HISTÓRIA PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br © 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor] 696 p. ISBN: 978-85-387-0574-1 1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título. CDD 370.71 Disciplinas Autores Língua Portuguesa Literatura Matemática Física Química Biologia História Geografia Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima Bezerra Fábio D’Ávila Danton Pedro dos Santos Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba Costa Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. Saquette Edson Costa P. da Cruz Fernanda Barbosa Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério Fernandes Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa Silva Duarte A. R. Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Domínio público. Expansão marítima europeia e o Mercantilismo EM_V_HIS_004 Navegar o Atlântico era aventurar-se no “mar Tenebroso”, era dar um salto no desconhecido: monstros e seres fantásticos eram alguns dos perigos esperados. ... E o mundo era quadrado, na visão dos navegadores daquela época, com monstros marinhos que devoravam os navios sem piedade. A crise do Feudalismo foi o grande motivo que levou os povos europeus a buscarem novas áreas comerciais. Merece destaque uma nova classe recém-surgida chamada de burguesia, responsável pela aliança com o rei e a promoção da formação das chamadas monarquias nacionais, consolidando o poder centralizado e acabando de vez com o Sistema Feudal da Idade Média. Havia muita necessidade de descoberta de ouro e prata (metais preciosos), e também de terras cultiváveis para o fornecimento de alimentos para a população européia, que estava em fase de crescimento. Para acabar com o monopólio das especiarias orientais, dominadas pelas cidades italianas, Portugal e Espanha iniciaram suas aventuras para além do mar Tenebroso (Oceano Atlântico) em busca do caminho marítimo para as Índias, com objetivo de comprarem as especiarias por um preço mais barato do que o praticado pelas cidades italianas. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 1 IESDE Brasil S.A. O Pioneirismo Português 2 A expansão marítima exigia grandes recursos financeiros por parte dos Estados nacionais, daí a grande participação da classe burguesa aliada ao rei neste episódio. Portugal foi o primeiro Estado a se consolidar politicamente, isto é, centralizou o seu poder nas mãos de um rei, tendo destaque para a Revolução de Avis ( 1383– 1385 ) D. João de Avis iniciou a Dinastia de Avis e efetivou a expansão marítima portuguesa. Portugal tinha uma posição geográfica privilegiada em relação às demais nações. É importante ressaltar que esse país chegou a conquistar a região de Ceuta, no ano de 1415, dominando a outra extremidade do Estreito de Gibraltar, ou seja, a entrada e a saída do mar Mediterrâneo, principal rota comercial da época. Portugal conseguiu acumular um grande capital e, principalmente, experiência na arte de navegação. Não podemos esquecer da chamada Escola de Sagres, centro de excelência na arte de navegação lusitana. A Escola jamais existiu como instituição fixa. Criada pelo Infante Dom Henrique, ela existia na prática, dentro das próprias embarcações. A Escola de Sagres foi responsável em acelerar o processo de desenvolvimento das cartas cartográficas, astrolábio, bússola, e das próprias embarcações (técnicas navais). O objetivo principal de Portugal era descobrir uma rota marítima para a Índia, a fim de comprar as especiarias a um preço menor, objetivo este alcan- Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_004 Expansão Marítima Portuguesa. çado por Vasco da Gama no ano de 1498, quando atingiu a cidade de Calicute. A expansão marítima promoveu a exploração econômica das regiões litorâneas do continente africano. Os interesses mercantis portugueses estavam diretamente associados ao caráter de dominação territorial. A descoberta de ouro e o comércio de marfim naquela região, além do tráfico de escravos, fortalecia o interesse português pelo litoral africano, e também a preocupação dos lusitanos de manter o controle daquela região contra possíveis invasores. Esta região foi denominada de Périplo Africano. Lá foram criadas feitorias (pequenas fortificações que serviam de armazéns para a realização de comércios entre produtos, tráfico de escravos e a obtenção de ouro). IESDE Brasil S.A. O caso espanhol EM_V_HIS_004 Expansão Marítima Espanhola. A expulsão dos mouros (muçulmanos) da Península Ibérica, denominou-se Guerra da Reconquista (Granada – último reduto muçulmano), consolidando o Estado Nacional de Granada (atual Espanha). De acordo com a explicação mais tradicional sobre o “descobrimento” da América, no ano de 1492, Cristovão Colombo tentou provar que a Terra era redonda, indo para as Índias pelo Ocidente. No meio do trajeto esbarrou numa grande porção de terras, que mais tarde receberia o nome de América, graças ao navegador chamado Américo Vespúcio (1498). Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 3 papa Alexandre VI (espanhol). No ano de 1493, surgia a chamada bula intercoetera, que dividia o mundo recém-descoberto entre Portugal e Espanha. A bula delimitou que ficaria a 100 léguas a Oeste da ilha de Cabo Verde a divisão das terras entre Portugal (leste) e a Espanha (oeste). Portugal não aceitou este acordo, pois não passava pelo Novo Mundo esta linha imaginária. Logo, foi criado no ano seguinte (1494) um novo tratado, o Tratado de Tordesilhas. IESDE Brasil S.A. No caso da expansão marítima espanhola, as áreas americanas não possuíam as famosas especiarias, porém lá foram descobertas fontes de metais preciosos, ouro e prata. A agricultura voltou-se, num primeiro momento, para a subsistência, já que os metais preciosos eram mais importantes para a Metrópole espanhola. Portugal, achando-se prejudicado pela descoberta por parte dos espanhóis de um Novo Mundo, forçou a Espanha a assinar um acordo mediado pelo concedendo a Portugal a região das Molucas e, à Espanha, as regiões a oeste do meridiano (Filipinas). Os casos inglês, francês e holandês Esses países só começaram as suas expansões após saírem de respectivas guerras das quais participavam. A Inglaterra e a França estavam envolvidas na chamada Guerra dos Cem Anos, que só terminou no ano de 1453. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_004 4 Logo após a delimitação das terras ocidentais do Novo Mundo entre Espanha e Portugal, a primeira observou a necessidade de delimitar também os limites territoriais da região oriental tomando como base a Insulíndia e Cipango (parte da Oceania e Japão, respectivamente). A partir deste ponto delimitou-se o Tratado de Saragoça (1529) que determinava a divisão daquela terra entre Portugal e a Espanha. Esse tratado traçava um meridiano de 17 graus a leste daquelas ilhas, A região que atualmente pertence à Holanda, pertencia a Espanha, e somente veio a conseguir sua liberdade política no ano de 1609, com o nome de República das Províncias Unidas. Temos que destacar que a Holanda foi responsável pela criação da Companhia das Índias Ocidentais no ano de 1621, visando dominar o comércio marítimo e, principalmente, participar ativamente do refino e frete do açúcar brasileiro. Os ingleses e franceses fixaram-se na América do Norte, e lá fundaram colônias de povoamento e de exploração. Falaremos destas colônias mais à frente, em tópicos exclusivos das colonizações. O rei Francisco I da França contestou o Tratado de Tordesilhas, dizendo que não existia nada disso no “testamento de Adão”, ou seja, a divisão do Novo Mundo entre somente Portugal e a Espanha. No período da expansão marítima houve grandes transformações dentre as quais se destacam: •• Mudança do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico. •• Incorporação de novas terras, América, litoral africano, rotas para a Ásia. •• Declínio das repúblicas italianas de Gênova e Veneza que detinham o monopólio comercial junto aos árabes do comércio das especiarias vindas da Índias. •• Ascensão das potências mercantis (Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda). •• Desenvolvimento do tráfico de escravos. •• Imposição dos valores europeus (europeização) sobre os povos considerados “primitivos” das áreas conquistadas (duelo entre a civilização e a barbárie). EM_V_HIS_004 Mercantilismo O Mercantilismo foi uma política econômica do período de transição do Feudalismo para o Capitalismo (XV – XVIII), totalmente voltada para o controle do Estado na economia vigente de cada país. Organizouse segundo os interesses mercantis e artesanais dos habitantes das cidades, adaptada porém, às necessidades e condições específicas do Estado. Este domínio facilitou o desenvolvimento comercial e financeiro de algumas regiões, centralizando e fortalecendo cada vez mais o poder do Estado Moderno e da burguesia, classe em ascensão. Este sistema desenvolveu um conjunto diversificado de alternativas para cada Estado Moderno arrecadar riquezas a fim de manter o poder absoluto de seus reis. Os Estados modernos durante este período possuíram características específicas. Alguns concentraram-se na exploração colonial, na obtenção de metais preciosos; outros, optaram por incentivar a produção manufatureira. Com o desenvolvimento da produção das oficinas artesanais (corporações de ofício), a manufatura foi uma produção intermediária entre estas e a produção industrial mecanizada, que se iniciou no século XVIII. O mercantilismo possuiu várias características, ou seja, princípios comuns que formaram a base desse sistema. Vejamos algumas delas. •• Metalismo: o poder de cada Estado estava relacionado com a quantidade acumulada de metais preciosos (ouro e prata). •• Intervenção do Estado na economia. •• Incentivo à criação de manufaturas. •• Incentivo à construção naval e ao comércio marítimo. •• Balança comercial favorável: buscava-se manter as exportações num nível superior ao das importações, protegendo sempre o produto nacional. •• Protecionismo alfandegário ou política aduaneira: política em que o Estado colocava taxas alfandegárias em relação aos produtos estrangeiros, ou, em alguns casos extremos, proibía a entrada de artigos que prejudicassem a produção nacional. •• O colonialismo: sistema em que o Estado absolutista (a Metrópole) dominava e explorava territórios em outros continentes (as colônias). Este acontecimento podia ser chamado popularmente de pacto colonial (monopólio comercial). O mercantilismo estava ligado ao trinômio metalismo, protecionismo alfandegário e balança comercial favorável. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 5 •• França: estimulou o crescimento das oficinas de manufaturas voltadas para a produção de artigos de luxo, criando diversas companhias de comércio. Este sistema também foi chamado de Colbertismo, referindo-se a Colbert, ministro no período do rei Luís XIV. A França estimulava também a indústria, com isso o seu sistema mercantilista ficou conhecido como industrialismo •• Inglaterra: a política ficou conhecida como comercialismo e depois industrialismo, priorizando a frota naval. Mantinha o incentivo às manufaturas e uma severa política alfandegária. O Mercantilismo dividiu-se em 3 períodos distintos cada um com características específicas: Século XVI Neste período, o domínio do comércio maritimo do Atlântico ficou nas mãos dos países ibéricos (Portugal e Espanha). A exploração desses países foi caracterizada pela grande extração de recursos naturais de suas colônias, tendo destaque a exploração da Espanha em suas colônias americanas ricas em ouro e prata. Esse período ficou caracterizado pelo sistema de exclusivo colonial, ou seja, a realização do chamado pacto colonial: a relação comercial entre as colônias e a sua respectiva Metrópole. Cabendo à primeira consumir todos os produtos da segunda, e respectivamente fornecer também todo o tipo de produtos que a Metrópole determinava. Tudo isto garantia grandes lucros e rendas à Coroa e à burguesia mercantil. A grande chegada de quantidade de ouro e prata na Europa, além de promover o enriquecimento da Espanha, promoveu efeitos opostos na própria economia espanhola, prejudicando suas atividades manufatureiras e agrícolas. Tamanha foi a quantidade de metais preciosos injetados na Europa que provocou em suas economias uma alta de preços exagerados (inflação), gerando uma crise econômica no século posterior. 6 Período kg de ouro kg de prata Valor total das entradas em milhões de pesos 1551/1560 42.620 303.121 17.86 1561/1570 11.530 942.858 25.34 1571/1580 9.429 1.118.592 29.15 1581/1590 12.101 2.103.027 53.20 1591/1600 19.451 2.707.626 69.60 1601/1610 11.764 2.213.631 53.38 1611/1620 8.855 2.192.255 52.10 1621/1630 3.889 2.145.339 49.67 1631/1640 1.240 1.396.759 31.98 1641/1650 1.549 1.056.430 24.36 Esse problema favoreceu outros países que não estavam ligados diretamente à exploração de ouro e prata, França, Inglaterra e Holanda, que ampliaram o seu processo chamado de entesouramento, já que as nações ibéricas passaram a pagar suas dívidas para com os outros países em metais preciosos. Século XVII A partir deste século, o domínio econômico não estava mais nas mãos do países ibéricos, e sim dos países que praticavam o entesouramento. A França ficou caracterizada pelo incentivo às manufaturas, principalmente de artigos de luxo, conquistando o mercado externo, como já foi citado. Na Inglaterra, com as dinastias Tudor e Stuarts, houve o desenvolvimento da política de proteção e domínio do comércio naval, principalmente depois da promulgação dos chamados Atos de navegação (nenhuma mercadoria era importada ou exportada dos países que não fossem pertencentes à Sua Majestade, ou aos seus súditos). Além de estimular a marinha mercante, houve também o incentivo às companhias de comércio. No exato momento da Revolução Gloriosa, a burguesia assumiu o poder definitivamente na Inglaterra, realizando rapidamente o desenvolvimento do capitalismo. Século XVIII Esse século foi caracterizado pelo aumento da exploração desenfreada das colônias. Também foi o período em que surgiram as primeiras críticas ao sistema em que o Estado dominava a economia (Mercantilismo). Essas mesmas foram feitas pelos chamados fisiocratas (filósofos econômicos), adeptos de um regime caracterizado pela livre comercialização entre os países. A burguesia já controlava totalmente a economia nos países europeus, mesmo ainda existindo a divisão das classes por ordens, ou seja, os privilé- Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_004 Alguns países possuíam características mercantilistas específicas: •• Espanha: medidas para a obtenção de metais preciosos, cujo conjunto foi chamado também de bulionismo. gios do clero e da Nobreza, detalhes do chamado Antigo Regime (período que engloba os séculos XV ao XVIII). O mercantilismo começou a perder força com as críticas dos fisiocratas, e a implantação do liberalismo econômico era uma questão de tempo, anulando definitivamente este sistema. O sistema mercantilista não possuiu uma economia liberal, em nenhum de seus períodos. `` Solução: a) Herói, por possibilitar o início da conquista do novo mundo. Vilão, por ter proporcionado a morte e destruição de sociedades nativas. b) Colombo é um marco da formação colonial na América. 4. Em 1566, Copérnico anunciava, em sua obra “sobre as revoluções das órbitas celestes”: “[...] no primeiro livro descrevo todas as posições dos astros, assim como os movimentos que atribuo à Terra, a fim de que este livro narre a constituição geral do Universo”. Sugestão de filme: A conquista do Paraíso. Cristóvão Colombo, 1492 (GAOS, José. História de nuestra idea del mundo. Fondo de Cultura Económica, 1992, p. 146. Adaptado.) 1. A que se pode atribuir a primazia portuguesa nos descobrimentos e na expansão marítima moderna? `` a) Em que a obra de Copérnico significou uma revolução na forma como se via o mundo comparada à da Idade Média? Solução: Tradição pesqueira, precoce centralização monárquica, posição geográfica privilegiada e apoio aos estudos náuticos. b) Como o telescópio, inventado por Galileu em 1610, ajudava a confirmar as teses de Copérnico? c) Relacione o estudo da astronomia com as grandes navegações desse período. 2. Contestando o Tratado de Tordesilhas, o rei da França, Francisco I, declarou em 1540: “Gostaria de ver o testamento de Adão para saber de que forma este dividira o mundo.” (VICENTINO, Cláudio. História Geral, 1991.) a) O que foi o Tratado de Tordesilhas? b) Por que alguns países da Europa, como a França, contestavam aquele tratado? `` Solução: a) Tratado entre Portugal e Espanha que partilhava o novo mundo. b) Foram excluídos dessa partilha. Exemplo: França. 3. “Herói ou vilão, Colombo simboliza a conquista”. EM_V_HIS_004 (FOLHA DE S. PAULO, 12 out. 1991.) a) Por que Colombo é tratado como herói ou vilão? b) Por que ele é o símbolo da conquista? `` Solução: a) A obra de Copérnico preconiza a teoria heliocêntrica estabelecendo a Terra como parte do sistema solar, rompendo com o geocentrismo que marcou a Europa Ocidental medieval. b) Com o uso do telescópio foi possível a confirmação das teses de Copérnico, praticando-se a observação dos astros, por conseguinte, a observação científica preconizada pelo racionalismo na época. c) O estudo da astronomia favoreceu a invenção de novos instrumentos náuticos como, por exemplo, o astrolábio. 5. As relações entre Metrópoles e colônias estabeleceramse desde a época dos descobrimentos em função dos interesses da burguesia mercantil e das exigências dos Estados Modernos. Indique quais eram tais interesses e quais eram as exigências que as Metrópoles faziam de suas colônias, do ponto de vista econômico e político. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 7 `` Solução: A burguesia estava interessada em ampliar o comércio e seu capital. As Metrópoles exigiam que suas colônias comercializassem apenas consigo e obedecessem cegamente suas orientações, para isso estabeleceu-se o pacto colonial. 6. Nos dois séculos iniciais da era moderna (XV e XVI), a Itália e a Espanha ocupavam posição de liderança na Europa, e a Holanda e a Inglaterra tinham um papel secundário; nos dois séculos seguintes, essas posições se inverteram. Indique as razões dessa inversão. `` Solução: A decadência das cidades italianas com a transferência do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico. Decadência da mineração nas colônias espanholas e do Império Habsburgo. 7. Um dos tipos de mercantilismo pregava a busca e a exploração do ouro nas novas terras recém-descobertas. Este metal trouxe para a Europa uma enorme fonte de riqueza e ao mesmo tempo uma preocupação, devido ao fato de que, neste continente, ocorreu uma elevação dos preços dos produtos decorrente da entrada de metais preciosos. a) Qual o elemento químico do ouro? b) Qual tipo de mercantilismo pregava a busca e a exploração do ouro na América? c) Qual foi o acontecimento europeu registrado a partir da entrada de grande quantidade de metais preciosos naquele continente? `` Solução: a) Au. b) Metalismo, praticado principalmente por Portugal e pela Espanha. c) O acontecimento europeu que ficou caracterizado pela elevação de preços naquele continente foi a Revolução dos Preços. a) a ocupação de pontos estratégicos e o domínio das rotas marítimas, a fim de assegurar a acumulação do capital mercantil. b) o estabelecimento das regras que definem o Sistema Colonial nas relações entre as Metrópoles e as demais áreas do “Império” para estabelecer as ideias de liberdade comercial. c) a integração econômica entre várias partes de cada “Império” através do comércio intercolonial e da livre circulação dos indivíduos. d) a projeção da autoridade soberana e centralizadora das respectivas coroas e sobre tudo e todos situados no interior desse “Império”. e) a junção da autoridade temporal com a espiritual através da criação do Império da cristandade. 