As principais indicações do
anticoagulante oral foram: tromboembolismo venoso (48,2%), cardiopatias (26,6%),
tromboembolismo arterial (9,4%) e outras causas (11,9%). As três clínicas que mais indicaram
anticoagulação com varfarina foram: clínica médica (48,4%), cardiologia (14,5%) e geriatria
(7,1%). Da totalidade, 179 pacientes (57,7%) receberam orientações para alta sobre o uso racional
da varfarina pelo farmacêutico considerando os seguintes aspectos: o que é anticoagulação, uso de
varfarina, interação com alimentos e monitorização do exame RNI, por meio de cartilha educativa,
e foram apresentados ao ambulatório de anticoagulação da instituição de saúde. Discussão:
Observou-se que a maioria dos pacientes que receberam prescrição de varfarina eram idosos, sendo
que seu uso nessa faixa etária apresenta riscos devido às alterações cognitivas, mudanças
relacionadas ao envelhecimento e polifarmácia. Dessa forma, conhecer o perfil dos pacientes
acompanhados é de extrema importância para estabelecer fluxo de orientação eficiente e dar
informações importantes ao paciente visando o uso seguro e autocuidado, a fim de atingirem metas
terapêuticas e minimizar eventos adversos.
Palavras-chave: Varfarina, Acompanhamento, Orientação
Referências Bibliográficas:
1.Dantas AG, et al. Controle da Anticoagulação com Varfarina Realizada em Ambulatório
Especializado. Rev Bras Cardiol, v. 26, n. 5, p.369-73, 2013.
2. Becker RC, et al. The Primary and Secondary Prevention of Coronary Artery Disease *:American
College of Chest Physicians Evidence-Based Clinical Practice Guidelines (8th Edition). Chest, v.
133, n. 6_suppl, 776S-814S, 2008.
3. Martins MAP, et al. Warfarin drug interactions: a comparative evaluation of the lists provided by
five information sources. Eur J Clin Pharmacol. v. 67, p. 1301-08, 2011.
1403
Intervenção Farmacêutica em Pacientes Transplantados como ferramenta de
inserção do Farmacêutico na prática clínica.
Bernardo Freitas Paula12; Bianca Castelo Lopes12; Carolina Esper Ferreira 12; Flávia Valeria dos
Santos Almeida1.
1. Instituto Nacional de Cardiologia-INC/MS Rio de Janeiro/RJ; 2.Faculdade de Farmácia, UFF;
Niterói/RJ.
e-mail: [email protected]
Introdução: A inserção do farmacêutico clínico no cuidado ao paciente transplantado cardíaco,
participando de rounds clínicos e fornecendo suporte de informações à equipe médica na terapia
medicamentosa, desponta como uma importante ferramenta de inserção do farmacêutico dentro da
interdisciplinaridade, das equipes de saúde. O Programa de Atenção Farmacêutica (PAF) a
transplantados cardíacos do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) se encontra norteado pelas
atividades do farmacêutico clínico hospitalar. Neste Programa os farmacêuticos residentes do
NERJ/MS, são inseridos no acompanhamento farmacoterapêutico, por meio da análise farmacêutica
da prescrição médica, os quais identificam possíveis alvos de alterações na terapia medicamentosa e
apresentam para a equipe médica. Segundo, o Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutico, este
ato farmacêutico tem por finalidade resolver problemas relacionados a medicamentos (PRMs) que
possam interferir na terapia medicamentosa do paciente, é definido como Intervenção Farmacêutica
(IF). Material e Método: Foi realizado um estudo analítico, prospectivo e transversal das
prescrições médicas dos pacientes atendidos no PAF em acompanhamento pós-cirúrgico no INC, no
período compreendido entre dezembro de 2012 a janeiro de 2013. O presente trabalho permitiu a
geração de um banco de dados a fim de realizar a identificação e classificação das interações
medicamentosas potenciais através do banco de dados do Software ® Drugs.com e com a análise
farmacêutica na revisão das prescrições médicas. Resultados: 190 interações medicamentosas
potenciais foram identificadas e classificadas quanto à severidade, com 12% (n=22) classificadas
como MAIORES, identificação de medicamentos não padronizados (2) e medicamentos com
melhor perfil terapêutico (1) foram alvos de IF, com aceitação de 90% na proposta de revisão da
terapia medicamentosa quando apresentado à equipe médica. Conclusão: Os resultados obtidos das
IF sugerem uma forma eficaz de prevenção de PRMs, além de garantir o uso seguro e racional dos
fármacos, permitindo uma melhora na qualidade da Assistência ao paciente transplantado, sendo as
atividades clínicas desenvolvidas pelo farmacêutico clínico hospitalar necessária e de suma
importância no cuidado ao paciente. Palavras-Chaves: Intervenção farmacêutica, Transplantados
Cardíacos, Cuidados Farmacêuticos. Projeto financiado: NERJ/MS; INC.
1404
Análise do perfil dos pacientes atendidos na farmácia ambulatorial da
UPINHA Dr. Moacyr André Gomes
Suzana Batista de Freitas¹, José Wellithom Viturino da Silva², Juciene Bezerra Rodrigues da
Silva³ & Rosali Maria Ferreira da Silva4
1 Universidade
Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil,
suzanabatistadefreitas@hotmailcom
² Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil, [email protected]
³ Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil,
[email protected]
4
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil, [email protected]
Objetivo: Avaliar o perfil de atendimento dos pacientes cadastrados na farmácia da UPINHA 24h
Dr. Moacyr André Gomes, conhecer o perfil dos pacientes cadastrados na unidade no que se refere
a sexo e faixa etária e avaliar a participação dos pacientes nos diferentes programas de saúde, os
principais medicamentos dispensados nos diferentes programas de saúde e os custos relacionados
com à dispensação. Metodologia: Foram utilizados dados referentes aos pacientes atendidos na
UPINHA Dr. Moacyr André Gomes, localizada no Morro da Conceição, Distrito Sanitário III, da
cidade do Recife-Pernambuco, Brasil. Estas informações são provenientes de relatórios do sistema
HÓRUS (Sistema Nacional de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica). A população da
pesquisa foi constituída por todos os pacientes cadastrados no sistema, e pertencentes aos
programas de Asma e Rinite, Assistência ao Climatério, Cardiovascular/Hipertensão, Dislipidemia,
Diabetes, Hanseníase, Saúde da mulher/Planejamento Familiar e do programa de Tuberculose,
atendidos na unidade no período de 29 de janeiro de 2014 até 22 de janeiro de 2015. Resultados e
discussão: A farmácia da unidade de saúde atendeu 1053 pacientes nos diferentes programas
de saúde, onde 750 pacientes (71,2%) eram do sexo feminino e 302 (28,7%) do sexo
masculino. A maior parte dos pacientes atendidos, 519 pacientes (49,3%) encontra-se na faixa
etária de sessenta anos. O programa de saúde com maior número de pacientes assistidos é o
cardiovascular/hipertensão, o qual atende 738 pacientes, dentre os quais existe uma
prevalência de 70% com faixa etária de sessenta anos(55,3% 408 pacientes). A insulina
humana NPH é o medicamento responsável por quase 50% dos gastos relacionados aos
medicamentos, sendo o antihipertensivo losartana mais dispensado no programa de saúde
cardiovascular/hipertensão. Conclusão: Com isso observou-se a importância do
monitoramento através do sistema HÓRUS para possibilitar um maior controle na
dispensação dos medicamentos de acordo com os programas de saúde, contribuindo assim
para ampliar a prática da assistência farmacêutica no SUS.
Palavra-chave: upinha, medicamento, hipertensão, diabetes
References:
1. Guimarães, L.S.; Castro, A.G.A. Lat Am J Pharm. (2008) ;27(4):543-7.
2. Oliveira, N.S.C.;Xavier, R.M.F.; Araújo, P.S.Rev Ciênc Farm Básica Apl. (2012); 33(2):283
3. Santos Filho, R.D; Martine, T.L.R Arq Bras Endocrinol Metab(2002) vol 46 nº 3
1405
Implantação de serviços clínicos farmacêuticos em um centro de distribuição de
medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica
Genival Araújo dos Santos Júnior1, Rafaella de Oliveira Santos Silva1, Andreza Bomfim Barros2 &
Divaldo Pereira de Lyra Jr.1
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social – LEPFS, Departamento de Farmácia,
Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil, [email protected]; 2Centro de
Atenção à Saúde de Sergipe – CASE, Secretaria Estadual de Saúde, Governo de Sergipe, Brasil,
http://www.saude.se.gov.br.
1
RESUMO
OBJETIVO. Implantar serviços clínicos farmacêuticos em um centro de distribuição de
medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF).
METODOLOGIA. Foi realizado um estudo de desenvolvimento metodológico de agosto de 2013
a março de 2015, no Centro de Atenção à Saúde de Sergipe. O processo de implantação do serviço
seguiu as etapas do modelo proposto por Brito (2015)1, a saber: avaliação da infraestrutura,
capacitação da equipe, definição dos serviços e processos, seleção de indicadores, estabelecimento
dos serviços e processos de trabalho além de avaliação da performance. Todos os pacientes
incluídos foram esclarecidos sobre os objetivos dos Serviços Clínicos Farmacêuticos desenvolvidos
e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram computados em
planilha Excel® 2010, foi utilizada estatística descritiva e a apresentação dos mesmos foi autorizada
pelo Superintendente Executivo da Secretaria Estadual de Saúde do Governo de Sergipe.
RESULTADOS. No processo de implantação foi viabilizada uma vaga para farmacêutico com
experiência clínica e oito vagas por semestre para estudantes de Farmácia. Cada turma de
estagiários cumpriu 64 horas de treinamento teórico, seguido do treinamento supervisionado. A
infraestrutura disponibilizada foi: quatro consultórios privativos com mobiliário, quatro
computadores, uma impressora, quatro dispositivos clínicos, internet e material de consumo.
Quanto as definições dos processos e serviços, foram definidos: ações de rastreio e educação em
saúde, serviço remoto de informações sobre medicamentos, revisão da farmacoterapia e seguimento
farmacoterapêutico. Foram elaborados cinco instrumentos para coleta de dados, quatro protocolos
de consultas farmacêuticas e três folders de educação em saúde. No transcorrer do estudo foram
realizadas 327 consultas, em 96 pacientes e realizadas 2.384 intervenções farmacêuticas. Nas ações
de rastreio foram atendidos 294 pacientes, nos quais foram realizadas 996 aferições de parâmetros
clínico-antropométricos. Durante a execução do projeto foi gerada a seguinte produção científica:
dois resumos para congresso, uma publicação em revista da área, sete apresentações em congresso e
17 entrevistas a veículos de comunicação. CONCLUSÃO. A implantação dos serviços
farmacêuticos clínicos foi positiva enquanto piloto para pontos de atenção a pacientes do
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.
Palavras-chave: Implantação, Serviços farmacêuticos, Componente Especializado
Agradecimento
Governo do Estado de Sergipe, CAPES e CNPq
Referências
1. Brito GC. (2015). Serviços clínicos farmacêuticos em unidades do programa Farmácia Popular
do Brasil do estado de Sergipe: implantação, implementação e consolidação. São Cristóvão. Tese
[Doutorado em Ciências da Saúde] - Universidade Federal de Sergipe.
1406
Seguimento Farmacoterapêutico de pacientes com asma no Componente
Especializado da Assistência Farmacêutica: série de casos
Rafaella de Oliveira Santos Silva1, Genival Araújo dos Santos Júnior1, Andreza Bomfim Barros2 &
Divaldo Pereira de Lyra Jr.1
1
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social – LEPFS, Departamento de Farmácia,
Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil, [email protected]; 2Centro de
Atenção à Saúde de Sergipe – CASE, Secretaria Estadual de Saúde, Governo de Sergipe, Brasil,
http://www.saude.se.gov.br.
RESUMO
OBJETIVO. Avaliar os resultados clínicos de um grupo de pacientes com asma em um Serviço de
Atenção Farmacêutica (SAF) do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.
METODOLOGIA. Foi realizado um estudo longitudinal prospectivo de janeiro de 2014 a março
de 2015, no SAF do Centro de Atenção à Saúde de Sergipe. Os pacientes foram selecionados a
partir dos seguintes instrumentos: teste de controle da asma (ACT)1, teste de qualidade de vida para
doença respiratória2 e teste de conhecimento sobre a asma3. Após seleção, os pacientes tiveram
consultas sistemáticas agendadas com Farmacêutico e/ou estagiários de Farmácia. As consultas
farmacêuticas seguiram protocolos desenvolvidos pelos pesquisadores e as variáveis coletadas
foram: perfil sociodemográfico e farmacoterapêutico, ACT1, técnica de administração de
dispositivos inalatórios (TADI)4 e problemas farmacoterapêuticos5. Todos os pacientes incluídos
foram esclarecidos sobre os objetivos do SAF e assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido. Para análise das variáveis foi utilizada estatística descritiva e teste t-pareado validado
pelo Teste de Wilcoxon, p<0,05, com intervalo de confiança de 95%. A apresentação dos dados foi
autorizada pelo Superintendente Executivo da Secretaria Estadual de Saúde do Governo de
Sergipe. RESULTADOS. Foram incluídos no estudo 14 pacientes, com mesma prevalência entre
os sexos e média de 54,43 ± 11,68 anos. Durante o estudo foram realizadas 74 consultas
farmacêuticas (mínimo de 3 e média de 5,28 ± 2,7 consultas por paciente). A média de
medicamentos por consulta foi de 4,57 ± 1,68, sendo que os mais prescritos foram: formoterol e
budesonida. Durante as consultas foram registrados 134 problemas farmacoterapêuticos e 959
intervenções farmacêuticas. O problema mais frequente foi o de necessidade (40,29%, n=54) e as
intervenções mais frequentes foram: monitoramento clínico (38,99%, n=374), investigação dos
problemas de saúde e farmacoterapêuticos (24,5%, n=235), adesão à farmacoterapia (9,07%, n=87)
e orientação sobre TADI4 (8,44%, n=374). Após o seguimento farmacoterapêutico, houve melhora
significativa no que concerne ao ACT1 (17,2 vs. 21,5, p=0,0132) e TADI4 (9,5 vs. 12,07,
p=0,0037). CONCLUSÃO. O Serviço de Atenção Farmacêutica foi efetivo quanto ao controle dos
sintomas e a técnica de administração de dispositivos inalatórios em um grupo de pacientes com
asma.
