Economia e Mercado Caros (as) alunos(as) seja bem vindo, O material aqui impresso, não tem como finalidade torna-lo um especialista em economia, apresentaremos a seguir algumas informações básicas que vão mostrar para você como se comporta a economia dentro do mercado e como ela pode influenciar as nossas vidas e os nossos negócios. Tais informações vão lhe garantir uma maior segurança e um maior lastro nas tomadas de importantes decisões, evitando surpresas desagradáveis e as armadilhas tão comuns no mercado econômico. No mais bons estudos e lembrem-se 10% do sucesso, você vai conquistar com seus estudos em sala de aula, os outros 90% depende de você, da sua garra, da sua postura e da forma como vai lidar com as pessoas dentro do mercado. Amar o que faz e as pessoas é o segredo do sucesso de muitos profissionais. Prof. Everaldo Rocha. Introdução à economia Demanda: Em economia, demanda, procura, ou "demandada" é a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um preço definido em um dado mercado, durante uma unidade de tempo. A demanda pode ser interpretada como procura, mas nem sempre como consumo, uma vez que é possível demandar (desejar) e não consumir (adquirir) um bem ou serviço. A quantidade de um bem que os compradores desejam e podem comprar é chamada de quantidade demandada. A quantidade demandada depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor pela compra ou não de um bem ou serviço: o seu preço, o preço dos outros bens substitutos ou complementares, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Para estudar a influência dessas variáveis, considera-se separadamente a influência de cada uma nas decisões do consumidor (condição coeteris paribus). Desejo: Como a demanda é o desejo ou necessidade apoiados pela capacidade e intenção de compra, ela somente ocorre se um consumidor tiver um desejo ou necessidade, se possuir condições financeiras para suprir sua necessidade ou desejo e se ele tiver intenção de satisfazê-los. Sempre que damos prioridade para o consumo de alguma coisa em detrimento de outra, estamos demonstrando um desejo. O desejo é a maneira específica na qual buscamos a satisfação de nossa necessidade. Oferta: A demanda sempre influencia a oferta, ou seja, é a demanda que determina o movimento da oferta. Por isso, para as empresas, além de identificar os desejos e as necessidades de seus consumidores, é muito importante identificar a demanda para um determinado produto ou serviço, pois é ela que vai dizer o quanto se comprará da oferta que a empresa disponibiliza no mercado. Isto é, quem e quantos são os consumidores que irão adquirir o produto ou serviço. O gráfico abaixo representa D1 E D2, a curva da procura e S a curva da oferta: Onde: P = preço Q = quantidade do bem D = demanda S = oferta A demanda individual e a demanda de mercado A demanda de mercado é a soma de todas as demandas individuais, que são a quantidade demandada a cada preço por cada um dos compradores. Por isso, a curva de demanda de um mercado é determinada somando-se horizontalmente as curvas individuais de demanda. Elasticidade da demanda Para a lei da demanda, coeteris paribus, a quantidade demandada de um bem diminui quando o seu preço aumenta. Graficamente, então, a demanda é quase sempre negativamente inclinada no plano preço e quantidade. As únicas duas exceções são os casos extremos de Demanda Perfeitamente Inelástica e Demanda Perfeitamente Elástica, quando uma variação qualquer no preço resulta, respectivamente, numa variação zero ou infinita da quantidade demandada. Bases da Microeconomia Microeconomia é a parte da ciência econômica que se dedica ao estudo do comportamento das unidades de consumo que são representadas pelos consumidores; as empresas e suas produções bem como seus custos; a produção, os fatores de produção e os preços de produtos e serviços. Busca entender como as unidades individuais da economia ( produtores, consumidores, trabalhadores, etc.) agem e reagem uns sobre os outros. Diferentemente da Macroeconomia, que estuda a evolução da economia como um todo (como taxa de juros, estoque de moeda, câmbio, etc.) apresenta uma visão microscópica dos fenômenos econômicos. Abaixo os principais tópicos de Microeconomia: Na Teoria da Demanda, estuda a demanda do consumidor individual e a demanda do mercado; Na Teoria da oferta, estuda a oferta individual e de mercado, a Teoria de Produção e a Teoria dos Custos de Produção; Na Análise das Estruturas de Mercado, debruça-se sobre o Mercado de Bens e Serviços ( oligopólio, monopólio, concorrência monopolística, e concorrência perfeita ) e o Mercado de fatores de produção (concorrência perfeita, monopsônio, oligopsônio); Teoria do equilíbrio geral e do bem-estar; Externalidades. Teoria elementar da demanda Demanda é a quantidade de um determinado produto ou serviço que os consumidores desejam adquirir num determinado período de tempo. Portanto, trata-se de um desejo, um plano. Mostra o máximo que um consumidor pode aspirar considerando o preço e sua renda. Por ser um desejo de adquirir, é uma aspiração, um plano, e não a sua realização. Não se deve confundir demanda com compra, nem oferta com venda. Demanda é o desejo de comprar, oferta é o desejo de vender. A demanda se expressa por uma determinada quantidade em um dado período. Desta forma, dizemos que Rosângela deseja adquirir 5Kg de arroz por semana, e não que Rosângela procura 5Kg de arroz. A análise da demanda se assenta no conceito subjetivo de utilidade. A utilidade é o grau de satisfação proporcionado pela aquisição de bens e serviços disponíveis no mercado. A Teoria do Valor Utilidade afirma que o valor de um bem se forma pelo grau de satisfação (proporcionada pelos bens econômicos ) do consumidor. Em outros termos, o produto ou serviço que satisfaz os clientes são os mais procurados ( possuem maior demanda). Essa é uma visão utilitarista em que prevalece a soberania do consumidor. A Teoria do Valor Trabalho afirma que o valor de um bem é determinado do lado da oferta, mediante a incorporação dos custos de trabalho ao bem. A Teoria do Valor Trabalho é objetiva, pois considera os custos produtivos envolvidos. Pode-se dizer que a Teoria da Utilidade e a Teoria do Valor Trabalho se complementam, pois não é possível predizer o comportamento dos preços somente pelos custos, ou somente pela demanda (padrão de gostos, hábitos, renda, etc.). Determinantes da procura individual: Preço do produto ou serviço; Preço dos outros bens; Preço dos bens complementares Renda do consumidor; Preferência do individuo. A fim de estudarmos como cada fator condiciona a demanda é preciso fazer simplificações, pois o estudo de todas as variáveis em conjunto é bastante complexo e exigiria ferramentas matemáticas muito elaboradas. Por isso, a Microeconomia é parcial. Para analisar um mercado isoladamente, supomos todos os demais mercados constantes. Em outras palavras, fazemos uso da condição Ceteris Paribus, expressão latina que significa tudo o mais constante. Pela condição Ceteris Paribus verificamos o efeito de variáveis isoladas, desconsiderando o efeito de outras variáveis. DEMANDA E PREÇO A demanda é inversamente proporcional ao preço de um bem. Matematicamente, temos: Dx = f (Px ) Quando há redução de preço, este se torna mais atrativo em relação a seus concorrentes e, assim, os consumidores aumentam o seu desejo de comprá-lo. De outra parte, quando o preço cai o individuo ganha poder de compra em termos reais. Ganhando poder de compra aumenta suas demandas. Por conseguinte, quando o preço de um bem ou serviço cai, a demanda aumenta. Esta teoria é plausível e já foi testada em diversos produtos e serviços. Só há uma limitação: tudo o mais constante. PROCURA DE UM BEM E PREÇO DE OUTROS BENS Matematicamente: Dx = f (Pi ) Nesta função não temos uma relação geral: a valorização do bem e poderá aumentar ou diminuir a demanda do bem x. Dependerá da relação entre os dois bens. Existem dois casos possíveis: Quando o preço do bem i aumenta, aumenta a demanda do bem x. Dizemos que os bens x e i são concorrentes ou substitutos. Os bens concorrentes são