LinuxUser Celestia Cruzando a galáxia com o Celestia Jornada nas estrelas Espaço, a fronteira final. Ir aonde nenhum homem jamais esteve talvez seja demorado demais para suas curtas férias. Se uma viagem até a lua não cabe no seu orçamento, talvez seja hora de você testar a nave especial Celestia, um programa livre que traz a galáxia para o conforto de sua ponte de comando – digo, de sua casa. por Kristian Kissling F lutue acima da Estação Espacial Internacional, a ISS, e observe a Terra girar bem devagar lá embaixo. Seja uma testemunha ocular da sonda Cassini enquanto ela passa pelos anéis de Saturno. Chegue aos limites da galáxia ou mesmo visite o território Klingon (figura 1). A USS Celestia, NCC-1320, o levará até lá. Chris Laurel criou o programa Celestia [1] em 2001 para navegar pela galáxia e explorá-la, tudo em 3D. Nos anos que se seguiram, incontáveis voluntários trabalharam para aprimorar a nave. O Celestia é um daqueles raros programas que são ao mesmo tempo educativos e divertidíssimos. E essa diversão só faz crescer. O pacote padrão vem com uma coleção absurdamente grande de objetos espaciais. Não obstante, podem ser adicionados mais sistemas solares distantes, sondas espaciais e naves alienígenas – basta baixar a parafernália da Internet. Entre outras coisas, toda a frota espacial de 2001 – Uma Odisséia no Espaço está disponível, bem como muito material das várias séries de Star Trek. Usuários avançados Figura 1: A galáxia conhecida pela Celestia pode ser estendida a seu bel-prazer. Não se surpreenda se encontrar Klingons e Borgs em sistemas solares distantes. 90 outubro 2005 edição 13 www.linuxmagazine.com.br podem desenhar seus próprios planetas e sistemas solares – fictícios ou não. O Celestia pode ser usado tanto para trabalhos escolares como para traçar rotas por toda a galáxia – você pode até navegar por essas rotas colocando o programa em modo de demonstração. T menos 10 e contando... A nave espacial Celestia não é para qualquer espaçoporto. O programa não é nada agradável de se operar se você não possuir uma placa de vídeo com aceleração 3D. Sem ela, os planetas se moverão aos pulos na tela e as estações espaciais parecerão por demais pálidas. Para que tudo funcione direito, a sala de máquinas da nave precisa estar equipada com processadores bastante modernos e rápidos. Em termos de memória, um mínimo de 512MB de RAM e uma placa de vídeo com 64MB de memória de vídeo são obrigatórios – obviamente, configurada com os drivers corretos no Linux. Instalar o driver atualizado da sua placa de vídeo pode ser uma tarefa não-trivial, mas pelo menos há diversos tutoriais na Internet explicando como fazer. Os usuários do SUSE, Mandrake e Fedora podem usar os recursos próprios de sua distribuição para instalar o Celestia, que está na versão 1.3.2. O mecanismo de busca rpm.pbone.net fornecerá todos os pacotes RPM necessários. Os usuários do Celestia Fedora vão precisar também do pacote gtkglext-1.0.6. Embora todos os RPMs mostrem a mesma versão, cada Celestia que está dentro deles possui algumas diferenças em relação aos demais. A barra de ferramentas no Fedora Core 3 parece ser bem diferente da versão do SUSE, embora os atalhos de teclado sejam idênticos. Usuários do Debian têm três opções: instalar a versão mais antiga, presente no Woody (versão 1.2.2, que não contém todos os recursos mencionados no artigo), a versão 1.3.2 do Ubuntu ou a versão 1.3.3, ainda experimental e bastante instável. Para a versão do Debian Woody, adicione as linhas a seguir em seu arquivo /etc/apt/sources.list: deb http://ftp.debian.org/ debian woody main Para a versão 1.3.2 do Ubuntu, o endereço é: deb http://archive.ubuntu.com/ubuntu/ hoary main restricted Para a versão 1.3.3, novinha em folha mas ainda instável, o endereço do repositório é: deb http://3demi.net/debian debs/ ./ Em nosso laboratório, os menus da versão 1.3.3 se mostraram simplesmente inúteis. Já os atalhos de teclado funcionaram sem qualquer restrição. Essa versão foi criada para