2. (Cesgranrio) Foram inúmeras as consequências da expansão ultramarina dos europeus, gerando uma radical transformação no panorama da história da humanidade. Sobressai como uma importante consequência: a) a constituição de Impérios coloniais embasados pelo espírito mercantil. b) a manutenção do eixo econômico do mar Mediterrâneo com acesso fácil ao Oceano Atlântico. c) a dependência do comércio com o Oriente, fornecedor de produtos de luxo como sândalo, porcelanas e pedras preciosas. d) o pioneirismo de Portugal, explicado pela posição geográfica favorável. e) a manutenção dos níveis de afluxo de metais preciosos para a Europa. 3. (FGV) “Desdobramento da expansão comercial e marítima dos tempos modernos, a colonização significava a produção de mercadorias para a Europa, naquelas áreas descobertas em que as atividades econômicas dos povos ‘primitivos’ não ofereciam a possibilidade de se engajarem em relações mercantis vantajosas aos caminhos do desenvolvimento capitalista europeu. Assim, passava-se da simples comercialização de produtos já encontrados em produção organizada, para a produção de mercadorias para o comércio”. (Novais, Fernando. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial, p.73.) 8 b) as relações econômicas entre a Europa Ocidental e a Europa do Leste, no século XVI, quando prevaleceu o capitalismo comercial. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_004 1. (Cesgranrio) Com a expansão marítima dos séculos XV/ XVI, os países ibéricos desenvolveram a ideia de “Império ultramarino” significando: Neste texto, o autor descreve: a) a integração de áreas do território americano ao mercado europeu, a partir do século XVI. c) Foi combatido pelos holandeses à época de sua instalação em Pernambuco, o que provocou a revolta da população luso-brasileira em meados do século XVII. c) as diferenças entre a colonização da América e a da África. d) a organização, na Ásia, do antigo Sistema Colonial. e) a incorporação dos povos indígenas ao capitalismo europeu. d) Tornou-se alvo de divergências entre dominicanos, que defendiam o tráfico e a escravidão dos africanos, e os jesuítas, contrários tanto ao tráfico quanto à escravidão. 4. (FGV) Leia atentamente as afirmações abaixo sobre a expansão marítima e comercial moderna e assinale a alternativa correta. e) O aperfeiçoamento do transporte registrado no século XIX visava diminuir a mortandade dos escravos durante a travessia do Atlântico, atenuava as críticas ao tráfico e ainda ampliava a margem de lucros. I. O papel pioneiro na expansão marítima e comercial moderna foi dos países ibéricos, tendo Portugal iniciado o feito. II. O papel pioneiro na expansão marítima e comercial moderna foi dos países ibéricos, tendo a Espanha iniciado o feito. 6. (FGV) Leia atentamente as afirmações abaixo, sobre mercantilismo, e assinale a alternativa correta. III. As conquistas espanholas em África (Ilhas Canárias) durante o século XIV, demonstraram a força da invencível armada às demais nações europeias. I. São característica essenciais do mercantilismo: o monopólio, o protecionismo e a balança comercial favorável. IV. A Revolução de Avis foi um marco antecedente fundamental para essa expansão. II. O objetivo fundamental do mercantilismo, como política de acumulação de capitais, é a livre concorrência sem a intervenção do Estado-nação. V. Bartolomeu Dias, navegador português, foi o responsável pela passagem pelo sul da África e pela chegada às Índias. III. As medidas da política econômica mercantilista foram idênticas em todos os países da Europa durante os séculos XVI, XVII e XVIII. a) Apenas as afirmações I, III e V estão corretas. IV. O pacto colonial está no contexto das práticas mercantilistas. b) Apenas as afirmações I e IV estão corretas. c) Apenas as afirmações II e V estão corretas. V. O insucesso da política mercantilista expressa-se pela permanência da política bulionista por três séculos. d) Apenas as afirmações I, IV e V estão corretas. e) Apenas as afirmações III, IV e V estão corretas. 5. (FGV) “O espaço fechado e o calor do clima, a juntar ao número de pessoas que iam no barco, tão cheio que cada um de nós mal tinha espaço para se virar, quase nos sufocavam. Esta situação fazia-nos transpirar muito, e pouco depois o ar ficava impróprio para respirar, com uma série de cheiros repugnantes, e atingia os escravos como uma doença, da qual muitos morriam”. (Relato do escravo Olaudah Equiano. Apud ILIFFE, J., Os africanos. História dum continente. Lisboa, Terramar, p.179, 1999.) EM_V_HIS_004 A respeito do tráfico negreiro, é correto afirmar: a) Foi praticado exclusivamente pelos portugueses que obtiveram o direito de asiento, ou seja, direito ao fornecimento de escravos às plantações tropicais e às minas da América espanhola e anglo-saxã. b) Tornou-se uma atividade extraordinariamente lucrativa e decisiva no processo de acumulação primitiva de capitais que levou ao surgimento da sociedade industrial. a) Apenas I e III estão corretas. b) Apenas II e IV estão corretas. c) Apenas II e V estão corretas. d) Apenas III e V estão corretas. e) Apenas I e IV estão corretas. 7. (UERJ) Balança fecha com déficit de US$ 315 milhões. O governo está comemorando o déficit de US$ 315 milhões na balança comercial do mês passado, bem abaixo do saldo negativo de US$ 811 milhões registrado em julho. (O GLOBO, 02 set. 1997.) A notícia acima identifica uma preocupação do governo em obter um saldo positivo nas correntes de comércio. Essa preocupação, no entanto, não é nova. Na Idade Moderna - séculos XV ao XVIII, a formulação da ideia de uma balança favorável era decorrente das práticas econômicas ligadas ao: Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 9 a) mercantilismo. III. Associação com a burguesia mercantil. b) fisiocratismo. IV. Retomada de Constantinopla. c) cameralismo. V. Conquista do Cabo Bojador. d) metalismo. Estão corretos os fatores: a) III, IV e V, apenas. Estes benefícios pedem iguais recompensas e, ainda, alguns justos sacrifícios; e, por isso é necessário que as colônias também, da sua parte, sofram: 1) que só possam comerciar diretamente com a Metrópole, excluída toda e qualquer outra nação, ainda que lhes faça um comércio mais vantajoso; (...) Desta sorte, os justos interesses e as relativas dependências mutuamente serão ligadas.” (COUTINHO, J. J. da Cunha Azeredo. Ensaio sobre o Comércio de Portugal e suas Colônias, 1816.) A empresa que se organiza como parte integrante do Sistema Colonial português na Época Moderna tem como base os elementos da política econômica mercantilista, entre os quais se encontra o monopólio comercial. a) Identifique duas características da empresa colonial portuguesa na Época Moderna. b) Explique a função do monopólio comercial no sistema colonial da época mercantilista. 1. (Cesgranrio) “E também as memórias gloriosas Daqueles que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando; E aqueles que por obras valorosas Se vão da lei da morte libertando Cantando espalharei por toda a parte, Se a tanto me ajudar o engenho, e arte.” (CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. Canto Primeiro, estrofe 2.) A obra épica de Camões nos remete ao século das conquistas portuguesas. Nos seus primórdios, a expansão ultramarina de D. João I foi possível em virtude dos seguintes fatores: I. Formação do Estado nacional. b) II, III e V apenas. c) I, IV e V apenas. d) I, II e IV apenas. e) I, II e III, apenas. O texto a seguir refere–se às questões 2 e 3. (UFRJ)”À frente do projeto de expansão do lusocristianismo estavam os monarcas portugueses, aos quais, desde meados do século XV, os papas haviam concedido o direito do padroado (...) Quando se iniciou o ciclo das grandes navegações, Roma decidiu confiar aos monarcas da Península Ibérica o padroado sobre as novas terras descobertas”. (AZZI, Riolando. A Cristandade Colonial: Mito e Ideologia. Petrópolis: Vozes, p. 64, 1987.) As relações entre os Estados nascentes e a igreja católica constituíram-se em um dos mais importantes eixos de conflito ao longo da etapa final da Idade Média. Ao contrário de outras regiões, na Península Ibérica a resolução do problema implicou o estreitamento das interações entre uma e outra instituição. 2. Indique a principal fonte de arregimentação de recursos para a realização das tarefas que, por meio do padroado, estavam a cargo das Coroas Ibéricas na América nos séculos XVI e XVII. 3. Cite duas das atribuições das Coroas Ibéricas contidas na delegação papal do padroado, cujo fim último era a expansão do catolicismo nas terras recém-descobertas da América. 4. (Unicamp) O recente episódio das eleições livres no Timor Leste oficializou a independência daquele território após longo processo de dominação; seus primórdios situam-se no século XVI e coincidem com as primeiras viagens marítimas dos europeus ao Oriente. a) Qual a nacionalidade dos europeus que chegaram pioneiramente no arquipélago onde hoje se situa o Timor Leste e qual o episódio histórico relacionado a esse empreendimento? b) Cite duas razões para o interesse dos europeus pelo Oriente, no século XVI. c) Que semelhança há entre a formação histórica de Timor Leste e a do Brasil? II. Expulsão dos árabes da Península Ibérica. 10 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_004 8. (UFRJ) “A Metrópole, por isso que é mãe, deve prestar às colônias suas filhas todos os bons ofícios e socorros necessários para a defesa e segurança das suas vidas e dos seus bens (...). 