os que guardam relação de substituição. O consumo de um exclui o consumo do outro. Exemplos: manteiga e margarina, chá e café, etc. Quando o aumento no preço do bem i gera queda na demanda do bem x. Dizemos que os bens x e i são complementares. Exemplos: pão e manteiga, automóvel e gasolina. DEMANDA E RENDA A demanda é diretamente proporcional à renda. Quanto maior a renda maior a procura por bens e serviços. No entanto, como em quase todas as boas regras, essa admite exceção. Um indivíduo pode estar satisfeito com o consumo de um determinado produto ou serviço e, por isso, não altera a quantidade consumida por unidade de tempo quando há acréscimos em sua renda. DEMANDA E PREFERENCIAS DO CONSUMIDOR As preferências ou gostos dos consumidores é algo de natureza subjetiva. No entanto, são passíveis de manipulação pela mídia ( propaganda e campanhas publicitarias). Existem campanhas para aumentar ou diminuir o consumo de determinados bens e serviços. DEMANDA DE MERCADO Entende-se por demanda de mercado a soma das demandas individuais. As alterações na condição Ceteris Paribus ocasionam deslocamentos na demanda individual e, consequentemente, na demanda de mercado. TEORIA DA OFERTA Definimos oferta como a quantidade de um determinado produto ou serviço que os produtores desejam vender por unidade de tempo. De maneira similar a demanda, a oferta depende vários fatores que serão analisados abaixo. A oferta depende do preço, admitindo o coeteris paribus, quanto maior o preço, mais rentável será a sua venda. A oferta também depende do preço dos fatores de produção. Produtos que precisam de muitos fatores de produção são naturalmente mais caros, ao passo que aqueles que empregam poucos fatores de produção terão menor custo e, por isso, maior oferta. Alterações no preço acarretam variações de lucratividade, relativa da produção e, consequentemente variações nos níveis de ofertas de diferentes mercadorias. Da mesma forma, alterações nos métodos e tecnologias de produção acarretam mudanças na lucratividade e na oferta de produtos e serviços. Além desses fatores, a oferta de um bem pode ser alterada em função do preço dos demais bens produzidos. EQUILÍBRIO DE MERCADO O equilíbrio de mercado ocorre quando a quantidade de produtos e serviços que os consumidores desejam comprar é exatamente igual a quantidade de produtos e/ou serviços que os produtores querem vender. Em outras palavras, não há excesso ou falta de demanda ou oferta. Existe coerência de desejos. Em mercados concorrenciais os mecanismos de preço tendem naturalmente ao equilíbrio. Produção e custo Toda organização precisa ter objetivos de desempenho de produção claramente definidos não só para nortear a empresa, mas também para permitir o monitoramento e controle completo dos processos produtivos com o fito de aprimorar e atingir os resultados pretendidos. A importância do estudo dos objetivos de produção reside em duas questões: 1. O que esperar da produção dentro das organizações? 2. Quais são os indicadores de desempenho específicos para a avaliação da produção quanto aos seus objetivos estratégicos? É impossível saber o quão bem-sucedida é uma operação quando não há clara especificação dos objetivos de desempenho aos quais se mede o sucesso da operação. A FUNÇÃO PRODUÇÃO A função produção relaciona-se diretamente com os objetivos estratégicos da organização. Basicamente, três razões justificam a existência da função produção nas empresas: ela operacionaliza as estratégias empresariais; serve de apoio as estratégias; impulsiona as estratégias. OS OBJETIVOS DE DESEMPENHO NA PODUÇÃO No processo produtivo, as operações precisam satisfazer os stakeholders (a sociedade, os fornecedores, os consumidores, os acionistas, os empregados, etc.) com pelo menos cinco objetivos de desempenho básicos para qualquer operação produtiva. São eles: qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custo. QUALIDADE Qualidade é um termo de origem latina (qualitate) e que vem sendo utilizado no ambiente organizacional e no mercado para designar um conjunto de atributos que se refere ao atendimento das necessidades dos clientes e ao padrão de produtos e serviços disponibilizados pelas organizações. Qualidade é, portanto, função dos atributos percebidos pelo individuo: Atributos da qualidade: a) O MORAL denota o estado de espírito do trabalhador, considera-se que o colaborador deve estar inserido em um clima de motivação e boa vontade. O moral é o elemento mais importante de uma organização, já que se configura como o alicerce para que os outros elementos possam existir. b) QUALIDADE INTRÍNSECA refere-se à qualidade dos produtos e serviços da organização. Nas tecnologias os produtos devem estar de acordo com as especificações previstas e dentro dos parâmetros prometidos. Qualidade intrínseca diz respeito às características inerentes às tecnologias e produtos e/ou serviços prometidos aos clientes que os solicitam. c) ENTREGA. Os clientes esperam que o produto seja entregue na hora certa, no local certo e na quantidade certa. d) CUSTO. As tecnologias devem propiciar ao cliente o maior custo-benefício possível. e) SEGURANÇA. Esse elemento deve ser entendido tanto como segurança interna, no processo produtivo, como segurança externa, traduzida como a garantia de segurança aos usuários das tecnologias, produtos e serviços.A organização somente garantirá sua sobrevivência se aplicar os cinco atributos da qualidade. Abaixo algumas vantagens da qualidade: • Reduz custos: evita erro e consequentemente menor será o tempo dispendido em sua correção; • Aumenta a confiabilidade RAPIDEZ Rapidez é o tempo de espera do consumidor para receber o produto / serviço. A rapidez enriquece a oferta. Quanto mais rápido atendemos as necessidades dos consumidores, maiores serão as chances desse consumidor voltar a comprar o produto / serviço. A rapidez na tomada de decisões, na movimentação de materiais e no fluxo de informações é fundamental para uma resposta rápida aos consumidores. Rapidez é questão de vida ou morte: o serviço de emergência que o diga. Vantagens da rapidez: • Reduz os estoques; • Reduz o risco. CONFIABILIDADE Confiabilidade é fazer as coisas a tempo para os consumidores receberem seus produtos/serviços de acordo com o prometido. Consiste em atender as expectativas de uso de um equipamento ou processo. Seus principais indicadores são: nível de atraso dos pedidos, tempo médio entre falhas e disponibilidade de equipamentos. Vantagens da confiabilidade: • Economia de tempo: aumentar a confiabilidade implica em redução de erros e, consequentemente, o tempo gasto na reprogramação de serviços ao cliente; • Economia de dinheiro: a ineficácia no uso do tempo se transforma em custo operacional extra. A reprogramação da produção força a alocação de mão-de-obra, equipamentos e peças para corrigir problemas devido à baixa confiabilidade. Logo, aumentando a confiabilidade, reduzimos custos. • Geração de estabilidade: se todas as partes que compõem uma operação for confiável não haverá surpresas no processo e teremos alto grau de previsibilidade. A isto damos o nome de estabilidade. FLEXIBILIDADE Flexibilidade é a capacidade de alterar as condições de operação em função da demanda. No processo produtivo existem quatro tipos de flexibilidade: • Flexibilidade de produto/serviço: é a capacidade de produzir novos produtos e/ou serviços. • Flexibilidade de composto (mix): significa a capacidade de produzir ampla gama de produtos e serviços. • Flexibilidade de volumes: representa a habilidade de se produzir em diferentes quantidades em função da demanda. • Flexibilidade de entrega: é a capacidade de alterar a programação da entrega do produto / serviço. Na prática, significa antecipar ou postergar a entrega para atender a solicitação do cliente. Vantagens da flexibilidade: • Agiliza a resposta; • Economiza tempo; • Mantém confiabilidade. O tema "Produção" foi dividido em três partes "Conceito de Produção", "Fatores de Produção" e "Leis gerais, custo de produção e Capitalização". Os quais são encontrados na lista de artigos da sociedade de economia. Leis