A integração da equipe multiprofissional no planejamento cirúrgico como ferramenta para a cirurgia segura Melina Shettinî, Luiza Rojic, Mileide Justo, Adriana Furlan, Lia Romero Introdução O relacionamento entre uma equipe multiprofissional deve acontecer de forma harmoniosa, e para isso, é necessário um trabalho integrado dos profissionais. Neste cenário, a comunicação é elemento essencial, sendo o alicerce das relações interpessoais(2). A qualidade no atendimento dos pacientes submetidos aos diversos procedimentos anestésico-cirúrgicos é devida a atuação de vários profissionais envolvidos no planejamento diário do mapa cirúrgico(1). Objetivos Descrever a experiência vivenciada por uma equipe multiprofissional e a função de cada membro da equipe no processo de planejamento prévio das cirurgias dos dias subsequentes que contribuem para a manutenção da continuidade das informações e o processo de segurança cirúrgica. Método Trata-se de um relato de experiência das ações realizadas pelos diferentes profissionais de um hospital privado do interior do estado de São Paulo para a troca de informações e levantamento das necessidades do dia cirúrgico. Resultados A equipe é composta pelos enfermeiros do Centro Cirúrgico (CC) e Centro de Material e Esterilização (CME); colaboradores do Agendamento Cirúrgico e da Central de Convênios; analista do setor de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) e farmacêutico do CC; sendo a conferência cirúrgica também conhecida como “bate mapa”, realizada no período da tarde. . Ao realizar o agendamento cirúrgico, o colaborador confirma as necessidades relacionadas a equipamentos e materiais especiais. A central de convênios além de confirmar a autorização do procedimento, avalia também os materiais solicitados e repassa para o médico o que foi autorizado e/ou negado para a ciência do mesmo. O analista do OPME verifica as solicitações e o que é necessário solicitar para a empresa, confirmando os prazos e horários de entrega. O farmacêutico confirma os materiais solicitados. O enfermeiro do CC revisa o mapa cirúrgico quanto ao dimensionamento das salas cirúrgicas e equipamentos, verifica as solicitações de UTI, hemoterapia e exames necessários no intraoperatório, necessidade de justificativas dos gastos pós-cirúrgicos, entrega de material fora do horário comercial e a conferência dos materiais já separados pelo OPME. O enfermeiro da CME avalia a quantidade e a especificidade dos instrumentais a serem utilizados em cada cirurgia, a necessidade de reprocessamentos para suprir as cirurgias agendadas e possíveis encaixes de urgência e os materiais especiais entregues para esterilização e os pendentes para chegar, repassando também ao enfermeiro do CC. O Enfermeiro do CC atenta-se a todos esses dados, fazendo uma leitura crítica do mapa cirúrgico para traçar estratégias e planejamentos para a garantia da satisfação dos clientes e segurança do paciente cirúrgico. Conclusão O planejamento do mapa cirúrgico do dia subsequente resulta da interligação de todas as áreas de apoio envolvidas no processo através da continuidade das informações. O gerenciamento do mapa cirúrgico pelo enfermeiro visa assegurar uma assistência para cada paciente e procedimento cirúrgico específico. Qualquer não conformidade durante o processo gera indicadores e são tomadas ações pelo enfermeiro juntamente com a equipe médica e/ou responsáveis pelas áreas de apoio. Todos os resultados assistenciais e econômicos são avaliados continuamente pela gestão do Bloco Cirúrgico.