Aula 17 B) Teoria Do Valor: Mercados Equilibrados 1. Concorrência Perfeita Samuelson 8 Sousa V.1 Concorrência perfeita • Condições para a concorrência perfeita – – – – Grande número de produtores Produto homogéneo Perfeita informação sobre os aspectos relevantes Livre mobilidade de recursos Concorrência perfeita • A empresa em concorrência perfeita toma o preço como um dado p Truque marginalista q* q Condição : p = Cm e se produzir mais uma unidade? Benefício = p Custo = Cm p > Cm => produz p < Cm => não produz Lucro da empresa p p Cm CM q - R= p.q q = Sum (p - Cm) = (p- CM).q = = RT - CT CT Concorrência perfeita Condição : p = Cm • Limiar de rentabilidade p q Concorrência perfeita Condição : p = Cm • Limiar de rentabilidade p Limiar de rentabilidade P = CM LR q Concorrência perfeita Condição : p = Cm • Limiar de encerramento Prejuízos Não fechar CT = CF + CV RT = p.q Lucro = p.q – CF-CV p Fechar CT = CF + 0 RT = 0 Lucro = - CF LR LE q manter a produção se p.q > CV ou seja se p > CVM Limiar de encerramento p = CVM Concorrência perfeita Curva da oferta da empresa p Cm CM CVM q Concorrência perfeita Curva da oferta de curto prazo e longo prazo p CVMCP CmCP CMCP q CmLP p CMLP q No longo prazo: CF = 0 => CM = CVM LR = LE Concorrência perfeita Curvas da oferta do mercado p SMCP SCP SLP D’ D Q Concorrência perfeita Condição : p = Cm p LE=LR q Concorrência perfeita Curva da oferta do mercado p SMCP SCP SLP SMLP LR = LE D Q Aula 18 1.1. A Eficiência de Mercado 2. Imperfeições na concorrência 2.1. Monopólio Samuelson 9-10 Sousa V.2-3 Eficiência de mercado p S = Cm Um = Cm D = Um q VILFREDO PARETO Paris 1848 – Geneve 1923 1906 - Manuel d’Économie Politique Óptimo no sentido de Pareto Um óptimo no sentido de Pareto é toda a situação em que não é possível melhorar numa dimensão sem piorar noutra. – Se fosse possível, então a situação seria ineficiente e deveria aproveitar-se o ganho – Óptimo de Pareto é o conceito de eficiência económica. – Equivale a dizer que não há almoços grátis Teorema fundamental do bem-estar • Todo o equilíbrio competitivo é óptimo no sentido de Pareto • Qualquer óptimo no sentido de Pareto é atingível por um equilíbrio competitivo EC OP • Este é o teorema da «mão invisível» KENNETH J. ARROW New York 1921- ... GERARD DEBREU Calais (França) 1921- 2004 1952 - Arrow e Debreu 'Existence of an equilibrium for a competitive economy' 1959 - Debreu Theory of Value Padrões de custos e procura Concorrência perfeita p Oligopólio Monopólio p Q p Q Q Monopólio O monopolista controla o lado da oferta. Mas isso leva a que o preço mude com as suas decisões p D q Monopólio p D q Monopólio p D q Rm = p + q. (var.p) Monopólio p Cm Condição de equilíbrio Rm = p + q.(var.p)= Cm D q* q Rm = p + q. (var.p) Monopólio p Cm p* Condição de equilíbrio Rm = p + q.(var.p)= Cm D q* q Rm = p + q. (var.p) Monopólio p Cm p* CM Condição de equilíbrio Rm = p + q.(var.p)= Cm D q* q Rm = p + q. (var.p) Ineficiência do Monopólio p Cm p* D q* q Monopólio no longo prazo p CmLP CMLP Condição de equilíbrio p* Rm = p + q.