Gerais da Produção. É importante conhecer os fatores da produção, para que possam ser reunidos e combinados, sempre que for elaborado um projeto empresarial. Para se fazer projetos econômicos, são reunidas as estimativas dos gastos em geral e os benefícios previstos, rendas ou receitas. É importante a avaliação das vantagens e desvantagens do uso dos fatores de produção disponível de um país, tendo como objetivo a produção de bens econômicos. Este texto é importante economicamente para a compreensão da teoria da formação do preço e também para o estudo da distribuição da renda nacional ou social. A empresa é voltada para a produção, então ela se destina a produzir bens e serviços observando a reunião ou combinação dos fatores de produção. Vamos falar a seguir neste artigo das Leis Gerais da Produção, como a lei do rendimento crescente e a lei do rendimento decrescente. Esta matéria pode ser sintetizada ao estudo da lei da proporção dos fatores de produção, (denominada também por lei do rendimento não proporcional, lei da produtividade crescente e lei das proporções definidas), sendo que o rendimento crescente e o decrescente são considerados períodos diferentes do mesmo processo de produção. Os princípios, ou leis de algumas ciências são regulares, exemplo é a Química com a produção de água, que é o resultado da combinação de duas moléculas de hidrogênio e uma molécula de oxigênio (H2O). Quando não existe regularidade na dosagem ou reuniões dos fatores de produção para as empresas (nem para as que exploram as mesmas atividades), alguns autores fazem uma avaliação nesses casos, como uma tendência para o rendimento crescente ou para o rendimento decrescente, sem dar-lhes o caráter de leis como em outras ciências. Depois de esclarecer alguns pontos, vamos continuar às nossas considerações, usando as denominações tradicionais que são: leis do rendimento crescente e decrescente e lei da proporção dos fatores da produção. Quando falamos da proporcionalidade dos fatores de produção, destacamos a importância para os empresários ou à economia das empresas, porque a produção de bens e serviços envolve vários aspectos, que vamos destacar a seguir: 1º Custo de produção (principalmente o custo dos fatores de produção). 2º Divisão do trabalho (considerado um dos princípios fundamentais da organização racional do trabalho. O trabalho dividido resulta em maior e melhor produção). 3º Concentração das empresas (principalmente a localização estratégica das empresas visando às facilidades na obtenção das matérias-primas e a da força do trabalho, isto é, mão-obra). 4º Produtividade ou rendimento (é considerado um índice que revela o grau de aproveitamento integral dos fatores de produção disponíveis). 5º Determinação de preços (visto de regra, os preços dos bens econômicos é estabelecido em função dos custos dos fatores de produção). Os cinco aspectos têm influência direta nos resultados, quanto a maior ou menor qualidade e quantidade dos fatores de produção. Os enunciados das leis do rendimento crescentes e decrescentes ficam assim: 1º Lei de rendimento crescente: Com o aumento da produção vem automaticamente o aumento dos recursos (fatores de produção) importante para este objetivo. Porem isto acontece até certo limite, o qual foi denominado máximo rendimento crescente ou eficiência; a partir daí prevalece à lei do rendimento decrescente. 2º Lei do rendimento decrescente: Normalmente quando atingi certo limite, as despesas podem aumentar (custo dos fatores de produção), porém a produção não é proporcional aos gastos efetuados. Os economistas da escola clássica ou ortodoxa observaram primeiro no setor agrícola, o fenômeno do rendimento crescente e decrescente, então surgiu o conceito: "Todo acréscimo de produto se obtém por um aumento mais do que proporcional na aplicação do trabalho a terra". Seguindo esse raciocínio, podemos analisar o fenômeno assim: Quando aumentamos o trabalho, os adubos e as sementes em determinada extensão territorial, nota-se a principio um aumento de produção. Observamos que se continuar aplicando recursos disponíveis à produção tem um acréscimo para em seguida decrescer, então o rendimento agrícola não será mais proporcional aos gastos efetuados. O mesmo ocorre com a produção industrial, ou em qualquer produção. Não existe uma precisão matemática, porém a tendência revele que os resultados não são proporcionais às despesas efetuadas (maior emprego de fatores de produção). Concluímos que para os empresários e o governo é importante saber dosar (qual proporção) os fatores de produção, para se obter o máximo rendimento da empresa ou do sistema econômico. O aumento sucessivo da quantidade de um fator de produção, combinado com uma quantidade fixa de outro fator de produção e se mantendo constante, o produto em relação ao fator variável crescera mais que proporcionalmente, devera atingir o máximo, depois decrescerá. Quando se faz acréscimo em alguns fatores, relativamente a outros fatores fixos, a produção cresce, porém quando ultrapassar certo ponto, o acréscimo do produto resultante de igual adição de fatores se tornará cada vez menor, observa-se um decréscimo de rendimento extra, o qual é o resultado do fato de que as novas doses dos fatores variáveis têm de trabalhar com quantidade cada vez menor do fator fixo. Alguns economistas reconhecem que a lei dos rendimentos decrescentes é um fenômeno regular econômico técnico, frequentemente observado, porém é difícil determinar o melhor ponto para a reunião ou combinação dos fatores de produção, para se obter um rendimento máximo da produção. O economista austríaco Joseph A. Schumpeter (1883-1950) desenvolveu a teoria das leis do rendimento no sentido de que existe um ponto ótimo na reunião dos fatores de produção cujo resultado é o rendimento máximo. Neste artigo foi tratado o caráter relativo das leis econômicas, todas essas considerações embora sejam básicas, porém é importante e interessa aos empresários, quando tem como objetivo reunir os fatores de produção, e também aos que pretendem compreender a teoria da formação dos preços, bem como a questão de grande importância na atualidade, que é a distribuição da renda nacional (ou social). Custo de Produção A produção é um fenômeno econômico que produz bens e serviços para serem comercializados (troca ou permuta). Na qual a produção é o resultado da ação humana, ela exige, um sacrifício (ou esforço) e também o aproveitamento de outros bens econômicos. O esforço humano (mão de obra ou trabalho) e também o uso dos bens como: equipamentos, máquinas, matéria-prima etc., foi denominado de "custo". Então a produção de bens e serviços gera um custo, não se tem produção sem custo. Quando a produção tem como consumidor o próprio produtor e sem a aquisição de materiais comprados, o que dificilmente acontece, neste caso o custo é baseado somente no esforço produtivo. Exemplo: a pessoa que busca a água no rio, tem como custo somente o esforço, o trabalho. No passado o homem trocava os produtos que produziam ou que estava sobrando, (troca direta) por outros produtos para satisfazer as suas necessidades, mas com o passar do tempo iniciou-se a fase da troca indireta, onde a troca ocorria através da moeda ou do credito, então o custo de produção passou a ser avaliado em dinheiro, obtendo assim uma expressão monetária. DEFINIÇÃO DE CUSTO Existem duas definições de custo de produção que são: Definição de sacrifício e definição da confiabilidade de custos. 