o Debian Sid (mas funciona no Sarge) e também precisa de aceleração 3D. A nave estelar Celestia também possui atracadouros em locais diferentes para cada distribuição. Nos planetas Debian e Fedora Core 3, os arquivos ficam em /usr/share/celestia, enquanto o Mandrake 10.2 usa /usr/share/apps/celestia e, no SUSE, a nave atraca em /opt/kde3/share/apps/celestia. Scottie, dois para subir! Depois de completar a instalação, abra um terminal e digite celestia para chamar o programa. A nave inicia com um vôo rasante que passa ao largo do sol e entra em uma órbita distante da terra. É possível usar os menus e o teclado para comandá-la – acredite, os atalhos de teclado são muito mais convenientes. Use a opção Configure Shortcuts no menu Settings para personalizar os atalhos de teclado. Para ter uma rápida noção de como a nave Celestia é versátil, pressione a tecla [D]. Isso a coloca em modo de demonstração, que mostra o quão impressionante é cruzar a galáxia com ela. Simplesmente recoste-se na poltrona do Capitão e aprecie a vista do sistema solar. Obviamente, a interação é possível. Se sentir que está muito perto ou muito longe de algum planeta, modifique o FOV (Field of View, campo de visão) pressionando as teclas [.] e [,] LinuxUser para controlar os procedimentos de aproximação e escape. Se o espaço parecer muito escuro para você, a tecla [{] dirá ao computador de bordo para clarear a tela. A tecla [}] restaura a escuridão natural. Fly Me to the Moon... No fim da viagem, Celestia estará em órbita da Terra novamente. É hora de tomar o controle da nave. Que tal uma passadinha na Lua? Pressione [Enter]. Um campo transparente pipoca na tela principal. Digite Mo e o auto-completar do computador de bordo mostrará algumas alternativas. A lista de opções encolhe a cada letra digitada. Pressione a tecla [Tab] e o auto-completar trava a rota: Moon (Lua). Confirme a rota pressionando [Enter] novamente. A palavra Moon é então mostrada no canto superior direito da janela, juntamente com informações adicionais sobre o destino: distância, raio do corpo celeste, número de horas do dia. Mas como levar a nave até lá? Simples: pressione [G] no teclado, o atalho para a função Goto – imediatamente estamos lá. O canto inferior direito agora mostra a mensagem Follow Moon (seguir a lua), indicando que a Celestia está na órbita da lua. Pode parecer que a Lua está imóvel no espaço. Não deveria estar girando? Na verdade ela está, mas em tempo real – muito devagar, portanto, para que você note a diferença. A escala de tempo é mostrada no canto superior direito: Real Time. Graças ao computador de bordo da Celestia (e um pouco de tecnologia alienígena), podemos comprimir o tempo de acordo com nossas necessidades. Pressione [L] várias vezes. Você vai notar que a Lua começará a rodar mais rápido. O contador de tempo muda para refletir essa alteração. Preste bastante atenção e você pode até ver ao largo tanto a Terra quanto o sol moverem-se vagarosamente em suas órbitas. Pressione [K] repetidamente para colocar o tempo novamente em seu curso normal. Gostaria de ir até o lado escuro da Lua? Segure o botão direito do mouse e mova-o para cima ou para baixo. Isso o leva para qualquer lugar em torno do satélite. Você pode aplicar o mesmo recurso a sondas espaciais e outros corpos celestes. Há vida em Marte? Em vez de perguntar, porque não traçar uma rota até lá e ver por si mesmo? Sincronize o relógio da nave com a hora atual pressionando simultaneamente [Shift] e [!]