HISTÓRICO DA NORMALIZAÇÃO

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HISTÓRICO DA
NORMALIZAÇÃO
HISTÓRIA DA NORMALIZAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
A Normalização não é uma atividade moderna. A palavra falada talvez
seja a mais antiga das normas. Se as palavras não possuíssem
significados definidos, não seria possível nos entendermos. Como as
palavras, as letras e os números também são formas de expressões
gráficas normalizadas dentro dos limites de uma extensão territorial na
qual têm a mesma significação.
As ferramentas de pedra do homem pré-histórico apresentam uma
marcante semelhança nos materiais, forma e mesmo nas dimensões. O
mesmo pode ser constatado nos tijolos antigos e em objetos encontrados
em escavações de antigas civilizações. As pirâmides do Egito são
exemplos marcantes de Normalização na antiguidade.
A origem da normalização vem, historicamente, desde as remotas origens
da cultura humana. Nos tempos antigos, a vida da comunidade era
governada pelos costumes e pelas regras comuns, administrada por um
chefe, o que fez surgir os primeiros padrões de vida:
 Costumes e regras comuns (família)
 Linguagem comum
 Escrita figurada
 Símbolos fonéticos
 Roupas e abrigos
 Religião
 Divisão de tempo
 Forma e tamanho dos artigos
 Dinheiro
 Pesos e medidas
 Leis
Com o desenvolvimento das primeiras agremiações humanas, da
produção e do comércio dos artigos para uso comum, surgiu a
necessidade de prescrever regras de ação como definir a forma e o
tamanho desses artigos, o dinheiro e dos pesos e medidas.
Essas normas podem ser encontradas em todos os tempos, entre todos
os povos e seu número aumenta com o progresso da cultura.
2. PRIMÓRDIOS DA NECESSIDADE DE NORMALIZAÇÃO
As normas referentes às medidas foram uma das primeiras que se fizeram
notar, devendo seu início a época em que o homem julgou necessário
estimar dimensões e distâncias para fins de construção de percursos e de
confecção de utensílios e artigos para uso de todas as espécies.
Para tanto, o homem empregava seus membros e seus dedos. Para medir
objetos, empregava unidades como a largura da falange do dedo
indicador, a palma da mão, o palmo, o comprimento do pé, o antebraço e
a distância entre as pontas dos dedos com os braços abertos. Para
distâncias maiores, as unidades eram “um dia de viagem” e passos. Tais
medidas, muito embora aprimoradas para o uso comum dos mais
esclarecidos, permanecem válidas em sua forma original em várias partes
do mundo. A Índia apresenta um exemplo interessante de sistemas de
unidade de medidas como: o grão de cevada, o pêlo de vaca e o pêlo de
carneiro.
Dentre as mais antigas medidas, encontram-se os fragmentos de réguas
egípcias, feitas de basalto, algumas das quais contendo precisas divisões
de até 1,25 cm. Existe também um registro excepcional, na forma de
pintura mural, datada aproximadamente do ano de 3000 AC e que mostra
duas séries de medidas egípcias e capacidade para grãos, vinho e óleo,
cada uma das quais consistindo de quatorze recipientes normalizados.
A necessidade de pesar parece haver surgido muito depois da
necessidade de medir. Dizem os historiadores que a balança foi
primeiramente empregada para pesar metais preciosos para os templos
ou para o Rei e seus Conselheiros.
Existem evidências que na antiga Palestina, as olarias de propriedade do
governo fabricavam vasos normalizados, adequadamente marcados e
certificados, como recipientes legais para o recebimento de impostos
pagos em espécie.
Hoje, identificamos povos inteiros e épocas de cultura pré-histórica por
meio de padrões ou desenhos em fitas ou em cordas localizadas em
urnas para cinzas, vasos para água, etc.
Os estilos de construção das diversas épocas se tornaram característicos
a ponto de definir “normas de discernimento de estilo”. Sob o Faraó
Tutmosis I, aplicam-se já no velho Egito, tijolos uniformes, preparados de
lama do Nilo, para a construção de casas, no formato de 410 x 200 x 130
mm.
A pirâmide de Queóps, construída aproximadamente 2500 anos AC perto
de Gizeh, foi erguida com 2 milhões de pedras de medidas iguais.
Na velha Babilônia, aproximadamente 1700 anos AC, valiam as leis do
Rei Hamurabi. Segundo estas leis, era condenado à morte o construtor de
uma casa se esta casa não fosse erguida apropriadamente (dentro de
normas) e se pelo seu desabamento algum homem viesse a morrer.
