191 - BVS MS - Ministério da Saúde

PROJETO NASCER
ANO VI - Nº191 - QUARTA
SEMANA
DE
NOVEMBRO
DE
2002
AMPLIADO DIAGNîSTICO DE HIV E
SêFILIS NAS MATERNIDADES DO SUS
O Ministério da Saúde está investindo cerca de R$ 17 milhões em um novo
projeto de atendimento às parturientes, com o objetivo de aumentar a cobertura do
tratamento da aids e da sífilis nas maternidades e, dessa forma, evitar que as mães
passem o vírus das duas doenças para o bebê. Batizado de “Projeto Nascer”, a
iniciativa amplia a cobertura do Programa de Humanização do Pré-natal e
Nascimento, garantindo a realização do teste rápido do HIV e sífilis em mulheres
que não fizeram os exames no pré-natal da rede do Sistema Único de Saúde
(SUS). Descrito na PORTARIA Nº 2.104, o Projeto Nascer foi lançado pelo ministro Barjas Negri no último dia 18 de novembro.
Estimativas calculam que no Brasil existem cerca de 17,2 mil gestantes
com o HIV. No entanto, o tratamento das parturientes com AZT ainda não
chega a 6 mil casos por ano. O objetivo do Projeto Nascer é testar 100%
das parturientes que não realizaram testes anti-HIV anteriormente. Além
disso, visa garantir todos os procedimentos médicos que impedem a transmissão do vírus da mãe para o bebê nos três momentos em que isso pode
ocorrer: na gravidez, no parto ou na amamentação.
PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL NO ÚLTIMO DIA 21 DE NOVEMBRO
FUNCIONAMENTO DO PROJETO NASCER
Na primeira fase do projeto, o Ministério da
“No longo prazo, a solução definitiva para
Saúde comprará 300 mil testes rápidos anti-HIV,
esses problemas está em todas as mães fazendo
10.320 ampolas de inibidor de lactação e cerca
pelo menos seis consultas pré-natal durante a
de 210 mil latas de leite em pó (fórmula infantil), o
gravidez. Além disso, o nosso objetivo é que o SUS
que vai garantir a alimentação e nutrição destas criofereça um pré-natal com cada vez mais qualianças expostas ao HIV. As parturientes cujos testes
dade”, afirmou Paulo Teixeira, coordenador nacioderem positivo serão tratadas com AZT injetável
nal do programa DST/Aids.
durante o trabalho de parto e tomarão o hormônio,
Além dos kits de teste rápido, testes para sífilis,
para secagem do leite. As crianças receberão o
injeções de hormônio e leite, o Projeto Nascer
leite em pó (fórmula infantil) nos primeiros seis meses
prevê o treinamento de cerca de 40 mil profissiode vida e xarope de AZT durante seis semanas.
nais de saúde em todo o país. Haverá ainda uma
Com esses procedimentos, o risco de transmissão
campanha de esclarecimento voltada para estes
do HIV para o bebê pode ser reduzido de 25%
profissionais de maternidades e de pré-natal e gespara cerca de 2%.
tantes, com cartilhas, cartazes, vídeo e placas de
Já o controle da sífilis requer procedimento mais
identificação das cerca de 400 maternidades que
simples. O teste VDRL será feito no pré-natal e no
fazem parte do projeto.
parto, e se der positivo, exigirá um novo teste
confirmatório. Mãe, pai e criança passam
PRINCIPAIS A‚ÍES DO PROJETO NASCER
então a ser tratados com penicilina. O
n campanha informativa para profissionais e gestantes
Projeto Nascer visa estimular que o teste
n treinamento de médicos e enfermeiros
da sífilis seja feito o mais cedo possível,
n oferta de testes rápidos para HIV e testes confirmatórios
pois o risco para a criança está no diagde sífilis para todas as gestantes de maternidades do SUS
nóstico tardio da doença materna, que
n tratamento com AZT da parturiente e da criança
pode provocar abortos, má formação do
n inibição da lactação, por meio da aplicação de horfeto e complicações no parto. Se a crimônio
para secagem do leite das mães soropositivas
ança não for tratada, poderá desenvolver
n
fornecimento
da alimentação (fórmula infantil) para a
cegueira, surdez, retardamento mental e
criança, até completar seis meses de idade
outras anomalias físicas. A prevalência da
n acompanhamento da mãe e do bebê em serviços
sífilis em gestantes brasileiras é de cerca
especializados
de 60 mil casos – 2% dos 3 milhões de
partos feitos anualmente pelo SUS.