1. Definição de sacrifício: Os custos de produção têm origem quando é realizado um ato concreto, (quando produzimos certa quantidade de mercadorias) é a soma de valores sacrificados para completar um ato. 2. Definição da confiabilidade de custos: Defini-se como custo o consumo, quando avaliamos em moeda corrente do país, os bens e serviços voltados para a produção e que venha a constituir o objetivo da empresa. CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS O nosso próximo passo é estudar a sua classificação de custos, que são muitas, encontradas principalmente em livros que estuda a disciplina Contabilidade de custos, composta de custos diretos (mão-de-obra e materiais) e custos indiretos (mão-de-obra indireta e outros gastos indiretos). Em Economia a classificação de custos tem pouca diferença, a qual se resumi no modo de ver a questão. John Maynard Keynes nasceu em Cambridge, Inglaterra (1883 - 1946), considerado o maior economista do século XX. Escreveu várias obras, das quais podemos destacar a publicação em 1936, do livro "Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda", na qual faz criticas as escolas clássicas e neoclássicas, ele considerava os fatos econômicos pela ótica individual (microeconomia), denominada de parcial. Esta teoria chamada de Geral estuda a economia global (macroeconomia). A sua teoria teve grande repercussão, fazendo uma revolução na economia, a qual foi denominada "Revolução Keynesiana". O autor ao tratar do conceito de renda, define os vários custos que integram a produção de bens econômicos. Alterando o seu texto original podemos classificar em duas categorias gerais que são: custos primários e custos suplementares. Custos primários: subdivididos em "custos dos fatores" e "custo de uso", são voluntários. Significa que dependem de decisões dos agentes de produção que são os empresários. Custos suplementares: subdivididos em "custos de obsolescência" e "custos fortuito", são involuntários, quer dizer não dependem da vontade dos agentes da produção. Classificação de custos: Custos primários (voluntários). A - "Custo dos Fatores": pagamento aos fornecedores dos fatores da produção. B - "Custo de Uso": 1º Utilização de bens adquiridos de outros empresários. 2º Depreciação do capital fixo (equipamentos). Custos suplementares (involuntários). A - "Custo de Obsolescência: O equipamento com o passar do tempo perde seu valor por se tornar obsoleto, então se tem a perda do equipamento de produção, que é denominado capital fixo, isso ocorre independentemente do desgaste físico. É uma diminuição involuntária do valor do capital, porem prevista pelo empresário. Em alguns casos este fato ocorre devido à existência de equipamentos mais modernos, deixando ultrapassada os equipamentos industriais. Então se tem aumento de custos nas industrias com equipamentos obsoletos. A denominação "desinvestimento" é quando a empresa desativa os equipamentos de produção danificados ou ultrapassados. B - "Custo Fortuito" (involuntário): A redução do capital pode ocorrer por vários motivos inesperados como roubos, incêndios, enchentes etc. Nestes casos deve-se reconhecer a redução do capital e patrimônio da empresa. A nossa legislação reconhece que pode haver tais ocorrências, permitindo a regularização de seus registros contábeis, para que seja retratada a verdadeira situação econômico-financeira da empresa. O que vamos ver a seguir é muito importante o seu entendimento, porque mostra o que ocorre na micro e na macroeconomia, mostrando igualdade da produção global do sistema econômico. Veja como fica a fórmula: Produção global = Consumo + Investimento = Renda global. Podemos afirmar que toda produção econômica tem um custo, o qual tem influencia na formação do preço de venda para o consumidor, com qualquer metodologia adotada para o seu cálculo. ESTRTURAS DE MERCADOS Determinantes das estruturas de mercados: São dois os elementos que determinam as estruturas mercadológicas nas quais acontece a atuação da firmas: a quantidade de agentes e a natureza do produto final ou serviço ou do fator de produção. A quantidade de agentes – mas, principalmente, pela forma de atuação e não pela quantidade dos agentes. O comportamento dos agentes diz respeito à existência ou não de reações entre eles quando as decisões particulares entrarem em cena. Podem surgir duas possibilidades: - mercados atomizados, presença de grande quantidade de agentes em que as decisões individuais dos agentes não influenciam a decisões dos demais agentes concorrentes. Os indivíduos atuam como tomadores de preços e, isoladamente, jamais pressionarão o preço que vier a ser ditado pelo mercado. Essa situação ocorre nos mercados concorrenciais. - mercado não atomizado, onde existem poucos agentes (mercados não concorrenciais) e a decisão de qualquer um deles terá influência sobre as decisões dos demais. Neste mercado aos agentes conseguem, em certas circunstâncias, ditar preços. Estruturas clássicas básicas de mercado: As estruturas básicas de mercados são divididas em: Concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolista, oligopólio, monopsônio e monopólio bilateral. Concorrência perfeita: Como todas as formulações microeconômicas, a estrutura de mercado caracterizada por concorrência perfeita é uma formulação irreal (ou seja, uma concepção ideal), porque os mercados altamente concorrenciais não existem, na realidade são apenas aproximações desse modelo. Não obstante, é útil como aproximação para descrever o funcionamento econômico de muitas realidades complexas. Hipóteses do modelo de concorrência perfeita: Dizemos que um mercado apresenta uma estrutura em concorrência perfeita quando: 1) Existe um grande número de produtores (também chamados de vendedores). 2) Cada um dos produtores é pequeno em relação à dimensão do mercado. 3) Os produtos elaborados são homogêneos, sendo substitutos perfeitos entre si. 4) Existe um grande número de compradores, sendo que cada um deles é pequeno em relação à dimensão do mercado. 5) Existe completa informação e conhecimento sobre o preço do produto por parte dos produtores e dos consumidores. 6) Não existe habilidade das firmas para influenciar a procura de mercado através de mecanismos extra-preços, como propaganda, melhoria de qualidade, mecanismos de comercialização, etc. 7) A entrada e a saída de firmas no mercado são livres. Monopólio Uma estrutura de mercado é caracterizada como sendo de monopólio quando temos as seguintes condições: 1) o setor (ou mercado) produtor é constituído por uma única firma; 2) a firma em questão elabora um produto para o qual não existe substituto próximo; 3) existe concorrência entre os consumidores; e 4) a firma procura estabelecer mecanismos que garantam o monopólio do mercado. Exemplos de monopólios são os serviços de telefonia, águas e esgotos e energia elétrica em uma cidade. Esse tipo de monopólio é estabelecido por concessão do setor público. Observe que em uma estrutura de mercado em concorrência perfeita temos um grande número de firmas elaborando um bem homogêneo. No monopólio temos apenas uma firma. A firma em concorrência perfeita controla apenas a quantidade produzida, enquanto a firma em monopólio controla a produção ou o preço. Estrutura de mercado caracterizado por oligopólio Caracteriza-se por: 1) Existência de um número pequeno de produtores (também chamados de vendedores) fabricando que são substitutos próximos entre si, com elevada elasticidade cruzada. 2) Alguns produtores detêm parcela elevada da produção; que em alguns casos lhes permite exercer uma liderança na fixação de preço no mercado. 3) As decisões das empresas quanto à produção e preço são interligadas. Se uma empresa rebaixar o preço de seu produto para aumentar sua fatia do mercado, será acompanhada pelas demais empresas. Se uma empresa produzir cima de sua fatia de mercado, terá que carregar estoques. 