Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional

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A INTER-RELAÇÃO ENTRE
OS DOGMAS DA RELIGIÃO E A CLÍNICA MÉDICA
MOKVA, João Paullo
RADAELLI, Patrícia Barth
RESUMO
A crença em religiões ou em dogmas acompanha a humanidade desde sua origem. Múltiplos são os pontos de vista, opiniões e princípios das
diferentes práticas religiosas a ponto de se estabelecer uma inter-relação entre religião e espiritualidade, especialmente, quando se trata de saúde. O
intercâmbio entre religião e espiritualidade se dá de tal forma que os profissionais da saúde, de modo especial, os médicos, os quais precisam saber
discernir entre aquilo que é referente à fé de um paciente e as questões pertinentes à doutrina destes. Dessa forma, o médico deve ater-se à situação
clínica do paciente e correlacioná-la aos preceitos religiosos que seus pacientes seguem a fim de usá-los a favor do tratamento clínico. Para que isso
ocorra, o profissional de medicina deve se basear em resultados de pesquisas, dados científicos e, sobretudo, conhecer bem a rotina religiosa de seus
pacientes, distinguindo de suas próprias crenças. Afinal, no momento em que o médico pratica o ato de clinicar, deve, acima de tudo, ser profissional.
Ou seja, mesmo que a seita religiosa de um paciente possa ferir a ética de um médico, este deve abster e respeitá-la. O presente artigo visa esclarecer
as possíveis situações em que a prática religiosa é favorável ou totalmente desfavorável à recuperação clínica. Para isso, o estudo aqui apresentado
reúne desde dados de pesquisas científicas e referências bibliográficas até mesmo relatos do cotidiano a fim de comprovar o quanto a prática religiosa
interfere em um trabalho clínico.
PALAVRAS-CHAVE: Práticas religiosas. Clínica médica. Intercâmbio. Profissional da
THE INTER-RELATIONSHIP BETWEEN
DOGMAS THE RELIGION AND MEDICAL CLINIC
RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
The belief in religions or dogmas accompanies humanity since its inception. Are multiple points of view, opinions and principles of various religious
practices to the point of establishing an inter-relationship between religion and spirituality, especially when it comes to health. The interchange
between religion and spirituality is given so that health professionals, especially doctors, who need to discern between what is related to a patient's
faith and doctrine pertaining to these issues. Thus, the physician must take into account the clinical condition of the patient and correlate it to the
religious precepts that follow their patients to use them for clinical treatment. For this to occur the medical professional should be based on research
results, scientific data and, above all, know well the religious routine of their patients, distinguishing their own beliefs. After all, at the time the
medical practice act to practice medicine, must, above all, be professional. Ie, even if the religious sect of a patient may injure the ethics of a
physician, this must refrain and respect it. This article aims to clarify the possible situations in which religious practice is favorable or completely
unfavorable to clinical recovery. For this, the study presented here gathers data from scientific research and references are even reports of daily life in
order to prove how religious practice interferes with clinical work.
PALAVRAS-CHAVE EM LÍNGUA ESTRANGEIRA: Religious practices. Medical clinic. Exchange. professional
1. INTRODUÇÃO
A inter-relação entre a prática religiosa e a eficácia de um tratamento clínico se dá a partir do momento em que a
primeira pode influenciar a saúde mental e física de um paciente. Sob tal pressuposto, é necessário, primeiramente,
especificar alguns conceitos entre religiosidade, espiritualidade e prática religiosa a fim de possibilitar ao leitor a
compreensão do tema que não envolve nem religiosidade nem mesmo espiritualidade, apenas a prática religiosa. A
relevância desta última é devido ao fato de seus fundamentos concentrarem-se no plano real, ou seja, passível de
alterações, capaz de provocar mudanças significativas na vida de um paciente.