Palavras-chave: Asma, Seguimento Farmacoterapêutico, Componente Especializado.
Agradecimento
Governo do Estado de Sergipe, CAPES e CNPq
Referências
1. Schatz M, Sorkness CA, Li JT, Marcus P, Murray JJ, Nathan RA, et al. (2006); J Allergy Clin
Immunol. 117(3):549-56.
1407
2. Camelier A, Rosa FW, Salmi C, Nascimento OA, Cardoso F, Jardim JR. (2006); J Bras Pneumol.
32(2):114-22.
3. Borges MC, Ferraz E, Pontes SMR, Cetlin ACVA, Caldeira RD, Silva CS, et al. (2010); J Bras
Pneumol. 36(1):8-13.
4. Muniz JB, Padovani CR, Godoy I. (2003); J Bras Pneumol. 29(2):75-81.
5. Panel de Consenso. (2002); Ars Pharm. 43(3-4):175-84.
1408
Intervenções Farmacêuticas numa unidade de transplante renal de um hospital
universitário
Allane Niely Gouveia Vieira1, Cynthia Hatsue Kitayama Cabral2, Luana Cristina Lins de
Medeiros3, Luziana de Azevedo Firmino4, Paloma Karoline da Silva Brasil5 & Rosa Maria Almeida
Gurgel de Azevedo6
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Brasil, [email protected];
Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, [email protected]; 3Hospital
Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, [email protected]; 4 Hospital Universitário
Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, [email protected]; 5Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, [email protected]; 6Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
Natal/RN, Brasil, [email protected]
2
Objetivo: Relatar as intervenções farmacêuticas e seu grau de aceitabilidade pela equipe de saúde
em uma unidade de transplante renal do Hospital Universitário Onofre Lopes, localizado em
Natal/RN. Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo, através da análise e quantificação
das intervenções farmacêuticas registradas no formulário de acompanhamento clínico dos pacientes
internados na unidade de transplante renal, no período de Janeiro a Julho de 2015. Os dados foram
analisados estatisticamente pelo Microsoft Excel versão XP. Resultados: De 63 pacientes
acompanhados, foram registradas 111 intervenções farmacêuticas, das quais 48 (43,24%) refere-se a
sugestão de mudança na terapia medicamentosa devido a interações de alto risco detectadas nas
prescrições, com 27 (56,25%) destas intervenções, aceitas; 31 (27,93%) diz respeito a ajuste de dose
para função renal, com 26 (83,87%) doses ajustadas após intervenção; 13 (11,71%) registradas em
relação a administração de medicamentos, onde 6 (46,15%) aceitas, resultaram em alteração no
tempo infusão do medicamento e 7 (53,85%) foram aceitas quanto a diluição adequada. Por último,
19 (17,12%) intervenções de orientações gerais quanto aos medicamentos prescritos. Conclusão:
Os resultados sugerem que as intervenções farmacêuticas realizadas implicaram em alteração do
cuidado ao paciente e foram ferramentas efetivas na prevenção de eventos adversos, o que reforça a
importância do acompanhamento clínico pelo farmacêutico, resultando em significativa melhora na
qualidade da assistência hospitalar.
Palavras-chave: Intervenção farmacêutica, Transplante Renal, Aceitabilidade
Referências:
1. Salgado MT, Moles R, Benrimoj SI, Llimos FF. (2012); Parmacists’ interventions in the
management of patients with chronic kidney disease: a systematic review. Nephrol Dial
Transplant. 27: 276-292
2 Nunes PHC, Pereira BMGP, Nominato JCS, Albuquerque EM, Silva LFN, Castro IRS, Castilho
SR. (2008); Intervenção farmacêutica e prevenção de efeitos adversos. Brazilian Journal of
Pharmaceutical Sciences. 44(4)
3. Wang HY, Chan ALF, Chen MT, Liao CH, Tian YF. (2008); Effects of Pharmaceutical Care
Intervention by Clinical Pharmacists in Renal Transplant Clinics. Kidney transplantation.
40(7):2319-2323
1409
Planejamento Estratégico Situacional como ferramenta para inserção do serviço
de Gerenciamento da Terapia Medicamentosa (GTM) em uma Unidade Básica
de Saúde de Belo Horizonte
Marianne Sardenberg Costa¹, Simone de Araújo Medina Mendonça¹ & Djenane Ramalho de
Oliveira¹
1
Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, Minas Gerais, Brasil. [email protected]
Objetivo: Descrever a aplicação do Planejamento Estratégico Situacional (PES) como ferramenta
para estruturar a fase inicial de inserção do serviço de GTM em uma Unidade Básica de Saúde
(UBS). Metodologia: Utilizou-se a metodologia de PES proposta por Moysés et al. O
desenvolvimento do plano envolveu fase filosófica, análise do ambiente externo e interno com
matriz SWOT e um sistema de avaliação de resultados. Para reconhecimento do ambiente e fluxos
de trabalho da UBS, empregaram-se técnicas de pesquisa qualitativa, como entrevistas aos
profissionais da UBS, observação participante, análise de documentos. As informações foram
coletadas entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014. Resultados: A aplicação do PES permitiu a
estratificação do nível de influência das atividades e componentes da UBS para o GTM.
Identificaram-se as ameaças e oportunidades presentes na UBS e as forças e fraquezas da equipe
GTM para o enfrentamento dos pontos observados. Dessa análise, surgiu a proposta de separação
das atividades em dois ramos de ação, as diretamente ligadas ao atendimento clínico e as ações
estratégicas. As ações diretamente ligadas ao GTM sofrem interferências diretas do contexto de
inserção, mas há maior controle interno para manejo de possíveis dificuldades. As ações
estratégicas propõem a atuação da equipe GTM em pontos que podem impactar o serviço, mesmo
não estando diretamente vinculados ao atendimento clínico. São oportunidades de estabelecer maior
envolvimento com a equipe e garantir expansão, pois visam captar pacientes e atender outras
demandas da unidade vinculadas ao farmacêutico. O diagnóstico situacional fomentou a
programação do serviço, definindo-se formas de estabelecer o público alvo, o quantitativo de
atendimentos, as metas progressivas a serem alcançadas com prazo e os possíveis indicadores de
processo, de resultados e de avaliação da qualidade do serviço. Missão e visão foram propostas de
forma colaborativa. Elaborou-se um diagrama com componentes e fases do cuidado no GTM.
Conclusão: A aplicação do PES proporcionou uma reflexão constante do ambiente no qual o GTM
seria inserido, direcionando os componentes e fases da implantação. O planejamento estratégico
garante organização de ferramentas para a gestão do serviço. A inserção planejada estrutura as
ações necessárias para atendimentos clínicos realizados pelo farmacêutico.
Palavras chave: Atenção farmacêutica, cuidado farmacêutico, Gerenciamento da Terapia
Medicamentosa, Planejamento estratégico, Atenção Primária a Saúde
Agradecimentos: A equipe do Centro de Saúde Gentil Gomes pela acolhida e contribuições
valiosas ao desenvolvimento do trabalho e a toda equipe do CEAF-UFMG envolvida.
Referências:
1. Moysés JF, Kestelman HN, Junior LCL, Torres MCS (2010); Planejamento e Gestão estratégica
em organizações de saúde. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora FGV. 160 p.
2. Ramalho de Oliveira D (2011); Atenção farmacêutica: da filosofia ao gerenciamento da terapia
medicamentosa. 1 ed. São Paulo: RCN Editora. 328 p.
1410
Avaliação dos conhecimentos e habilidades de comunicação dos farmacêuticos de
um hospital público de alta complexidade
Thaciana dos Santos Alcantaraa, Thelma Onozatoa, Fernando Castro de Araújo Netoa & Divaldo
Pereira de Lyra Jra.
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social – LEPFS, Departamento de Farmácia,
Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil, [email protected]
a1
Objetivos: Avaliar os conhecimentos e habilidades de comunicação dos farmacêuticos de um
Hospital público de alta complexidade na orientação de medicamentos.
Método: No estudo foi utilizada amostra por conveniência composta por seis farmacêuticos
participantes do projeto de implantação da Farmácia Clínica no hospital público de alta complexidade
do estado de Sergipe. Para avaliação foi realizada uma gravação audiovisual da orientação do uso de
medicamentos a pacientes simulados fornecida pelos farmacêuticos antes e 45 dias depois da
capacitação de 4h sobre dispositivos inalatórios e habilidades de comunicação. Para análise dos dados
foi realizada a análise por dois pesquisadores utilizando o instrumento “Avaliação do Processo de
Atendimento Farmacêutico”.
Resultados: No estudo 83,3% dos farmacêuticos eram do gênero feminino. Quanto a impressão geral
sobre as habilidades de comunicação, profissionais e conhecimentos, antes da capacitação 83,3%
farmacêuticos se enquadravam no nível regular e 16,6% como bom. Após, 50% se enquadraram em
regular e 33,3% em bom. Houve diferença de 16,7% para 33,3% dos farmacêuticos que se dedicaram
para orientar por tempo suficiente. No entanto, não houve alteração na orientação do preparo do
dispositivo, tanto antes como após a capacitação, 66,6% dos farmacêuticos realizaram
adequadamente esses passos. Além disso, não houve diferença significativa na orientação da técnica
de uso do dispositivo. No primeiro momento, 83,3% dos farmacêuticos não realizaram a orientação
ou realizaram de forma incorreta, após a capacitação, 83,3% não realizaram ou realizaram de forma
incompleta. Segundo a literatura, o farmacêutico pode ser um profissional de saúde estratégico para
orientar sobre o uso dos medicamentos, identificando os problemas e proporcionando o uso seguro,
apropriado e efetivo da farmacoterapia.
Conclusão: Os dados obtidos demonstram que o método do paciente simulado, durante a capacitação
dos farmacêuticos avaliados, aperfeiçou as orientações sobre o uso de medicamentos. Todavia, apenas
uma capacitação pode ter sido insuficiente para o alcance de diferenças significativas. Futuros estudos
devem reduzir vieses, otimizando conhecimentos e habilidades necessários ao cuidado de pacientes.
Palavras-chave: paciente simulado, capacitação, farmacêutico, farmácia clínica
Agradecimento
CAPES
Referências
1.
2.
3.
4.
Mesquita AR. et al. (2010); Pat Educ Couns. 78(2): 143-8.
Berger K. et al. (2005); J Clin Pharm Ther. 30(1): 45-57.
Mesquita AR. et al. (2012); Lat Am J Pharm. 31(10): 1422-9.
Mesquita AR. et al. (2013); Int J Clin Pharm. 35(4): 647-55.
1411
Intervenção farmacêutica na interação medicamentosa entre anti-hipertensivos
associados a antimicrobianos.
Aruana Romualdo1, Silvana Maria de Almeida1, Ernane Jesus Pereira Silva² & Wladmir Mendes
Borges Filho³
¹Farmacêutica Serviço de informações e segurança sobre medicamentos – SISM
²Farmacêutico Clinico – Hospital Albert Einstein
³Farmacêutico Gerente da Farmácia Hospitalar – Hospital Albert Einstein
Hospital Israelita Albert Einstein – São Paulo – SP – Brasil – [email protected]
Objetivo: Identificar pacientes em utilização de inibidores de enzima conversora de angiotensina
(IECA) e antagonista de angiotensina (AT1), com prescrição de antimicrobianos, relacionando-os
ao aumento do nível sérico de potássio para intervenção da farmácia cínica. Metodologia: Estudo
realizado em Hospital terciário de grande porte com 620 leitos em São Paulo, por meio de relatórios
diários utilizando-se o sistema de gestão hospitalar SGH – Medtrak e sistema logístico
Systemanalyse und Programmentwicklung SAP, foram identificados os pacientes de todo o
Hospital utilizando inibidores de ECA (captopril, enalapril, ramipril, lisinopril) ou bloqueadores de
angiotensina (losartana, valsartana, olmesartana, candesartana e telmisartana) que também possuíam
prescrição de antimicrobianos (Ciprofloxacina, norfloxacina, e sulfametoxazol/trimetoprima) e
identificados aqueles que possuíam nível sérico alterado de potássio (acima de 5 mEq/L) ou mesmo
que não tivessem sendo monitorados para o potássio. Este relatório é encaminhado aos
farmacêuticos clínicos que fazem as intervenções, contato com prescritor, possível alteração da
prescrição ou solicitação de exames e outros monitoramentos necessários à melhor adequação da
conduta do paciente. Estes dados são evoluídos pelo farmacêutico clínico e as informações são
compiladas pelo SISM. Resultados: De Janeiro a Julho de 2015 tivemos 210 pacientes selecionados
sendo que em 47 havia necessidade de intervenção. Sendo 89,4% dos pacientes sem monitoramento
de nível de potássio e 10,6% com nível sérico aumentado. Dentre as intervenções tivemos: 71% de
solicitação de nível sérico potássio; em 9,7 % foi suspenso o inibidor de ECA/ AT1; em 3,2% o
antimicrobiano foi suspenso; em 3,2% foi incluído medicamento para tratar hipercalemia e em
12,9% foi mantida a conduta pelo prescritor. Conclusão: Após o alerta do FDA (Food and Drug
Administration) sobre possíveis interações medicamentosas entre IECA/AT1 associados aos
antimicrobianos podendo levar a reações adversas graves, a identificação do paciente e o
acompanhamento do nível sérico de potássio podem incrementar a atuação do farmacêutico clínico
possibilitando intervenções quando necessário contribuindo desta forma para redução de eventos
adversos graves.
Palavras-chaves: Interação medicamentosa, Evento adverso, Farmácia clínica, Centro de
informações sobre medicamentos
Referencias
1. Etminan M, Brophy JM. Antibiotics and sudden death in adults taking renin-angiotensin
system blockers. BMJ. 2014 Oct 30;349:g6242.
2. Kheirbek RE, Shara N. Cotrimoxazole is associated with sudden death in olderpatients
receiving inhibitors of renin-angiotensin system. Evid Based Med. 2015 Jun;20(3):113.
3. Micromedex® Solutions [Internet]. [place unknown]: Truven Health Analytics. c2012 2015
[cited
2015
august].
