A SOCIOLOGIA E SUA HISTÓRIA

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UVIVERSIDADE CASTELO BRANCO
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS
CURSO DE MATEMÁTICA EAD/REAENGO
A SOCIOLOGIA E SUA HISTÓRIA
Nome: Luciane Evangelista Teixeira Lima
Matricula: 2008010035
Rio de Janeiro, junho de 2008.
A SOCIOLOGIA E SUA HISTÓRIA
A Sociologia e o Homem
A sociedade humana tem atribuído uma grande importância à convivência social, enquanto
indivíduo e ser social, para melhor analisarmos as relações de poder e prestígio, bem como os valores
pessoais e/ou sociais que envolvem essa relação.
Conceito da Sociologia
A Sociologia é uma ciência que se define não por seu objeto de estudo, mas por sua
abordagem, isto é, analisa e interpreta os fenômenos sociais.
Objetos de Estudo
Segundo Durkheim (1952) os fatos sociais se constituem no objeto da Sociologia. Um
acontecimento, ou um comportamento é sociológico quando sobre ele se debruça o sociólogo, tentando
entende-lo nos aspectos que dizem respeito às relações entre os homens e às raízes de seu
comportamento.
Ciência: Ramo de Conhecimento
Foram os gregos que elaboraram a idéia do saber como atividade destinada às descobertas
desligadas de uma finalidade prática imediata. Foram eles os primeiros a inventar os rudimentos do que
veio a se chamar de3 ciência. Menos preocupados com a religião e a vida após a morte, foram eles os
primeiros a entender o conhecimento como uma necessidade em si mesmo.
Durante a Idade Média, com o grande poder da Igreja Católica, novamente imperou o saber
ligado à religião. Apenas as ordens religiosas, nos mosteiros, guardavam textos sobre a filosofia,
geometria e astronomia. A população laica deixou de participar desse saber.
Só com o Renascimento é que o homem volta aos textos antigos e redescobre o prazer de
investigar o mundo, descobrir as leis de sua organização como atividade com valor em si mesma,
independente de suas implicações religiosas. No seio desse movimento de idéias, surgiu no século XIX
uma ciência nova – a Sociologia, a ciência da sociedade. O surgimento da Sociologia significou não o
aparecimento da preocupação do homem com o seu mundo e sua vida em grupo, pois isso sempre
existiu em qualquer das religiões antigas, mas a separação dessa forma de pensar do vínculo com as
tradições morais e religiosas.
O aparecimento da Sociologia significou que as questões relativas às relações entre os
homens deixaram de ser apenas matéria religiosa: passaram a interessar também aos cientistas. A
constituição desse campo do conhecimento significou, antes de mais nada, que as relações entre os
homens mereciam ser conhecidas e formuladas por uma nova forma de linguagem e discurso – o
científico -, o qual, na sociedade moderna, adquiriu o estatuto de ¨verdade¨.
A partir de então o homem começou a desenvolver métodos e instrumentos de análise
capazes de traduzir sua experiência social de maneira científica. Isso equivaleu a criar, como nas demais
ciências, métodos de averiguação e medição e a fazer formulações sobre a sociedade que pudessem ser
comprovadas empiricamente – isto é, através de observação e experimentação -, de modo a tornar a ação
social humana explicável em termos de regularidades e previsões.
SOCIALIZAÇÃO, COMUNIDADE E SOCIEDADE
Socialização
A Perpetuação da Sociedade pela Socialização
Socialização é o processo pelo qual os ¨novatos¨ de uma sociedade são preparados para o convívio, para
adquirir o modos de vida que essa sociedade elaborou através de sucessivas gerações.
Patrimônio cultural – modos de vida de uma sociedade.
A socialização envolve a aquisição de conhecimentos, de hábitos e de sentimentos próprios da
sociedade.
Há padrões sociais que quase todos sabem, sentem e praticam (universais), porém, há outros que
pertencem a determinas categorias da população (especiais).
Padrões alternativo – modos de agir não obrigatórios.
A Formação da Personalidade pela Socialização
No processo de socialização, o homem simultaneamente tornar-se membro útil da sociedade.
A personalidade tem um substrato físico moldada pela influência de outra pessoas que, por sua vez,
funcionam com intermediários da sociedade e da cultura.
A socialização não apaga as aquisições anteriores, mas se integram no sistema pessoal já existente.
