Mesa Redonda “A Economia Social e o Desenvolvimento Local e Regional” Portugal Economia Social, 19 a 21 de maio 2016 Mafalda Cabral, Federação Minha Terra 20 de maio de 2016 FIL, Lisboa Apresentação 1. A Minha Terra e a Abordagem LEADER/DLBC 2. A Economia Social e o Desenvolvimento Local e Regional MINHA TERRA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ASSOCIAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO LOCAL ORIGEM: Fevereiro 2000 Animação Rede LEADER II (1999-2001) Negociação LEADER+ ASSOCIADAS: 55 Associações de Desenvolvimento Local, a promover e gerir iniciativas de desenvolvimento local / rural em todo o país (enfoque LEADER/DLBC) OBJECTIVOS: representação, lobbying, qualificação e apoio técnico a iniciativas de desenvolvimento local em zonas rurais - networking www.minhaterra.pt MINHA TERRA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ASSOCIAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO LOCAL A Federação integra um conjunto de estruturas nas quais representa as suas associadas: Conselho Económico e Social Comissões de Acompanhamento dos Programas de Desenvolvimento Rural (PRODER, PRRN, PDR2020, PRORURAL, PRORURAL+) Comissão de Acompanhamento do Programas Operacionais Regionais Conselhos Regionais das CCDR (Norte, Centro, LVT, Alentejo e Algarve) ELARD – European Leader Association for Rural Development A Federação ainda não integra a CASES e o CNES. RESULTADOS (1991-2006) RESULTADOS TANGÍVEIS DOS PIC LEADER: INVESTIMENTO – PROJECTOS - EMPREGO TOTAL Territórios 20 48 52 Investimento público 47 130 223 400 85 218 302 605 Nº de projectos 2 193 6 930 7 101 16 224 Empregos criados 2 037 3 926 2 549 8 512 Empregos mantidos 1 490 1 133 5 944 8 567 (milhões de euros) Investimento total (milhões de euros) RESULTADOS (2007-2013) Resultados da Abordagem LEADER no âmbito do Eixo 3 dos PDR (2007-2013): INVESTIMENTO – PROJECTOS - EMPREGO CONTINENTE AÇORES MADEIRA TOTAL 47 4 2 53 451 20 9 480 329 8 3 340 780 28 12 820 Nº de projectos 5 598 456 170 6 224 Empregos Criados 7 035 237 63 7 335 Territórios Investimento público (milhões de euros) Investimento privado (milhões de euros) Investimento total (milhões de euros) RESULTADOS (2007-2013) Número Projetos 23% 22% Turismo Património 3% Microempresas Outros 21% 31% Serviços Básicos RESULTADOS (2007-2013) Investimento Aprovado 21% 33% 1% Turismo Património Microempresas Outros Serviços Básicos 31% 14% RESULTADOS (2007-2013) SERVIÇOS BÁSICOS PARA A POPULAÇÃO RURAL Designação N. PA Investimento Aprovado Despesa Pública Serviços de apoio à infância 105 10.898.907 7.770.103 Acompanhamento domiciliário a idosos e pessoas com deficiência 274 22.178.642 16.007.945 98 8.495.414 6.003.668 169 18.107.820 12.840.457 13 3.489.427 1.922.413 Serviços itinerantes de apoio social Serviços de animação cultural e recreativa de base local Seviços de apoio a novos residentes Programa de Desenvolvimento Rural do Continente Medida 10 – LEADER Implementação das Estratégias de Desenvolvimento Local 1 - Regime simplificado de pequenos investimentos nas explorações agrícolas 2 - Pequenos investimentos na transformação e comercialização • Apoio a pequenos investimentos nas explorações agrícolas • Apoio a pequenos investimentos através da criação ou modernização de unidades de transformação e comercialização de produtos agrícolas. 3 - Diversificação de atividades na exploração • Investimentos na diversificação de atividades na exploração para atividades não agrícolas 4 - Cadeias curtas e mercados locais • Criação de circuitos curtos / cadeias curtas de distribuição / comercialização de proximidade de produtos agrícolas e transformados. 5 - Promoção de produtos de qualidade locais • Promoção de produtos de qualidade certificada e produtos locais, incluindo os abrangidos por regimes formais de diferenciação referentes a áreas de proteção da natureza 6 - Renovação de aldeias • Preservação, conservação e valorização dos elementos patrimoniais locais (paisagístico e ambiental, incluindo ações de sensibilização) DLBC/LEADER Estratégias de Desenvolvimento Local Linhas de intervenção FEDER e FSE (Programas Operacionais Regionais) FEDER FSE • Concessão de apoio ao desenvolvimento dos viveiros de empresas e o apoio à atividade por conta própria, às microempresas e à criação de empresas • Conservação, proteção, promoção e desenvolvimento do património natural e cultural • Criação de emprego por conta própria, empreendedorismo e criação de empresas, incluindo micro, pequenas e médias empresas inovadoras • Inclusão ativa, incluindo promoção da igualdade de oportunidades e da participação ativa e a melhoria da empregabilidade 2. A Economia Social e o Desenvolvimento Local e Regional CONTEXTO As organizações