Análise quantitativa dos resultados obtidos na aplicação de um kit para o ensino de Astronomia para pessoas com deficiência visual. Nathan Moreira Ulloffo¹, Moacir Pereira de Souza Filho². ¹ Licenciatura em Física, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual PaulistaUNESP, Presidente Prudente. [email protected]. ² Departamento de Física, Química e Biologia, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista-UNESP, Presidente Prudente. [email protected] Palavras Chave: Astronomia, Pessoas com Deficiência Visual, Processos de ensino e aprendizagem. Realizar uma análise dos resultados obtidos com a aplicação do kit de ensino sobre Astronomia, para pessoas com deficiência visual. facilitação de sua análise. Do primeiro levantamento, foi constatado que apenas 56% dos entrevistados sabiam o que era Astronomia, sendo que, este número caiu para aproximadamente 28% se for analisado quem já teve algum contato com ela. Seguindo esta primeira etapa, 72% não tinham noção do que seria um planeta. Dos entrevistados, 64% acreditavam que a Lua possuía várias formas. Quando questionados quanto ao movimento dos planetas no Sistema Solar, 52% dos entrevistados não souberam responder. O segundo levantamento foi dividido em três partes (fases da Lua, movimento dos planetas e tamanho dos planetas). Essas etapas são respectivas às suas maquetes para ensino. Neste levantamento foi detectado que, após a aplicação dos kits, todos os entrevistados conseguiam detectar as fases da Lua, assim como sua forma. A respeito do tamanho dos planetas, todos os participantes conseguiram identificar as diferenças de escalas entre os (8) oito planetas do Sistema Solar apresentados. Por último, foi questionado aos entrevistados a respeito da qualidade do material produzido, quase que a totalidade dos participantes aprovaram o material, entretanto, alertaram que facilitaria a utilização deste se houvesse um acompanhamento em braile. Material e Métodos Conclusões Os materiais utilizados na construção dos kits são materiais de fácil aquisição. Foram utilizados jornais, linhas de algodão, tinta, placa de madeira, bolinhas de isopor, cola e argila. Os métodos utilizados para a realização da pesquisa se basearam em: • Entrevista para levantamento de dados iniciais; • Aplicação das maquetes construídas; • Segunda entrevista (levantamento de dados para comparação do conhecimento gerado); • Analise dos dados obtidos. Os alunos com necessidades especiais são muitas vezes desmotivados e o ensino aplicado a eles tem sido feito de uma maneira até excludente. Justamente neste ponto que este trabalho almeja ser aplicado. Com ele esperamos que no futuro, o ensino de Astronomia possa ser realizado, ao mesmo tempo, com alunos que possuam deficiência visual e os alunos videntes, eliminando assim, uma possível diferenciação no ensino. Introdução Partindo do fato que, é um direito constitucional que toda criança tenha acesso à educação, este trabalho vem com uma proposta de analisar um kit de ensino de Astronomia, e testá-lo, a fim de constatar sua eficácia no ensino de crianças com deficiência visual. O desafio deste trabalho parte da dificuldade de apresentar o tema Astronomia, normalmente ligado à observação, a um deficiente visual (Camargo, 2007). Para isso, nos baseamos na seguinte questão: “como seria realizado o ensino de Física de uma forma inclusiva, e ao fim, integrar isto aos conteúdos abordados pela Astronomia?” A ciência sempre se mostrou de grande valia para o desenvolvimento humano, o seu aprendizado e utilização devem estar sempre ao alcance de toda e qualquer pessoa. O seu estudo em âmbito de ensino, é fundamental para a formação e desenvolvimento de novas ideias, possuindo sempre um caráter inclusivo. Objetivos Resultados e Discussão Os resultados obtidos por este trabalho foram analisados em duas etapas. Primeiro, os dados de cada levantamento foram tabulados para uma XXVII Congresso de Iniciação Científica Referência Bibliográfica CAMARGO, E. P. NARDI, R. Dificuldades e alternativas encontradas por licenciandos para o planejamento de atividades de ensino de óptica para alunos com deficiência visual. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 29, n. 1, p. 115-126, (2007).