Também os romanos possuíam suas normas para tijolos, mas quanto ao
formato, as dimensões variavam nos diferentes períodos de construção,
no comprimento entre 212 mm e 495 mm e na espessura entre 40 mm e
50 mm. Eles conheciam materiais de instalação normalizados, com os
quais os dutos de distribuição de água da antiga Roma foram unificados.
De Frontenius, administrador dos aquedutos ao tempo do Imperador
Nerva no ano 100 da Era Cristã, conhece-se a ordem de somente ligarem
dutos com dimensões normalizadas, no encanamento urbano. A
dimensão do duto representava, principalmente, maior simplicidade no
conhecimento da tarefa para o cálculo da demanda de água. Este método
é muito cômodo pois, através da indicação do tamanho do duto aplicado,
era possível esclarecer problemas técnicos e financeiros.
A dimensão do duto, mais usual, compreendia mais ou menos cinco
espessuras de dedo, algo pouco maior que 95 mm.
Na construção de castelos em seus domínios, os romanos aplicavam
estacas normalizadas.
Quando Gutenberg presenteou o mundo com a impressa, não realizou
isto, ao acaso, sem normalização. Os “tipos” devem ser permutáveis entre
si e de mesma altura para poder fazer um conjunto impresso. Todas as
letras possuem um pequeno entalhe uniformizado para que o tipógrafo
possa, somente ao toque, sentir a letra.
No século XV, os venezianos armaram a sua a frota, entre outras coisas
com mastros, velas, remos e lemes uniformes, para se conseguir que
cada navio, sob as mesmas condições, tivesse o mesmo desempenho e
assim, as frotas, no combate, pudessem estar adaptadas entre si.
Depósitos com peças sobressalentes normalizadas, isto é, com mastros,
velas e lemes uniformizados, permitiam reparos mais rápidos.
3. ORIGEM DA NORMALIZAÇÃO E DA PRODUÇÃO EM SÉRIE
Dentro da concepção moderna, o movimento atual de normalização pode
encontrar suas origens na revolução francesa quando a responsabilidade
pela normalização foi transferida do Governo para os cientistas. A
Assembléia Constituinte Francesa designou oficialmente a Academia
Francesa de Ciências para a tarefa de estabelecer o sistema métrico de
medidas.
Nessa mesma época, ocorreu o surgimento do conceito de produção em
série (em massa) através da intercambialidade de peças. Isto ocorreu nos
Estados Unidos onde, em 1798, o Governo incumbiu um cidadão
chamado Eli Whitney a fornecer dez mil mosquetões dentro de um prazo
de dois anos. Eli Whitney é considerado o precursor do conceito de
produção em massa. Ao final do primeiro ano, apenas 500 mosquestões
foram entregues. O mesmo ocorreu ao findar o segundo ano. As armas
eram confeccionadas por elementos altamente qualificados, cada um
fabricava, ele mesmo, cada uma das diferentes peças que iriam formar
finalmente o produto acabado. Em vista dos fracos resultados obtidos no
cumprimento do seu contrato, Eli Whitney organizou um sistema onde
cada peça podia ser fabricada com precisão, por máquinas diferentes. As
tarefas foram sub-divididas e cada grupo de trabalhadores ocupava-se
com uma determinada operação. Ferramentas para laminação, polimento
e perfuração foram normalizadas. Assim, cada peça fabricada revela-se
idêntica às outras. Finalmente, ao serem montadas todas as peças, elas
se encaixavam perfeitamente. Uma outra vantagem desse sistema é que
também facilitava a substituição de peças gastas, além de estabelecer um
nível de qualidade aos mosquetões. Nasceu assim, o conceito moderno
de normalização e produção em série.
A revolução industrial ou econômica foi precedida e acompanhada pelo
que se pode chamar de revolução mecânica. Iniciada na Inglaterra com a
invenção da máquina a vapor, a sua aplicação na indústria desenvolveu
processos que substituiu a força muscular tornando possível uma
mudança total nos critérios de produção. Foi a época em que as
invenções se sucederam rapidamente. O aperfeiçoamento de máquinas
operatrizes (tornos, frezadoras, plainas, etc) e a evolução da ciência
metalúrgica fornecendo novos metais e ligas para a construção de
máquinas constituíram “marcos” no progresso da indústria mecânica.
Apesar de não serem utilizados ainda métodos científicos relativos à
contabilidade e controle de administração, a necessidade de artífices
puros havia declinado procurando-se desenvolver mais a habilidade dos
operadores de máquinas altamente especializadas.