4) As empresas procuram manter o seu oligopólio através de diferenciação de produtos, acordos com revendedores, propaganda, etc. 5) Não existe livre entrada e saída do mercado. As barreiras à entrada podem ser tecnológicas, ou o alto valor do capital necessário à produção, entre outras razões. São exemplos de oligopólios a indústria de automóvel, a indústria de tratores, a indústria de medicamentos veterinários, serviços de transporte aéreo e rodoviário, setores químicos e siderúrgico e outros. Estruturas de mercados caracterizadas por monopsônio e oligopsônio No mercado monopsônio existe um único comprador e muitos vendedores. A empresa compradora impõe um preço de compra do produto ou serviço. Esse preço pode ser ficado de acordo com os interesses da firma. Se desejar aumentar a oferta do produto ou serviço a empresa compradora eleva o preço de compra. Exemplos de mercado caracterizado por monopsônio é a presença de uma grande usina siderúrgica numa cidade, sendo ela a única empregadora de mão-de-obra; ou a Petrobrás na compra de álcool anidro e hidratado dos produtores; ou uma grande indústria esmagadora de laranja em uma região onde existem muitos pequenos produtores de laranja não organizados em associações ou cooperativas. No mercado oligopsônio existem poucos compradores (sendo que alguns detêm parcela elevada do mercado) e muitos vendedores. Os compradores conseguem impor um preço de compra dos produtos aos produtores. Tal preço de compra não deve desestimular os produtores, mas não é de magnitude que compense os compradores a executarem ele próprios a produção. Exemplo: caso da relação entre a Sadia, Chapecó e Perdigão com os produtores de frango em Santa Catarina. Estrutura de mercado caracterizada por monopólio bilateral Existe apenas um produtor (um monopolista) e um consumidor (um monopsonista). O preço e a quantidade transacionada são feitos por acordo, pois o monopolista deseja vender dada quantidade de produto por um preço, e o monopsonista deseja obter a mesma quantidade por um preço diferente daquele pretendido pelo monopolista. Inicialmente acordam a quantidade a ser transacionada, com o monopolista fixando o preço mínimo a aceitar P1 e o monopsonista o preço máximo a pagar P2. O preço é estabelecido por acordo, respeitando o limite mínimo de P1 e o limite máximo de P2. CONTABILIDADE SOCIAL MEDINDO A RESPONSABILIDADE SOCIAL Grande é a responsabilidade social da informação contábil em face da sociedade humana. Existem, todavia, segundo Sá (2001), diversas utilidades da informação e algumas são de tal maneira específicas que a forma de conceituá-las nem sempre tem sido a melhor. Ele entende que, na área do inadequado conceitualmente, esteja, ainda, a denominação Contabilidade Social. Para que a Contabilidade Social consiga sua efetivação e êxito, é preciso que a organização adote, uma gestão participativa, envolvente e comprometida com todas as camadas que formam o sistema social e organizacional. A Contabilidade Social é responsabilidade de todos e parte fundamental na companhia, e pode ser ramificada em Contabilidade Ambiental, a Contabilidade de Recursos Humanos e a Informação de caráter ético. As definições de Contabilidade Social se dividem basicamente em: temas e objeto de tratamento, âmbito econômico que a utiliza e a continuação do conceito de alguns experts no tema. O quadro 3 traz algumas definições mais relevantes. CONTABILIDADE SOCIAL Devido à crescente responsabilidade social que devem assumir as entidades econômicas, surge a necessidade de elaborar e apresentar informação sobre as atividades relacionadas com essa responsabilidade. Este volume de informações agrupa aspectos do tipo social, ético, ambiental ou ecológico, e ainda tem recebido diversas denominações como “Contabilidade Social”. A contabilidade social não só busca medir resultados no processo monetário, mas também toma o recurso humano desde a ótica humana vendo-o como um ser que sente e que tem necessidades a satisfazer. A contabilidade social aparece como uma necessidade da empresa de contar com informação pertinente para tomar decisões inteligentes com relação à gestão social, medindo o impacto da entidade na sociedade. Cada um dos tipos de informação que compõem esta contabilidade tem registrado outras ramificações da mesma, entre as quais se destacam a Contabilidade Ambiental, a Contabilidade dos Recursos Humanos e a Informação de Caráter Ético. EMPRESA E SOCIEDADE: A RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA Na sociedade de mercado, a empresa é a unidade básica de organização econômica. As empresas são o motor central do desenvolvimento econômico e devem ser, também, um motor vital do desenvolvimento sustentável. Para isto, é imprescindível que elas definam adequadamente sua relação com a sociedade e com o meio ambiente. O conceito que melhor define essa relação é o de Responsabilidade Social Corporativa – Corporate Social Responsability (CSR) – definido pela World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) como: “a decisão da empresa de contribuir ao desenvolvimento sustentável, trabalhando com seus empregados, suas famílias e a comunidade local, assim como com a sociedade em seu conjunto, para melhorar sua qualidade de vida”. A responsabilidade social faz com que a “empresa sustentável” se converta em peça chave na arquitetura do desenvolvimento sustentável. As empresas hoje são agentes transformadores, que exercem uma influência muito grande sobre os recursos humanos, a sociedade e o meio ambiente. Neste sentido, vários projetos são criados, atingindo principalmente os seus funcionários e em algumas vezes seus dependentes e o público externo, contemplando a comunidade a sua volta ou a sociedade como um todo. O grande problema é que não se realiza um gerenciamento correto a fim de saber qual o retorno para a empresa. Posto isto, várias normas, diretrizes e padrões foram criados, como a Norma AA 1000, a SA 8000 e a GRI, contribuindo para criar um modelo de visão sobre as práticas de responsabilidade social e empresarial e sua gestão de desempenho. de No Brasil, temos o Instituto Ethos, que é uma iniciativa de padronização, além apresentar o modelo do Balanço Social proposto pelo IBASE. Na União Européia, temos o Livro Verde que divide as áreas de conteúdo da Responsabilidade Social Corporativa em dois grandes blocos, sendo que o primeiro é relativo a aspectos internos e o segundo a aspectos externos. Na dimensão interna, ao nível da empresa, as práticas socialmente responsáveis implicam, fundamentalmente, os trabalhadores e prendem-se em questões como o investimento no capital humano, na saúde, na segurança e na gestão da mudança, enquanto as práticas ambientalmente responsáveis se relacionam sobretudo com a gestão dos recursos naturais explorados no processo de produção. Estes aspectos possibilitam a gestão da mudança e a conciliação do desenvolvimento social com uma competitividade reforçada. Quanto à dimensão externa, a responsabilidade social de uma empresa ultrapassa a esfera da própria empresa e estende-se à comunidade local, envolvendo, para além dos trabalhadores e acionistas, um vasto espectro de outras partes interessadas: parceiros comerciais e fornecedores, clientes, autoridades públicas e ONG que exercem a sua atividade junto das comunidades locais ou no domínio do ambiente. CONSUMO E POUPANÇA A utilização do rendimento – o consumo e a poupança, A utilização do rendimento é um dos fatores fundamentais da economia. È a formação de capital e a sua aplicação que permitem que a economia funcione e não entre em colapso, até porque, se congelarmos todas as formas de rendimento e colocarmo-la em modo de repouso – poupança – estaríamos a impossibilitar o consumo e a parar a produção, consequentemente, haveria desemprego e ainda menos rendimento para ser aplicado em bens de consumo fazendo com que o sistema produtivo deixa-se pura e simplesmente de existir. Por essa razão é necessário existir estas duas componentes na economia, o consumo e a poupança. O consumo já foi delineado num outro conteúdo acima transposto. A poupança, nada é mais do que retirar parte do rendimento de circulação para uma posterior utilização, em períodos mais proveitosos para a pessoa ou empresa em questão. Os destinos da poupança – a importância do investimento No decurso da atividade econômica nem tudo aquilo que se produz é consumido na sua totalidade. Com efeito, é precisamente esta parcela do rendimento que não é consumida que constitui a poupança. A poupança dá origem à formação de capital desde que seja utilizada em investimento, pois é este que permite a manutenção do processo produtivo. A formação de capital fixo é crucial no crescimento e no desenvolvimento duma economia. Afinal, é esse capital fixo que aumenta e assegura a capacidade produtiva da economia. Notemos que a formação de capital exige o sacrifício do consumo. Se todo o produto nacional for aplicado em bens de consumo, se