1 Controle Postural Na Síndrome de Pusher Maria Eleide Cavalcante Bandeira 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós –graduação em Neurofuncional- Neurofuncional – Faculdade FASAM Resumo A Síndrome de Pusher (SP) apresenta três características básicas: inclina o corpo lateralmente do lado oposto a lesão encefálica com grande desequilíbrio; empurra fortemente para lado plégico com o hemicorpo não comprometido e resiste à correção passiva da postura, provavelmente seja em decorrência de uma falha no sistema sensóriomotor. Contudo, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre as peculiaridades do controle postural na Síndrome de Pusher, assim como, averiguar estratégias que sejam seguras e efetivas para tratamento de reabilitação. Para alcançar os objetivos propostos da pesquisa foram revisados artigos referentes à temática através de bases de dados eletrônicos. Os resultados mostram que há poucos estudos sobre este transtorno, mas que dão subsídios para um melhor diagnóstico e tratamento fisioterapêutico. Pode-se concluir que apesar dos sinais e sintomas da SP serem transitórios, acredita-se que identificando de forma precoce as alterações posturais e utilizando-se de uma abordagem fisioterapêutica diferenciada, há maior possibilidade de amenizar os prejuízos relacionados à funcionalidade destes pacientes. Palavras-chaves: Controle Postural; Síndrome de Pusher; Fisioterapia. 1. Introdução O controle postural é realizado por um sistema complexo que visa controlar a posição dos segmentos do corpo, permitir a realização dos movimentos e atingir os objetivos de suporte, estabilidade e equilíbrio (SOUZA, GONÇALVES E PASTRE, 2006). Freitas Junior e Barela (2006) ressaltam que o controle postural é resultado de uma interação complexa dos sistemas sensoriais formados pelos sistemas: visual, vestibular e somatossensorial. Uwe Klose (2009) informa ainda que lesões nestes sistemas fazem com que vários distúrbios da postura e do controle de equilíbrio ocorram, entre eles, encontramos a Síndrome de Pusher, um transtorno muito intrigante e grave da posição do corpo na posição vertical. Sendo assim, esses pacientes tem a percepção de que estão alinhados na vertical quando estão aproximadamente com 20 graus de inclinação para o lado hemiplégico (SANTOS GÓIS et al, 2011). Ademais apresentam três características típicas: 1) Inclinação postural no lado oposto a lesão encefálica com grande desequilíbrio; 2) Empurrar fortemente para lado plégico com o hemicorpo não comprometido; 3) Resistência à correção pacífica (PALMINI, COSTA e GRAVE, 2013). ¹ Pós- graduando em Neurofuncional ² Orientadora- Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Bioética e Direito em Saúde. 2 O problema que deu origem a pesquisa está sintetizado na seguinte questão: Como identificar as peculiaridades da Síndrome de Pusher e quais as principais estratégias abordadas pela Fisioterapia durante da apresentação deste transtorno? O objetivo geral desse artigo é realizar uma revisão da literatura sobre peculiaridades do controle postural na Síndrome de Pusher. Contudo, serão abordados os seguintes objetivos específicos: Realizar uma explanação sobre as possíveis ferramentas utilizadas na identificação deste transtorno; bem como, averiguar estratégias utilizadas para melhorar o desempenho do controle postural na reabilitação destes pacientes. A SP estará presente em aproximadamente 10% dos pacientes hemiplégicos e suas consequências interferem, inclusive, no tempo de hospitalização, aumentando em média 29 dias a mais que pacientes com AVC sem síndrome de Pusher (PALMINI, COSTA e GRAVE 2013). A presença da heminegligência associada à SP parece influenciar no prognóstico, aumentando o tempo de recuperação (VOOS, OLIVEIRA e PIEMONTE, 2011). Através de um estudo transversal realizado por Santos- Góis et al (2011) sobre os conhecimento de fisioterapeutas Neuro-funcionais a cerca da SP na cidade de Recife, identificaram que no universo de 60 fisioterapeutas entrevistados, sendo que 33 não sabiam identificar o transtorno e 37 profissionais apresentaram pouco conhecimento sobre a SP, interferindo assim, no reconhecimento das peculiaridades do transtorno e na elaboração de estratégias adequadas para uma boa reabilitação. É de extrema importância ressaltar que: A identificação dos déficits proporciona um tratamento apropriado sendo o ponto mais difícil no