Doenças de Transmissão vertical no Brasil Material de consulta em

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Epidemiologia IV- Vigilância Epidemiológica
Doenças de Transmissão vertical no Brasil
Material de consulta em sala de aula - 2016
Prof.ª Sandra Costa Fonseca
Sumário
Infecções de transmissão vertical
1
Recomendações do pré-natal
2
Investigação e prevenção da sífilis congênita
4
Investigação e prevenção infecção pelo HIV
8
Investigação e Prevenção da Hepatite B
12
Investigação e prevenção de toxoplasmose
14
Prevenção da Síndrome da rubéola congênita
15
Desafios: Citomegalia e zika
16
Prevenção tétano neonatal
17
Referências
18
1
Infecções transmissíveis verticalmente:
Gilbert , 2004
No Brasil, acrescentar:
Zika vírus e outras arboviroses
Malária
Tuberculose
Doença de Chagas
2
Recomendações do Ministério da Saúde – PRÉ-NATAL
Infecções transmitidas verticalmente:
Em relação à prevenção e às ações a serem tomadas quanto às infecções, são
consideradas eficazes as investigações para:
• Sífilis: nos casos positivos, tratar a mulher e seu(s) parceiro(s) para evitar a evolução
da doença e a sífilis congênita e orientar sobre os cuidados preventivos;
• HIV/Aids: oferecer a realização do teste anti-HIV, com aconselhamento
pré e pós-teste. Em caso de teste negativo, orientar para os cuidados
preventivos e, em casos positivos, prestar esclarecimentos sobre os
tratamentos disponíveis e outras orientações para o controle da infecção
materna e para redução da transmissão vertical do HIV;
• Rubéola e hepatite B: nos casos negativos, providenciar a imunização prévia
à gestação;
• Toxoplasmose;
• Para as outras DST, nos casos positivos, instituir diagnóstico e tratamento no
momento da consulta (abordagem sindrômica) e orientar para sua prevenção.
Rede Cegonha – recomendações de testes rápidos:
Recomenda-se que todas as gestantes realizem teste rápido (TR) para HIV na primeira
consulta, ou no primeiro trimestre de gestação. As gestantes cujos resultados sejam
reagentes para o HIV devem ser encaminhadas para o seguimento ao pré-natal em
serviços de atenção especializada em DST/aids de referência. Em caso de resultado
não reagente, recomenda-se a testagem para HIV no terceiro trimestre, segundo o
Caderno de Atenção Básica nº 32 de Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco.
Recomenda-se que todas as gestantes realizem teste rápido (TR) para HBV na
primeira consulta, ou no primeiro trimestre de gestação, ou quando iniciarem o prénatal. Gestantes diagnosticadas com infecção pelo HBV devem ser encaminhadas para
unidades obstétricas que assegurem a administração de vacina e da imunoglobulina
específica para o vírus da hepatite B (HBIg) ao RN.
Recomenda-se também que todas as gestantes realizem teste rápido (TR) para sífilis
na primeira consulta do pré-natal, idealmente no primeiro trimestre da gravidez, no
início do terceiro trimestre (28ª semana), no momento do parto (independentemente
de exames anteriores) e em caso de abortamento. Quando o TR for utilizado como
triagem nos casos reagentes, uma amostra de sangue deverá ser coletada e
encaminhada para realização de um teste não treponêmico. Em caso de gestante, o
tratamento deve ser iniciado com apenas um teste reagente, treponênico ou não
treponêmico, sem aguardar o resultado do segundo teste.
3
Solicitação de exames no pré-natal
Obs: também já está disponível teste rápido para hepatite B
Testes rápidos na maternidade:
Os TR também devem ser indicados na admissão para o parto e, em último caso,
no puerpério, em situações especiais:
Gestante sem pré-natal;
Gestante não testada durante o pré-natal;
Gestante que não dispõe de resultado do teste (ou do registro do resultado no
cartão de gestante);
Gestante não testada e/ou sem resultado do segundo teste, no último
trimestre de gestação;
Gestante que se encontre em situação de risco acrescido ( mulher HIV-soronegativa
com parceiro infectado; profissional do sexo; usuária de álcool e outras drogas; troca
de parceiro durante a gestação; infecção sexualmente ransmissível (IST) durante a
gestação, ou parceria sexual com IST; imigrante de região de alta prevalência de HIV;
infecção por tuberculose, independentemente do tempo transcorrido desde a
realização do último teste anti-HIV.
4
Vigilância de doenças de transmissão vertical no pré-natal
1. Investigação e prevenção da sífilis congênita
5
Tratamento da sífilis NA GESTANTE
6
Tratamento da Sífilis CONGÊNITA
7
Algoritmo para tratamento de RN com sífilis congênita – adaptado de Diretrizes para o controle de sífilis congênita (2006).
