Medicamento - UniSALESIANO

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Turma Farmácia- 4º Termo
Profa. Dra. Milena Araújo Tonon
Esta disciplina tem por finalidade ensinar os aspectos
farmacodinâmicos e farmacocinéticos dos fármacos
visando desenvolver a capacidade de analisar criticamente os
mecanismos de ação dos fármacos nos diferentes órgãos
e
sistemas,
medicamentosas
seus
efeitos
colaterais
e
interações
Dacarb (Dacarbazina)
Motilium (Domperidona)
Imovane(zopiclona)
Os mecanismos de ação dos fármacos nos diferentes órgãos e sistemas, seus
efeitos colaterais e interações medicamentosas
Administração
Absorção
Sítio de ação
Efeito farmacológico
Distribuição
Excreção
Metabolização
Introdução. Generalidade e conceitos. Farmacocinética. Relação entre
estruturas químicas e atividades farmacológicas. Autofarmacologia.
Estudo das drogas: autônomas, cardiovasculares renais, com ações
importantes no músculo liso e que atuam no sistema nervoso central.
Conceitos gerais de Farmacologia
Farmacologia do Sistema Nervoso
Drogas que afetam a função renal e cardiovascular
REFERÊNCIAS BÁSICAS
GILMAN, A GOODMAN. As bases farmacológicas da terapêutica. Ed.10 Rio de
Janeiro:McGraw-Hill, 2003 1647p.
PLANETA, C S.; GALLACCI, M; AVELLAR, M C W. DE; OLIVEIRA-FILHO, R M. de;
DELUCIA, R; . Farmacologia Integrada. Ed.3 São Paulo:Manole, 2007 701p.
HOFFMAN, B; PAGE, C; CURTS, M; SUTTER, M. Farmacologia Integrada. Ed.2 São
Paulo:Manole, 2004 671p. cm.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
KATZUNG, B G.; . Farmacologia Básica e Clínica. Ed.8 Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2003 1054p. cm.
CHERNOW, B.; SILVA, P. Farmacologia em Terapia Intensiva. Rio de Janeiro: Revinter,
1993 484p
SILVA, M. ROCHA; Fundamentos da farmacologia e suas aplicações a terapêutica.
SAO PAULO, 1968
FARMACOLOGIA
Farmacologia é a ciência que estuda o mecanismo de ação, o emprego,
os efeitos adversos e o destino dos medicamentos.
Farmaco (DROGA)
Logia (ESTUDO)
• Uso de drogas para o tratamento de doenças precede a história
da escrita.
• Drogas de origem natural extraídas de plantas – uso em diversos
tipos de doenças
• Chineses, hindus, maias, povos do mediterrâneo – empregavam
algumas plantas e minerais
• Imperador Shen Nung – 3000 a. C. –planta Ch’ang shang- malária
Hoje sabe-se que esta contém alcalóides (febrifugina) – ação
antimalárico
As civilizações antigas usavam uma mistura de
magia, religião e drogas em estado natural
para o tratamento de doenças, as drogas
eram tidas como mágicas.
Papiro de Ebers (1550 a.C.) – lista 700
remédios, sua preparação e aplicabilidade.
(129-200 a.C.) Galeno
Primeiro a considerar a teoria das
doenças.
Postulou que a doença era apenas
um
desequilíbrio
entre
esses
humores (sangue, bile, fleuma), e que
cabia ao tratamento restabelecer o
equilíbrio perdido.
(1493-1541) Paracelsus
Avô da farmacologia
Relacionou tudo o que era conhecido
sobre plantas medicinais.
“É trabalho de um químico produzir
medicamentos para o tratamento de
doenças uma vez que as funções vitais
da vida são basicamente química em
natureza...”
“Toda droga é um veneno, depende
apenas da dose”
O desenvolvimento da farmacologia
dependeu do desenvolvimento de
ciências como química, fisiopatologia,
fisiologia botânica.
(1783-1841) Serturner:
isolamento
da
primeira
droga
purificada (morfina) em 1805.
