1 Impactos na Corrente de Excitação de um Transformador Monofásico de Baixa Potência Submetido a Excitações Não Puramente Senoidais A. Mendes, F. Andrade, J. Araújo, M. Florentino e T. Ferreira Universidade Federal de Campina Grande, Aprígio Veloso, 882, Bodocongó, Campina Grande, PB, Brasil Resumo Neste artigo apresenta-se a análise dos impactos na corrente de excitação de um transformador submetido a sinais senoidais distorcidos para diferentes frequências fundamentais. Os resultados considerados são o valor RMS da corrente, a diferença de fase entre tensão e corrente, a distorção harmônica total e a amplitude das componentes harmônicas da corrente de excitação em função da frequência. Do estudo dos resultados conclui-se que o valor RMS da corrente, a diferença de fase entre tensão e corrente e as amplitudes das componentes harmônicas da corrente diminuem com o aumento da frequência e, além disso, que a distorção harmônica total da corrente é proporcional a presença de distorção no sinal de entrada para altas frequências. Palavras-chaves Corrente de excitação, distorção harmônica, resposta em frequência, transformadores de baixa potência. I. INTRODUÇÃO O transformador é um dos principais equipamentos dos sistemas elétricos. Sua principal função é transmitir energia elétrica de um circuito de entrada a outro de saída, aumentando ou diminuindo os valores de tensão e corrente, mantendo a frequência invariável. O princípio de funcionamento desse equipamento baseia-se na indução eletromagnética decorrente do acoplamento entre duas ou mais bobinas através de um núcleo fechado, o qual é constituído de material ferromagnético. Devido à importância do transformador, é desejável minimizarem-se as ocorrências de falha do mesmo, e assim, diversosaspectos que afetam o seu comportamento vem sendo objeto de estudo. A corrente de excitação é um parâmetro importante para observar o comportamento de transformadores e pode ser utilizada para diagnosticar falhas no transformador [1], além de ser uma importante referência para a qualidade da energia elétrica [2], eficiência do equipamento [3] e estudos relacionados à análise da resposta em frequência. Neste trabalho são apresentados resultados experimentais acerca da influência da presença de componentes harmônicas no sinal de tensão de entrada em função da elevação da frequência sob a corrente de excitação em um transformador de baixa potência com núcleo de ferro silício (FeSi). II. EMBASAMENTO TEÓRICO A seguir são apresentados tópicos com alguns conhecimentos necessários para o entendimento do funcionamento do experimento e da análise dos resultados. A. Ensaio de Circuito Aberto O ensaio de circuito aberto é realizado para determinação da corrente de excitação. Esse ensaio é feito aplicando-se tensão nominal na frequência industrial no enrolamento de baixa tensão, enquanto o enrolamento de alta tensão fica em aberto[4]. B. Método dos Mínimos Quadrados Recursivo (MMQR) O MMQR é uma técnica utilizada para estimar de forma iterativa os parâmetros desconhecidos por mínimos quadrados. Este é um algoritmo frequentemente utilizado para identificação de sistemas e estimação de parâmetros de modelos [5]. Uma das vantagens deste método é que permiteque a convergência para o valor esperado possa ser obtida antes do critério de parada, ocasionando a diminuição do esforço computacional. As equações (1), (2) e (3) podem ser utilizadas para implementar o algoritmo do método MQR. ( + 1) = ( ) + ( ). [ ( ) = ( ). ( + 1). [ + ( + 1) = ( + 1). ( )] (1) ( + 1). ( ). ( + 1)] (2) − [ − ( ). ( + 1)]. ( ) (3) em que α representa o vetor de parâmetros desconhecidos, K é chamada matriz de ganho, P é uma matriz proporcional à matriz de covariância de α, y representa valores medidos do sinal em estudo, I é a matriz identidade, λ é denominado fator de esquecimento e φ corresponde às funções de aproximação que representam o modelo. O fator de esquecimento normalmente utilizado varia entre 0,9 e 1. Para este trabalho será utilizado um fator de esquecimento igual a 1. Quanto mais próximo da unidade, maior é o peso dos dados atuais com relação aos