O médico, profissional, por excelência, da saúde, tem como dever a definição do que é melhor para um
paciente. No entanto, quando se refere a seitas religiosas, impasses podem surgir, obrigando, muitas vezes, o
profissional a fazer uma escolha entre manter-se na ética médica ou respeitar a opção de um paciente.
É senso comum que toda escolha requer uma perda; porém, quando se trata da prática religiosa, esta perda nem
sempre é aceitável, cabendo ao médico definir se é, realmente, necessária, uma vez que pode ser prejudicial ao
tratamento de um paciente. Na maioria dos casos, a religião traz benefícios ao praticante, pois pode evitar que o mesmo
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pratique excessos. Apesar disso, dependendo da ortodoxia, a própria seita pode ser considerada um excesso e prejudicar
a saúde, o que justifica a relevância da inter-relação entre os dogmas da religião e a clínica médica.
Partindo do pressuposto de que a medicina ainda encontra restrições em relação ao tema abordado, como lidar,
no cotidiano, com situações em que a prática religiosa e a prática médica podem se distanciar em virtude de princípios
divergentes?
O presente artigo visa auxiliar, por meio de estudos desenvolvidos por Koenig (2012) e Dawkins (2007) e
dados de pesquisas científicas publicados em periódicos da área de Ciências da Saúde, reflexões acerca do que pode e
deve ser feito em situações de impasse entre a prática religiosa e a prática médica.
2. DESENVOLVIMENTO
A prática religiosa é, muitas vezes, confundida com os conceitos de religiosidade e espiritualidade. De acordo
com o sentido denotativo, religiosidade é a pratica de quem é religioso, e, segundo Koenig (2012), pode ser dividida em
organizacional e não organizacional. A organizacional faz referência a uma questão mais intimista em que a pessoa
encontra sua paz e faz sua oração isoladamente. Já, a não organizacional abrange a coletividade, grupos de pessoas,
envolvendo questões muito mais complexas e abrangentes, pois não se trata de um direcionamento individual. Essa
relação é, de certa forma, complementar ao conceito de espiritualidade, que, segundo Houaiss (2012), corresponde à
qualidade de quem pratica intensamente uma atividade mística ou religiosa. A mesma é descrita por Koenig (2012)
como a parte não apenas mais complexa, mas multidisciplinar da experiência humana, por apresentar aspectos
cognitivos, experienciais e comportamentais.
Cognitivo, neste estudo, entendido como a busca de um indivíduo por suas verdades, usando como meio suas
crenças. Experiencial, como o próprio nome já diz, diz respeito a vivências e experiências de uma pessoa, normalmente,
de caráter emocional. Este aspecto tem grande relevância, pois exprime a qualidade das relações do indivíduo consigo
mesmo e com a sua comunidade. Já o que tange ao aspecto comportamental faz referência às expressões das crenças do
indivíduo, isto é, à forma como uma pessoa se comunica com a divindade, ou em especial, com o mundo espiritual.
Durante a clínica médica, não é meramente uma ou apenas duas, as situações em que o profissional da
medicina terá que encarar, tendo em vista pacientes que se submetem a práticas religiosas. Por esse motivo, ter os
conceitos acima citados bem definidos na memória é uma garantia de que a individualidade do paciente e sua fé serão
preservadas. Até porque, quando se trata de fé, mesmo Dawkins (2007), considerado um dos maiores teóricos do
ateísmo na contemporaneidade, afirma, em seu livro Deus um delírio, que quando se trata da saúde de uma pessoa, a fé
é algo intocável; as únicas variáveis se encontram na forma como esta fé é expressa. Logo, se até mesmo um estudioso
que, de acordo com sua teoria, acredita na inexistência de Deus, ou qualquer outro nome que possa fazer referência a
uma entidade superior, respeita a fé de um indivíduo debilitado, não cabe a nenhum médico desrespeitá-la. Porém,
como o próprio autor enfatiza, as formas de expressão da fé, ou seja, os cultos e as práticas religiosas que envolvem
questões físicas, estas, sim, o médico deve se ater para avaliar o grau de beneficio que elas trazem aos pacientes.