Available
from:
http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch
4. Lexi-Comp Interaction Monograph [Internet]. UpToDate c2015 [cited 2015 Sep15].
Available from: http://www.uptodate.com/crlsql/interact/frameset.jspe
5. Antoniou T, Gomes T, Juurlink DN, Loutfy MR, Glazier RH, Mamdani MM.
1412
Trimethoprim-sulfamethoxazole-induced hyperkalemia in patients receiving
inhibitors of the renin-angiotensin system: a population-based study. Arch Intern Med. 2010
Jun 28;170(12):1045-9
1413
Perfil de utilização de medicamentos sob orientação de prescritor, adquiridos
por usuários de uma rede privada de farmácias comunitária na região do
Submédio do Vale do São Francisco.
Ticianno Menezes Neves Pereira¹, Brunna Quéssia Soares de Miranda¹, Rayane Moriza
Pereira dos Passos¹, Suzana Barbosa Bezerra², Deuzilane Muniz Nunes3
¹Discente da Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF, Petrolina, PernambucoBrasil.
²Docente da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza-FAMETRO, Fortaleza, Ceará, Brasil,
[email protected]
³Docente da Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF - Colegiado de Farmácia,
Petrolina, Pernambuco, Brasil, [email protected].
Objetivo: O presente trabalho buscou conhecer o perfil de utilização de medicamentos adquiridos,
sob orientação de um prescritor, por usuários de uma rede privada de farmácias comunitárias na região
do Submédio do Vale do São Francisco. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional,
transversal e descritivo, em três farmácias, uma localizada em Juazeiro (BA) e outras duas em
Petrolina (PE). Envolveu clientes a partir de 18 anos e que adquiriram pelo menos um medicamento
de Janeiro a Março de 2015. Foram recrutados, aleatoriamente, após serem atendidos na farmácia,
submetidos ao processo de consentimento informado, para então ser realizado interrogatório a partir
do formulário que continha informações demográficas e socioeconômicas de cada participante e sobre
cada medicamento adquirido. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética, seguindo todos os
preceitos éticos. Resultados: Foram incluídos 385 participantes e 248 (64,4%) adquiriram pelo
menos um medicamento segundo indicação de prescritor habilitado, sendo a maioria destes do sexo
feminino (62,9%). A quantidade total de medicamentos adquiridos por todos os participantes foi de
607, sendo 393 (64,7%) deles indicados por profissional habilitado a prescrever, sendo 292
dispensados com a apresentação da prescrição. Os medicamentos indicados por prescritores eram em
maioria de referência (51,7%), seguidos de genéricos (38,7%), possuíam tarja vermelha sem
necessidade de retenção da prescrição (62,1%), eram indicados para uso crônico (66,4%) e adquiridos
para uso próprio (76,8%). O farmacêutico, que é habilitado a prescrever medicamentos isentos de
prescrição, foi responsável por 08(2%) destas indicações. Em relação as classes dos medicamentos,
teve destaque a classe C (C09C: Agentes antagonistas de Angiotensina II), seguida da A (A10B:
Antidiabéticos orais e A02B: Medicamentos para úlcera péptica e doenças de refluxo gastresofágico)
e N (N06A: Antidepressivos e N03A: Antieplépticos). Conclusões: A dispensação de medicamentos
que foram indicados por profissional prescritor pode ser considerada baixa, sendo mais frequente
entre os medicamentos para tratamento crônico. Sabe-se que a conduta de uso de medicamentos sem
orientação adequada é um problema frequente não só na região estudada, devendo ser fortemente
estimulada a realização de ações voltadas para a promoção do uso racional de medicamentos em todas
as regiões do Brasil.
Palavras-Chaves: Utilização de medicamentos, Farmácia, Prescrição.
Referências:
1. ARAUJO, P. T. B.; UCHÔA, S. A. C. (2011). Evaluation of quality medication prescription
of a teaching hospital. Ciência & Saúde Coletiva, 16(Supl. 1):1107-1114.
2. SOUZA, J. M. et al. (2012) Avaliação dos indicadores de prescrição e da demanda atendida
de medicamentos no Sistema Único de Saúde de um município do Sul do Estado de Santa
Catarina. RevCiêncFarm Básica Apl., v.33, n.1, p.107-113.
1414
Aportes acerca de los servicios profesionales farmacéuticos en foros de debate de
un curso online
Pedro Armando¹, Nancy Solá¹, Patrícia Martínez2, Susana Martínez2, Elbio Costa2, Maria Isabel
Tenllado2
1
Facultad de Ciencias Químicas. Universidad Nacional de Córdoba, Córdoba, Argentina, Haya de la
Torre y Medina Allende s/n. Ciudad Universitaria; 2Colegio de Farmacéuticos de Córdoba,
Córdoba, Argentina, Corro 146.
Objetivos
Consolidar aportes acerca de los servicios profesionales farmacéuticos (SPF), presentados en foros
de debate por los participantes de un curso online.
Metodología
En el marco del curso online “Servicios profesionales farmacéuticos: hacia un nuevo modelo de
práctica asistencial”, se desarrollaron 3 foros de debate sobre diversos aspectos de los SPF.1-3 En el
primero se debatió sobre la necesidad de un cambio de paradigma en el ejercicio profesional. En el
siguiente se describieron los servicios que se prestan actualmente y se confrontaron con los
requisitos de los SPF. El tercer foro estuvo relacionado a estrategias individuales y colectivas para
conseguir una adecuada implementación de los SPF. Cada foro tuvo una duración de 2 semanas y al
finalizar el docente responsable elaboró, a modo de conclusiones, un resumen de los aportes, que
fue puesto a consideración de todos los participantes.4-6
Resultados
Participaron 240 profesionales en 7 grupos de debate. Con relación al primer foro expresaron que
no es posible cambiar el modelo de ejercicio profesional si se continúan realizando las mismas
actividades en las farmacias y si la remuneración del farmacéutico sigue ligada a un margen de
comercialización del precio del medicamento.
Respecto al segundo foro se concluyó que actualmente se están brindando en las farmacias servicios
con una orientación más al producto que al paciente. Por ello los pacientes no los distinguen como
SPF y no será posible pretender una retribución por ellos.
En el tercer foro se destacaron como estrategias individuales la necesidad de conocer el perfil
sanitario de los pacientes asistidos, evaluar los recursos disponibles y delegar tareas. En el ámbito
colectivo se destacó el liderazgo que deben asumir los Colegios Profesionales, estableciendo
acuerdos con obras sociales, y la necesidad de disponer de un marco jurídico que respalde un
apropiado ejercicio de los SPF.
Conclusiones
Los foros de debate favorecen el aprendizaje colaborativo y la construcción de conocimientos al
permitir la interacción y el intercambio de ideas. La consolidación de los aportes efectuados por los
profesionales participantes permite disponer de documentos de trabajo muy útiles al momento de
diseñar estrategias locales que impulsen la implantación de los SPF.
Palabras clave: Atención Farmacéutica, Foros de Discusión, Educación a Distancia, Educación
Basada en Competencias, Gestión de la Práctica Profesional.
Referencias:
1. Documento de posición de la OPS/OMS (2013). Servicios farmacéuticos basados en la atención
primaria de salud. Washington DC: OPS.
2. FIP/OMS (2006). Recuperado de
http://www.fip.org/files/fip/publications/DevelopingPharmacyPractice/DevelopingPharmacyPractic
eES.pdf
1415
3. FIP/OMS (2011) Recuperado de
https://www.fip.org/www/uploads/database_file.php?id=334&table_id=
4. Ornelas Gutiérrez D. (2007). Recuperado de www.rieoei.org/expe/1900Ornelas.pdf
5. Mallo A, Domínguez MB, Laurenti LL (2012). Recuperado de
http://rieege.tecvirtual.mx/index.php/rieege/article/view/17
6. Mora Vicarioli F (2011). Recuperado de
http://investiga.uned.ac.cr/revistas/index.php/revistacalidad/article/view/421
1416
O papel do farmacêutico clínico e suas contribuições no
desenvolvimento e aprimoramento de protocolos clínicos
Gabriela Sandoval da Silva1; Bruna Silva Fernandes da Costa2; Christopher Lucas
Negrete3; Janbison Alencar dos Santos4; Lygia Leão Fernandes5; Carolina Azevedo
Tibo6; Natália Tatiana Colhado de Alexandria7; Maria Aparecida de Souza Silva8;
Nelma Lourenço de Matos Cruz9; Rodrigo Spinelli Macedo10; Bianca Silva Svicero11
1. Farmacêutico Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia
- Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo/SP, Brasil.
[email protected];
2. Farmacêutico Residente do Programa de Residência Multiprofissional em
Cardiologia - Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo/SP, Brasil.
[email protected];
3. Farmacêutico Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia
- Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo/SP, Brasil.
[email protected];
4. Farmacêutico Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Terapia
Intensiva Adulto - Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo/SP,
Brasil. [email protected];
5. Farmacêutico Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia
- Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo/SP, Brasil.
[email protected];
6. Farmacêutico Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia
- Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo/SP, Brasil.
[email protected];
7. Farmacêutico Residente do Programa de Residência Multiprofissional em
Transplante - Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo/SP, Brasil.
[email protected];
8. Farmacêutico Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Terapia
Intensiva Adulto - Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo/SP,
Brasil. [email protected];
9. Farmacêutico de Terapia Intensiva do Hospital São Paulo – Universidade Federal de
São Paulo – UNIFESP, São Paulo/SP, Brasil. [email protected];
10. Coordenador do Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia –
Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo/SP, Brasil.
[email protected];
11. Farmacêutico Preceptor do Programa de Residência Multiprofissional em Terapia
Intensiva - Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo/SP, Brasil.
[email protected];
1417
Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo geral a análise das incoerências
encontradas pelo farmacêutico clínico nas prescrições médicas de uma Unidade de
Terapia Intensiva de um Hospital Terciário e sua correlação com medicamentos de alta
vigilância (MAV) e baixo índice terapêutico de acordo com o Boletim de Medicamentos
Potencialmente Perigosos – Instituto Para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos
(ISMP) - 2013 e a RDC 354 de 2003. De forma específica a pesquisa visa avaliar a
necessidade de mudanças no Protocolo de Segurança no uso de MAV da instituição e
caracterizar a contribuição do farmacêutico clínico na definição de protocolos.
Metodologia: Estudo observacional do tipo retrospectivo. Foram analisadas as
incoerências descritas em uma planilha de Microsoft Excel® encontradas durante análise
do farmacêutico clínico das prescrições médicas de uma Unidade de Terapia Intensiva
realizada no período de abril a junho de 2015. Posteriormente estes dados foram
quantificados e relacionados com os MAV’S, segundo o ISMP e os medicamentos de
baixo índice terapêutico com base na RDC nº 534 de 2003. Resultados: Foram
encontradas 63 incoerências, sendo 50,79 % de baixo índice terapêutico e 49,21%
relacionado a medicamentos de alta vigilância. Destas incoerências 39,68% estão
correlacionadas a erros como tempo de infusão; 20,63% com o diluente; 17,46% com
interações medicamentosas; 7,93% com duplicidade na prescrição; 6,34% com
duplicidade terapêutica; 4,76% com dose incorreta; 1,60% com a indisponibilidade da
medicação e 1,60% com via de administração incorreta. O MAV encontrado com maior
frequência foi a Enoxaparina com 11,11% e de baixo índice terapêutico foi a Fenitoína
com 33,33%. Conclusão: Através da análise dos dados foi identificada uma
necessidade de atualização do protocolo da Instituição, visto que dentre os
medicamentos contemplados como alta vigilância não havia sido incluído o
medicamento Enoxaparina que apareceu como o mais citado nas incoerências voltadas à
alta vigilância. Sendo assim a análise do farmacêutico clínico com o auxílio de
ferramentas para gerar indicadores, contribuí na formulação de protocolos clínicos mais
fidedignos à realidade do Hospital, pois, fornece à equipe multiprofissional dados
consistentes sobre o perfil de utilização dos medicamentos e a prática de segurança do
paciente.
Palavras-chave: segurança do paciente; protocolos clínicos; vigilância
Referências:
Boletim ISMP, Brasil. Medicamentos potencialmente perigosos. Jan 2013, vol. 2 nº 1.
1418
BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada nº 534, de 18 de dezembro de 2003.
Brasília, DF: [s.n], 2003.
1419
Resultados de um serviço de gerenciamento da terapia medicamentosa na
Unidade Básica de Saúde Campinho de Lagoa Santa/MG
1
Samuel Rodrigues Almeida e Sousa, 2Grazielli Cristina Batista de Oliveira, 2Michelle Bonifácio
Bittencourt, 3Ana Nunes, 3João de Carvalho & 1Djenane Ramalho de Oliveira
1
Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, Minas Gerais, Brasil, [email protected]
2
Assistência Farmacêutica, Lagoa Santa, Minas Gerais, Brasil, [email protected]
3
Unidade Básica de Saúde Campinho, Lagoa Santa, Minas Gerais, Brasil, [email protected]
OBJETIVO: Descrever o processo de estruturação do serviço de Gerenciamento da Terapia
Medicamentosa (GTM)1 na atenção básica a fim de promover a atuação interdisciplinar na promoção
do uso racional dos medicamentos. METODOLOGIA: Pesquisa descritiva acerca da reestruturação
da Assistência Farmacêutica do município de Lagoa Santa, Minas Gerais. Foram utilizadas técnicas
de observação participante, entrevistas e análise de documentos durante dois anos do processo de
incorporação do arcabouço teórico-metodológico do Pharmaceutical Care Practice2 e a implantação
do serviço clínico de GTM pela Assistência Farmacêutica de Lagoa Santa. RESULTADOS: Para a
implantação efetiva do serviço de GTM nas unidades básicas de saúde (UBS) foram estabelecidos
fluxos para encaminhamento do paciente ao serviço de GTM e para discussão interdisciplinar dos
planos de cuidado dos pacientes. Foi definido o perfil do paciente alvo do serviço de GTM e
construída a participação do farmacêutico na rede, com autonomia para solicitação de exames
laboratoriais para monitoramento da farmacoterapia. Junto à equipe de saúde este profissional tornouse um colaborador atuando na otimização da farmacoterapia do paciente e colaborando na adesão ao
tratamento. Cabe ao farmacêutico a avaliação anual da farmacoterapia dos pacientes e intervenções
junto à equipe diante da detecção dos problemas relacionados ao uso dos medicamentos. Após a
definição dos fluxos do serviço de GTM, o número de pacientes atendidos aumentou de 6,7 pacientes
por mês em 2014 para 18,6 pacientes por mês em 2015. O número de atendimentos saltou de uma
média de 12,75 por mês em 2014 para 27,5 atendimentos por mês em 2015, somando em 2015 mais
de 600 horas de discussão de casos com a equipe multidisciplinar. CONCLUSÃO: Diante dos
resultados observados, a prática de GTM demonstra sua capacidade resolutiva em saúde ao mesmo
tempo que é um serviço sustentável dentro da rotina da equipe das UBS em Lagoa Santa.