Mecanismos Sociais de Socialização
São três fatores de socialização: Educação, Experiências sociais e Participação em atividades sociais.
Comunidade e Sociedade: conceitos e características
a) Conceitos
a) Sociedade é a associação de pessoas movidas por interesses individuais, por laços contratuais ou
quase contratuais, enquanto que Comunidade designa a fusão de pensamentos e sentimentos num todo
que supera as individualidades. Esta terminologia é inconveniente embora a idéia que exprima seja
correta, mas formulada com outras palavras.
b) De acordo com a literatura mais moderna, vamos entender por comunidade um conjunto de pessoas
que encontra numa determinada área geográficas, em que convive, satisfação de quase todas as suas
necessidade sociais. São comunidades: uma aldeia ou vila, um conjunto de sítios dispostos ao redor de
uma capela, escola, venda, etc., uma cidade pequena ou grande.
c) O termo sociedade é uma organização dos indivíduos mediante interação social organizada. Quando
muito pequena a ¨sociedades¨ confunde-se com a comunidade; quando é grande, aquela que inclui
numerosas ¨comunidades¨.
b) Característica das Sociedades
Um conjunto de fatores importantes faz-nos distinguir o conceito de sociedade dos de ¨comunidade¨ e
¨grupo¨. São os seguintes:
a) A duração temporal de uma sociedade ultrapassa o período de vida dos indivíduos componentes.
b) A sociedade é multifuncional, isto é, ela não serve à satisfação de certas e limitadas necessidades.
c) Ela é tal como a comunidade, um grupo local, ou seja, localizado em determinado território, com cuja
extensão os seus limites coincidem, pelo menos, aproximadamente.
d) As sociedade têm cada qual, sua cultura peculiar. Desempenhando múltiplas funções para muitas
pessoas que residem próximas uma às outras, e isso por tempo que abrange muitas gerações.
Tipos de Sociedades
a) Um povo possuir, ou não, linguagem escrita influi decisivamente na extensão e flexibilidade do seu
sistema de comunicações e na natureza e amplitude do patrimônio cultural que consegue transmitir de
uma geração a outra. Assim, o tamanho da sociedade e a complexidade de sua cultura dependem, em
parte, da escrita.
b) Sociedades podem ser simples ou complexas, independentemente de terem ou não escrita. A ausência
desta, limita, evidentemente, a complexidade possível, mas por outro lado, sociedades letradas podem
ser bastantes simples. Um dos mais importantes fatores de complexidade é a divisão do trabalho social.
c) Comparando várias sociedades coexistentes, ou uma mesma sociedade em diferentes fases da sua
vida, notamos que podem ser muito diferentes os graus de estabilidade da sua vida social. A migração
do estrangeiro, em várias regiões do país, altera constantemente a composição das comunidades. Em
relação ao Brasil, costuma dizer-se com alguma razão que, de sociedade estática passou à dinâmica, a
partir de certo momento histórico, identificado, por simplificação, com a revolução de 1930.
d) Uma modalidade de mudança sociocultural, que tem recebido merecida atenção nas duas últimas
décadas, é o chamado desenvolvimento. Trata-se da transformação de sociedades estáticas pela adoção
de tecnologia moderna em bene3fício do nível geral do padrão de vida da população. Os países
tecnologicamente mais adiantados, onde a repercussão social dos recursos técnico é grande, são
chamados desenvolvidos; os mais atrasados, mas que aspiram o desenvolvimento, denominam-se
subdesenvolvidos.
e) Quase sempre o que consideramos uma ¨sociedade¨ corresponde a um estado, isto é, é regido por um
sistema de poder político.
As Instituições Sociais
Por instituição social há de entender-se, como Fairchild, uma configuração de conduta integrada,
duradoura, organizada no meio social.
De certo modo, comparando-as com o que Durkheim denominou de fatos sociais veremos que as
instituições seriam aqueles fatos sociais mais importantes, exigentes e duradouros.
Como muitas das instituições constituem um grupos, ou uma associação, tende-se a supor que toda
instituição desenvolve a forma grupal.
a) A família – é uma das instituições básicas da maioria dos tipos de sociedade. Instituição chave, ela é
na verdade um feixe ou molho de instituições: casamento, dote, parentesco, mono ou poligamia, endo ou
exogamia, concubato, filiação, divórcio, desquite, regime conjugal de bens, são algumas das muitas
intituições ligadas à instituição maior da família.
b) A escola é a agência encarregada da educação formal dos indivíduos. A empresa comercial ou
industrial, a escola, a igreja, o partido político, os meio (mass media) de comunicação de massas (mass
comunication) como a imprensa, o rádio, o cinema, a televisão exercem significativa tarefa educacional.
c) A igreja tem como finalidade a salvação individual do homem na dimensão da ultratumba. A igreja é
a estrutura social de uma religião.
d) O Estado – inclui o governo e os governados, abrangendo todas as pessoas dentro de um território
definido.