(var.p)= Cm D q* q Rm = p + q. (var.p) Aula 19 2.2. Concorrência Monopolística 2.3. Oligopólios Samuelson 9-10 Sousa V.2-3 Concorrência monopolística • Condições para a concorrência monopolística – – – – Grande número de produtores Produto heterogéneo Perfeita informação sobre os aspectos relevantes Livre mobilidade de recursos Edward Chamberlin La Conner, Washington 1899 – 1967 1933 – Theory of Monopolistic Competition Concorrência Monopolística solução de curto prazo p Cm p* CM D q* q Concorrência Monopolística solução de curto prazo p CmCP CMCP p* D q* q Concorrência Monopolística solução de longo prazo p CmLP CMLP p* D q* q ANTOINE AUGUSTIN COURNOT Gray (Haute-Saône, França) 1801- Paris 1877 1838- Recherches sur les Principles Mathématiques de la Théorie des Richesses Oligopólios • Problemas de interacção – Oligopólio coligado – Guerra de preços O caso da OPEP Situação de 1973-1981 Primeiro choque do petróleo - 1973 • subida de 3,45$ para 5$, para 11,66$ Segundo choque do petróleo - 1979 • subida de 12,7$ para 32$ Preços do petróleo (p.correntes, €) 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1970 1980 1990 2000 Preços do petróleo (p.2008, €) 120 100 80 60 40 20 0 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 O caso da OPEP Situação de 1981-... Terceiro choque do petróleo - 1985 • descida de $26 para 10$ para 10$ Oligopólios • Problemas de interacção – Oligopólio coligado – Guerra de preços • Conclusão – Uma situação de jogo JAN VON NEUMANN Budapest 1903 – Washington DC 1957 OSKAR MORGENSTERN Goerlitz (Silésia) 1902 – Princeton 1977 1944 - Theory of Games and Economic Behaviour JOHN NASH Bluefield (West Virginia, USA) 1928 - ... 1950 - "The Bargaining Problem" 1- Equilíbrio dominante Jogador B Jogador A Preço normal Preço baixo 20 15 Preço normal 15 11 11 7 Preço baixo 10 8 Estratégia de A: se B escolhe p.normal => escolher p. normal (15>10) se B escolhe p.baixo => escolher p. normal (11>8) Estratégia de B: se A escolhe p.normal => escolher p. normal (20>15) se A escolhe p.baixo => escolher p. normal (11>7) Conclusão: os dois jogadores têm estratégias dominantes: p. normal Aula 20 2.4. Teoria dos Jogos Samuelson 11 2- Equilíbrio de Nash Jogador B Jogador A Preço normal Preço baixo 20 15 Preço normal 20 8 7 11 Preço baixo 25 11 Estratégia de A: se B escolhe p.normal => escolher p. baixo (25>20) se B escolhe p.baixo => escolher p. baixo (11>8) Estratégia de B: se A escolhe p.normal => escolher p. normal (20>15) se A escolhe p.baixo => escolher p. baixo (11>7) Conclusão: A tem estratégia dominante e, assim, B sabe o que fazer. O problema é que o melhor (p.norm,p.norm.) não é estável 3- Dilema do prisioneiro Prisioneiro B Confessa Não confessa 5 anos 10 anos Confessa 5 anos 1 anos Prisioneiro A 1 anos 2 anos Não confessa 10 anos 2 anos Estratégia de A: se B confessa => confessa (5 < 10) se B não confessa => confessa (1 < 2) Estratégia de B: se A confessa => confessa (5 < 10) se A não confessa => confessa (1 < 2) Conclusão: Ambos têm estratégia dominante de confessar. 4- Jogo da garantia Jogador B Jogador A Preço normal Preço baixo 20 0 Preço normal 20 0 0 10 Preço baixo 0 10 Estratégia de A: se B escolhe p.normal => escolher p. normal (20>0) se B escolhe p.baixo => escolher p. baixo (10>0) Estratégia de B: se A escolhe p.normal => escolher p. normal (20>0) se A escolhe p.baixo => escolher p. baixo (10>0) Conclusão: Fazer igual, mas é melhor com preço normal Exemplo: escolha da língua, do sistema operativo, da rede de telemóvel 5- Jogo da discussão Jogador B Preço normal Preço baixo 20 0 Preço normal 10 0 Jogador A 0 10 Preço baixo 0 20 Estratégia de A: se B escolhe p.normal => escolher p. normal (10>0) se B escolhe p.baixo => escolher p. baixo (20>0) Estratégia de B: se A escolhe p.normal => escolher p. normal (20>0) se A escolhe p.baixo => escolher p. baixo (10>0) Conclusão: Fazer igual, mas há sempre um a perder. 