TECNOLOGIA = Conjunto de conhecimentos, princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade. CÊNICO = Representação que ocorre por meio da presença física do artista que, se utilizando de suas habilidades corporais e de suas linguagens, irá desenvolver uma representação diante dos olhos do espectador. Se o ator é o elemento principal do teatro, ele não poderia existir sem um espaço onde desenvolve suas ações; O espaço teatral compreende atores e espectadores, definindo certa relação entre eles, relação está estabelecida pelo jogo; O espaço teatral desempenha um papel de mediação entre o texto e a representação, entre os diversos códigos da representação, entre os mementos da cena, enfim entre espectadores e atores; Na contemporaneidade o espetáculo é o centro da produção teatral e ele é sempre fruto do trabalho coletivo de vários profissionais; A formação de uma equipe de trabalho depende da proposta e objetivos do espetáculo e até do dinheiro de que a produção dispõe; Não há regras: cada espetáculo é único na sua concepção e resultado. A cenografia é uma composição e um espaço tridimensional - o lugar teatral. Todo e qualquer lugar pode virar um lugar teatral. O lugar teatral é composto pelo lugar do espectador e pelo lugar cênico - onde acontece a cena. No teatro, o lugar cênico é o palco, que, como edifício, muda de uma época para outra e de um país para outro. Anfiteatro – teatros de arena Cenografia – Tipos de lugar Edifícios públicos onde se pagava o ingresso; A planta desses teatro podia ser quadrada, circular ou octogonal; O edifício fica recoberto por um telhado de palha deixando a parte central aberta a parte centra era aberta; Internamente havia o palco tinha de 7 a 10 metros de profundidade e ocupava boa parte da platéia e atrás dele havia uma pequena torre onde era colocada o emblema do teatro variando de cor de acordo com o gênero do espetáculo, comédia ou tragédia; As galerias eram dispostas em três andares para o público mais abastado, que, dependendo do quanto podia pagar ocupava os quartos de senhores ou alugava assentos no palco. Teatro a italiana – a quarta parede e a caixa cênica Há separação entre palco e platéia e a representação na caixa mágica fica distante do público como se fosse uma janela aberta para “outro mundo” Tem uma sala em formato de ferradura, poltronas na platéia, frisas ou camarotes quase no nível da platéia e as galerias (onde os ingressos são mais baratos também chamados de poleiros ou galinheiro); O público era pagante e dividido de acordo com a classe social: o povo fica em pé e ocupava a platéia; os nobres ficavam nos balcões; O palco que é visto pelo espectador tem a mesma medida em todos os lados, como uma caixa mágica com um dos lados aberto ao espectador provocando o efeito da quarta parede. Espaço Alternativo igrejas, praças, escola hospitais, presídio... Espaço Alternativo Espaço Alternativo http://www.youtube.com/watch?v= qBXr15K2uSc – pequena gigante http://www.youtube.com/watch?v= katN8RY1n7M&feature=related – pequena gigante http://www.youtube.com/watch?v= rf-VHlkYJeA Michel Malamede http://www.youtube.com/watch?v= vhrpN1GbOaM – Armazém Alice A Pequena Gigante e o Rinoceronte, espetáculo apresentado no Festival internacional de teatro Santiago de Chile Royal de Luxe é uma companhia francesa de teatro de rua, que se caracteriza por usar marionetes gigantes em suas obras. A companhia foi fundada em 1979 por Jean Luc Courcoult. Instalado em Nantes, a companhia se apresenta na França, Bélgica, Inglaterra, Chile e Alemanha. Na encenação contemporânea, o figurino tem papel cada vez mais importante e variado, tornando-se verdadeiramente a "segunda pele do ator“. O figurino era até meados do século XVII era demasiado vistoso e excessivo, uma vez que, os atores se vestiam da maneira mais suntuosa possível, herdando vestimentas da corte, doadas por seu protetor, exibindo seus adornos como sinal exterior de riqueza, sem preocupação com a personagem que deveriam representar. Hoje, na representação, o figurino conquista um lugar muito mais ambicioso; multiplica suas funções e se integra ao trabalho de conjunto em cima dos significantes cênicos. Desde que aparece em cena, a vestimenta converte-se em figurino de teatro, ou seja, em signo. O olho do espectador deve observar tudo o que está depositado no figurino como portador de signos, como projeção de sistemas sobre um objeto-signo relativamente à ação, ao caráter, à situação, à atmosfera. Figurino – Grego-romano Figurino – Ilusionismo/Renascimento/Barroco Até o fim do século 19, no teatro ilusionista, a tecnologia foi aperfeiçoada para tornar verossímil a imagem cênica. A encenação desta época não parecia preocupada em integrar o figurino a essa imagem. Era comum o reaproveitamento de figurinos, pois bastava que eles fossem representativos de tipos específicos: imperador romano, nobre espanhol, camponês de