UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE ENERGIAS ALTERNATIVAS E RENOVÁVEIS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Questões Resolvidas - Aula 21 Considere que você dispõe de transistores NMOS com os seguintes parâmetros: µnCOX = 10-2 A/V2, VT=1,5V, W/L=10, VA=∞ (λ=0). Projete um amplificador em configuração porta (gate) comum com ganho 10V/V e resistência de saída de 100Ω. A entrada do amplificador, a ser conectada a uma fonte de sinal ideal com média nula, deverá ser indicada por IN, e a saída do amplificador deverá ser indicada por OUT. O problema pode ser resolvido de diversas forma. Consideremos a (possivelmente) mais simples delas, e adotemos a topologia abaixo: O projeto então se resume a definir o valor dos componentes R1, R2, R3, C1, C2. O capacitor C1 é de by-pass, e garante um terra AC na porta [mesmo que a porta seja considerada um aberto em baixas frequências, e o paralelo de R2 e R3 ser por conseguinte uma impedância pequena (muito menor que um aberto, em todo caso!) para o terra, em (mais) altas frequências isto não é mais verdade. Para garantir um terra AC na porta, coloquemos um capacitor de alto valor “muito grande”]. O capacitor C2 é de acoplamento, e garante a conexão da fonte de sinal ao amplificador. Assim, C1 e C2 são capacitores de grande valor, para que, na frequência de sinal considerada, representem impedância “muito pequena”. Adotou-se uma resistência de 100Ω no dreno, já que a especificação de resistência de saída corresponde a este valor. Resta-nos determinar R1, R2 e R3. R1 é um resistor apenas para estabilizar a polarização, podemos utilizar um valor pequeno, bem menor que 100Ω. Adotemos, como exemplo 50Ω. O circuito equivalente para análise de pequenos sinais é mostrado a seguir. UFPB/CEAR/DEE — Dispositivos Eletrônicos 1/5 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE ENERGIAS ALTERNATIVAS E RENOVÁVEIS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Com base neste circuito, temos as seguintes equações: vout = − g m ⋅ vgs ⋅ 100Ω vgs = −vs vout = g m ⋅ 100Ω vin Para obter um ganho de 10V/V, basta obter gm=0.1 A/V. Assim: 1 W 2 ⋅ µ n ⋅ C OX ⋅ ⋅ (V GS − V TH ) 2 L 2 ⋅ ID W = = µ n ⋅ C OX ⋅ ⋅ (V GS − V TH V GS − V TH L ID = gm ) Assim, aplicando os valores µnCOX = 10 A/V , VT=1,5V, W/L=10, temos: -2 g m = 0 ,1 A / V = µ n ⋅ C OX ⋅ V GS = V TH + 0 ,1 µ n ⋅ C OX ⋅ W L 2 W ⋅ (V GS − V TH ) L 0 ,1 = 1,5 + = 2 , 5V 0 , 01 ⋅ 10 Com este valor de VGS, calculamos a corrente de dreno: ID = 1 W ⋅ µ n ⋅ C OX ⋅ ⋅ (V GS − V TH 2 L )2 = 1 2 ⋅ 0 , 01 ⋅ 10 ⋅ (2 , 5 − 1 , 5 ) = 50 mA 2 Com esta corrente DE POLARIZAÇÂO, temos uma tensão de 2,5V no resistor R1 (50Ω) e uma tensão de 5V no resistor conectado ao dreno (100Ω), totalizando 7,5V. Poderíamos deixar 7,5V como tensão VDS, garantindo grande folga para operação em regime de saturação, e pra ficarmos com um valor de VDD “redondo”. Assim, VDD=15V, VS=2,5V, e como VGS=2,5V, temos que VG=5V. Poderemos usar então, POR EXEMPLO, R3=100KΩ, R2=200KΩ. UFPB/CEAR/DEE — Dispositivos Eletrônicos 2/5 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE ENERGIAS ALTERNATIVAS E RENOVÁVEIS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Implementemos no PSPICE (veja os parâmetros do modelo!): UFPB/CEAR/DEE — Dispositivos Eletrônicos 3/5 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE ENERGIAS ALTERNATIVAS E RENOVÁVEIS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Observe os resultados de polarização: Observe o ganho: UFPB/CEAR/DEE — Dispositivos Eletrônicos 4/5 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE ENERGIAS ALTERNATIVAS E RENOVÁVEIS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Setup para a impedância de saída: Resultados (1V/10mA=100Ω): UFPB/CEAR/DEE — Dispositivos Eletrônicos 5/5