5. (PUC-SP) ”Quem quer passar além do Bojador, Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.” ministração e abriram caminho à “civilização” e ao “progresso”.” (AARÂO, Daniel e FERREIRA,Jorge (org). O século XX: da formação do capitalismo à primeira grande guerra v. 1.Civilização brasileira. Rio de Janeiro: 2000.) (PESSOA, Fernando: Mar Português, in: Obra poética. Rio de Janeiro, Editora José Aguilar, p. 19, 1960.) O trecho de Fernando Pessoa fala da expansão marítima portuguesa. Para entendê-lo, devemos saber que: a) “Bojador” é o ponto ao extremo sul da África e que atravessá-lo significava encontrar o caminho para o Oriente. b) a “dor” representa as doenças, desconhecidas dos europeus, mas existentes nas terras a serem conquistadas pelas expedições. c) o “abismo” refere-se à crença, então generalizada, de que a Terra era plana e que, num determinado ponto, acabaria, fazendo caírem os navios. d) a menção a “Deus” indica a suposição, à época, de que o Criador era contrário ao desbravamento dos mares e que puniria os navegadores. e) o “mar” citado é o Oceano Índico, onde estão localizadas as Índias, objetivo principal dos navegadores. 6. (Unicamp) Os 450 anos compreendidos entre a chegada de Vasco da Gama, em 1498, e a retirada das forças britânicas da Índia, em 1947, constituem um verdadeiro período histórico. (K. M. Pannikar, A dominação Ocidental na Ásia. São Paulo, Paz e Terra, p. 19, 1977. Adaptado.) a) Explique o que representou para europeus e indianos a chegada de Vasco da Gama à Índia em 1498. b) Caracterize o processo de descolonização da Índia, que culminou com a retirada dos ingleses em 1947. EM_V_HIS_004 c) Defina, a partir do enunciado acima, o que é um período histórico. 7. ”...as histórias da colonização dos países europeus nada mais são, num certo sentido, do que galerias dos feitos bélicos e administrativos de grandes “heróis coloniais” que derrotaram as “resistências bárbaras” ou “selvagens”, organizaram uma ad- O que o autor nesse pequeno trecho quer dizer com “resistência bárbara”? 8. Todo o mundo sabe que uma das características para que a nação portuguesa fosse a primeira a promover a expansão marítima era a posição geográfica favorável. Porém, muitos professores, ao repassarem esta explicação para seus alunos, referem-se à saída para o mar que Portugal possuía como justificativa para o seu pioneirismo. Se fosse assim, a Inglaterra seria uma nação privilegiada, pois é uma ilha. Tendo como base este conhecimento, explique por que a posição de Portugal era geograficamente favorável. 9. (UFRJ)”...se é de globo mundo que se trata e de império e rendimentos que impérios dão, faz o infante D. Henrique fraca figura comparado com este D. João, quinto já se sabe de seu nome na tabela dos reis, sentado numa cadeira de braços de pausanto, para mais comodamente estar e assim com outro sossego atender ao guarda-livros que vai escriturando no rol os bens e as riquezas, de Macau as sedas, os estofos, as porcelanas, os laçados, o chá, a pimenta, o cobre, o âmbar cinzento, o ouro, de Goa os diamantes brutos, os rubis, as pérolas, a canela, mais pimenta, os panos de algodão, o salitre, de Diu os tapetes, os móveis tauxiados, as colchas bordadas, de Melinde o marfim, de Moçambique os negros, o ouro, de Angola outros negros, mas estes menos bons, o marfim, que esse, sim, é o melhor do lado ocidental da África, de São Tomé a madeira, a farinha de mandioca, as bananas, os inhames, as galinhas, os carneiros, os cabritos, o índigo, o açúcar, de Cabo Verde alguns negros, a cera, o marfim, os couros, ficando explicado que nem todo o marfim é de elefante, dos Açores e Madeira os panos, o trigo, os licores, os vinhos secos, as aguardentes, as cascas de limão cristalizadas, os frutos, e dos lugares que hão-de vir a ser Brasil o açúcar, o tabaco, o copal, o índigo, a madeira, os couros, o algodão, o cacau, os diamantes, as esmeraldas, a prata, o ouro, que só deste vem ao reino, ano por ano, o valor de doze a quinze milhões de cruzados, em pó e amoedado, fora o resto, e fora também o que vai ao fundo ou levam os piratas...” (SARAMAGO, José. Memorial do Convento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p.227-8, 1994.) Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 11 O trecho anterior remete à formação e expansão dos Impérios coloniais entre os séculos XV e XVIII. O Mercantilismo era dos principais pilares dos Estados nacionais europeus dessa época. Identifique quatro características do mercantilismo. 10. (Fuvest) “A palavra [escravidão] carrega (...) a história dolorosíssima de vários milênios, durante os quais, em quase todos os cantos do mundo, o mais cruel e desumanizador sistema de recrutar e controlar trabalho predominou sobre todos os demais. Tão ampla foi sua vigência no espaço e no tempo que hoje todos, na Europa, na Ásia, na África e nas Américas, fora de grupos como os pigmeus ou os bosquímanos, somos descendentes de escravos e de senhores e mercadores de escravos”. (Alberto da Costa e Silva, A manilha e o libambo.) Partindo da afirmação do autor, destaque as particularidades da escravidão na Antiguidade e na Época Moderna, indicando suas semelhanças e diferenças. 11. (Unesp) Um mercantilista inglês escreveu: Os meios ordinários para aumentar nossa riqueza e tesouro são pelo comércio exterior, para o que devemos obedecer sempre a esta regra: vender mais aos estrangeiros em valor do que consumimos deles. (THOMAS, Mun. Discourse on England’s Treasure by Foreing 13. (Fuvest) Durante a Idade Moderna, pensava-se que todas as riquezas do mundo estavam numa posição estática e constante, razão pela qual o comércio era tido como uma atividade em que havia um ganhador e um perdedor, sendo o seu resultado equivalente a uma soma zero (+1-1 = 0). Baseando-se nestes princípios, os Estados modernos atuaram no comércio internacional sob a orientação de uma política econômica. a) Que nome foi dado a esta política econômica? b) Quais foram seus principais elementos constitutivos? 14. (UFU) Desde meados do século XIX até o início do século XX, as nações industrializadas europeias e os Estados Unidos da América empreenderam uma disputa por territórios na África, Ásia e América Latina. Essa disputa ficou conhecida como Imperialismo ou Neocolonialismo. Compare o imperialismo do século XIX com a expansão mercantilista ocorridas nos séculos XV e XVI, quanto ao processo de colonização. 15. IESDE Brasil S.A. Trade, 1664.) a) O autor desse fragmento exprime um princípio essencial da política mercantilista. Era através dele que os mercantilistas explicavam a origem da riqueza dos Estados. Que princípio era este? b) Por que as áreas coloniais da América foram fundamentais para a satisfação desse princípio mercantilista? 12. (FAAP) Dizia o Arcebispo de Canterbury em 1690, que “em todas as lutas e disputas que nos últimos anos ocorreram nesta parte do Mundo, julgo que, embora alegassem objetivos altos e espirituais, o fim e o objetivo verdadeiro era o Ouro, a Grandeza e a Glória secular.” Ouro, Grandeza e Glória podem ser resumo preciso do que buscavam os mercantilistas, portanto é de se supor que o Arcebispo tenha escrito o texto no século: a) IX Observe atentamente a ilustração apresentada acima: ela mostra as marcas da sociedade atual em uma “paisagem primitiva”. a) A partir das informações apresentadas, explique como e por que, hoje, os espaços geográficos estão “mundializados”. b) No período de transição do Feudalismo para o Capitalismo (XV - XVIII), o mercantilismo iniciava o processo de mundialização, utilizando a expansão marítima. Cite três características do Mercantilismo. c) XVII d) XIX e) XX 12 16. A política econômica mercantilista caracterizou–se por três elementos básicos, a saber: balança comercial favorável, protecionismo e o monopólio comercial. Explique de que modo o protecionismo e o monopólio concorriam para manter a balança comercial favorável. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_004 b) XII 1. D 1. E 2. A 2. O dízimo era a principal fonte de arregimentação de recursos. A Coroa, mediante o padroado, passava a recolher e administrar o equivalente à décima parte da riqueza social. 3. A 4. B 5. B 6. E 7. A 8. EM_V_HIS_004 a) A predominância do latifúndio, da monocultura e da escravidão; da produção especializada e voltada para o mercado externo. O caráter complementar da economia colonial em favor do mercantilismo metropolitano. b) A garantia de mercados exclusivos que possibilitava a acumulação de capitais pelas Metrópoles. 3. Os reis da Espanha e de Portugal deviam enviar missionários para as suas conquistas, construir igrejas e conventos, fundar paróquias e dioceses, subvencionar o culto, bem como remunerar o clero diocesano, escolher bispos, párocos e missionários, financiar expedições evangelizadoras, preencher cargos e, em circunstâncias especiais, fornecer ajuda aos religiosos, como no caso dos aldeamentos indígenas. 4. a) Os portugueses, no contexto da Expansão Marítima e Comercial europeia no século XVI. b) A obtenção de especiarias e metais preciosos no Oriente no século XVI foi motivada pelo desenvolvi- Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 13 mento das atividades comerciais na Europa na baixa Idade Média e pelo fechamento do Mediterrâneo ao comércio oriental após a tomada de Constantinopla em 1453 pelos turcos-otomanos. dos componentes do processo de acumulação primitiva, no quadro da formação do Capitalismo. Semelhanças: nos dois períodos, o escravo não possuía direitos e a escravidão constituía-se na base da mão-de-obra. O escravo tinha um valor de mercado e geralmente sofria tratamento desumano. c) A colonização portuguesa, cujas influências se mantêm até os dias atuais nos dois países. 11. 5. C a) Balança comercial favorável. 