O progresso industrial introduziu, em escala crescente, a normalização e
produção em massa. As operações industriais passaram a ser feitas de
maneira mais uniforme, reduzidas as rotinas eram subdivididas em
operações elementares, sendo cada uma delas entregue aos cuidados de
máquinas especializadas.
A revolução mecânica permitiu a era do grande investimento e a
organização da indústria em grande escala como resultado do
desenvolvimento organizado e da ciência aplicada. Foi a época de
mudanças sociais e financeiras das condições e negócios humanos.
Estava assim iniciado o processo de desenvolvimento industrial que
continua em evolução até nossos dias.
Em torno de 1839, Sir Josep Whitworth estabeleceu uma rosca para
parafuso padronizada que, ainda hoje, leva seu nome.
Quando da eclosão da I Guerra Mundial, a normalização já havia sido
reconhecida como um processo industrial capaz de garantir a
intercambialidade não só dentro de uma mesma fábrica, como também
entre uma fábrica e outra. Por outro lado, já era reconhecida também a
importância da criação de normas em nível industrial e em nível nacional.
No século XX começou-se a desenvolver um movimento de normalização
em nível internacional. As experiências sofridas durante a I Guerra
Mundial revelaram ainda outras potenciais vantagens da normalização.
Nos Estados Unidos, a Junta de Indústrias alcançou excepcionais
resultados graças a um rígido processo de normalização. As restrições
impostas sobre a variedade de estoques trouxe um substancial aumento
de produção.
Mesmo após a guerra, a normalização mereceu grande apoio nos Estados
Unidos: um Comitê Especial, nomeado por Herbert Hoover, então
presidente das Associações Norte-Americanas de Engenharia, em 1921,
apresentou um relatório segundo o qual a produção das indústrias norteamericanas não era superior a 50% da capacidade máxima possível. Tal
relatório foi amplamente divulgado e debatido. Um movimento de âmbito
nacional em prol da simplificação na indústria teve início através da
Agência de Práticas Simplificadas do Departamento de Comércio dos
Estados Unidos. Tal esforço conjugado resultou em substancial redução
de variedades na faixa de 24 a 98%.
Para citar alguns exemplos, 33 diferentes comprimentos e 44 diferentes
alturas de camas hospitalares foram reduzidas para tão somente 3 tipos;
49 diferentes tipos de garrafas de leite foram reduzidas para 4; 715.200
tipos de rodas de moagem foram reduzidas para 225.800.
Assim foi a Normalização, que teve seu início como mero processo
mecânico, evoluiu e tornou-se um meio para assegurar a
intercambialidade e uma técnica de simplificação e conservação de
recursos e capacidade produtiva.
4. FUNDAÇÃO DA ISO
Diversos debates tiveram lugar acerca da possibilidade de cooperação
internacional, principalmente na área de engenharia mecânica, mas
somente em 1926 foi que alguns dos mais importantes organismos
normalizadores (na época cerca de 20) organizaram uma conferência em
Nova Iorque e decidiram criar a International Federation of the National
Standardizing Associations (ISA). A mecânica, na época, recebia toda a
ênfase, admitindo algum trabalho relacionado com outros problemas como
tamanho de papel, cinematografia e têxteis. Estes documentos eram uma
antecipação da tremenda gama de assuntos que iriam eventualmente
aparecer nas mesas da normalização internacional.
Com a ameaça da guerra aparecendo no final da década de 30, muitos
países retiraram seus representantes e, em 1942, a ISA oficialmente
encerrou suas atividades. Em 1944 o United Nations Standards
Coordinating Committee (UNSCC), consistindo das organizações
nacionais de 18 países aliados, sucedeu à ISA, mas este comitê foi uma
organização que viveu apenas enquanto a guerra durou.
No dia 14 de outubro de 1946, 64 delegados de 25 países reuniram-se em
Londres para tratar de uma nova organização internacional cujo objetivo
seria facilitar a coordenação internacional e a unificação das normas
industriais. Os debates levaram aa criação da ISO – International
Organization for Standardization – e sua primeira assembléia geral teve
lugar em Londres, no dia 24 de outubro de 1946.
A Constituição e as Regras de Procedimentos da ISO foram
unanimemente adotadas pela Assembléia Geral, e foi decidido que ela
começasse a funcionar tão logo saísse a ratificação por parte de 15
organizações normalizadoras nacionais. A 15ª ratificação foi recebida pelo
Secretariado Central em 23 de fevereiro de 1947. Ao mesmo tempo, a IEC
– International Electrotechnical Comission – filiou-se à ISO, preservando
sua autonomia e funciona desde então como uma Divisão da ISO.