anteriormente obtidos no processo iterativo. O ajuste do fator de esquecimento favorece a rapidez e exatidão do algoritmo [6]. C. Distorção Harmônica Total (DHT) A Distorção Harmônica Total (DHT) é definida em consequência da necessidade de se determinar 2 numericamente os harmônicos presentes [7] e pode ser calculada utilizando (4), ℎ + ℎ + ⋯ +ℎ (4) ℎ em queh1, h2, h3, ..., hn representam o valor eficaz das componentes harmônicas de ordem 1, 2, ..., n. A função da DHT é indicar a distorção harmônica total em relação à componente fundamental. Os valores permitidos de distorção harmônica são de 3% para cada componente, mas não ultrapassando 5% de DHT como indicados pela norma IEEE 519-2 [8]. = III. METODOLOGIA A. Transformador Empregado As características do transformador utilizado, apresentado na Fig. 1, encontram-se na Tabela I. Fig. 1. Transformador utilizado nos ensaios. TABELA I.CARACTERÍSTICAS DO TRANSFORMADOR EMPREGADO Potência (VA) Relação Material do Núcleo 60 220/12 FeSi osciloscópio Fig. 2 (d) utilizado para monitorar e gravar as formas de onda analisadas. A fonte de tensão controlável empregada possui as seguintes especificações: tensão de alimentação variável de 0 a 400 V, frequência de excitação de 40 a 5.000 Hz e potência de 3 kVA. O controle da mesma é realizado por interface digital em um computador pessoal. B. Procedimento Experimental Foram realizados ensaios de circuito aberto com diferentes frequências de excitação, onde induziam-se tensões de entrada não puramente senoidais. A faixa de frequências adotada ficou compreendida entre a frequência industrial e o 20º harmônico. Considerando-se uma pequena margem sobressalente superior, excitou-se o transformador com frequências entre 60 Hz a 2580 Hz, com valor RMS da componente fundamental da tensão igual a 220 V(valor nominal do lado de alta tensão do transformador), visando registrarem-se a resposta em frequência da corrente de excitação e da tensão de saída. As medições de corrente de excitação e tensão nos enrolamentos primário e secundário do ensaio de circuito aberto foram feitas, respectivamente, por uma sonda de corrente (CA/CC Fluke 80i-110) e uma ponta de prova de alta tensão (Tektronix com relação de transformação de 1000:1) e gravadas em um leitor de dados de um osciloscópio digital de quatro canais (taxa de amostragem: 1 Gs/s). Os valores medidos foram processados em uma rotina desenvolvida no ambiente MATLAB® para determinar as componentes fundamental, terceira harmônica e quinta harmônica da corrente de excitação utilizando o MMQR, de acordo com o modelo (5). ( )= A plataforma experimental, que foi utilizada para realização do experimento, é mostrada na Fig. 2. . cos( + + )+ . cos(5 . cos(3 + ) + ) (5) no qual s é uma função do tempo t, An é a amplitude da harmônica n e αn é a fase da harmônica n, que são os parâmetros desejados. Nas Tabelas II e III, constam os valores das amplitudes e fase, respectivamente, das excitações de 1 a 6. Os valores utilizados para compor as excitações 1, 2 e 3 foram baseados em [9]. Para obter resultados de pior caso, utilizaram-se os valores indicados em [10] para as excitações 4, 5 e 6, que dizem respeito à qualidade de energia. Vale ressaltar que todos os valores das componentes harmônicas das excitações estão abaixo de 3% e a DHT está abaixo de 5% e, portanto, obedecem à norma IEEE-519. TABELA II.AMPLITUDE DAS COMPONENTES HARMÔNICAS EM RELAÇÃO À FUNDAMENTAL DAS EXCITAÇÕES Fig. 2. Plataforma experimental. (a) fonte de alimentação; (b) transformador; (c) computador que controla a fonte; (d) osciloscópio. Excitações São destacados os principais equipamentos utilizados que são a fonte de alimentação Fig. 2 (a), transformador monofásico Fig. 2 (b), computador com software PowerGUI instalado para controlar a fonte de alimentação Fig. 2 (c) e o 1 2 3 4 5 6 3° Harmônico 0 2,0 2,0 3 0 3 5° Harmônico 0 2,9 2,9 0 3 3 7° Harmônico 0 0,3 0 0 0 2,6 3 TABELA III.FASE EM GRAUS DAS COMPONENTES HARMÔNICAS EM RELAÇÃO À COMPONENTE FUNDAMENTAL DAS EXCITAÇÕES Excitações 1 2 3 4 5 6 3° Harmônico 0 83° 83° 0 0 0 5° Harmônico 0 168° 168° 0 0 0 7° Harmônico 0 -43° 0 0 0 0 