6. b) Graças ao monopólio metropolitano sobre o comércio colonial, a metrópole mantinha uma balança comercial favorável em relação à colônia, o que favorecia a acumulação primitiva de capitais na Europa. a) Para os europeus, sobretudo os portugueses, a expansão das atividades comerciais e o início do domínio colonial na Ásia e para os indianos a submissão em todos os níveis ao domínio europeu. c) Entende-se por período histórico a manutenção, por um determinado período de tempo, de estruturas econômicas, sociais, políticas e culturais que caracterizam um povo, segundo critérios de um historiador. 7. O aluno deverá responder a questão referindo-se ao processo denominado de europeização, na qual o indivíduo europeu acha que possui uma cultura superior aos nativos da América, Ásia e África e, com isto, tenta impor a sua forma de viver (língua, costumes e outros valores culturais). 8. A posição de Portugal tornava-se privilegiada devido a conquista de Ceuta (1415), pois, com isso, ele controlava o estreito de Gibraltar e o fluxo comercial do mar Mediterrâneo. Outro fator associado diretamente à posição geográfica favorável foi a precoce centralização política do Estado português através da Revolução do mestre Avis. O último ponto está associado ao conhecimento náutico português. Por estes fatores, a posição geográfica portuguesa era favorável. 9. A acumulação de metais preciosos (bulionismo ou metalismo) como uma das principais estratégias de acesso à riqueza. A busca de balança comercial favorável como um dos meios de obtenção de parte da riqueza existente. O estabelecimento do pacto colonial como instrumento de realização de saldos na balança comercial. O fomento às manufaturas para garantir o aumento da produção para exportação. 12. C 13. a) Mercantilismo. b) Metalismo, balança comercial favorável, protecionismo monopólios estatais, intervencionismo do Estado na regulamentação da economia e exploração de colônias (Sistema Colonial). 14. Nos séculos XV e XVI, o sistema colonial inseria-se no contexto de capitalismo comercial, sendo as colônias, sobretudo na América, mercados de suas Metrópoles e áreas fornecedoras de metais preciosos e produtos tropicais destinados à Europa. No século XIX a ação imperialista demandava das necessidades das potências industriais como a obtenção de matérias-primas e a expansão de mercados e de capitais excedentes, sobretudo após a 2ª Revolução Industrial, sendo a África e a Ásia as áreas mais intensamente exploradas. 15. a) Devido à multipolaridade, globalização, expansão de capital transnacional. b) Metalismo, protecionismo alfandegário, balança comercial favorável, entre outras. 16. O protecionismo limitava as importações e estimulava a produção interna para exportações. Já o monopólio fornecia produtos a baixo preço e mantinha um mercado para absorver a produção metropolitana, propiciando elevada lucratividade que favorecia a balança comercial real. 10. Diferenças: Na Antiguidade, o escravo podia ser adquirido mediante compra, quitação de dívidas ou como prisioneiro de guerra; na Época Moderna, o escravo era capturado em seus territórios de origem ou comprados. Na Antiguidade, a escravidão constituía o próprio modo de produção; na Época Moderna, ela passa a ser um 14 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_004 b) O processo de descolonização da Índia está intimamente ligado a desagregação do império britânico após a Segunda Guerra Mundial, destacando-se Gandhi com a defesa da não violência para conquista da Independência. EM_V_HIS_004 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 15 EM_V_HIS_004 16 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Colonização europeia na América “Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram sem casar Para que fosses nosso, ó mar!” (PESSOA, Fernando. Mar Português. Rio de Janeiro: Havia dois tipos de colônias no período que data do século XV a XVIII. A primeira era a de povoamento, característica da região Norte da América Inglesa. Esta era caracterizada pela policultura, minifúndio, mão-de-obra livre, produção voltada para o mercado interno. Já o segundo tipo de colônia era a de exploração, comum na América Espanhola, e na região sulina dos Estados Unidos. Esta possuía como características principais o latifúndio, monocultura, mão-de-obra escrava, produção voltada para o mercado externo, e não possuía autonomia perante a Metrópole, exercendo o chamado pacto colonial. IESDE Brasil S.A. José Aguiar, 1960.) N O N O L L S EM_V_HIS_005 S Colonização inglesa A colonização inglesa deu-se na América do Norte, no início do século XVII, onde a primeira colônia a ser fundada foi a da Virgínia. Esta colonização foi iniciada pela própria Coroa inglesa. Ressalto que em determinadas regiões (colônias do norte) a colonização contou com ação de particulares e Companhias de comércio, modificando as características de uma região para outra dentro da própria América inglesa. O principal motivo para colonização nestas regiões foram as perseguições religiosas e políticas que ocorriam na Inglaterra; além do processo de Cercamento dos Campos. Após a crise político-econômica dos países ibéricos no século XVI, a Inglaterra foi obrigada a promover a sua expansão marítima no início do século XVII, que propulsionou a fundação das 13 colônias, caracterizadas por uma enorme diversidade, dividindo em 3 conjuntos. Os domínios colonias europeus na América. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 1 Colônias do Norte Nova Inglaterra Essa colônia foi povoada pelos refugiados religiosos da Europa, tendo destaque para o desenvolvimento de uma agricultura de subsistência, o surgimento da pequena propriedade e da mão-de-obra livre (geralmente por servidão de contrato). Esta colônia possuía uma certa autonomia perante a Metrópole, além de favorecer o aparecimento de pequenas manufaturas, realizando um comércio com outras regiões do mundo que não fosse a Metrópole. A este comércio nós damos o nome de Comércio Triangular. Este termo se referia as rotas comerciais triangulares realizadas pela colônia, ampliando a área comercial a ser alcançada pelo Império, neste caso, o britânico. Colônia do Norte Antilhas Inglaterra Importante: As colônias do Norte não realizavam comércio com a sua Metrópole. Colônia do Norte Antilhas atividades contrabandistas, destacando-se a fundação de núcleos de exploração na região da colônia portuguesa, as chamadas França Antártida e Equinocial. Somente no governo de Luís XIII foi que a França deu o seu impulso na colonização de regiões da América. Essa possuiu duas colônias a serem destacadas: •• Canadá: Agricultura de subsistência. Seus alicerces eram frágeis, baseada no extrativismo e no tráfico de peles. •• Antilhas: Açúcar e escravidão acumulação de capital, não conseguiram ficar nessas áreas (colônia de exploração). Nos dias de hoje as Antilhas são chamadas de Caribe. África Colônias do Centro Colônias do Sul O caso da colônia do Haiti Esse território era parecido com as colônias ibéricas, ou seja, possuía características de colônias de exploração. Essas colônias possuíam grandes propriedades, onde era empregado o trabalho escravo, e a sua produção estava totalmente voltada para abastecer o mercado externo. A sua base era a monocultura, e o poder estava todo centralizado na elite colonial local que era ligada ao poder metropolitano. Nesse caso, era realizado o pacto colonial e a produção de algodão era voltada para abastecer o mercado externo. “Salvei a minha pátria. Vinguei a América... Nunca mais um colono ou um europeu porá o pé neste território com o título de amo ou de proprietário.” Colonização francesa 2 A Guerra dos Sete Anos (1756–1763), que envolveu neste conflito disputas coloniais entre a França e a Inglaterra, teve como fim a vitória inglesa e a tomada dos territórios coloniais pertencentes à França. O início dessa colonização foi bastante tardio, referindo-se às viagens e conquistas, onde no século XVI chegaram na América como corsários, possuindo (Frase dita por Jean-Jacques Dessalines, um dos líderes do Haiti, após a Proclamação da Independência, em 1804.) Ao longo do século XIX e XX, diante da situação de dependência e opressão em que se viu mergulhado o Haiti republicano, o movimento anticolonialista sustentado pela população negra e mulata contra os exércitos franceses, alcançou a vitória. O processo de libertação política e social deste povo foi resultado das frequentes revoltas de escravos, sobretudo a partir de 1791, quando ocorreu uma insurreição contra os brancos liderada pelo mulato Vincent Ogé, que foi o estopim para várias rebeliões Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_005 Este território era totalmente controlado pela Coroa inglesa. Possuía características mistas, ou seja, parte de exploração e de povoamento, tendo uma maior ênfase na mão-de-obra escrava. A ocupação holandesa foi destaque nas colônias do centro da América, mas os holandeses acabaram expulsos pelos ingleses. EM_V_HIS_005 negras e levantes de mulatos. O objetivo era único, ou seja, destruir os brancos proprietários de terras. Essas lutas eram, muitas vezes, desorganizadas, não possuindo um objetivo expresso de libertar a colônia da Metrópole. Porém, muitas já possuíam um sentido revolucionário, voltando-se para o combate à escravidão como sistema econômico e social. A produção era caracterizada numa plantation, ou seja, uma monocultura latifundiária cuja mão-deobra a ser utilizada era a negra escrava. A produção monocultora era a açucareira, cujo objetivo era o mercado europeu. A campanha de independência haitiana foi motivada pelas grandes mudanças políticas ocorridas na França do século XVIII. Desde o ano de 1795, a ilha de São Domingos pertencia integralmente à França, determinado pelo tratado de Basileia, realizado com a Espanha. Plano econômico: a campanha