8 Geral O Estado do Maranhão - São Luís, 13 de março de 2015 - sexta-feira Indígenas protestam e cobram do governo melhorias nas aldeias Reunida ontem em frente ao Palácio dos Leões, sede do governo estadual, uma comissão de 325 índios de quatro etnias de oito municípios do Maranhão reivindicou melhorias para as suas aldeias, principalmente na área de educação Paulo Soares U ma comissão de 325 índios de quatro etnias de oito municípios do Maranhão se reuniu ontem em frente ao Palácio dos Leões, na Praça D. Pedro II ( Centro), para reivindicar melhorias para as suas aldeias, principalmente na área de educação. Segundo Uirauchene Alves, uma das lideranças do movimento, as aulas para as crianças e jovens nas comunidades deveriam ter começado no início de março, mas as escolas ainda estão fechadas porque o Governo do Estado não tem cumprido acordos firmados na gestão anterior e que receberam garantia de encaminhamento para resolução da atual administração no dia 24 de fevereiro. Entre esses acordos está o contrato de professores, o pagamento de fornecedores de material escolar e merenda e o transporte. A situação, de acordo com os membros da comissão, já está insustentável, e esta seria a sexta vez, desde o começo do ano, que eles esperam por uma resposta do Governo do Estado. Por conta disso, caso não haja uma resposta satisfatória até hoje, os indígenas prometem movimentar suas aldeias e bloquear a BR226 e a Ferrovia Carajás e interditar torres da Eletronorte que estão em suas reservas. "O nosso movimento é pacífico. Estamos apenas cobrando os nossos direitos, garantidos na Constituição", afirmou Uirauchene Alves Ontem pela manhã, algumas lideranças foram recebidas por representantes governistas que, segundo os índios, teriam admitido a situação e prometeram tentar viabilizar a resolução dos problemas. Mas os indígenas afirmaram que só irão sair de Mais Etnias reunidas no Palácio Gavião, Canela, Guajajara e Timbira Municípios representados Grajaú, Arame, Amarante, Buriticupu, Santa Luzia do Tide, Jenipapo dos Vieiras, Itaipava e Barra do Corda “ O nosso movimento é pacífico. Estamos apenas cobrando os nossos direitos, garantidos na Constituição" Uirauchene Alves, uma das lideranças do movimento Em marcha em frente ao Palácio dos Leões, grupo de indígenas fez cobranças ao Governo do Estado por melhorias para suas aldeias área em frente ao palácio quando tudo estiver acertado. Recorrente - No dia 24 de fevereiro deste ano, representantes de tribos Guajajara localizadas no município maranhense de Grajaú, estiveram em São Luís e realizaram um ato público em frente ao Palácio dos Leões. No ato, as lideranças afirmaram que só retornariam às suas aldeias quando fossem recebidas por representante do governo. Os pedidos eram os mesmos de agora. Na época, representantes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) conversaram com os líderes do movimento indígena e garantiram que as reivindicações se- riam encaminhadas pelo governo estadual para uma reolução pelos órgãos competentes. Como a promessa da Seduc não foi cumprida, eles retornaram à capital. No primeiro protesto nos Leões, Raimundo Carlos Guajajara, uma das lideranças da tribo Guajajara, afirmou que mais de 100 crianças e adolescentes Diversas ações de saúde marcam o Dia Mundial do Rim em São Luís Biaman Prado Aten dimentos de saúde foram oferecidos ontem, pelo Serviço de Nefrologia do HUUFMA Uma ação educativa marcou ontem o Dia Mundial do Rim em São Luís. No evento, promovido pelo Serviço de Nefrologia do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão ( HUUFMA) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, pacientes receberam orientações, na área de marcação de consultas do HUUFMA, sobre a prevenção de doenças renais, além de atendimentos básicos de saúde para evitar as doenças, que geralmente são silenciosas. Com o tema "Rins saudáveis", o foco do evento neste ano foi alertar a população com relação à adoção de hábitos saudáveis para evitar doenças renais, como ingestão de água, mudança de estilo de vida e autocuidado das doenças crônicas não transmissíveis - como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e obesidade. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a Doença Renal Crônica (DRC) atinge 10% da população mundial, sendo que 70% dos pacientes em diálise descobrem a doença renal tardiamente. A melhor postura para combater esse grande problema de saúde pública é a prevenção. Por isso, foram distribuídos panfletos explicativos e orientações ao público pelos profissionais da equipe multidisciplinar do Serviço de Nefrologia, além de aferição de pressão e avaliação de medidas antropométricas (verificação do peso corporal, altura e circunferência abdominal). Alerta - De acordo com um dos coordenadores da campanha, Dyego Brito, muitos pacientes descobrem tardiamente as doenças porque são assintomáticas. Segundo ele, o paciente só busca tratamento quando sente algum dependiam das aulas oferecidas pela rede pública estadual em sua aldeia, em Grajaú. "A grande preocupação nossa é justamente garantir o melhor para nossos jovens. Sem aulas, eles não têm qualquer chance de se formarem e conseguirem algo melhor na vida", afirmou. Mais Dicas O Serviço de Nefrologia do HUUFMA recebeu em 2008 o selo ISO 9001 pela ICQ Brasil, que valida a qualidade dos processos desenvolvidos no que se refere à hemodiálise e diálise peritoneal. Em relação ao Serviço de Transplante Renal, este também é credenciado como referência no Estado para realização de transplante com doador vivo e doador falecido. - Beba bastante água sintoma e, geralmente, busca tratamento em outras especialidades médicas. "As doenças renais são silenciosas. Por isso, é preciso fazer um diagnóstico precoce para poder começar o tratamento antes que evolua para a fase grave da doença, quando a pessoa tem que instalar uma terapia para substituir o funcionamento do rim, que é a diálise ou transplante renal. As doenças do rim são mais comuns do que pensamos. A estimativa é que 10% da população possa ter - Faça o exame de creatinina; a creatinina é uma prova de função renal. É um exame solicitado de forma rotineira pelos médicos, clínicos e cirurgiões Mais na versão digital oestadoma.com.br Em São Luís, morre Yvonne Lisboa de Moraes Rego, 98 anos Ela era ex-funcionária da Justiça Federal; enterro acontece hoje, no Cemitério do Gavião Aferição da pressão arterial foi um dos serviços oferecidos pelo Serviço de Nefrologia da HUUFMA Resposta - Procurada por O Estado, a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) ficou de enviar nota sobre o assunto, o que não ocorreu até o fechamento desta edição. Morreu ontem, em São Luís, aos 98 anos, a ex-funcionária da Justiça Federal Yvonne Lisboa de Moraes Rego, filha do conhecido médico, ex-senador e ex-vice governador do Maranhão Genésio de Moraes Rego e de dona Maria Isabel, ambos também já falecidos. Yvonne foi secretária do ex-governador José Sarney (1966-1970) e mantinha estreita ligação de amizade com a família do político. O velório está acontecendo na Pax União, na Rua Oswaldo Cruz. O enterro foi marcado para as 10h30, no Cemitério do Gavião. História de vida - Filho único de Yvonne, o economista Genésio Rego Neto relembrou a história de vida da mãe, católica fervorosa, e sobre a amizade com a família do ex-presidente da República José Sarney. Ele contou que o seu avô era amigo-irmão do também médico José Carlos Macieira, que o escolheu para padrinho de sua filha Marly, esposa de José Sarney. Yvonne era tratada com extremo carinho por Sarney e por todos os familiares do ex-presidente. Tanto que os três filhos deste a chamavam de tia. O apreço era tamanho que, em seu último governo, Roseana Sarney condecorou a amiga com a Medalha da Ordem do Mérito Timbira, mais importante comenda do estado. "Todos demonstraram profundo pesar com a morte da minha mãe", ressaltou Genésio Neto. Yvonne permaneceu lúcida até o fim da vida, mesmo tendo sofrido uma isquemia há quatro anos, um mês após ter voltado de uma viagem ao Rio de Janeiro, onde passara o Réveillon. Desde então, segundo Genésio Neto, sua mãe ficou com a saúde debilitada, quadro que foi se agravando por causa da idade avançada. Por volta das 10h30 de ontem, ela morreu em casa, cercada pelos familiares. Reprodução - Controle o diabetes e a hipertensão - Controle o consumo de sal, que em excesso pode favorecer a retenção de líquido, aumentando o risco de pedras algum grau de disfunção renal", ressaltou Dyego Brito. Doença - Enquanto aguarda o transplante, o paciente com doença renal pode realizar dois procedimentos: hemodiálise e diálise peritoneal. No primeiro caso, a máquina bombeia o seu sangue, através das linhas, até ao dialisador. Os produtos tóxicos e a água em excesso do seu organismo são filtrados pelo dialisador e o "sangue limpo" regressa novamente ao seu organismo. Já na diálise peritoneal, a técnica utiliza a membrana peritoneal (membrana que envolve os órgãos abdominais), atuando como um filtro do sangue e removendo excesso de água e toxinas do corpo. Desde 2000, já foram realizados mais de 400 transplantes de rim no HUUFMA. Atualmente, são cerca de 140 pacientes de hemodiálise. Mais na versão digital oestadoma.com.br Yvonne de Moraes Rego foi secretária do ex-governador José Sarney