IV. RESULTADOS Nessa seção são discutidos os resultados obtidos pela realização dos ensaios de circuito aberto com o transformador já especificado, levando em consideração a diferença de fase entre tensão e corrente, o valor RMS da corrente de excitação, o valor percentual das terceira e quinta componentes harmônicas da corrente e a DHT. contem mais harmônicos, ou seja, apresentam maior efeito capacitivo. Por exemplo, para a frequência mais alta utilizada (2580 Hz), a diferença de fase para a excitação 1, puramente senoidal, foi de -2,3° e para as excitações que continham componentes harmônicas essa diferença foi maior, entre -7,4° e -8,79°. B. Valor RMS da Corrente de Excitação A partir do gráfico da Fig. 4observa-se que o valor RMS da corrente de excitação decai com o aumento da frequência. Essa característica pode ser justificada considerando que a impedância do transformador cresce com o aumento da frequência. 3 2.5 A partir dos valores de tensão de alimentação e corrente de excitação no primário do transformador, traçou-se o gráfico apresentado na Fig. 3, de diferença de fase entre essas duas grandezas. No gráfico é possível observar a diminuição da diferença de fase com o aumento da frequência para todas as excitações que foram aplicadas. 2 1.5 1 0.5 60 Diferença de Fase (Grau) Irms (mA) A. Diferença de fase entre tensão e corrente 1 2 3 4 5 6 40 20 0 0 1000 2000 Frequência (Hz) 1000 2000 Frequência (Hz) 3000 Fig. 4. Gráfico do valor RMS da corrente de excitação correspondente a cada sinal de tensão de entrada. 0 -20 0 1 2 3 4 5 6 3000 Fig. 3. Gráfico da resposta em frequência da diferença de fase entre tensão do primário e corrente de excitação. Os comportamentos das curvas são semelhantes até a frequência de 480 Hz, quando ocorre um aumento da diferença de fase. Esse comportamento pode ser justificado pela mudança da impedância dos enrolamentos e da reatância de dispersão com a frequência. O aumento da reatância de dispersão foi maior que a variação da resistência dos enrolamentos, por volta desta frequência. Logo após esta frequência, o efeito da capacitância foi maior, provocando, novamente, a diminuição da diferença de fase[11]. De uma forma geral, percebe-se que a diferença de fase para altas frequências é maior para as tensões de entrada que Porém, existe uma diferença entre os valores RMS correspondentes a cada tensão de entrada. Essa diferença pode ser melhor observada para frequências mais altas. Por exemplo: em 2580 Hz as curvas visivelmente divergem. Além disso, para a excitação 1 o valor RMS é menor que para as excitações que possuem componentes harmônicas, indicando que um sinal de tensão de entrada distorcido pode provocar a diminuição do valor RMS da corrente de excitação em altas frequências. Logo, constatou-se que o valor RMS da corrente de excitação do transformador em ensaio de circuito aberto tem uma maior diferença para altas frequências dependendo da distorção que o sinal de tensão de entrada apresenta, como será melhor explicado na próxima seção. C. Componentes Harmônicas Como visto na seção anterior, o valor RMS da corrente de excitação diminui com o aumento da frequência. O que não implica, necessariamente, que o valor percentual da amplitude de suas componentes harmônicas em relação a sua componente fundamental diminuam da mesma forma. De fato, os gráficos das Fig.7 e 10permitem perceber a presença de outra característica: um considerável aumento do 4 ) (6) Os gráficos analisados relacionam o percentual das terceira e quinta componentes harmônicas nas frequências de 60 Hz, 480 Hz e 2580 Hz, em relação à componente fundamental de cada frequência. Foram escolhidos esses valores de frequência pois fica claro a diminuição dos valores percentuais, de uma forma geral, para as frequências mais baixas (60 Hz e 480 Hz), e o considerável aumento percentual comparando os resultados das frequências de 480 Hz e 2580 Hz. Na Tabela IV, são apresentados os valores RMS da corrente de excitação para explicitar como a sobreposição harmônica pode afetá-los em altas frequências. TABELA IV.VALOR RMS DA CORRENTE DE EXCITAÇÃO PARA AS FREQUÊNCIAS, 