(1820-1879) Rudolf : fundou o 1º
Instituto de farmacologia
(1838-1921) Oswald Schmiedeberg
Pai da farmacologia moderna
(clorofórmio, muscarina,)
No século XX a química sintética
revolucionou a indústria farmacêutica
Novos conceitos em Farmacologia
• Indios Brasileiros - raiz de ipeca- disenteria e diarreia –
Hoje sabe-se que essa contém emetina que é eficaz
• Paul Ehrlich (1854-1915) – pai da quimioterapia moderna- Criou
o termo substancia receptiva ou receptor decorrente de
observações realizadas com agentes microbianos com ação
seletiva. A interação do fármaco com receptor seria análoga à
combinação chave fechadura. Alguns compostos orgânicos seriam
capazes de encaixar perfeitamente ao receptor e ativá-lo para
produzir resposta biológica.
• Emil Fischer – teoria chave fechadura
• Considerado o pai da química orgânica
• Recebeu o Nobel de Química de 1902
Barreiro, E. J.; Fraga, C. A. M.; Química Medicinal: as bases moleculares da ação dos fármacos, Artmed Ed. Ltda: Porto Alegre, 2001.
Farmácia - estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais
e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de
atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
equivalente de assistência médica;
Drogaria - estabelecimento de dispensação e comércio de drogas,
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas
embalagens originais;
Ervanaria - estabelecimento que realize dispensação de plantas
medicinais;
ANVISA
Denominação Comum Brasileira (DCB)– denominação do
fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovada pelo
órgão federal responsável pela vigilância sanitária:
Denominação Comum Internacional (DCI) – denominação
do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo recomendada
pela Organização Mundial de Saúde:
ANVISA
Droga - substância ou matéria-prima que tenha a finalidade
medicamentosa ou sanitária;
Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou
elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de
diagnóstico;
ANVISA
Insumo Farmacêutico - droga ou matéria-prima aditiva ou
complementar de qualquer natureza, destinada a emprego em
medicamentos, quando for o caso, e seus recipientes;
Correlato - a substância, produto, aparelho ou acessório não
enquadrado nos conceitos anteriores, cujo uso ou aplicação esteja
ligado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, à higiene
pessoal ou de ambientes, ou a fins diagnósticos e analíticos, os
cosméticos e perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, óticos, de
acústica médica, odontológicos e veterinários;
ANVISA
Órgão sanitário competente - órgão de fiscalização do Ministério
da Saúde, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios;
Laboratório oficial - o laboratório do Ministério da Saúde ou
congênere da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios, com competência delegada através de convênio ou
credenciamento, destinado à análise de drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos;
Análise fiscal - a efetuada em drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos
e
correlatos, destinada
a
comprovar
conformidade com a fórmula que deu origem ao registro;
a
sua
ANVISA
Dispensação - ato de fornecimento ao consumidor de drogas,
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título
remunerado ou não;
Distribuidor, representante, importador e exportador empresa que exerça direta ou indiretamente o comércio
atacadista de drogas, medicamentos em suas embalagens originais,
insumos farmacêuticos e de correlatos;
ANVISA
Droga: matéria prima mineral, vegetal ou animal da qual se podem
extrair princípios ativos.
Fármaco: substância química de constituição definida que pode ter
aplicação em farmácia.
Medicamento: é o mesmo que o fármaco, mas especialmente se
encontra em sua forma farmacêutica. A OMS não faz distinção dos
termos medicamento e fármaco.
Medicamento Similar
Medicamento Genérico
Medicamento de Referência
Medicamento Similar – aquele que contém o mesmo ou os
mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma
farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica,
preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado
no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo
diferir somente em caracteristicas relativas ao tamanho e forma do
produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e
veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou
marca:
Medicamento Genérico – medicamento similar a um produto
de referência ou inovador, que se pretende ser com este
intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia
da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade,
comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela
DCB ou, na sua ausência, pela DCI;
Medicamento de Referência – produto inovador registrado no
órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado
no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas
cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do
registro;
Matéria-prima - Substância ativa ou inativa que se emprega na
fabricação dos medicamentos e demais produtos abrangidos por
este Regulamento, tanto a que permanece inalterada, quanto à
passível de modificações.
Fabricação - Todas as operações que se fizerem necessárias à
obtenção dos produtos abrangidos por este Regulamento.
Registro do Produto - Ato privativo do órgão competente do
Ministério da Saúde destinado a comprovar o direito de fabricação
de produto submetido ao regime da Lei no 6.360, de 23 de setembro
de 1976.
