MANEJO SANITÁRIO DO REBANHO Francisco Aloísio Cavalcante Med. Vet. M.Sc. Zootecnia/Produção Animal Pesquisador da Embrapa Acre » Manejo sanitário O que é o manejo sanitário? » O manejo sanitário pode ser entendido como o conjunto de práticas sanitárias realizadas em todas as categorias zootécnicas de um rebanho, considerando os parâmetros sanitários de forma a oferecer bem- estar aos animais, fazendo com que os mesmos demonstrem seus potenciais produtivo e reprodutivo dentro do ambiente produtivo. Caso o manejo sanitário não seja bem conduzido nos rebanhos leiteiros, várias doenças poderão surgir ocasionadas por uma série de agentes patogênicos aos quais os bovinos são suscetíveis, tais como vírus, bactérias, protozoários e hemoparasitas. » Manejo sanitário » Doenças Virais – FEBRE AFTOSA » É uma enfermidade infectocontagiosa aguda com potencial de transmissão extremamente alto entre os animais susceptíveis, podendo em cerca de uma semana acometer todo o rebanho » Sintomas: vesículas (aftas), erosões e úlceras na mucosa oral, epitélio lingual, nasal, mamário e lesões características na região coronária dos cascos e nos espaços interdigitais. » Bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos, além dos ruminantes silvestres, camelídeos e elefantes, » EQUINOS ? » Manejo sanitário » Doenças Virais – FEBRE AFTOSA » HISTÓRICO » Era conhecida na Antiguidade e descita em bovinos por Calumela e Cláudius Vegetus, antes da era cristã no Império Romano, Itália. O GDE Filósofo ARISTÓTELES acreditava ser contagiosa.. » Em 1683 - WINCLER, Médico, descreveu lesões em bovinos na EUROPA CENTRAL. LECLAINCHE identificou como aftas. » Três anos depois, em 1686, Diderich, na Alemanha, descreveu bovino com uma copiosa Sialorréia. » Em 1696, e 1764 a doença foi descrita em Holststein (Alemanha) » Manejo sanitário » Doenças Virais – FEBRE AFTOSA » HISTÓRICO » Em 1765 Jean Baptiste Sagar, Médico da ESLOVACA, descreveu os sinais clínicos em bovinos peq ruminantes e suínos. » Em 1777 – Claude Bougelat, fundador da 1ª Escola de Medicina veterinária do mundo na Maison Alfort, França, recomendava a desinfecção das instalações com vinagre evaporado em carvões ardentes. » Em 1799 a 1800 - Tóggia descreveu a ocorrência da doença em Piemonte. Classificando com epizootia. Foi o primeiro autor a utilizar o termo febre aftosa » Em 1839- Simonds descreveu a ocorrência da doença na Grã-Bretanha , mesmo sem importação de animais.1ª medida regulatória proibindo o trânsito de animais, Em 1969- 1ª medida proibindo o trânsito de animais » Manejo sanitário » Doenças Virais – FEBRE AFTOSA » HISTÓRICO » Em 1870- a doença alcança os EUA, Argentina Uruguai. e » Em 1871- a doença chega ao Chile e ao BRASIL. » Em 1873- Último surto na Austrália. O Vírus ingressou no país em palha contaminada que envolvia produtos contaminados da INGLATERRA. » Em 1896- Albrecht, descreve a resistência dos equinos frente a enfermidade. » Em 1897- Löffle e Frosch identificaram o agente da FA, como sendo um vírus, » Manejo sanitário » Doenças Virais – FEBRE AFTOSA » HISTÓRICO » Em 1898- Nocard e Leclainche, reconhecimento do alto nível de susceptibilidade de bovinos, suínos, ovinos e caprinos. » Em 1922- Vallé e Carré- demonst a existência de mais de um tipo viral. Ident O e A. Waldman e Trautwein identif o tipo C. » Em 1929- Último surto nos EUA, na Califórnia. »Os anos de 1951 e 1952, marcaram as últimas ocorrências no CANADÁ » Em 1954, ocorreu o último surto no México. » Manejo sanitário » Doenças Virais – FEBRE AFTOSA » HISTÓRICO » Entre 1967 e 1968- Na Grã-Bretania ocorreu uma epidemia com duração de oito meses. » Em 1993- Na Itália foi identificada em bovinos importados » Em 1997- Uma epizootia em Taiwan foi sacrificado quatro milhões de suínos. » No ano de 2000- ocorreram registro de focos da febre aftosa na China Continental, Coréia do