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A importância da atenção farmacêutica no uso do medicamento fitoterápico tribulus terrestris no âmbito da
farmácia de manipulação
Dezembro/2013
A importância da atenção farmacêutica no uso do medicamento
fitoterápico tribulus terrestris no âmbito da farmácia de manipulação
Marli Luiza dos Santos Pelicer –[email protected]
Atenção farmacêutica e farmacoterapia clìnica
Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG
São Paulo, SP, 22-03-2013(22 março 2013)
Resumo
Atualmente, muitas espécies de plantas são usadas para fins medicinais. A fitoterapia
emprega milhares de remédios diferentes, extraídos de plantas medicinais que podem ser
usada em várias racionalidades, cada um com características diferentes. Assim, inúmeros
estudos têm sido realizados e publicados com o objetivo de explicar os resultados clínicos
apresentados pela fitoterapia através do efeito de várias plantas. Contudo, o uso racional
dessas espécies com finalidade terapêutica depende de conhecimento aprofundado de suas
propriedades farmacológicas e do desenvolvimento de tecnologias de produção e controle de
qualidade. A comercialização destes produtos, neste momento só se justifica se for considerálo como produto fitoterápico tradicional segundo a Resolução Da Diretoria Colegiada
(RDC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) 14/2010 e Portaria SVS/MS
116/1996, considerando a legislação de fitoterápicos vigente no País. Já existe um número
significativo de medicamentos que estão sendo prescritos e, a procura pelo tratamento
fitoterápico nos mais diversos serviços vem se ampliando. Um deles é o medicamento
fitoterápico Tribulus Terrestris, que tem se mostrado uma alternativa segura e eficiente no
âmbito da farmácia de manipulação. Para tanto, esse estudo tem como objetivo estudar a
importância da atenção farmacêutica no uso do medicamento fitoterápico Tribulus
Terrestris no âmbito da farmácia de manipulação. A metodologia escolhida foi a pesquisa
bibliográfica. A partir daí, concluiu-se que são escassas as pesquisas que mostram a eficácia
do Tribulus Terrestris, portanto, faz-se necessário e importante a atenção farmacêutica nas
farmácias de manipulação acerca do mesmo para que este seja realmente usado de maneira
correta.
Palavras-chave: Atenção farmacêutica. Fitoterapia. Tribulus Terrestris. Manipulação.
1. Introdução
Desde os tempos remotos o ser humano tem buscado conhecer as plantas medicinais, pois
muitas, segundo Mckee (1995 apud Carvalho et al., 2010), além de serem utilizadas como
tempero e na conservação de alimentos, também eram usadas no preparo de óleos, unguentos,
cosméticos e incenso e, sobretudo, em medicamentos, na prevenção de doenças. Veiga Júnior
et al., (2005) explicam que isso se justifica, pois geralmente são de fácil acesso e menos
agressivas a saúde, causando assim menores efeitos secundários, convertendo-se muitas vezes
em uma importante ferramenta na realização do cuidado integral da saúde.
Na mesma linha Corrêa et al., (2000) mencionam que desde os primórdios da vida, animais e
homens usaram as plantas como um recurso de saúde. Contudo, sua experiência diária era a
única fonte de conhecimento. Curandeiros e alquimistas usaram plantas extensivamente para
curar ou minimizar sofrimentos. Estudiosos atestam que existe uma planta para combater cada
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A importância da atenção farmacêutica no uso do medicamento fitoterápico tribulus terrestris no âmbito da
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doença, que pode afetar um ser humano, uma vez que, alimentam e regulam órgãos e
glândulas que, por sua vez, limpam as células. Assim, agem no sangue, metabolismo, em
todos os processos de vida, inclusive sobre o sistema nervoso (SN).
Para Butler (2005) e Newman et al., (2003), as plantas medicinais constituem uma fonte
efetiva para a descoberta e o desenvolvimento de fármacos empregados na terapia moderna,
sendo que, Fabricant e Farnsworth (2001 apud Rodrigues et al., 2011), um total de 122
produtos naturais oriundos de plantas é atualmente utilizado como fármaco, sendo que 80%
dos usos estão relacionados ao conhecimento tradicional.
Newman et al., (2003) dá um exemplo dessa realidade, informando que no período entre 1981
à 2002 foram aprovados 75 novos fármacos antihipertensivos. Fica claro assim que, produtos
naturais, portanto, constituem uma fonte promissora para a descoberta de novos fármacos para
várias patologias. No entanto, muitas plantas medicinais que são utilizadas atualmente por
automedicação ou mesmo por prescrição médica ainda não têm o seu perfil tóxico bem
conhecido (SILVEIRA et al., 2008).
Por outro lado, a esse respeito, Clarke et al., (2007) expõem que a utilização inadequada de
um produto, mesmo de baixa toxicidade, pode induzir problemas graves, desde que existam
outros fatores de risco, tais como, contra indicações ou uso concomitante de outros
medicamentos.
Assim, Veiga Júnior et al., (2005) afirmam que um dos problemas da utilização destes
produtos é a crença de que são isentos de reações adversas e efeitos tóxicos, no entanto,
Rodrigues et al., (2011) mostraram que isso não é verdade, pois se manifestaram afirmando
que o uso milenar de plantas medicinais mostrou ao longo dos anos, que determinadas plantas
apresentam substâncias potencialmente perigosas. Reforçam ainda que, do ponto de vista
científico, estudos têm mostrado que muitas plantas possuem substâncias agressivas e por
essa razão devem ser utilizadas com cuidado, respeitando seus riscos toxicológicos.
