AVALIAÇÃO COPROPARASITOLÓGICA E TERAPÊUTICA EM PACIENTES COM ENTEROPARASITOSES EM MARÍLIA (SP) COPROPARASITOLÓGICA EVALUATION AND THERAPY IN PATIENTS WITH INTESTINAL PARASITE MARÍLIA (SP) Luciana Marcatto Fernandes [email protected] CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO UNISALESIANO Auxilium de LINS RESUMO As doenças intestinais atualmente ocorrem de maneira mundial, tendo elevada prevalência em países subdesenvolvidos. Avaliou-se, através de exames coproparasitológicos, a prevalência de infecções intestinais em funcionários que trabalham nas dependências da Universidade de Marília e Hospital Universitário. O grupo participante era de 38 pessoas, atuantes nos setores de cozinha e limpeza. Após a coleta de 3 amostras em frascos de Coprotest® de cada funcionário, análise coproparasitológica foi feita demonstrando 34% positivas para protozoários. O tratamento foi feito com o uso de Metronidazol e Albendazol. Após o término do tratamento novas coletas foram realizadas e analisadas onde 75% dos analisados ainda apresentavam algum tipo de parasita. Foi concluído a ocorrência de reinfecções durante o tratamento, resistência parasitária ao medicamento e uso incorreto de medicamentos. Palavras Chaves: Avaliação Coproparasitológica; Parasitoses Intestinais,; Metronidazol ; Mebendazol. ABSTRACT Intestinal diseases are now under way worldwide, with high prevalence in developing countries. We evaluated through fecal examinations, the prevalence of intestinal infections employees working on the premises of the University of Marilia and University Hospital. The participant group was 38 people, who work in the kitchen and cleaning sectors. After collecting samples in Coprotest® 3 bottles of each employee, coproparasitológica analysis was performed showing 34% positive for protozoa. The treatment was done with the use of metronidazole and albendazole. After the new treatment samples were taken and analyzed where 75% of the analyzed still had some type of parasite. The occurrence of reinfection was completed during treatment, parasite drug resistance and misuse of drugs. Key Words: Evaluation Metronidazole, Mebendazole. Coproparasitológica; Intestinal Parasites,, INTRODUÇÃO As doenças intestinais atualmente ocorrem de maneira mundial, tendo elevados coeficientes de prevalência em países subdesenvolvidos (OLIVEIRA & GERMANO, 1992). O parasitismo intestinal, no Brasil, constitui ainda um dos sérios problemas de saúde pública, apesar dos avanços sócio-econômicos observados nas últimas décadas na maioria das regiões do país. Sabe-se que as parasitoses intestinais são mais freqüentes em regiões menos desenvolvidas, sendo que, em países subdesenvolvidos atingem índice de até 90% da população. O aumento significativo da freqüência varia de acordo com a diminuição do nível sócio econômico. Pesquisa populacional sobre parasitas intestinais, realizada em diversas regiões do país, demonstra freqüências diferentes, que variam de acordo com as condições locais de saneamento básico Além disto, devem ser considerados também a idade, o grau de escolaridade da população e o contato direto destas com animais (ABRAHAM et al., 2007). A infecção parasitária pode ocorrer de forma assintomática, o que torna difícil o controle e a prevenção, já que as pessoas que não apresentam sintomas não se tratam ,e continuam eliminando formas contaminantes dos parasitos .(NEVES,2006) Os parasitas intestinais, principalmente os protozoários estão em maior prevalência em crianças, de acordo com estudo realizado em escolares de Estiva Gerbi/SP, verificou-se com maior intensidade a presença do protozoário comensal Entamoeba coli, em seguida Giardia duodenalis (FERREIRA e ANDRADE, 2005). Estes parasitas também acometem adultos como citados em estudo realizado na penitenciária de Presidente Venceslau - SP, a prevalência do protozoário patogênico mais encontrado foi novamente a Giardia lamblia seguido pelo protozoário Endolimax nana (ABRAHAM et al., 2007). Quando tratamos a respeito do controle das enteroparasitoses, vários medicamentos antiparasitários são utilizados como : Tiabendazol, Praziquantel, Piperazina, Ivermectina, Levamisol, Metronidazol e