processo de planejamento do trabalho, necessitando da capacidade profissional do fisioterapeuta em avaliar os dados apresentados. Partindo das anormalidades que o paciente apresenta, permite estabelecer os objetivos funcionais sejam eles motores e/ou cognitivos em longo prazo, os objetivos em curto prazo podem fazer parte de uma sequência desde que certo componente do tratamento seja responsável por proporcionar a aquisição de várias atividades funcionais, tendo por objetivo final a capacidade do paciente em realizar uma função com máxima independência e eficiência dentro das limitações impostas por sua deficiência (GAVIM et al 2012). A restrição do paciente no leito favorece a instalação de complicações clínicas que vão interferir no seu desempenho funcional e desenvolvimento das atividades de vida diária (SANTO- SILVA, NASCIMENTO e BRITO, 2013). Estudos mostram que, a lateropulsão parece exigir mais tempo de internação e pode ter um menor nível funcional em alta comparação com pacientes sem lateropulsão. Isto sugere cuidados com esses pacientes exigem mais recursos e identificação precoce (CLARK, COLINA e PUNT, 2012). Diante disso, pode- se justificar a necessidade de aprimorar os conhecimentos a cerca da Síndrome de Pusher, buscando subsídios teóricos que ajudem na identificação das peculiaridades do distúrbio, assim como, averiguar estratégias que sejam seguras e efetivas para tratamento de reabilitação, proporcionando uma melhor qualidade de vida, assim como, amenizar os prejuízos relacionados à funcionalidade e reinserir estes pacientes ao convívio social. 2. Controle Postural A postura é vista, geralmente, como um processo estático, mas a gravidade e os mecanismos de controle neural provocam constantemente um deslocamento sutil do alinhamento do corpo, que necessita de controle postural (AIKAWA, BRACCIALLI e PADULA, 2006). Contudo, o controle postural é por definição a habilidade de um indivíduo assumir e manter a posição desejada durante uma atividade estática e dinâmica (KLEINER, SCHLITTLER e SANCHES- 3 ARIAS, 2011). Possui dois objetivos comportamentais, denominados orientação e equilíbrio postural, e que esses objetivos são alcançados, a partir de um intrincado e dinâmico relacionamento entre informação sensorial e atividade muscular (TOLEDO e BARELA, 2010). A orientação postural está relacionada ao posicionamento e ao alinhamento dos segmentos corporais um em relação aos outros e em relação ao ambiente (MENEGHETTI et al, 2009). O equilíbrio é definido como o processo de manter o centro de gravidade do corpo no interior da base de suporte de peso, exigindo constante adaptação, que é fornecido pela atividade muscular e posicionamento articular (ALONSO et al, 2011). Ambos são constantemente alimentados por informações necessárias para o ajuste do funcionamento do organismo (DALPIAN, GRAVE e PERICO, 2013) que envolve (a) percepção, (b) integração dos estímulos sensoriais, (c) planejamento motor e (d) execução da postura adequada para movimento pretendido (SOUZA, GONÇALVES E PASTRE, 2006). Os sistemas sensoriais e perceptivos fornecem informações sobre o estado do corpo e as características do ambiente que são fundamentais para a regulação do movimento (PALMINI, 2012). Dessa forma, o controle postural exige uma interação contínua entre o sistema musculoesquelético e o neural (MENEGHETTI et al, 2009). Com base nestas informações, os autores abaixo esclarecem que: Para cada nova postura adotada pelos seres humanos, há respostas neuromusculares necessárias para manter o equilíbrio do corpo. A manutenção do equilíbrio corporal é uma responsabilidade do sistema de controle postural, que é um conceito usado para se referir às funções do sistema nervoso, sensorial, e os sistemas do motor. O sistema sensorial fornece informações sobre a posição dos segmentos do corpo em relação aos outros segmentos e para o ambiente. O sistema motor é responsável pela ativação correta e adequada dos músculos para executar movimentos. O sistema nervoso central integra a informação fornecida pelo sistema sensorial e, em seguida, envia impulsos nervosos para os músculos, que geram respostas neuromusculares (DUARTE e FREITAS, 2010) Entretanto, Mochizuki e Amadio (2006) informam que a manutenção dos ajustes posturais depende da informação e interação dos três sistemas sensoriais: visuais, vestibulares e Somatossensorial. No sistema visual a luz que