6- Jogo do desafio Jogador B Jogador A Preço normal Preço baixo 15 20 Preço normal 15 10 10 0 Preço baixo 20 0 Estratégia de A: se B escolhe p.normal => escolher p. baixo (20>15) se B escolhe p.baixo => escolher p. normal (10>0) Estratégia de B: se A escolhe p.normal => escolher p. baixo (20>15) se A escolhe p.baixo => escolher p. normal (10>0) Conclusão: Fazer diferente, mas há sempre um a perder. 7- Estratégias mistas Jogador B Jogador A Preço normal Preço baixo -20 10 Preço normal 20 -10 0 -15 Preço baixo 0 15 Estratégia de A: se B escolhe p.normal => escolher p. normal (20>0) se B escolhe p.baixo => escolher p. baixo (15>-10) Estratégia de B: se A escolhe p.normal => escolher p. baixo (10>-20) se A escolhe p.baixo => escolher p. normal (10>-15) Conclusão: não há solução. 7- Estratégias mistas Jogador B Preço normal (p) Jogador A Preço normal Preço baixo (q) (1-q) -20 20 Preço baixo (1-p) 10 -10 0 0 15 Considere-se p a probabilidade de A escolher normal q a probabilidade de B escolher normal Nesse caso, o ganho do jogo para o jogador A (para B é simétrico): G = p. [20.q - 10.(1-q)] + (1-p).[0.q + 15.(1-q)] -15 7- Estratégias mistas Jogador B Preço normal (p) Jogador A Preço baixo (1-p) Preço normal Preço baixo (q) (1-q) -20 20 10 -10 0 0 -15 15 G = p. [20.q - 10.(1-q)] + (1-p).[0.q + 15.(1-q)] Derivando em ordem a p e a q e igualando a zero vem: 20.q - 25. (1-q) = 0 q = 0,55 p.(20 + 10) + (1-p).(-15) p = 0.33 7- Estratégias mistas Jogador B Preço normal Preço baixo (0.55) (0,45) Preço normal (0.33) 20 (0,1815) -10 (0,1485) Preço baixo (0.66) 0 (0,363) 15 (0,297) Jogador A G = p. [20.q - 10.(1-q)] + (1-p).[0.q + 15.(1-q)] Derivando em ordem a p e a q e igualando a zero vem: 20.q - 25. (1-q) = 0 q = 0,55 p.(20 + 10) + (1-p).(-15) = 0 p = 0.33 Outros tipos de jogos • Informação completa ou incompleta – Xadrez vs Poker – Problema de reputação e bluff – Situação de impostos ou seguros A atitude do empresário • Maximização do lucro? Lucro – Racionalidade limitada Taxa de lucro A atitude do empresário • Maximização do lucro? Lucro – Racionalidade limitada – Outros objectivos Taxa de lucro – Esquecemos o processo de fixação de preços EQUILÍBRIO PARCIAL Aula 21 C) Teoria Monetária 1. Moeda Samuelson 25,26 Sousa VIII, 1-5 Justificação da moeda Necessidade da moeda Problema da dupla coincidência de vontades Características da moeda 1. 2. 3. 4. 5. 6. divisível duradoura não ter procura não monetária manter o valor prática de movimentar dificilmente falsificáveis Evolução da moeda Moeda mercadoria Moeda pesada Moeda contada Moeda cunhada Moeda de papel Moeda fiduciária (papel-moeda) Moeda escritural Agregados monetários • • • • C = circulação monetária (notas e moedas na posse do público) M1 = C + Depósitos à ordem M2 = M1 + Depósitos a prazo até dois anos M3 = M2 + Depósitos reembolsáveis com pré-aviso até três meses + Outros activos líquidos (acordos de recompra + acções/unidades de participação em fundos do mercado monetário + títulos do mercado monetário + títulos de dívida até dois anos) Nota – os depósitos e outros activos são só os detidos por residentes e