Os estudos que correlacionam a clínica médica à prática religiosa de pacientes são recentes e um tanto quanto
incipientes, uma vez que ainda não há resultados avaliados em conjunto. Apesar disso, Koenig concentrou, em sua tese
de doutorado, por meio de pesquisas de campo e bibliográfica, alguns parâmetros para os médicos usarem em
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determinadas situações. O resultado desse trabalho foi publicado no livro “Medicina, Religião e Saúde”, traduzido para
a língua portuguesa em 2012.
Mais do simplesmente atual e recente, a importância da prática religiosa durante um tratamento médico vai ao
encontro de um dos conselhos de Platão, o qual diz respeito à aceitação da verdade de que o corpo e a alma são um só e
que de nada adianta tratar de um sem considerar o outro; revela, do mesmo modo, verdade prescrita na célebre frase de
Hipócrates (apud KOENIG, 2012, p.03): “O dever do médico é curar às vezes, mas consolar sempre.”. Tanto um quanto
outro estavam certos, pois existe uma correspondência muito forte entre as questões da alma platônica e o corpo, da
mesma forma que o consolo de Hipócrates que, dependendo da situação, também pode se tornar uma forma de cura.
A religião, sob tais pressupostos, pode ser usada como fonte de suporte social, modificador comportamental e
agente pró-social. Tal relação se deve a uma pesquisa realizada no norte do estado do Alabama com 4522 pessoas de
uma amostra aleatória, envolvendo as mais diferentes idades e classes sociais. A pesquisa registrada por Koenig
(2012), detectou o contato pessoal como a forma frequente de felicidade e esta, para quase a totalidade dos
afroamericanos entrevistados, relacionada ao convívio com seus amigos no ambiente da igreja. Em dezenove dos vinte
estudos, revisados pelo autor e descritos a partir da pesquisa, a prática religiosa provou ser um fator benéfico,
principalmente, em idosos, já que esses têm grande tendência em participar de grupos religiosos, os quais se
transformam na principal fonte de convívio social e satisfação.
Em relação à clínica, esses mesmos dados são relevantes, considerando que, em situação de doença, cerca de
80 por cento dos idosos possuíam suporte nos amigos vindos de congregações religiosas, que mais do que acolhê-los
com orações, iam, frequentemente, visitá-los, algo que impedia, de certo modo, o surgimento de uma depressão por
solidão.
Como modificador social, a prática religiosa prova ser uma grande aliada à prevenção de vícios e males.
Apenas a título ilustrativo, pesquisas revelam que em 80 por cento dos estudos realizados para aferir a relação da
religião com a prática criminosa, as pessoas que estão vinculadas a uma entidade religiosa são menos propensas à
prática de atos criminais ou de vandalismo.
Entre outras pesquisas, a de Johnson e colaboradores (apud KOENIG, 2012), realizada em Boston, Chicago e
Filadélfia, pode evidenciar que dos 2300 homens de cor negra com idade entre 16 a 24 anos, pesquisados, a relação
entre a prática e o crime é inversamente proporcional. Esse fato pode até não ser tão significativo para a clínica, mas,
certamente, é um fator de profilaxia a ser considerado. Até por que, outro detalhe relevante é que pessoas que cultivam
a religião também são menos propensas ao alcoolismo, como demonstrado numa pesquisa realizada pela Universidade
de Columbia, em 2001, a qual constatou, entre os seus entrevistados, que aqueles que não participavam de nenhuma
organização religiosa tinham cerca de sete vezes mais chances de desenvolver vício com o álcool.
Além de tais constatações, as pesquisas relacionadas ao uso de drogas e à promiscuidade sexual, relacionadas a
doenças venéreas também tiverem os mesmos resultados. Isso indica que a prática religiosa é uma forte aliada da
medicina preventiva.