entra através da córnea é projetada na retina e transforma em sinais elétricos pelos fotorreceptores. Em seguida é levada para centros superiores no sistema nervoso central, através do nervo óptico, para ser processada (KLEINE, SCHITLER e SANCHEZ, 2011), promovendo informações sobre a posição do corpo em relação ao meio externo no qual se encontra (SOARES, 2010). O Sistema vestibular é constituído por uma estrutura óssea, o labirinto, localizado no osso temporal e tendo interiormente as estruturas membranosa (BANKOFF et al, 2006), baseia-se em estímulos provenientes do aparato vestibular, localizado na orelha interna, para favorecer informações ao sistema de controle postural sobre a orientação da cabeça em relação à atuação da força gravitacional ( FREITAS JUNIOR e BARELA, 2006), assim como, oferecer informações de pequenas acelerações angulares e lineares da cabeça resultante do deslocamento corporal (PASSETTO, 2012). O sistema Somatossensorial, difere dos outros sistemas porque seus receptores estão pelo corpo, e não estão concentrados em locais especializados do corpo humano e porque responde a muitos diferentes tipos de estímulos agrupados em quatro categorias: toque, temperatura, posição do corpo e dor (MOCHIZUKI E AMADIO, 2006), e também sobre a força que o corpo exerce sobre estas superfícies, posição e a velocidade de todos os segmentos corporais, seu contato com objetos externos, inclusive o chão, e a orientação da gravidade (KLEINER, SCHITLER e SANCHEZ, 2011). 4 O equilíbrio não depende apenas da integridade destes sistemas, mas da integração sensorial dentro do sistema nervoso central, que envolve a percepção visual e espacial, tônus muscular efetivo, que se adapte rapidamente a alterações de força muscular e flexibilidade articularem (CRUZ, OLIVEIRA E LOPES MELO, 2010). Portanto, quando esses canais sensoriais funcionais funcionam corretamente, seus insumos e sua integração indicam verticalidade de maneira congruente (UWE KLOSE, 2009). Diversos fatores podem ser considerados como intervenientes na manutenção do equilíbrio corporal, sendo um deles o centro de gravidade (CG) e/ou centro de massa do corpo –CM (LEMOS TEIXEIRA e MOTA, 2009). Por sua vez, Pavani, et al (2012) acrescenta que a orientação espacial em relação ao eixo gravitacional da Terra é de grande relevância para a manutenção da postura, marcha e para maior parte das atividades motoras executadas pelos indivíduos. Cecato e Almeida (2008) citam alguns sistemas responsáveis pela orientação gravitacional: O Sistema Subjetivo Visual Vertical (SVV) o qual está relacionado com a percepção visual da verticalidade de objetos no espaço, sendo os receptores visuais e vestibulares responsáveis pelos mesmos; o sistema Subjetivo Postural Vertical (SPV) cuja função é a orientação gravitacional vertical do próprio tronco. Santos- Pontelli et al (2005) acrescentam ainda, que através da avaliação da SVV os indivíduos apresentam habilidades de posicionar-se visualmente em uma linha vertical quase sem angulações em relação a terra. A SPV avalia a capacidade que as pessoas tendem a orientar seu corpo com a vertical, sem auxilio da visão. Diante do exposto, os autores abaixo citam outras percepções espaciais subjetivas de verticalidade além da SVV e SPV. As percepções espaciais subjetivas de verticalidade são avaliadas pela vertical háptica subjetiva, vertical postural subjetiva, subjetiva da posição adiante e vertical visual subjetiva (VVS)14-18. A vertical háptica subjetiva é determinada pela manipulação de uma barra de madeira ou metal pela posição vertical da Terra com o indivíduo de olhos fechados. A vertical háptica subjetiva é guiada pela percepção háptica originária da estimulação de mecanorreceptores da pele, músculos, tendões e articulações no processo de exploração manual da barra no espaço 7,14,15. A vertical postural subjetiva é avaliada com o indivíduo assentado em uma cadeira reclinável capaz de girar num plano específico imobilizado por estabilização lateral para evitar reações posturais. O indivíduo informa na ausência de visão, quando sente que seu corpo está orientado na posição vertical. A vertical postural subjetiva se baseia em informações originadas nos graviceptores do tronco e nos receptores de cabeça e pescoço16-18. A subjetiva na posição adiante é avaliada pedindo ao indivíduo que aponte para a direção que ele percebe como adiante; representa um