Cálculo do Volume Metabólico Tumoral e da Glicólise Total da

Propaganda
Cálculo do Volume Metabólico Tumoral e da Glicólise Total da Lesões em Pacientes com
Linfoma de Hodgkin
Mariana R. F. Camacho; Natália R. Tardelli; Maria Emilia S. Takahashi; Sergio Q. S. Brunetto; Márcia T.
Delamain; Thiago F. Souza; Camila Mosci; Bárbara J. Amorim; Mariana C. L. Lima; Allan O. Santos; Elba C. S.
C. Etchebehere; Irene Lorand-Metze, Cármino A. Souza, Celso D. Ramos.
Resumo
Recentemente, alguns parâmetros extraídos das imagens de tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT) como o
volume metabólico tumoral (MTV) e a glicólise total das lesões (TLG) têm se mostrado promissores na avaliação de
alguns tumores sólidos, mas há poucos estudos em Linfoma de Hodgkin (LH). O MTV consiste na medida do volume
das áreas neoplásicas que captam o radiotraçador fluordeoxiglicose-18F. A TLG considera a intensidade de captação
e é calculada a paritr do MTV nas imagens PET/CT. Estudos preliminares evidenciam que a falta de padronização no
cálculo do MTV e da TLG é a principal responsável por alguns resultados discordantes que têm sido publicados.
Palavras-chave: tomografia por emissão de pósitrons; glicólise total da lesão; Linfoma de Hodgkin.
Introdução
A tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT)
18
18
utilizando o radiotraçador fluordeoxiglicose- F (FDG- F) é
atualmente o exame de imagem de escolha para o
estadiamento, avaliação precoce e avaliação final da
resposta ao tratamento de portadores de Linfoma de
18
Hodgkin (LH). Como a avidez de neoplasias por FDG- F
tende a ser proporcional à atividade metabólica da
doença, diversos parâmetros tem sido propostos para
18
quantificar a captação de FDG- F.
O mais utilizado é o standardized uptake value (SUV)
máximo, que consiste numa relação entre a radioatividade
no tumor e a dose de radiação injetada corrigida pelo peso
do paciente, e avalia apenas o ponto (ou pixel) da imagem
que apresenta a captação mais intensa do radiotraçador.
Outros parâmetros, como o volume metabólico tumoral
(MTV) e a glicólise total das lesões (TLG) têm se mostrado
úteis na avaliação de alguns tumores sólidos, mas há
poucos estudos em LH. O MTV consiste na medida do
18
volume das áreas neoplásicas que captam FDG- F. O
TLG é definido como a soma do produto do MTV de cada
lesão por seu SUV médio.
A falta de padronização no cálculo do MTV e do TLG é
a principal responsável por alguns resultados discordantes
que têm sido publicados.
Os valores obtidos (média +- desvio padrão) de MTV e
3
3
TLG foram respectivamente 517,88 cm (+-535,21 cm )
e 2694,73 (+-3053,49) para threshold de 20% e 203,16
3
3
cm (+-227,07 cm ) e 1485,89 (+-1776,42) para threshold
de 40%. As medianas dos valores de MTV e TLG foram,
3
respectivamente, 312,2cm e 1658,37 (threshold de
3
20%) e 155,01cm e 812,37 (theshold de 40%). O SUV
máximo foi de 17,21 (+-39,46). As medidas de um
paciente estão exemplificadas na Figura 1.
Na análise estatística, o teste de independência do
chi-quadrado mostrou que, para este grupo de pacientes,
o SUV máximo é uma variável independente tanto do
MTV quanto da TLG (para ambos thresholds de 20% e
40%) e que MTV e TLG também são variáveis
independentes entre si. TLG 20% e TLG 40% são
variáveis estatisticamente dependentes. O teste de
correlação de Pearson confirmou que o SUV máximo
não apresenta correlação com MTV e TLG. Além disso,
mostrou que, apesar de se tratarem de variáveis
independentes, MTV e TLG apresentam forte correlação.
A principal dificuldade encontrada foi a delimitação
exata de algumas lesões com o software utilizado
(Syngo.Via®, Siemens), de modo que não houvesse
sobreposição ou exclusão de áreas de interesse.
Figura 1:
As medidas MTV e TLG em pacientes com LH são
trabalhosas, porém factíveis. Ao contrário do SUV
máximo que avalia apenas o ponto de maior atividade
metabólica, esses parâmetros proporcionam uma medida
global da extensão e atividade metabólica da doença no
organismo. SUV não apresenta correlação estatística
com MTV e TLG, mostrando que se tratam de variáveis
estatisticamente independentes, o que reforça a
importância de se investigar a utilidade destas medidas
na avaliação da evolução e da resposta ao tratamento
desses pacientes, o que será realizado futuramente com
os dados aqui obtidos e poderá demonstrar a utilidade
clínica do MTV e do TLG como fator prognóstico
independente em pacientes com LH.
Conclusões
Cortes coronais de images PET (à esquerda) e fusão PET/CT (à direita) motrando
volumes de interesse traçados sobre lesões mediastinais (contornos verdes). Os valores
quantitativos obtidos nestas imagens são: SUV máximo = 9,07; MTV 20% = 917,66; TLG 20% =
3047,82; MTV 40% = 357,28; TLG 40% = 1596,52.
OBJETIVO: Estabelecer uma sistemática bem definida
para o cálculo do MTV e do TLG utilizando o PET/CT de
estadiamento de portadores de LH.
Resultados e Discussão
10.19146/pibic-2016-51158
XXIV Congresso de Iniciação Científica da UNICAMP
Download