Efeitos de diferentes intervalos de recuperação na fadiga muscular

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Efeitos de diferentes intervalos de recuperação na fadiga muscular eletromiográfica durante exercício resistido em modelo supersérie
Adailson da Silva Fernandes1,2*; Euler Alves Cardoso2,3; Valdinar Rocha3; Martim Bottaro2,3; Rodrigo Luiz Carregaro1,2,3,4
1. Curso de Fisioterapia, Universidade de Brasília, Campus UnB Ceilândia, Brasília/DF.
2. Grupo de pesquisa Avaliação e Intervenção em Fisioterapia, Universidade de Brasília, Campus UnB Ceilândia, Brasília/DF.
3. Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade de Brasília (UnB), Brasília/DF, Brasil.
4. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Universidade de Brasília (UnB), Campus UnB Ceilândia,
Brasília/DF, Brasil.
*e-mail: [email protected]
Introdução. O exercício resistido (ER) é considerado um dos meios mais eficazes para melhorar a capacidade funcional do sistema neuromuscular, sendo recomendado para o desempenho neuromuscular, equilíbrio e coordenação
motora. Com o intuito de maximizar seus resultados, recomenda-se o controle do intervalo de recuperação (IR) entre
as séries. Nesse contexto, a eletromiografia de superfície tem sido muito utilizada para verificar os efeitos do IR no desempenho do ER e fadiga muscular. Objetivo. Avaliar os efeitos de diferentes intervalos de recuperação no índice de
fadiga muscular durante execução de ER na modalidade em supersérie. Método. Trata-se de um estudo transversal
com medidas repetidas. Participaram do estudo 10 homens sadios destreinados com idade média 22,3 (2,2 anos); 1,76
(0,04m); 78,0 (7,8kg) e IMC de 25,0 (2,8kg/m2). O ER em supersérie foi caracterizado por 4 séries de 10 repetições
de flexão e extensão do joelho (cada série composta por 10 repetições de flexão do joelho seguidas por 10 repetições
de extensão do joelho), a uma velocidade de 60º.s-1. Os participantes foram avaliados em 3 momentos distintos com
intervalos de 48h a 72h. Em cada visita foram aplicados diferentes IR entre as repetições de flexão e extensão do joelho, de modo aleatório: imediato, 60s e 120s. Entre cada série adotou-se um intervalo fixo de 60 seg.. Utilizou-se um
dinamômetro isocinético (Biodex System 3) e eletromiógrafo de 8 canais (New Miotool, Miotec). Os eletrodos foram
colocados no músculo reto femoral (RF), com base no SENIAM. A fadiga muscular foi quantificada por meio do índice
de Dimitrov (momentos espectrais) durante a contração do músculo RF, e expressa em porcentagem (quanto maior o
valor, maior a fadiga). Aplicou-se uma ANOVA mista de medidas repetidas para comparar o índice de fadiga entre os
intervalos de recuperação. Foram analisadas a diferença média (DM) e intervalo de confiança (IC 95%). A significância
adotada foi de 5% (P<0,05). O estudo foi aprovado pelo CEP institucional (CAAE n. 31868514.5.0000.0030). Resultados. As comparações entre os IR estão descritas a seguir: Imediato vs 60s (DM (-18) IC [- 87,7; 50,5]); Imediato
vs 120s (DM (-33,2) IC [-102,3; 35,9]); 60s vs 120s (DM (-51,8) IC [-121,0; 17,2]). Não foram encontradas diferenças
significantes entre os IR (P>0,05), nas 4 séries. Conclusão. Os diferentes IR não influenciaram a fadiga muscular
durante o exercício resistido realizado no modelo em supersérie. Com base nesses achados, ambos os IR (imediato,
60s e 120s) podem ser utilizados na prescrição do ER.
Descritores: Fisioterapia; Exercício resistido; Fadiga muscular.
Agradecimentos:
À Fundação deApoio a Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), pelo auxílio financeiro (processo n. 7852.48.27797.13112015).
Anais do Congresso Brasileiro de Fisioterapia
v.1 n.1, 2016
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