referencial egocêntrico19, 20. Por fim, a VVS é avaliada pedindo ao indivíduo que alinhe uma barra luminosa na posição vertical, sem qualquer referência da vertical real, na escuridão total (PAVAN et al, 2012). Em suma, Carvalho e Almeida (2008) apontam três estratégias posturais utilizadas pelo corpo como forma de retornar a posição de equilíbrio: Estratégia de Tornozelo- o tornozelo é utilizado como pêndulo invertido, tendo como objetivo, manter o equilíbrio frente a pequenas oscilações; Estratégia de Quadril- a musculatura de tronco e quadril é ativada quando a base de apoio encontra-se diminuído e instável; Estratégia de Passo- ocorre com ativação dos abdutores do quadril e co-contração dos tornozelos em resposta a grandes perturbações para evitar a queda. Estas articulações são responsáveis por controlar os movimentos corporais, quer seja no plano frontal ou plano sagital (CAMARGO E FREGONESI, 2011). Os autores abaixo descrevem algumas oscilações durante o ajuste postural normal. 5 Uma oscilação para frente é detectada pelos sistemas sensoriais, essa informação é utilizada para os músculos posteriores dos membros inferiores e tronco sejam ativados e esta oscilação seja revertida. Juntamente com a ativação dos músculos posteriores, outras informações sensoriais são disponíveis. Tais informações estariam indicando uma diminuição da velocidade das oscilações corporais para frente até o momento da reversão da direção da oscilação. Após a reversão da direção da oscilação, o corpo é trazido para trás, pela ação dos músculos posteriores, até ao momento em que os sistemas sensoriais detectam excesso de oscilação corporal par trás. Quando isto ocorre, os músculos anteriores são ativados e o mesmo processo é repetido. Portanto, nas situações em que esta dependência mutua entre informação sensorial e ação motora é repetida ou manifestada de forma regular, o padrão ou ciclo perceptivo-ação é formado (FREITAS JUNIOR e BARELA, 2006). Uma falha em qualquer um dos sistemas envolvidos, individualmente ou em conjunto, pode causar desequilíbrio postural e quedas (SOUZA, GONÇALVES e PASTRE, 2006). De acordo com Soares (2010), após uma lesão no cérebro é comum alterações no controle postural, podendo comprometer a orientação postural, estabilidade postural e equilíbrio. As patologias mais comuns que levam a um comprometimento postural são: o Acidente vascular cerebral (AVC), Cerebelopatias, Traumatismo Crânio Encefálico, doenças de Parkinson, Síndrome Parkinsonianas, Lesões medulares, Esclerose Múltipla (EM), Lombalgias Idiopática Crônicas, Polineuropatias e Vertigens Posicionais (VPPB). Ressalta ainda, que uma provável área do SN responsável pelo controle postural seria a região posterior da insula, na qual alteração nesta área proporciona uma disfunção vestíbulosvisual (alteração visual da inclinação vertical sem inclinação da postura corporal), apresentando apenas uma perda do equilíbrio lateral. Contudo, outra área de grande relevância para o controle motor é o tálamo posterolateral, responsável pela orientação do corpo em relação à gravidade. De acordo com Aguiar, Rocha e Oliveira (2008) o controle de tronco é essencial para realização das atividades funcionais normais (balance, transferências, marcha e outras mais funções), promovendo estabilidade e mobilidade para que as atividades cotidianas sejam realizadas. Ressaltam ainda, que, para um bom desempenho dos os movimentos dos Membros Superiores e Inferiores é necessário que o tronco seja capaz de realizar o controle funcional adequado. 3. Síndrome de Pusher Dentre várias alterações de percepção encontradas, uma das que mais compromete a reabilitação dos pacientes hemiplégicos é a Síndrome de Pusher (PALMINI, 2012). Conforme Santos-Pontelli, Leite e Pontes-Neto (2013) a Síndrome de Pusher (SP) é considerada uma das mais intrigantes alterações neurológicas encontradas após lesões encefálicas agudas, também conhecida com Síndrome do Não alinhamento, Síndrome do Empurrador, Pusher Syndrome, Ipsilateral Pushing e Lateropulsion. A lateropulsão é o termo mais específico para descrever a inclinação tônica postural no plano frontal do suporte vertical (PALMINI, COSTA e GRAVE 2013). Cecatto e Almeida (2008) relatam que a desorientação postural decorrente da verticalidade de tronco e de balance é mais frequente em pacientes portadores de sequelas de Acidente Vascular Encefálico (AVE). Contudo, estudos