Quando a ISO foi criada em 1947, já haviam aproximadamente 150.000
normas nacionais. Conseqüentemente, os esforços foram concentrados
na tentativa de harmonizar essas normas. Nos anos que se seguiram à
guerra, contudo, houve pouco interesse nesse esforço. As normas
nacionais tiveram prioridade e, em muitos países embora o trabalho
internacional tenha sido considerado útil, não foi considerado
indispensável.
Assim sendo, foi somente no princípio da década de 50 que a ISO
começou a andar com passos largos. Ela se concentrou no princípio em
normas básicas de engenharia mecânica, tais como normas de desenho,
de limites e ajustagem, unidades e símbolos; e em normas de produtos
para os componentes mais importantes de engenharia mecânica, a saber:
filetes de rosca, porcas e parafusos, mancais de rolamento,
especificações de aço, entre outras.
Em todos esses campos o desenvolvimento do trabalho foi prejudicado
devido à diferença de práticas nos principais países industrializados.
Essas práticas estavam enraizadas e nenhum país queria mudar suas
normas básicas.
Foi na década de 60 que a normalização internacional realmente tomou
vulto. A revolução nos métodos de transporte contribuiu para um explosivo
crescimento do comércio internacional, mas outras razões também
influíram:
 O desenvolvimento das empresas multinacionais, que encontraram
suas atividades comerciais obstruídas pelo conflito entre normas
nacionais;
 O crescente interesse de autoridades governamentais em uma
plataforma técnica internacional para o desenvolvimento de
regulamentos não conflitantes;
 A criação de institutos de normalização em muitos países, que
compreenderam a necessidade de bases internacionais sadias
para o trabalho nacional;
 O amplo objetivo da ISO, que tem congregado cada vez mais
colaboradores interessados de diferentes grupos, e o não menos
importante movimento dos consumidores;
 O reconhecimento, por parte de outras organizações internacionais,
da necessidade de regras em questões técnicas.
CONSIDERAÇÕES
ORGANIZAÇÕES
SOBRE
A
GESTÃO
DA
QUALIDADE
NAS
Inicialmente a produção de bens e serviços era feita de forma artesanal e a
troca de mercadorias era feita pessoa a pessoa, ou seja, uma pessoa tinha
necessidade de alguma coisa, uma roupa, por exemplo, então ela mesma fazia
para si mesma.
Depois disso, outros precisavam dessa mesma roupa, mas não sabiam fazer.
Em compensação, sabiam fazer outra coisa, utensílios de cozinha, por
exemplo, que o outro necessitava. Eles trocavam então roupas por utensílios
de cozinha. Surgiu então os primeiros resquícios do comércio com o ARTESÃO
como peça chave.
Com o crescimento da sociedade as necessidades foram crescendo e os
artesãos foram se multiplicando em diversas especialidades além de roupas e
utensílios de cozinha para móveis, armas, sapatos, equipamentos de
transporte como carroças, rodas para carroças, ferraduras, ferramentas de
trabalho como martelo, bigorna, enxada, pá, etc.
Esse tipo de “comércio” perdurou por muito tempo e evoluiu com as trocas de
utensílios por alimentos e outros valores.
O que aconteceu depois é que os artesãos melhores que atuavam em grandes
centros urbanos foram sendo demandados por muitos, e ele, sozinho, não dava
conta de tanta encomenda. Para não deixar de atender essa demanda toda,
começou a utilizar ajudantes que auxiliavam na confecção das peças, com o
tempo foram se tornando aprendizes com capacidade de confeccionar peças
inteiras, para finalmente se tornarem também um artesão com a mesma
competência do seu MESTRE. Começava então as primeiras “indústrias” onde
havia um mestre com vários artesãos sob a sua orientação para confeccionar
um determinado tipo de utensílio.
Com a Revolução Industrial, e a multiplicidade de artefatos tendo que ser
fabricados para compor um determinado bem a ser consumido como, por
exemplo, arados, relógios até itens mais complexos como trens e carros.
Com a complexidade na produção de bens de consumo surgiu a necessidade
de ter outro elemento que fizesse a verificação, ao final da produção do bem,
da funcionalidade e da compatibilidade com o que havia sido idealizado
inicialmente – o INSPETOR.