Rogerson et al., (2007) alertam que, não se pode ignorar que dentro da fitoterapia há ainda um
agravante muito maior, pois inúmeras pessoas tem uma grande tendência a se automedicarem
com produtos naturais acreditando que eles resolvem muitos dos problemas.
Antonio et al., (2000) relatam ainda que a farmacovigilância de plantas medicinais e
fitoterápicos é uma preocupação emergente sendo necessário antes de seu uso conhecer os
efeitos indesejáveis desconhecidos.
Dentro desse contexto, percebe-se então a importância da atenção farmacêutica no uso dos
mais variados medicamentos fitoterápicos, mesmo porque somente o farmacêutico pode
quantificar os riscos e identificar os fatores de riscos e mecanismos, padronizar termos,
divulgar experiências, entre outros, permitindo seu uso seguro e eficaz (SILVEIRA et al.,
2008).
Um dos medicamentos prescrito atualmente pelos médicos é o tribulus terrestris, usado em
diversas patologias, como alopecia, cistite, colesterol alto, diabetes, gota, menopausa, tensão
pré mesttrual (TPM) etc (NEYCHEV; MITEV, 2005).
Para tanto, esse trabalho tem como objetivo analisar a importância da atenção farmacêutica no
uso do medicamento fitoterápico Tribulus Terrestris no âmbito da farmácia de manipulação.
Assim sendo, visando atender o objetivo desse trabalho, foi utilizada como metodologia a
pesquisa bibliográfica, através da análise do que dizem estudiosos do tema em livros e artigos
científicos, cuja base de dados foi: Scielo, PubMed, Medline, Lilacs e Google acadêmico.
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2. PLANTAS MEDICINAIS
2.2.1. Evolução histórica do uso das plantas medicinais
A origem do conhecimento das plantas medicinais se perde no tempo, pois o homem sempre
utilizou o que mundo vegetal oferecia para prevenir e curar suas doenças (CAMPANINI,
2003).
Lorenzi e Matos (2008) informam que o homem pré-histórico já utilizava os vegetais para a
cura de suas doenças e à medida que observava os animais verificava que, muitas plantas
serviam para fins alimentícios e outras eram tóxicas. Por sua vez, os animais, através de seu
instinto, também diferenciavam as plantas para fins curativos das tóxicas.
No entanto, segundo Ayoub (1998), durante séculos foi dado crédito na Europa medieval a
Galeno, um médico do século II, que escreveu sobre quatro humores - sangue, fleuma, bílis
negra e bílis amarela - e classificou as plantas pela suas quatro qualidades essenciais: quentes
ou frias, secas ou úmidas. Estas teorias foram aperfeiçoadas mais tarde pelos médicos árabes
do século VII, como Avicena e, atualmente, as teorias galênicas continuam a dominar a
medicina Unami, praticada no mundo muçulmano e na Índia. As descrições das plantas feitas
por Galeno como, por exemplo, quente no terceiro grau ou fria no segundo ainda eram
utilizadas no século XVIII.
Contudo, voltando no tempo, Campanini (2003) discorre que muitas civilizações, através dos
anos, utilizaram plantas medicinais, entre eles os chineses, os indianos, os egípcios, os gregos
e romanos.
O uso de plantas medicinais foi constatado durante várias expedições arqueológicas, através
de desenhos, relacionando o corpo humano com plantas em cavernas do período paleolítico
superior na época do homem de Neanderthal. Este conhecimento sobre plantas medicinais foi
transmitido através dos tempos, de forma empírica de geração em geração podendo-se
considerar a fitoterapia como a medicina mais ancestral (ALONSO, 1998 apud RODRIGUES
et al., 2011).
Contudo, ao longo do tempo, as plantas medicinais, muitas vezes, foram usadas em rituais
indígenas por seus efeitos alucinógenos, nos quais a pessoa que liderava o ritual, chamada de
xamã1, conseguia entrar em contato com seus deuses. Rodrigues et al., (2011) explica que
estes chamãs possuíam também o conhecimento das propriedades medicinais das plantas, que
passavam a seus aprendizes e chegaram até os dias de hoje de uma forma empírica, embora
provavelmente muitas plantas ainda sejam apenas conhecidas por remotas tribos, que vivem
em florestas, e desertos.
Partindo dessa premissa, pode-se dizer que várias culturas da antiguidade deixaram ao povo
um legado precioso sobre as plantas medicinais.
Papiros egípcios que datam de cerca de 1700 a.C. demonstram que muitas plantas, como o
alho e o zimbro, são usadas medicinalmente há cerca de 4000 anos. Na época de Ramsés III, o
1
Xamãs - Essa palavra vem de "saman" palavra usada por tribos da Sibéria para designar seus feiticeiros. Essa
palavra foi proposta por antropólogos para designar todos aqueles que utilizam poderes especiais (mágicos) para
a cura de de enfermidades, onde eram capazes de entrar facilmente em estados alterados de consciência. Alguns
acreditam que o termo tenha sido criado no Tibet, derivado do sânscrito "sramanna", que significa "derivado dos
espíritos" e assim atingido as aldeias das planícies siberianas (BOTSARIS, 2012).
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cânhamo era utilizado para problemas dos olhos, tal como pode ser receitado para o glaucoma
hoje, enquanto que os extratos da papoula eram utilizados para acalmar o choro das crianças.
O primeiro manuscrito conhecido a seu respeito é o chamado Papiro de Ebers, que leva o
nome do notável egiptólogo que o descobriu em Luxor e o traduziu (DI STASI, 2007).