mostram que esse transtorno também pode ser encontrado em pacientes com histórico de Tumor Cerebral, Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) e por alterações não neurais do Aparelho Vestibular. Analises por tomografia computadorizada de crânio (TCC) e ressonância magnética (RM) sugeriram que os núcleos posteriores e laterais da região posterolateral do tálamo podem ser as estruturas envolvidas no controle vertical da postura (BORTOLI et al, 2008). Outras 6 possíveis áreas já descritas são: cápsula interna, área motora suplementar, lobo parietal superior, globo pálido e córtex vestibular parieto insular (SANTOS- PONTELLI et al, 2005). Por outro lado, nos estudos de Clark, Colinas e Punt (2012) verificaram que em uma população de 160 pacientes após AVC admitidos em dois centros de reabilitação no período de 16 meses, quarenta e três pacientes (26,9%) apresentaram sinais de lateropulsão e as principais áreas de lesão foram: artéria cerebral média direita (25,6%), gânglios da base (13,9%), cerebelo (11,6%), fora da área da artéria cerebral média (11,6%), encéfalo (9,3%) e outras áreas de menores porcentagens como corona radiata, tálamo e regiões temporal e frontal. A SP estará presente em aproximadamente 10% dos pacientes hemiplégicos e suas consequências interferem, inclusive, no tempo de hospitalização, aumentando em média 29 dias a mais do que em pacientes com AVC sem a síndrome de Pusher (PALMINI, COSTA e GRAVE 2013). É mais frequente após lesão à direita e prejudica a recuperação funcional (VOOS, PIEMONTE e VALLE, 2007). Estes pacientes apresentam um comportamento peculiar em relação aos pacientes hemiplégicos típicos quando sentados ou posição ortostática, deslocam seus centros de massa em direção ao hemicorpo acometido, o que torna o corpo lateralmente instável (SANTOS - GÓIS et al, 2011). Ademais, podemos observar na Figura (1) algumas características típicas: 1) Inclinação postural no lado oposto a lesão encefálica com grande desequilíbrio, 2) empurrar fortemente para lado plégico com o hemicorpo não comprometido, 3) resistência à correção pacifica (PALMINI, COSTA, GRAVE, 2013). Figura 1 Fonte: PALMINI, Suzana Fernandes (2012). Paciente com lesão no hemisfério cerebral direito e Síndrome de Pusher Santos- Pontelli (2011) informa que apesar de diversos estudos sobre a SP os mecanismos causadores ainda não estão devidamente esclarecidos, porém estes têm sido justificados por apresentar alterações de verticalidade em decorrência de um conflito sensorial das Percepções Subjetivas espaciais: 1) Subjetiva vertical Proprioceptiva (SVPr- Subjetiva Hepática Vertical); 2) Subjetiva Vertical Visual (SVV); 3) Subjetiva Vertical Postural (SVP); 4) Subjetiva da posição Adiante (SPA). Em contrapartida, Santos- Góis et al (2011) sugerem que a possível causa da SP está associada a um distúrbio da orientação corporal em relação à gravidade, promovendo apenas alteração na percepção postural vertical (SPV). Decorrente de um desequilíbrio na modulação do sistema de orientação do eixo gravitacional do tronco (sistema graviceptivo), à custa de alterações do sistema Subjetivo Postural Vertical (CECATO e ALMEIDA, 2008). 7 Portanto, a percepção de verticalidade visual não está alterada, já que conseguem posicionar corretamente um feixe de luz e objetos na posição vertical, mesmo quando mantêm o tronco desalinhado (VOOS, OLIVEIRA E PIEMONTE, 2011). Dalpian, Grave e Perico (2013) destacam que o ato de empurrar o corpo para lado hemiplégico é decorrente da perda da consciência corporal, ocasionando alterações na imagem corporal destes pacientes que continuam acreditando que estão alinhados. Além disso, alteração na imagem corporal compromete o equilíbrio estático nas posições sentadas, em pé e nas transferências, contribuindo para as deformidades corporais como: escoliose, encurtamentos de musculatura de membros superiores e inferiores. Martins et al (2011), ressaltam que os pacientes hemiparéticos clássicos, quando na postura em pé adotam um padrão assimétrico, descarregando seu peso de preferência para lado não parético em contrapartida, os pacientes com SP apresentam postura assimétrica descarregando seu peso para lado afetado. Estudos mostram que estes pacientes, além de apresentarem uma maior dificuldade nos programas de reabilitação, apresentavam também outras complicações, tais como deficiências respiratórias (PALMINI, 