Sul, Japão, Taiwan e Leste da Rússia » No ano de 2001- nova epizootia de FA NA GrãBretania, causada por um sorotipo O asiático com difusão para Rep da Irlanda, França e Holanda. Atenção! Vaca louca » Manejo sanitário » Doenças Virais – FEBRE AFTOSA » HISTÓRICO » EM 1990- O sorotipo O Asiático (amostra Pan-Ásia sorotipo O) foi identificado pela 1ª vez no Noroeste da Índia » Arábia Saudita- em 1994 » Bulgária e Grécia- em 1996 » China, Coréia do Sul, Japão, Rússia e Mongólia - 1991 e 2000. » Grã-Bretania- em 2001 » Manejo sanitário » Doenças Virais – FEBRE AFTOSA » HISTÓRICO » Manejo sanitário » Doenças Virais – FEBRE AFTOSA » Manejo sanitário » Doenças Virais » Manejo sanitário » Doenças Virais » Vacinação aftosa – duas vezes por ano » Maio » Machos e fêmeas < de dois anos » Novembro » Machos e fêmeas > de dois anos » Manejo sanitário » Sintomas » Fonte, MAPA (2001) » Manejo sanitário » Sintomas » Manejo sanitário » Sintomas » Sintomas » Fonte: MAPA, (2001) » Manejo sanitário » Doenças Virais » Raiva » É considerada uma das zoonoses de maior importância em Saúde Pública, não só por sua evolução drástica e letal, como também por seu elevado custo social e econômico. É responsável por encefalomielite aguda e invariavelmente fatal, causada por vírus do gênero Lyssarvirus, atingindo todos os mamíferos, inclusive o homem (LUCHEIS & PAES, 2010). » Histórico » A palavra raiva, deriva do sânscrito- significa “fazer violência » É uma doença mais documentada na história. A doença já era conhecida há pelo menos 4.000 anos » Manejo sanitário » Doenças Virais – RAIVA » Histórico » Na obra Ilíada, Homero, referiu-se à raiva, mencionando que Sirius, a estrela mais brilhante do Cão da constelação de Orion, exercia uma influência maligna sobre a saúde das pessoas. » Em 500 a.C, Demócrito reg 1ª vez a raiva canina » Aristóteles, mencionou a loucura dos cães, mas achava que que a enferm não era transmitida ao homem. » Cardamus, documentou a infecciosidade da saliva do cão. » Em 1804, Zinke, provou que a saliva de um cão infectado, transmitia a doença. » Manejo sanitário » Doenças Virais - RAIVA » Louis Pasteur, entre 1981-1985, desenvolveu o método de passagem do vírus da raiva em coelhos, denominada “vírus fixo”. Amostra quando inoculada apresentava um período de incubação fixo (7 a 8 dias) e causava morte dos coelhas em torno de 11°-12° dias. » Em 1903- Adelchi Negri, descreveu os corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos característicos em neurônios, os quais quase sempre encontrado em animais. Este diagnóstico ficou até 1959. » Em 1911, Carine em Sta. Catarina diagnosticou pela 1ª vez a raiva paralítica » A partir de 1916, Haupt Rehaag- veterin alemães identi o vírus da raiva em morcegos hematófagos. » Manejo sanitário » Doenças Virais - RAIVA » Entre 1925 e 1929, ocorrência de Botulismo e Poliomielite em seres – Ilha Trindade/Caribe. » Os Médicos, Hurst e Paswan, confirmaram a raiva em bovinos e humanos. » Em 1931-1932 Hurst e Paswan trabalho. publicaram o » Queiroz Lima (1934); Torres e Queiroz (1935), confirmaram a transmissão da raiva por morcegos hematófagos e TRASM PARA O SER HUMANO. » Manejo sanitário » Doenças Virais - RAIVA » Período de incubação – 3 semanas (ocorrência natural) » » varia – de duas semanas a vários meses. - cinco a seis meses em bovinos. » Sintomas – isolamento do animal; mugido constante; tenesmo; hiperexcitabilidade; aumento da libido; salivação abundante e viscosa; dificuldade para engolir; » Principais achados clínicos » Salivação 100%; Modificação comportamental 100%; » Tremores no focinho 80%; vocalização ou berros 70%; agressão 70%; Paralisia faríngea; Forma furiosa 70% » » Manejo sanitário » Doenças Virais - RAIVA » Diagnóstico- extremamente difícil por muitas vezes expor o ser humano. » Forma paralítica – o dobramento das articulações dos boletos