Por fim, quando a religião atua como agente pró-social, ajuda não de forma direta a clínica, mas sim, de forma indireta,
uma vez que se relaciona a questões de solidariedade e altruísmo, algo possibilita ajuda não simplesmente ao voluntario,
mas à toda a equipe médica envolvida.
Estudos de caráter mais científico têm provado, nos últimos anos, uma íntima relação entre a prática religiosa e
a imunidade humoral dos pacientes observados. Em um estudo promovido por Harner (apud KOENIG, 2012, p. 64), ao
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avaliar o efeito do tambor e da jornada xamânica sobre os níveis de IgA (imunoglobulinas), anticorpos derivados dos
linfócitos B foram diagnosticados. Nesse caso, por mais que se trate de uma prática milenar que estabelece ligação com
a crença xamânica entre o mundo físico e o espiritual, levando os praticantes a um nível espiritual, no qual a pessoa se
encontra em estado de repouso, nada foi relacionado comparando as amostras sanguíneas dos praticantes antes e depois
do ocorrido. Entretanto, num outro experimento realizado com 25 funcionários saudáveis de uma empresa de
biotecnologia que recém tinham recebido a vacina da gripe, em Medison, Wisconsin, foi correlacionada a atenção da
meditação budista com a produção das IgAs. Foi detectado, também, que nos funcionários que receberam a intervenção
da meditação, houve uma redução significativa no nível de estresse e um aumento significativo no número de
anticorpos quando comparados aos indivíduos que não seguiram a prática de meditação. Isso demonstra que nem toda
atividade de cunho religioso é eficaz no nível biológico, mas quanto mais a atividade estiver relacionada a fatores reais,
como é o caso da meditação, a chance de ocorrerem efeitos positivos é maior.
Os dogmas e seitas religiosas podem trazer beneficio ao seu praticante desde que as atividades sejam
moderadas. Isso por que entre os poucos relatos que se têm de malefícios, estes estão relacionados às práticas muito
ortodoxas, como em casos de praticantes do budismo que ficam dias em estado de meditação e têm suas condições
físicas prejudicadas, e em caso de doença, uma acentuação na patologia por motivos óbvios, como a ausência de
alimentação adequada e um estresse físico absurdo. Outro exemplo de prejuízo à saúde de um paciente é caso dos
testemunhos de Jeová que não aceitam a transfusão sanguínea, deixando os médicos numa situação muito delicada,
considerando que em determinadas situações pode ocorrer do médico ter de escolher entre fazer o procedimento para
garantir a vida do paciente ou respeitar a opção religiosa do mesmo, tendo que recorrer, dependendo do caso, à justiça,
mas tais situações representam a minoria no que tange às práticas religiosas.
Essas práticas já foram devidamente estudadas quando relacionadas, em pesquisas cientificas, com questões
da ansiedade, suicídio, bem-estar, otimismo, tabagismo, doenças cardiológicas, acidente vascular cerebral, cirurgia
cardíaca, os mais diversos tipos de câncer, entre tantas outras patologias que rodeiam a clínica médica. Em todos esses
casos, as conclusões foram as mesmas, ou seja, os pacientes que se submetem a experiências religiosas sem
envolvimento excessivo ou restrições severas, ou ainda a proibições dogmáticas, sempre obtêm melhoras significativas
nos casos clínicos quando comparados aos que não praticam. Isso por que se a religião for uma forma de interação
social, por meio da qual o indivíduo consiga praticar sua fé a ponto dele encontrar forças para encarar a patologia que o
aflige, não existe possibilidade da prática religiosa ser maléfica, independente da crença ou do método religioso.
A nobre frase de Ralph Waldo Emerson (apud DAWKINS, 2007, p.55), “a religião de uma era é o
entretenimento literário da seguinte”, cada vez mais, se faz presente nas pesquisas cientificas, visto que a curiosidade
por buscar o âmago do fator religioso e tentar entendê-lo tem crescido consideravelmente no meio acadêmico. Isso é um
fator extremamente positivo para os médicos que podem usar essas informações em seus diagnósticos e praticar uma
anaminese mais detalhada, de modo a usar os as práticas do paciente a seu favor e, principalmente, a favor da
recuperação deste.