2012). Conforme a literatura, fisioterapeutas e enfermeiros são os primeiros a detectarem essa desordem diante do leito hospitalar quando transferem os pacientes para maca ou cadeira ou durante a realização de tratamento que os coloquem em posição sentada (BORTOLI et al 2008). A SP pode ser uma fase transitória, cujos sintomas desaparecem em até 12 semanas, dependendo de vários fatores principalmente da forma como estes pacientes são posicionados e tratados no início da instalação do quadro motor (PALMINI, 2012). São muitas vezes lentos para fazer ganhos funcionais significativas, que pode ser desmotivadores para os pacientes e dar aos médicos a impressão de que há um progresso limitado (CLARK, COLINA e PUNT, 2012). Estes pacientes colaboram menos durante a reabilitação, por não terem total consciência de seus déficits (VOOS, PIEMONTE E VALLE, 2007). Muitas vezes é interpretada como não tendo boa indicação para reabilitação e, desta forma o tratamento específico acaba sendo retardado, devido ao conhecimento insuficiente dos profissionais da saúde (SANTOS-GÓIS et al , 2011). É sabido que, a restrição do paciente no leito favorece a instalação de complicações clínicas que vão interferir no seu desempenho funcional e desenvolvimento das atividades de vida diária (SANTO - SILVA, NASCIMENTO e BRITO, 2013). E reduzir o grau dependência funcional é um dos objetivos principais do programa de reabilitação (AGUIAR et al, 2008). 4. Metodologia Para a elaboração do presente trabalho foi realizado um levantamento bibliográfico, no período compreendido entre fevereiro de 2013 a julho de 2014, selecionando artigos e dissertações, redigidos no idioma português e publicados nos anos de 2005 a 2013, utilizandose das bases de dados eletrônicos: Scielo, Google Acadêmico, Biblioteca Virtual, Lilacs, Pud Med, Repositório Pucrs, jornais e revistas especializadas na área da Neurológia e Fisioterapia. O material selecionado teve como critério de inclusão temas que retratam a temática referente ao estudo. Os fatores de exclusão foram: não atenderem às variáveis estudadas; baixa qualidade metodológica e de evidências científicas; e artigos publicados antes de 2005. 8 5. Resultados e Discussões Mediante a essas alterações, os artigos escolhidos foram criteriosamente analisados extraindo apenas as informações primordiais relacionadas ao tipo de estudo com ênfase no Controle Postural na Síndrome de Pusher. Na tabela abaixo demonstram os resultados sobre a fisioterapia no controlo postural na Síndrome de Pusher. Autor Bortoli et al (2008) Identificação das alterações Posturais Escala de Pusher Index, Melbourne Pusher Scale e Scale for Contraverrsive Pushing (SCP) Abordagem Fisioterapêutica Feedback visual; feedback visual e auditivo; treino de marcha e transferências de peso Clark, Colinas e Escala de lateropulsãoBurke Punt, (2012) (BLS) e Escala Postural para o curso (PASS) __ Cecato e Almeida Medida de Independancia Programa domiciliar; treino de (2008) funcional (MIF); National balance; alinhamento de tronco e Institute of Healt Sthoke Scale cinturas; posturas e verticalidade Palmini, Costa e Chedoke-M emaster Disability Grave (2013) Inventory(CRDI); o Physiotherapy Clinical Outcome Variables (COVS) e o Functional Independence Measure (FIM) __ Meneghetti et al Scale for Contraverrsive Método Bad (2009) Pushing (SCP) e fotogrametria Hallinwick Ragaz e Método Voo, Oliveira e Testes perceptuais; desenho Estimulação sensorial; treino motor e Piemonte (2011) funcional; testes função normal integração sensório- motor de Jebsen- Taylon Palmini (2012) Contraversive scale(SCP) Barcala (2011) et al Escala de Estabilometria. Santos(2011) Pontelli pushing __ Berg __ e Biofeedback visual (Programa Wii Fit) Utilizar referência vertical (Sinestésico e verbal) Fisioterapia no controle postural na síndrome de Pusher Bortoli et al (2008) apontam três escalas que ajudam no diagnóstico da SP: Pusher Index, Melbourne Pusher Scale e Scale for Contraverrsive Pushing ( SCP), sendo a SCP a mais utilizada em estudos clínicos. Em seus estudos citam alguns autores que utilizaram como 9 abordagem fisioterapêutica: feedback visual; feedback visual e auditivo; treino de marcha e transferências de peso. No entanto, Clark, Colina e Punt (2012) realizaram um estudo com 160 pacientes que sofreram um AVE no período de 16 meses, com objetivo de detectar comportamento Pusher, recuperação e