da Economia Social têm um papel cada vez mais importante na vida das pessoas e das comunidades, como demonstram algumas questões sociais e políticas atuais: • crise económica desemprego pobreza grupos vulneráveis Atualmente as entidades da economia social atuam, em larga medida, em substituição e complemento das funções dos FEAMP FEDER FSE Estados e por esse motivo são altamente dependente dos FEADER fundos públicos (que se vêm tornando cada vez mais escassos). Contudo, a intervenção não se limita às questões de emergência e solidariedade social, mas abarca cada vez as questões do desenvolvimento (nas suas diferentes dimensões), e em particular do desenvolvimento local. O PESO E A DIVERSIDADE DA ECONOMIA SOCIAL O Setor da economia social (definição abrangente na própria Lei de Bases da Economia Social, recentemente publicada após um processo legislativo longo e conturbado) • As cooperativas • As associações mutualistas • As misericórdias • As fundações • As IPSS não abrangidas pelas alíneas anteriores • As associações com fins altruísticos que atuem no âmbito cultural, recreativo, do desporto e do desenvolvimento local FEAMP FEDER FSE FEADER • As entidades abrangidas pelos subsetores autogestionário (de que são exemplo os baldios) comunitário e • Outras entidades que respeitem os princípios orientadores da economia social e constem da base de dados da economia social O PESO E A DIVERSIDADE DA ECONOMIA SOCIAL (2) Quem são / o que são (em Portugal): • 55.000 Organizações • 250.000 postos de trabalho • 150.000 voluntários • 5,4 mil milhões euros (em Valor Nominal) • 4,2% PIB • 2,8% VAB FSE FEADER • 5,5% do emprego FEDER FEAMP Fontes: Conta Satélite da Economia Social 2010 e Estudo da Universidade de John Hopkins / Universidade Católica O Papel dos Gal na Economia Social • Os próprios GAL são entidades da economia social, já que são, na sua maioria, associações de desenvolvimento local, sem fins lucrativos, que desenvolvem atividades promotoras do desenvolvimento local, sendo que em muitos casos a sua intervenção vai muito além da implementação da abordagem LEADER/DLBC • Parceiros ativos no território, na área da Economia Social, integrando Redes e parcerias, nomeadamente as Redes Sociais, os Núcleos Locais de Inserção (RSI), as plataformas concelhias de educação, sendo nalguns casos eles próprios associados de IPSS e outras entidades do 3º Setor; • Alguns dos GAL associados da Federação Minha Terra são promotores de projetos de desenvolvimento social, nomeadamente, os Contratos Locais de Desenvolvimento Social, Programa Escolhas, projetos de apoio a emprego e empreendedorismo, de entre outros, assumindo uma intervenção integrada no seu papel de promotores do desenvolvimento local UMA VISÃO PARA A ECONOMIA SOCIAL - OS GRANDES DESAFIOS Alguns dos grandes desafios para a sustentabilidade da Economia Social • Quadros conceituais e legais (trabalho em curso de regulamentação da Lei de Bases da Economia Social em Portugal), • Modelos de financiamento, • Modelos de formação, • Partilha de práticas bem-sucedidas, • Definição de métodos de monitorização e avaliação FEAMP FEDER FSE adequados, FEADER • Aprendizagem, trabalho em rede e inovação. Fonte: Projecto Q3.eu (parceria Grundvig que envolveu a Federação Minha Terra) UMA VISÃO PARA A ECONOMIA SOCIAL - OS GRANDES DESAFIOS (2) Hierarquizando, através de uma metodologia participativa, as principais opções/actividades: • Construir e usar o capital social, ou seja colocar o capital social que a Economia Social tem contribuído para criar (nomeadamente nos territórios rurais) ao serviço da sustentabilidade da Economia Social; • Providenciar formação especial para formadores e consultores para as organizações da economia social; • Melhorar a ligação/comunicação entre organizações da Economia Social; • Desenvolver agências de recursos e desenvolvimento (à semelhança FEAMP FEDER FSE FEADER do que acontece em Portugal com a CASES); • Promover uma atitude orientada para a aprendizagem e a inovação; Fonte: Projecto Q3.eu (parceria Grundvig que envolvei a Federação Minh Terra) A QUALIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DA ECONOMIA SOCIAL Qualificação qualidade e sustentabilidade; Criatividade, capacidade de improviso + capacidade de gestão profissional e uma visão estratégica e prospectiva; O exemplo da metodologia Q3 Desenhada e testada (EQUAL) Implementada (POPH) em 304 entidades do 3º Sector destinatárias das medidas de formação / consultoria, no âmbito das 3 edições do projecto Q3 – Qualificar o 3º Sector como apoio do POPH entre FEAMP 2008 e 2014, nas FEDER FSE FEADERNorte, Centro, Alentejo e Algarve Regiões Diagnósticos participados e formação e consultoria à medida OBRIGADA www.minhaterra.pt