não fizermos aquisições de bens de capital fixo, não haverá formação de capital e o próprio capital fixo existente diminuirá de valor, por não ter sido, sequer, compensada a depreciação (desgaste) do capital utilizado na produção. Para haver investimento é necessário haver, em contrapartida, uma certa parcela de rendimento nacional não aplicada em consumo, isto é, poupada. O investimento constitui o motor do desenvolvimento econômico e depende em grande da poupança realizada pelo país. Hoje em dia, um dos grandes problemas das economias do Terceiro Mundo, reside precisamente na dificuldade que estas têm em realizar poupanças, devido aos seus baixos rendimentos. As fontes de acumulação de capital de que podem dispor as economias dos diferentes países, podem ser internas ou externas, consoante são geradas, respectivamente, dentro ou fora do país. Nos países mais desenvolvidos os investimentos realizam-se, fundamentalmente, à custa das fontes internas de acumulação. Com efeito, a poupança privada (das famílias e das empresas) e a poupança pública (da Administração Pública), dão origem, respectivamente, ao investimento privado e ao investimento público, que constituem as fontes de acumulação de capital mais importantes dessas economias. Já nos países subdesenvolvidos o investimento realiza-se, fundamentalmente, à custa das fontes externas de acumulação. A poupança pode ter várias aplicações, como o entesouramento, o investimento e a colocação financeira. Emprego Dentro da disciplina Economia e mercado, tratamos o tema emprego no contexto de pleno emprego. A expressão pleno emprego refere-se, em Economia, à utilização de todos os fatores disponíveis, a preços de equilíbrio. Uma economia em pleno emprego se encontra em equilíbrio. Embora essa expressão seja usada por autores como Walras em referência ao emprego de qualquer fator de produção, ela se restringe, na linguagem coloquial, ao pleno emprego de trabalhadores. Em pleno emprego, a quantidade ofertada e demandada de qualquer bem (entre os quais se encontram os fatores de produção) é a mesma. No mercado de trabalho, por exemplo, onde a oferta de trabalho é definida a partir da disposição do empregado de receber certo salário, o pleno emprego significa que todos os trabalhadores que aceitem receber os salários de equilíbrio são empregados. A noção de pleno emprego é compatível com a existência de desemprego, já que a definição tradicional de desemprego é mais ampla, e inclui trabalhadores que só aceitam trabalhar por um salário mais alto que o de equilíbrio. Na história da Economia, o estudo do pleno emprego como caso geral está ligado ao surgimento e difusão da revolução marginalista, que eclodiu no final do século XIX. Sendo o pleno emprego o caso geral, alguns economistas recorrem às falhas de mercado como explicação para a existência de mercados fora de equilíbrio. Nos anos 1930, John M. Keynes combateu a noção de que o pleno emprego é condição necessária para o equilíbrio econômico. Economia e monetária Introdução à economia monetária A moeda possui as funções básicas de ser, ao mesmo tempo, um intermediário de trocas; um denominador comum de preços (unidade de medida) e reserva de valor. Segundo o conceito tradicional sua oferta é dada pela disponibilidade de ativos financeiros de liquidez imediata, os chamados meios de pagamento. Esses ativos de liquidez imediata seriam o papel-moeda em poder do público (moeda manual) e os depósitos a vista do público nos bancos comerciais (moeda escritural). Os depósitos a vista do público no bancos comerciais geram condições, através da emissão de cheques, que vários agentes econômicos comprem produtos e serviços com uma mesma quantidade inicial de moeda. Esse uso generalizado de moeda escritural é a origem do "processo multiplicador", que eleva os meios de pagamento. A moeda injetada no sistema econômico por decisão da autoridade monetária tende a se transformar em depósitos bancários. Enquanto parcelas de tais depósitos se tornam empréstimos dos bancos a terceiros, que retornam tais recursos ao sistema bancário por meio de novos depósitos, que se tornarão novos empréstimos... Uma parcela dos meios de pagamento será mantida sob forma de papel-moeda nas mãos do público. Uma outra parte será levada à condição de moeda escritural, por meio de depósitos a vista nos bancos comerciais. Dos depósitos a vistas retiram-se dois encaixes. Um técnico ou voluntário ( r1 ) que deve satisfazer às operações diárias dos bancos, e um compulsório ( r2 ) recolhido ao Banco Central como forma de se controlar o efeito multiplicador. Demanda de moeda A demanda de moeda ocorre por três motivos básicos: A ) Transação: Representa a guarda de moeda para se fazer face a pagamentos, dado que os pagamentos e recebimentos não são perfeitamente sincronizados. B ) Precaução: É a guarda de moeda para cobrir gastos imprevistos. C ) Especulação: A moeda é considerada também como reserva de valor e não apenas meio de troca. Por isso, não seria estranho que os agentes econômicos guardassem moeda ociosa, na expectativa de mudanças na taxa de juros de mercado e, assim, aplicá-la melhor no futuro. Sistema financeiro O Sistema Financeiro Nacional Vamos abordar de forma resumida apenas a composição do sistema financeiro nacional. As autoridades monetárias: O Conselho Monetário Nacional: o CMN acaba sendo o conselho de política econômica do país, visto que o mesmo é responsável pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial. Atualmente, seu presidente é o próprio Ministro da Fazenda. O Banco Central do Brasil: o BACEN é o órgão responsável pela execução das normas que regulam o SFN. São suas atribuições agir como: banco dos bancos, gestor do SFN, executor da política monetária, banco emissor e banqueiro do governo. É muito discutida a elevação do grau de independência do BACEN. Diversas discussões apresentam pontos positivos e negativos de tal alteraçãowww.bc.gov.br Autoridades de apoio: A Comissão de Valores Mobiliários: a CVM é um órgão normativo voltado ao mercado de ações e debêntures. Ela é vinculada ao Governo Federal e seus objetivos podem sintetizados em apenas um: o fortalecimento do mercado acionário. www.cvm.gov.br O Banco do Brasil: até janeiro de 1986 o BB assemelhava-se a uma autoridade monetária mediante ajustamentos da conta movimento do BACEN e do Tesouro Nacional. Hoje, é um banco comercial comum, embora responsável pela Câmara de Confederação. www.bb.com.br O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social:contando com recursos de programas e fundos de fomento, o BNDES é responsável pela política de investimentos de LP do Governo e, a partir do Plano Collor, também pela gestão do processo de privatização. É a principal instituição financeira de fomento do Brasil por impulsionar o desenvolvimento econômico, atenuar desequilíbrios regionais, promover o crescimento das exportações, dentre outras funções. www.bndes.gov.br A Caixa Econômica Federal: a CEF caracteriza-se por estar voltada ao financiamento habitacional e ao saneamento básico. É um instrumento governamental de financiamento social. www.cef.gov. Inflação A inflação é o aumento persistente e generalizado no valor dos preços. Quando a inflação chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços. A inflação pode ser dividida em: Inflação de Demanda É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As chances de a inflação da demanda acontecer aumentam quando a economia produz próximo do emprego de recursos. Para a inflação de demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se baseie em instrumentos que provoquem a redução da procura agregada. Inflação de Custos É associada à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos aumentam. Com o aumento dos custos ocorre uma retração da produção fazendo com que os preços de mercado também sofram aumento. As causas mais comuns da inflação de custos são: os aumentos salariais fazem com que o custo unitário de um bem ou serviço aumente; o aumento do custo de matéria-prima que provoca um super aumento nos custos da produção, fazendo com que o custo