 Povo refere-se a um grupamento humano com cultura semelhante (língua, religião, tradições) e
antepassados comuns.
 Nação é um povo fixado em determinada área geográfica.
 Estado é uma nação politicamente organizada. É constituída, portanto, pelo povo, território e
governo.
A Vida em Sociedade
a) Grupo Social
Um grupo não é apenas a soma de indivíduos, mas sim um conjunto que nasce, adquire a sua própria
individualidade e, como pessoa, evolui.
Viver em grupo é importante para o homem. Conviver é uma aprendizagem que deve ser desenvolvida o
mais cedo possível.
A vida em grupo sempre beneficiou a sociedade, ainda mais quando o respeito é incentivado pela
educação. A convivência estimula o conhecimento, colocando os erros e os acertos a serviço do
fortalecimento moral dos seus integrantes, selecionando as atitudes que certamente darão os subsídios
necessários à formação de um grupo forte e unido, que deve ser a base do seu crescimento.
b) Contato Social
O contato social entre indivíduos e grupos dá-se sob múltiplas formas, constituindo estas os
denominados processos sociais. Basicamente, podemos dizer que há duas formas de atuação dos homens
em sociedade: a cooperação e a oposição.
Os processos básicos mais comumente considerados no estudo da Sociologia Contemporânea são a
cooperação, a competição, o conflito, a acomodação e a assimilação.
c) Interação Social
Literalmente, interação significa ação recíproca entre dois objetos.
A interação social, embora possa ser entendida como ação recíproca, semelhante àquela que se processa
entre os seres não-racionais, tem como características o fato de que tal ação é consciente, implicando
não apenas em modificação de comportamento como também em autoconhecimento desta modificação.
De um lado, podemos ter processos de interação carregados de um profundo sentido e que afetam
intensamente as partes, não só nas suas ações exteriores, como também em seus estados mentais: uma
conversa entre dois amigos que há muito não se viam; a despedida de dois apaixonados; a mãe que leva,
pela primeira vez, o filho à escola; o povo que ouve, empolgado, a fala de seu líder; são alguns exemplos
de processos de interação carregados do mais profundo sentido psíquico e social (social aí usado no
sentido do que transcende ao individual.
d) Isolamento Social
Define-se isolamento social como sendo a ausência de qualquer forma de contato de um indivíduo com
os outros seres de sua espécie.
A pena de morte, neste sentido, pode ser entendida como o isolamento total e definitivo, em relação ao
grupo, daquele que demonstrou, por sua conduta criminosa, não possuir condições mínimas de participar
da vida social, mesmo limitada às grades de uma prisão.
A solidão afeta tão seriamente o equilíbrio mental e emocional dos indivíduos que não são raros os casos
de melancolia profunda, loucura e até suicido a que são levados pelo desespero de se sentirem isolados
dos outros seres humanos.
e) Controle Social
Chamamos de controle social a soma de processos que a sociedade lança mão para obter dos indivíduos
e grupos que a constituem uma conduta enquadrada nas expectativas gerais de comportamento.
Durkheim atribuía tanta importância a esta coação do grupo sobre os indivíduos que chegou a
caracterizar o fato social pela coercitividade, isto é, pela pressão que o social exerce sobre as
consciências individuais.
A existência desta gradação, na aplicação do controle social, levou muitos sociólogos a classificar seus
diferentes tipos em dois grandes grupos:
a) controles do tipo persuasivo
b) controles do tipos coercitivo
Entendemos por controles persuasivos todos os meios de que o grupo lança mão para impor suas
exigências sem recorrer ao uso da força ou da violência ostensiva.
Entendemos por controles coercitivo todos os meios de que o grupo lança mão para impor suas
exigências recorrendo ao uso da força ou da violência ostensiva.
f) Institucionalização das Normas de Comportamento
Dizemos que uma norma de comportamento está institucionalizada quando as expectativas do grupo em
relação a ela são bastante definidas, e quando a maior parte dos membros do grupo a aceita como válida
e a cumpre efetivamente.
