Promovendo Saúde na Contemporaneidade: desafios de pesquisa, ensino e extensão Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010 A DOR CRÔNICA NO PACIENTE ONCOLÓGICO E O CUIDADO DE ENFERMAGEM 1 Casarin, J.2; Schefelbanis,F.3; Gracioli, M.4 1 Trabalho de Pesquisa _UNIFRA Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil 3 Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil 4 Professora enfermeira do curso de enfermagem da UNIFRA, Mestre em enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected] 2 Este artigo se originou a partir de questionamentos os quais foram suscitados durante o processo reflexivo das diferentes disciplinas do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano – UNIFRA, esse localizado na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul – Brasil. Durante o desenvolvimento das atividades teórico práticas, assim como a análise em artigos científicos que contemplam as estratégias de promoção da saúde nas Unidades de Saúde da Família, foi possível vivenciar e compartilhar momentos de integração com a comunidade assistida. Desse modo é importante descrever que a enfermagem por apresentar o cuidado como instrumento epistemológico de trabalho expressa a importância e a necessidade em desenvolver novas tecnologias, as quais possam atender a complexidade da assistência a paciente oncologico, assim como o impacto que a ação do enfermeiro cuidador pode apresentar na sua vida e de sua família. Frente ao exposto, este estudo objetiva refletir sobre as estratégias de intervenção do enfermeiro à complexa dinâmica do cuidado a pessoa oncologica com dor crônica. O percurso metodológico seguiu os passos de uma pesquisa bibliográfica, a qual esta apoiada nas linhas de pensamento de Gomes (1997) que são representativas no explanar teórico científico de Delgado (1988). Diante das reflexões realizadas é possível notar que para a enfermagem as estratégias ideais de intervenção ainda mostram-se como um desafio, isso se deve a progressão da patologia, a qual incapacita o individuo e acarreta modificações danosas no âmbito orgânico, emocional, comportamental e social. Um aspecto importante a ser estimado é que a dor crônica agride cerca de 50% dos pacientes com câncer em todos os estágios da doença e em 70% nas neoplasias avançadas. O relato da experiência dolorosa pelo paciente aos profissionais de saúde é fundamental para a compreensão do quadro álgico, implementação de medidas analgésicas e avaliação da eficácia terapêutica. Ressalta-se ainda a importância de avaliar e abranger a dor como decorrente de fatores, e não isoladamente, visto que a finalidade do tratamento é a reabilitação como um todo e não apenas corrigir a sua expressão sintomática, evidenciando que a reação a um estímulo doloroso é singular, relacionado ao estado físico e emocional do sujeito nesta situação. No contexto do cuidado humano é importante observar que a avaliação da dor, pelo profissional, é o ponto fundamental para o planejamento do tratamento e do cuidado. Todavia, a dimensão do cuidado ao paciente caracteriza-se pela importância do cuidar sobre o curar, pois exige atitude humana, não apenas analítica, compreensível e científica, pois não devemos “olhar” somente a doença, mas sim o que existe de sadio em um paciente. A cura, a qual não é mencionada, não significa algo que é dado de fora para dentro, mas sim algo que exige mudanças expressivas que vão fazer o diferencial a uma resposta do corpo. Por conseguinte o enfermeiro deve desempenhar seu ofício no controle a dor, na avaliação de analise, nos resultados do tratamento e na comunicação das informações da dor do paciente. Palavras-chave: Dor. Enfermagem. Oncologia. REFERÊNCIAS DELGADO, G.L. A dor em oncologia. São Paulo: Atheneu/EDUSP, 1988 Instituto Nacional do Câncer (INCA). O alívio da dor do câncer. 2ª ed. Rio de Janeiro (RJ): INCA; 1997. GOMES, Roberto. Oncologia Básica. Rio de Janeiro: Revinter, 1997. 1