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TÍTULO: EFEITOS ADVERSOS NO TRATAMENTO DE CÂNCER DE MAMA SUBTIPO HER2 POSITIVO
COM ANTICORPOS MONOCLONAIS
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
SUBÁREA: FARMÁCIA
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
AUTOR(ES): JULIANE PEREIRA VAZ
ORIENTADOR(ES): PAOLO RUGGERO ERRANTE
Resumo
O câncer de mama é a segunda causa de morte por câncer em mulheres. Quando
diagnosticado nas fases iniciais possui grandes chances de cura, com uma
sobrevida de 5 anos de 97%. Vinte e cinco porcento das mulheres com câncer de
mama apresentam superexpressão do receptor 2 para o fator de crescimento
epidérmico (HER-2). Uma das opções de tratamento para esse tipo de câncer de
mama é o Trastuzumabe. Embora a literatura reporte poucos efeitos adversos com a
utilização do Trastuzumabe, como alteração na força de ejeção ventricular esquerda
e arritmia cardíaca. Estamos em andamento em nossa pesquisa para quantificar o
número de pacientes que apresentando problemas cardíacos como reação adversas
e interrupção do tratamento.
Introdução
O carcinoma mamário é o tumor mais frequente nas mulheres, com grande número
de diagnósticos tardios, sendo responsável pelo óbito de 12.852 pessoas em 2010
no
Brasil
(INCA,
2011). Em
pacientes
que
apresentam amplificação
ou
superexpressão HER2, é indicado o tratamento isolado com Trastuzumabe ou
combinado com quimioterápicos (Joensuu et al., 2009). Embora a literatura reporte
poucos efeitos adversos com a utilização do Trastuzumabe, como alteração na força
de ejeção ventricular esquerda e arritmia cardíaca (Joensuu et al., 2006; Russell et
al., 2010), achados clínicos no Centro de Referência da Saúde da Mulher
demonstraram que a incidência de efeitos adversos, em especial as arritmias
cardíacas, se encontram subestimadas (dados não publicados). Uma vez que seus
efeitos adversos não foram completamente descritos, esse trabalho tem por objetivo
avaliar a incidência de reações adversas, em especial as arritmias cardíacas.
Objetivo
Avaliar a incidência de reações adversas, com ênfase nas arritmias cardíacas em
pacientes com tumor de mama HER2+ submetidos a terapia com Trastuzumabe.
Metodologia
Está sendo realizado um estudo retrospectivo descritivo, destinado a avaliar a
incidência de efeitos adversos e interrupção do tratamento em pacientes portadores
de carcinoma mamário HER2+ metastático (n=192) no Centro de Referencia da
Saúde da mulher, localizado no centro de São Paulo. A coleta de dados foi realizada
por integrantes do grupo de pesquisa, através da análise da ficha da paciente e
prontuário. Uma vez que a proposta da pesquisa não é baseada em dados
individuais, mas
no
conjunto
das informações, todas as informações são
resguardadas. Para a coleta de dados, foi utilizada a planilha de Excel. A presente
pesquisa consiste no levantamento de dados estatístico, não havendo nenhuma
influência sobre o diagnóstico, tratamento e prognóstico do paciente.
Desenvolvimento
O câncer de mama subtipo HER-2 negativo (HER-2-) apresentando receptores para
estrogênio ou progesterona, corresponde a 25% dos tumores em pacientes com
diagnóstico de tumor mamário. Está associado à alta agressividade, e maior risco de
reincidência após tratamento inicial e pior prognóstico (Martins & Yamamoto, 2006).
O c-erbB-2 é o oncogene responsável pela síntese da proteína HER2, uma proteína
transmembrana de 185 kDa, estruturalmente relacionada ao receptor do fator de
crescimento epidérmico (Slamon et al., 2011). Para o tratamento de câncer de
mama HER-2 positivo (HER-2+), utiliza se o trastuzumab/herceptin um anticorpo
monoclonal
humanizado
produzido
pela
tecnologia
do
DNA-recombinante,
direcionado contra a proteína HER-2. O trastuzumab é indicado em pacientes com
câncer de mama HER2+ metastático (Nazário et al., 2005). Uma pequena parcela de
pacientes submetidas ao tratamento com trastuzumab apresenta no período do
tratamento, insuficiência cardíaca, diminuição na fração de ejeção ventricular
esquerda (FEVE) ou diminuição na FEVE sem sinais clínicos. A relação do
tratamento e efeitos adversos no tratamento com trastuzumab não é definida. A
literatura reporta este efeito como associado à presença da proteína HER2 na
superfície de cardiomiócitos, que através de sinalização intracelular mediada pela
tiroso-quinase, induz alteração do mecanismo de acoplamenti-excitação dos
cardiomiócitos (Joensuu et al., 2006; Joensuu et al., 2010)
Resultado Preliminares
O projeto foi submetido ao comitê de ética do Centro de Referencia da Saúde da
mulher (Hospital Perola Byington) sendo mesmo aprovado. Foram identificados e
separados em dois grupos as pacientes em tratamento com trastuzumab.
O grupo 1, constituído por 155 pacientes que fazem tratamento apenas com
trastuzumab, com idade entre 26 a 76 anos, todas apresentando imunohistoquimica
positiva para HER2. O grupo 2, constituído por 37 pacientes fazem tratamento com
trastuzumab e antineoplasico, com idade entre 29 a 77 anos, todas apresentando no
imunohistoquimica positiva para HER2. Verificamos que o surgimento de arritmia foi
maior no grupo de pacientes tratadas com trastuzumab e antineoplasico, porém, não
foi estabelecida causa associada ao fenômeno até o momento. Para tanto,
pretendemos verificar nos prontuários, o tipo de alteração cardíaca e seu início,
confirmando
que
a
mesma
está
associada
a
combinação
Rev
Estimativa,
trastuzumab+quimioterapia, e qual tipo de quimioterápico.
Referências bibliográficas
INCA.
Incidência
de
câncer
no
Brasil/Instituto
Nacional,
Coordenação geral de ações estratégicas, Coordenação de prevenção e vigilância.
Rio de Janeiro: Inca, 2011; p.118.
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