de independência desorganizou a atividade açucareira, baseada na plantation e em grande quantidade de capital investido. O governo de Napoleão Bonaparte restabeleceu a escravidão nas colônias francesas, a priori as de Guadalupe e Martinica, a fim de combater a expansão da Inglaterra pelas Antilhas (as regiões de Jamaica e Barbados). Lembrando que a abolição tinha sido decretada no Haiti em 1793. Pessoas muito influentes dentro da colônia apoiaram o processo de Independência, pois possuíam interesses comerciais em regiões neutras. Plano militar: a autoridade de Toussaint Louverture (antigo escravo) firmada como grande líder. Seu principal objetivo era consolidar a abolição da escravidão naquela ilha. No ano de 1798, os ingleses foram derrotados. No ano de 1801, Toussaint já havia estendido o seu poder por toda a ilha. Plano político: foi criada uma Assembleia Constituinte para a construção de um conjunto de leis adequadas à realidade dos haitianos, pois as leis francesas eram inadequadas a essa mesma realidade. A constituição de 1801 determinava Toussaint como governante geral vitalício, com direito de escolher o sucessor. Essas medidas trouxeram prosperidade para a ilha. Em São Domingos foi determinado um regime republicano de caráter democrático, com grande apoio da massa populacional. Toussanit visava integrar as várias partes da ilha em uma estrutura administrativa compatível com a formação de um Estado. Vale lembrar que a população era muito heterogênea, com uma elevada diversidade cultural. Toussaint promoveu a unidade religiosa a partir do Cristianismo. Por causa da cultura heterogênea, destacamos o aparecimento do idioma créole e do voduísmo. A agricultura era o sentido de racionalização do trabalho, a fim de aumentar o rendimento da produção açucareira. Ressalto que o trabalho era obrigatório e feito pelos negro africanos que agora recebiam por esta tarefa, porém a propriedade ainda encontrava-se nas mãos dos brancos. A difusão das ideias iluministas nas ilhas poderia significar o impulso de libertação da área antilhana. O Caribe poderia ser a ponte de lança do processo de libertação das colônias americanas. A França necessitava em reconstruir o seu império colonial, tanto que no ano de 1801 foi enviado para a região o exército do general Victor Leclere, que tinha como objetivo sufocar a rebelião haitiana. No ano de 1802, Toussaint foi preso e enviado para a França, onde veio a morrer. Porém, vários movimentos isolados surgiram pela ilha com o intuito de alcançar a liberdade em relação à França. O objetivo da França era eliminar todos os líderes revolucionários, incluindo aqueles que o estavam apoiando. Nesse momento, surgia um exército colonial, liderado pela figura de Dessalines, e outros nomes como Alexandre Pétion e Henri Christophe. A luta anticolonialista era retomada no Haiti. Em 1804 as forças francesas foram expulsas. Vale lembrar que os revoltosos tiveram o apoio norte-americano e da Inglaterra, na lógica de transformar aquela região num mercado consumidor e fornecedor, dentro do contexto capitalista da época, e de total dependência econômica. Neste mesmo ano (1804) foi proclamada, na parte oriental, a independência do Haiti (terra das montanhas). A parte Ocidental da ilha continuava sob o domínio francês e espanhol, no qual destacamos a ocorrência de um conflito pela liberdade (1802 – 1806). Dessalines (1804 – 1806) foi proclamado Imperador, buscando promover a unidade do Haiti, onde cada vez mais surgia um antagonismo entre os negros e mulatos. Após a morte de Dessalines, rebeliões vitoriosas implantaram no Oeste e no Sul um governo republicano separatista, controlado pelo mulato Alexandre Pétion. Ocorreu, nesse caso, a divisão de terras entre os camponeses, expropriadas dos grandes produtores. Enquanto isso na região Norte, Henri Christophe foi proclamado presidente vitalício, implantando uma ditadura até o ano de 1811, e um regime imperial que durou até o ano de 1820. A parte oriental da ilha (São Domingos) tentou tornar-se independente em 1821, entretanto foi dominada pelos haitianos comandados por Jean Pierre Boyer, promovendo a unificação da ilha em benefício da elite mulata, cessando a distribuição de terras e favorecendo o latifúndio. No ano de 1825 a França reconheceu a independência do Haiti. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 3 Colonização espanhola Dizia uma lenda indígena, que algum dia chegaria um deus todo de prata, com 4 patas e mais de 2 metros de altura, além de possuir um braço maior que o outro. No ano do início da colonização, o primeiro contato entre o indígena e o espanhol foi um pouco semelhante. Pois o espanhol estava em cima de um cavalo (4 patas e 2 metros de altura), possuía uma armadura de prata (o ser prateado) e em uma de suas mãos carregava uma lança (o braço maior que o outro). Estava lá na sua frente o deus, e eles sabiam que a partir daquela data os seus dias estavam contados neste planeta. Antes de nos referirmos diretamente a colonização espanhola na América, faremos uma rápida passagem nas civilizações pré-colombianas (Incas, astecas e maias). Os Olmecas A cultura olmeca se originou na região Sul do Golfo do México, sendo considerada a primeira cultura daquela região, datando aproximadamente do século XIII a.C., estendendo o seu domínio até as regiões da Costa Rica. A organização social dos olmecas era bastante desenvolvida, dividindo-se numa minoria que ocupava os principais cargos (sacerdotes e membros da elite) e uma maioria que poderíamos denominar de povo, ou seja, os camponeses. O valor da arte olmeca estava totalmente associada ao caráter religioso, com esculturas bastante desenvolvidas. Eles também possuíam conhecimentos de astronomia. Conheciam também a escrita e os sistemas matemáticos. Os Maias Esse povo ocupou a Península de Iucatã, quase toda a Guatemala e parte da Honduras Ocidental, 4 formando uma das mais complexas culturas da América Espanhola. Sua produção era agrícola, voltada principalmente para o cultivo do milho (este alimento era considerado sagrado, pois dele teria vindo o homem). A terra era cultivada coletivamente. A caça e a pesca eram consideradas atividades secundárias, e a pecuária era desconhecida para este povo. A organização social em grande parte permanece desconhecida, porém suas pinturas deixam claro a existência de uma sociedade estratificada. Uma casta de militares e sacerdotes convivia com uma grande massa de camponeses, sendo que estes últimos eram servos. No caso da civilização maia também estava presente a figura do escravo. O governo maia era teocrático, liderado pela figura de Halach Uinic, auxiliado por um conselho. Cada aldeia era liderada por um batab (chefe local). Os chefes militares eram conhecidos pelo nome de nacom, já os que zelavam pela ordem pública dentro da sociedade eram os tupiles. Os maias não eram considerados um Império, pois cada cidade com as suas respectivas aldeias eram independentes entre si. Toda a sua produção cultural era voltada para o caráter religioso. Destacamos a construção de grandes pirâmides de características retangulares. Ressaltamos a escultura em terracota (argila modelada e cozida em forno). A escrita maia, considerada sagrada, estava representada por sinais pictográficos e símbolos representando sílabas, ou combinação de sons. Destaque para o Popol Vuh (livro sagrado dos maias). Registra-se por volta dos anos 900 o início da decadência da civilização maia. Os Astecas Sua origem remonta uma grande migração promovida por volta dos anos 900, realizada pelos toltecas indo em direção a região do planalto central mexicano, onde lá foi revivido o culto ao deus Quetzacoatl (a Serpente Emplumada). Esta sociedade teve suas origens dentro do caráter militar e urbano. Possuíam uma vasta habilidade para a arquitetura, pintura e escultura. Os astecas ou mexicas, como também eram conhecidos, estabeleceram-se por volta do ano de 1200 no Vale do México. Era considerado o maior e mais desenvolvido império da mesoamérica daquele período, até a chegada dos espanhóis. A dominação asteca sobre um vasto território esteve relacionada a todo um processo de controle militar ou por intermédio da cobrança de impostos Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_005 No movimento de Independência do Haiti surgiam as contradições sociais existentes na colônia, mas não foi unicamente uma rebelião de escravos, nem apenas o resultado de uma luta dos mulatos para conquistar a igualdade anunciada pela Revolução Francesa. Foi um amplo movimento feito pelas massas, liderada pela elite mulata, e grande contingente de negros escravo. Este movimento representou um golpe decisivo no modo de produção escravista implantado na era colonial, onde instalava-se um Capitalismo dependente. (tributos). A base da economia era a agricultura, além do milho, o principal produto era o feijão, a abóbora, o tomate, o algodão e o tabaco. Os astecas também foram conhecidos pelos seus sistemas de irrigação, devido à precariedade do solo da região (Chinampas). A terra era coletiva e dividida pelos clãs. Dentro da sociedade asteca existia o trabalho a partir da servidão coletiva, no qual o indivíduo podia ser convocado para prestar um determinado serviço ao governador daquele povo. O dinheiro como meio de troca não existia. A sociedade era bastante hierarquizada. O sistema de governo era uma monarquia, de caráter teocrático e militar. As guerras da conquista tinham um caráter político, econômico e religioso. Os Incas EM_V_HIS_005 Habitantes da famosa área andina, que incorporou as regiões ao Norte do Equador, todo o Peru, as terras altas da Bolívia e ao Sul, o litoral chileno. Essa civilização formou um império consolidado, diferentemente das demais, possuindo uma notável organização política. Os incas devem ter