Palavras-chave: Gerenciamento da Terapia Medicamentosa, Atenção Farmacêutica, Resultado
Clínico, Pharmaceutical Care, Medication Therapy Management
Agradecimentos: A toda equipe de profissionais da UBS Campinho de Lagoa Santa
Referências:
1. Oliveira DR. Atenção farmacêutica: da filosofia ao gerenciamento da terapia medicamentosa. 1o
ed. São Paulo: RCN, 2011.
2. Cipolle RJ, Strand LM, Morley P. Pharmaceutical Care Practice - The Patient Centered Approach
to Medication Management. 3rd ed. New York: McGrawHill, 2012.
1420
Análise dos Benzodiazepínicos utilizados no CAPS I na Cidade de Cabedelo - PB
Erivan de Sousa Abreu¹, Vivianne Marcelino de Medeiros² & Roosevelt Albuquerque Gomes³
1
Faculdade Santa Maria, Cajazeiras, Paraíba, Brasil, [email protected]; 2 Faculdade Santa
Maria, Cajazeiras, Paraíba, Brasil, [email protected]; 3 Faculdade Santa Maria, Cajazeiras,
Paraíba, Brasil, [email protected]
Descrição do estudo
Introdução: Os psicotrópicos são drogas utilizadas no tratamento dos transtornos mentais, cujo uso
disseminou-se a partir de 1950 e vem crescendo a cada dia no mundo inteiro. Nos Estados Unidos,
cerca de 10 a 15% das prescrições são medicamentos destinados aos processos mentais, para sedar,
estimular ou, de algum modo, mudar o humor, o raciocínio ou o comportamento, os quais devem
ser utilizados com controle médico, porque o seu uso indiscriminado causa dependência. Os
benzodiazepínicos, utilizados no distúrbio da ansiedade, são classificados como sedativoshipnóticos e, seu primeiro medicamento da classe foi sintetizado em 19611. Objetivo: Analisar os
benzodiazepínicos mais utilizados no CAPs I – Porto Cidadania do município de Cabedelo/PB no
ano de 2013. Material e Métodos: O estudo foi realizado através de pesquisa de campo e da
consulta aos prontuários e relatórios de enfermagem CAPs I – Porto Cidadania do município de
Cabedelo/PB. Submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade Santa Maria (FSM),
foi aprovado pelo mesmo, através do parecer nº 563.158. Resultados: A amostragem constituiu-se
em 227 usuários ativos, cujos dados foram analisados de forma descritiva e as análises estatísticas
foram realizadas com o auxílio do Microsoft Office Excel versão 2013. Foi possível identificar que
63% são homens e 37% são mulheres e que ambos são acometidos de transtornos mentais. Dos
benzodiazepínicos dispensados no CAPs I no ano de 2013, os que obtiveram relevante destaque
nas prescrições foram: clonazepan 2mg com 12.086 comprimidos, clonazepan 0,5mg com 3.300
comprimidos, diazepan 10mg com 6.045 comprimidos, diazepan de 5mg com 1.530 comprimidos e
alprazolan 1mg com 720 mg comprimidos. Conclusão: Com a realização desta pesquisa pode-se
constatar que o tratamento farmacológico com benzodiazepínicos apresentam grande popularidade,
favorecido pelo baixo custo e diversidade de ações que os mesmos exercem. Além de demonstrar
boa aceitação pelos usuários crônicos, que enfatizam os efeitos positivos: relaxante, calmante,
proporcionador de sono restaurador e indutor do sono.
Palavras-chave: CAPs, Transtornos mentais, Benzodiazepínicos.
Referências:
1. Rang HP, Dale MM, Titter JM, Flower RJ. (2007); Rang & Dale Farmacologia. 36: 587-97
2. Forsan MA. (2010); O uso indiscriminado de benzodiazepínicos: Uma análise crítica das
práticas de prescrição, dispensação e uso prolongado. 26f
3. Foscarini PT. (2010); Benzodiazepínicos: uma revisão sobre o uso, abuso e dependência. 34f
1421
Farmácia Solidária: doar é o melhor remédio.
Carla Andréia Daros Maragno1, Larissa de Oliveira1, Eduardo João Agnes1, Silvia Dal Bó1, Zoe
Paulina Feuser1, Angela Erna Rossato1 & Indianara Reynaud Toreti Becker1
1
Universidade do Extremo Sul Catarinense, Av. Universitária 1105, Bairro Universitário, CEP
88806-000, Criciúma, Santa Catarina, Brasil [email protected]
Objetivo: A Farmácia Solidária tem como objetivo contribuir com a melhoria do acesso da
população aos medicamentos, bem como promover seu uso racional e descarte correto.
Metodologia: Trata-se de uma iniciativa sem fins lucrativos que estimula o espírito de generosidade
entre as pessoas, por meio da dispensação de medicamentos gratuitamente. Funciona como um
projeto de extensão institucional da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Os
medicamentos são arrecadados por meio de doações provenientes de vários segmentos:
comunidade, consultórios, clínicas médicas, indústrias farmacêuticas e distribuidoras de
medicamentos. Todos os medicamentos doados passam por processo de triagem e são segregados
como próprios ou impróprios para consumo. São classificados como próprios àqueles que
apresentam estabilidade física visual, prazo de validade vigente, identificação completa (nome, data
de fabricação e validade, lote, etc.) e condições de uso. Os medicamentos impróprios, segregados de
acordo com a RDC ANVISA nº 306/20041 e a Resolução CONAMA nº 358/20052, são
identificados e posteriormente recolhidos por empresa de coleta devidamente habilitada. Os
medicamentos são dispensados mediante apresentação de prescrição atual, confeccionada por
profissional de saúde habilitado, pública ou privada, e documento de identificação pessoal, a
qualquer pessoa que se dirigir a Farmácia Solidária. A dispensação consiste em várias etapas que
incluem a orientação ao paciente quanto ao uso correto, reações adversas e interações
medicamentosas. Resultados e Conclusão: Desde sua inauguração em 31 de agosto de 2006, a
Farmácia Solidária forneceu medicamentos para mais de 70 mil indivíduos, arrecadou mais de seis
milhões de reais em medicamentos e destinou para o descarte correto mais de 6.000 Kg de
medicamentos impróprios para consumo. Além do atendimento individualizado, a Farmácia
Solidária participa e promove diferentes atividades de educação em saúde com o intuito de
promover o uso racional de medicamentos entre a população. O número de indivíduos atendidos
reforça o amplo alcance social e sanitário do projeto. Apenas a ação de retirar as sobras de
medicamentos das residências produz um efeito fantástico, na medida em que reduz os riscos da
automedicação, promove o uso racional, evita o desperdício com as sobras, amplia o acesso e
favorece o descarte correto dos medicamentos.
Palavras-chave: Uso racional de medicamentos, Assistência farmacêutica e Resíduos de serviços
de saúde.
Referências:
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Resolução
RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília: 2004.
2. CONAMA. Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005.
Dispõe sobre o tratamento e a disposição dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras
providências. Ministério do Meio Ambiente, 2005.
1422
A problemática da sistematização como estratégia de implantação do
Serviço de Gerenciamento da Terapia Medicamentosa
Maria Ângela Ribeiro1 & Djenane Ramalho de Oliveira2
1-Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica.UFMG/UFU.Belo
Horizonte/Uberlâ[email protected]
2- Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica.UFMG.Belo
Horizonte.MG.Brasil. [email protected]
Objetivo:
Discutir
as
potencialidades
da
sistematização
como
instrumento
transformador do cuidado farmacêutico em um serviço de Gerenciamento da Terapia
Medicamentosa (GTM) para pacientes com câncer de mama no Sistema Único de Saúde
(SUS). Metodologia:Desenvolveu-se uma pesquisa ação por um período de 2 anos em
hospital universitário da região do triângulo mineiro, Minas Gerais. Utilizou-se as
técnicas de observação participante e entrevistas semiestruturadas. Participaram do
estudo 12 farmacêuticos, 05 gestores e 04 residentes.Foi realizado identificação,
classificação e reordenamento dos elementos essenciais da prática clínica ancorada no
referencial teórico da Pharmaceutical care practice. Para alavancar o serviço de GTM
no cenário estudado,foi necessário o conhecimento de três fases da sistematização. A
primeira foi dar o primeiro passo,ou transpor a ideia de que a sistematização parece uma
tarefa complexa demais. A segunda, inserir no cotidiano da prática clínica definições
claras acerca da sistematização e a terceira priorizar o princípio da sistematização com
todo o desconforto que a acompanha. Desconforto prenhe da necessidade de (re)visão
de rumos e (re)organização de processos. Resultados: A sistematização contribuiu para
uma compreensão aprofundada do cenário estudado, para o entendimento da missão e
visão do serviço de GTM, para a construção de um vocabulário comum a todos os
profissionais farmacêuticos envolvidos, para a organização de registros fidedignos dos
dados produzidos pelo serviço e para a co-construção de um processo de aprendizado
sobre uma nova forma de SER farmacêutico. Conclusão: A sistematização viabilizou
avançar o processo de implantação do serviço de GTM em um cenário de atenção
terciária no SUS. Este processo fomentou a interpretação crítica dos processos vividos
pela equipe e desencadeou diversos processos necessários a construção de um serviço
1423
resolutivo e sustentável. Entretanto, ainda é necessário que o modelo construído seja
exequível em outros cenários de prática clínica farmacêutica nos diversos cenários de
assistência farmacêutica no SUS.
Palavras chave: Sistematização,Gerenciamento da Terapia Medicamentosa, Atenção
Farmacêutica,Câncer de mama.
Referências:
1-SOUZA, João Francisco. “Sistematização da experiência por seus próprios sujeitos”.
In Tópicos Educacionais. Recife-PE: UFPE, Centro de Educação, Vol. 15, Nº1/3, 1997.
2-FALKEMBACH, Elza Maria Fonseca. “Sistematização ... Juntando Cacos,
Construindo Vitrais”. Ijuí(RS):Ed. UNIJUÍ, 1995 (Cadernos UNIJUÍ, 23).
1424
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO COM OS PACIENTES
SUBMETIDOS À TERAPIA COM RADIONUCLEOSE (IODOTERAPIA)
Marina Bertotti1, Alberto de Fatima Lima1, Jessyka Krause Meneses1, Carla Fernandes1
& Leandro Cardinal1
Serviço de Farmácia, Hospital Santa Paula, São Paulo – SP, Brasil.
e-mail: [email protected]
1
Objetivo: Descrever o processo e demonstrar os resultados obtidos com atuação do
farmacêutico clínico em pacientes que foram submetidos à terapia com radionucleose
(iodoterapia). Método: Estudo observacional, transversal e retrospectivo realizado entre
junho/2014 a junho/2015 em hospital privado, de nível terciário, com capacidade para
200 leitos, localizado na cidade de São Paulo / SP. Os cuidados farmacêuticos
realizados consistem em: anamnese farmacêutica e reconciliação medicamentosa,
validação da restrição prévia de iodo para confirmar se o paciente não fez uso de
medicamentos contendo iodo e uso de medicamentos para o procedimento (ex; TSH),
educação sobre uso de medicamentos próprios, riscos da automedicação e condutas para
diminuição de toxicidade prevenção de erros de medicação, otimização da terapia
medicamentosa e promoção da adesão ao tratamento através de orientação a
pacientes/familiares. O farmacêutico realiza anamnese do paciente no momento da
admissão hospitalar e confronta as informações passadas com o prontuário médico
verificando prescrição médica vigente, histórico de saúde, medicamentos de uso
crônico, alergias e uso de TSH recombinante visando correta suspensão da terapia
hormonal antes do procedimento, quando necessário realizou-se intervenção
farmacêutica junto à equipe médica. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa do Hospital Santa Paula (49184115.0.0000.5670). Resultados: Foram
admitidos para realização do procedimento de iodoterapia 161 pacientes, com idade
média de 43 anos, sendo a maioria do gênero feminino (75%), destes 73 (45,34%)
pacientes fizeram uso de TSH recombinante. Anamnese farmacêutica e reconciliação
medicamentosa foram realizados para 100% dos pacientes, foram realizadas o total de
518 intervenções farmacêuticas, sendo 428 (83%) relacionada a reconciliação
medicamentosa e 90 (17%) intervenções relacionadas com duplicidade terapêutica e
medicamentos contraindicados. Uma intervenção farmacêutica foi considerada de
extrema relevância, pois resultou em cancelamento do procedimento, pois o paciente
manteve o uso de medicamento contraindicado (amiodarona) antes da internação. Todos
os pacientes e/ou familiares receberam orientação sobre a terapia medicamentosa,
condutas para diminuição da toxicidade e cuidados na administração dos medicamentos
para evitar contaminação radioativa. Conclusão: Os resultados demonstram que a
atuação do farmacêutico clínico é uma forte estratégia para garantir a segurança dos
pacientes submetidos à iodoterapia, otimizando a farmacoterapia e prevenindo erros de
medicação.
1425
Palavras-chave:
farmácia clínica,
anamnese
medicamentosa, iodoterapia, radiofármacos.
farmacêutica,
reconciliação
Referências:
1. Silbertein et al. (2012); Journal of Nuclear Medicine. 131: 1-19
2. Luster et al. (2008); Eur J Nucl Med Mol Imaging. 35 (10): 1941-59
3. Carvalho GA. (2004); Projeto Diretrizes. 2-16
1426
Anamnese farmacêutica e reconciliação medicamentosa: foco na segurança do
paciente
Jessyka Krause Meneses1; Carla Fernandes1 & Leandro Cardinal1
Hospital Santa Paula, São Paulo – SP, Brasil.
e-mail: [email protected]
1
Objetivo: Descrever o processo e demonstrar os resultados obtidos na anamnese farmacêutica e
reconciliação medicamentosa em unidades de internação. Metodologia: Estudo observacional,
transversal e retrospectivo, realizado no período de janeiro de 2015 a junho de 2015 em hospital
privado, de nível terciário, com capacidade para 200 leitos, localizado na cidade de São Paulo - SP.