Molière... Os figurinos refletiam a moda contemporânea e em muitos casos eram distantes da realidade histórica dos personagens representados. Eram mais belos e mais suntuosos até do que os usados na vida cotidiana. O intuito era que fossem assimilados de forma rápida e para isso se utilizavam, muitas vezes, de um excesso de informação. O figurino torna-se uma roupa, dá um depoimento sobre a pessoa que o usa e, indiretamente, sobre o panorama no qual aparece. Nesse caso, ele pode, e deve, exibir o seu desgaste, a sua sujeira, falar do status social e da situação real do personagem. Os naturalistas substituem o ilusionismo decorativo da tradição pós-romântica por um ilusionismo de significados. Figurino – Naturalista/realismo Já os figurinos simbolistas contribuíram, essencialmente, com a adesão dos pintores à linguagem teatral. O figurino é incorporado entre as tarefas do pintor e deve estar integrado à unidade visual e estilística da encenação: com as mesmas gamas e oposições de cores que os cenários. Tivemos, por exemplo, Picasso criando cenários e figurinos para a peça "Parade", em 1917. Tal concepção conserva até hoje a sua força para a maioria que se utiliza do quadro do palco italiano (palco tradicional com a visão frontal da encenação). Figurino – simbolista Sua Incelença, Ricardo III (2010) Grupo Clowns de Shakespeare http://teatrofigurinoecena.blogspot.com.br/2010/06/o-figurino-noteatro-contemporaneo.html http://vestindoosnus.com.br/sobre_figurino/como-manda-fig.htm No teatro, desde as origens na Grécia Antiga, bem como nas demais manifestações culturais equivalentes do Japão, Índia e outros países do Extremo Oriente, a maquiagem é parte essencial na caracterização do ator. No teatro a maquiagem assume um sentido particular, ela é um signo. Certas práticas teatrais, como o Kabuki ou o Kathakali, praticam a maquiagem como uma cerimônia ritual. O Théâtre du Soleil também prática esse rito; Qualquer que seja a técnica uma das funções da maquiagem é adaptar a cor da pele à iluminação cênica; portanto, ela evolui com a introdução da iluminação a gás e, depois, da luz elétrica; EMBELEZAR – buscar embelezar o corpo para deixá-lo limpo das características fisionômicas do ator. O papel da composição obriga o maquiador a prodígios de reparos e de melhoramento: retirar bolsas dos olhos, disfarçar espinhas, apagar tatuagens e etc.; CODIFICAR O ROSTO – no teatro chinês é usada como elemento simbólico de correspondência entre cores e características sociais: branco para intelectuais, vermelho para heróis leais, azul escuro para as personagens orgulhosas, prata para os deuses e etc.; TEATRALIZAR A FISIONOMIA – como se fosse um figurino vivo do ator, a maquiagem faz o rosto passar do animado ao inanimado, flerta com a MÁSCARA, ou mesmo se torna uma máscara, mais ou menos opaca e flexível que às vezes utiliza a mobilidade do rosto. O ator as vezes modifica ser rosto por meio de caretas e assim cria a fisionomia do seu personagem; ESTENDER A MAQUIAGEM – ela não mais se limita ao rosto, o corpo inteiro pode ser pintado. A maquiagem passa a ser um cenário ambulante, estranhamente simbólico; ela não mais caracteriza a maneira psicológica e, sim, contribui para a elaboração de formas teatrais do mesmo modo que outros objetos da representação (iluminação, figurino, cenário etc.). Ao renunciar a seus efeitos psicológicos, assume sua qualidade de sistema significante, que faz dela um elemento estético total da encenação. O Capitão e a Sereia (2009) Grupo Clowns de Shakespeare Mona Magalhães – Profa. da UFRJ O termo iluminação vem sendo substituído, cada vez mais, na prática atual, pelo termo luz, provavelmente para indicar que o trabalho da iluminação não é iluminar um espaço escuro, mas, sim, criar a partir da luz. A luz intervém no espetáculo; ela não é simplesmente decorativa, mas participa da produção de sentido do espetáculo. Suas funções dramatúrgicas ou semiológicas são infinitas. Funções dramatúrgicas da luz: 1. Iluminar ou comentar uma ação; 2. Isolar um ator ou um elemento da cena; 3. Criar uma atmosfera, dar ritmo à representação; 4. E principalmente a evolução dos argumentos e dos sentimentos etc. Três modos básicos para Iluminar um objeto ou um ator ou objeto: 1. 2. 