60 HZ, 480 HZ E 2580 HZ DAS EXCITAÇÕES Excitações 60 Hz 480 Hz 2580 Hz 1 2 3 4 5 6 2.8046 mA 2.7747 mA 2.7718 mA 2.8219 mA 2.8590 mA 2.8758 mA 0.8520 mA 0.8369 mA 0.8326 mA 0.8554 mA 0.8532 mA 0.8617 mA 0.4862 mA 0.5179 mA 0.5175 mA 0.5221 mA 0.5139 mA 0.5614 mA 1) Terceira Componente Harmônica:de acordo com a Fig. 7 é importante destacar que as tensões de entrada que ocasionaram maior presença da terceira componente harmônica para frequência de 2580 Hzsãoas excitações 4 e 6, que possuem maiores valores de terceira harmônica da tensão de entrada de acordo com a Tabela II. 30 1 2 3 4 5 6 Amplitude (%) 25 20 15 10 5 0 Amplitude (%) ) = sin(2 + 5 1 2 3 4 5 6 4 3 2 1 0 Diversas excitações Fig. 6. Valor percentual da amplitude da terceira componente harmônica da corrente de excitação em relação à fundamental de 480 Hz. 7 6 Amplitude (%) sin( 6 1 2 3 4 5 6 5 4 3 2 1 0 Diversas excitações Fig.7. Valor percentual da amplitude da terceira componente harmônica da corrente de excitação em relação à fundamental de 2580 Hz. 2) Quinta Componente Harmônica:De acordo com a Fig. 10, vale considerar que as tensões de entrada que ocasionaram maior presença da quinta componente harmônica para frequência de 2580 Hz foram as excitações 2, 3, 5 e 6, que possuem maiores valores de quinta harmônica da tensão de entrada de acordo com a Tabela II. 12 10 Amplitude (%) valor percentual das componentes harmônicasem relação à fundamental da corrente de excitação para a frequência de 2580 Hz, para alguns casos. Esse fato pode ser justificado pela sobreposição dessas componentes.Quando um sinal é aplicado em altas frequências, tomando como base a regra determinada para a função seno, como pode ser visto em (6), haverá sobreposição. 1 2 3 4 5 6 8 6 4 2 Diversas excitações Fig. 5. Valor percentual da amplitude da terceira componente harmônica da corrente de excitação em relação à fundamental de 60 Hz. 0 Diversas excitações Fig. 8. Valor percentual da amplitude da quinta componente harmônica da corrente de excitação em relação à fundamental de 60 Hz. 5 50 3.5 1 2 3 4 5 6 40 2.5 1 2 3 4 5 6 2 1.5 1 0.5 0 30 20 10 0 0 Diversas excitações Fig. 9. Valor percentual da amplitude da quinta componente harmônica da corrente de excitação em relação à fundamental de 480 Hz. 20 Amplitude (%) DHT Amplitude (%) 3 1 2 3 4 5 6 15 10 5 1000 2000 Frequência (Hz) 3000 Fig. 11. Gráfico da resposta em frequência dadistorção harmônica total da corrente de excitação. Mas, para frequências maiores que 1kHz, a distorção aumenta para a maioria das excitações. Apenas a excitação 1, puramente senoidal, permanece com a mesma característica de decaimento, que além dissoapresenta menor distorção durante toda a curva. O aumento da DHT na corrente é proporcional ao aumento das componentes harmônicas do sinal de entrada, sendo o caso mais crítico o da excitação 6, sinal com maior presença de componentes harmônicas, que apresenta também o maior aumento da distorção. Além disso, com o aumento da frequência essa diferença se torna ainda mais evidente. O aumento da distorção para altas frequências pode também ser atribuído àsobreposição das componentes harmônicas. V.CONCLUSÕES 0 Diversas excitações Fig. 10. Valor percentual da amplitude da quinta componente harmônica da corrente de excitação em relação à fundamental de 2580 Hz. D. DHT Para estimar a influência da presença de componentes harmônicas do sinal de entrada na distorção da corrente, calculou-se por meio de (5) a DHT da corrente de excitação para cada sinal de entrada. Quando a frequência excede o valor de aproximadamente 1 kHz a distorção aumenta para todas as excitações que possuem componentes harmônicas,enquanto para a excitação que é puramente senoidal o valor da DHT segue diminuindo. A distorção aumenta com o aumento da frequência e é proporcional à presença de componentes harmônicas no sinal de entrada, o que pode ser atribuído à sobreposição das componentes harmônicas. O caso mais crítico é o da excitação 6, que possui maior presença de componentes harmônicas no sinal de tensão de entrada. Como é mostrado na Fig. 11, até aproximadamente 1kHz a DHT diminui