TRADUÇÃO – SÍNTESE PROTEICA

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TRADUÇÃO – SÍNTESE PROTEICA
Formação do Aminoacil-tRNA
Durante a formação do
aminoacil-tRNA, o
aminoácido é primeiramente
ativado, reagindo com o ATP.
Após, é transferido do
aminoacil-AMP para a
extremidade 3´ do tRNA.
Um tRNA particular reconhece
somente o códon de iniciação
AUG, e não qualquer outro
códon AUG do mRNA. O
aminoacil-tRNA para o códon
de iniciação é o
metionil-tRNAi Met
O tRNA que está associado ao aminoácido é dito
“carregado”
Nas bactérias o metionil-tRNAi Met
contém uma formil-metionina,
metionil-tRNAf Met. A
metionina inicial não é formilada
em eucariontes
• A aminoacil tRNA sintase é
específica para o aminoácido,
em caso de erro de
reconhecimento o complexo
aminoácido-AMP é hidrolisado
antes da formação do
aminoacil-tRNA
• A aminoacil-tRNA sintase é
específica, também, para o tRNA,
sendo esta interação referida
como o “segundo código
genético”. Vários nucleotídeos
estão envolvidos no
reconhecimento do tRNA por esta
enzima. A hidrólise da ligação
éster entre o aminoácido o o
tRNA pode ocorrer em caso de
erro.
O Processo de Tradução
em Procariontes
a) iniciação
A seqüência Shine-Delgarno no mRNA serve como
sinal para a iniciação da síntese protéica nos
procariontes. Nos eucariontes, o códon de iniciação
na extremidade 5´- 7-metil-GTP é o sinal.
1. A subunidade 30S do ribossomo liga-se
aos fatores de iniciação IF-1 e IF-3. O IF-3
previne a associação do complexo à
subunidade 50S do ribossomo.
2. O códon de iniciação é guiado até a
sua posição correta no sítio P, pela
seqüência Shine-Delgarno. Esta
seqüência possui complementariedade
com o rRNA 16S da subunidade 30S.
3. O metionil-tRNAf Met liga-se ao códon
de iniciação no sítio P da subunidade 30
S, juntamente com o complexo fator de
iniciação IF-2.GTP.
4. A subunidade 50 S se associa à 30S,
completando o ribossomo. O Ocorre a
hidrólise do GTP e a dissociação dos
fatores de iniciação.
b) alongamento
Na primeira etapa do
alongamento na síntese
protéica bacteriana, ocorre
a ligação do segundo
aminoacil-tRNA ao sítio A do
ribossomo. O aminoaciltRNA está associado ao
complexo fator de
elongação EF-Tu.GTP.
Durante a ligação, ocorre
hidrólise do GTP e
dissociação do EF-Tu.
Na segunda etapa do
alongamento, ocorre a
formação da primeira
ligação peptídica na síntese
protéica bacteriana,
catalizada pela ribozima
rRNA 23S.
Na terceira etapa do
alongamento, ocorre a
translocação dos tRNA: O
ribossomo se move em direção
à extremidade 3´do mRNA, o
peptidil-tRNA está, agora, no
sítio P deixando o sítio A
aberto para o terceiro
aminoacil-tRNA. O tRNA
descarregado, é deslocado
para o sítio E, desligando-se
imediatamente do ribossomo.
A translocação envolve o
complexo fatore de elongação
EF-G.GTP.
c) terminação
A terminação da síntese
protéica bacteriana ocorre em
resposta ao códon de
terminação. Quando este
códon ocupa o sítio A do
ribossomo, três fatores de
liberação (RF1, RF2 e RF3)
hidrolisam a ligação entre o
proteína e o tRNA, liberam a
proteína e o tRNA do sítio P, e
dissociam as subunidades 30S
e 50S do ribossomo.
Nos procariontes, há o acoplamento entre a transcrição e a
translação. O mRNA é traduzido pelos ribossomos enquanto ele
ainda está sendo transcrito do DNA pela RNA polimerase
O Processo de Tradução
em Eucariontes
Diferenças entre a síntese protéica em procariontes e
eucariontes
Ligação do mRNA à
subunidade menor
ribossomal
Primeiro Aminoácido
O 5´-quepe do mRNA ligase aos fatores de iniciação
e à subunidade 40S. O
mRNA é lido a partir da
códon de iniciação
Metionina (não formilada)
Fatores de iniciação
eIFs (8 ou mais)
Fatores de alongamento
EF1EF-Tu)
EF (EF-Ts)
EF2 (EF-G)
Ribossomo
80S (40S + 60S)
Fator
Função
eIF2
Facilita a ligação do Metionil-tRNAiMet
eIF2B, eIF3
Primeiros fatores que se ligam à
subunidade 40 S.