Já Alonso (1998 apud Rodrigues et al., 2011), o conhecimento sobre plantas medicinais
através da escrita data de 4000 anos a.C., encontrada pelos arqueologistas nas ruínas de
Nippur. Trata-se de uma tábua de argila escrita com caracteres cuneiformes, mencionando
entre outras plantas o Fícus carica L. e o Thymus vulgaris L., ambos usados até hoje como
laxante e expectorante respectivamente.
Na Babilônia, há referência em antigos documentos na época do Ri Hamurabi de várias
plantas curativas como Mentha viriis, usadas como estimulante digestivo e a Glycyrhiza
glabra, utilizada até hoje.
Contudo, Eldin (2001) considera a como o país com mais longa tradição no uso de plantas
medicinais, através de uma obra chinesa datada de 2800 a.C., Pen T´sao (a grande fitoterapia)
do imperador Shen Nung, sendo considerada a primeira documentação escrita do uso de
plantas, como remédios com relato de 360 espécies incluindo Ephedra sinica, sendo na
medicina alopata, esta planta a fonte de efedrina.
Este tratado listava 13 fórmulas de fitocompostos incluindo pílulas, pós, emplastos,
chás, etc. Outro grande tratado que data aproximadamente, 219 a C., dinastia Song
(960 d.C. a 1279 d.C.) é o Shan-bing Lun (Tratado das diversas doenças do frio
nocivo), que contém mais de 113 fórmulas de fitocompostos, quando o império
feudal chinês construiu um hospital para o uso da família real. Uma farmácia
herbária foi construída no hospital, as fórmulas foram coletadas por um famoso
médico da época, Chen Shi-wen e 788 dessas fórmulas foram publicadas no texto
Tai Ping Hui Min He Ji Ju Fang (fórmulas do bem-estar popular) de 1151 d.C. Na
dinastia Ming (1368 a 1644 d.C.) e dinastia Qing (1644 a 1911 d.C.) muitas
farmácias herbáceas particulares foram abertas. Alguns destes medicamentos
produzidos por estas farmácias eram secretos. Uma das mais antigas e famosas
farmácias da China ainda existe, é Tung Jen Tang, em Beijing, fundada em 1669
(DIAS, 2007:1).
Ao Pen T´sao foram incorporadas outras plantas à cada dinastia chinesa, 844 na dinastia
Tang, 1122 na dinastia Song. Durante esta dinastia 960 –1279 DC foi editada uma matéria
médica que merece registro, pois foi compilada por um médico Tan Shen Wei, que fez um
levantamento de ervas usadas nas partes mais remotas da China.
Um testemunho inédito do uso das plantas medicinais remonta há mais de 3000 anos, com a
descoberta da biblioteca do rei Arsubanipal, que continham vários escritos com citação de
centenas de plantas usadas pelos Sumérios e Assírios.
No Egito antigo em 2000 a.C. as plantas eram utilizadas como remédios. No museu de
Agricultura do Cairo está exposta em baixo relevo retirado do templo de Tutmes II um dos
mais antigos herbários do mundo, onde estão esculpidas em granito 275 plantas medicina.
Para tanto, existem vários relatos na literatura sobre o uso de plantas, como anticoncepcional
no Egito, como o uso de espigas de acácia seca, que possuem uma goma que ao dissolver-se
forma acido láctico, o qual é utilizado em muitas fórmulas de anticoncepcionais modernos
(ALONSO, 1998 apud RODRIGUES et al., 2011).
Na Índia, a partir de estudos arqueológicos efetuados, foram encontrados escritos referindo-se
ao uso de plantas medicinais, sendo citados nos poemas épicos os Vedas e no livro Charaka
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samhita, escrito pelo médicomédico indiano Charaka, que segundo a literatura deve ter vivido
no ano 1000 antes de Cristo.
Na Grécia, a personalidade mais importante da história da medicina, Hipocrates (468-377
a.C.) concebeu um regime de tratamento à base de plantas medicinais, exercícios e dietas,
usando um total de 400 espécies cada uma adaptando-se aos sintomas particulares dos
pacientes, sendo esta abordagem individual à marca registrada da fitoterapia até os nossos
dias (ELDIN, 2001).
Hipocrates aderiu à teoria dos quatro elementos terra, fogo, ar e água, que tinham as
características associadas à secura, calor, frio e umidade, daí o conceito dos humores, bile
negra, sangue, bile amarela e fleuma, relacionados a estes os temperamentos dos indivíduos:
O melancólico, o sanguíneo, o colérico e o fleumático.
Deste modo, o tratamento destas características do indivíduo era efetuado com plantas
adequadas a cada tipo, assim, por exemplo, o tipo fleumático era descrito como frio e úmido,
necessitava para seu tratamento de plantas quentes e secantes como o tomilho e hisopo
(Thymus vulgaris) (Hyssopus officinalis). As doenças associadas com o temperamento
sanguíneo, quente e úmido eram a gota e a diarréia, necessitando de plantas refrescantes e
secas como a bardana (Arctium Lappa) (ELDIN, 2001).
Nos antigos documentos gregos, há referência aos coletores de raízes, conhecidos como
Rhizotomoki que foram, provavelmente, os primeiros grupos de pessoas que fizeram listas de
plantas medicinais com suas propriedades curativas. O manual mais antigo foi o Rhisotomika
de Diocles de Carystius, discípulo de Aristóteles (GRIGGS, 1996 apud RODRIGUES et al.,
2011).