gravidade da lateropulsão. Utilizaram como base duas escalas: Escala de Lateropulsão Burke (BLS) que medi o comportamento Pusher através de uma maior variedade postural, através de tarefas de rolamento e marcha, e a outra é a Escala de Avaliação Postural para o Curso (PASS) que consegue averiguar o controle postural nos três primeiros meses. Dos 160 pacientes avaliados 26℅ foram identificados como tendo lateropulsão e 23,3℅ apresentaram um alto controle postural durante recuperação e um aumento de 78℅ na descarga. Neste estudo os autores não descreveram a abordagem fisioterapêutica nos pacientes. Já um estudo de caso realizado por Cecato e Almeida (2008) em uma paciente de 62 anos que sofreu um acidente vascular encefálico em nível de tálamo, observaram na avaliação fisioterapêutica um score de 13 na National Institute of Health Stroke Scale , de 56 na Medida de Independência Funcional (MIF) e presença de sinais clínicos da Síndrome de Pusher. Quanto ao programa de reabilitação foi instituído uma abordagem interdisciplinar na fase aguda, além de um programa domiciliar de adaptações arquitetônicas e fisioterapia motora para o treino do balance, alinhamento de tronco e cinturas, postura e verticalidade. Apenas quatro meses após o ictus, os sinais da Síndrome de Pusher haviam desaparecido e a paciente apresentava MIF de 99, apesar da manutenção da hemiparesia, da disartria, da hipofonia e do humor deprimido. Este relato de caso sugere que a Síndrome de Pusher isoladamente pode influenciar a evolução e o grau de independência após o AVC, retardando a alta hospitalar e os ganhos do processo de reabilitação. Contudo, Palmini, Costa e Grave (2013) citam em seus estudos que pacientes com lateropulsão pós-avc comparados com pacientes sem lateropulsão avaliados através da: Chedoke-M emaster Disability Inventory(CRDI), o Physiotherapy Clinical Outcome Variables COVS) e o Functional Independence Measure (FIM), apresentaram baixa recuperação motora e habilidades funcionais aos três meses pós AVC. Relata também, um estudo realizado na Dinamarca 1996 no qual evidenciou o processo de recuperação lento dos pacientes com lateropulsão. Meneghetti et al (2009) em suas pesquisas analisaram a influência da fisioterapia aquática no controle de tronco em um paciente de 78 anos com Síndrome de Pusher. Para o diagnóstico da síndrome foi utilizada a escala de avaliação do sintoma de empurrar (SCP, Scale for contraversive pushing). A simetria do tronco foi avaliada por fotogrametria, medindo-se, nas fotografias do paciente tiradas antes e depois do tratamento, os ângulos de alinhamento da cabeça, dos ombros e do tronco. A fisioterapia aquática consistiu em duas sessôes semanais de uma hora durante dois meses, totalizando 16 sessões, empregando os métodos Bad Ragaz e Halliwick, para fortalecimento da musculatura do tronco e dos membros superiores, respectivamente. O programa de fisioterapia aquática, portanto, propiciou ao participante com a síndrome de pusher sensível melhora na simetria e alinhamento do tronco. Em seus estudos, Voo, Oliveira e Piemonte (2011), descreveram a avaliação, o tratamento e a evolução de uma paciente com hemiparesia à esquerda associado a SP; em virtude de um AVE no hemisfério cerebral direito. Seis meses após a lesão, a paciente realizou testes perceptuais (desenho da figura humana, déficit de atenção, escala de avaliação do sintoma de empurrar, mini – exame (estado mental) e de desempenho funcional (escala de avaliação postural para pacientes com AVE, teste de função manual de Jebsen-Taylor, medida de independência funcional e índice de Barthel) e iniciou fisioterapia duas vezes por semana. Cada sessão teve 3 partes de 20 minutos: estimulação sensorial, treino motor e integração sensório-motora. Após o tratamento a paciente foi reavaliada e apresentou melhora em todas 10 as escalas. A de avaliação do sintoma de empurrar e o teste de função manual de JebsenTaylor foram os que registraram maiores percentuais de melhora, 79% e 46%, respectivamente. O protocolo utilizado, mesmo tendo sido iniciado seis meses após a lesão, proporcionou melhora perceptual e funcional o que sugere a importância da fisioterapia na recuperação da SP. Palmini (2012) realizou um estudo transversal com 86 pacientes com diagnóstico de AVE agudo, destes, 30 preencheram os critérios de inclusão para Síndrome de Pusher. Para chegar a este resultado foram