final do bem ou serviço aumente; e, por fim, a estrutura de mercado que algumas empresas aumentam seus lucros acima da elevação dos custos de produção. Índices de Inflação A inflação possui vários índices entre eles o IGP (Índice Geral de Preços), IPA (Índice de Preços no Atacado), INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), CUB (Custo Unitário Básico). A economia do setor público, crescimento e desenvolvimento econômico. No final do século XIX verificou-se um intenso processo de formação de grandes monopólios, que passaram a limitar a oferta e a aumentar os preços. Assim já no começo do século XX colocou-se em duvida o papel da “ mão invisível”, de Adam Smith e os governos começam a interferir na economia afim de conduzir os mercados a resolver os problemas fundamentais da economia, ou seja, o que produzir, como e para quem. As novas funções do Estado se intensificam a partir da Teoria geral de Keynes, em 1936, e também pelas seguintes razões: l desemprego : governo cria obras de infra-estrutura para absorver grandes quantidades de mão de obra. l crescimento da renda per capita: gera aumento da demanda de bens e serviços públicos (educação, saúde e lazer) l mudanças tecnológicas: demanda maior infra-estrutura rodovias e ferrovias, l mudanças populacionais: aumento de despesas com educação, moradia, saúde l efeitos da guerra: suprir as necessidades básicas da população l fatores políticos e sociais: novos grupos sociais passam a ter maior presença política demandando assim novos empreendimentos públicos ( universidades, creches ) l mudanças da previdência social; Hoje constitui-se em um instrumento de distribuição de renda l surgimento de mercados financeiros – regulamentação l comércio internacional – regulamentação entre nações AS FUNÇÕES ECONOMICAS DO SETOR PUBLICO l função alocativa – está associada ao fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado, Esses bens são denominados bens públicos, tem por principal característica a impossibilidade de excluir determinados indivíduos de seu consumo, uma vez delimitado o volume de produção. Logo bens públicos não fazem parte do principio da exclusão que diz que quando o consumo do individuo A de determinado bem implica que ele tenha pago o preço do bem, o individuo B, que não pagou por esse bem, será excluído do consumo. l função distributiva – o governo funciona como agente redistribuidor de renda, na medida em que,pela tributação, retira recursos dos segmentos mais ricos da sociedade ( pessoas, setores e regiões) e os transfere para os segmentos menos favorecidos. Outra forma de distribuição são os gastos públicos e subsídios direcionados para os setores e as áreas mais pobres. l função estabilizadora – a função estabilizadora do governo está relacionada com a intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego, pois o pleno emprego e a estabilidade de preços não ocorrem de forma automática. O governo usa as políticas fiscal, monetária, cambial, comercial e de rendas. Algumas publicações criam uma nova função, a função de crescimento econômico, ou seja, a atuação do Estado dando infra-estrutura e subsídios ao desenvolvimento econômico (Brasil – exemplo PAC – Programa de Aceleração do Crescimento). ESTRUTURA TRIBUTARIA Para que o estado cumpra suas funções na sociedade, ele obtém recursos por meio da arrecadação tributária, que compõe sua receita fiscal. PRINCIPIOS DA TRIBUTAÇÃO l Principio da neutralidade – a neutralidade é obtida quando os tributos não alteram os preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos agentes de mercado. Sendo adequados, os tributos podem ser utilizados na correção de ineficiências no setor privado. l Principio da equidade – um imposto alem de neutro, deve ser equânime, no sentido de distribuir seu ônus de maneira justa entre os indivíduos. l Principio do beneficio – um tributo é justo quando cada contribuinte paga ao Estado um montante diretamente relacionado com os benefícios que dele recebe. Como exemplo desse principio temos as taxas pela utilização de serviços públicos como energia e água. l Principio da capacidade de pagamento – os agentes ( famílias, firmas) deveriam contribuir com impostos de acordo com sua capacidade de pagamento. Um exemplo seria o Imposto de Renda As medidas utilizadas para auferir a capacidade de pagamento são: renda, consumo e patrimônio. OS TRIBUTOS E SUA CLASSIFICAÇÃO l impostos diretos – incide sobre a renda e a riqueza exemplo: Imposto de renda l impostos indiretos – incide sobre transações de mercadorias e serviços exemplo:Icms e ISS Eles também podem ser classificados em imposto ad valorem ( que tem alíquota fixada ) e imposto especifico( com valor definido em reais ) l impostos regressivos – são aqueles em que o aumento na contribuição é proporcionalmente menor que o incremento ocorrido na renda. A relação entre carga tributária e renda decresce com o aumento do nível da renda. Com isso os segmentos de menor poder aquisitivo pagam mais impostos indiretos (Icms, Ipi), já que esses impostos incidem sobre o preço das mercadorias e não sobre a renda. l impostos proporcionais ou neutros – são aqueles em que o aumento da contribuição é proporcionalmente igual ao ocorrido na renda. A relação entre carga tributária e renda permanece constante, com o aumento do nível da renda, onerando igualmente todos os segmentos sociais. Não há exemplos no Brasil desse tipo de imposto. l impostos progressivos- ocorrem quando o aumento na contribuição é proporcionalmente maior que o aumento ocorrido na renda. A relação entre a carga tributaria e a renda cresce com o aumento do nível de renda, ou seja, a estrutura tributaria, baseada em impostos progressivos, onera proporcionalmente mais os segmentos sociais de maior poder aquisitivo. Por exemplo o imposto de renda EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ECONOMICA A estrutura de alíquotas constitui um dos fatores que determina o impacto dos tributos sobre os preços e o nível da atividade econômica. DEFICIT PUBLICO Ocorre superávit das contas publicas quando a arrecadação supera o total dos gastos, quando os gastos superam o montante da arrecadação, tem-se o déficit público. l déficit nominal ou total – Déficit total do governo, incluindo juros e correção monetária e cambial da divida passada. Também chamado de necessidades de financiamento do setor publico.- conceito nominal. Indica o fluxo líquido de novos financiamentos, obtidos ao longo de um ano pelo setor publico não financeiro em suas varias esferas: União, governos estaduais e municipais, empresas estatais e Previdência Social. l déficit primário ou fiscal – diferença entre os gastos públicos e a arrecadação tributaria do período, não inclui a divida passada. l déficit operacional – diferença entre os gastos públicos e a arrecadação tributária no período, somados aos juros reais da divida passada,. Ou seja, não inclui a correção monetária e cambial da divida. Também chamando de necessidades de financiamento do setor público – conceito operacional FINANCIAMENTO DO DEFICIT Quando o governo defronta com a situação de déficit, alem das medidas tradicionais de política fiscal ( aumento de imposto ou corte de gastos ), surge o problema de como ele devera financiar o déficit. O financiamento poderá ser feito por meio de recursos extra fiscais, e , nesse caso, duas são as principais fontes de recursos: a) emitir moeda: O Tesouro Nacional (União) pede emprestado ao Banco Central ( Bacen ) - monetização da divida. b) vender títulos da dívida pública ao setor privado (interno e externo) O DEFICIT PUBLICO E A INFLAÇÃO Por que há países que possuem déficit público, em relação ao PIB, mais elevado que o Brasil como é o caso da Itália, Estados Unidos , Espanha, entre outros, e tem taxas de inflação quase nulas? Resposta: A taxa de juros do financiamento da divida, o período de resgate e a destinação do gasto público ( razão da geração do déficit) ORÇAMENTO PUBLICO l Orçamento tradicional – a principal função era disciplinar as finanças públicas e possibilitar aos orgão de representação um controle político sobre o Executivo. O