No hospital em estudo, o farmacêutico clínico realiza anamnese farmacêutica e checagem da
reconciliação medicamentosa em até 24 horas da admissão do paciente. Este processo inicia com
análise das informações descritas no prontuário, anamnese com paciente ou responsável onde são
coletadas as informações referentes ao histórico de saúde, uso de medicamentos e alergias.
Posteriormente, é analisada a prescrição médica considerando as condições clínicas e laboratoriais
do paciente e reconciliação medicamentosa é validada. Quando necessário são feitas intervenções
farmacêuticas, garantindo assim, a segurança do tratamento farmacológico. Foi quantificado o
número de pacientes internados em uso de medicamentos, anamneses realizadas e intervenções
farmacêuticas relacionadas à reconciliação. Os dados foram coletados do indicador de qualidade
(Anamnese Farmacêutica e Reconciliação Medicamentosa) e posteriormente foram analisados. O
estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Santa Paula
(49184115.0.0000.5670). Resultados: Foram admitidos 4660 pacientes nas unidades de internação
hospitalar, média 777 (±79,64) ao mês durante o período do estudo. A média mensal de pacientes
admitidos em uso de medicamentos foi de 336 (±36,04). Enquanto a média percentual de
anamneses realizadas em pacientes em uso de medicamentos foi 97%, os demais pacientes (3%)
foram de alta hospitalar em menos de 24 horas, o que impossibilitou a anamnese farmacêutica. A
reconciliação medicamentosa foi realizada em 516 pacientes (46%). Foram feitas 1119 intervenções
farmacêuticas de reconciliação medicamentosa com alta taxa de aceitação médica (99%), as quais
estavam relacionadas à omissão de medicamentos, medicamentos com duplicidade terapêutica,
discrepâncias na dose e frequência além de contraindicações. Conclusão: A atuação do
farmacêutico clínico na reconciliação medicamentosa demonstrou resultados positivos na
interceptação e correção de discrepâncias entre os medicamentos de uso domiciliar e os
medicamentos prescritos na internação hospitalar. Portanto, anamnese e reconciliação
medicamentosa demonstrou ser uma forte estratégia para segurança dos pacientes.
Palavras chave
farmacêuticas.
(Keywords):
Anamnese,
Reconciliação
Medicamentosa,
Intervenções
Referências:
1. Vira T, Colguhoun M, Etchells E. (2006); Quality e Safety in Health Care. 15 (2): 122-6
2. Graabaek T, Kjeldsen LJ. (2013); Basic e Clinical Pharmacology e Toxicology. 112: 359-73
3. Magalhães GF, Santos GNC, Rosa MB. (2014); Plos One. 10 (3):1-7
1427
Perfil nosológico e farmacoterapêutico da implantação do serviço de clínica
farmacêutica na atenção primária em Curitiba – PR.
Natália Fracaro Lombardi 1, Thais Teles de Souza2, Rangel Ray Godoy3, Maria Ondina Paganelli4,
Orlando Mario Soeiro5, & Cassyano Januário Correr6
Universidade Federal do Paraná, Curitiba – PR, Brasil, [email protected];
Universidade Federal do Paraná, Curitiba – PR, Brasil, [email protected]; 3Universidade
Federal do Paraná, Curitiba – PR, Brasil, [email protected]; 4Departamento de Assistência
Farmacêutica e Insumos Estratégicos - DAF/SCTIE/MS, Brasília – DF, Brasil,
[email protected]; 5Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos DAF/SCTIE/MS, Brasília – DF, Brasil, [email protected]; 6Universidade Federal do Paraná,
Curitiba – PR, [email protected].
1
2
Objetivo: Descrever o perfil nosológico e farmacoterapêutico de pacientes do serviço de clínica
farmacêutica na atenção primária à saúde de Curitiba-PR. Metodologia: Estudo observacional,
descritivo, prospectivo em unidades básicas de saúde de Curitiba-PR. Dados referentes às consultas
farmacêuticas realizadas entre abril e setembro de 2014 foram coletadas dos prontuários e analisados
segundo estatística descritiva. Resultados: Foram avaliadas 1033 consultas, sendo 77,3% (n=798)
primeiras consultas e 22,7% (n=235) retornos; 59,0% foram encaminhados pela equipe de saúde da
unidade básica; 66,8% dos pacientes eram do gênero feminino, com mediana da idade de 66 anos
(IIQ 25-75%=58-73). Dados de primeiras consultas revelaram: a mediana da renda mensal dos
usuários foi de R$ 780,00 (IIQ 25-75%=724,00–1460,00). A maioria dos usuários (82,1%)
gerenciava sua rotina de medicação de forma autônoma, 11,1% necessitavam de lembretes e 6,8%
eram incapazes de administrar seus medicamentos sozinhos, e 17,4% possuíam cuidador. Os usuários
apresentavam em média 4 comorbidades e as condições mais prevalentes foram hipertensão arterial
(84,8%); diabetes tipo 2 (71,5%) e dislipidemia (53,2%). A hipertensão estava controlada em apenas
26,6% dos usuários, diabetes em 15,7% e dislipidemia em 19,9%. Os usuários utilizavam em média
8 medicamentos, sendo os mais comuns: AAS (64,5%), sinvastatina (62,5%) e metformina (56,3%).
Os medicamentos foram adquiridos tanto pelo sistema público quanto privado, 94,0% dos pacientes
relataram retirar, pelo menos, um medicamento em unidades de saúde, e 54,6% em farmácias
privadas; e destes o gasto mensal mediano foi de R$60,00 (IIQ 25-75%=6,00-150,00). Em 97%
(n=778) das primeiras consultas foram encontrados 5035 problemas relacionados a farmacoterapia,
32,6% relacionados à administração e adesão; 25,1% ao monitoramento e 21,0% à seleção e
prescrição. Foram realizadas 5236 intervenções, 47,0% relacionadas ao fornecimento de informações
e aconselhamento, 15,5% à alteração na terapia e 13,9% ao monitoramento. Conclusão: O perfil
nosológico condiz com epidemiologia nacional em que prevalecem condições crônicas. A maioria
dos pacientes é idosa e não atinge metas terapêuticas das condições clínicas. Aproximadamente nove
a cada dez pacientes apresentaram problemas na farmacoterapia, indicando que o cuidado
farmacêutico é fundamental para garantir o uso racional de medicamentos e melhorar desfechos
clínicos, humanísticos e econômicos em longo prazo.
Palavras chave: Atenção Primária à Saúde, Atenção farmacêutica, Segurança do Paciente,
Prescrição Inapropriada.
Agradecimento: Departamento de Assistência Farmacêutica, Secretaria de Saúde do município de
Curitiba – PR, Ministério da Saúde e apoiadores do Projeto QUALIFARSUS.
Referências:
1428
1- Cipolle, R.J.; Strand, L.M.; Morley, P.C. Pharmaceutical Care Practice: The clinician’s guide.
2. ed. McGraw-Hill, New York. 2004.
2- Correr CJ, Otuki MF, Soler O. Assistência farmacêutica integrada ao processo de cuidado em
saúde: gestão clínica do medicamento. Rev Pan-Amazônica Saúde. 2011 Sep;2(3):41–9.
3- Gastelurrutia, M.A.; Fernández-Llimós, F.; García Delgado, P.; Gastelurrutia, P.; Faus, M.J.;
Benrimoj, S.I. Barriers and facilitators to the dissemination and implementation of cognitive
services in Spanish community pharmacies. Seguimiento Farmacoterapeutico, v. 3, n.2, p. 6577, 2005.
4- Roughead, E. E.; Semple, S. J.; Vitry, A. I. Pharmaceutical care services: A systematic review
of published studies, 1990 to 2003, examining effectiveness in improving patient outcomes.
International Journal of Pharmacy Practice, v. 13, n. 1, p. 53-70, 2005.
5- Souza, T. T. Morbidade e mortalidade relacionadas a medicamentos: Revisão sistemática e
meta-análise de estudos observacionais. Dissertação de mestrado - Universidade Federal do
Paraná. Curitiba – PR. 326 p. 2013.
1429
Título:
Prescrição farmacêutica no mundo: panorama atual de plublicações
Palavras –chave: precrição farmacêutica, serviços farmacêuticos, prescritores não-médicos
Camila Zimmer da Silva¹, Raquel Guerra da Silva¹ & Tânia Alves Amador1,2
¹Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected].
2
Departamento de Produção e Controle de Medicamentos. Faculdade de Farmácia, UFRGS, Porto
Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Objetivo: Realizar um estudo exploratório de revisão da literatura para quantificar o número artigos
sobre a atividade do farmacêutico como prescritor. Método: Foram utilizados os termos
“pharmacist” and “prescribing” para localizar artigos nas bases de dados Pubmed, Science Direct e
Bireme. Utilizou-se como filtros adicionais: estudos publicados nos “últimos 5 anos”, “idiomas:
inglês, português e espanhol”. Resultados: Até o momento a pesquisa resultou nos seguintes
números de artigos relacionados ao termo “pharmacist” and “prescribing”, após a aplicação dos
filtros: a) 786 no Pubmed; b) 4533 Science Direct c) 337 na Bireme. Excluiu-se artigos de erro de
prescrição médica, reconciliação medicamentosa, auxílio do farmacêutico no manejo de doenças
crônicas, prescrição por outros profissionais da saúde, comparação entre prescrições convencionais
e prescrições eletrônicas e intervenções farmacêuticas na prática clínica. Após resultaram: 74
artigos no Pubmed (2015 - 13; 2014 - 11; 2013 - 15; 2012 - 17; 2011 – 13 e 2010 – 5 publicações);
27 artigos do Science Direct (2015 – 10; 2014 – 5; 2013- 6; 2012 – 5; 2011 – 1 e 2010- 0
publicações ) e 37 na base de dados Bireme (2015- 4, 2014 – 4 , 2013- 7, 2012- 11, 2011-6 e 20105 publicações), totalizando 138 publicações. Na etapa posterior verificou-se as possíveis
duplicidades de artigos nas bases de dados, sendo 77 repetidos, contabilizando o total de 61 artigos
distintos. A base de dados com maior número de artigos, localizados sobre o tema, foi a PubMed.
100% dos artigos foram publicados em inglês e retratam a realidade da América do Norte, Austrália
e alguns países da Europa, como a Inglaterra. Conclusão: A análise inicial mostrou que diferentes
sistemas de saúde estão repensando estratégias para melhorar a prestação de cuidados primários à
população, incluindo o farmacêutico para atuar na promoção do uso seguro de medicamentos,
consequentemente aumentar acesso, auxiliando na autonomia do paciente. O impacto financeiro de
um sistema centralizado em poucos profissionais clínicos, parece também contribuir para essa nova
ordem nos sistemas de saúde. Além disso, evidenciou-se a carência de estudos com esta temática na
América do Sul. Referências: Makowsky MJ, Guirguis LM, Hughes CA, Sadowski CA, Yuksel N.
Factors influencing pharmacists' adoption of prescribing: qualitative application of the diffusion of
innovations theory. Implement Sci. 2013 Sep 14;8:109. doi: 10.1186/1748-5908-8-109.
RICHARDSON, E., POLLOCK, A. M. Community pharmacy: moving from dispensing to
diagnosis and treatment. BMJ 2010; 340. DOI: http://dx.doi.org/10.1136/bmj.c2298.
1430
Resultados de serviços de Gerenciamento da Terapia Medicamentosa em
unidades de atenção primária no Sistema Único de Saúde
Simone de Araújo Medina Mendonça1,2, Bruna Damázio Santos1, Daniela Álvares Machado
Silva1,2,3, Maria Eduarda Amaral Pinto4, Danielle Fernandes da Silva 1,2,3, Beatriz Leal Meireles1,2,
Vanessa Rodrigues Detomi3, Josiane Silva Pacheco3, Clarice Chemello1 & Djenane Ramalho de
Oliveira12
1
Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal
de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.
2
Programa de Pós-graduação em Medicamentos e Assistência Farmacêutica da Faculdade de
Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.
3
Núcleo de Apoio à Saúde da Família, Secretaria Municipal de Saúde, Belo Horizonte, MG, Brasil.
4
Programa de Residência em Atenção Básica/Saúde da Família do Hospital Municipal Odilon
Behrens, Secretaria Municipal de Saúde, Belo Horizonte, MG, Brasil.
E-mail: [email protected]
Objetivo: Descrever os resultados de serviços de Gerenciamento da Terapia Medicamentosa
(GTM) em unidades de atenção primária à saúde (APS). Metodologia: Estudo quantitativo,
observacional e retrospectivo. Os dados foram coletados dos prontuários dos serviços de GTM de
três unidades de APS no Sistema Único de Saúde (SUS) em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Aprovado por comitê de ética em pesquisa (CAAE-25780314.4.0000.5149). Resultados: Estes
serviços de GTM são resultado de projeto de extensão da universidade com o serviço de saúde. As
equipes são compostas por farmacêuticas do Núcleo de Apoio à Saúde da Família e por estudantes
de graduação, residência, mestrado e doutorado vinculadas ao Centro de Estudos em Atenção
Farmacêutica (CEAF) da UFMG. Os serviços encontram-se em diferentes fases de maturação,
tendo os atendimentos se iniciado em ago/2014, out/2014 e ago/2015, com cerca de um turno
semanal de atendimentos em cada unidade. Foram atendidos 56 usuários encaminhados pelas
equipes de Saúde da Família após definição conjunta do perfil de usuários a serem beneficiados
pelo serviço de GTM. Destes, a maioria são mulheres (58,9%), com média de idade de 65,9 anos. A
média de problemas de saúde e de medicamentos por usuário foi de 4,2 e 6,4, respectivamente. Na
avaliação inicial, 85,1% dos usuários não atingiam os objetivos terapêuticos de ao menos um
problema de saúde. Foram identificados 168 problemas relacionados ao uso de medicamentos
(PRM), assim distribuídos: necessidade de medicamento adicional, 8,9%; medicamento
desnecessário, 25,0%; medicamento inefetivo, necessitando produto diferente, 2,4%; medicamento
inefetivo por dose baixa, 19,0%; medicamento inseguro, necessitando produto diferente, 7,7%;
medicamento inseguro por dose alta, 13,1% e não adesão ao tratamento, 23,8%. Foram elaborados e
estão sendo implantados os planos de cuidado com intervenções realizadas diretamente com o
usuário e em colaboração com as equipes de saúde. O ciclo de cuidado se completa com a avaliação
dos resultados alcançados pelos usuários após as intervenções e se reinicia sempre que há alterações
na situação clínico-farmacoterapêutica. Conclusão: Os resultados demonstram um alto número de
usuários com problemas de saúde não controlados e com PRM, o que aponta para o potencial do
serviço de GTM na atenção primária à saúde.