No séc. I depois de Cristo um médico cirurgião grego do exército romano de Nero, Pedanius
Discórides compilou um guia fitoterápico, mostrando as características de todas as plantas
medicinais conhecidas e como usá-las. Cada sessão de seu trabalho, conhecido como Da
Matéria Médica iniciava, com um pequeno desenho e uma descrição botânica para que a
planta pudesse ser reconhecida. Nos acampamentos do exército romano, as plantas medicinais
eram cultivadas para que pudessem ser utilizadas pelos médicos do exército, assim, os
romanos disseminaram as plantas por todos os lugares que passaram, com suas legiões de
soldados. (ELDIN, 2001).
Segundo Eldin (2001), na obra de Discórides: Da matéria Médica encontram-se referências
que chegaram até hoje como a ação diurética da Salsa (Petroselinum sativum) e a estimulação
láctea na puérpera pelo funcho (foeniculum vulgare) (ALONSO, 1998 apud RODRIGUES et
al., 2011).
No século II d.C. tem-se que nomear Galeno, médico, nascido na Ásia menor, estudou na
Alexandria, foi médico dos gladiadores e depois dos imperadores romanos, Marco Aurélio,
Cômodo e Septimo Severo. Sua medicina baseava-se na correção dos humores, citados por
Hipocrates, não levando em conta os princípios da unidade psicofísicos postulados pelo pai da
medicina.
A esse respeito, Eldin (2001) coloca que deve-se a Galeno o fato de misturar diferentes ervas,
o que até hoje se conhece como fórmulas galênicas. O galenismo continua sendo a abordagem
principal, até que as obras gregas traduzidas para o árabe e depois para o latim, chegando
novas idéias ao ocidente, bem como, o conhecimento de plantas medicinais exóticas como a
noz moscada e a cânfora.
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Já na Idade Média, os mosteiros tiveram um papel importante na divulgação do conhecimento
das plantas medicinais do mundo antigo, com grandes coleções de livro como referência sobre
fitoterapia. Entre elas, De viribus herbarum, descrevia em versos as propriedades de mais de
80 plantas medicinais (ELDIN, 2001).
Várias universidades da Europa foram fundadas nesta época na Itália, entre elas a Faculdade
de Medicina em Padova, que foi fundada em 1222. Ainda no século XII, vários autores
referem-se à famosa Escola Laica Salernitana onde foi criado o primeiro Ortus Salutaria e no
século XIII e XIV Salermo foi o centro de estudos de farmácia.
Assim, segundo Martins et al., (2003), durante a Idade Média eram poucos os que podiam ter
o privilégio de ser atendidos por médicos e com a reforma da Igreja foi iniciada a inquisição,
que levou à morte milhares de pessoas, principalmente mulheres detentoras de muitos
conhecimentos sobre plantas medicinais.
A partir de então, a evolução da arte de curar recebeu impulso dos alquimistas, destacando-se
entre eles Paracelso, uma personalidade controvertida, que desafiando a medicina da época,
questionava a teoria dos humores de Hipocrates e introduzia novos remédios no meio médico.
Martins et al., (1995 apud Rodrigues et al., 2011), discorre então ele tinha interesse especial
pela Química, se preocupou com a pesquisa dos princípios ativos das plantas medicinais e deu
ênfase à doutrina das assinaturas, que ligava a forma da estrutura da planta com suas
qualidades medicinais. Assim por exemplo, a noz servia para doenças cerebrais, os tubérculos
das orquídeas para doenças testiculares, as folhas da Pulmonaria officinalis que têm a
aparência de um pulmão doente serviam para problemas pulmonares.
No século XVI, em 1542, foi publicado a história das plantas Historia Stirpium, por Leonhard
Fuch apresentando desenhos das plantas observadas na natureza, sendo a base de todos os
futuros textos da botânica.
Após a morte de Paracelso em 1546, surgem os primeiros códigos de prescrições
farmacêuticos e em 1560 aparece pela primeira vez a palavra farmacopéia, a partir de
investigações de Johanes Brettschneider, que escreve a obra Pharmacopea in Compendium
Redacta.
Em 1544, Vesalius, médico holandês com sua obra De Humanis Corporis Fabrica aumentou
o conhecimento sobre o corpo humano, tornando a anatomia a base da medicina com
fundamento científico, consolidando o estudo da natureza morta e não da vivente. Assim, a
fitoterapia caiu em decadência com a chegada da medicina moderna, que passava a utilizar
substâncias empolgantes, apesar de perigosas, como o mercúrio e o arsênio (ALONSO, 1998;
ELDIN, 2001).
Com o uso de substâncias tóxicas nos tratamentos como o mercúrio que era à base de um
purgante denominado calomel, cada vez mais surgiam casos de intoxicações e mortes,
fazendo com que muitos médicos questionassem este tipo de tratamento.
Eldin (2001) assevera que na década de 1890, a Medicina Botânica foi revitalizada e remédios
à base de plantas medicinais eram utilizados pelas pessoas e as farmacopéias européias
incorporaram muitas plantas medicinais além das drogas ortodoxias.
Com a descoberta do Novo Mundo muitas plantas vieram para a Europa, mas pouco foi
escrito sobre elas, ficando esta excepcional flora aguardando investigação.
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Em 1864, surgem no continente europeu, muitos defensores da medicina natural e no norte da
Inglaterra foi fundado o National Institute of Médical Herbalists - Instituto Nacional de
Herbalists Médica (INHM), sendo a primeira entidade profissional de fitoterapia no mundo.