Autorização - Ato privativo do órgão competente do Ministério da
Saúde, incumbido da vigilância sanitária dos produtos que de trata
este Regulamento, contendo permissão para que as empresas
exerçam as atividades sob regime de vigilância sanitária, instituído
pela Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976.
Licença - Ato privativo do órgão de saúde competente dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, contendo permissão
para o funcionamento dos estabelecimentos que desenvolvam
qualquer das atividades a que foi autorizada a empresa.
Nome - Designação do produto, para distinguí-lo de outros, ainda
que do mesmo fabricante ou da mesma espécie, qualidade ou
natureza.
Marca - Elemento que identifica uma série de produtos de um
mesmo fabricante ou que os distinga dos produtos de outros
fabricantes, segundo a legislação de propriedade industrial.
Procedência - Lugar de produção ou industrialização do produto.
Lote ou Partida - Quantidade de um medicamento ou produto
abrangido por este Regulamento, que se produz em um ciclo de
fabricação, cuja característica essencial é a homogeneidade.
Número do Lote - Designação impressa na etiqueta de produtos
abrangidos por este Regulamento, que permita identificar o lote ou
partida a que este pertence, e, em caso de necessidade, localizar e
rever todas as operações da fabricação e inspeção praticadas
durante a produção.
Controle de Qualidade - Conjunto de medidas destinadas a
verificar a qualidade de cada lote de medicamentos e demais
produtos abrangidos por este Regulamento, para que satisfaçam às
normas de atividade, pureza, eficácia e inocuidade.
Farmacopéia Brasileira – Conjunto de normas e monografias de
farmoquímicos, estabelecido por e para um país.
Receita - Prescrição escrita de medicamento, contendo orientação
de uso para o paciente, efetuada por profissional legalmente
habilitado, quer seja de formulação magistral ou de produto
industrializado
Posologia: é a forma de utilizar os medicamentos, ou seja, o
número de vezes, a quantidade de medicamento por cada dia e a
duração do tratamento. Exemplo: Paracetamol 100mg/ml, via oral,
um frasco, tomar 20 gotas de 8 em 8 horas por três dias.
Substância Proscrita - Substância cujo uso está proibido no
Brasil.
Forma Farmacêutica: é a maneira física pela qual o
medicamento se apresenta. Ex comprimido, xarope, suspensão, etc..
Fórmula Farmacêutica: é o conjunto de substâncias que
compõem a forma pela qual os medicamentos são apresentados e
possui o principio ativo e os excipientes.
Princípio Ativo - Substância ou grupo delas, quimicamente
caracterizada, cuja ação farmacológica é conhecida e responsável,
total ou parcialmente, pelos efeitos terapêuticos do medicamento
fitoterápico
EXCIPIENTES:
Os excipientes são substâncias que, em concentrações presentes
em algumas formas farmacêuticas, não apresentam atividade
farmacológica. Contudo, isso não exclui a possibilidade de que
determinados excipientes possam causar reações alérgicas ou
efeitos indesejáveis.
Os excipientes são empregados para dotar as formas farmacêuticas
de características que assegurem a estabilidade, biodisponibilidade,
aceitabilidade e
princípios ativos.
facilidade de administração de um ou mais
TODO MEDICAMENTO É UM REMÉDIO OU TODO REMÉDIO
É UM EMDICAMENTO?
Remédio – Palavra usada pelo leigo como sinônimo de
medicamento e especialidade farmacêutica; na realidade, remédio é
qualquer dispositivo, inclusive, o medicamento, que sirva para tratar
o doente: massagem, clima, sugestão, etc
Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou
elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins
de diagnóstico. É uma forma farmacêutica terminada que contém o
fármaco,
geralmente
farmacotécnicos.
em
associação
com
adjuvantes
As fases de ação dos fármacos no organismo:
Fase farmacêutica (fase de exposição): ocorre desintegração da forma
em que o fármaco é administrado. A fração da dose disponível para a
absorção constitui medida da disponibilidade farmacêutica.
Fase farmacocinética: absorção, distribuição, biotransformação e
excreção do fármaco. A fração da dose que chega à circulação geral é
medida da disponibilidade biológica (biodisponibilidade).
Fase farmacodinâmica: processo de interação do fármaco com seu
receptor. Desta interação resulta um estímulo que, após uma série de
fenômenos químicos e bioquímicos, se traduz no efeito biológico.
