AVALIAÇÃO DA AÇÃO DO EXTRATO BRUTO E DAS FRAÇÕES HEXANO E N-BUTANOL DOS FRUTOS DE BROMELIA ANTIACANTHA NA RESPOSTA INFLAMATÓRIA ALÉRGICA PULMONAR BREHMER, Juliane Seleme; HOPF, Fernanda; HESS, Sarai; BIAVATTI, Maique; STEIL, Ana Angelica. Curso: Farmácia Campus: Canoinhas Fonte financiadora: FAPESC Email: [email protected] RESUMO A Bromelia antiacantha, conhecida por banana-do-mato e caraguatá, é uma planta com grande potencial de uso, pois apresenta propriedades alimentícias, ornamentais e industriais. Os frutos maduros da planta são usados na medicina popular para tosse, bronquite e asma. O objetivo foi avaliar a resposta imunológica: verificar se o tratamento dos camundongos com o extrato bruto e as frações altera a produção de citocinas, por animais submetidos à reação alérgica pulmonar. Os resultados nos permitem concluir que o tratamento com o extrato bruto reduz a liberação de IFN-γ enquanto que o tratamento com as frações hexano e n-butanol reduz a liberação de IL-2 no espaço broncoalveolar, mostrando que o efeito inibitório dos frutos da Bromélia no desenvolvimento da pneumonite alérgica em camundongos se deve, pelo menos em parte, a redução da produção destas citocinas. As substâncias presentes na sub-fração acetato de etila, obtida a partir da fração hexano do extrato bruto da B. antiacantha, reduziram a inflamação alérgica pulmonar em intensidade similar à observada no tratamento com a fração hexano total. Contudo, observa-se algumas discrepâncias entre o tratamento com a fração hexano e a sub-fração acetato de etila, quais sejam: o tratamento com a fração hexano aumentou o número de neutrófilos no lavado bronco alveolar- LBA enquanto que a sub-fração acetato de etila não alterou; o tratamento com a fração hexano reduziu o número de eosinófilos sanguíneos sem alterar o número dos demais leucócitos enquanto que a sub-fração acetato de etila não alterou o número de eosinófilos sanguíneos e reduziu o número total de linfócitos. A redução no número de linfócitos sanguíneos pode indicar uma imunossupressão mais geral e não somente uma redução na resposta de hipersensibilidade. Conclui-se que a sub-fração acetato de etila mostra-se tão eficiente quanto a fração hexano em reduzir a inflamação alérgica pulmonar, porém a fração hexano mostra-se mais interessante e esta deve ser explorada nos estudos subseqüentes.