Palavras-chave: Cuidado farmacêutico, gerenciamento da terapia medicamentosa, atenção primária
à saúde.
Agradecimentos: Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de Minas Gerais
(PROEX/UFMG) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES/MEC).
Referências:
1431
1. Ramalho-de-Oliveira D. Atenção Farmacêutica: da Filosofia ao Gerenciamento da Terapia
Medicamentosa. São Paulo: RCN Editora, 2011.
2. Cipolle RJ, Strand LM, Morley PC. Pharmaceutical Care Practice: The Patient-Centered
Approach to Medication Management Services. 3a. edição. New York: McGraw-Hill, 2012.
1432
Impacto clínico do serviço de Gerenciamento da Terapia Medicamentosa no
tratamento de pacientes com câncer de mama
Maria Ângela Ribeiro1, Pedro Augusto do Amaral2 & Djenane Ramalho de Oliveira3
1-Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica.UFMG/UFU.Belo
Horizonte/Uberlâ[email protected]
2- Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica.Residência Multiprofissional em
Saúde. UFMG/UFU.Belo Horizonte/Uberlâ[email protected]
3-Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica.UFMG.Belo Horizonte.MG.Brasil.
[email protected]
Objetivo: Avaliar o impacto clínico associado com a prestação do serviço de Gerenciamento da
Terapia Medicamentosa (GTM) no tratamento de pacientes com câncer de mama e com
comorbidades associadas. Metodologia: O delineamento do estudo foi exploratório - descritivo e
retrospectivo - de pacientes em tratamento do câncer de mama e em uso de medicamentos para
comorbidades associadas. Os dados coletados foram referentes ao período de janeiro de 2014 a
setembro de 2015 e obtidos de prontuários e demais documentos relacionados ao GTM.
Resultados: A idade média das pacientes foi de 53 anos. De 228 participantes do estudo cada uma
tinha em média 3 Problemas Relacionados ao Uso de Medicamentos e os mais prevalentes foram:
PRM 2 -condição não tratada (29%); PRM 5 - reação adversa-efeito indesejável (20%); PRM 7quando o paciente não seguia as instruções (15%); PRM 4 - dose muito baixa (13%); PRM 3 medicamento mais efetivo disponível (10%); PRM 6 - dose muito alta-dose incorreta (6%) e PRM
1- medicamento desnecessário (7%), respectivamente. Apesar de um percentual significativo de
PRM identificados, a equipe conseguiu resolver apenas 62% dos PRM identificados. Conclusão: O
estudo possibilitou visualizar um número significativo de PRM identificados mas por se tratar de
um centro especializado, a fragmentação do fluxo de cuidados na rede de atenção à saúde
prejudicou a resolução de PRM que exige intervenção de médicos de outros serviços. Devido ao
sistema de documentação utilizado, não foi possível coletar dados sobre a situação clínica do
paciente em resposta a cada intervenção realizada, uma vez que não havia campo para o registro
desta informação.Os resultados evidenciaram falhas nos processos de documentação, apontando
para a necessidade de melhorias neste aspecto a fim de gerar informações importantes para gestores
e tomadores de decisão em saúde.
Palavras-chave: Câncer de mama; Gerenciamento da Terapia Medicamentosa; Atenção
Farmacêutica.
1433
Referências:
1-CIPOLLE, ROBERT J.; STRAND, LINDA M.; MORLEY, PETER C. Pharmaceutical Care
Practice: the patient centered to medication management.3rd ed. 2012.
2-Ramalho de Oliveira, Djenane. Atenção Farmacêutica: da filosofia ao gerenciamento da terapia
medicamentosa.1. ed. Sao Paulo: RCN Editora Ltda, 2011. v. 1. -2006 edition. The Hague:
3-PATIENT-CENTERED PRIMARY CARE COLLABORATIVE. The Patient-Centered Medical
Home:Integrating Comprehensive Medication Management to Optimize Patient Outcomes. 2nd ed.
Patient-Centered Primary Care Collaborative. Washington, D.C.,2012.
4- Strand LM, Cipolle RJ, Morley PC, Frakes MJ. The impact of pharmaceutical care practice on
the practitioner and the patient in the ambulatory practice setting: twenty-five years of experience.
Curr Pharm Des. 2004;10(31):3987–4001.
1434
Ferramenta informatizada como suporte ao farmacêutico clínico no ajuste de
dose de medicamentos em pacientes com função renal alterada
Juliana Ellwanger¹, Tatiane Araujo Castro Machado¹, Mariele Froner Nogueira¹, Jéssica Weiss
Bonfanti¹, Thamiris Becker Scheffel¹, Katielly Santos da Rosa¹, Mayara Becker Delwing¹
1
Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, Brasil, www.hospitalsaolucas.pucrs.br
Objetivo: Apresentar ferramenta informatizada útil para o serviço de Farmácia Clínica no
monitoramento de medicamentos que necessitam de ajuste de dose em pacientes com função renal
alterada em um Hospital Universitário do Sul do Brasil. Metodologia: Relato de experiência sobre
desenvolvimento de ferramenta para o serviço de Farmácia Clínica de um Hospital Universitário de
alta complexidade, com capacidade de 648 leitos e de atendimento misto (Sistema Único de Saúde
e Convênios/Particular). Resultados: Função renal alterada é um importante fator de risco para
ocorrência de eventos adversos, pois pode alterar farmacocinética de vários fármacos. Assim,
recomenda-se monitoramento dos medicamentos nefrotóxicos ou que necessitam de ajuste de dose
em pacientes com insuficiência renal1,2. A fim de localizar e selecionar os pacientes internados com
essas características de forma mais prática, os serviços de farmácia e informática elaboraram uma
ferramenta, via sistema informatizado interno da instituição, onde é possível emitir um relatório
diário com os dados importantes para acompanhamento farmacêutico. Para tanto, níveis séricos de
creatinina e 37 medicamentos foram definidos e utilizados como filtros para emissão do relatório.
Os valores laboratoriais de creatinina (maior ou igual a 1,4mg/dl para homens e 1,2mg/dl para
mulheres) foram estimados para se obter uma taxa de filtração glomerular (TFG) menor ou igual a
50ml/min/1,72m2, tendo como base o cálculo pela fórmula Modification of Diet in Renal Disease
(MDRD)3. A escolha dos medicamentos considerou impacto clínico e econômico. O relatório, além
de fazer o cruzamento entre valor de creatinina alterado e prescrição dos medicamentos
cadastrados, apresenta outras informações úteis para estimar TFG, como idade, etnia e gênero;
tornando-se prático e rápido identificar quando é necessário ajustar dose de medicamentos de
acordo com a função renal. Conclusão: A ferramenta informatizada desenvolvida dá suporte para
prática farmacêutica mais efetiva, pois possibilita identificar e intervir nos casos mais críticos,
otimizando tempo e apresentando maior impacto clínico. O aprimoramento das atividades do
farmacêutico clínico a partir da utilização de tais ferramentas contribui para terapia medicamentosa
mais racional.
Palavras-chave: Sistemas de Informação em Farmácia Clínica, Insuficiência Renal, Serviço de
Farmácia Hospitalar.
Referências:
1. Joosten H, Drion I, Boogerd KJ, Pijl EV, Slingerland RJ, Slaets JP et al. Optimising drug
prescribing and dispensing in subjects at risk for drug errors due to renal impairment: improving
drug safety in primary healthcare by low eGFR alerts. BMJ Open 2013; 3:e002068.
2. Hou JY, Wang YJ, Kuo LN, Shen WC, Lee YY. Retrospective Evaluation of the Outcomes of
Applying the Renal Dosing Monitoring System in a Medical Center. J Exp Clin Med 2011;
3(4):176-180.
3. Levey AS, Greene T, Kusek JW, Beck GL, MDRD Study Group. A simplified equation to
predict glomerular filtration rate from serum creatinine (abstract). J Am Soc Nephrol 2000 Sep;
11:155A.
1435
Resultados clínicos de serviços de Gerenciamento da Terapia Medicamentosa
em diferentes pontos das redes de atenção à saúde no SUS
Bruna Damázio Santos1, Daniela Álvares Machado Silva1, Danielle Fernandes da Silva1, Gabriela
de Araújo Brum¹, Georgiane de Castro Oliveira¹, Grazielli Cristina Batista de Oliveira¹, Isabela
Viana Oliveira¹, Kirla Barbosa Detoni¹, Maria Ângela Ribeiro¹, Maria Eduarda Amaral Pinto2,
Pedro Augusto do Amaral3, Simone de Araújo Medina Mendonça1, Clarice Chemello¹ & Djenane
Ramalho de Oliveira¹
1
Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal
de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil, [email protected]
2 Programa de Residência em Atenção Básica/Saúde da Família do Hospital Municipal Odilon
Behrens, Secretaria Municipal de Saúde, Belo Horizonte, MG, Brasil.
3 Programa de Residência Multiprofissional em Saúde, Atenção em Oncologia, Universidade
Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.
Objetivo: Descrever resultados de serviços de Gerenciamento da Terapia Medicamentosa (GTM)
em diferentes unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais. Metodologia: Estudo
quantitativo, observacional e retrospectivo. Os dados foram coletados dos prontuários dos serviços
de GTM em unidades de atenção primária à saúde de dois municípios (11), farmácia do
componente especializado da assistência farmacêutica (01), liga acadêmica para atendimento a
pacientes com diabetes mellitus em hospital universitário (01) e ambulatório de oncologia
especializado em câncer de mama em hospital universitário (01). Aprovado por comitê de ética em
pesquisa (CAAE-25780314.4.0000.5149). Resultados: Os serviços são resultado de parceria entre
o Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica (CEAF) da Universidade Federal de Minas Gerais e
os serviços de saúde. Nesta parceria, o CEAF promove atividades de formação e educação
permanente, apoio em gestão e pesquisa. As equipes de GTM são compostas por farmacêuticos dos
serviços de saúde e por estudantes de graduação, residência, mestrado e doutorado vinculados ao
CEAF. Os serviços iniciaram-se após outubro de 2013. Foram atendidos 930 usuários, com média
de idade de 60,8 anos, 4,2 problemas de saúde/usuário e 5,6 medicamentos/usuário. Foram
identificados 1035 problemas relacionados ao uso de medicamentos (PRM), distribuídos em: 11,7%
necessidade de medicamento adicional; 22,6% medicamento desnecessário; 5,1% medicamento
inefetivo, necessitando produto diferente; 18,0% medicamento inefetivo por dose baixa; 13,8%
medicamento inseguro, necessitando produto diferente; 5,8% medicamento inseguro por dose alta e
23,0% não adesão ao tratamento. Cada PRM identificado deflagrou pelo menos uma intervenção
com o paciente e/ou outro profissional de saúde para solucioná-lo. Os serviços encontram-se em
diferentes fases de desenvolvimento, alguns com vários ciclos de cuidado aos pacientes já
realizados, enquanto outros ainda estão em fase de implantação dos planos de cuidados ou de
avaliações de resultados. Conclusão: Os resultados demonstram um alto número de PRM
identificados, o que aponta para o potencial do serviço de GTM nos diferentes pontos das redes de
atenção à saúde e ratificam a necessidade de sua expansão para além das unidades deste estudo.
Afirmam ainda a importância da parceria entre universidade e serviços de saúde para a oferta de
serviços inovadores para a população.
Palavras-chave: Gerenciamento da terapia medicamentosa, Sistema Único de Saúde, cuidado
farmacêutico
Agradecimentos: Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de Minas Gerais
(PROEX/UFMG) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES/MEC).
Referências:
1436
1. Ramalho-de-Oliveira D. Atenção Farmacêutica: da Filosofia ao Gerenciamento da Terapia
Medicamentosa. São Paulo: RCN Editora, 2011.
2. Cipolle RJ, Strand LM, Morley PC. Pharmaceutical Care Practice: The Patient-Centered
Approach to Medication Management Services. 3a. edição. New York: McGraw-Hill, 2012.
1437
Consultório farmacêutico em pediatria: a experiência do Hospital da Criança de
Brasília José de Alencar
Alexandre Alvares Martins1,2, Emília Vitória da Silva2, Micheline Marie Milward De Azevedo
Meiners3 & Dayani Galato4.
1
Hospital da Criança de Brasília José Alencar, Brasília, Distrito Federal, Brasil,
[email protected]; 2Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil,
[email protected]; 3Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil,
[email protected]; 4Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil,
[email protected]
e-mail:
e-mail:
e-mail:
e-mail:
Objetivo: Apresentar a experiência do consultório Farmacêutico do Hospital da Criança de Brasília
José de Alencar. Metodologia: trata-se de um relato de experiência da estrutura e dos processos de
trabalho realizados no consultório farmacêutico, bem como, a descrição das demandas mais comuns
relacionadas à promoção do uso racional de medicamentos Resultados: O Consultório
Farmacêutico do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) foi criado em 2011 e presta
serviços aos pacientes da instituição. A estrutura física conta com uma sala de atendimento que
dispõe de seis metros quadrados. Neste espaço não são aferidos parâmetros fisiológicos, apenas
realizada a consulta farmacêutica com a coleta de informações relacionadas ao estado de saúde da
criança e à farmacoterapia. São adotadas estratégias como o desenho e outras atividades lúdicas
para manter a criança no ambiente interagindo com o cuidador e o profissional da saúde. Foram
desenvolvidos critérios para o encaminhamento dos pacientes a este serviço, entre eles destaca-se a
demanda espontânea por informações, o uso de medicamentos controlados, dispositivos para a
asma, primeira vez em uso do tratamento, procedimentos de desmame de corticóides, orientações
em terapias oncológicas orais e medicamentos injetáveis. O número de atendimentos anuais é
crescente desde a sua implantação e no ano de 2014, foram realizadas 1002 consultas. É possível
observar que as situações que motivam a intervenção do farmacêutico são o uso inadequado dos
nebulímetros, o aprazamento dos medicamentos1 de forma inadequada, o uso off label2,3, interações
entre medicamentos4 e alimentos e problemas com a diluição dos medicamentos. Por ser um
hospital de referência, são atendidas crianças de diversas idades (até 18 anos), condições clínicas e
socioeconômicas. Na abordagem ao paciente o profissional depara-se com o desafio de saber ouvir,
avaliar e orientar através da educação. Conclusão: A rotina de trabalho tem demonstrado
evidências importantes nos riscos potenciais dos medicamentos na pediatria. Os eventos mais
frequentes estão vinculados a pouca informação dos cuidadores sobre a administração dos
fármacos. Cabe ao farmacêutico utilizar técnicas capazes envolver seu paciente junto à terapia e
fortalecer sua adesão à medicação5.