consideravelmente, pois o valor RMS de uma forma geral tende a diminuir com o aumento da frequência. Neste trabalho observou-se a influência da presença de componentes harmônicas no sinal de tensão de entrada na corrente de excitação, comparando esta última quando foram aplicadas tensões com distorção harmônica e uma senoide pura. Com isso, foi possível constatar a influência das componentes harmônicas presentes na tensão de entrada na corrente de excitação de circuito aberto para várias frequências em um transformador monofásico de baixa potência. Como contribuições do trabalho, podem-se destacar as seguintes conclusões: O efeito das capacitâncias com a elevação da frequência foi verificado por meio da redução das diferenças de fase entre as fundamentais da tensão de alimentação e corrente de excitação. Além disso, a partir dos resultados experimentais, concluiu-se que o efeito capacitivo é maior quanto maior seja a presença de harmônicos na tensão de entrada; Constatou-se que o valor RMS da corrente de excitação decresce com o aumento da frequência, para todas as excitações de tensão entrada, consequência do aumento das resistências 6 representativas das perdas no núcleo e das reatâncias de magnetização. Percebeu-se também que o valor RMS é menor quando menos distorcido for o sinal de entrada; Apesar do valor RMS da corrente de excitação ter diminuído com o aumento da frequência, o valor percentual das componentes harmônicas da corrente aumentou em 2580 Hz em relação à frequência de 480 Hz. Esse comportamento foi atribuído à sobreposição das componentes harmônicas. Além disso, para as tensões de entrada que possuíam maior presença de uma determinada componente harmônica (terceira ou quinta), apresentavam maior aumento da mesma componente da corrente de excitação; Quando a frequência excede o valor de aproximadamente 1 kHz a distorção aumenta para todas as excitações que possuem componentes harmônicas; para a excitação que é puramente senoidal o valor da DHT diminui. A distorção aumenta com o aumento da frequência e é proporcional à presença de componentes harmônicas no sinal de entrada, o que pode ser atribuído à sobreposição das componentes harmônicas. O caso mais crítico é o da excitação 6, que possui maior presença de componentes harmônicas no sinal de tensão de entrada. VI. REFERÊNCIAS [1] RICKLEY, A. L.; CLARK, R. E.; POVEY, E. F. Field Measurements of Transformer Excitation Current as a Diagnostic Tool. IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems, 1981.1985-1988. [2] AL-HAJ, A. H.; EL-AMIN, I. Factors that influence transformer no-load current harmonics. IEEE Transactions on Power Delivery, p. 163 - 166, 2000. [3] RICKLEY, A. L.; CLARK, R. E.; POVEY, E. F. Field Measurements of Transformer Excitation Current as a Diagnostic Tool. IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems, 1981.1985-1988. [4] SAID, D. M.; NOR, K. M. Effects of harmonics on distribution transformers. IEEE Power Engineering Conference, p. 1 - 5, 2008. [4] Transformador de Potência-Método de Ensaio, NBR 5380, Maio, 1993. [5] K. J. Astrom, B. Wittenmark, Computer-Controlled Systems. A Division of Simon & Schuster-Englewood Cliffs, 1990, pp. 420-428. [6] ASTROM, K. J.; WITTENMARK, B. Computer-Controlled Systems.A Division of Simon & Shuster-Englewood Cliffs, 1990. [7] MORENO, H. Harmônicas nas instalações elétricas: causas, efeitos e soluções. Instituto Brasileiro do Cobre, p. 11-22, 2001. [8] IEEE Recommended Practice and Requirements for Harmonic Control in Electric Power Systems, IEEE Standard 519-1992, 1992. [9] CHOWDHURY, A. H.; GRADY, W. M.; FUCHS, E. F.An investigation of the harmonic characteristics of transformer excitation current under nonsinusoidal supply voltage. IEEE Power, Energy, & Industry Applications, v. 14, p. 450-458, 1999. [10] BLOOMING, T. M.; CARNOVALE, D. J. Application of IEEE Std 519-1992 Harmonic Limits. [11]ARAÚJO, J. F. Modelagem Matemática De Transformadores Monofásicos De Baixa Potência Baseada Na Resposta Em Frequência Da Corrente De Excitação. Universidade Federal de Campina Grande (Dissertação de Mestrado). Campina Grande.2013.