Na contemporaneidade dos estudos científicos, é exatamente este foco que tem norteado os estudos de muitos
cientistas, fazendo das práticas das mais diversas religiões o objeto de estudo. Contudo vale ressaltar que todos esses
estudos são válidos apenas para as questões clínicas e não para o envolvimento da fé ou qualquer outro gênero que
esteja ligado ao misticismo da espiritualidade, uma vez que a relação aqui proposta é a de seres humanos com seres
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humanos. Portanto, o que não estiver na esfera humana, pode, devidamente, ser apurado. Sob tais considerações, vale
destacar o pensamento de Einsten (apud DAWKINS, 2007, p.274) :
Estranha é nossa situação aqui na Terra. Cada um de nós vem para uma curta passagem, sem saber por que, ainda que
algumas vezes tentando adivinhar um propósito. Do ponto de vista da vida cotidiana, porem, de uma coisa sabemos: o
homem esta aqui pelo bem estar dos outros homens – acima de tudo daqueles de cujos sorrisos e bem-estar nossa própria
felicidade depende.
Não se sabe, com precisão, as razões pelas quais uma pessoa se encontra em uma condição ou outra na vida,
mas uma coisa é certa: o papel do médico é tentar estender e manter essa vida o máximo possível. O sorriso e bem-estar
de um paciente solidificam a realização humana e profissional; e por mais utópico que pareça ser pensar que a religião,
um dia, possa ser usada como método de cura, vale pontuar o conceito de utopia dado pelo historiador e jornalista
Eduardo Galeano (2007, p.310), ao participar de um Congresso Mundial, por meio de uma metáfora: “e lá está o
horizonte. Aproximo-me dois passos, ele se afasta dois passos. Caminho dez passos, ele corre dez passos. Por mais que
eu caminhe, jamais o alcançarei. Então, para que serve a utopia? Serve para isso: para caminhar”. Da mesma forma,
servem os estudos que estabelecem a inter-relação entre dogmas da religião e medicina; do mesmo modo devem ser
feitos os estudos que entrelaçam a religião à clínica médica: uma caminhada incessante em prol do beneficio do
paciente.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando se trata de religião, normalmente, cria-se uma expectativa mística que impede o discernimento por
parte das pessoas daquilo que elas têm ou não que fazer. O presente artigo visou esclarecer e descriminar as possíveis
situações que envolvem as práticas religiosas, distanciando-as da religiosidade e da espiritualidade, na clínica médica. A
relação entre práticas religiosas e práticas médicas é de fundamental importância, tendo em vista o fazer humano; para
que, do mesmo modo, a comunidade, de modo geral, possa ter noções sobre os fatores positivos e negativos de tais
práticas, podendo usá-las até mesmo de maneira preventiva.
A prevenção pode ser benéfica tanto ao profissional da medicina quanto ao paciente; para aquele, por poder
fazer uso de subsídios alternativos na hora de decidir o tratamento, podendo ou não recorrer, de forma auxiliar, otimista
ou mesmo como consolo, às práticas religiosas; a este, pelo fato de utilizar as práticas como uma forma de tratamento
condizente aos seus princípios de vida.
Os estudos nessa área não podem ser restritos, da mesma forma que não pode haver receio por parte dos
pesquisadores de estudar e se aprofundar em aspectos religiosos, uma vez que, num futuro próximo, podem representar
o início de novos tratamentos baseados em terapias que poderão utilizar as práticas religiosas para auxiliar os métodos
curativos tradicionais.
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REFERENCIAS
DAWKINS, Richard. Deus um delírio. 15. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
GALEANO, Eduardo. As palavras andantes. 5. ed. São Paulo: LPM, 2007.
KOENIG, Harold. Medicina, religião e saúde, São Paulo: LPM, 2012.
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