Remove a estrutura secundária do
mRNA, permitindo ligação com 40S
Facilita a procura do códon de
iniciação do mRNA.
Liga-se ao 5´-quepe do mRNA.
eIF4A
eIF4B
eIF4E
eIF4G
eIF5
eIF6
Liga-se ao eIF4E e à proteína ligante
de poli A (PAB)
Promove a dissociação do fatores
para a ligação da subunidade 60 S
Facilita a dissociação das
subunidades 40S e 60S na
terminação
Formação do complexo de iniciação nos eucariontes
Resumindo:
Códons
Anticódons
• Conjunto de três nucleotídios presentes nos RNAt
e que correspondem à seqüência complementar ao
RNAm.
• EX: RNAm: UAC – CCG – UAA
RNAt:
AUG – GGC - AUU
Códons e anticódons
O códon AUG determina
o início da síntese
polipeptídica
Liga-se o RNAt
correspondente e a seguir,
a grande unidade do
ribossomo.
Tem início o processo:
Sítio A – aminoacila
Sítio P - peptidil
O AA do sítio P será
unido ao AA do sítio A ligação peptídica pela
peptidil transferase.
O AUG é guiado à
subunidade 30S por
uma seqüência de 8 a
13 pares de bases –
Seqüência de Shine
Delgarno.
Desloca-se o RNAt anterior
O ribossomo move-se por
um códon. Encaixa-se
novo RNAt no sítio A
A cadeia polipetídica é
alongada pelo deslocamento
do ribossomo ao longo do
RNAm
Surge o códon de
terminação UAA
Encaixa-se o Fator
Liberador (RF)
O encaixe do RF (fator liberador)
determina o deslocamento de todas as
unidades.
Os Polissomos
Um polirribossomo: vários de ribossomos traduzem
simultaneamente a mesma molécula de RNAm
Modificações Pós-translacionais
e a Estrutura Tridimensional
Após a translação, algumas proteínas, antes de assumirem a
sua conformação nativa, têm a sua estrutura primária alterada
por modificações pós-translacionais, como por exemplo:
Fosforilação
Carboxilação
As proteínas assumem a sua conformação nativa
com o auxílio de proteínas denominadas
chaperones ou proteínas do estresse ou
proteínas do choque térmico (heat shock
proteins).
Conformação
desnaturada
Conformação
nativa
Síntese Protéica no Retículo
Endoplasmático Rugoso
Síntese proteíca no reticulo endoplasmático rugoso daquelas
proteínas que serão localizadas na membrana plasmática ou nos
lisossomos, ou serão secretadas
Inibidores de Síntese Protéica
Alguns inibidores da síntese proteíca
Tetraciclina:
bloqueia o sítio A ribossomal
Cloranfenicol:
Inibe a atividade de
peptidil- transferase do
rRNA 23S.
Características do Código Genético
Código Genético:
 Decifração -NIREMBERG etal. (1961)
–pré-requisitos necessários
•síntese proteica in vitro
•produção de mRNAs sintéticos –ex: poli
A, poli G, poli C, e seus derivados
Conseqüências:
poli U –proteína com PHE –PHE –PHE –
poli G –proteína com GLI –GLI –GLI –
poli A –proteína com LIS –LIS –LIS –
...
poli (3 letras) ...
Propriedades:
 Códons de 3 letras
–64 combinações possíveis
 Degeneração
–+ de um códon para o mesmo aa
•ex: LEU, SER, etc
 Não ambígüo
–Um códon codificando + de 1 aa
Descrição das degenerações
Propriedades:
 mutações nos códons
–alterações nas 3ªs
substituções
letras
não
gera
–alterações
nas
1ªs
letras
geram
substituições de aa com propriedades físicoquímicas semelhantes
–alterações
nas
2ªs
letras
substituições de aa não relacionados
geram
Conseqüências da degeneração
Propriedades:
 substituições de aminoácidos:
–transições
•pi ⇔pi
•pu⇔pu
–transversões
•pu⇔pi
–mis-sense–mudança de 1 aa por outro
–non-sense–terminação precoce
Propriedades:inserção
 perda de fase (frameshift)
–deleções ou inserções de bases
•ex:normal –
AUGGCUUCUGCGCAGAUUAGGCAC
...mutante
AUGGCUUACUGCGGCAGAUUAGGCAC ...