PROCESSOS SOCIAIS BÁSICOS
A vida social é uma teia infinitamente complexa de ações humanas recíprocas, de processos de interação
que se fundem num único processo total. Desse emaranhado, só por meio da análise intelectual podem
ser apartados processos individuais, limitados quer pela restrição do estudo à interação entre
determinadas pessoa, quer pela focalização de certo tipo de ação humana. Quando se fala em ¨processos
sociais fundamentais¨ tem-se em mira a focalização de certo tipo de ação humana, admitindo que há
categorias de ação social que estão na base de todas as demais.
Competição e Rivalidade
A competição é fenômeno fundamental; ocorre de maneira generalizada na vida orgânica e assume
aspectos peculiares na vida humana, dando em circunstâncias especiais, origem à concorrência, à
rivalidade e ao conflito.
a) Quando são escassos os meios de satisfazer necessidades ou desejos, os homens, usualmente,
competem por eles, do mesmo modo como árvores competem pelo solo e pela luz.
b) A competição consciente pode produzir nada mais que a intensificação do empenho de cada um.Podese falar, neste caso, de concorrência:luta-se, mas sem hostilidade.
c) Muitas vezes, porém, os competidores não se limitam ao esforço de superarem uns aos outros,
passando a, pelo menos embaraçarem-se:eis a rivalidade.
Conflito e Acomodação
Conflito
Denominamos conflito o processo em que duas ou mais pessoas ou grupos tentam ativamente frustrar os
propósitos uns dos outros e impedir a satisfação de seus interesses, chegando inclusive a lesar ou
destruir o adversário.
Enquanto o processo de competição é inconsciente e impessoal, no conflito tais características
desaparecem para dar lugar a uma atitude conscientemente hostil em relação ao inimigo ou rival,
devidamente identificados.
Segundo a forma de manifestação0, o conflito pode ser aberto ou fechado. É aberto quando as formas de
luta e os motivos estão convenientemente expressos para ambas as partes e para o restante da sociedade.
É fechado quando as formas de luta estão disfarçadas sob outros processos e podem até ser ignorados
pelo grupo.
Segundo os motivos predominantes que dão origem ao conflito, ele pode ser classificado de religioso,
econômico, político, ideológico, racial, etc.
Os conflitos podem, ainda, ser organizados ou desorganizados, conforme se pautem ou não por normas e
leis conhecidas e aceitas por ambas as partes.
Podem ser ainda transitórios ou duradouros.
Acomodação
Define-se acomodação como um processo social, consciente ou inconsciente, que consiste em alterar as
relações funcionais entre pessoas e grupos, a fim de evitar reduzir ou eliminar conflitos e favorecer o
ajustamento recíproco.
Desde o nascimento até a morte somos levados a ajustar-nos a condições que nos são impostas, quer do
meio natural quer do meio social. Os inadaptados tendem a ser eliminados no próprio processo,
sobrevivendo aqueles cuja estrutura psicofísica está melhor preparada para a luta.
A acomodação social pode processar-se em quaisquer dos campos das relações humanas, como o
ecológico, o econômico, o religioso, o político, etc.
Na realidade, nenhum ser humano sobreviveria em sociedade, se não fosse capaz de responder aos
desafios sociais, com algum tipo de acomodação. O inadaptado às pressões religiosas e políticas pode
muito bem adaptar-se à vida em família, aos companheiros de trabalho, aos amigos; aquele que não se
acomoda às exigências de uma vida familiar responsável pode ser o mais disciplinado membro de uma
seita política clandestina, e assim por diante. O que é difícil é encontrar um indivíduo que, ao longo de
sua vida, não encontre condições de acomodação em nenhum grupo ou instituição social.
Cooperação e Assimilação
Cooperação
Conceituamos cooperação como uma ação coletiva, integrada, com vistas a um fim comum. A
cooperação tende a acentuar-se nos momentos de dificuldades e a diluir-se, até mesmo a desaparecer,
nos momentos de maior estabilidade social e econômica, bem como nos momentos de pânico total, sob a
iminência de grandes catástrofes.
A cooperação é mais que uma bem sucedida ação educativa do grupo, orientada com o fim de estimular,
em certos indivíduos e em algumas profissões, o sentimento de ajuda ao próximo, de renúncia dos
próprios interesses, em favor do interesse alheio, como é o caso dos bombeiros, dos salva-vidas, dos
padioleiros, entre outros.
