Propriedades dos Materiais

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Propriedades dos Materiais
Principais propriedades dos Materiais
„
Propriedades físicas – densidade, calor
específico, coeficiente de expansão térmica,
condutividade térmica
„
Propriedades mecânicas – tensão de
escoamento, resistência mecânica,
ductibilidade e tenacidade
Aspecto econômico
ƒPreço e disponibilidade
ƒCapacidade de reciclagem
Física geral
Densidade
Mecânica
ƒMódulo de elasticidade
ƒResistência à deformação e a tração
ƒDureza
ƒTenacidade à fratura
ƒLimite de fadiga
ƒLimite de resistência à deformação a quente
ƒCaracterística de amortecimento
Térmica
ƒCondutividade térmica
ƒCalor específico
ƒCoeficiente de expansão térmica
Elétrica
ƒResistividade
ƒConstante dielétrica
ƒPermeabilidade manética
Interação ambiental
ƒOxidação
ƒCorrosão
ƒDesgaste
Produção
ƒFacilidade no processamento
ƒUnião
ƒAcabamento
Estética
ƒCor
ƒTextura
ƒSensação táctil
Exemplos de seleção de materiais
„
Chave de fenda típica
‰
Haste e ponta de aço carbono
„
„
„
„
‰
Alto módulo de elasticidade
Alta resistência plástica
Dureza
Alta tenacidade a fratura
Cabo da chave de fenda de PMMA
„
„
„
„
„
Alto coeficiente de atrito
Facilidade de fabricação
Aparência
Baixa densidade
Preço razoável
Densidade (massa específica)
„
„
„
„
É uma propriedade muito importante no
contexto da previsão dos índices de mérito;
Relaciona massa por volume (Kg/m3);
Está relacionado com tamanho e peso dos
átomos e tipo de ligação química
Métodos de determinação da densidade
Principais propriedades mecânicas
„
„
„
„
Resistência mecânica
Elasticidade
Ductilidade
Tenacidade
Tipos de tensões que uma estrutura esta sujeita
Como determinar as propriedades
mecânicas?
„
„
„
A determinação das propriedades mecânicas é feita
através de ensaios mecânicos.
Utiliza-se normalmente corpos de prova (amostra
representativa do material) para o ensaio mecânico, já
que por razões técnicas e econômicas não é
praticável realizar o ensaio na própria peça, que seria
o ideal.
Geralmente, usa-se normas técnicas para o
procedimento das medidas e confecção do corpo de
prova para garantir que os resultados sejam
comparáveis.
Ensaio de tração
„
É medida submetendo-se o material à uma carga ou
força de tração, gradativamente crescente, que
promove uma deformação progressiva de aumento
de comprimento
„
Filme ensaio de tração polipropileno
Resitência à tração tensão (σ) X deformação (ε)
Tensão
σ = F/Ao
Kgf/cm2 ou Kgf/mm2 ou N/ mm2
Área inicial da seção reta transversal
Força ou carga
Deformação(ε)= lf-lo/lo=
lo= comprimento inicial
lf= comprimento final
Δl/lo
Comportamento dos metais quando
submetidos à tração
Resistência à tração
Dentro de certos limites,
a deformação é proporcional
à tensão (a lei de Hooke é
obedecida)
Lei de Hooke:
σ=Eε
Deformação Elástica e Plástica
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA
„
„
„
„
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
Prescede à deformação plástica
„
É reversível
„
Desaparece quando a tensão é
removida
É praticamente proporcional à
tensão aplicada (obedece a lei de Hooke)
Elástica
É provocada por tensões que ultrapassam
o limite de elasticidade
É irreversível porque é resultado do
deslocamento permanente dos átomos e
portanto não desaparece quando a tensão
é removida
Plástica
Módulo de elasticidade ou Módulo de
Young
E= σ/ ε =Kgf/mm2
Lei de Hooke:
σ=Eε
• É o quociente entre a tensão
aplicada e a deformação
elástica resultante.
