DETECÇÃO DO PARVOVÍRUS CANINO TIPO 2 EM FEZES DE CÃES RECOLHIDAS DE VIAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE PALOTINA-PR. Delai, R.R.1; Kunz, A.F.1; Mello, J.L.1; Mucellini, C.1; Casagrande, G.1; Lorencena, D.1; Gogone, I.C.V.P.1; Takiuchi, E1*. 1 Departamento de Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina, Paraná, Brasil. *e-mail: [email protected] A parvovirose canina é uma enfermidade infecto-contagiosa causada pelo parvovírus canino tipo 2 (CPV-2), o qual foi recentemente reclassificado pelo ICTV como protoparvovirus dos carnívoros 1. A infecção pelo CPV-2 determina um quadro de imunossupressão e gastroenterite hemorrágica aguda, sendo os mais suscetíveis e severamente afetados, os animais jovens sem imunidade contra o vírus. Em animais adultos imunocompetentes, as infecções normalmente são subclínicas ou inaparentes. A vacinação dos filhotes constitui o meio mais efetivo de prevenção contra esta virose. Devido à interferência da imunidade passiva, recomenda-se o mínimo de três doses na primovacinação. O CPV-2 é um vírus não envelopado, com DNA genômico de fita simples e altamente resistente no meio ambiente, podendo manter sua integridade estrutural por até seis meses quando protegido em matéria orgânica. O objetivo deste trabalho foi investigar a presença de CPV-2 em 27 amostras fecais recolhidas de vias públicas da cidade de Palotina, entre outubro de 2015 a março de 2016. As fezes variaram de consistência pastosa a extremamente secas (efeito da radiação solar sobre o extrato fecal ao longo do tempo). As suspensões fecais foram submetidas à extração do ácido nucléico pela associação das técnicas fenol clorofórmio – álcool isoamílico associada à sílica-isotiocianato de guanidina. A partir dos produtos da extração, realizou-se a reação em cadeia da polimerase (PCR) para amplificação de um fragmento de 583 pb do gene VP2. Os produtos da reação foram submetidos à eletroforese em gel de agarose e posteriormente corados com brometo de etídio. Das 27 amostras fecais testadas, foi possível a detecção genômica do CPV-2 em sete (26%) amostras, entre as quais duas eram de consistência pastosa e cinco ressecadas. Com esses resultados concluímos que o CPV-2 está sendo excretado pela população canina circulante nas vias públicas da cidade de Palotina, constituindo um risco potencial para os animais não imunes. Frente ao desafio do ambiente contaminado pelo CPV-2, reitera-se a importância de impedir o acesso dos filhotes à rua até no mínimo 15 dias após aplicada a última dose do esquema de primovacinação. Palavras-chaves: parvovírus canino, PCR, gastroenterite hemorrágica. Suporte financeiro: PRPPG-UFPR Área de conhecimento: Microbiologia Animal