orçamento estava a serviço da concepção do Estado liberal que tinha por finalidade manter o equilíbrio nas contas publicas. Nesse tipo de orçamento, o aspecto econômico não estava em primeiro plano. As contas publicas caracterizavam-se por sua neutralidade e o gasto publico não tinha importância significativa em termos econômicos. l Orçamento moderno – a partir de 1930 o estado começou a abandonar a neutralidade econômica que caracterizava o pensamento liberal e passou a intervir para corrigir as distorções do sistema econômico e estimular programas de desenvolvimento. Desde então, as alterações orçamentárias começaram a ter grande importância. PRINCIPIOS ORÇAMENTARIOS l principio da unidade – cada entidade publica financeiramente auto-suficiente deve possuir apenas um orçamento , auto-suficientes são aquelas que não tem suas receitas e despesas agregadas no orçamento central , ou seja não dependem de recursos do Tesouro Exemplo: Petrobrás l principio da universalidade – o orçamento precisa conter todas as receitas e despesas do Estado. l principio do orçamento bruto – o orçamento deve conter todas as parcelas da receita e da despesa em valores brutos, sem nenhuma dedução. Esse regime impede a inclusão de importâncias líquidas ( saldos positivos ou negativos ) l principio da anualidade – o orçamento deve ser elaborado para determinado período de tempo, normalmente um ano. l principio da não vinculação das receitas – impede a vinculação de receitas, ou seja, nenhuma parte da receita poderá estar vinculada a determinados gastos. l principio da discriminação ou especialização – as receitas e despesas devem aparecer no orçamento de maneira discriminada, de forma que fiquem claras a origem e a destinação dos recursos. l principio da exclusividade – o orçamento deve conter exclusivamente matérias de natureza orçamentária. Esse principio visa impedir que o orçamento seja utilizado como meio de aprovação de outras matérias que não dizem respeito às questões financeiras l principio do equilíbrio – nesse principio reside a diferença entre o orçamento tradicional e o moderno. Para os economistas clássicos o equilibrio orçamentario era fundamental, pois o déficit publico, caso ocorresse, deveria ser coberto por recursos da atividade produtiva. A partir da década de 1930, com o advento da teoria keynesiana, o gasto público adquire a função de estabilizador da economia ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL l lei das diretrizes orçamentárias (LDO) – compreende as metas e as prioridades da administração publica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orienta a elaboração da lei orçamentária anual , dispõe sobre as alterações na legislação tributária e estabelece a política de aplicação das agencias oficiais de fomento. l lei de responsabilidade fiscal – criada em 1998 é u importante instrumento da política fiscal cujo objetivo é o de proporcionar o equilíbrio orçamentário do setor publico. Ela estabeleceu o seguinte: Limite para as despesas com funcionalismo publico: a) de 50% para a União b) de 60% para Estados e Municípios proibição de socorros financeiros entre união, estados e municípios limite de despesas feitas pelos administradores em final de mandato limites de endividamento para União, Estados e Município, por meio do Senado. As administrações que não cumprirem a lei perdem o direito de repasse voluntário da verba da União ( por exemplo, o repasse do IPI, IR arrecadado pela União aos Estados e Municípios). Alem disso, os responsáveis podem sofrer sanções por crime de responsabilidade fiscal. Com a lei de responsabilidade fiscal, ganhou-se maior eficiência, na ação governamental, obrigando Estado e Municípios a explorar mais as receitas próprias, contribuindo decisivamente para o ajuste fiscal. Globalização e política macroeconômica Com o desenvolvimento do processo de globalização econômica, o volume de transações no comércio internacional tem se ampliado cada vez mais e a facilidade encontrada no que tange à elevação das importações levou o Governo a adotar a "Âncora Cambial" como o mais importante instrumento de controle da inflação no início do Plano Real. Caso a inflação internamente ameaçasse se elevar, as importações eram favorecidas (através do câmbio sobrevalorizado), com isso a oferta interna era ampliada e os preços eram controlados. E assim foi até janeiro de 1999, quando da eclosão da crise econômica brasileira, em que os ataques especulativos (que já vinham ganhando força desde as crises da Ásia e da Rússia) levaram o Governo a substituir o câmbio pela "Âncora Monetária" como base dessa nova fase do Plano Real, ou seja, o principal instrumento de controle da inflação passou a ser a regulação da oferta e demanda monetária, consequentemente as taxas de juros mantiveram-se cada vez mais elevadas. Um fato marcante no processo de globalização que despontou nos anos 90 foi o crescente fluxo de capital financeiro volátil que passou a circular com mais rapidez ao redor de todo o planeta. No caso do sistema financeiro, o fluxo de capitais que gira pelo mundo tem ascendido enormemente, em que simples toques em teclas de computadores integrados transferem milhões de dólares de um país para outro, em tempo real. Com isso, tem-se verificado o desenvolvimento de um mercado financeiro integrado mundialmente. A globalização do sistema financeiro é caracterizada basicamente pela criação de um sistema global de intermediação financeira, fundamentada em padrões tecnológicos e gerenciais integrados. Tal sistema tem se mostrado bastante fluído, chegando a escapar do controle por parte dos Estados e de suas autoridades monetárias, devido aos recursos da teleinformática e das novas tecnologias. Os fundos de pensão e fundos mútuos de ações, bem como as seguradoras compõem a base em que se fundamenta o processo de globalização financeira, que por sua vez dividem com o sistema bancário o papel de gerenciadores das poupanças da sociedade, onde o mercado para especulação desses recursos estende-se aos quatro cantos do planeta. Vista toda essa volatilidade financeira supracitada, os países em desenvolvimento, sobretudo aqueles que não possuem um sistema fiscal equilibrado, têm encontrado facilidades nessa fonte de recursos externos para fechar suas contas. Dado o risco envolvido em tais países, os mesmo têm que praticar juros altos para atrair tais capitais. Como o clima de incerteza tem pairado em todo o planeta, nestes últimos anos, sobretudo após as crises internacionais, qualquer turbulência num país emergente, causa uma crise de desconfiança generalizada nos demais países. Então para evitar ou simplesmente atenuar uma fuga em massa desses capitais, tais países têm que elevar estratosfericamente suas taxas de juros, com isso a dívida pública aumenta bastante e gigantescos volumes com os juros dessas dívidas são pagos anualmente aos grandes especuladores do sistema financeiro. Logo, os programas desses governos são pautados de acordo com as regras do mercado financeiro globalizado. Vale observar que as políticas monetárias e cambiais acabam se tornando reféns dos mercados especulativos globais, enfrentando problemas face à globalização financeira. Em que as elevadas taxas de juros e a sobrevalorização na taxa de câmbio tendem a inibir os investimentos. Por fim, se por um lado muitos benefícios são trazidos com a liberalização comercial, deve-se ater aos problemas que vêm juntos, como alguns setores da economia que não estavam preparados para competir a nível internacional e têm suas empresas sendo fechadas, aumentando ainda mais o desemprego no País. Uma outra questão em que a economia brasileira ainda sofre muito nos dias atuais é com relação às exportações agrícolas, sobretudo para os Estados Unidos e para a Comunidade Europeia. Esses países pregam o livre comércio para seus produtos, contudo impõem sérias barreiras às exportações agrícolas brasileiras para tais, através de elevadíssimas tarifas de importação, bem como protegem demais seus produtores, com elevadíssimos subsídios diretos à exportação e à produção europeia e norte-americana.