Palavras-chave: Farmácia clínica, Serviços farmacêuticos, Consultório farmacêutico, Pediatria.
Agradecimentos
Ao corpo clínico e Direção do Hospital da Criança de Brasília José Alencar e aos demais
colaboradores da Equipe de Farmácia.
References:
1. Silva LD, Matos GC, Barreto BG, Albuquerque DC (2013). Texto Contexto Enferm. 22:722-30.
2. Loureiro CV et al (2013). Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde. 4:17-21.
3. Neville KA. (2014) Pediadrics.133:563-567.
4. Oliveira TF, Lima-Dellamora EC (2013). Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde. 4(3):17-23.
5. WHO – World Health Organization (2003). Adherence to long-term therapies: evidence for
action. Geneve: Who.
1438
Economia na gestão de medicamentos de alto custo em farmácia de hospital
universitário em Porto Alegre
Mariana Galvão Lopes Riberg1, Camila Zimmer da Silva1, Mayde Seadi Torriani1& Simone Dalla
Pozza Mahmud2
1
Seção de Logística e Gerenciamento de Medicamentos, Serviço de Farmácia, Hospital de
Clínicas de Porto Alegre, 2Serviço de Farmácia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Palavras-chave: Medicamentos de alto custo, componente especializado, assistência farmacêutica
Objetivo: Medicamentos de alto custo representam altos investimentos em farmácia hospitalar
e a aquisição destes depende de recursos financeiros da instituição. Uma estratégia importante, face
à dificuldade de custear atendimento completo do paciente, é o fornecimento de medicamentos
através de programas governamentais, tais como do componente especializado. Assim, garante-se a
integralidade do tratamento evitando que recursos financeiros sejam duplamente investidos para um
mesmo medicamento.1,2 Desta, maneira, objetivou-se a redução do custo com medicamentos em um
hospital universitário de alta complexidade de Porto Alegre . Métodos: Dentre os medicamentos de
alto custo do componente especializado, três foram selecionados para redução de custo com
aquisição: Anfotericina complexo lipídico 100mg, Infliximabe 100mg e Palivizumabe 50mg. Foi
realizada uma busca de informações na home page do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual
de Saúde do Rio Grande do Sul afim de se conhecer a estruturação de fornecimento de medicamentos
do componente especializado.3,4,5 Resultados: Essas ações possibilitaram o conhecimento dos
programas e as particularidades de seu funcionamento. Desta forma, de fevereiro a agosto de 2015,
os percentuais de medicamentos recebidos dentre as solicitações que atendiam os critérios variaram
de 20 a 80% para Anfotericina Complexo Lipídico 100mg, 10 a 30% para Infliximabe 100mg e
manteve-se de forma linear em 100% para o medicamento Palivizumabe 50mg entre os meses de
março a agosto. Conclusão: O aprimoramento da gestão contemporânea depende das intervenções
dos gestores e de sua capacidade de mobilização para qualificação constante e foco no objetivos
propostos, assim obtendo a melhora da assistência oferecida ao paciente. Este trabalho obteve sucesso
neste sentido, uma vez que está sendo gerada uma economia sem prejuízos ao tratamento oferecido
aos pacientes.
Referências:
1. MINISTÉRIO
DA
SÁUDE
–
SERVIÇOS,
disponível
em
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/servicos
2. MINISTÉRIO DA SÁUDE – PROFISSIONAL E
GESTOR, disponível em
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/profissional-e-gestor
3. MINISTÉRIO DA SAÚDE – COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTENCIA
FARMACEUTICA: INOVAÇÃO PARA GARANTIA DO ACESSO A MEDICAMENTOS
NO SUS – BRASÍLIA –DF, 2004.
4. SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE, RS - COORDENAÇÃO DE POLÍTICA DA
ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
(CPAF)
–
DISPONÍVEL
EM
HTTP://WWW.SAUDE.RS.GOV.BR/CONTEUDO/288/?ASSIST%C3%AANCIA_FA
RMAC%C3%AUTICA.
5. SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE, RS – Medicamentos Componente Especializado http://www.saude.rs.gov.br/lista/153/Componente_Especializado
1
1439
Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes da enfermaria da clínica de
cardiologia em um Hospital Universitário : avaliação da farmacoterapia e
intervenções farmacêuticas em uma equipe multiprofissional
Aline Palma Santos1, Geises Bel Santos1, Rafael Mota Pinheiro1
1
Hospital Universitário de Brasília/EBSERH/Universidade de Brasília. SGAN 605.
L2 Norte, Brasília, Brasil.
Objetivo: visa classificar e quantificar as intervenções farmacêuticas realizadas em prescrições de
pacientes internados na clínica de cardiologia do Hospital Universitário de Brasília, realizados por
duas residentes de Farmácia em Atenção Cardiopulmonar. Métodos: realizou-se estudo prospectivo
no qual foram avaliadas e classificadas as intervenções propostas na gestão terapêutica dos
pacientes internados na enfermaria de cardiologia do Hospital Universitário. O estudo se deu por
meio do seguimento diário em entrevistas com paciente, avaliação das prescrições médicas e
análises dos exames laboratoriais, no período de dois meses do ano de 2015, os dados foram
registrados em ficha de acompanhamento farmacoterapêutico, adaptada de documento produzido
pela sociedade francesa de farmácia clínica. As propostas de intervenção foram discutidas com a
equipe clínica de acompanhamento do paciente, da qual também fazem parte farmacêuticos.
Resultados: Foram realizados 242 acompanhamentos. Na amostra, 29% das intervenções foram
alertas para interação (n=69); 17% para necessidade de monitoramento (42); 17% foram para
possível superdosagem (40); 12% possível efeito colateral (30); 7% para medicamento não indicado
(17); 5% prescrição em não conformidade com protocolo de uso ou contraindicação ou ainda
subdosagem (n=11); 4% houve percepção de tratamento não recebido (n=4); 3% foram
identificados via ou administração inapropriada (n=8) e 2% das análises apontaram indicação não
tratada (n=5). Nesse cenário, as intervenções farmacêuticas foram: 83 alertas para monitorização
terapêutica (34%); 55 casos de sugerir otimizar a administração (23%); 46 ajustes de dose (19%);
18 suspensões de medicamento (7%), 14 substituições (6%); 13 adições (nova prescrição) (5%) e 5
mudanças na via de administração (2%). Das 242 intervenções sugeridas, 92% foram aceitas pela
equipe médica durante internação. Conclusão: O acompanhamento farmacoterapêutico e as
intervenções foram bem aceitos pela equipe envolvida no cuidado de pacientes da enfermaria de
cardiologia. Os dados também reforçam possíveis impactos da intervenção farmacêutica, tais como
redução de problemas relacionados a medicamentos, aumento da segurança, redução de reações
adversas devido superdose e possíveis interações, além de valorizar a atuação do farmacêutico
residente junto a equipe multidisciplinar.
Palavras-chave: Acompanhamento farmacoterapêutico, Prescrição, Intervenção farmacêutica.
1440
A problemática da sistematização como estratégia de implantação do
Serviço de Gerenciamento da Terapia Medicamentosa
Maria Ângela Ribeiro1 & Djenane Ramalho de Oliveira2
1-Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica.UFMG/UFU.Belo
Horizonte/Uberlâ[email protected]
2- Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica.UFMG.Belo
Horizonte.MG.Brasil. [email protected]
Objetivo:
Discutir
as
potencialidades
da
sistematização
como
instrumento
transformador do cuidado farmacêutico em um serviço de Gerenciamento da Terapia
Medicamentosa (GTM) para pacientes com câncer de mama no Sistema Único de Saúde
(SUS). Metodologia:Desenvolveu-se uma pesquisa ação por um período de 2 anos em
hospital universitário da região do triângulo mineiro, Minas Gerais. Utilizou-se as
técnicas de observação participante e entrevistas semiestruturadas. Participaram do
estudo 12 farmacêuticos, 05 gestores e 04 residentes.Foi realizado identificação,
classificação e reordenamento dos elementos essenciais da prática clínica ancorada no
referencial teórico da Pharmaceutical care practice. Para alavancar o serviço de GTM
no cenário estudado,foi necessário o conhecimento de três fases da sistematização. A
primeira foi dar o primeiro passo,ou transpor a ideia de que a sistematização parece uma
tarefa complexa demais. A segunda, inserir no cotidiano da prática clínica definições
claras acerca da sistematização e a terceira priorizar o princípio da sistematização com
todo o desconforto que a acompanha. Desconforto prenhe da necessidade de (re)visão
de rumos e (re)organização de processos. Resultados: A sistematização contribuiu para
uma compreensão aprofundada do cenário estudado, para o entendimento da missão e
visão do serviço de GTM, para a construção de um vocabulário comum a todos os
profissionais farmacêuticos envolvidos, para a organização de registros fidedignos dos
dados produzidos pelo serviço e para a co-construção de um processo de aprendizado
sobre uma nova forma de SER farmacêutico. Conclusão: A sistematização viabilizou
avançar o processo de implantação do serviço de GTM em um cenário de atenção
terciária no SUS. Este processo fomentou a interpretação crítica dos processos vividos
pela equipe e desencadeou diversos processos necessários a construção de um serviço
1441
resolutivo e sustentável. Entretanto, ainda é necessário que o modelo construído seja
exequível em outros cenários de prática clínica farmacêutica nos diversos cenários de
assistência farmacêutica no SUS.
Palavras chave: Sistematização,Gerenciamento da Terapia Medicamentosa, Atenção
Farmacêutica,Câncer de mama.
Referências:
1-SOUZA, João Francisco. “Sistematização da experiência por seus próprios sujeitos”.
In Tópicos Educacionais. Recife-PE: UFPE, Centro de Educação, Vol. 15, Nº1/3, 1997.
2-FALKEMBACH, Elza Maria Fonseca. “Sistematização ... Juntando Cacos,
Construindo Vitrais”. Ijuí(RS):Ed. UNIJUÍ, 1995 (Cadernos UNIJUÍ, 23).
1442
Implementation of a pharmaceutical care service to patients with inflammatory
bowel disease in a university hospital
Iwyson Henrique Fernandes da Costa¹, Roberta Mayara de Moura Rocha 2, Ana Vitoria Martins De
Oliveira3, Geffeson Wytalo de Macedo Ferreira4, Liana Araujo Silva5, Lucas Lemos Madeira
Araujo6, Letícia Ximenes Furtado Marques7, Maria Deusa de Sousa Neta8, Hilris Rocha e Silva9 &
Rivelilson Mendes de Freitas10
1
Hospital São Paulo, Teresina, Piauí, Brazil, [email protected]; 2Hospital Universitário da
Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brazil, [email protected]; 3Universidade
Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brazil, [email protected]; 4Universidade Federal
do Piauí, Teresina, Piauí, Brazil, [email protected]; 5Universidade Federal do Piauí,
Teresina, Piauí, Brazil, [email protected]; 6Universidade Federal do Piauí, Teresina,
Piauí, Brazil, [email protected]; 7Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí,
Teresina, Piauí, Brazil, [email protected]; 8Hospital Universitário da Universidade
Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brazil, [email protected]; 9Hospital Universitário da
Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brazil, [email protected]; 10Universidade
Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brazil, [email protected].
Aim of the study: This is an experience report about the implementation of a pharmaceutical care
service to patients with inflammatory bowel disease, developed by the Unit of Clinical Pharmacy
(UniClinFar) in a University Hospital. Materials & Methods: the service has been provided since
2013 to 91 patients, admitted regularly in the gastroenterology service to receive their Infliximab
infusion in the University Hospital at the Federal University of Piaui. In addition to physicians and
pharmacists, the multi-disciplinary team includes nurses, social workers and nutritionists. The
UniClinFar includes pharmacists, master degree students, residents and pharmacy undergraduate
students, and provides pharmaceutical services to patients every infusion of the monoclonal
antibody, which happens twice a week in the hospital. The service is carried out through interviews,
when specific pharmaceutical care formularies are filled in with socioeconomic data, life habits,
clinical history and pharmacotherapeutic profile. A risk score1 is previously applied to the patients
and after being selected to follow up, they have to agree with the service by signing a informed
consent form (C.A.A.E. 17587913.9.0000.5214). Monthly consultations are carried out for
identification and prevention of drug related problems and negative outcomes associated with
medications. During these consultations, the pharmacist monitors blood pressure and glucose levels,
and posteriorly, pharmaceutical interventions are taken, when necessary. These interventions are
addressed to the multi-disciplinary team, finally being presented to the patient as educational
materials and so forth. Results: the service developed by the UniClinFar promoted recognition of
the pharmacist within the healthcare team, influencing in the therapeutic through interventions
regarding since the preparation and administration of infliximab and other medications, as well as
drug-drug interactions and adverse drug events. Conclusions: The pharmaceutical interventions
highlight the importance of the pharmacist within the team-based care to patients with inflammatory
bowel disease, by providing pharmaceutical care services during all the treatment and helping to
improve therapeutic outcomes.
Keywords: Crohn disease, Inflammatory bowel disease, Infliximab, Pharmaceutical services.
References:
1. Martinbiancho JK, Zuckermann J, Mahmud SDP, Santos L, Jacoby T, Silva D, Vinhas M.
(2011); Latin American Journal of Pharmacy. 30 (7): 1342-7.
1443
El glaucoma y el rol del farmacéutico en la detección temprana de la
elevación de la presión intraocular como su principal factor de riesgo
Autora: González, Melisa Abigail 1
Co-autores: Jirala, María Alba1 & Melito, Graciela Sandra1
Afiliaciones: 1Facultad de Ciencias de la Salud, Carreras de Farmacia y Bioquímica,
Universidad Maimónides, Hidalgo 775, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina
Objetivos
•Evaluar el nivel de conocimientos de la población estudiada sobre el glaucoma.
•Conocer cuándo se realizaron el último control de la presión intraocular (PIO) y el
resultado de dicha medición.
•Indagar acerca de los factores de riesgo preponderantes para padecer glaucoma.
•Conocer el nivel de aceptación de la población analizada sobre la realización de la
medición de la PIO en la farmacia.