8
2. Investigação e prevenção infecção pelo HIV
▼
Iniciar profilaxia/Tratamento segundo esquemas atualizados
9
Terapia antirretroviral (TARV) em gestantes - Recomendações
Na sala de parto:
10
Conduta na gestante sem pré-natal ou sem teste HIV
11
Criança exposta ao HIV
- AZT por via oral durante seis semanas
Começar nas primeiras 8 h de vida
2 mg/kg/dose, a cada 6h
AZT xarope – 10mg/ml
(controlar hemoglobina antes e depois do tratamento)
Para os bebês cuja mãe NÃO recebeu antirretroviral na gravidez/parto:
- AZT por via oral durante seis semanas
- Acrescentar nevirapina (NVP) ao AZT para o recém-nascido
3 Doses na 1ª semana de vida
12mg (1,2ml) por dose via oral
1ª dose nas primeiras 48h
2ª dose 48h após 1ª dose
3ª dose 96h após 2ª dose
* Crianças com peso ≤ 2kg e/ou ≤35 semanas de IG, dosagens
individualizadas para AZT e NVP
12
3. Investigação e Prevenção da Hepatite B
Duas propostas para iniciar a investigação:
Checando inicialmente o status vacinal:
1)
2)
Suspender vacinação
encaminhar ao
especialista.
Manter esquema vacinal e
encaminhar ao especialista
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Ou começando diretamente com exame do HBsAg
Recomendação para todos os RN
Todos os RN devem ser vacinados com a primeira dose da vacina anti-hepatite B nas
primeiras 12 h de vida, independentemente do status sorológico da mãe.
A segunda e a terceira dose serão, aplicadas respectivamente, com 1 mês de vida e aos
seis meses.
RN de mãe HBsAg +
14
4. Investigação e prevenção de toxoplasmose
15
5. Prevenção da Síndrome da rubéola congênita
Checar esquema vacinal na adolescência e no caso de planejamento de gravidez.
São necessárias duas doses da vacina para considerar proteção eficaz.
Esquema completo atual: Uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e
uma dose de reforço agregada à vacina da varicela (tetraviral) aos 15 meses.
Caso a mulher chegue à idade fértil sem vacinação correta, deverá receber/completar
duas doses da vacina tríplice viral.
16
Desafios em transmissão vertical
6. Citomegalovírus
•
•
•
•
•
•
Rastrear ou não na gestante?
Transmissão vertical mais frequente na Infecção primária, mas é possível na
secundária.
Prevalência pode ser elevada, 5/1000 nos países de alta renda e 10/1000 NV nos
países de baixa/média renda
Poucos estudos no Brasil - Prevalência 10/1000 NV?
Infecção congênita sintomática: ± 1,0/1000 NV
Causa de surdez em crianças
7. Infecção pelo vírus Zika
17
8. Prevenção tétano neonatal
18
Referências
Gilbert GL. Infections in pregnant women. Med J Aust. 2002 4;176(5):229-36.
Fundação March of Dimes. Centro Latinoamericano de Perinatologia, Saúde da Mulher y
Reprodutiva. Infecções perinatais transmitidas de mãe para filho durante a gravidez.
Montevideo; 2010. 58 p. (CLAP/SMR. Publicação Cientifica, 1567-3).
de Jong EP, Vossen AC, Walther FJ, Lopriore E. How to use... neonatal TORCH testing. Arch Dis
Child Educ Pract Ed. 2013 Jun;98(3):93-8.
Romanelli RMC et al. Abordagem neonatal nas infecções congênitas – toxoplasmose e sífilis.
Rev Med Minas Gerais 2014; 24(2): 202-215.
Cannon MJ et al. Universal newborn screening for congenital CMV infection: what is the
evidence of potential benefit? Rev Med Virol. 2014 Sep;24(5):291-307.
França GV et al. Congenital Zika virus syndrome in Brazil: a case series of the first 1501
livebirths with complete investigation.Lancet. 2016. pii: S0140-6736(16)30902-3.
Simões R et al. Zika virus infection and pregnancy. Rev Assoc Med Bras. 2016 Apr;62(2):108-15.
Ministério da Saúde:
Recomendações para profilaxia da transmissão vertical do HIV e terapia antirretroviral em
gestantes. Disponível em:
http://www.aids.gov.br/sites/default/files/consenso_gestantes_2010_vf.pdf
Diretrizes para o Controle da Sífilis Congênita. Manual de bolso. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_sifilis_bolso.pdf
Pré-natal e puerpério. Atenção qualificada e humanizada , 2006.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pre_natal_puerperio_3ed.pdf
Recomendações para Terapia Antirretroviral em Crianças/ Adolescentes Infectados pelo HIV
http://www.aids.gov.br/sites/default/files/consenso_pediatrico.pdf
Nota técnica 388/2012 - Introduzir a nevirapina (NVP) ao esquema de quimioprofilaxia da
transmissão vertical do HIV para recém-nascidos de mães com HIV/aids que não receberam
antirretrovirais na gestação.
http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/legislacao/2012/52297/nota_t_cnica_388_
2012_11324.pdf
Protocolo de investigação de transmissão vertical. 2014
http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2014/56592/tv_2_pdf_18693.p
df
Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para prevenção da transmissão vertical de HIV,
sífilis e hepatites virais, 2015/2016
http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2015/58572/pcdt_transmissao_
vertical_miolo_pdf_67895.pdf
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