Mebendazol. Sendo que a maioria destes medicamentos são utilizados há várias décadas, devido à não existência de novas drogas disponíveis no mercado para essa finalidade.: Na prática clínica, os medicamentos mais utilizados para tratamento das enteroparasitoses são os dois últimos descritos: metronidazol e mebendazol. O Ministério da Saúde, no Plano Nacional de Vigilância e Controle das Enteroparasitoses, cita mebendazol, albendazol, tiabendazol e praziquantel como drogas de primeira escolha para tratamento de helmintíases, sendo que a escolha da droga dependerá da etiologia da infecção. Já para as protozooses intestinais, o tinidazol e o metronidazol aparecem como drogas de primeira escolha para amebíase e giardíase, não havendo recomendação de tratamento para outras infecções amebianas, a não ser que haja quadro clínico que o justifique. A escolha da droga é influenciada pelo espectro de infecções poliparasitárias e intensidade de infecção que o paciente apresentar (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). Além do tratamento farmacológico, ações governamentais em infra-estrutura urbana e educação sanitária são essenciais para uma redução das prevalências destas infecções na população. OBJETIVOS Os objetivos do presente trabalho foram: Avaliar, através de exames coproparasitológicos, a prevalência de infecções intestinais em funcionários que trabalham nos setores de cozinha e limpeza das dependências da Universidade de Marília e Hospital Universitário. Analisar a eficácia do tratamento, as possíveis interações medicamentosas que interferem no processo de cura, fatores de risco associados aos processos de re-infecção. METODOLOGIA Foram realizadas análises coproparasitológicas de 38 funcionários que trabalham nas seções de cozinha e limpeza, da Universidade de Marília (UNIMAR) e Hospital Universitário (HU), ambos situados no município Marilia (SP). O grupo avaliado inicialmente era composto por 38 funcionários, sendo 15 do setor de cozinha e 23 da limpeza. A avaliação coproparasitológica foi realizada no Laboratório de Parasitologia da Faculdade de Ciências da Saúde da UNIMAR, no período de abril a outubro de 2008. O método utilizado foi o de centrífuga-sedimentação em formalinaacetato de etila. (Coprotest®) cada indivíduo recebeu orientações para coleta da amostra e três frascos coletores. A maioria dos funcionários entregou as três amostras para análise. Um questionário foi aplicado aos funcionários, no momento da entrega das amostras, tendo como objetivo fornecer dados sobre condições de moradia, hábitos alimentares, escolaridade e renda familiar. Os laudos dos exames coproparasitológicos foram encaminhados para a médica responsável pelo ambulatório do SESMT do Hospital Universitário, Dra. Dolores Manzano de Albuquerque, a fim de indicação de tratamento medicamentoso para os casos positivos. Uma semana após o término do tratamento medicamentoso, foram realizadas novas análises coproparasitológicas para avaliação da cura.Um segundo questionário foi aplicado para os funcionários que apresentaram positividade nos exames coproparasitológicos. Durante a pesquisa, ocorreu a desistência de alguns funcionários, devido a diversos fatores, entre eles o abandono de tratamento e negatividade dos resultados, restando assim apenas 7 funcionários, sendo 5 da limpeza e 2 da cozinha. O questionário foi aplicado a estes funcionários com o objetivo de avaliar a condução terapêutica e as possíveis interações medicamentosas ou alimentares existentes. Os dados obtidos nestes questionários foram analisados estatisticamente. RESULTADOS Dos 38 funcionários que participaram do presente estudo no primeiro momento, 4 pertenciam ao sexo masculino e 34 ao sexo feminino, com faixa etária variando entre 20 a 60 anos. A maioria era residente do próprio município de Marília (SP). A Tabela 01 apresenta os dados obtidos através do questionário sobre hábitos higiênico-sanitários. Nota-se que a maioria analisada indica hábitos de higiene das mãos e alimentos. Uma observação importante é o uso de medicação anti-helmíntica uma vez ao ano, sendo que a maioria relatou utilizar medicamentos por conta própria, sem que houvesse indicação médica