excluindo a administração central Aula 22 2. Crédito, Bancos e Política Monetária Samuelson 25,26 Sousa VIII, 1-5 Criação monetária pelos bancos C M= 0 + D 1000 = 1000 Activo Reservas 1000 Passivo Depósitos 1000 Criação monetária pelos bancos C M= 0 + D 1000 = 1000 M= 900 + 1000 = 1900 Activo Reservas 1000 Passivo Depósitos 1000 Activo Reservas 100 Crédito 900 Passivo Depósitos 1000 Criação monetária pelos bancos C M= 0 + D 1000 = 1000 M= 900 + 1000 = 1900 M= 0 + 1900 = 1900 Activo Reservas 1000 Passivo Depósitos 1000 Activo Reservas 100 Crédito 900 Passivo Depósitos 1000 Activo Reservas 1000 Crédito 900 Passivo Depósitos 1900 Criação monetária pelos bancos Activo Reservas 1000 Passivo Depósitos 1000 Activo Reservas 100 Crédito 900 Passivo Depósitos 1000 1900 = 1900 Activo Reservas 1000 Crédito 900 Passivo Depósitos 1900 M= 810 + 1900 = 2710 Activo Reservas 190 Crédito 1710 Passivo Depósitos 1900 C M= 0 + D 1000 = 1000 M= 900 + 1000 = 1900 M= 0 + Criação monetária pelos bancos Activo Reservas 1000 Passivo Depósitos 1000 Activo Reservas 100 Crédito 900 Passivo Depósitos 1000 1900 = 1900 Activo Reservas 1000 Crédito 900 Passivo Depósitos 1900 M= 810 + 1900 = 2710 Activo Reservas 190 Crédito 1710 Passivo Depósitos 1900 Activo Reservas 1000 Crédito 1710 Passivo Depósitos 2710 C M= 0 + D 1000 = 1000 M= 900 + 1000 = 1900 M= 0 + M= 0 + 2710 = 2710 Criação monetária pelos bancos C M= 0 + D 2710 = 2710 Activo Reservas 1000 Crédito 1710 Passivo Depósitos 2710 Cr MULTIPLICADOR MONETÁRIO 0,9 R DO 0,1 Criação monetária pelos bancos C M= 0 + D 2710 = 2710 Activo Reservas 1000 Crédito 1710 Passivo Depósitos 2710 Cr MULTIPLICADOR MONETÁRIO 0,9 R DO 0,1 M= 0 + 10000 = 10000 Reservas 1000 Crédito 9000 Depósitos 10000 Criação monetária pelos bancos Cr MULTIPLICADOR MONETÁRIO 0,9 R DO 0,1 Reservas 1000 Criação de moeda: Crédito 9000 M = 1000 + 900 + 810 + 729 + ... = Depósitos 10000 = 1000 + 0.9.1000 + 0.92 .1000 + 0.93 .1000 + ...= = 1000.(1+ 0.9 + 0.92 + 0.93 + ...) = 1000.1/(1-0.9) = 10000 Criação monetária pelos bancos c Cr 1-c 1-r R DO r C MULTIPLICADOR MONETÁRIO Multiplicador monetário (M2-/BM) 12 10 8 6 4 2 0 1945 1955 1965 1975 1985 1995 2005 Política monetária J i= PT Aula 23 3. Procura de Moeda e Mercado Financeiro Samuelson 25,26 Sousa VIII, 1-5 Funções da moeda • Intermediário geral das trocas • Unidade de conta • Reserva de valor Determinantes da procura de moeda Intermediário geral das trocas Procura de moeda Reserva de valor Procura de moeda Y i Taxa de juro real e nominal • Taxa de juro nominal (i) é o pagamento que o banco faz • A taxa de juro real entra em conta com a desvalorização do dinheiro pela inflação – – – – depositando hoje X, recebe depois X.(1+i) o valor em bens depositado hoje é X/pt o valor recebido é X(1+i)/pt+1 quanto ganhou realmente? X.(1+i) i - inf X.(1+r) = ou seja r = , aproximadamente r = i - inf p t .(1 + inf) 1 + inf IRVING FISHER Saugerties (New York) 1867 - New York 1947 1911 - The Purchasing Power of Money 1930 - Theory of Interest Equação das trocas ou Equação de Fisher M.V(i) = P.T ou M/P= L(i,Y) Esquema geral da teoria económica Princípios Princípio Marginalista Conflitos Racionalidade Equilíbrio Valor Tradição Autoridade Mercado Um1/p1 =Um2/p2=... Pm1/w1=Pm2/w2=... Bm=Cm Custo p = Cm Rm = Cm ... Princípio Monetário Ouro, bancos, BC M.V = P. T Ef. vs Eq. Des. vs Est