A Idade Média

Propaganda
A
Idade Média
Ocidental
(Séc V ao Século XV)
– Alta Idade Média (Séc V ao X):
• fragmentação do império romano;
• formação dos efêmeros reinos bárbaros;
• ruralização da sociedade;
• descentrallização política;
• quase inexistência de atividade comercial, salvo
o escambo praticado entre os feudos;
• formação dos feudos;
• Sociedade estamental (sem mobilidade social);
• grande importância da igreja.
– Baixa Idade Média (Séc XI ao XV):
• Declínio do sistema feudal;
• Desenvolvimento do artesanato e do comércio;
• Surgimento das feiras medievais e dos burgos;
• Surgimento de uma nova classe social (a
burguesia)
• Fim das invasões bárbaras;
• Renascimento comercial e urbano;
• Crescimento populacional;
• As cruzadas;
Feudalismo
A cidade de Deus, que se crê única, está
dividida em três Ordens: alguns rezam, outros
combatem e outros trabalham.
(Adalberto, Bispo de Laon)
CARACTERÍSTICAS GERAIS
 O Feudalismo foi o modo de produção predominante na Europa
Ocidental entre os séculos V e XV.
 Resultado da crise do Império Romano e da invasão dos povos
bárbaros, reuniu uma série de características particulares,
destacando-se:
 O feudo era a unidade residencial-produtiva. Seu proprietário era
chamado de senhor feudal, um elemento vindo do clero ou da
nobreza.
 Na economia predominavam as atividades agrárias autosuficientes para a população do feudo. A produção objetivava a
subsistência. A insegurança externa aos feudos enfraqueceu o
grande comércio, destacando-se as trocas diretas e o pouco uso
de dinheiro.
 Os camponeses eram a maioria da população. Para viver no feudo
submetiam-se ao regime de servidão. O servo era semi-livre e
devia inúmeras obrigações, como trabalhar em áreas cuja
produção cabia ao senhor feudal e entregar parte do que produzia
a título de impostos.
A sociedade feudal era estamental
(sem mobilidade social) dividindose em 3 ordens ou Estados:
1º Estado: CLERO
2º Estado: NOBREZA FEUDAL
3º Estado: CAMPONESES (servos)
O poder político era descentralizado e
controlado pelos senhores feudais.
No aspecto cultural-ideológico havia o
predomínio da Igreja Católica onde,
através do clero, justificava a miséria
dos
camponeses.
Através
do
teocentrismo (Deus como o centro de
tudo) caracterizou a época feudal de
forma extremamente religiosa.
Principais obrigações servis
• Corvéia: trabalho gratuito nas terras do senhor (manso
senhorial) em alguns dias da semana.
• Talha: porcentagem da produção.
• Banalidades: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou
bens do senhor, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes.
• Capitação: imposto pago por cada membro da família servil
(por cabeça).
• Tostão de Pedro: imposto pago à Igreja, utilizado para a
manutenção da capela local.
• Mão-morta: tributo cobrado na transferência do lote de um
servo falecido a seus herdeiros.
• Formariage: taxa cobrada quando o camponês se casava.
• Albergagem: obrigação de alojamento e fornecimento de
produtos ao senhor e sua comitiva quando viajavam.
Tipos de Terra
• Manso senhorial: terras de uso exclusivo
do senhor feudal;
• Manso servil: terra para usufruto do servo;
• Manso comunal: terras devolutas
utilizadas para caça e/ou coleta de lenha
A CRISE DO FEUDALISMO
AS TRANSFORMAÇÕES DO FEUDALISMO :
•
A partir do século XI ocorreu o fim das invasões bárbaras e a diminuição da
violência, inaugurando uma fase de transformações no Feudalismo. Destacaram-se:
•
Crescimento Demográfico: o aumento da população exigiu uma maior produção e a
necessidade do grande comércio. Desejosos de novos produtos, os senhores
ampliaram a exploração servil.
•
Renascimento Comercial: estimulado pelo aumento do consumo, comerciantes
intensificaram os contatos entre os feudos. Além disso, as Cruzadas (expedições
militares cristãs entre os séculos XI e XIII com o objetivo de conquistar a Terra
Santa) estimularam o comércio com o Oriente. Grandes feiras e mercados levaram
ao surgimento de rotas internacionais terrestres (Champagne, ligando Flandres à
Itália) e marítimas (Mares Mediterrâneo, Báltico e do Norte), também estimulando a
circulação de moedas e instituições de crédito, como os bancos.
•
Renascimento Urbano: com o comércio cresceram as cidades. Os comerciantes
buscavam áreas específicas junto aos cruzamentos de estradas, portos ou grandes
castelos feudais. O crescimento desordenado gerava péssimas condições de saúde
e higiene.
•
Surgimento da Burguesia: os muros erguidos para proteger os comerciantes e
permitir a cobrança de impostos eram conhecidos como burgos. Com o tempo, o
termo burguesia passou a designar essa nova camada social.
A CRISE DO FEUDALISMO
•
Mesmo representando alterações em sua estrutura, o Feudalismo adaptou-se às novas realidades
como o comércio, as cidades e a burguesia. Porém, com o tempo, as mudanças aceleraram a
Crise do Feudalismo.
•
Nos séculos XIV e XV a Europa foi abalada por grandes problemas, destacando-se:
•
Fome: resultado do crescimento demográfico, a terra foi desmatada e mal utilizada, acarretando a
queda da produção e o aumento dos preços. Problemas climáticos agravaram a fome.
•
Peste: as péssimas condições de higiene e alimentação geraram uma epidemia de peste bubônica
(doença transmitida pelos ratos). Também chamada de Peste Negra, matou cerca de 1/3 da
população europeia.
•
Guerras: conflitos como a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) entre França e Inglaterra
desorganizaram a produção e o comércio provocando fome e mortalidade.
•
O impacto destes problemas sobre a Europa Ocidental foi arrasador. A consequências da crise
foram:
•
A exploração dos servos sobreviventes resultou em rebeliões camponesas e fugas dos feudos.
Nas cidades também ocorreram revoltas contra a miséria e a fome.
•
A decadência da servidão foi cedendo lugar ao trabalho assalariado ou ao arrendamento da terra
em dinheiro para conter as revoltas.
•
A economia europeia foi abalada pela redução da produção (crise agrícola) e do comércio. A fome
e a escassez de metais preciosos para a cunhagem de moedas exigiam medidas imediatas.
•
- O poder político e religioso dos senhores feudais estava ameaçado.
•
Enfim, o Feudalismo no século XV entrava em decadência.
Download