chegado naquela região por volta do ano de 1200. Eles se autodenominavam os filhos do sol. A economia era baseada na agricultura primitiva (batata e milho), ocupando uma pequena área fértil em Cuzco, estando dividido em clãs (ayllus núcleo social básico). O trabalho era coletivo. No governo de Pachacútec, os incas alcançaram o pleno domínio político-econômico da região andina. A terra pertencia ao governo daquela civilização. A propriedade em si era dividida na parte destinada ao rei, ao sol e a comunidade. A população camponesa também pagava como tributo ao rei a chamada mita, ou seja, o trabalho gratuito nas obras públicas e nas minas. A sociedade inca estava dividida em camadas, em que o personagem mais importante era o imperador. RESUMO: Os incas (XIII – XVI) possuíam uma hierarquia social dividida em: o Imperador (Inca), a alta nobreza, os curacas (nobreza), a camada média, os camponeses e os escravos. Cultivavam principalmente milho, feijão e mandioca. Utilizavam técnicas de cultivo como a construção de canais de irrigação. O comércio era baseado na troca de produtos, conheciam a mineração e o ouro. Os astecas (XII – XVI) possuíam uma organização social baseada no governante supremo, num grupo dominante (sacerdotes e chefes guerreiros), comerciantes, povo e escravos. Também cultivavam milho, feijão, entre outros produtos, e conheciam as técnicas de irrigação. Os maias (VII – IX) estavam divididos em nobres, sacerdotes, povo e escravos. Estes também cultivavam o milho, o feijão, entre outros produtos. Destaca–se o conhecimento de canais de irrigação. Em ambos os povos (astecas e maias) o comércio era baseado na troca de produtos. A colonização espanhola deu-se por intermédio da conquista da América Latina pelos desbravadores espanhóis Francisco Pizarro e Diego Almagro, que possuíam como único objetivo descobrir metais preciosos. Nestas regiões depararam-se com vários povos indígenas, entre eles os incas, astecas e maias, que foram praticamente exterminados pelos espanhóis. A colonização possuiu como objetivo principal o abastecimento das necessidades da metrópole espanhola (política mercantilista baseada no pacto colonial). Para isso a Coroa mandou os chamados adelantados, isto é, pessoas responsáveis em conquistar os territórios. Além disso, na colônia existia também as chamadas audiências e vice-reinados (divisão territorial), caracterizados pelas funções administrativas e tribunal, ambos localizados na colônia. As cidades eram administradas pelos chamados cabildos, que eram membros da Câmara Municipal, e era formada por elementos da classe dominante. Na Metrópole existia órgãos parecidos com os fixados na colônia, como, por exemplo, a chamada casa de contratação e o real supremo conselho das índias, que eram caracterizados pelo controle total da exploração colonial e administração da colônia. Ocorreu dentro da colonização espanhola o surgimento de grandes unidades produtoras de artigos para o mercado externo. A organização da mão-de-obra na colonização espanhola deu-se de duas maneiras: •• Encomienda: Forma de trabalho não-remunerada, no qual o encomendero possuía o direito a vastas áreas e a responsabilidade de cristianizá-las com a ajuda dos jesuítas. •• Mita: Os índios trabalhavam durante um período de tempo nas minas espanholas de prata, possuindo um certo tipo de remuneração. No final ela chegava a ser uma escravidão ligeiramente dissimulada. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 5 `` Na região continental o predomínio foi a utilização da mão-de-obra indígena, a partir do trabalho compulsório (mita e encomienda). Já nas ilhas de colonização espanhola, predominou a mão-deobra negra-escrava proveniente do continente africano. A sociedade colonial espanhola estava dividida em algumas camadas sociais. Esta divisão coincidia com a clivagem étnica, com isso tínhamos uma minoria dominante constituída de brancos (espanhóis) que eram os donos das terras, das minas, manufaturas e do comércio. Já, do outro lado da pirâmide, estava a grande massa de trabalhadores, que era composta por índios e negros. Lembrando que os mestiços desempenhavam, geralmente, um papel intermediário na sociedade. A minoria dominante estava dividida em duas classes: •• Chapetones: espanhóis nascidos na Espanha, possuindo estes direitos políticos e a possibilidade de ocupar cargos altos na colônia. •• Criollos: espanhóis (brancos) nascidos na colônia. Estes não possuem direitos políticos e nem a possibilidade de ocupar altos cargos na administração da colônia. Na maioria dos casos, eles eram latifundiários e/ou comerciantes. No final do século XVIII, e início do século XIX, a influência do pensamento iluminista ligado a outros fatores, como, por exemplo, as guerras napoleônicas na Europa, levaram ao processo de luta pela Independência das colônias espanholas na América. Esse movimento foi liderado por essa elite criolla. FILMES: A missão Solução: a) Os puritanos que colonizaram a América do Norte deixaram a Inglaterra, pois a reforma anglicana impunha grande intolerância àqueles que não professassem a religião oficial. A região Sul, escravista, se organizou economicamente em torno de grandes propriedades, cuja produção era voltada para o mercado externo. As condições geográficas e climáticas foram fatores decisivos na opção pela economia agroexportadora baseada em plantations. 2. Em que consistiam as práticas da mita e da encomienda, usadas pelos espanhóis nas colônias americanas? `` Solução: A mita era o direito dos colonos exigirem o trabalho compulsório de um certo número de indígenas nas minas e a encomienda era o direito dos colonos explorarem o trabalho de uma comunidade indígena, com a obrigação de ensinar-lhes o cristianismo e garantir-lhes a subsistência. 3. Após a chegada dos espanhóis na América, estes começaram a explorar a prata, principalmente da região de Potosi, e levá–la para a Europa, onde naquele continente acarretou o aumento nos preços dos produtos, causando o que chamamos de Revolução dos Preços. Sabendo deste acontecimento, qual era a simbologia química da prata? E qual era a base da mão–de–obra utilizada nesta exploração? `` Solução: Ag. A base da mão–de–obra para a exploração da prata era o trabalho compulsório dos indígenas, utilizando principalmente a mita. Direção de Roland Joffé. 1986. Hans Staden 1. Sobre a colonização inglesa na América do Norte: a) estabeleça sua conexão com os desdobramentos da Reforma Protestante da Inglaterra; b) explique por que na região Sul se originou uma organização socioeconômica diferente da do Norte. 6 1. (UERJ) Na realidade, nem toda a colonização se desenrola dentro das travas do Sistema Colonial. Os sistemas nunca se apresentam, historicamente, em estado puro. (...) A colonização da Nova Inglaterra se deu fora dos mecanismos definidores do sistema colonial mercantilista, e (...) fatores específicos (...) deram origem a essa forma de expansão ultramarina: colônias de povoamento Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_005 Direção de Luiz Alberto Gal Pereira. 1999. (...). A categoria de colônias que se lhe contrapõe é a de colônias de exploração. (NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808). São Paulo: Hucitec, 1981. Adaptado.) Considere a Nova Inglaterra como exemplo de colônia de povoamento e a América Portuguesa como exemplo de colônia de exploração. Cite, para cada uma delas, o tipo de propriedade predominante e a principal relação de trabalho. 2. (Cesgranrio) “(...) Em 1781, Tupac Amaru sitiou Cuzco. Este cacique mestiço, descendente direto de imperadores incas, encabeçou o movimento messiânico e revolucionário de maior envergadura. A grande rebelião estourou na Província de Tinta (...) A Província de Tinta estava ficando despovoada por causa do serviço obrigatório nos socavões de prata da montanha.” (GALEANO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978, 5o. ed. p 55/56.) Sobre a colonização europeia na América e seus reflexos, não se pode afirmar que a(o): a) população descendente dos nativos, ainda hoje, na região citada no texto, se mantém dependente das classes privilegiadas, que dominam o Estado e a economia. b) elite econômica da colônia - os criollos - foi a responsável pela independência da América espanhola, apesar da eclosão de movimentos populares. c) libertação social e política da população haitiana, primeira e única deste gênero na América Latina, foi fruto da ação de Tupac Amaru. d) exploração do trabalho indígena nas minas - a mita - provocou reações como a que está citada no texto. e) movimento popular e camponês liderado por Tupac Amaru fracassou, entre outros motivos, pela falta de apoio das elites coloniais. EM_V_HIS_005 3. (Unirio) “Nos anos 1575-1600, Potosi produziu talvez a metade de toda a prata hispano-americana. Tal profusão de prata não teria vindo à tona sem a concomitante abundância de mercúrio de Huancavélica, que naqueles mesmos anos estava também produzindo como nunca havia feito. Outro estimulante para Potosi foi claramente a mão-de-obra barata e abundante fornecida através da mita de Toledo”. (LESLIE BETHELL. (org.) História da América Latina: A América Latina Colonial, v. 2: São Paulo: Editora da USP: Brasília: Fundação Alexandre Gusmão, 1999, p.141.) A descrição anterior reflete o caráter da exploração da mão-de-obra indígena na manutenção da produção econômica colonial, sob o regime da mita, instaurada pelo vice-rei Francisco de Toledo. Podemos definir essa forma de exploração do trabalho como: a) escravo, decorrente do recrutamento de grupos indígenas que pagavam tributos coletivamente, ficando sob a guarda do colonizador que se encarregava da obrigação de instruí-los na fé católica. b) forçado, de origem incaica, funcionando através de recrutamento por sorteio em suas comunidades e direcionado especialmente para as atividades intensificadas na mineração. c) servil indígena, hereditário, oferecendo à Coroa espanhola impostos em troca de benefícios individuais, tais como concessão de títulos de nobreza e doação de terras para a agricultura. d) individual e vitalício, recrutado mediante especialização e capacitação, produzindo uma elite trabalhadora altamente remunerada e distanciada da maioria dos outros trabalhadores locais. e) trabalho livre e voluntário, adotado pela Coroa espanhola para mobilizar grandes contingentes de desempregados que se associaram aos espanhóis e, com o passar dos anos, os sucederam como dirigentes. 