Com a necessidade de fazer não apenas bens mais complexos, mas também
com o aumento da demanda e a necessidade de se produzir uma quantidade
maior, as indústrias necessitavam de mais mestres, artesãos e inspetores. E
como coordenar o trabalho de todo esse pessoal, além das pessoas que
faziam a concepção do bem, comprava o material necessário para a fabricação
e depois ainda vendiam. Era um verdadeiro exército de pessoas com
atividades diferentes, competências específicas e necessidades de orientação
e coordenação determinadas. Foi quando o artesão mais experiente teve de
assumir o papel de coordenador geral ou ADMINISTRADOR do negócio como
um todo. Esse administrador era, em geral, o dono do negócio.
Com o advento da guerra, a necessidade de produção de equipamentos para a
indústria bélica cresceu de repente e as indústrias ligadas direta ou
indiretamente à guerra tiveram que crescer para dar conta dessa demanda
toda.
Com o fim da guerra, a necessidade de reconstrução dos países afetados por
ela e o surgimento de novas necessidades entre os diversos países para suprir
com bens de consumo de toda ordem, a indústria de roupas, equipamentos de
construção civil, transporte, saneamento básico, saúde e outros, cresceu
vertiginosamente.
Para administrar essa “nova” indústria houve necessidade de se aprimorar a
administração com processos de gestão cada vez mais apurados para que os
produtos não apenas tivessem uma concepção de projeto melhor, mas,
também, que a produção dos mesmos fosse tão boa quanto os projetos.
Surgiam então os modernos sistemas de gestão que garantiam a produção de
bens com um padrão uniforme e previsível, de acordo com a sua necessidade.
A partir da 2ª guerra mundial as questões da qualidade foram se destacando
conforme seqüência abaixo
CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSO
CONTROLE DA QUALIDADE
GESTÃO DA QUALIDADE
=> NORMAS DE SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE – normas
canadenses, indústria nuclear, indústria do petróleo, etc
QUALIDADE TOTAL => JAPÃO
COMÉRIO INTERNACIONAL – QUEBRA DE BARREIRAS NÃO TARIFÁRIAS
=> NORMAS INTERNACIONAIS DE GESTÃO DA QUALIDADE – ISO 9000
GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
 NORMAS DE SISTEMAS DE GESTÃO – QUALIDADE, MEIO
AMBIENTE, SEGURANÇA, SAÚDE, RESPONSABILIDADE SOCIAL
 NORMAS SETORIAIS DA QUALIDADE – AUTOMOBILÍSTICA,
TELECOMUNICAÇÕES, PETRÓLEO E GÁS
EXCELÊNCIA EM GESTÃO => PRÊMIOS DA QUALIDADE
PRINCÍPIOS DE
GESTÃO
DA QUALIDADE
Princípios de Gestão da Qualidade
Para conduzir e operar com sucesso uma organização, é necessário
dirigi-la e controlá-la de maneira transparente e sistemática. O sucesso
pode resultar da implementação e manutenção de um sistema de
gestão concebido para melhorar continuamente o desempenho, levando
em consideração, ao mesmo tempo, as necessidades de todas as
partes interessadas. A gestão de uma organização inclui, entre outras
disciplinas de gestão, a gestão da qualidade.
Oito princípios de gestão da qualidade foram identificados, os quais
podem ser usados pela Alta Direção para conduzir a organização à
melhoria do seu desempenho.
1) Foco no cliente
Organizações dependem de seus clientes e, portanto, convém que
entendam as necessidades atuais e futuras do cliente, os seus requisitos e
procurem exceder as suas expectativas.
2) Liderança
Líderes estabelecem unidade de propósito e o rumo da organização.
Convém que eles criem e mantenham um ambiente interno, no qual as
pessoas possam estar totalmente envolvidas no propósito de atingir os
objetivos da organização.
3) Envolvimento de pessoas
Pessoas de todos os níveis são a essência de uma organização, e seu total
envolvimento possibilita que as suas habilidades sejam usadas para o
benefício da organização.
4) Abordagem de processo
Um resultado desejado é alcançado mais eficientemente quando as
atividades e os recursos relacionados são gerenciados como um processo.
5) Abordagem sistêmica para a gestão
Identificar, entender e gerenciar processos inter-relacionados como um
sistema contribui para a eficácia e eficiência da organização no sentido
desta atingir os seus objetivos.
6) Melhoria contínua
Convém que a melhoria contínua do desempenho global da organização
seja seu objetivo permanente.
7) Abordagem factual para tomada de decisão
Decisões eficazes são baseadas na análise de dados e informações.
8) Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores
Uma organização e seus fornecedores são interdependentes, e uma
relação de benefícios mútuos aumenta a habilidade de ambos em agregar
valor.
Estes oito princípios de gestão da qualidade formam a base para as
normas de sistema de gestão da qualidade na família ABNT NBR ISO
9000.
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