nem exame coproparasitológico positivo que justificasse tal uso. Tabela 01. Hábitos higiênico-sanitários dos indivíduos analisados. FREQUÊNCIA (%) HÁBITOS sim/sempre não/nunca às vezes Uso de remédio de verme no ano 34 66 - Uso de medicação constante 55 45 - Lava as mãos antes das refeições 97 0 3 Lava as mãos depois de usar o sanitário 100 0 0 Come carne mal passada ou crua 0 76 24 Lava as frutas antes de consumir 100 0 0 FONTE: Elaborada pelo autor As Figuras 01 e 02 indicam os dados referentes aos hábitos com relação à conservação de alimentos e cuidados antes da utilização da água. Figura 01. Hábitos quanto à conservação dos alimentos. 15% 20% 65% geladeira fruteira água com vinagre FONTE: Elaborada pelo autor Figura 02. Hábitos quanto aos cuidados para utilização da água. filtra 76% ferve 21% nenhum 3% FONTE: Elaborada pelo autor Tabela 02 representa os dados obtidos sobre as condições de moradia e saneamento básico. Pela análise da tabela, observaram-se indicadores que retratam melhoria nas condições de vida e bom aspecto da água consumida Tabela 02. Condições de moradia e saneamento básico CARACTERÍSTICA FREQUÊNCIA Tipo de construção Alvenaria Madeira Outros 90% 7% 3% Numero de cômodos da casa 1a5 6 a 10 80% 20% Numero de pessoas que residem na casa 1 a 3 Pessoas 4 a 5 Pessoas 6 a 10 Pessoas 56% 38% 7% Numero de adultos residentes na casa 1 a 3 Pessoas 4 a 5 Pessoas 6 a 10 Pessoas 87% 13% 0 Numero de crianças residentes na casa 1 a 3 Pessoas 4 a 5 Pessoas 6 a 10 Pessoas Nenhuma 59% 3% 0 38% A casa recebe água encanada Sim Não 100% 0 Possui rede de esgoto Sim Não 100% 0 Origem da água para beber Encanada Mina Poço Outros FONTE: Elaborada pelo autor 66% 25% 9% 0 As análises coproparasitológicas realizadas inicialmente em 38 pacientes indicaram 13 amostras positivas totalizando 34,2% dos indivíduos analisados.Todas as infecções eram provocadas por protozoários, sendo que a maior frequência observada foi para as diferentes espécies de amebas enteroparasitas. A frequencia dos parasitas encontrados está representada na Figura 03. O protozoario Entamoeba coli foi o mais frequente no sexo feminino, em todas as faixas monoparasitismo etarias. (92,30%) na Observou-se populacao percentual estudada; elevado de entretanto, o poliparasitismo (7,69%) foi pouco significativo. Figura 03. Frequência de parasitológica. parasitas encontrados na análise Entamoeba coli 7,7% 30,7% 53,9% 7,7% Entamoeba histolytica/dispar Endolimax nana Blastocystis hominis FONTE: Elaborada pelo autor copro- É evidente a relação entre a frequência de parasitas encontrados com o hábito de ingerir a água sem nenhum processo de filtração prévio. Apesar da maioria das pessoas receber água encanada em suas casas, uma boa parcela utiliza água de mina ou poço. Como os protozoários encontrados têm a água como principal fonte de veiculação, a falta de filtração colabora para o processo de infecção (REY, 2007). Com relação aos dados obtidos no item que relaciona o uso da agua encanada, mostram que 100% das residências possuem água tratada, obtendo assim uma intrínseca relação entre o acesso a água de boa qualidade, adequada infra-estrutura de saneamento e saúde humana. Embora todas as casas tenham agua encanada, o estudo ainda demostra que a origem da agua para beber ainda advém de outras fontes, sendo também obtida através de minas (25%) e de poços (9%) . O crescimento populacional mundial, contribui para um continuo e crescente processo de contaminação em função do despejo de esgotos in natura ou tratados, de fezes de animais (silvestres e domésticos), alem dos efluentes resultantes das atividades industriais em rios, poços e minas tornando estas fontes de água precursores de doenças de veiculação hídrica (FRANCO, 2007; NOLLA e CANTOS, 2005; AMARAL et al.,2003) Assim as doenças de veiculação hídrica, sobretudo aquelas causadas pelos protozoários intestinais, emergiram como um dos principais problemas de saúde publica nos últimos 25 anos, apesar da adoção de regulamentos e medidas cada vez mais restritivas (em países desenvolvidos), e dos avanços em tecnologia de tratamento (FRANCO, 2007). As enteroparasitoses constituem um serio problema de saúde