Experiência Movimento de um pêndulo 2 Muitos objectos experimentam movimentos de vaivém ao longo de uma direcção. Um pêndulo a oscilar, uma bola lançada verticalmente de baixo para cima, são exemplos típicos. Os gráficos da posição em função do tempo e do valor da velocidade em função do tempo para tais objectos têm diversas características comuns. Nesta experiência poderemos observar objectos que sofrem variações de velocidade durante o movimento de vaivém. A análise e a comparação de gráficos correspondentes a esse tipo de movimentos, permite clarificar alguns conceitos cinemáticos. Nesta experiência será usado um Sensor de Movimento para observar o movimento de vaivém de um pêndulo gravítico simples. Outras situações que poderiam ser igualmente estudadas são: • • • • • Um carrinho a subir e a descer um plano inclinado. Um aluno a saltar. Uma massa a oscilar na extremidade de uma mola elástica. Uma bola lançada verticalmente para cima. Um ió-ió. OBJECTIVOS Analisar qualitativamente o movimento de vaivém de alguns objectos. Analisar esses movimentos a partir do estudo dos gráficos correspondentes. • Usar os gráficos para catalogar objectos que apresentam o mesmo tipo de movimento. • • MATERIAL NECESSÁRIO Calculadora Gráfica TI-83 Plus ou superior CBR (Sensor de Movimento) Cabo de ligação Fita métrica Pêndulo gravítico com suporte Material estativo QUESTÕES PRÉVIAS 1. Conhece outros objectos com movimento de vaivém idêntico ao do pêndulo? Como varia a sua posição ao longo do tempo? 2. Qual a forma do gráfico do valor da velocidade em função do tempo para qualquer objecto que tenha aceleração constante? 3. O movimento do pêndulo terá aceleração constante? Porquê? 4. Considere uma bola que é lançada de baixo para cima. Ela sobe até a uma altura máxima, muda de sentido e inicia um movimento de queda. Qual a aceleração da bola durante a subida? Qual a sua aceleração quando atinge a altura máxima? Qual a sua aceleração durante a descida? Física com a Calculadora 2-1 Experiência 2 SOFTWARE A calculadora deve ter o programa RANGER instalado. Ligue a calculadora e pressione a tecla APPS; escolha a opção CBL / CBR e, de seguida o programa RANGER. Caso o programa não conste na lista (após efectuar a ligação da calculadora ao CBR), pressione em sequência as teclas 2nd e LINK; com as setas de navegação, seleccione a opção RECEIVE e pressione a tecla ENTER: surgirá a mensagem WAITING... Erga a cabeça giratória do CBR e pressione a tecla correspondente ao modelo da sua calculadora; aguarde a transferência da aplicação para a calculadora. Esta operação só tem de ser realizada na primeira utilização. PROCEDIMENTO Durante esta actividade ser-lhe-á pedido que preveja a forma dos gráficos de x = f(t) e v = f(t) e, em seguida, efectue a recolha de dados correspondente. O Sensor de Movimento define a origem de um sistema de coordenadas em que o eixo das abcissas é perpendicular à superfície frontal do detector. Use este sistema de coordenadas nos seus esboços. Após a recolha de dados, imprima ou desenhe os gráficos obtidos para posterior análise. Pêndulo gravítico simples 1. Ligue o CBR à calculadora gráfica; empurre firmemente ambas as extremidades do cabo para efectuar a ligação. 2. Ligue a calculadora e execute o programa RANGER. 3. No MAIN MENU seleccione SETUP/SAMPLE e faça ENTER. É apresentado o ecrã SETUP; por defeito está seleccionado o estudo da variação da distância com o tempo e um intervalo de recolha de dados de 15 s, que poderá alterar se for conveniente. Seleccione REAL TIME = NO (caso contrário não poderá, mais tarde, aceder a outros tipos de gráficos). Usando as teclas e coloque o cursor em START NOW e prima ENTER. Prepare a actividade. 4. Fixe o Sensor de Movimento perto de um pêndulo com cerca de 50 cm de comprimento. O Sensor deve ficar ao nível da esfera do pêndulo e a cerca de 1 m de distância da mesma, quando o pêndulo se encontra em repouso. A esfera nunca deve aproximar-se do CBR a uma distância inferior a 0,5 m. 2-2 Física com a Calculadora Movimento de um Pêndulo 5. Esboce os gráficos que prevê para a posição em função do tempo e para o valor da velocidade em função do tempo, correspondentes a uma oscilação completa do pêndulo no seu movimento de vaivém. Despreze o pequeno movimento vertical da esfera e meça as distâncias apenas ao longo de uma linha horizontal, no plano de oscilação do pêndulo. Com base na forma do gráfico de v = f(t), acha que a aceleração vai ser ou não constante? Porquê? Mudará de sentido? Haverá algum ponto em que a aceleração se anula? 6. Desloque a esfera do pêndulo cerca de 5 cm em relação à sua posição de equilíbrio e solte-a, para iniciar o movimento. 7. Na calculadora, prima ENTER para iniciar a recolha de dados. Surgirá a mensagem TRANSFERRING... 8. Observe o gráfico que surge no ecrã da calculadora. Se não for satisfatório, poderá ser necessário ajustar a posição do Sensor de Movimento em relação à esfera do pêndulo. Para obter novos dados, prima ENTER, em seguida seleccione REPEAT SAMPLE e prima ENTER . 9. Visione também o gráfico do valor da velocidade em função do tempo. Para isso, prima ENTER , seleccione VEL-TIME e prima novamente ENTER . ANÁLISE Pêndulo gravítico simples 1. Imprima ou desenhe os gráficos da posição em função do tempo e do valor da velocidade em função do tempo para uma oscilação completa do pêndulo. Compare-os com as suas previsões e comente as eventuais diferenças. 2. A aceleração manteve-se constante ou variou? Como pode afirmá-lo? 3. A velocidade anulou-se em algum ponto do movimento? Justifique. 4. A aceleração anulou-se em algum ponto do movimento? Justifique. 5. Onde se encontrava a esfera do pêndulo quando a aceleração tinha o valor máximo? SUGESTÕES 1. Determine o período do movimento de vaivém do pêndulo, a partir dos gráficos obtidos. Compare esse valor com o intervalo de tempo de recolha de dados: quantas oscilações completas foram detectadas? 2. Varie a amplitude máxima do ângulo de oscilação e determine o período. Tire conclusões do respectivo valor quando a amplitude é pequena (até cerca de 10º). 3. Faça variar o comprimento do pêndulo e investigue a eventual influência desta variável no período do movimento (não se esqueça de reajustar, em cada caso, a posição do sensor). Nota: Atenda à conclusão tirada em 2 para ajustar a amplitude máxima das oscilações. Física com a Calculadora 2-3