www.fisicaexe.com.br Um prisma de vidro de índice de refração 2 tem por secção principal um triângulo retângulo isósceles ABC e tem por base a hipotenusa BC suposta horizontal. Contra a face AB é aplicada uma cuba igualmente prismática ABD cuja face BD é vertical e que contém um líquido de índice de refração 3 . Um raio de luz monocromática LI atinge normalmente a face BD e penetra na cuba. Verificar: a) Se este raio penetrará no prisma de vidro; b) Em caso afirmativo, por que face sairá; c) Que ângulo o raio emergente final do prisma fará com o raio incidente LI. Dados do problema • índice de refração do prisma: nP = 2; • índice de refração do líquido: nL = 3. Adotando que todo o sistema está imerso no ar, o índice de refração do ar é n A = 1. Solução a) O prisma possui a forma de um triângulo retângulo isósceles com hipotenusa BC, como o triângulo é ) retângulo o ângulo BAC (oposto a hipotenusa) é reto (90º) e como é isósceles (possui dois lados congruentes) os lados AC e AB são ) ) iguais, então os ângulos ABC e ACB devem ser iguais, como os ângulos internos de um triângulo devem somar 180º , então estes ângulos medem 45º cada. A face BD da cuba é vertical, figura 1 ^ então o ângulo A B D mede 45º, figura 1. O raio de luz LI penetra na cuba perpendicularmente à face BD ele não sofre desvio e atinge a face AB do prisma no ponto P, traçando a reta normal a face AB no ponto P temos que ) ) o ângulo IPB mede 45º, este ângulo e o ângulo de incidência ( i 1 ) são complementares (somam 90º), então temos que ) i 1 = 45° O índice de refração do líquido é maior que o prisma (nL>nP) o raio pode penetrar no prisma (sofrer refração) ou ser desviado de volta para cuba (reflexão total), o ângulo limite (λ) para que ocorra reflexão total será dado por sen λ = nL nP = 2 3 = 2 3 2 ≅ 54° λ = arcsen 3 A condição para que ocorra reflexão total é que o ângulo de incidência seja maior que o ângulo limite 1 www.fisicaexe.com.br ) i1 > λ mas no caso temos que o ângulo de incidência é menor que o ângulo limite 45º < 54º então o raio de luz penetrará no prisma. ) b) O raio de luz é refratado para dentro do prisma, para encontrarmos o ângulo ( r 1 ) que ele forma com a normal à face AB aplicamos a Lei de Snell-Descartes (leia-se isnél-decarte), figura 2 ) ) n L . sen i 1 = n P . sen r 1 ) 3 . sen 45° = 2 . sen r 1 3. 2 = 2 ) 2 . sen r 1 2 ) 1 sen r 1 = . 3. 2 2 3 2 3 ) r 1 = arcsen 2 ) r 1 = 60° ) sen r 1 = figura 2 ) ) O ângulo r 1 e o ângulo APP ′ são complementares, então com o valor ) de r 1 encontrado acima temos que ) APP ′ = 30° . O raio atravessa o prisma e atinge a face AC no ponto P’, neste ponto traçamos a normal a face AC, o triângulo ∆APP’ é reto em A, como a soma dos ângulos internos deve ser ) 180º, temos que o ângulo AP ′P = 60° , figura 3. figura 3 O ângulo que o raio de luz forma ) ) com a normal neste ponto é r 2 , este ângulo e o ângulo AP ′P são complementares, então ) ) r 2 = 30° . Aplicando novamente a Lei de Snell-Descartes encontramos o ângulo i 2 com que o raio de luz emerge na face AC ) ) n P . sen r 2 = n A . sen i 2 ) 2 . sen 30° = 1. sen i 2 ) 1 2 . = sen i 2 2 ) 2 sen i 2 = 2 2 ) i 2 = arcsen 2 ) i 2 = 45° O raio de luz sai pela face AC formando um ângulo de 45º com a normal. 2 www.fisicaexe.com.br c) O ângulo que o raio emergente faz com o raio incidente é o desvio total (δ) que é dado por ) ) ) δ = i1+i2 − A ) onde A é o ângulo de refringência do prisma dado por ) ) ) A = r1 + r 2 assim temos para o desvio que ) ) ) δ = i1+i2 − A ) ) ) ) substituindo os valores encontrados para i 1 , i 2 , r 1 e r 2 obtemos δ = 45° + 45° − 60° − 30° δ = 0° 3