•Está relacionado com a rigidez
do material ou à resist. à
deformação elástica
•Está relacionado diretamente
com as forças das ligações
interatômicas
P
A lei de Hooke só é
válida até este ponto
Módulo de Elasticidade para alguns
metais
MÓDULO DE ELASTICIDADE
[E]
GPa
106 Psi
Magnésio
45
6.5
AlumÍnio
69
10
Latão
97
14
Titânio
107
15.5
Cobre
110
16
Níquel
207
30
Aço
207
30
Tungstênio
407
59
Comportamento não-linear
„
Alguns metais como ferro
fundido cinzento, concreto e
muitos polímeros
apresentam um
comportamento não linear
na parte elástica da curva
tensão x deformação
Considerações gerais sobre módulo de
elasticidade
„
Como consequência do módulo de elasticidade
estar diretamente relacionado com as forças
interatômicas:
‰
‰
Os materiais cerâmicos tem alto módulo de elasticidade,
enquanto os materiais poliméricos tem baixo
Com o aumento da temperatura o módulo de elasticidade
diminui
Módulo de elasticidade
„
„
Se barras de seções transversais idênticas
forem suportadas por dois apoios bem
espaçados e então pesos idênticos forem
aplicados a seus centros elas se curvarão
elasticamente
Grau de flexão pode ser muito diferente
dependendo do material – MÓDULO DE
ELASTICIDADE
O fenômeno de escoamento
„
„
Esse fenômeno é nitidamente observado em
alguns metais de natureza dúctil, como aços
baixo teor de carbono.
Caracteriza-se por um grande alongamento
sem acréscimo de carga.
Tensão de escoamento
σy= tensão de escoamento
(corresponde a tensão máxima
relacionada com o fenômeno de
escoamento)
• De acordo com a curva “a”, onde não observase nitidamente o fenômeno de escoamento
•Alguns aços e outros materiais exibem o
comportamento da curva “b”, ou seja, o limite
de escoamento é bem definido (o material
escoa- deforma-se plasticamente-sem
praticamente aumento da tensão). Neste caso,
geralmente a tensão de escoamento
corresponde à tensão máxima verificada durante
a fase de escoamento
Escoamento
Outras informações que podem ser obtidas das
curvas tensãoxdeformação
Resistência à Tração
(Kgf/mm2)
„
„
Corresponde à tensão máxima
aplicada ao material antes da
ruptura
É calculada dividindo-se a carga
máxima suportada pelo material
pela área de seção reta inicial
Outras informações que podem ser obtidas das
curvas tensãoxdeformação
Tensão de Ruptura (Kgf/mm2)
„
„
Corresponde à tensão que
promove a ruptura do material
O limite de ruptura é geralmente
inferior ao limite de resistência
em virtude de que a área da
seção reta para um material
dúctil reduz-se antes da ruptura
Outras informações que podem ser obtidas das
curvas tensãoxdeformação
Ductibilidade - Corresponde ao
alongamento total do material
devido à deformação plástica
%alongamento= (lf-lo/lo)x100
onde lo e lf correspondem ao
comprimento inicial e final (após a
ruptura), respectivamente
ductilidade
Outras informações que podem ser obtidas das
curvas tensãoxdeformação
Resiliência
„
„
Corresponde à capacidade do
material de absorver energia
quando este é deformado
elasticamente
A propriedade associada é dada
pelo módulo de resiliência (Ur)
Ur= σesc2/2E
„
Materiais resilientes são aqueles
que têm alto limite de elasticidade e
baixo módulo de elasticidade
(como os materiais utilizados para
molas)
σesc
Propriedades mecânicas de polímeros
Frágil
Limite de resistência
à tração
Plástico
Elastômero
Deformação
Tensão (103 psi)
Tensão (MPa)
Tensão x Deformação
Propriedades mecânicas de polímeros
Tensão x Deformação
Limite de resistência à tração
Tensão
Limite de escoamento
Deformação
Deformação em polímeros
plásticos e frágeis
próximo à ruptura
estrutura
fibrilar
x ruptura frágil
Estrutura inicial
Tensão (MPa)
próximo à ruptura
ruptura plástica
x
Carga/descarga
Deformação
estrutura estrutura
linear
em rede
deslizamento das
regiões cristalinas
polímeros
semicristalinos
alongamento
das regiões
amorfas
alinhamento das
regiões cristalinas
Tensão
Deformação em polímeros
plásticos e frágeis
Limite de
escoamento
Início da formação
do pescoço
Deformação
A deformação é confinada ao pescoço!
