02/23/2008 Rins Ureteres URI – Curso de Psicologia Anatomofisiologia Prof. Claudio Alfredo Konrat Bexiga Uretra Dos cerca de 5 litros de sangue bombeados pelo coração a cada minuto, aproximadamente 1.200 ml, ou seja, pouco mais de 20% deste volume flui, neste mesmo minuto, através dos nossos rins. 1 - Artéria 2 - Veia 3 - Septo Intercrural 4 - Túnica Albugínea do Corpo Cavernoso 5 - Veia Dorsal Profunda do Pênis 6 - Artéria Dorsal do Pênis 7 - Corpo Cavernoso 8 - Artéria Profunda do Pênis 9 - Uretra 10- Corpo Esponjoso 11- Artéria Uretral O filtrado acumula-se no interior de uma cápsula que envolve os capilares glomerulares (cápsula de Bowman). A cápsula de Bowman é formada por 2 membranas: uma interna, que envolve intimamente os capilares glomerulares e uma externa, separada da interna. Entre as membranas interna e externa existe uma cavidade, por onde se acumula o filtrado glomerular. Os glomérulos, milhares em cada rim, são formados por pequenos enovelados de capilares. Na medida em que o sangue flui no interior de tais capilares, uma parte filtra-se através da parede dos mesmos. O filtrado circula através de um sistema tubular contendo diversos distintos segmentos: Túbulo Contornado Proximal, Alça de Henle, Túbulo Contornado Distal e Ducto Coletor. Na medida em que o filtrado flui através destes túbulos, diversas substâncias são reabsorvidas através da parede tubular, enquanto que, ao mesmo tempo, outras são excretadas para o interior dos mesmos. 1 02/23/2008 Ao passar pelo interior deste segmento, cerca de 100% da glicose é reabsorvida (transporte ativo) através da parede tubular e retornando, portanto, ao sangue que circula no interior dos capilares peritubulares, externamente aos túbulos. Ocorre também, neste segmento, reabsorção de 100% dos aminoácidos e das proteínas que porventura tenham passado através da parede dos capilares glomerulares. Neste mesmo segmento ainda são reabsorvidos aproximadamente 70% das moléculas de Na+ e de Cl- (estes últimos por atração iônica, acompanhando os cátions). A reabsorção de NaCl faz com que um considerável volume de água, por mecanismo de osmose, seja também reabsorvido. Principal função: reabsorção de cerca de 50% do sódio (Na+) e da água que foram filtrados no glomérulo. Pequenas proteínas que eventualmente passam pela barreira de filtração glomerular também são reabsorvidas no túbulo proximal, por endocitose. O túbulo proximal é responsável também pela secreção de íons Hidrogênio (H+), toxinas produzidas no organismo como resultado do metabolismo celular e/ou ingeridas. Se divide em dois ramos: um descendente e um ascendente. Os termos osmolaridade e osmolalidade referem-se à partículas osmoticamente ativas. No ramo descendente a membrana é bastante permeável à água e ao sal NaCl. Já o mesmo não ocorre com relação à membrana do ramo ascendente, que é impermeável à água e, além disso, apresenta um sistema de transporte ativo que promove um bombeamento constante de íons sódio do interior para o exterior da alça, carregando consigo íons cloreto (por atração iônica). Pode ser dividida em três partes: fina descendente, fina ascendente e grossa ascendente. A parte fina descendente é altamente permeável e reabsorve água devido a uma hiperosmolalidade da medula. Já as partes ascendentes (fina e grossa) são essencialmente impermeáveis à água e altamente permeáveis aos íons Na+ e Cl-, reabsorvendo cerca de 40% da carga filtrada desses íons. Neste segmento ocorre um bombeamento constante de íons sódio do interior para o exterior do túbulo. Tal bombeamento se deve a uma bomba de sódio e potássio que, ao mesmo tempo em que transporta ativamente sódio do interior para o exterior do túbulo, faz o contrário com íons potássio. DUCTO COLETOR Neste segmento ocorre também reabsorção de NaCl acompanhado de água, como ocorre no túbulo contornado distal. Osmolaridade refere-se ao número de partículas osmoticamente ativas de soluto contidas em 1 litro de solução. Osmolalidade refere-se ao número de partículas osmoticamente ativas de soluto presentes em 1 quilograma do solvente que, em nosso caso, é a água. Portanto, podemos verificar que a diferença se dá com relação à unidade de medida utilizada. Esta diferença se torna insignificante em soluções diluídas, mas é relevante ressaltar que o volume de uma solução aquosa é influenciado pela temperatura, o que não ocorre com a massa. Portanto, a osmolaridade de uma solução depende da temperatura, enquanto que a osmolalidade é independente da temperatura. O transporte de água, acompanhando o sal, depende também de um outro hormônio: ADH (hormônio antidiurético), secretado pela neuro-hipófise. Na presença do ADH a membrana do túbulo distal se torna bastante permeável à água, possibilitando sua reabsorção. Já na sua ausência, uma quantidade muito pequena de água acompanha o sal, devido a uma acentuada redução na permeabilidade à mesma neste segmento. Da mesma forma como no segmento anterior, a reabsorção de sal depende muito do nível do hormônio aldosterona e a reabsorção de água depende do nível do ADH. 2 02/23/2008 Na região cortical do rim existem milhares de glomérulos. Cada glomérulo é formado de um conjunto de capilares. O sangue que flui no interior de tais capilares, chega aos mesmos proveniente de uma arteríola denominada arteríola aferente. Este mesmo sangue, após fluir pelos capilares glomerulares, se dirige para a arteríola eferente, que forma uma rede de capilares peritubulares, que envolvem os túbulos renais. O segmento formado por células justaglomerulares (na parede das arteríolas) mais a mácula densa (na parede do túbulo contornado distal) é conhecido como aparelho justaglomerular. A renina é produzida por este aparelho. A renina, ao entrar em contato com o angiotensinogênio, transforma-o em angiotensina-1. Esta, sob ação de enzimas encontradas principalmente em capilares pulmonares, transforma-se em angiotensina2. A angiotensina-2 é um potente vasoconstritor. Fazendo vasoconstrição, aumenta a resistência ao fluxo sangüíneo e, portanto, eleva a pressão arterial. Além do poder vasoconstritor, a angiotensina é um dos fatores que provocam, na glândula supra-renal, um aumento na secreção do hormônio aldosterona. Aproximadamente 1 ml. de urina, a cada minuto, escoa através dos ureteres em direção à bexiga. A partir de um volume de aproximadamente 400 ml. de urina na bexiga, receptores de estiramento localizados em sua parede se excitam cada vez mais. Impulsos nervosos são enviados em direção ao segmento sacral da medula espinhal onde provocarão o surgimento de uma resposta motora através de nervos parassimpáticos. Desta forma ocorre o reflexo da micção. É necessário o relaxamento do esfíncter externo da uretra. Este é constituído de fibras musculares esqueléticas e, portanto, são controladas por neurônios motores localizados nos cornos anteriores da medula. Não sendo o momento adequado à micção diante de um reflexo, nosso córtex motor, área consciente de nosso cérebro, manterá o esfíncter externo contraído e a micção, ao menos por enquanto, não se fará acontecer. 3