publica, devido ao difícil acesso ao saneamento básico e educação da população mais carente. A transmissão desses agentes esta diretamente relacionada com as condições de vida e higiene da população, visto que o consumo de verduras cruas constituem importante meio de transmissão de doenças parasitarias pela freqüente pratica de irrigação de hortas com água contaminada por matéria fecal ou mesmo adubadas com dejetos humanos (GUIMARÃES et al., 2003). Na composição deste quadro de enteroparasitas, destaca-se ta ocorrência de protozoários, sendo a Entamoeba coli, Endolimax nana e Giardia lamblia as mais freqüentes.Estas são consideradas indicadores de consumo de água e alimentos contaminados por matéria fecal (ANARUMA FILHO,2007).Este trabalho também demonstra a destes parasitas, incluindo Entamoeba histolytica/dispar e Blastocystis hominis , em menor frequência. Após a realização das análises coproparasitológicas, os laudos foram encaminhados para o SESMT. Foi prescrito pela médica do SESMT, Dra. Dolores Manzano de Albuquerque, Mebendazol de 100 mg (1 comprimido de 12 em 12 horas durante 3 dias, e repetir o mesma prescrição após 10 dias) e Metronidazol de 400 mg (1 comprimido de 12 em 12 horas, durante 7 dias, e repetir a prescrição após 10 dias) para todos os pacientes infectados. Sabe-se que o mebendazol é um fármaco anti-helmíntico de amplo espectro também utilizado contra vários grupos de parasitas (cestódeos, nematódeos, trematódeos) (CAÑETE et al, 2006). O Plano Nacional de Vigilância e Controle das Enteroparasitoses, cita mebendazol como droga de primeira escolha para tratamento de helmintíases, não sendo o mais indicado para o tratamento de protozoários, o fármaco se torna dispensável à prescrição, por não ter efeito algum sobre nossos resultados (MINISTERIO DA SAÚDE, 2005). De acordo com os resultados da pesquisa e grande positividade de protozoários, o fármaco metronidazol foi o mais indicado para o tratamento especifico desta classe de parasitas. Este fármaco abrange também o tratamento de giardíase, amebíase, tricomoníase, vaginites por Gardnerella vaginalis e infecções causadas por bactérias anaeróbias como Bacteroides fragilis e outros bacteróides, Fusobacterium sp, Clostridium sp. e Eubacterium sp.(PEREZ,1998). Na literatura, o tratamento de amebas indicado é de 2000 mg por dia, durante 5 a 7 dias (BPR Guia de remédios...). Portanto a posologia indicada pela medica condiz com o tratamento, e os funcionários aderiram ao tratamento proposto. O controle de cura foi realizado após a administração do medicamento, onde foram colhidas duas novas amostras de cada funcionário para o exame coproparasitológico. Inicialmente a coleta foi proposta á 13 funcionários, com o decorrer da pesquisa, ocorreu a desistência do tratamento de 6 funcionários, restando apenas 7 funcionários. O questionário aplicado após o tratamento foi respondido por todos os pacientes, assim que os mesmos entregavam amostras de fezes para avaliação de cura. Os dados obtidos neste questionários encontram-se na Tabela 03. Tabela 03. Avaliação de condução terapêutica dos pacientes positivos após término do tratamento. Tomou o medicamento antes ou após as refeições Sim 100% Não 0% Em qual refeição Almoço 14% Almoço e Jantar 72% Café da manhã e Jantar 14% Faz uso de bebidas alcoólicas Sempre 0% Freqüentemente 14% As vezes 28% Nunca 58% Fez o tratamento como prescrito Sim 86% Não 14% Apresentou efeitos colaterais Fraqueza nas pernas 14% Cólicas e dores abdominais 14% Não apresentaram efeitos colaterais 72% Faz uso de medicamento para o estomago Sim (omeprazol) 14% Não 86% Fez uso de outros medicamentos durante o tratamento Dorflex e dipirona 28% Dipirona 15% Dorflex e Doril 15% Nenhum 42% FONTE: Elaborada pelo autor Nos exames coproparasitológicos realizados após o término do tratamento indicaram que das 7 amostras analisadas, 5 delas (71,4 %) ainda se apresentam positivas após o tratamento, para os mesmos parasitas encontrados na primeira análise. O resultado obtido demonstrou uma ineficácia do tratamento, pois 14,28% apresentou apresentaram positividade positivos para para Endolimax E. histolytica/dispar, nana e 28,57% 28,57% pacientes apresentaram poliparasitismo para Entamoeba coli, Entamoeba nana e Iodamoeba butschllii. Podemos explicar este fato por duas vertentes: ou o paciente continuou exposto à novas infecções mesmo durante o tratamento ou a medicação utilizada não se mostra mais eficaz como parasiticida. A prevalência de re-infecção de enteroparasitoses humanas pode estar relacionada a manipulação de alimentos , podemos atribuir também á inadequadas práticas de higiene pessoal e doméstica e ao habito de comer fora de casa ou no trabalho.Isto mostra que a contaminação pode estar tanto no ambiente domiciliar como no ambiente de trabalho.