Comportamento tensão-deformação
materiais cerâmicos
„
Não é avaliado por ensaio de tração:
‰
‰
‰
É difícil preparar e testar amostras que possuam
a geometria exigida;
É difícil prender e segurar materiais frágeis;
As cerâmicas falham após uma deformação de
apenas 0,1%, o que exige que os corpos de
prova estejam perfeitamente alinhados.
Resistência à flexão
Filme do ensaio
de flexão
F
b
d
D
a
a
L
Flexão com 3 pontos
X-Section
Comportamento elástico
300
Bending Stress, MPa
Aluminum Oxide
200
100
Soda-Lime Glass
0
0.0000
0.0002
0.0004
0.0006
Bending Strain
0.0008
0.0010
Resistência ao impacto
Resistência aos Impacto
„
„
„
A capacidade de um determinado material de
absorver energia do impacto está ligada à sua
tenacidade, que por sua vez está relacionada com a
sua resistência e ductilidade
O ensaio de resistência ao choque dá informações
da capacidade do material absorver e dissipar essa
energia
Como resultado do ensaio de choque obtém-se a
energia absorvida pelo material até sua fratura,
caracterizando assim o comportamento dúctil-frágil
Ensaios de impacto
Filme do ensaio de impacto (Izod e queda de dardo)
TÉCNICAS DE ENSAIO DE IMPACTO
„
Técnica CHARPY;
„
Técnica IZOD;
„
Diferença principal, é a maneira que os corpos de prova estão
sustentados na máquina e a aplicação da força;
„
Ambos os corpos de prova são padronizados e providos de um
entalhe para localizar a ruptura e o estado triaxial de tensões;
PROCEDIMENTOS
„
„
„
„
O pêndulo é elevado a uma certa altura de onde é solto, ao se chocar
com o corpo de prova ele segue até uma altura final.
O mostrador da máquina simplesmente registra a diferença entre a
altura inicial e a altura final, após o rompimento do corpo de prova,
Esta diferença de altura é convertida em unidades de energia
Quanto menor for a altura final, mais energia foi absorvida pelo corpo
de prova evidenciando seu caráter mais dúctil.
NORMAS DOS ENSAIOS
„
Os corpos de prova são especificados pela norma americana E23 da ASTM(17);
„
Divisão dos corpos de forma com relação ao seu formato;
Curva resposta do ensaio de choque
„
O ensaio de
resistência ao
choque caracteriza
o comportamento
dos materiais
quanto à transição
do comportamento
dúctil para frágil
em função da
temperatura
Polímeros
„
„
São frágeis à baixas
temperaturas porque a
rotação dos átomos na
molécula requer
energia térmica
A maioria dos
polímeros apresentam
transição dúctil-frágil
que é geralmente
abaixo da ambiente
Materiais cristalinos
„
MATERIAIS CFC
-
Permanecem dúcteis (não
apresenta transição dúctilfrágil) porque nesta estrutura
há muitos planos de
escorregamento disponíveis
„
MATERIAIS CCC Apresentam uma transição de
frágil para dúctil em função da
temperatura
Fratura
Fratura
„
Consiste na separação do material em 2 ou mais
partes devido à aplicação de uma carga estática à
temperaturas relativamente baixas em relação ao
ponto de fusão do material
Fratura
„
„
Dúctil → a deformação plástica continua até uma
redução na área para posterior ruptura
Frágil → não ocorre deformação plástica, requerendo
menos energia que a fratura dúctil que consome
energia para o movimento de discordâncias e
imperfeições no material
Fratura
Fratura frágil
Fraturas dúcteis
Fratura dúctil - aspecto macroscópico
Mecanismo da fratura dúctil
a- formação do pescoço
b- formação de cavidades
c- coalescimento das
cavidades para
promover uma trinca
ou fissura
d- formação e
propagação da trinca
em um ângulo de 45
graus em relação à
tensão aplicada
e- rompimento do
material por
propagação da trinca
Fratura dúctil - aspecto microscópico
Fratura frágil - aspecto macroscópico
A fratura frágil (por clivagem) ocorre com a formação e propagação de uma trinca
que ocorre a uma direção perpendicular à aplicação da tensão
Fratura frágil - aspecto macroscópico
Início da fratura por formação de trinca
Fratura transgranular e intergranular
TRANSGRANULAR
INTERGRANULAR
A fratura se dá no contorno de grão
A fratura passa através do grão
Fratura Frágil
Mesmo um produto ou estrutura bem projetada que
evite deflexão elástica excessiva pode sofrer uma falha
catastrófica por fratura frágil, causada pelo
crescimento (na velocidade do som) de uma trinca préexistente, que se tornou instável.