utilizados dois critérios de pontuação, com diferentes pontos de corte através da contraversive pushing scale: resultado maior ou igual a 1 (critério I) ou maior que zero (critério II). Constatou-se que prevalência da Síndrome de Pusher em paciente pós – AVC agudo é significativa e pode variar de acordo com critérios utilizados. Sua presença associa-se a parâmetros clínicos de maior gravidade e dependência funcional, maior incidência do evento em AVC isquêmico, lobo parietal e artéria cerebral média, respectivamente. Enquanto que, Barcala et al (2011) avaliaram o equilíbrio em pacientes hemiparéticos submetidos ao treino de equilíbrio com o programa Wii Fit, que atuou como um recurso de biofeedback visual. Foram selecionados 12 pacientes hemiparéticos pós-Ave, 5 do sexo masculino e 7 do sexo feminino, com idade média de 58 ± 12,57 anos, divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles realizou a fisioterapia convencional (GC) pelo período de uma hora, o outro realizou por trinta minutos e mais trinta minutos de treino de equilíbrio com auxílio do Wii Fit (GW), duas vezes por semana durante cinco semanas, completando dez sessões. O equilíbrio foi avaliado antes e após as intervenções, por meio da aplicação da Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) e pela estabilometria, que mensura a oscilação do centro de pressão (COP), nos eixos ântero-posterior (AP) e médio-lateral (ML), por uma plataforma de pressão em duas condições: de olhos abertos (OA) e olhos fechados (OF). De acordo com a EEB, os pacientes, tanto do GC quanto o do GW, obtiveram maior controle do equilíbrio estático e dinâmico. Palmini, Costa e Grave (2013) informam que quanto mais precocemente se definem o prognóstico das atividades funcionais, como por exemplo, as AVDs, maior a possibilidade de selecionar programas de tratamento adequado e antecipar a necessidade de ajustes em casa e suporte na comunidade. Santos-Pontelli (2011) sugere como estratégia de tratamento para pacientes com transtorno de percepção vertical seria induzir o paciente a detectar sua percepção vertical alterada e corrigila através de movimentos sinestésicos ou verbais solicitados pelo fisioterapeuta. 6- Conclusão Com base na revisão de literatura podemos constatar que a Síndrome de Pusher é considerada um transtorno da percepção vertical do corpo, encontrada principalmente nas lesões encefálicas agudas, mas sua fisiopatologia ainda não foi totalmente esclarecida; acredita-se que os mecanismos causadores podem estar relacionados a uma falha sensorial das Percepções Subjetivas Espaciais, da Consciência Corporal e Alteração do Controle Postural em relação à gravidade. Foi observado que o fisioterapeuta que presta atendimento a pacientes neurológicos, principalmente no âmbito hospitalar poderá se deparar com alguns casos de pacientes com o comportamento Pusher e que muitas vezes são negligenciados pelos profissionais, aumentando o período de internação dos mesmos. Constatou-se que há uma escassez de estudos relativos ao controle postural na Síndrome de Pusher, provavelmente isto ocorra por ser um transtorno de baixa incidência (10℅ dos pacientes hemiplégicos), seus sinais e sintomas serem transitórios e os profissionais não terem 11 conhecimento suficiente das peculiaridades desta síndrome, promovendo assim, um desinteresse pelo transtorno. Outro ponto fundamental e que não podemos esquecer que é da responsabilidade profissional ter embasamento teórico e conhecer as principais peculiaridades da síndrome para melhor avaliar e propor uma abordagem fisioterapêutica diferenciada, já que este transtorno quando tratado precocemente melhora consideravelmente a qualidade de vida e o desempenho funcional. Desta forma fica evidente a necessidade de despertar o interesse do especialista para outros estudos científicos para que haja melhor embasamento para um bom diagnóstico e critérios que levem ao sucesso do programa de reabilitação, tornando-se evidência na fisioterapia. Referências Bibliográficas AIKAWA, Adriana Correia; BRACCIALLI, Ligia Maria Presumido; PADULA Rosimeire Simprini. Efeitos das alterações posturais e de equilíbrio estático nas quedas de idosos institucionalizados. Rev. Ciênc. Méd., Campinas, 15 (3): 189-196 maio / jun., 2006; ISSN: 1415-5796. AGUIAR, Paula Teixeira; ROCHA, Talitha Nery; OLIVEIRA Elisandra Silva. 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