(NOLLA e CANTOS,2003). A avaliação de enteroparasitoses humanas, por meio de inquéritos parasitológicos, tem sido um parâmetro utilizado no sentido de avaliar as condições sanitárias de populações que vivem em condições precárias. O presente trabalho demonstrou que as condições socioeconômicas do perfil dos avaliados estão adequadas em relação ás condições desfavorecidas de certas regiões do pais. (NOLLA e CANTOS, 2003) A re-infecção em adultos, provavelmente esta relacionada a não adesão do tratamento correto, a auto-medicação e prescrições errôneas podendo gerar a resistência dos parasitas. A automedicação de anti- helmínticos e anti-protozoários praticada pela população, faz com que o parasita entre em contato com o medicamento várias vezes (devido posologia inadequada), fazendo com que o parasita crie formas de resistência. Estudos realizados demonstram que o mecanismo de resistência de parasitas não está definitivamente esclarecido, sendo aceitas algumas hipóteses. Para a resistência da G. lamblia, acredita-se na redução da atividade da PFOR (piruvato ferrodoxina oxido redutase), o que levaria a redução da eletrotransferência para ferrodoxina ou a diminuição apartir da apoferredoxina, o que causaria a ineficiência da ativação do medicamento. Assim, o baixo nível de ferrodoxina e a menor atividade da PFOR reduzem a habilidade da Giárdia lambia em ativar o Metronidazol (BUSSATI, 2006). CONSIDERACOES FINAIS Os dados obtidos no presente trabalho permite-nos concluir que a maior prevalência encontrada em nossas pesquisas foram as amebas, principalmente Entamoeba coli e Endolimax nana. Apesar de alguns pacientes apresentarem bons hábitos de higiene,estes apresentam constante infecção ,esta pode estar relacionada á hábitos alimentares fora do seu ambiente familiar. Nos países subdesenvolvidos ,o parasitismo intestinal por diferentes espécies de protozoários persistem como um sério problema de saúde publica, principalmente pela constância com que se encontra associado a desnutrição, hábitos higiênicos precários, moradia e tratamento de água. Ao analisar a eficácia do tratamento proposto com Mebendazol e Metronidazol se mostraram ineficazes ao tratamento, pois das 7 amostras analisadas, 5 delas (71,4 %) ainda se apresentam positivas após o tratamento, para os mesmos parasitas encontrados na primeira análise. Tal fato pode ser justificado de duas maneiras, ou o paciente continua exposto à novas infecções ou a medicação utilizada não se mostra mais eficaz como parasiticida. Para tanto, necessita de novas investigações sobre o assunto. O tratamento das parasitoses intestinais não sofreu alterações substânciais nos últimos 20 anos, de forma que atualmente e consensual entre os parasitologistas que o paradigma de controle baseado em drogas necessita ser alterado, devido as formas de resistência adquirida com o uso inadequado de medicamentos sem prescrição médica, e posologia incorreta. REFERÊNCIAS ABRAHAM, R.S., TASHIMA, N.T., SILVA, M. A. Prevalência de Enteroparasitoses em Reeducandos da Penitenciária “Maurício Henrique Guimarães Pereira“ de Presidente Venceslau-SP. RBAC, v.39, n.1, p.39-42, 2007. AMARAL, L.A., NADER FILHO, A., ROSSI JUNIOR, O.D., FERREIRA, F.L.A., BARROS, L.S.S. Água de Consumo humano como fator de Risco à Saúde em Propriedades Rurais. Revista Saúde Pública, v.37, n.4, p.510-514, 2003. ANARUMA, F. F., CORRÊA, C.R.S, RIBEIRO, M.C.S.A, CHIEFFI, P.P, Parasitoses intestinais em áreas sob risco de enchente no município de Campinas, Estado de São Paulo, Brasil. 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