3. Ataque Compensação Contraluz: luz que vem de trás Trata-se da luz que irá dar maior ênfase ao assunto principal da cena, que na maioria dos casos coincide com a luz mais forte, embora isso não seja uma regra. A luz principal tem como característica o fato de ser a partir dela que as demais são criadas, se houver necessidade (muitas vezes uma única fonte de luz já é suficiente). É a de maior potência. É uma luz geral que permeia todo o ambiente, ou parte dele, mas que apenas mantém a estabilidade dos contrastes nos assuntos enquadrados, ou seja, preenche espaços escuros e ameniza as sombras. Por vezes a luz Principal e a Luz de enchimento, se bastante difusa, são suficientes para ambientes mais neutros e sem contrastes excessivos. Menor potência que a luz de ataque. Luz colocada em oposição a luz de ataque. No caso dessa imagem vem de trás do personagem, enfatizando os contornos e criando uma "aura" em volta do assunto. Menor potência que a luz de ataque. Os dimmers têm a função de controlar a intensidade de corrente dos equipamentos de iluminação. Os cabos ligados aos refletores são ligados aos dimmers e desses saem outros cabos para a mesa de controle. Cada dimmer possui 24 tomadas, dispostas em grupos de 04, de modo que cada grupo de 04 tomadas corresponde a um canal na mesa de controle. Também devemos ter cuidado para distribuir a carga de refletores entre todos dimmers, evitando sobrecarregar um único dimmer. As duas posições da lâmpada de um refletor que possui obturador ajustável, quanto mais perto da lente maior o foco e vice-versa. Fresnel Um dos mais antigos tipos de refletor ainda em uso, o Fresnel (cujo nome vem de seu inventor, o físico francês Augustin Fresnel) é caracterizado por uma lente na frente da lâmpada de filamento (tungstênio). Com essa lente, é possível ao iluminador escolher um "foco" de luz, mais aberto ou mais fechado. A lâmpada é móvel dentro do Fresnel, esta, ao ser aproximado da lente, o foco abrange uma área maior do que se for afastada da lente. O Fresnel direciona o foco de luz e sua utilidade no cinema é de relevância ímpar. Refletor Plano-Convexo PAR é a sigla de Parabolic Aluminized Reflector (refletor parabólico aluminizado). O ângulo de abertura do foco é identificado por um número varia de 1 a 6. Na verdade, a lâmpada permanece a mesma, modificando apenas a lente blindada. Existem vários tamanhos de lâmpada PAR, também designadas por números Ex.: PAR 32, PAR56, PAR64, etc. Refletor do tipo Wash. Filtro de cor: lâmina de material transparente colorido, que se coloca diante de um foco de luz branca a fim de torná-la colorida. Pode ser de vidro, cristal, gelatina, etc. Gelatina: filtros de cor para luz, difusores ou corretivos de temperatura de cor , fabricados atualmente em policarbonato (com alta resistência ao calor) ou poliéster. O nome gelatina advém da antiga técnica que empregava gelatina animal, tingida para colorir a luz Sonoplastia É a comunicação pelo som. Abrangendo todas as formas sonoras música, ruídos e fala, e recorrendo à manipulação de registros de som; Sonoplastia estabelece uma linguagem através de signos e significados. Sonoplastia É um termo exclusivo da língua portuguesa que surge na década de 60 com o teatro radiofônico, como a reconstituição artificial dos efeitos sonoros que acompanham a ação. Esta definição é extensiva ao teatro, cinema, rádio e televisão. Antes designada como composição radiofônica, tinha por função a recriação de sons da natureza, de animais e objetos, de ações e movimentos, elementos que em teatro radiofônico têm que ser ilustrados ou aludidos sonoramente. Incluía ainda a gravação e montagem de diálogos e a seleção, a gravação e alinhamento de música com uma função dramatúrgica na ação ou narração. A sonoplastia pode ser produzida em cena pelo ator; mas também ser executada nos bastidores pelos técnicos usando todo tipo de máquina: hoje, com freqüência ela é gravada previamente de acordo com as necessidades especificas do encenador e é transmitida por caixas de som distribuídas pelo espaço do público. A gravação dos sons é realizada com toda a sofisticação imaginável da tecnologia radiofônica: mixagem, criação e modulação dos sons. Às vezes, a sonoplastia invade totalmente a representação: uma arte mecânica introduz-se no tecido visando o acontecimento teatral, sem nada deixar ao acaso e ameaçando controlar tudo. A sonoplastia é sempre meio como uma raposa num galinheiro. O Capitão e a Sereia (2009) Grupo Clowns de Shakespeare Profº. Ernani Maleta - UFMG Funções dramatúrgicas da sonoplastia: a. Efeito de real Graças a seu grande realismo, a sonoplastia executada nos bastidores imita um som e interfere no desenvolvimento da ação. Ex.: telefone, campainha, gravador b. Ambiência ou atmosfera A trilha sonora reconstitui um cenário sonoro ao evocar ruídos característicos de um determinado ambiente. Ex.: Cenário de um floresta - Som de floresta c. Plano sonoro Num palco vazio, um ruído cria um lugar, uma profundidade de campo, uma atmosfera por toda a duração de um plano sonoro, como na peça radiofônica. Ex.: Som do mar d. Contraponto sonoro A sonoplastia age como efeito paralelo à ação cênica, como um som off no cinema, o que impõe à ação cênica uma coloração e um sentido muito ricos. A disposição variável das caixas de som nos bastidores ou na platéia faz circular o som, instaura um percurso e desorienta o espectador. Ex.: Música construída para conduzir a emoção do espectador e o andamento do espetáculo Audacity Sony Sound Forge Pro http://pt.scribd.com/doc/44462/Oficina-deSonoplastia