No início do século XX, a indústria farmacêutica entra no auge, com o aparecimento da
aspirina e dos antibióticos prevalece a síntese química sobre o produto natural. Todavia, a
avidez de soltar no mercado produtos químicos sem controles adequados leva a casos graves
de intoxicações, causando centenas de milhares de mortes em todo o mundo (ALONSO,
1998).
De acordo com Rodrigues et al., (2011), a Inglaterra entre 1986 e 1987, de acordo com o
Comitê de Farmacovigilância, mais de 600 pessoas morreram devido a reações adversas de
medicamentos. Em vários países do mundo muitos são os medicamentos que já causaram
morte súbita, hemorragias digestivas graves, insuficiência renal, alterações mentais levando
os laboratórios a retirarem estes produtos do mercado.
É importante assinalar que também as plantas medicinais têm sido causa de intoxicações
graves, na maioria dos casos por automedicação e desconhecimento. Há também uma falta de
controle microbiano em vários produtos oriundos de plantas medicinais.
Rodrigues et al., (2011) reforça que a padronização de plantas medicinais teve início na
década de 70, na Alemanha com um marcador químico ou pelo próprio princípio ativo, para
garantir que o paciente que tomar um medicamento fitoterápico, tenha a certeza de que
naquele comprimido ou cápsula está contida a quantidade reprodutível e necessária para fazer
o efeito terapêutico.
Através da padronização é possível reproduzir medicamentos homogêneos em qualquer lugar
do planeta, por exemplo, um extrato de Ginkgo biloba está padronizado mundialmente
contendo 24% de flavonoides e 6% de lactonas (LAZARINI, 2002).
Atualmente, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), oitenta por cento
(80%) da população mundial depende da medicina tradicional para atender às suas
necessidades de cuidados primários de saúde e grande parte desta medicina tradicional
envolve o uso de plantas medicinais, seus extratos vegetais ou seus princípios ativos.
Segundo Alonso (1998), a utilização de fitoterápicos, nos países desenvolvidos e nos em
desenvolvimento tem razões diferentes. Nos países desenvolvidos a utilização dos
fitoterápicos é ocasionada por uma resposta da população aos efeitos agressivos e iatrogênicos
dos medicamentos de síntese e nos países pobres, o uso das plantas medicinais é um recurso
tradicional enraizado culturalmente na população.
Assim sendo, a cada dia expõe Rodrigues et al., (2011) que o uso da fitoterapia na atenção
primária de saúde tem sido estimulada, principalmente em países em desenvolvimento, com o
aval da Organização Mundial de Saúde (OMS), como uma estratégia política para minimizar
desigualdades sociais e tornar a saúde um bem universal.
Atualmente, a legislação sobre os medicamentos fitoterápicos em vários países se faz mais
eficaz, fazendo com que diminua a indústria de especulação e aumentando o interesse da
pesquisa com plantas medicinais para abastecer o mercado interno e criar fonte de exportação
(ALONSO, 1998).
O Brasil possui umas das regulamentações mais avançadas do mundo para fitoterápicos, a
resolução 48 de 2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
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Para tanto, segundo Rodrigues et al., (2011), o arsenal terapêutico com plantas medicinais
tem, nas ultimas décadas, tido uma presença cada vez maior. Na Alemanha 66% da população
utiliza preparados da fitoterapia para combater resfriados. Na França, o mercado de produtos
fitoterápicos é liderado para tratamento de transtornos circulatórios, seguidos de digestivos e
antitussígenos. Já nos Estados Unidos da América (EUA) a fitoterapia apresenta um
crescimento absoluto. As alergias, insônias, problemas respiratórios e digestivos são as
situações que mais recorrem a fitoterapia. As quatro plantas medicinais mais utilizadas foram
nos últimos anos: ginkgo (Ginkgo biloba), equinacea (Echinacea purpúrea), ginseng (Panax
ginseng) e alho (Allium sativum).
No entanto, Almeida (2000) constata que o país que contém a maior biodiversidade do mundo
é o Brasil, contando com mais de 55.000 espécies catalogadas de um total entre 350.000 e
550.000. As regiões brasileiras com flora rica em plantas medicinais são: Floresta Amazônica
(Mata Atlântica), Pantanal Mato-grossense, Cerrado e Caatinga.
Quando se fala de cultivo de plantas medicinais está-se conservando a biodiversidade, a saúde
humana, o alimento, a economia, o resgate do conhecimento popular, a organização, a
participação social, o gênero e a geração. Atualmente, observa-se o crescimento no consumo
de plantas medicinais ou de medicamentos à base de plantas em todas as classes sociais no
Brasil e no mundo. No Brasil, porém, a maior parte das plantas medicinais comercializadas é
proveniente do extrativismo, que contribui para o aumento do efeito estufa.
Atualmente, grande parte da população brasileira encontra nas plantas medicinais importante
fonte de recurso terapêutico. Segundo Pilla et al., (2006), isso se deve a vários fatores, dentre
os quais é possível destacar a crise econômica e o alto custo dos medicamentos
industrializados, bem como, o difícil acesso da população à assistência médica. Aliada a essa
situação verifica-se crescente tendência dos consumidores de utilizar produtos naturais e
ainda o fato de muitas pessoas se renderem à facilidade de obtenção de plantas medicinais, as
quais muitas vezes são cultivadas nos quintais de suas casas.
Desde então, as plantas medicinais vem sendo utilizadas pelo homem como método de cura
para restaurar a saúde e manter o equilíbrio orgânico.