Tenacidade a fratura
„
Modelo de Griffith:
‰
‰
‰
‰
‰
Todos os materiais contêm trincas ou defeitos.
O fator de intensidade de tensão K pode ser
calculado para vários casos particulares de
configurações de trinca ou de cargas.
A falha ocorre quando K excede o valor crítico do
material
Kc ou KIC tenacidade à fratura (MN m-3/2)
Gc tenacidade (ás vezes, taxa de liberação de
energia de deformação crítica) (kJ m-2)
K c = σ πa = EGc
Fluência
Fluência (creep)
„
„
„
Quando um metal é solicitado por uma carga,
imediatamente sofre uma deformação elástica. Com
a aplicação de uma carga constante, a deformação
plástica progride lentamente com o tempo (fluência)
até haver um estrangulamento e ruptura do material
Velocidade de fluência (relação entre deformação
plástica e tempo) aumenta com a temperatura
Esta propriedade é de grande importância
especialmente na escolha de materiais para operar
a altas temperaturas
Fluência (Creep)
„
„
„
Fluência é definida como a deformação
permanente, dependente do tempo e da
temperatura, quando o material é submetido à
uma carga constante
Este fator muitas vezes limita o tempo de vida de
um determinado componente ou estrutura
Este fenômeno é observado em todos os
materiais, e torna-se importante à altas
temperaturas (≥0,4TF)
Fatores que afetam a fluência
„
„
„
Temperatura
Módulo de elasticidade
Tamanho de grão
Em geral:
Quanto maior o ponto de fusão, maior o módulo de
elasticidade e maior é a resist. à
fluência.
Quanto maior o o tamanho de grão maior é a resist. à
fluência.
Ensaio de fluência
„
„
„
É executado pela aplicação de
uma carga uniaxial constante a
um corpo de prova de mesma
geometria dos utilizados no
ensaio de tração, a uma
temperatura elevada e constante
O tempo de aplicação de carga é
estabelecido em função da vida
útil esperada do componente
Mede-se as deformações
ocorridas em função do tempo (ε
x t)
Curva ε x t
Fadiga
Fadiga
„
„
„
„
É a forma de falha ou ruptura que ocorre nas
estruturas sujeitas à forças dinâmicas e cíclicas
Nessas situações o material rompe com tensões
muito inferiores à correspondente à resistência à
tração (determinada para cargas estáticas)
É comum ocorrer em estruturas como pontes,
aviões, componentes de máquinas
A falha por fadiga é geralmente de natureza frágil
mesmo em materiais dúcteis.
Fadiga
„
„
„
A fratura ou rompimento do material por fadiga
geralmente ocorre com a formação e propagação
de uma trinca.
A trinca inicia-se em pontos onde há imperfeição
estrutural ou de composição e/ou de alta
concentração de tensões (que ocorre geralmente na
superfície)
A superfície da fratura é geralmente perpendicular à
direção da tensão à qual o material foi submetido
Fadiga
„
Os esforços alternados que podem levar à fadiga
podem ser:
‰
‰
‰
‰
Tração
Tração e compressão
Flexão
Torção,...
A curva σ-n representa a tensão versus número de ciclos
para que ocorra a fratura.