Farmacologia: estudo do modo pelo qual a função dos sistemas é
afetado pelos agentes químicos
Farmacocinética : o que o organismo faz sobre a droga
Farmacodinâmica: o que a droga faz no organismo
Administração
Absorção
Farmacocinética :
Fármaco na circulação sistêmica
Excretado
Distribuído
O que o organismo
faz sobre a droga
Biotransformado
Fármaco no sítio de ação
Farmacodinâmica:
Efeito farmacológico
Resposta clínica
O que a droga faz no
organismo
Os fármacos são empregados para vários fins:
suprir carência do organismo (vitaminas, hormônios, etc.);
prevenir doenças (soros e vacinas);
combater infecção (quimioterápicos)
bloquear uma função normal (anestésico, anticoncepcional)
corrigir uma função (IC, hipertensão arterial)
detoxificação do organismo ( antídotos)
Os fármacos podem ser classificados de acordo com :
• Estrutura física
• Ação farmacológica
• Emprego terapêutico
• Mecanismo de ação
Estrutura física
Acetais, ácidos, álcoois, amidas, amidinas, aminas, aminoácidos, aminoálcoois,
aminocetonas, aminoéteres, azocompostos, cetonas, compostos halogenados,
compostos nitrosos, enóis, ésteres, estilbenos, éteres, fenóis, glicosídeos,
guanidinas, hidrocarbonetos, lactamas, lactonas, mostardas, nitrocompostos,
organominerais, quinonas, semicarbazidas, semicarbazonas, sulfonamidas, sulfonas,
tioamidas, tióis, tiouréias, uréias, ureídas e uretanas.
Mecanismo de ação
Para muitos fármacos o mecanismo de ação ainda não está totalmente elucidado.
Ação farmacológica
Segundo a OMS, levando em consideração o modo de ação temos:
Depressores do SNC
Estimulantes do SNC
Psicofármacos
Fármacos que atuam no SN Periférico
Fármacos que atuam nas sinapses e nas junções neuroefetoras
Fármacos que atuam na musculatura lisa
Histamina e antihistamínicos
Fármacos cardiovasculares
Fármacos que atuam no sistema sanguíneo e hematopoietico
Fármacos que atuam no sistema gastrintestinal
Fármacos que atuam no sistema respiratório
Citostáticos
Fármacos que atuam no metabolismo e nutrição
Fármacos que agem no metabolismo aquoso e mineral
Vitaminas
Hormônios
Agentes imunológicos
Antiinfecciosos
Fármacos que agem localmente
Fármacos diversos e de mecanismos farmacológicos não classificados
Emprego terapêutico
Muito semelhante ao anterior. Segundo a OMS temos:
Depressores do SNC
Estimulantes do SNC
Psicotrópicos
Fármacos que atuam no SN Periférico
Miorelaxantes
Espasmólicos
Antialérgicos
Cardiovasculares
Fármacos que atuam no sistema sanguíneo e hematopoietico
Fármacos que atuam no sistema gastrintestinal
Fármacos que atuam no sistema respiratório
Fármacos antineoplásicos
Fármacos que atuam no metabolismo e nutrição
Fármacos que agem no metabolismo aquoso e eletrolítico
Vitaminas, Fármacos imunosupressores,
Fármacos que atuam nos distúrbios dos hormônios sexuais e condições relacionadas
Agentes imunológicos, Antiinfecciosos,preparações para a pele e membranas mucosas,
Preparações oculares e otorrinolaringológicas, anti-reumáticos
Fármacos diversos e outros empregos terapêuticos.
Os fármacos possuem três ou mais nomes:
• Sigla, número do código ou designação do código (iniciais do laboratório ou do
pesquisador, depois de definido um nome ela deixa de ser usada Ex. SX3228)
• Nome químico (descreve a estrutura química do fármaco EX. (6-benzyl-3-(5methoxy-1,3,4-oxadiazol-2-yl)-5,6,7,8-tetrahydro-1,6-naphthyridin2(1H)-one)
• Nome registrado, patenteado, comercial ou próprio (nome individual
selecionado e usado pelo fabricante do fármaco, cada firma dá o seu próprio
nome. (Ex Novalgina, Dorfebril, Anador, etc..)
• Nome genérico, oficial ou comum (Ex. dipirona sódica)
• Sinônimos e outros (nomes dados por fabricantes ao mesmo fármaco e ou
antigos nomes oficiais.Alguns fármacos podem ter vários nomes.
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