2.2.2. Conceito de planta medicinal
Rodrigues et al., (2011) define Planta Medicinal como sendo qualquer planta que contenha
substâncias, que podem ser utilizadas com finalidade terapêutica. Segundo a Resolução da
Diretoria do Colegiado (RDC 48), a nomenclatura das plantas medicinais pode ser botânica
oficial completa quando deve ser colocado o gênero, a espécie, variedade, autor do binômio e
a família, enquanto que a nomenclatura botânica oficial deve conter o gênero, a espécie e o
autor, como por exemplo: Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss, família celastraceae (Botânica
oficial completa); Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss (botânica oficial).
Na visão de Bosco et al., (2003), plantas medicinais são plantas utilizadas na preparação de
remédios, que agem devido à existência de substâncias químicas, ou seja, princípios ativos
que são responsáveis por suas ações curativas.
A definição da OMS (apud Veiga Júnior et al., 2005) para plantas medicinais diz que é todo e
qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas
com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semi-sintéticos.
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Partilhando da mesma opinião, mas com outras palavras, Foglio et al. (2006) entende que a
planta medicinal é aquela planta administrada sob qualquer forma e por alguma via ao
homem, exercendo algum tipo de ação farmacológica. As plantas podem ser classificadas de
acordo com sua ordem de importância, iniciando-se pelas plantas empregadas diretamente na
terapêutica, seguidas daquelas que constituem matéria-prima para manipulação e, por último,
as empregadas na indústria para obtenção de princípios ativos ou como precursores em semisíntese.
Já Pereira e Defani (2009) constataram que as plantas medicinais apresentam muitas
substâncias químicas com propriedades terapêuticas que atuam no organismo humano
causando-lhes algum efeito. Profissionais especializados transformam substâncias
encontradas em ervas medicinais, chamadas princípios ativos, em medicamentos adequados
ao tratamento de diversas doenças, que acometem os seres humanos e os animais. No entanto,
alguns princípios ativos podem ser prejudiciais ao organismo e ocasionar algum efeito
colateral.
Para tanto, o uso adequado das plantas com propriedades farmacológicas traz uma série de
benefícios para a saúde, ajudando no combate de doenças infecciosas, doenças alérgicas,
disfunções metabólicas entre outros.
As plantas medicinais podem ser utilizadas sob a forma de infusão, decocção, maceração,
tintura, extratos fluido, mole ou seco, pomadas, cremes, xaropes, inalação, cataplasma,
compressa, gargarejo ou bochecho (WAGNER; WISENAUER, 2006).
A utilização de plantas medicinais não é isenta de efeitos colaterais, interações
medicamentosas ou contra indicações. Apresentam substâncias que podem ser tóxicas,
desencadeando reações adversas. Além disso, a utilização da dose incorreta, da parte da planta
indevida ou auto-medicação errônea podem causar efeitos colaterais indesejáveis
(TUROLLA; NASCIMENTO, 2006).
Vale destacar ainda que, para uma melhor compreensão de planta medicinal é importante
considerar a diferença entre ela e fitoterápico, que segundo Veiga Júnior et al., (2005) reside
na elaboração da planta para uma formulação específica, o que caracteriza um fitoterápico.
Assim, segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária, em sua Portaria no. 6 de 31 de janeiro de
1995,
Fitoterápico é todo medicamento tecnicamente obtido e elaborado, empregando-se
exclusivamente matérias-primas vegetais com finalidade profilática, curativa ou
para fins de diagnóstico, com benefício para o usuário. É caracterizado pelo
conhecimento da eficácia e dos riscos do seu uso, assim como pela
reprodutibilidade e constância de sua qualidade. É o produto final acabado,
embalado e rotulado. Na sua preparação podem ser utilizados adjuvantes
farmacêuticos permitidos na legislação vigente. Não podem estar incluídas
substâncias ativas de outras origens, não sendo considerado produto fitoterápico
quaisquer substâncias ativas, ainda que de origem vegetal, isoladas ou mesmo suas
misturas.
Neste último caso encontra-se o fitofármaco, que por definição "é a substância ativa, isolada
de matérias-primas vegetais ou mesmo, mistura de substâncias ativas de origem vegetal".
Atualmente, segundo Rezende e Cocco (2002), a OMS já reconhece sua importância,
sugerindo ser uma alternativa viável e importante também às populações dos países em
desenvolvimento, já que seu custo é menor.
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A importância da atenção farmacêutica no uso do medicamento fitoterápico tribulus terrestris no âmbito da
farmácia de manipulação
Dezembro/2013
A partir de então, é possível verificar que é importante a participação dos profissionais
farmacêuticos nesta área, visando uma integração do conhecimento utilizado pelo sistema de
saúde oficial ao popular, pois as terapias alternativas têm muito a oferecer, podendo contribuir
com as ciências da saúde, além de possibilitar ao indivíduo relativa autonomia em relação ao
cuidado com a sua saúde.
Para tanto, como esse estudo aborda sobre a importância da atenção farmacêutica no uso do
medicamento fitoterápico Tribulus Terrestris no âmbito da farmácia de manipulação, o
próximo tópico aborda sobre a atenção farmacêutica.
2.3. Atenção Farmacêutica
De acordo com o Conselho Regional de Farmácia (CRF) do Estado de São Paulo (2010), a
Atenção Farmacêutica é o conjunto de ações e serviços que visam assegurar a assistência
integral, a promoção, a proteção e a recuperação da saúde nos estabelecimentos públicos ou
privados, desempenhados pelo farmacêutico ou sob sua supervisão (Resolução nº 357/2001
do CFF).
Quanto às atribuições da Atenção Farmacêutica são: participação nas equipes de suporte
nutricional e quimioterapia; farmácia clínica; farmacovigilância/tecnovigilância; ensaios
clínicos; radiofármacos; e, ensino e pesquisa.