traseiros, inclinação e oscilação dos quartos traseiros ao caminhar, bem como frequente desvio ou flacidez da cauda para um dos lados. » - tenesmo com paralisia do ânus; movimentos de bocejar;? » Forma furiosa – o animal apresenta aspecto tenso; hipersensível aos sons; olhar atentamente; ataca outros animais ou objetos inanimados; excitação sexual, tentando os touros montar freq. objetos inanimados; temperaturas corpóreas geralmente ficam normais, podem-se se elevar para 39,5°a 40,5°C » Manejo sanitário » Doenças Virais - RAIVA » Profilaxia » Vacinação não é obrigatória » Quando houver surto efetuar vacinação e repetir após 30 dias » Controle dos morcegos hematófagos – Desmodus rotundus » Manejo sanitário » Doenças Virais- RAIVA » Manejo sanitário »Clostridioses gangrenosas » Manqueira » Edema maligno » Causadas por bactérias do gênero Clostridium » Gangrena gasosa » Hemoglobinúria bacilar » Manejo sanitário » Bactérias do gênero Clostridium » - Produzem fermentação e são anaeróbicas; » - São encontradas no solo; » - Período de incubação de 3 a 5 dias » Manejo sanitário » Existem mais de 100 bactérias são descritas no gênero Clostridium. » As de interesse na MV » Clostyridium perfringens – enterotoxemia e gangrena gasosa » Clostridium chauvoei – causador da manqueira » Clostridium septicum – edema maligno; » Clostridium novyi Tipo A gangrena gasosa » Clostridium sordelli » Clostridium haemolyticum – hemoglobinúria bacilar » Clostridium tetani – causador do tétano » Clostridium botulinum – causador do botulismo » Manejo sanitário » As bactérias do gênero Clostridium, quanto a patogenicidade dividem-se em três grupos » Histotóxicas ou causadoras de gangrena » C. chauvoei » C. septicum » C. novyi Tipo A » C. sordelli » Enterotoxigênica- produtoras de potentes toxinas no intest dos animais, com manifest sistêmica letais, enterite hemorrágica aguda e morte súbita. » C. perfringens » Neurotóxica- C. tetani e C.botulinun » Manejo sanitário »Manqueira » Manejo sanitário »Manqueira » Enfermidade infecciosa aguda , não contagiosa, de alta letalidade. Geralmente acomete muitos animais ao mesmo tempo, particularmente quando estão às mesmas condições. » Manejo sanitário » Manqueira » Agente etiológico- C. chauvoei » O surgimento da doença é pelo processo atraumático. » Etiologia – Não há ferimento » esporos se encontram dormentes » Em 1875, Bollinger demonstrou que os agentes etiológicos são diferentes » Em 1876, Feseri - confirmou » Manejo sanitário » Manqueira » Produção de toxinas. » Toxina alfa; Toxina beta; Toxina gama; Toxina delta » Epidemiologia- a morbidade da doença é elevada » esporos se encontram dormentes » hábitat – intestino dos animais » Solo constantemente eliminado para o ambiente » resistência ambiental dos esporos » fator idade impõe uma limitação » diagnóstico precoce ajuda o tratamento. » Manejo sanitário » Manqueira » Produção de toxinas. » Toxina alfa; Toxina beta; Toxina gama; Toxina delta » Epidemiologia- a morbidade da doença é elevada » esporos se encontram dormentes » hábitat – intestino dos animais » Solo constantemente eliminado para o ambiente » resistência ambiental dos esporos » fator idade impõe uma limitação » diagnóstico precoce ajuda o tratamento. » Manejo sanitário » Manqueira » Oxidação incomp do piruvato. » Fisiopatologia » Ingest de esporos » do solo contaminado » Baixa tensão de Oxig » Mucosa intest » Oxidação incomp do piruvato. » GANGRENA DAS MM » Acum de ác láctico. » Hipóxia tecidual » Queda do PH Tec. » Fígado » Circulação sanguínea (macrófagos) » Músculos » Traumas na muscul » Esporos quies nas cels endot dos capil » Produção de toxinas » Anaerobiose. » Multliplicação intensa.FV » Vegetação dos esporos. » Manejo sanitário » Manqueira » SINTOMAS » Acomete bovinos ente 6 e 24 meses de idade » Febre a claudicação » Aumento de volume dos músculos » Acomete bovinos ente 6 e 24 meses de idade » Evolução da doença rápida » Apatia, anorexia » Urina de coloração marron-acastanhada » Líquido das áreas puncionadas revela fluido de aspecto serossanguinolento » Após mortes, rigor mortis rápido » Inchaço e sangramento pelos orifícios naturais » Manejo sanitário » Manqueira » DIAGNÓSTICO » Campo » Clínico » Idade entre 6 a 24 meses » Massas musculares - punção » Nécropsia » Apatia, anorexia » Urina de coloração marron-acastanhada » Líquido das áreas puncionadas revela fluido de aspecto serossanguinolento » Após mortes, rigor mortis rápido » Inchaço e sangramento pelos orifícios naturais » Manejo sanitário » Manqueira » TRATAMENTO » Penicilina cristalina – IV, 40.000UI/Kg peso vivo. » Penicilina de longa ação na mesma dose » Cinco dias após repetir a medicação de longa ação » PROFILAXIA » Vacinação entre – a partir dos três meses de idade » Reforço aos 30 dias após a 1º aplicação » Duas vezes ao ano até aos 24 meses » Manejo sanitário » Fonte: Pof Antonio Carlos Paes » Manejo sanitário » Fonte: Pof. Antonio Carlos Paes » Manejo sanitário Brucelose • Obrigatoriedade na vacinação de fêmeas entre 3-8 meses de idade • Exames de brucelose Tuberculose •Testes de tuberculose Treinamento dos Médicos Veterinários pela Embrapa Acre IDAF E MAPA » Manejo sanitário Brucelose Epidemiologia Dentro do gênero da Brucella Brucellla meliensis – Bruce, 1987- Malta - 3 biovares Brucella abortus – Bang, 1987- Dinamarca – 7 biovares Brucella suis – Traum, 1914- USA - 5 biovares Beucella ovis – Buddle – 1953 – Nova Zelândia Brucela neotomae – Stoenner – 1957 - USA Brucella canis – carmichael – 1966 - USA Ross e at al, 1994- Escócia isolamento em mamíferos marinhos Proposta: Brucella cetaceae - isolamento de cetáceos Brucella pinnipediae – isolamento em focos » Manejo sanitário Brucelose Importância econômica A Brucelose acomete principalmente o trato reprodutivo » » Abortos Baixos índices reprodutivos » Morte dos bezerros » Interrupção de linhagem genética » Baixa produção de leite » Período de serviço » Intervalo de partos » Manejo sanitário » Epidemiologia • Se a vaca infectada estiver gestante, próxima dos 7° meses Brucela Feto Cotilédone Útero Líquido aminiótico Bolsas fetais Bezerro Brucela v Narinas Boca ABORTO Pulmão Brucela BEZERRO Estômago » Manejo sanitário » Epidemiologia • Se a vaca ao se infectar não estiver gestante Brucela Brucela Vaca Útero vazio Úbere Brucela Permanece por longo empo, sem causar aparente alteração neste òrgão. » Manejo sanitário » Epidemiologia • Caso esta fêmea (novilha ou vaca) for enxertada posteriormente Útero gestante 6º meses Vaca Úbere Brucela » Manejo sanitário » Epidemiologia • Caso esta fêmea (novilha ou vaca) for enxertada posteriormente Útero gestante 6º meses Vaca Úbere Brucela As Brucelas presentes no úbere podem deslocar-se, dali, via sangüínea, para o útero » Manejo sanitário » Epidemiologia • Se a bezerra, antes da puberdade, ou seja, antes do primeiro cio Bezerra Germe eliminado, infecção natural funciona como uma vacinação. » Manejo sanitário » Epidemiologia • Se uma novilha ou vaca vacinada tiver contato com Brucela (material de feto infectado) Infecção Novilha ou vaca » Manejo sanitário » Tratamento » Não existe » Profilaxia » Vacinação das bezerras entre 3 a 8 meses de idade. » Manejo sanitário » Diagnóstico » Exame de brucelose » Descarte dos animais com diag positivos para Brucelose » Profilaxia » Vacinação das bezerras entre 3 a 8 meses de idade. » Manejo sanitário » Diagnóstico – Exame de brucelose » Soroaglutinação com resultado positivo » Profilaxia » Foto: Francisco Aloísio Cavalcante » Manejo sanitário » Diagnóstico » Teste do anel no leite » Foto: Francisco Aloísio Cavalcante » Manejo sanitário » Profilaxia » Vacinação das bezerras entre 3 a 8 meses de idade. » Manejo sanitário Cara Inchada Fonte: Döbereiner et al. (2000) » Manejo sanitário Cara Inchada Fonte: Döbereiner et al. (2000) » Manejo sanitário Verminoses nos bovinos leiteiros Introdução – “ estima-se que a a cada ano, cerca de 10 milhões de cabeças de bovinos e búfalos morrem em consequência direta ou indireta de helmintoses (Helich, 1978),” Fatores Etiologia complexa Vermífugos » Manejo sanitário Verminose Gastrintestinal Verminose Pulmonar Verminose Gastrintestinal Várias espécies- Trichostrongylidae Mais comuns – Cooperia e Haemonchus » Manejo sanitário Ciclo de vida • Semelhante para todas as espécies • Envolvem apenas o animal e a pastagem • Duas fases – livre e parasitária • Livre – desenvolvimentos dos ovos até a larvas infectantes • Parasitária – desenvolv das larvas após à ingestão pelo animal – produzir ovos » Manejo sanitário Tabela 1 - Principais nematódeos gastrintestinais dos bovinos do Brasil e suas localização. Localização Nematódeo Abomaso Haemonchus spp Intestino delgado Intestino grosso Trichostrongylus axei Cooperia Oesophagostomum radiatum Fase de vida livre – 5 a 7 dias Fase de vida parasitária – 21 a 28 dias » Manejo sanitário » Contaminação das pastagens por ovos liberados pelos animais ocorre continuamente » Após a passagem dos ovos nas fezes, uma larva se desenvolve dentro do ovo e é liberada após a eclosão. A larva cresce e muda duas vezes antes de se tornar infectante. » Quando se tornam infectantes, elas migram do interior do bolo fecal para as pastagens ao redor e não se alimentam mais.. » Manejo sanitário » Fatores que afetam a fase de vida LIVRE » Temperatura - ótima entre 20 e 30° C. » Umidade » Tipo de vegetação» Tipo e relevo de solos » Tipo de lotação » Abrigo – massas fecais e solos são considerados abrigos. » o e relevo de solos » Dóis períodos de parasitismo » - meses + secos- carga + altaP » - Meses + chuvosos- carg LI pas » Manejo sanitário » Vida PARASITÁRIA » Após a ingestão, as larvas infectantes passam ao abomaso e intestinos, onde atingem o estádio adulto em cerca de 21-28 dias. Durante esse período mudam para o quarto e post quinto estádio ou adulto imaturo que aumentam de tamanho, diferencia os órgãos e se tornam adultos maduros (machos e fêmeas) » Haemonchus spp- 5.000 a » 10,000 ovos » Cooperia spp 100-200 ovos » Esophagostomum spp » HIPOBIOSE » Manejo sanitário » CONTROLE » Aplicação de vermífugos de forma estratégica » maio, junho e setembro outra em dezembro. » Manejo sanitário » VERMINOSE PULMONAR » O Dictiocaulus viviparus, um nematódeo fino e longo, que pode medir até 10 cm de comprimento e se localiza na traquéia e brônquios dos animais afetados. » Manejo sanitário » VERMINOSE PULMONAR » BIOLOGIA- as fêmeas depositam os ovos contendo larva de primeiro estádio nos brônquios, que migram para a traquéia com os o movimento normal das secreções, ou através da tosse que ocorre devido à irritação dos brônquios causada pelos vermes (Jorgensen & Ogbourne, 1985) » Quando os ovos atingem a faringe são engolidos e ganham acesso ao tubo gastrintestinal. Durante a migração, eles eclodem e as larvas chegam ao meio exterior juntamente com as fezes. No meio ambiente, elas se desenvolvem até o terceiro estádio ou larva infectante em cerca de sete dias » As larvas infectantes ingeridas com a pastagem contaminada podem chegar ao estádio adulto em cerca de 3-4 semanas. Ápós a ingestão, as larvas penetram na parede do int e passam ao sist. Linf, mudando para larvas de quarto estádio que migram através da linfa para e sangue até os pulmões em cerca de 1 semana. Então, elas atravessam os capilares pulmonares e ganham acesso aos alvéolos, onde mudam para o quinto estádio. Após esta muda, crescem e se tornam adultas. (Jorgensen & Ogbourne, 1985) » Manejo sanitário » Patogenia » Primeira fases - penetração - de 1 a 7 dias » Segunda fase – fase da pre-patência – 7 a 25 dias » “ocorre