projeto cuidados odontológicos ao portador de - PRAC

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TÍTULO:PROJETO CUIDADOS ODONTOLÓGICOS AO PORTADOR DE
DEFICIÊNCIA
AUTORES:
Profª. Gracia Maria Salles Maciel Koerich
Ac. Janaína Masson
Ac. Márcia Martins Pacheco
T. A. Sérgio José Sena
INSTITUIÇÃO:UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
ÁREA TEMÁTICA: Saúde
OBJETIVOS
Objetivo Gerail
O trabalho consistirá na aplicação de Cuidados Odontológicos que visem a
promoção em Saúde Bucal ao portador de deficiência.
Objetivos Específicos
- Realizar cuidados odontológicos em paciente com deficiência, a fim de estabelecer
prevenção , tratamento e manutenção de sua Saúde Bucal.
- Educar e motivar os pacientes especiais, usando métodos que contornem seus
limites individuais de aprendizagem, bem como seus pais e professores, visto que estes
serão de fundamental importância na continuidade do tratamento e manutenção da saúde
bucal do paciente especial.
- Estabelecer métodos profiláticos constantes para evitar a instalação da doença
cárie, tendo em vista a dificuldade motora dos pacientes especiais em realizar sua própria
higiene bucal.
- Fornecer profissionais e acadêmicos bolsistas a essa instituição, estabelecendo um
serviço odontológico gratuito e de qualidade de forma que haja oportunidade e facilidade
de acompanhamento clínico para cada paciente sem qualquer ônus para a mesma.
METODOLOGIA
Primeiramente avalia-se o grau de deficiência física e/ou mental verificando as
possibilidades motoras do paciente para escovação bucal e o grau de compreensão para
receber
as
orientações,
ou
se
estas
serão
dadas
apenas
aos
responsáveis
(KLATCHOINAN,1994).
Em seguida determina-se a melhor forma de tratamento individualmente para o
paciente, a partir de um conciso diagnóstico,
através de ações preventivas, educativas e
curativas a fim de atingir a Saúde Bucal e constante vigilância para sua manutenção
(KLATCHOINAN,1994).
A palavra de ordem na odontologia atual é a prevenção evitando tratamentos
mutiladores (BARATIERI,1998). Nos paciente portadores de NEE torna-se ainda mais
necessária pois os tratamentos curativos são na maioria das vezes de difícil execução nesta
clientela (MCDONALD,1996).Os procedimentos preventivos envolvem ações de rotina
como: demonstrações explicativas sobre formas efetivas de escovação, a indiscutível
importância de hábitos alimentares saudáveis e menos cariogênicos possíveis, o uso de
água fluoretada, profilaxia, aplicação de flúor, remoção de tártaro, selante em cicatrículas
e fissuras e polimento em restaurações (NARVAI,1994).
Em relação as atividades educativas, se trabalha informando aos pais e professores
responsáveis, através de palestras enfatizando e conscientizando o papel soberano da
prevenção (PINKHAM,1996), ou com abordagens individualizadas. A motivação do
paciente é feita não só através de exposição verbal, mas também no caso de crianças e
jovens com deficiência mental, utiliza-se brincadeiras com fantoches e ainda contando com
o auxílio dos próprios professores que facilitaram a integração do paciente especial com o
odontólogo. É de importância crucial e relevante neste processo a motivação (oportunidade
quase que ímpar) dos pais, uma vez que sem o seu comprometimento não há como
realmente melhorar a qualidade de saúde bucal desta comunidade (COUTO,1992).
Buscando o conforto do paciente, quando a doença já está instalada, realizam-se as
atividades
curativas, estas
são: restaurações definitivas e provisórias, reparos em
restaurações já existentes, raspagens e cirurgias periodontais, exodontias em dentes e restos
radiculares indicados, tratamento de canal em dentes anteriores, apicetomias, curetagem de
fístulas e drenagem de abscessos e emergênciais, além de eventual remoção de lesão para
análise (biopsia), no caso de suspeita de alguma patologia, a fim de confirmar o diagnóstico
clínico e se instituir o tratamento.
Atividades Preventivas
Estabelecer métodos de prevenção
para
o paciente especial é extremamente
necessário, como em qualquer outro paciente. Mas devido a maioria dos pacientes
apresentarem dificuldades motoras, esta etapa será decisiva na manutenção e recuperação
da saúde bucal destes.