. Ajuste passagem do tempo para Real Time novamente com as teclas [K] e [L]. Agora pressione [Enter] e defina Marte (Mars ) como seu destino final. Depois, inicie a viagem em condições mais ou menos realísticas para ter uma idéia das imensidão de nosso sistema solar – que dirá do espaço. À velocidade média dos atuais veículos espaciais (aproximadamente 28.000 km/h) o vôo duraria outubro 2005 www.linuxmagazine.com.br edição 13 91 LinuxUser Celestia na Terra. [O] liga e desliga as órbitas para planetas, satélites e cometas. Use a opção Configure Celestia no menu Settings para especificar as órbitas que quer ver. Durante a aproximação de Marte, use a tecla [Z] para reduzir a velocidade a uma distância de aproximadamente 1.000.000 km, ou pressione [S] para parar imediatamente, evitando assim se esborrachar no solo do planeta. Para orbitar em torno de Marte a uma distância fixa, pressione [Alt]+[L] e informe a Altitude desejada. Depois clique em Apply para colocar a nave nessa órbita. Sondas espaciais Figura 2: Para viajar até uma nova localização, trave a rota no objeto em que quer chegar. nada menos do que sete meses! Talvez seja a hora de testar outro segredinho alienígena: a velocidade da luz. Antes, um lembrete: se você está no Sistema Solar A e deseja visitar o Sistema Solar B, é preciso especificar uma rota para o sistema solar de destino. O mesmo vale para corpos celestes. Por exemplo, para ir até Marte, é preciso digitar Sol/Mars (figura 2). Para ir até Phobos, uma das luas marcianas, digite Sol/Mars/Phobos como rota. Digite Ma para Mars. Novamente o computador de bordo nos dá uma lista de planetas que começam com essas duas letras. Complete pressionando [Tab] e depois [Enter]. Pressione [C] para centralizar a rota em Marte, de depois [F] (de Follow) para travar a rota no planeta vermelho. Com essa opção, entraremos em órbita assim que chegarmos. O planeta continua se movendo no espaço. Dê a ignição nos motores de empuxo e pressione [F4] para ir diretamente à velocidade da luz. No canto inferior direito, a velocidade aparece como 1.000 c, sendo 92 outubro 2005 que c representa a velocidade da luz e 1 quantas vezes mais rápido que a luz estamos viajando – como o software está em inglês, o ponto indica os decimais e a vírgula os milhares. Podemos viajar mais rápido pressionando [A] várias vezes. [Q] alterna a direção de vôo. Não há muito o que ver no caminho. Mesmo à velocidade da luz, o vôo leva mais ou menos 20 minutos. As estrelas ao fundo praticamente não se mexem, muito menos aumentam. Uma olhadela no mostrador de distâncias (Distance), que as mostra em termos de Unidades Astronômicas (AU – Astronomical Units), confirma que estamos mesmo viajando, apesar da aparente imobilidade. Uma AU possui mais ou menos 150 milhões de quilômetros e é a distância média entre a Terra e o Sol. Durante o vôo, podemos testar alguns recursos do computador de bordo da nave Celestia. A combinação de teclas [Shift]+[/] ativa e desativa o filtro de constelações, [Shift]+[=] mostra os nomes. Por fim, [Shift]+[&] mostra os nomes das crateras de Marte e das cidades edição 13 www.linuxmagazine.com.br Além dos asteróides, planetas e outros corpos naturais, o espaço está ficando cheio de dispositivos feitos pelo homem, como por exemplo a sonda Cassini-Huygens [2], atualmente passeando pelo sistema planetário de Saturno e tirando fotos embasbacantes (nunca tive tanta inveja de uma máquina...). A sonda foi lançada em 15 de outubro de 1997 e agora orbita Saturno. Você pode não só visitar a sonda com a nave Celestia como seguir toda a rota desde o lançamento até o destino final. Para isso, pressione novamente [Shift]+[!] para sincronizar a data, pressione [Enter] e digite Cassini. Confirme com [Enter] e pressione [G] para iniciar a viagem até a sonda. A sonda realmente aparece, mas onde está Saturno? Para ver o planeta, é preciso girar o ponto de vista da nave Celestia (botão direito do mouse) ou pedir para o computador de bordo fazer isso (pressione [Enter] para chamar a rota do planeta e depois [Shift]+[C]). Saturno aparece ao fundo sem que percamos a sonda de vista. Vamos torcer o tempo mais um pouco. Pressione [L] para acelerar as coisas e [J] para retornar ao ritmo normal. Um sinal de menos no mostrador indica que estamos voltando no tempo. Acerte o relógio para 07.01.2004 (primeiro de julho de 2004 em notação inglesa) e di- Celestia minua a velocidade. Podemos ver como a sonda passa bem pertinho de Saturno (figura 3) Se gostou da vista e quer ver de novo, pressione [Alt]+[B] para criar um marcador. A próxima vez que chamar o marcador o mesmo cenário será mostrado. Agora voltemos a 10.15.1997 (15 de outubro de 1997), a data em que a sonda foi lançada ao espaço. Isso leva a nave Celestia em altíssima velocidade para trás no espaço e no tempo, até que fiquemos em órbita da Terra no dia do lançamento. A sonda aparece e, de repente, some. O programa é bastante realista no quesito temporal e mostra os artefatos celestes fabricados pelo homem apenas no lugar e no momento em que se espera que eles estejam. Se você procurasse pela MIR ou pela ISS, por exemplo, numa época em que elas não existissem, sua busca seria infrutífera. A sonda aparece de repente na órbita da Terra em algum momento do dia 15 de outubro. Terra: Planeta Água Já que estamos em órbita em torno de nosso amado pedregulho molhado, talvez queiramos visitar a ISS, Estação Espacial Internacional (International Space Station). O planetário da nave Celestia pode ajudá-lo a encontrar essa estação ou qualquer outro corpo celeste em órbita, ou até mesmo cidades na superfície, da Terra – bastam alguns toques no teclado. Veja um exemplo: clique com o botão direito do mouse na Terra e selecione Follow. Configure a hora para que estejamos de noite e pressione [Espaço] para congelar o tempo. Pressione [ALT]+[L] para especificar o local na superfície da Terra em que você quer montar seu planetário virtual – a cidade de Berlim, por exemplo. Vá até a Wikipedia e procure pelo verbete Berlin. Copie as coordenadas geográficas da cidade (52.3100 graus Norte (N) e 13.2340 graus leste (E) – lembre-se de que o ponto representa decimais e não milhares). Informe esses valores e trave a Altitude em 3000 km. Clique em Apply – a nave espacial Celestia estará em uma órbita geoestacionária a 3000 km de altitude bem em cima da cidade de Berlim. Resta decidir a direção em que queremos olhar e manobrar a nave para apontar para aquela direção. Pressione [Ctrl]+[G] para iniciar o procedimento de aterrissagem. Para ver as estrelas pressione [Ctrl]+[Shift ]+[A] – o computador de bordo aplicará um filtro na imagem do telão da ponte de comando, removendo os efeitos da atmosfera. Da mesma forma, [I] esconde as nuvens. Comparando a noite estrelada com os dados do computador de bordo, podemos conhecer os nomes de todas as constelações e observar os satélites artificiais riscarem o céu de tempos em tempos. Para adicionar sua própria cidade natal, abra o seu gerenciador de arquivos favorito e navegue até a pasta Data, dentro da pasta de instalação do Celestia. Torne-se root e edite o arquivo world-capitals.ssc. Por exemplo, poderíamos entrar os detalhes a seguir para a cidade de Curitiba: LinuxUser \Location "Curitiba" "Sol/Earth" { LongLat [-25.42 -49.29 0] Importance 365.00 Type "City" } Os dados foram obtidos da Wikipedia. O campo Importance especifica o quão visível a cidade é do espaço. Por exemplo, Beijing é uma cidade monstruosamente grande, visível a uma distância considerável, mas é preciso voar bem perto da terra para enxergar a cidade de Inaciolândia, em Goiás. Quanto maior o valor, mais aparente é a cidade vista do espaço. Estrela da Morte Na Internet podemos encontrar inúmeros acessórios para a nave Celestia – alguns úteis, outros nem tão úteis assim, mas muito bacanas! As chamadas tours são como as demonstrações e mostram uma seqüência animada – normalmente sobre um único planeta – enquanto um texto é mostrado com informações sobre o objeto. Para tocar uma demonstração dessas, des- Figura 3: A sonda Cassini-Huygens passou por Saturno em 1º de julho de 2004. A nave Celestia possibilita assistirmos a tudo isso ao vivo, viajando não só no espaço mas também no tempo e a qualquer velocidade que queiramos. outubro 2005 www.linuxmagazine.com.br edição 13 93 LinuxUser Celestia compacte os arquivos e os coloque nas pastas apropriadas em sua máquina. Trocando em miúdos: depois de descompactar a demonstração, coloque os arquivos que estão na pasta Texture da demonstração