bloqueio dos brônquios” » Terceira fase – fase da patente – 25 a 55 dias » “onde ocorre a maioria das mortalidades” » Quarta- fase – fase pós-patente – 55 a 70 dias » “a maioria dos vermes é expelida” » Manejo sanitário » Controle » O esquema de controle das verminose gastrintestinal, com aplicações de vermífugos concentrados no período seco, recomendado para a maioria das nossas regiões, pode auxiliar a controlar a verminose pulmonar. » Manejo sanitário » Controle » Manejo sanitário DERMATOFILOSE EM BEZERROS Dermatofilose, conhecida como “mela” ou “chorona”, também denominada estreptotricose cutânea É um é doença de caráter infecto-contagioso que acomete a pele de bovinos, equídeos, ovinos, caprinos, suínos, cães, gatos e até mesmo o homem. » Fonte: Eloá (Maringá- PR) Seu agente etiológico é a bactéria Dermatophilus congolensis, que gera uma dermatite exsudativa, com erupções crostosas e escamosas. » Manejo sanitário DERMATOFILOSE EM BEZERROS Tratamento Administração de PENICILINA e a ESTREPTOMICINA 70.000UI/kg de peso vivo de penicilina ou 70 mg/kg de peso vivo de estreptomicina), ou doses diárias (5.000 UI/kg de peso vivo ou 5 mg/kg de peso vivo, respectivamente) durante cinco dias. Controle de surtos usar oxitetraciclina na dose de 20 mg/kg de peso vivo. Número muito grande de animais- aplicar banhos de imersão ou aspersão com sulfato de zinco ou de cobre (concentração de 0,2% a 0,5%). » Manejo sanitário DERMATOFILOSE EM BEZERROS Profilaxia Isolamento dos animais Desinfecção do local e utensílios. » Manejo sanitário TINEA (Tricophyton verucosum) » Manejo sanitário » Evolução Estágio 01: Período de incubação, ocorre entre os dias 7 e 17 após a infecção. Neste período, há uma rápida multiplicação dos fungos. Estágio 02: Ocorre entre os dias 14 e 28 após a infecção, nesta fase há uma reação da pele, os pelos sofrem autólise e caem. Estágio 03: Ocorre entre os dias 28 e 49 após a infecção. Nesta fase ocorre o pico da inflamação, surgem lesões vermelhas e úmidas, e finalmente as crostas. Ocorre ainda a paraqueratose e acantose. Estágio 04: Ocorre entre os dias 49 e 63 após a infecção. Nesta fase ocorre a regressão do quadro, as crostas caem e surgem os novos pelos. » Manejo sanitário » Evolução O tratamento consiste na aplicação tópica de pomada à base de Tiabendazole (5 à 10%). Uma alternativa mais prática é aspergir os animais afetados com uma solução de Água Sanitária a 10% (o produto adquirido como Água Sanitária deve ser diluído em água, no intuito de se obter uma concentração de 10%). As lesões devem ser tratadas até a recuperação do quadro. » Manejo sanitário » Evolução » Manejo sanitário » Evolução » Manejo sanitário » BABESIOSE E ANAPLASMOSE » Manejo sanitário » BABESIOSE E ANAPLASMOSE » Manejo sanitário » BABESIOSE E ANAPLASMOSE » Manejo sanitário » BABESIOSE E ANAPLASMOSE » Carrapato » Manejo sanitário » BABESIOSE E ANAPLASMOSE » Carrapato » Manejo sanitário » BABESIOSE E ANAPLASMOSE » Carrapato » Manejo sanitário » BABESIOSE E ANAPLASMOSE » Carrapato » Manejo sanitário » BABESIOSE E ANAPLASMOSE » Carrapato » Manejo sanitário Onfaloflebite » Manejo sanitário Onfaloflebite Agentes causadores: Staphylococcus, Streptococcus, Actinomyces pyogenes e outros Em decorrência da incorreta desinfecção umbelical podem surgir ainda miíases (BICHEIRAS) Cochliomyia hominivorax. » Manejo sanitário Onfaloflebite » Manejo sanitário Onfaloflebite Onfaloflebite » Manejo sanitário » Manejo sanitário - Artrite infeciosa em bezerros de corte (CAROARA) Bactérias piogênicas Staphylococcus, Streptococcus, Actinomyces pyogenes e Escherichia coli » Manejo sanitário » Manejo sanitário » Tuberculose Fotos: Pof. Antonio Carlos Paes » Manejo sanitário »Obrigado! » Manejo sanitário » Manejo sanitário » Manejo sanitário Brucelose Orquite nos machos Aborto nas fêmeas Agradecimento e contatos - Arial 34pt