Não se atendendo apenas aos procedimentos clínicos, mas também levando a
informação principalmente aos pais e professores envolvidos, que serão mentores
indispensável nesta relação.
Para realizar a ação preventiva, seguiremos a seguinte rotina: profilaxias, aplicação
de flúor com moldeira, remoção de tártaro, selamento de cicatrículas e fissuras e polimento
de restaurações.
Na primeira consulta serão realizadas demonstrações explicativas sobre formas
efetivas de escovação, a indiscutível importância de hábitos alimentares saudáveis e menos
cariogênicos possíveis e o uso de água fluoretada. Estas instruções são dadas em presença
dos pais e repassadas aos professores responsáveis, uma vez que como já citados, serão os
ministradores desta tarefa.
Atividades Educativas:
Em relação as atividades educativas pretende-se realizar palestras públicas aos pais,
as crianças,
e aos professores responsáveis, enfatizando e conscientizando do papel
soberano da prevenção.
Pretende-se motivar os envolvidos através de palestras não só pela exposição
verbal, mas também com a utilização
de outros recursos como slides, brincadeiras,
apresentação teatral, envolvendo assim as pessoas de tal forma que se torne o assunto
atrativo e compreensível, facilitando os objetivos de educação a saúde bucal e integração do
paciente com o odontólogo .
Atividades Curativas:
Buscando principalmente o conforto e bem estar do paciente especial, serão
realizados procedimentos com finalidades curativas.
Tais atividades incluem restaurações definitivas e provisórias, reparos em
restaurações já existentes, raspagens e cirurgias periodontais, exodontias em dentes e restos
radiculares indicados, tratamento de canal em dentes anteriores, apicectomias, curetagem
de fístulas e drenagem de abscessos e emergências, além de eventual remoção de lesão
para análise (biopsia), no caso de suspeita de alguma patologia, a fim de confirmar o
diagnóstico clínico e se instituir um futuro tratamento.
RESULTADOS ESPERADOS
- Informar e familiarizar os acadêmicos sobre cuidados, procedimentos e estratégias
que deveriam adotar no tratamento com o paciente especial, já que nas escolas de
Odontologia não há uma disciplina que ministre este assunto, criando preconceitos
infundados nos futuros profissionais, levando-os a temerem ou recusarem-se prestar
atendimento ao paciente especial.
- Oportunizar aos acadêmicos vivência e aprendizado em Educação Especial para
que possam desenvolver em sua vida profissional futura os conteúdos teóricos/práticos
aprendidos.
- Desenvolver interação direta e reciproca entre acadêmicos e profissionais
participantes, quanto a necessidade de se realizar tratamento sob sedação e anestesia geral a
fim de se obter Saúde Bucal nos pacientes intratáveis pelos métodos convencionais.
- Buscar métodos de prevenção o mais precocemente possível, sabendo que isto é
fundamental para o sucesso de qualquer programa, e que para o paciente deficiente, isto é
de importância vital e prioridade absoluta.
- Pretende-se coletar dados clínicos sobre as doenças bucodentais mais freqüentes
em pacientes especiais da APAE-Fpolis e dos deficientes físicos da AFLODEF, após
levantamento de dados, estabelecer análise dos resultados e trabalhos de estatísticas,
contribuindo assim para a pesquisa em saúde bucal e divulgação de conhecimentos e/ou
repasse de informações com instituições afins.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARATIERI, Luiz N./ et.al.Dentística: Procedimentos Preventivos e Restauradores 2ª
edição, Ed. Santos, 1998.
COUTO, José Luiz do, COUTO, Rosemary S. Programa de Motivação do Paciente. Revista
Gaúcha de Odontologia, v. 6, n.40, p. 433-438, nov/dez, 1992.
KLATCHOIAN, Denise
Integradora
Ascenção.
Psicologia Odontopediatrica: Uma abordagem
McDONALD, Ralph E.; AVERY, David R. Odontopediatria, 6ª edição, Ed. GuanaBara Coogan, 1995.
NARVAI, Paulo Capel. Odontologia e Saúde Bucal Coletiva, 1ª edição, Ed.Hucitec,1994.
PINKHAM, J.R. Odontopedoatria: Da Infância à Adolescência. 2ª edição, Ed. Artes
Médicas, 1996.
USBERTI, Antônio Carlos. Odontopediatria Clínica. 2ª edição, Ed. Santos, 1993.
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