TRANSMISSÌO VERTICAL
CAIU 30% DESDE 1999
Com o diagnóstico precoce do HIV nas maternidades e no
pré-natal, os casos de aids pediátrica já caíram quase 30%
desde 1999. Naquele ano, foram notificados 706 casos de
transmissão vertical. Em 2000, os registros caíram para 511
casos. Essa queda deve-se a um maior estímulo para o teste no
pré-natal e à disposição de testes rápidos, a partir de 2001,
nas principais maternidades do país.
R$ 17 MILHÍES EM
INVESTIMENTOS NO PROJETO NASCER
OBJETO
CUSTO (R$)
12,9 MILHÕES
TESTE RÁPIDO DO HIV PARA
1,6 MILHÃO DE PARTURIENTES/ANO
TESTES CONFIRMATÓRIOS DA SÍFILIS PARA
120 MIL
50 MIL PARTURIENTES/ANO
INIBIDOR DE LACTAÇÃO PARA
38 MIL
17 MIL PARTURIENTES COM AIDS/ANO
LEITE EM PÓ PARA RECÉM-NASCIDOS
2,4 MILHÕES
CAMPANHA DE SENSIBILIZAÇÃO PARA
200 MIL
FAZEM PARTE DO PROJETO NASCER CERCA DE 400 MATERNIDADES DE
TODO O PAêS. A ESCOLHA LEVOU EM CONTA OS CASOS DE AIDS EM GESTANTES
E RECƒM-NASCIDOS NOS MUNICêPIOS COM MAIOR PREVALæNCIA DE AIDS
E O NòMERO DE PARTOS REALIZADOS NA INSTITUI‚ÌO (A PARTIR DE 500
PARTOS/ANO). INTERMEDIADA PELAS COORDENA‚ÍES DE DST E AIDS
NOS ESTADOS, A ADESÌO DAS MATERNIDADES FOI VOLUNTçRIA E
ADEQUADA ËS NECESSIDADES ASSISTENCIAIS DEFINIDAS PELO GESTOR LOCAL.
PROFISSIONAIS DE SAÚDE E GESTANTES
CAPACITAÇÃO DE
1,5 MILHÃO
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
FORAM REGISTRADOS
61.334
CASOS DE AIDS EM MULHERES ATÉ MARÇO
25%
(237.538).
53,7%
20 34
DESTE ANO, O QUE REPRESENTA CERCA DE
COM AS AÇÕES DO
DE TODAS AS NOTIFICAÇÕES
PROJETO NASCER,
O
MINISTÉRIO DA
DESSE TOTAL,
SAÚDE ESPERA REDUZIR
NOVAS TRANSMISSÕES
MULHERES DE
SÃO
A
ANOS.
EM PELO MENOS
NO QUE DIZ RESPEITO À PREVENÇÃO.
NOS PRÓXIMOS
DIVISÃO
JORNALISMO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
SOCIAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE - ISSN 1519-9959
É UMA PUBLICAÇÃO SEMANAL DA
DE
O PROJETO NASCER
REPRESENTA MAIS UMA ETAPA NESTE SENTIDO, AO
PROPORCIONAR UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL ÀS NOSSAS CRIANÇAS.
ministro Barjas Negri
SEIS MESES.
INFORME SAÚDE
“
“
80%
O SUS TEM AVANÇADO EM VÁRIAS ÁREAS E OS PASSOS
DADOS SÃO MUITO SEGUROS E CONSISTENTES, PRINCIPALMENTE
COORDENAÇÃO EDITORIAL
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