na pasta Texture do Celestia. Arquivos com a extensão *.cel, como por exemplo demo.cel, pertencem à pasta principal do Celestia. Depois de instalar uma tour, use item Open do menu para desfrutar dela. A página Motherlode [3] é o repositório central desse tipo de componente. O site oferece planetas reais e fictícios, texturas melhoradas, naves espaciais futuristas e muitas sondas, além de documentação. Se tiver problema com um desses componentes (que eles chamam de add-on), ou simplesmente tiver algum problema ou pergunta sobre o Celestia e afins, há nos confins da galáxia um fórum chamado Shatters [4], no qual pilotos de naves da classe Celestia se encontram e trocam informações. Os add-ons do site Motherlode costumam ser instalados sem nenhum problema. Por exemplo, baixe o componente Tatooine, Endor, and first Death Star (Tatooine, Endor e a primeira Estrela da Morte) de Thomas Guilpain, na categoria Fictional/Star Wars. Saia da nave e desative tudo (isto é, saia do programa Celestia). Descompacte os arquivos e abra um gerenciador de arquivos na pasta criada. Depois, abra outro gerenciador de arquivos como root – no KDE deve haver um menu para isso; se não encontrar abra um terminal e digite kdesu konqueror. No Gnome a coisa é parecida. Deixe os dois gerenciadores de arquivos abertos lado a lado. No gerenciador operando como root, navegue até a pasta do Celestia. Agora copie os arquivos descompactados naquela pasta – basta arrastar de uma janela e soltar na outra, nas pastas apropriadas. Por exemplo, copie o arquivo ssc da pasta Extras do add-on para a pasta Extras do Celestia. Faça isso com todas as pastas. Depois de ativar a nave Celestia novamente, pressione [Enter], digite Rho CrB/Endor/Death Star e pressione [G] para fazer uma viagem até a Estrela da Morte. Mas cuidado com o Raio da Morte! Se você não tiver certeza de onde algum objeto celeste está escondido, pressione [ALT]+[C] para que o computador de bordo ative o navegador estelar. Ative a opção With Planets. Isso permite que possamos procurar manualmente, nos sistemas solares cadastrados, por planetas e naves espaciais (figura 4). Se você possuir a versão do Celestia para o Fedora Core 3, será preciso procurar na Internet. Não é possível descobrir por onde anda Endor se não tivermos mais detalhes. Também ajuda consultar o conteúdo do arquivo ssc correspondente ou mesmo o README à cata de pistas. O site Motherlode possui uma grande quantidade de add-ons de ficção científica, como a nave Discovery do filme 2001, Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick, a USS Enterprise – NCC-1701 de Jornada nas Estrelas ou o planeta natal dos Borgs (“Resistir é inútil...”). De volta para o futuro O computador de bordo da nave Celestia vem de fábrica com “apenas” cem mil estrelas, mas é possível baixar da Internet [5] mais uns dois milhões delas. Essas estrelas não são meros pontos no céu: cada uma delas pode ser visitada; basta escolher uma delas, clicar com o botão direito e pressionar [G]. Para gravar as imagens mais estupefacientes para a posteridade, por que não uma bela fotografia? Pressione [F10] para criar uma captura de tela em formato PNG. Outra dica: se você “se perder” na imensidão enegrecida de algum canto distante da galáxia, pressione [H] e [G]. Uma passagem no espaço-tempo (mais tecnologia alienígena...) o trará de volta ao nosso pequeno e aconchegante sistema solar. ■ Informações [1] Site oficial do Celestia: www.shatters.net/celestia [2] Cassini, sonda espacial em Saturno: en.wikipedia.org/wiki/Cassini-Huygens [3] Motherload: www.celestiamotherlode.net Figura 4: O navegador estelar permite que encontremos naves e planetas instalados como add-ons. Os criadores de alguns desses mundos e máquinas ficcionais os colocam em sistemas solares bastante obscuros. 94 outubro 2005 edição 13 www.linuxmagazine.com.br [4] Fórum dobre o Celestia: www.shatters.net/forum [5] Mais estrelas para seu universo particular: www.celestiamotherlode.net/catalog/extrasolar_stars.php