4. (UFF) Durante o Renascimento, o mundo ibérico caracterizou-se por sua política de descobrimentos e de colonização do Novo Mundo. Sobre as relações coloniais na área de expansão espanhola no Novo Mundo, afirma-se: I. A Casa de Contratación era uma entidade com sede em Sevilha que se encarregava de organizar o comércio na América e cobrar a parte real nas transações com metais preciosos (o quinto). II. O domínio espanhol sobre Portugal foi parte da política expansionista de Felipe II. III. A criação dos vice-reinos teve como um dos objetivos manter os colonizadores sob a direção metropolitana. IV. A enorme extensão dos domínios da Espanha na América e a força dos interesses particulares dos colonos prejudicaram a política descentralizadora de Castela. As afirmativas que estão corretas são as indicadas por: a) I, II e III b) I e III c) I, III e IV d) I e IV e) II, III e IV Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 7 c) os aztecas foram dominados pelos espanhóis por meio de uma estratégia que evitou a guerra, mas disseminou epidemias mortíferas. 1. (UFRRJ) d) as epidemias tornaram-se uma forma eficiente de dominação empregada pelos europeus na conquista das terras indígenas. Sobre a Literatura de Ficção na Época Colonial O vice-rei do México, Matias de Gálvez, assina um novo decreto a favor dos trabalhadores índios. Receberão os índios salário justo; bons alimentos e assistência médica; e terão duas horas de descanso, ao meio dia, e poderão mudar de patrão quando quiserem.” (GALEANO, Eduardo. As Caras e as máscaras. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985, p.107.) O autor procura ironizar com o título dado ao texto às práticas desenvolvidas pelos espanhóis na América, já que: a) os indígenas trabalhavam legalmente como escravos dos espanhóis sendo falsa a ideia de “salário justo” e “boas condições de vida e trabalho”. b) apesar das várias legislações sobre o assunto, ocorria, na prática, uma superexploração do trabalho indígena sob os regimes da mita ou da encomienda. c) a situação dos indígenas americanos era, na época, bem melhor do que propunha o decreto do vice-rei do México pela pressão exercida a favor deles pela igreja católica. d) os indígenas não podiam nunca mudar de patrão pois este sempre fora o rei da Espanha, que não abria mão dessas prerrogativas. e) o decreto não tinha razão de ser, pois os indígenas mexicanos tinham sido completamente dizimados pela conquista e pelo trabalho de exploração mineral no século XVI. 2. (Fuvest) “Deus castigou esta terra com dez pragas muito cruéis por causa da dureza e obstinação de seus moradores [...]. A primeira dessas pragas foi que, num dos navios, veio um negro atacado de varíola, uma doença que nunca tinha sido vista nessa terra.” (Motolinía. Memórias das coisas da Nova Espanha.) A respeito desse relato do franciscano Motolinía, sobre a conquista da cidade do México pelos espanhóis, em 1520, pode-se concluir que: a) os religiosos europeus justificavam a conquista das populações indígenas por serem geneticamente frágeis. b) os povos indígenas adotavam táticas cruéis de guerra que incluíam a disseminação de epidemias entre os conquistadores. 8 e) as epidemias originárias da África dizimaram parte do exército dos conquistadores espanhóis e dos indígenas mexicanos. 3. (Unicamp) Os primeiros escravos negros chegaram ao Novo Mundo bem no início do século XVI. Por três séculos e meio as principais potências marítimas competiram entre si em torno do lucrativo tráfico de escravos, que levou aproximadamente dez milhões de africanos para as Américas. (DAVIS, David Brion. O problema da escravidão na cultura ocidental. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, p. 24. Adaptado.) a) Cite uma das principais potências europeias que traficava escravos nos séculos XVII e XVIII. b) Caracterize o comércio triangular entre Europa, África e América neste período. c) Quais as consequências, para a África, do tráfico negreiro? 4. (Unicamp) “Na América do Sul, o que impressiona é a diferença essencial que existe entre a colonização espanhola e a portuguesa. Desde o início, a Coroa de Castela encoraja a imigração de mulheres que, com suas criadas, contribuem para a expansão da civilização espanhola na América. As leis de sucessão dão-lhes direito à herança, o que aumenta sua autoridade quando são filhas únicas. Os casamentos inter-raciais são raros e a preocupação com a ‘limpeza de sangue’ é fundamental, inclusive para o acesso aos mais altos cargos.” (FERRO, Marc. História das Colonizações: das conquistas às independências - séculos XVIII a XX. São Paulo: Cia. das Letras, 1996, p. 135. Adaptado.) a) De acordo com o texto, qual o papel da mulher na colonização espanhola? b) O que foi a política de “limpeza de sangue”? c) Por que os criollos foram importantes no processo de Independência? 5. (UFMG) A Espanha, ao conquistar e colonizar vastas regiões do continente americano, implementou, nas colônias, algumas instituições. Entre essas instituições, incluíam-se: a) escolas primárias, que foram implantadas pela Coroa com o objetivo de conter o avanço da Igreja sobre as instituições educativas. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_005 “1785 Cidade do México b) missões jesuíticas, que foram implementadas, no final do período colonial, como última tentativa para evangelizar os índios guaranis. c) órgãos da Inquisição, que foram criados nas colônias, visando difundir o pensamento da Ilustração. d) universidades, que foram fundadas e mantidas por ordens religiosas nas mais importantes cidades coloniais. 6. (UFV) O processo de colonização inglesa na América instituiu, nas treze colônias, perceptíveis diferenças entre as do norte e as do sul. Elenque as diferenças entre elas no que se refere às relações de trabalho e à produção agrícola. 7. Durante o processo de expansão marítima, os navios se jogaram ao mar em busca de novas terras a serem exploradas. Imagine que um dos navios da expedição liderada por Cabral era levado por ondas que o elevava duas vezes por segundo. O comprimento da onda é de 4m. a) Quanto vale a velocidade destas ondas em m/s? b) Que continente a historiografia refere como o Novo Mundo? 8. No ano de 73 a.C., um grande número de escravos e camponeses pobres se rebelaram contra as autoridades romanas no sul da Itália. Os escravos buscavam retornar às suas pátrias. Depois de resistirem aos exércitos romanos durante dois anos, a maioria foi massacrada. (Traduzido e adaptado de P. Brunt, Social conflicts in the roman republic.) a) Compare, a escravidão na Roma antiga e na América colonial, identificando suas diferenças. EM_V_HIS_005 b) Quais foram as formas de resistência escrava nesses dois períodos? Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 9 b) Transporte de algodão em fibra, das colônias inglesas de exploração para a Inglaterra; remessa de tecidos de algodão ingleses para escambo de escravos na África; e transporte de escravos africanos para as colônias norte-americanas de exploração. 1. Tipo de propriedade predominante: • Nova Inglaterra: pequena e média propriedade. c) Emigração forçada de milhões de africanos e inserção da África no quadro do Capitalismo comercial durante a Idade Moderna. • América portuguesa: grande propriedade. Principal relação de trabalho: • Nova Inglaterra: livre, servidão por contrato. • América portuguesa: escrava. 3. B 4. A 1. B 2. D 3. 10 a) Inglaterra. a) Contribuir para a preservação etnocultural da elite colonizadora, assegurando a existência de famílias criollas de pura ascendência espanhola. b) Uma política que favoreceu a realização de casamentos entre espanhóis ou hispano-descendentes, dificultando os casamentos interétnicos, que poderiam provocar a inclusão, na camada dominante, de elementos considerados indesejáveis ou nocivos. c) Formando a elite socioeconômica das colônias espanholas, lideraram o processo de Independência das mesmas. 5. D 6. Nas colônias de povoamento ao Norte, a produção agrícola estruturou-se nas pequenas (farm) e médias Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_005 2. C 4. propriedades orientadas para a policultura e que empregavam a mão-de-obra familiar, a livre e assalariada e, em alguns casos, a servidão por contrato (indentured servants). Já nas Colônias de Exploração do Sul, prevalecia a estrutura de plantations, latifúndios monocultores, cuja produção destinava-se à exportação, e que empregavam a mão-de-obra escrava africana. 7. a) A velocidade da onda se relaciona com sua frequên-cia (f) e seu comprimento de onda (aqui chamado de c), por v = c.f. O enunciado diz que f = 2s e c = 4m. Logo, a v = 8m/s. b) O continente americano (América). 8. a) Na Roma Antiga, o escravismo constituiu-se na base da organização econômica, sendo os escravos obtidos inicialmente em função do não-pagamento de dívidas mas, principalmente, pelas guerras de conquista. EM_V_HIS_005 b) Na América colonial, o trabalho escravo aparece adequado à acumulação primitiva de capital, sobretudo o tráfico negreiro. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 11 EM_V_HIS_005 12 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br