inserção
Perda de Fase (Frameshift)
Decorrência do código não ser sobreposto
Fases de leitura
Propriedades:
Código não universal
–exceções à universalidade:
•códon UAG
–procariotos–códon de termino
–eucariotos–codifica para triptofano
•códon CUN
–procariotos–codifica para treonina
–eucariotos–codifica para leucina
Propriedades:
 Códons especiais
–AUG –codifica para fMET–o aa iniciador
–UAG (amber), UAA (ochre), UGA (opal)
•–códons de término para procariotos
Aminoácido iniciador
O Código Genético
2ª letra do Códon
1ª letra
do Códon
U
C
A
G
3ª letra
do Códon
U
FENILALANINA
FENILALANINA
LEUCINA
LEUCINA
SERINA
SERINA
SERINA
SERINA
TIROSINA
TIROSINA
PARADA
PARADA
CISTEÍNA
CISTEÍNA
PARADA
TRIPTOFANO
U
C
A
G
C
LEUCINA
LEUCINA
LEUCINA
LEUCINA
PROLINA
PROLINA
PROLINA
PROLINA
HISTIDINA
HISTIDINA
GLUTAMINA
GLUTAMINA
ARGININA
ARGININA
ARGININA
ARGININA
U
C
A
G
A
ISOLEUCINA
ISOLEUCINA
ISOLEUCINA
METIONINA
(INÍCIO.)
TREONINA
TREONINA
TREONINA
TREONINA
ASPARAGINA
ASPARAGINA
LISINA
LISINA
SERINA
SERINA
ARGININA
ARGININA
U
C
A
G
G
VALINA
VALINA
VALINA
VALINA
ALANINA
ALANINA
ALANINA
ALANINA
AC. ASPÁRTICO
AC. ASPÁRTICO
AC. GLUTÂMICO
AC. GLUTÂMICO
GLICINA
GLICINA
GLICINA
GLICINA
U
C
A
G
Efeitos da Mutação
A ordem dos códons no mRNA é
determinante da estrutura primária das
proteínas
Agente Mutagênico
DNA com alteração estrutural
mRNA com códon(s) alterado(s)
Proteína com seqüência de aminoácidos
anormal
O que é mutação?
Uma mutação é definida como
qualquer alteração permanente do
DNA.
Mutação Pontual
Ocorre quando há alteração de uma única base do DNA,
produzindo alteração em um único códon do mRNA.
•Silenciosa: quando não afeta a seqüência de aminoácidos na
proteína
CGA
(Arg)
CGG
(Arg)
• Missense ou de sentido errado: quando uma aminoácido é
trocado por outro
CGA
(Arg)
CCA
(Pro)
• Nonsense ou sem sentido: quando há mudança para um códon
de terminação
CGA
(Arg)
UGA
(códon de terminação)
Inserção
ocorre quando há adição de um ou mais nucleotídeos ao DNA.
Se não gerar um códon de terminação pode-se gerar uma
proteína com uma seqüência de aminoácidos maior.
Normal
5´
CCA CAG UGG AGU CGA
Pro Mutante
5´
3´
Gln - Trp - Ser - Arg
CCA CAG UGG AAG UCG A
Pro - Gln -
Trp -
3´
Lys - Ser
Deleção
ocorre quando há remoção de um ou mais nucleotídeos do
DNA.
Como as mutações causam diferenças
no fenótipo?
Gene
Polipeptídeo
Informação X
Mutação
Novo
alelo
Informação y
Ação X
Fenótipo
Selvagem
Polipeptídeo
alterado
Ação Y
Fenótipo
Mutante
Ação Gênica
O QUE FAZEM OS GENES?
Como os genes controlam um fenótipo?
Modelo da Relação entre Genótipo e Fenótipo
1- O aspecto característico de um organismo são determinados
pelo fenótipo de suas partes, que são determinados pelo
fenótipo dos componentes celulares.
2- O fenótipo de uma célula é determinado pela sua natureza
química interna, que é controlada por enzimas que catalisam
suas reações metabólicas.
3.
A função da enzima depende de sua estrutura
tridimensional específica que por sua vez depende da
seqüência linear específica de aminoácidos na enzima.
4. A enzima presente na célula são determinadas pelo
genótipo da célula.
5. Ao genes especificam a seqüência linear de aminoácidos em
polipeptídios e conseqüentemente em proteínas, assim os
GENES DETERMINAM FENÓTIPOS.
Um médico inglês, Archibald E. Garrod (1857-1936), atendeu
um paciente, um bebê, com uma doença rara chamada
alcaptonúria.
“Alcaptonúria deve ser considerada como decorrente da falta
de um determinado fermento [= enzima], o qual tem a
capacidade de decompor a substância alcaptona.
Três nomes estão associados ao início das investigações
sobre o modo de ação dos genes: George W. Beadle (19031989), Boris Ephrussi(1901-1979) e Edward L. Tatum (19091979).
Um gene - uma enzima
Obrigado pela atenção !
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