Atualmente, a nova definição da prática farmacêutica tem como ponto central o bem estar e a
qualidade de vida do paciente. O farmacêutico passa a assumir papel fundamental juntamente
com os demais profissionais da área e com a comunidade para a promoção da saúde (KISHI,
2010).
Voltando um pouco no tempo, na década de 1970, no Brasil, o farmacêutico era visto apenas
como um profissional responsável pelo estabelecimento de saúde, aquele que “assinava”.
Sendo assim, a população ficava sem receber à atenção clínica necessária. É somente na
década de 1990 que o farmacêutico retorna as origens e reencontra a sua vocação assistencial.
Surge então à atenção farmacêutica, hoje considerada a principal atividade do farmacêutico,
que se baseia na anamnese, análise, orientação, seguimento, utilizando conhecimentos
específicos (BISSON, 2007).
Para tanto, a OMS (1993 apud Wilken, 1998) entende atenção farmacêutica como: um
conjunto de atitudes, comportamentos, compromissos, inquietações, valores éticos, funções,
conhecimentos, responsabilidades e destrezas do farmacêutico na prestação da
farmacoterapia, com o objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos voltados para a
saúde e a qualidade de vida do paciente.
A Associação Americana de Farmacêuticos Hospitalares (ASHP, 1993 apud Barbosa, 2011)
descreve os princípios que regem a atenção farmacêutica:
 Medicamentos: a atenção farmacêutica envolve desde a participação do profissional
farmacêutico com relação ao melhor tratamento farmacoterapêutico (o medicamento mais
indicado, forma farmacêutica, dosagem, via de administração) até o correto fornecimento
do medicamento;
 Cuidado (atenção): todos os profissionais são responsáveis com o bem estar do paciente,
cooperando entre si e visando o beneficio do mesmo, cabendo ao farmacêutico garantir
bons resultados com o uso de medicamentos;
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A importância da atenção farmacêutica no uso do medicamento fitoterápico tribulus terrestris no âmbito da
farmácia de manipulação
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 Resultados: busca pela cura, redução dos sintomas, detenção do progresso da doença ou
sua prevenção, o farmacêutico deve atuar de três formas: identificando problemas
relacionados com medicamentos nas suas diversas manifestações; solucionando-os; e,
prevenindo-os;
 Qualidade de vida: deve ser medida através de ferramentas especiais, com a colaboração do
paciente;
 Responsabilidade: durante o tratamento, o farmacêutico deve documentar todas as suas
ações em relação à obtenção de resultados e a melhora da qualidade de vida do paciente.
2.4. Farmácia de Manipulação
A Farmácia de Manipulação é um tipo de estabelecimento que visa fabricar e vender
medicamentos para a população. Assim, ao receber uma receita, os farmacêuticos na farmácia
de plantão, analisam-na antes de enviá-la para a produção. Nas receitas constam as
quantidades exatas de cada substância a ser utilizada. É possível manipular remédio para
inúmeras finalidades (SILVA et al., 2001). Segundo Amoêdo (2008), atualmente,
aproximadamente 30% dos medicamentos manipulados são para tratamentos dermatológicos.
Na visão da autora, a grande vantagem das farmácias de manipulação é que é possível obter
tratamentos personalizados, apenas com a manipulação os remédios são produzidos
exatamente com as necessidades do paciente. Além disso, os medicamentos são produzidos
no local e não industrializados como os medicamentos vendidos nas farmácias comuns,
possibilitndo assim a junção de dois medicamentos,
Ressalta Amoêdo (2008), que os medicamentos manipulados são feitos com as mesmas
substâncias ativas dos vendidos em farmácias comuns. Como os medicamentos são
produzidos na própria farmácia e especificamente para um paciente é possível produzi-lo na
quantidade exata do tratamento, evitando-se consequentemente desperdício. Outra vantagem é
o preço, que muitas vezes são bem mais acessíveis.
Hoje são muitas as instituições no mercado destinadas a manipulação farmacêutica, os
avanços na área de biomedicina proporcionaram maiores recursos tecnológicos para a
elaboração de remédios.
2.5. Medicamento Tribulus Terrestris
Nome Botânico: Tribulus terrestris L.
Sinonímia: Viagra-natural, Puncture vine e goathead (inglês), abrojo (espanhol), tribulus
(italiano).
Família: Zigophyllaceae
As partes utilizadas são as sementes, o fruto e a parte aérea.
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A importância da atenção farmacêutica no uso do medicamento fitoterápico tribulus terrestris no âmbito da
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Figura 1 – Planta Tribulus Terrestris
Fonte: Lemnis Farmácia (2011)
A Tribulus terrestris é proveniente da Europa Meridional, provavelmente da Bulgária, porém
hoje pode-se encontrá-la em todas as regiões. Trata-se de uma planta herbácea rasteira e
perene em regiões de clima mais frio. Apresenta grande quantidade de espinhos que aparecem
inclusive nos frutos. Floresce na primavera e no verão produzindo flores amarelas, com cinco
pétalas, crescendo facilmente em todo o tipo de terreno, sendo considerada frequentemente
uma planta invasora.
Segundo Colombo (2008), devido à facilidade de adesão dos espinhos aos frutos, a planta foi
chamada de Tribulus que significa “perseguido”. De onde se diz que as pessoas que sofrem
perseguições estão atribuladas. Já a palavra abrolho significa árido, seco.
Já Josym (2008) ressalta que é conhecida como a videira da punctura (picada ou ferimento
feito com punção).