Normalmente para n utiliza-se escala logarítmica
Limite de resistência à
fadiga (σRf): em
certos materiais
(aços, titânio,...)
abaixo de um
determinado limite de
tensão o material
nunca sofrerá ruptura
por fadiga.
Para os aços o limite de
resistência à fadiga
(σRf) está entre 3565% do limite de
resistência à tração.
Resistência à fadiga
(σf): em alguns
materiais a tensão na
qual ocorrerá a falha
decresce
continuamente com o
número de ciclos
(ligas não ferrosas:
Al, Mg, Cu,...).
Nesse caso a fadiga é
caracterizada por
resistência à fadiga
Principais resultados do ensaio de fadiga
„
Vida em fadiga (Nf): corresponde ao
número de ciclos necessários para ocorrer
a falha em um nível de tensão específico.
Fatores que influenciam a vida em fadiga
„
„
„
Tensão Média: o aumento do nível médio de tensão leva
a uma diminuição da vida útil
Efeitos de Superfície: variáveis de projeto (cantos agudo e
demais descontinuidades podem levar a concentração de
tensões e então a formação de trincas) e tratamentos
superficiais (polimento, jateamento, endurecimento
superficial melhoram significativamente a vida em fadiga)
Efeitos do ambiente: fadiga térmica (flutuações na
temperatura) e fadiga por corrosão (ex. pites de
corrosão podem atuar como concentradores de corrosão)
Dureza
Definição de dureza
„
„
É a medida da resistência de um material a
uma deformação localizada (por exemplo,
uma pequena impressão ou um risco)
Vantagens:
‰
‰
‰
São simples e barato
ensaio é não destrutivo
Outras propriedades mecânicas podem ser
estimadas
Dureza
Materiais
Brinell
Metais
Rockwell
Metais
Meyer
Metais
Vickers
Metais, Cerâmicas
Knoop
Metais, Cerâmicas
Shore
Polímeros, Elastômeros, Borrachas
Barcol
Alumínio, Borrachas, Couro, Resinas
IRHD
Borrachas
Método Brinell (HB)
A dureza por penetração proposta por J.A. Brinell
em 1900, denominada Dureza Brinell e simbolizada
por HB, é o tipo de dureza mais usado até os dias de
hoje na engenharia
O ensaio de dureza Brinell consiste em
comprimir lentamente uma esfera de diâmetro
“D” sobre uma superfície plana, polida e limpa
de um metal, através de uma carga “Q” durante
um tempo “T”.
Força Q
Ø da esfera
HB
2Q
π
Cavidade permanente
causado pela esfera
„
„
„
O diâmetro do penetrador de aço endurecido
(ou carbeto de tungstênio) é de 10,00mm;
As cargas variam entre 500 e 3000Kg
Durante o ensaio a carga é mantida
constante por um tempo específico (entre 10
e 30s)
G
D
h
Dd1
Símbolos
D
F
D
d1
HB
h
G
Descrição
Diâmetro Nominal da Esfera
Força de Ensaio
Diâmetro da Impressão na Peça
Dureza Brinell
Profundidade da Calota Esférica
Grau de Carga
Unidade
mm
N
mm
--mm
N/mm2
Para alguns materiais, a resistência à tração pode
ser estimada a partir da dureza Brinell pela
relação σt = k x HB
A tabela abaixo dá alguns valores de k.
Material
Açocarbono
Aço-liga
Cobre, latão
Bronze
laminado
Bronze
fundido
k
0,36
0,34
0,40
0,22
0,23
Material
Liga Al Cu
Mg
Liga Al Mg
Outras ligas
Mg
Alumínio
fundido
K
0,35
0,44
0,43
0,26
Para medir durezas muito elevadas (superiores a
400 HB) não nos podemos contentar com o
método de Brinell; mesmo com uma esfera muito
dura, a depressão é demasiado pequena e a esfera
deforma-se. Recorre-se a outros métodos de
ensaio: Vickers e Rockwell.