Metodología
Encuesta transversal diseñada específicamente. No validada. Enero – Septiembre 2013.
Muestreo probabilístico aleatorio irrestricto. Criterio de inclusión: vecinos de Pehuajó y de
los barrios de Flores y Caballito: 96% fueron mayores de 21 años y 65% de sexo femenino.
38 % poseyeron estudios universitarios. Se realizaron 214 entrevistas. De manera personal
en dos farmacias, en la campaña “Conociendo Nuestra Salud” y en el Servicio de
Oftalmología del Hospital Álvarez y encuestas autoadministradas en modalidad on-line,
difundidas mediante redes sociales.
Resultados
Un 44,0% refirió no saber qué es el glaucoma, 59,0% dijo no padecerlo y 35,0% no sabía si
lo padecía. Un 33,0% de los entrevistados nunca se realizó un control de la PIO y 27,0% lo
efectuó hace más de 2 años.
Un 60% de los pacientes posee al menos un factor de riesgo, siendo los principales: edad
mayor a 35 años, HTA, miopía y diabetes.
El 32,0% expresó no recordar el resultado de la última medición y el 90,0% de los
entrevistados refirió que se mediría la PIO en la farmacia.
Conclusiones
Un alto porcentaje no sabe qué es el glaucoma ni se ha realizado controles en los últimos 2
años y posee al menos un factor de riesgo; Además, un elevado porcentaje se mediría la
PIO en la farmacia, por lo que se sugiere involucrar de forma activa al farmacéutico en la
realización de la medición de la PIO mediante la tonometría de no contacto de tipo
pneumática, la educación a los pacientes, la adherencia al tratamiento y el seguimiento
fármacoterapéutico.
Palabras claves: Glaucoma, Detección temprana, Presión intraocular, Farmacéutico.
1444
Referencias:
1. Organización Mundial de la Salud. Organización Mundial de la Salud. [En línea]
2014. [Citado el: 4 de Febrero de 2014.]
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs282/es/.
2. Carrasco, Dr. Félix Gil. Libro Panamericano de Glaucoma. México :
Intersistemas, S.A de C.V, 2008. ISBN 978-970-806-057-8.
3. American Academy of Ophthalmology. Curso de Ciencias Básicas y Clínicas Glaucoma. España : Elsevier, 2008 - 2009. ISBN 978-84-8086-361-2.
4. Oftalmología, Sociedad Argentina de. [En línea] 2014. [Citado el: 4 de Febrero de
2014.] http://www.sao.org.ar.
5. Glaucoma, Fundación Argentina de. [En línea] 2014, [Citado el: 4 de Febrero de
2014.] http://www.fundacionglaucoma.com.ar/.
1445
UTILIZAÇÃO DE INDICADORES COMO PARÂMETROS DE
AVALIAÇÃO DE UM SERVIÇO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA
PARA PACIENTES TRANSPLANTADOS
Bruna Cristina Cardoso Martins¹,Paula Frassinetti Castelo Branco
Camurça Fernandes²,Marta Maria de França Fonteles1
1
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do
Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil; 2Chefe do Serviço de Transplante Renal do Hospital
Universitário Walter Cantídio, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil
Objetivo: O presente trabalho objetivou apresentar os resultados dos indicadores
utilizados por um Serviço de Atenção Farmacêutica para pacientes transplantados
renais. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa,
exploratório e retrospectivo realizado no Ambulatório do Serviço de Transplante
Renalde um hospital universitário (Fortaleza/Ceará), no período de janeiro a
dezembro/2013. Foram avaliados os indicadores de processo: perfil sócio-demográfico e
clínico, medicamentos em uso, percentual de permanência dos pacientes em
Acompanhamento Farmacoterapêutico (AFT), percentual de pacientes que apresentaram
Problema Relacionado ao Medicamento (PRM), Intervenções Farmacêuticas (IF)
realizadas, percentual de IF aceitas, classes contatadas para a realização das IF. Já os
indicadores clínicos: classificação dos Resultados Negativos associados aos
Medicamentos (RNM), desfecho clínico, impacto e significância das IF. O número
CAAE 05925513.2.1001.5054 da aprovação no comitê de ética. Resultados:No período
foram atendidos, pelo farmacêutico, 237 pacientes, destes 109 permaneceram no AFT:
20,2%(n=22) possuíam ensino fundamental incompleto; aprincipal doença de base foi
de causa indeterminada (35,9%; n=39) e faixa etária 41–50 anos. Quanto ao perfil da
farmacoterapia a média de medicamentos foi 8,5±2,6, prevalecendo os antineoplásicos
27,7%(n=219) e agentes imunomoduladores 26,2%(n=216). Foram analisados 113 PRM
apresentados por 64,2% dos pacientes, sendo o mais frequente, quantidade insuficiente
para continuação do tratamento 36,3%(n=41).Os RNM mais frequentes foram problema
de saúde não tratado(61,9%; n=70). Foram realizadas 467 IF, a mais frequente foi:
educar sobre o uso do medicamento 77,5%(n=362). Em que 95,1%(n=444) das IF
tiveram “impacto na eficácia”. Com a realização das IF, 85,8%(n=97) tiveram como
desfecho clínico o risco ou piora do problema de saúde relacionado ao medicamento
1446
“prevenido”. Em relação a significância, 99,1%(n=463) das IF foram classificadas como
apropriadas para a situação clínica do paciente, sendo 90,4%(n=422) “significativas”
por gerarem uma melhora da assistência prestada.Conclusão: Conclui-se que os
indicadores foram capazes de fornecer dados sobre o serviço e possibilitaram avaliá-lo,
sendo essenciais ao planejamento das estratégias de cuidado farmacêutico ao paciente
transplantado renal e podem ser aplicados em outros serviços.
Palavras-chave: Transplante Renal;Atenção Farmacêutica; Indicadores.
Referências
1.
COMITÊ DE CONSENSO. (2007); Tercer consenso de Granada sobre
problemas relacionados con medicamentos y resultados negativos asociados a
lamedicación. ArsPharm.,48 (1): 5-17.
2.
Farré Riba R, Estela AC,Esteban MLS,Cels IC,Lechuga MG, Sánchez, SL, Sanz
RT,Aranda GA, Álvarez FC,Peláez MG,Arcusa OM, Soler GS,Mazó MS. (2000);
Intervenciones Farmacêuticas (parte I): Metodología y Evaluación. FarmHosp,
Espanha, 24 (3): 136-44.
1447
Proposta de Atenção Farmacêutica através da implantação do Método Dáder
com pacientes de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II)
Cristiane Benigno Coelho1, Antonio Wilson Araújo Lobato2 & Silvana de Oliveira Costa3
1,2,3
Graduandos do Curso de Farmácia da Escola Superior da Amazônia-ESAMAZ, Belém, Pará,
Brasil, Trav. Municipalidade, 546 – Reduto, 66053-180. E-mail: [email protected]
Resumo
Os transtornos mentais ou neurobiológicos atingem 10% dos adultos em todo o mundo, a
expectativa é que até 2020 o peso dessas doenças cresça para 15%. Objetivo: desenvolver uma
proposta de implantação do Método Dáder que se baseia na obtenção da história farmacoterapêutica
do paciente. Metodologia: Foram analisados 40 prontuários de pacientes com transtorno bipolar
(CID-10 F31) e esquizofrenia (CID-10 F20). Resultados: Percebeu-se que a grande maioria dos
pacientes são mulheres cerca de 65%, quanto às idades apresentadas a maior prevalência foi dos
pacientes de 18 a 29 anos que corresponderam a 28%. Entre as patologias apresentadas, a
esquizofrenia ficou com 50% dos pacientes pesquisados. Com relação aos medicamentos utilizados
em 1º lugar ficou os Antipsicóticos (32%) sendo o haloperidol dispensado a 17 pacientes; em 2º
lugar os Ansiolíticos (25%) sendo tanto o clonazepam quanto o diazepam dispensados a 11
pacientes; Já em 3º lugar os Anticonvulsivantes (12%) ficando a carbamazepina e valproato de
sódio dispensados a 5 pacientes; a classe dos antidepressivos ficou em 4º lugar (10%) sendo
dispensado a amitriptilina a 5 pacientes. Por último os Estabilizantes do Humor (5%) tendo o
carbonato de lítio utilizado em 7 pacientes. Discussão: Existem vários registros de reações adversas
causadas pelos medicamentos que agem no sistema nervoso. Em uma análise da contribuição da
América Latina para a farmacovigilância, os fármacos que atuam no sistema nervoso ocuparam o
segundo lugar no ranking de medicamentos envolvidos em estudos de farmacovigilância. A
importância da atenção farmacêutica e os cuidados que devem ter sobre a correta utilização de
medicamentos psicotrópicos que são dispensados nos CAPS. Nesse sentido, a prática da Atenção
Farmacêutica pode contribuir decisivamente com a melhoria da adesão ao tratamento e a otimização
dos benefícios da farmacoterapia em paciente com transtorno mentais, a partir da identificação das
necessidades individuais e da detecção e resolução dos Resultados Negativos das Medicações
(RNM).
Palavras-chave: Atenção Farmacêutica, Método Dader, Saúde Mental e CAPS.
Agradecimentos
Profª. Msc. Michele Brito & Dr.Diego Rafael Rodrigues.
Referências
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 338 de 06 de maio de 2004: aprova a Política Nacional de
medicamentos. DOU n.º 96, de 20.05.04, Seção 1, p. 52/53.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria MS nº 154, de 24 de janeiro de 2008. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da
Família –NASF. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 04 de mar. 2008. Seção 1, p. 38-42.
CORRER, Cassyano J.; OTUKI, Michel F Método clínico de atenção farmacêutica, março, 2011. Disponível em:
<http://www.saude.sp.gov.br/resources/ipgg/assistencia-farmaceutica/otukimetodoclinicoparaatencaofarmaceutica.pdf> Acesso em: 26 ago 2015.
FONTELES, Marta Maria de França et al. Reações adversas causadas por fármacos que atuam no sistema nervoso:
análise de registros de um centro de farmacovigilância do Brasil. Rev Psiq Clín. v.36, n. 4, p. 137-44, 2009.
ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE (OPAS); ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS).
Atenção Farmacêutica no Brasil: trilhando caminhos. Relatório 2002-2002. Brasília: OPAS/OMS, 2002. 28p.
ZANELLA, Carolina Gomes; AGUIAR, Patricia Melo; STORPIRTIS, Sílvia. Atuação do farmacêutico na dispensação
de medicamentos em Centros de Atenção Psicossocial Adulto no município de São Paulo, SP, Brasil. Ciência & Saúde
Coletiva, v.20, n. 2, p. 325-332, 2015.
1448
Apoio medicamentoso no tratamento do Tabagismo realizado em grupos de um
serviço de atenção primária à saúde
Marluce Suzana Holdefer, Saliciano Alves de Lima, Pâmela Grazzielle Guimarães, Daiana Mathias
Albuquerque, Katiane dos Santos Marques & Raul Miguel Alles
Serviço de Saúde Comunitária, Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre, RS, Brasil,
[email protected]
Objetivo: o tabagismo é uma doença resultante da dependência à nicotina, e as diversas substâncias
presentes na composição dos produtos do tabaco são fatores causais para cerca de 50 doenças
tabaco-relacionadas. O tratamento do tabagismo no Brasil está vinculado ao Sistema Único de
Saúde (SUS), regulado pela Portaria do Ministério da Saúde nº 571 publicada em 05 de abril de
2013, tendo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) como órgão do Ministério da Saúde responsável
pela articulação do Programa Nacional de Controle do Tabagismo1. O modelo de tratamento baseiase na abordagem cognitivo-comportamental e possibilita que o tratamento seja realizado em grupo
ou individualmente, auxiliando o fumante a desenvolver habilidades para permanecer sem fumar. O
apoio medicamentoso é um recurso comumente usado no tratamento e disponibilizado na rede
SUS2. O presente trabalho tem por objetivo analisar a relação entre o uso de medicamentos e a
cessação do tabaco no tratamento do tabagismo realizado em grupos de um serviço de atenção
primária à saúde. Metodologia: a pesquisa utilizou como base de dados o sistema de informação em
saúde (SIS) do serviço, onde realizou-se um levantamento dos usuários cadastrados nos grupos de
tabagismo da unidade de saúde, juntamente com o registro das prescrições de medicamentos e a
cessação do tabaco ao final de cada grupo, no período compreendido de março de 2014 à junho de
2015. Resultados e conclusões: através da coleta e organização dos dados obtidos foi possível
correlacionar as informações, onde observou-se que a maioria dos usuários que cessaram o uso do
tabaco fizeram uso concomitantemente de algum medicamento disponibilizado pelo programa. A
partir de tais informações fica evidenciada a importância do apoio medicamentoso como recurso
contribuinte para a efetividade no tratamento do tabagismo.
Keywords: tabagismo, apoio medicamentoso, grupos, atenção primária à saúde
References:
1. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Observatório da Política Nacional de Controle
do Tabaco. Tratamento do tabagismo. Rio de Janeiro: MS/INCA;2014.
2. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância.
Deixando de fumar sem mistérios: Manual do Participante. Rio de Janeiro: MS/ INCA; 2004.
1449
Revista Brasileira de Farmácia – ISSN 2176 – 0667 (on line)
Volume 97
Número 1
Janeiro / Abril - 2015
EXPEDIENTE
Editores Eméritos
Nuno Álvares Pereira (in memoriam)
Levy Gomes Ferreira
Salvador Alves Pereira (in memoriam)
Editora-chefe
Dra Carmelinda Monteiro Costa Afonso
Conselho Editorial
Benedito Carlos Cordeiro (Universidade Federal Fluminense)
Carla Valéria Vieira G. Feraz (Universidade Federal Fluminense)
Débora Omena Futuro (Universidade Federal Fluminense)
Denir Gomes Nogueira (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Gabriela Bittencourt G. Mosegui (Universidade Federal
Fluminense)
Ilidio Ferreira Afonso (Instituto Hahnemanniano do Brasil)
Ivone Manzalli de Sá (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Maria Letice do Couto (Universidade Gama Filho / ABF)
Maria Rita de Macedo (Escola Nacional de Saúde Pública)
Sabrina Calil Elias (Universidade Federal Fluminense)
Selma Rodrigues de Castilho (Universidade Federal Fluminense)
Vera Lucia Luiza (Escola Nacional de Saúde Pública)
Associação Brasileira de Farmacêuticos
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