A vida na cidade faz cm que a solidariedade que une os pequenos grupos – o corporativismo – tome a
forma de uma espécie de associacionismo secular que se manifesta ostensivamente no desenvolvimento
de facções e grupos políticos que podem dar lugar a uma sociedade conspirador, onde os laços de sangue
e os vínculos de parentesco tendem, naturalmente, a reduzir sua importância.
Esse problema de ausência de sentimento afetivo e de solidariedade humana, nos grandes centros
urbanos nos nossos dias, é, aliás, um dos aspectos mais chocantes da chamada sociedade de massas, na
qual a convivência social tende a assumir um caráter meramente formal, com prejuízo de sentido
afetivo, emocional, que caracteriza a verdadeira integração.
Assimilação
Assimilação pode ser definida como o processo pelo qual indivíduos ou grupos, originariamente
diferentes, fundem-se em uma unidade homogênea. Na assimilação, pode-se dizer que há substituição de
um traço cultural por outra, pois, na realidade, esse processo implica em profundas modificações na
atitude e no comportamento dos indivíduos.
No processo educativo, é muito fácil perceber, na prática, tal distinção se, ao ver-se longe dos pais ou
professores, acriança altera de modo patente sua conduta. Podemos dizer que ela apenas se acomoda às
exigências dos adultos, seja por temor ao castigo, seja por desejar a aprovação destes; mas qundo se
comporta dentro dos padrões estabelecidos, em qualquer circunstância, criando quase que uma segunda
natureza, com transformação efetiva de seu modo de pensar e de agir, aí, nesse caso, podemos dizer que
a criança realmente ¨assimilou¨ os ensinamentos do grupo.
As ciências sociais podem fornecer a esse processo de mútuo ajustamento um precioso auxílio,
facilitando os contatos, ensinando como podem ser evitados os conflitos mais ásperos, oferecendo à ação
política muitos subsídios no sentido de esclarecer, pelo processo educativo e pela propaganda, quais os
melhores meios de se atingir rapidamente e com o mínimo de malefícios possível, o ajustamento dos
grupos imigrantes à nova sociedade.
VALORES SOCIAIS E O INDIVÍDUO
Atitudes, Interesses e Valores
a) O desejo de possuir dispõe a pessoa a tomar atitudes e se esforçar (isolada, competitiva ou
cooperativamente) pela obtenção de alimento, dinheiro ou afeto; o amor impele para o estabelecimento
de relações íntimas; a repulsa indispões contra as pessoas ou objetos, enfim, desagradáveis. Pode-se
falar então, em atitudes positivas e negativas.
b) Tendo atitude em relação a um objeto, a pessoa atribui-lhe valor, que como a atitude, pode ser
positivo ou negativo. Os objetos das atitudes hostis são portadores de valor negativo e os de atitudes
favoráveis, de valor positivo.
c) Interesse é a relação existente entre um objeto valorizado e a pessoa que, para com ele tenha atitude.
É algo puramente abstrato.
Atitudes, Interesses e Valores Sociais
a) Toda vida mental se processa em função da sociedade em que está inserida e, naturalmente, a
formação de atitudes resulta, em última análise, também da reelaboração de padrões sociais. Nesse
sentido toda atitude é social.
b) Os interesses são sociais no mesmo sentido em que o são as atitudes de que decorrem, mas ainda,
numa outra perspectiva, podem ser considerados sociais ou não, no que concerne à sua tendência a
promover a associação das pessoas.
c) Valores sociais são aqueles para os quais se voltam interesses convergentes ou comuns.
Todos os grupos sociais e todas as sociedades são voltados para os valores sociais, mais numerosos ou
menos considerados, muito importantes ou pouco, quando comparados entre si e aos valores individuais.
Desejos Fundamentais do Homem
a) A motivação humana é complexa. O sociólogo americano W. I. Thomas faz um esquema sobre
motivação humana, destacando quatro tipos fundamentais de desejos que buscam satisfação na
sociedade:
- o de correspondência afetiva;
- o de merecer consideração;
- o de segurança física e psíquica;
- o de novas experiências.
b) Estes quatro tipos de desejos seriam independentes um do outro e a satisfação de um deixaria
insatisfeitos os demais. Na interação humana, a pessoa estaria sempre procurando manter um equilíbrio
pessoal de satisfações.
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