Método Rockwell (HR)
É um ensaio no qual utiliza-se um durômetro
Rockwell, aferido, aplicando-se forças de ensaios
específicos, em duas operações, através de um
penetrador esferocônico de diamante ou esférico de
aço endurecido, medindo no material a ensaiar o
incremento permanente da profundidade da
impressão, sob uma força menor inicial, depois de
aplicar e retirar uma força complementar
Exemplo
54 HRC – dureza Rockwell 54 escala C
64 HRA – dureza Rockwell 64 escala A
92 HRB – dureza Rockwell 92 escala B
Símbolo Penetrador
Carga Principal (kgf)
A
Cone de Diamante
60
B
Esfera de 1/16"
100
C
Cone de Diamante
150
D
Cone de Diamante
100
E
Esfera de 1/8"
100
F
Esfera de 1/16"
60
G
Esfera de 1/16"
150
H
Esfera de 1/8"
60
K
Esfera de 1/8"
150
Dureza Vickers
É um ensaio no qual se utiliza um Microdurômetro,
aferido, aplicando-se forças de ensaio específicas,
através de um penetrador cônico com ponta de diamante.
O ensaio consiste em imprimir num corpo de prova um
penetrador cônico, sob ação de uma força "F", e medir o
comprimento da diagonal “d” produzida.
A dureza Vickers é o quociente da força de
ensaio “Q” pela área “A” da diagonal "d"
produzida, conforme a expressão:
136
2Q sen
1,8544Q
2
HV
=
HV = 0,102×
⇒
2
2
d
d
Onde:
HV = Dureza Vickers
Q = Força de Ensaio (N)
d = Média aritmética do comprimento
Dureza Shore
A impressão Shore é pequena e serve para medir
durezas de peças já acabadas ou usinadas. A máquina
shore é leve, portátil e pode, portanto, ser adaptada em
qualquer lugar, podendo com isso, medir a dureza de
peças muito grandes, impossíveis de serem colocadas
nas máquinas de dureza por penetração, como por
exemplo cilindros de laminação.
DUROMETRO SHORE MANUAL
(ANALÓGICO)
DUROMETRO SHORE MANUAL
(DIGITAL)
Propriedades Térmicas
Condutividade Térmica (k)
„
„
é uma propriedade física dos materiais que
descreve a habilidade dessa de conduzir
calor.
Equivale a quantidade de calor Q transmitida
através de uma espessura L, numa direção
normal a superfície de área A, devido ao
gradiente de temperatura ΔT.
Material
Condutividade térmica (W/m°C)
Prata
426
Cobre
398
Alumínio
237
Tungsténio
178
Ferro
80,3
Vidro
0,72 - 0,86
Água
0,61
Tijolo
0,4 - 0,8
Madeira (pinho)
0,11 - 0,14
Fibra de vidro
0,046
Espuma de poliestireno 0,033
Ar
0,026
Espuma de poliuretano 0,020
Dilatação Térmica
„
Dilatação térmica é o aumento do volume
de um corpo ocasionado pelo seu
aquecimento.
Substância
α (mín.)
α (máx.)
Gama de temperaturas
Gálio
120,0
Índio
32,1
Zinco e suas ligas
35,0
19,0
100ºC-390°C
Chumbo e suas ligas
29,0
26,0
100ºC-390°C
Alumínio e suas ligas
25,0
21,0
100ºC-390°C
Latão
18,0
21,0
100ºC-390°C
Prata
20,0
100ºC-390°C
Aço inoxidável
19,0
11,0
540ºC-980°C
Cobre
18,0
14,0
100ºC-390°C
Níquel e suas ligas
17,0
12,0
540ºC-980°C
Ouro
14,0
100ºC-390°C
Aço
14,0
10,0
540ºC-980°C
[3]
Betão(concreto)
6,8
11,9
Temp. ambiente
Platina
9,0
100ºC-390°C
Vidro(de janela)[4]
8,6
20ºC-300ºC
Crómio
4,9
Tungsténio
4,5
Temp. ambiente
Vidro Pyrex[5]
3,2
20ºC-300ºC
Carbono e Grafite
3,0
2,0
100ºC-390°C
Silício
2,6
Quartzo fundido [6]
0,6
Determinação α
„
Dilatômetro
Capacidade calorífica e Calor específico
„
Capacidade calorífica - taxa de absorção de
calor necessária para aumentar a
temperatura
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