RELATO DE CASO: MALFORMAÇÃO ARTERIOVENOSA

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RELATO DE CASO: MALFORMAÇÃO ARTERIOVENOSA INTRAMEDULAR
Rocha, L.S.; Moraes, B.P.; Costa, C.K.; Talamini, G.C.; Wiegand, D.M.; Terres, T.L.A.
Universidade Católica de Pelotas
INTRODUÇÃO: Malformações arteriovenosas (MAV’s) são alterações na angiogênese, que podem
acometer qualquer parte do corpo, contudo as que envolvem cérebro e medula são mais propensas a
causarem sintomas. As MAV’s medulares correspondem a cerca de 4% de todos os tumores medulares.
RELATO DE CASO: paciente J.N.B., 35 anos com queixa de parestesia em MSD e perda de força em
MID há 10 e 3 anos, respectivamente, realiza RNM de coluna cervical que evidencia MAV intramedular
de C2 a C6, com sinais de sangramento prévio em C2. Paciente foi orientada a realizar angiografia
seletiva. DISCUSSÃO: O diagnóstico de MAV medular em geral é incidental, mas quando suspeitado o
exame de eleição é a RNM, que além de localizar a MAV pode demonstrar complicações ou outras lesões
passíveis de causar a sintomatologia. O padrão ouro é a angiografia seletiva, e serve tanto para
diagnóstico quanto para planejamento do tratamento. Pouco se sabe sobre a história natural das MAV’s
intramedulares. Sabe-se que 50% das MAV’s intramedulares apresentarão hemorragia, com uma taxa de
ressangramento de 10% no primeiro mês e 40% no primeiro ano. Há apenas um relato de regressão
espontânea. O tratamento conta com embolização, cirurgia ou tratamento conservador, a intervenção está
indicada em pacientes que apresentem sintomatologia neurológica, e deve ser focada na melhora dos
sintomas e não na cura radiológica, visto o maior risco de morbidade. CONCLUSÃO: Sendo a MAV
intramedular uma lesão com alto risco de complicações neurológicas com grande morbidade, mais
estudos deveriam ser dirigidos a identificar fatores de risco para as complicações mais comuns como a
hemorragia, para somente nesses casos instituir o tratamento intervencionista.
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