Apresenta como constituintes: Saponosídeos, flobaceno, flavonóides, óleos essenciais, ácido
linolênico, ácido oléico, ácido elaídico.
A Tribulus terrestris age na regulação hormonal e na formação de espermatozóides. Sendo
que alguns estudos relatam o uso para os casos de frigidez, esterelidade ovariana endócrina e
climatério (LEMNIS, 2008).
Josym (2008) menciona que é usada no tratamento da impotência e como um estimulante para
aumentar o impulso e o rendimento sexual. O Instituto Químico Farmacêutico em Sofia
(Bulgária) conduziu estudos clínicos que mostraram uma melhoria nas funções reprodutoras,
incluindo aumento na produção de esperma e testosterona em homens. Nas mulheres
verificou-se um aumento da concentração de hormônios, incluindo o estradiol, com alteração
ligeira da testosterina e melhora da função reprodutora, libido e ovulação.
Com relação às propriedades farmacológicas, a Lemnis Farmácia (2011) relata que pesquisas
já concluíram que essa planta pode elevar significativamente os níveis dos hormônios LH e da
testosterona, cujos efeitos foram confirmados com o aumento na frequencia e na força da
ereção, além do aumento da libido, e no aumento do vigor na atividade sexual. A
protodioscina, princípio ativo do tribulus, eleva os níveis de dehidroepiandrosterona (DHEA)
no fluxo sanguíneo. O DHEA é um hormônio envolvido no sistema imune e o seu aumento
resulta em uma melhora da auto estima e bem estar. A protodioscina age, também, simulando
a enzima 5-?-redutase, a qual converte a testosterona em dehidrotestosterona (DHT). O DHT
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A importância da atenção farmacêutica no uso do medicamento fitoterápico tribulus terrestris no âmbito da
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possui um importante papel na formação das células sanguíneas e no desenvolvimento
muscular. Isto contribui diretamente com a sensação de bem estar físico e melhora da
circulação de oxigênio pelo corpo.
Quanto ao mecanismo de ação, Josym (2008) diz que provoca vasodilatação na região genital,
o que pode explicar seus efeitos sobre a ereção. Pode aumentar ainda a contagem de
espermatozóides, bem como a sua motilidade, podendo, por isso, ser um auxiliar precioso
para tratar a infertilidade. Ao aumentar as concentração plasmáticas de testosterona, aumenta
também a produção de músculos como efeito anabólico.
No que se refere à espermatogênese, Saudan et al., (2008) diz que a protodioscina estimula as
células germinativas e de Sertoli, aumenta o número de espermatogônias, espermátides sem
alterar o diâmetro dos túbulos seminíferos, resultando no aumento na produção de
espermatozóides. A estrutura química da protodioscina é muito similar à
deidroepiandrosterona (DHEA), um dos mais importantes hormônios do organismo.
Especula-se que a protodioscina possa estimular a produção de DHEA ou possa servir como
um precursor não hormonal da DHEA. A estimulação da protodioscina sobre os níveis de
DHEA pode ainda contribuir para o aumento da fertilidade, como a DEHA tem sido descrita
em vários estudos por ser importante no processo de maturação dos espermatozóides no
epidídimo. Além disso, a conversão de DHEA em testosterona sexuais para a
espermatogênese nos túbulos seminíferos, pode também contribuir como aumento da
fertilidade. Um melhor entendimento acerca da função da DHEA na saúde em geral e
especialmente na reprodução e funções sexuais masculinas também é, por consequência,
importante para um conhecimento mais aprofundado sobre a infertilidade e o seu tratamento.
A protodioscina regula o balanço hormonal do organismo sem intervir nos mecanismos
fisiológicos de regulação hormonal. Com base nos ensaios clínicos realizados, pode-se
concluir que o Tribulus terrestris possui bons resultados no tratamento da perda da libido e no
aumento da espermatogênese (LEMNIS, 2008).
No que diz respeito às precauções e contra indicações, seu uso é contra indicado na presença
de hepatopatias, nefropatias, câncer de próstata, durante a gravidez e lactação. No entanto,
ainda não foram relatadas a intensidade e frequência das reações adversas (GAUTHAMAN;
GANESAN, 2008).
É utilizada em decocção 2-3% das sementes: 100 a 150 mL preferencialmente em jejum;
maceração 1-2%: 250 mL em jejum; extrato fluido (Relação 1:1): Em torno de 10 gotas 1 a 3
vezes ao dia; tintura (Relação 1:10): Em média 20 a 30 gotas ao dia; e, em extrato seco
(cápsulas): 250 a 500 mg 3 vezes ao dia.
Quanto às formulações, têm-se: Ginseng 100 mg, Tribulus terrestris 500 mg, Vitamina E 10
mg, Marapuama 500 mg, Creatina 500 mg, Tribulus terrestris 400 mg, Leucina 100 mg,
Isoleucina 100 mg, Valina 100 mg, Vitamina B6 2 mg (GAUTHAMAN; GANESAN, 2008).
3. Conclusão
O Tribulus terrestris é usado desde os finais dos anos 70 na Europa Ocidental. Uma de suas
propostas é aumentar a liberação do hormônio luteinizante para assim aumentar a produção de
testosterona, a produção de espermatozóides, o aumento do volume ejaculatório e, aumento
da libido.
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Contudo, são escassas as pesquisas que mostram sua eficácia, portanto, faz-se necessário e
importante a atenção farmacêutica nas farmácias de manipulação acerca do Tribulus terrestris
para que este seja realmente usado de maneira correta.
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